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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

LIÇÃO 5 - CONTRA OS FALSOS PROFETAS.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


                        TEXTO ÁUREO

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." (2Pe 2.1)


                       VERDADE PRÁTICA

Os falsos profetas contrapõem a Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do seu povo.


    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 13.1-10 ( explicação comentário bíblico MOODY)


V. 1 . O termo falsos profetas não está no V.T., mas a perspectiva histórica acertou em designá-los assim. Havia duas classes de falsos profetas: aqueles que eram representantes de algum objeto de culto, outro que não o verdadeiro Deus, como, por exemplo, Baal, Moloque (cons. o desafio de Elias aos profetas de Baal, I Reis 18:19 e segs.); e aqueles que falsamente se propunham a falar em nome de Jeová (cons. a oposição de Micaías aos profetas de Acabe, I Reis 22:5-28). A mais forte acusação desses enganadores foi feita por Jeremias, que se lhes opôs com base moral, pessoal e política (Jr. 23:9-32). Durante os últimos suspiros de Jerusalém, Hananias se opôs a Jeremias na pátria (Jr. 28) e Acabe, Zedequias e Semaías se lhe opuseram na Babilônia (Jr. 29:15- 32). Ezequiel neste capítulo também denuncia os falsos profetas e as falsas profetizas. (Veja A.B. Davidson, "The False Prophets", O.T. Prophecy, págs. 285-308).

V. 2. Ezequiel aqui se refere sarcasticamente aos profetas de Israel, falsos profetas que profetizando dizem o que lhes vem do coração, isto é, suas emoções e desejos. Ele desmascara a fonte (v. 3), o conteúdo (vs. 4, 5) e o resultado de sua mensagem (vs. 6, 7) e o destino dos falsos profetas (vs. 8, 9). 

V. 3. Profetas loucos. Um jogo de palavras: nebi'îm nebalîm, algo assim como "profetas infrutuosos". A loucura é mais uma deficiência moral que intelectual. No livro de Provérbios, por exemplo, a sabedoria é apresentada como o "temor do Senhor", e a loucura como o desprezo por Ele e Seus preceitos. A força que impetra esses profetas era seu próprio espírito, não o Espírito do Senhor. 

 V. 4. As ruínas lhes eram tão familiares como às raposas saltitantes, e eles promoviam a devastação.

V. 5. Falhavam em permanecer nas brechas, para impedir o desastre da invasão (cons. 22:30; Sl. 106:23). Nem edificavam muros de conselho moral e espiritual para Israel enfrentar a crise iminente. O dia do SENHOR. Cons. coment. sobre 7:7. 

 V. 6. Adivinhação mentirosa. Adivinhar significa obter um oráculo de um deus tirando a sorte (cons. 21:21). Receber o conhecimento das coisas secretas através de meios supersticiosos era proibido a Israel (Êx. 22:18; Nm. 23:23; Dt. 18:10, 11) e a adivinhação era considerada desdouro (cons. Ez. 13:7, 9, 23; 21:29; 22:28; Mq. 3:6, 7, 11). Que dizem : O Senhor disse. Oráculo do Senhor (ne'um Yahweh ), a fórmula da verdadeira inspiração (cons. Amós, que a usa 21 vezes, 2:11,16, etc.). Esperam o cumprimento da palavra. Não havia critério externo para a verdadeira profecia. "Enquanto o verdadeiro profeta tinha em si próprio o testemunho de ser verdadeiro, o falso profeta podia não estar cônscio de que era falso" (Jr. 23:21, 31; A. B. Davidson, op. cit.).

V. 9. Predição de castigo triplo para os falsos profetas. No momento tinham prestígio e influência, mas no novo reino não estarão no conselho do meu povo (cons. Gn. 49:6; SI. 89:7; 111:1, nem serão inscritos nos registros (isto é, na lista) da casa de Israel (cons. Ed. 2; Ne. 7; Êx. 32:32, 33; Is. 4:3; Ml. 3:16), nem entrarão na terra de Israel (cons. Ez. 20:38; Jr. 29:32). 

V. 10. Os falsos profetas anunciaram paz, quando não há paz. Veja Mq. 3:5; Jr. 6:14; 8:11; 23:17. A seção seguinte diz, literalmente, e ele (o povo) está construindo uma parede-meia (hayis, só aqui nesta passagem; uma parede de pedras simplesmente colocadas umas sobre as outras sem nenhuma liga), e eis que os profetas as rebocam com barro amargoso, ou cal. Os profetas concordavam com a tentativa do povo de defender a cidade, escondendo sua fraqueza por meio de profecias mentirosas.


                                            INTRODUÇÃO

Primeiramente, a frieza espiritual é geralmente expressa no cinismo para com Yahweh e seu porta-voz. Em todas as eras pessoas têm questionado a eficácia da palavra divina. Nos dias de Malaquias a questão era: “onde está o Deus da justiça?” (2.17); na igreja primitiva, “onde está a promessa de sua vinda?” Pedro respondeu à igreja primitiva ao relembrar seus leitores que deveriam continuar a levar seriamente não somente as palavras dos santos profetas, mas também os mandamentos do Senhor e Salvador, apresentados pelos apóstolos (2Pe 3.12). Levando-se em consideração que as afirmações do pregador proclamam a mensagem dos profetas e dos apóstolos, a injunção ainda permanece. Segundo, a última palavra é de Deus. Respondendo aos cínicos de seu dia, Pedro primeiramente relembrou a eficácia da palavra divina na criação do mundo num passado distante. Mas também avisou seus leitores que essa mesma afirmação é destinada para o julgamento escatológico final do universo, quando aqueles sem Deus serão destruídos (2Pe 3.3-7). Enquanto isto, nós precisamos lembrar que os métodos de Deus de estimar o tempo são diferentes dos nossos, e podemos estar muito mais próximos do dia do que imaginamos. Mas este não é o argumento que Ezequiel usou. A certeza do cumprimento da palavra divina é baseada na pessoa e no caráter de Deus. Os desafios feitos pelo povo arrogante e rebelde não mudarão o fato de que quando Deus fala, ele age. Dentro de alguns anos, a partir desta afirmação, os cínicos seriam silenciados pela terrível verdade de sua palavra. 


                I.  SOBRE OS PROFETAS

1.  O termo "profeta" -  A palavra hebraica para «profeta» é nabi, que vem da raiz verbal naba. Essa palavra significa «anunciador», «declarador», e, por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por alguma revelação ou discernimento intuitivo. Ademais, os profetas usavam vários meios de adivinhação e envolviam-se em oráculos. Os termos hebraicos roeh e hozeh também são usados. Ambos significam «aquele que vê», ou seja, «vidente». Todas as três palavras aparecem em I Crô. 29:29. Os eruditos procuram estabelecer distinções entre elas, mas talvez sejam meros sinônimos, usados para emprestar variedade literária às composições escritas. Nabi é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Alguns poucos exemplos são Gên. 20:7; Exo. 7:1; Núm. 12:6; Deu. 13:1; Juí. 6:8; I Sam. 3:20; II Sam. 7:2; I Reis 1:8; II Reis 3:11; Esd. 5:1; Sal. 74:9; Jer. 1:5; Eze. 2:5; Miq. 2:11.   É possível que essa palavra também fosse usada para designar a missão profética. Um título comumente aplicado aos profetas era «homem de Deus», que ocorre por cerca de setenta e seis vezes no Antigo Testamento. Cerca de metade dessas ocorrências é usada em referência a Eliseu, e outras quinze dizem respeito a um profeta cujo nome não é dado (I Reis 13).  Além disso, a expressão é usada para designar Moisés, Elias, Samuel, Davi e Semaías. Por sua vez, roeh figura por doze vezes no Antigo Testamento: I Sam. 9:11,18,19; II Sam. 15:27; I Crô. 9:22; 26:28; 29:29; II Crô. 16:7,10; Isa. 30:10. Sete dessas ocorrências aplicam- se a Samuel. Hozeh figura por dezenove vezes: I Crô. 21:9; 25:5; 29:29; II Crô. 9:29; 12:2,15; 19:2; 29:25,30; 33:18,19; 35:15; II Sam. 24:11; II Reis 17:13; Isa. 29:10; Amós 7:12; Miq. 3:7. Ainda outros títulos dados aos profetas são: Atalaia (no hebraico, sophim): Jer. 6:16; e Eze. 3:17; e pastor (no hebraico, raah): Zac. 11:5,16.

2.  Outros termos para designar os profetas de Deus -   Essas palavras derivam-se do grego pro, «antes*, «em favor de», e phemi, «falar», ou seja, «alguém que fala por outrem», e, por extensão, «intérprete», especialmente da vontade de Deus. Tais palavras gregas, naturalmente, estão por detrás do termo português «profeta».

3.   Os falsos profetas -   FALSO PROFETA O Falso Profeta (Ap 19.20; 20.10), também chamado “a segunda besta” ou, ainda, “a outra besta” (Ap 13.1118), é um líder religioso que é associado à primeira Besta, o líder político do período da Tribulação, como seu subordinado. Ele aparece no poder no meio da Tribulação, no momento em que a primeira Besta, ou o Anticristo {q.v.), assume o poder político mundial (Ap 13.7) e ele, o poder religioso.      Talvez seja um judeu, uma vez que Apocalipse 13.11 pode indicar que ele surge “da terra”, ou da Palestina. (Em gr. a palavra ge pode significar “mundo” ou “terra”). Ele move-se no reino religioso, pois aparece como um cordeiro (Ap 13.11), E capacitado por Satanás, recebendo o seu poder da primeira Besta (Ap 13.12). Ele promove a adoração à primeira Besta, e força a terra a adorá-la (Ap 13.12). Seu ministério e autoridade são autenticados por milagres e sinais que ele opera através do poder satânico (Ap 13.13,14).    O mundo incrédulo é enganado por ele e adora a primeira Besta como se esta fosse o próprio Senhor Deus (Ap 13.14,15). Ele detém o poder da vida e da morte para forçar a adoração à primeira Besta (Ap 13.15). Sua autoridade estende-se ao reino económico, e ele usa este poder económico para impor a sua vontade (Ap 13.16,17). Se houver algum crente naquele dia, poderá reconhecê-lo por causa do sinal que foi dado para identificá-lo (Ap 13.18).     O Falso Profeta, junto com Satanás e a primeira Besta, formam um triunvirato do mal, a obra-prima do engano de Satanás. O mundo será dominado por eles durante a última metade do período da Tribulação nos âmbitos político, religioso e económico, como uma imitação do governo mundial que Deus exercerá sobre a terra no Milénio, por intermédio de Jesus Cristo, o Messias. J. D. P. 


                    II.  SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

1.  Os dois lados -   "O conflito entre profetas verdadeiros e falsos foi dramatizado pelo incidente que envolveu Micaías, filho de Inlá. Ele fez oposição aos 400 profetas de Baal e contra Acabe e Jezabel. Ver I Reis 22.8-26; houve também o conflito entre Jeremias e Hananias, o terrível (Jer. 28). Amós recusou identificar-se com os falsos profetas de seu tempo (Amós 7.14). Tanto Miquéias como Isaías participaram do conflito (Miq. 2.11; Isa. 9.15). Os falsos profetas guiaram o povo para a destruição, afirmando que tudo estava bem, enquanto tudo estava muito ruim” (Theophile J. Meek, in loc.). O povo era enganado com falsas esperanças. Corrupções internas facilitaram o trabalho dos falsos profetas. As pessoas foram “vítimas contentes” da liderança corrupta da época; quiseram ouvir mentiras, porque a verdade lhes perturbava a vida. A Pesquisa Moderna. Estudos realizados por cientistas dos fenômenos psíquicos têm demonstrado que a psique humana é perfeitamente capaz de produzir wsões totalmente independentes de Deus ou de demônios. Tais visões podem ser meramente sonhos no estado acordado, ou puras invenções psíquicas que não têm nada que ver com a realidade. Mas, para os inventores, são absolutamente reais. Podem existir fontes demoníacas, mas as experiências místicas podem ser naturais e humanas, não divinas ou demoníacas. Além disso, os mentirosos gostam de glorificar-se, afirmando ser líderes espirituais que têm visões do alto. Sempre encontram discípulos ingênuos que acreditam em suas mitologias.

2.   Apresentação (v.2) -  A primeira delas é: são chamados projetas de Israel (nèbVê yisrã’êl), uma frase única em Ezequiel (também no v. 16 e 3 7 .1 8 ). Esta designação não somente distingue os endereçados de Ezequiel em relação aos profetas babilónicos profissionais,' mas também abre a porta para uma aplicação maior para os seus amigos exilados e para os profetas israelitas em todos os lugares. De fato, os versículos 10-16 parecem ter em mente os seus equivalentes naqueles que moram em Jerusalém especificamente. Segundo, eles são descritos tautologicamente como profetas... que estão profetizando. A redundância é sarcástica: “eles profetizaram sem limites: suas bocas sempre estavam cheias de ‘assim diz o Senhor”’. Aparentemente, o povo levou estas palavras a sério. Terceiro, são caracterizados como profetas autoinspirados. Aqui a palavra lêb é usada de forma intercambiável com a palavra rüah (cf. v. 3) para a base do pensamento e a fonte do discurso. Antecedentes a esta referência da autoinspiração aparecem em outros pontos no Antigo Testamento, mas o uso que Ezequiel faz da expressão reflete a influência de seu contemporâneo Jeremias, que havia denunciado os falsos profetas com a expressão: hâzôn libbãm yèdabbêrü, “pronunciam uma visão de seus próprios corações” (Jr 2 3 .16). O que Ezequiel quer dizer é que a inspiração deles não era maior do que a sabedoria de um homem comum. Seus pronunciamentos não eram nada mais que tramas próprias, baseadas em suas próprias avaliações da situação e em seus próprios julgamentos. Opiniões particulares estavam sendo declamadas como pronunciamentos divinos. Tragicamente, seus ouvintes eram ingênuos para fazer a distinção.

3.  O desserviço dos falsos profetas (v.3) -  O pronunciamento de ai em si mesmo mostra três problemas com os profetas profissionais como uma classe. Primeiro, são tolos. O adjetivo nãbãl é usado na literatura de sabedoria quanto a um tipo especial de tolo: aquele que é arrogante (Pv 30.32), cruel na palavra (Pv 17.7), obtuso espiritualmente e moralmente (Jó 2.10), um salafrário (Jó 30.8). Nos salmos nãbãl nega (14.1; 53.2 [em português, 1]) e blasfema Deus (74.22). Atos tolos que dão culpa incluem pecados sexuais e irreverência cúltica (Js 7.15). Isaías 32.5-6 (NRSV) fornece a descrição total de um nãbãl: Um tolo (nãbãl) nunca mais será chamado nobre (nãdib), nem um vilão (kilay) será honrado (sôac). Pois tolos (nãbãl) falam tolices (nèbãlâ), e suas mentes (libbô) armam iniquidades: para praticarem impiedades, declararem o erro (tôcá) em relação ao Senhor. A caracterização de Ezequiel quanto aos profetas como nêbãlim enfatiza o caráter ímpio e perverso deles. Segundo, sua função autônoma: seguem seus próprios impulsos. Assim como lêb no versículo 2, rúah denota a fonte da inspiração profética. Embora a frase hãlak ’ahar, “andar de acordo com”, difira um pouco da expressão mais comum, hãlak ’ãhêrê, “seguir, andar segundo” (e.g., 20.16; 33.31), convida os ouvintes a pensarem sobre a conduta pessoal dos profetas em geral, mas a ênfase neste contexto refere-se a afirmações proféticas. Longe de receber orientações de Yahweh, esses profetas estavam meramente ventilando as próprias imaginações enganosas. Terceiro, eles não têm inspiração divina: não viram coisa alguma. A expressão lèbilti rã’ú é estranha, mas o sentido deve ser algo como “sem visão”. Porque os profetas são também identificados como rõím , “videntes”, e os cognatos rõ’eh (ls 28.7) e m ar’eh serviram como designações para visões proféticas, esta afirmação se junta a outra negação da genuinidade. Entretanto, pode-se entender a afirmação como a acusação mais geral de ignorância espiritual. No entanto, os falsos profetas “olham” para si mesmos, ou para a situação atual, suas respostas não representam a perspectiva de Deus.

4.  As "raposas do deserto" (v.4) -   O âmago desta denúncia é a frase como raposas entre as ruínas, figura que sugere que os profetas não têm nenhuma real preocupação para com o povo entre o qual vivem. Vão cavando entre os alicerces sem qualquer respeito para com o bem-estar do local, resolutos apenas em fazer covis para si próprios, ou, mudando de metáfora, em puxar a brasa para a sua sardinha. Tal atuação não é apenas estulta e irresponsável, como também é moralmente repreensível, e Ezequiel emprega uma palavra mais enfática para descrever sua estultícia. O profeta emprega duas figuras de linguagem para descrever uma maneira perversa na qual seus profetas levaram avante seus trabalhos. A primeira maneira é comparando-os com chacais no meio das ruínas. A imagem é perfeita dada a frequente associação desses animais, de bando, noturnos e carniceiros e com as cidades devastadas e as civilizações devastadas. Ezequiel não dá uma interpretação da símile, mas a figura convida os ouvintes a imaginar Israel como uma sociedade em ruínas. Em vez de ajudar a reconstruir a nação, os falsos profetas enfatizam sobre a devastação. A segunda figura oferece uma imagem diferente de destruição: as fortificações ao redor da casa de Israel se deteriorarão. A metáfora compara Israel a uma vinha, ou um campo, que normalmente seria protegida de saqueadores humanos e anim ais por uma parede (gãdêr). Quer construído de pedras soltas quer com argamassa, pelo abandono, a parede rapidamente se deterioraria. Quando apareciam brechas (pèrãsôt), uma ou duas reações eram requeridas daqueles responsáveis pela segurança da propriedade: ou ir e ficar em pé na brecha, afastando qualquer intruso, ou reparar o muro.

                   

                         III.    SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

1.  O profeta no Antigo Testamento -   No dia de Yahweh. Num estilo característico ezequieliano, o profeta sacode sua audiência ao mudar a nuança da parede. No versículo 5b, Israel não é mais a vinha protegida por uma cerca de pedras; ela é uma cidade cercada. Isto pode ser boa-nova; as más notícias são que o inimigo não é somente o exército de algum reino terreno, mas o próprio Yahweh. Essas imagens lidam com o entendimento comum que o papel do profeta era de manter as defesas espirituais da comunidade de Israel. De acordo com 20.29-30 isto deveria ter sido feito ao rogar por uma revitalização espiritual e moral. Mas esses profetas, que se autosserviam, negligenciavam suas responsabilidades sociais. Em vez de se colocarem em pé na brecha ao anunciar o mal, e reconstruírem o muro ao rogar pela renovação das relações do pacto no qual a verdadeira segurança deveria ser encontrada, ficavam remexendo as ruínas com intenção de tirar o maior proveito possível para eles. Como resultado, Yahweh, o Deus patrono de Israel, tornou-se o inimigo mais terrível deles.

2.  Os portadores de mensagens falsas ( vv. 6-8) -  13.6 Tiveram visões falsas e adivinhação mentirosa. A variedade de enganos: 1 .0 que eles falavam era falso, às vezes mentiras desgraçadas e propositais. 2.  Eles tinham falsas visões que consideravam mensagens de Yahweh. 3. Sabiam que as falsas visões eram fruto de sua imaginação. 4. Falaram de visões que eram meramente produtos de “desejo”, como o são a maioria dos sonhos humanos. O que nós realmente queremos, nossos sonhos nos dão, no nosso mundo imaginário da noite. 5. Suas visões eram “esperanças” de seu coração, não realidades do mundo objetivo. Suas palavras facilmente enganaram o povo que quis ser enganado. Judá já era uma nação perdida na idolatria-adultérío-apostasia. Eram ovelhas do diabo que não resistiram aos profetas do diabo. Em alguns casos, os falsos profetas eram vítimas de auto-engano, e seus discípulos se tornaram cópias dos mestres. 13.7 Não tivestes visões falsas... quando dissestes: O Senhor diz, sendo que eu tal não falei? Para certos intérpretes, este versículo afirma que algumas visões dos falsos profetas eram reais. Aqueles profetas, realmente, sob certas circunstâncias, receberam uma previsão do futuro. Suas visões eram pervertidas e mal aplicadas e terminaram prejudicando o povo, em vez de ajudá-lo. Outros intérpretes vêem aqui simplesmente mais uma referência às visões falsas e enganadoras, desprovidas de qualquer valor. Yahweh, de toda a maneira, não os intuiu em suas visões, verdadeiras ou falsas. Sincretismo Doentio. Aqueles falsos líderes religiosos desenvolveram um sincretismo doente, no qual Yahweh era misturado a outros deuses, em uma “salada nojenta”. Eles abandonaram as velhas tradições, produzindo sua “nova religião”. Ilusão e Auto-engano. Estudos psíquicos têm derríonstrado claramente que a psique humana é capaz de produzir ilusões visuais e auditivas. O cérebro-mente produz um mundo ilusório, que é perfeitamente real para seu criador. Um experimento colocou uma pessoa em uma cápsula, dentro de água. As percepções dos sentidos ficaram severamente limitadas. Dentro de 24 horas, as pessoas sujeitas a esta privação das percepções alucinam, criando um mundo mental. Este mundo é perfeitamente real para seus criadores. Tais pessoas podem facilmente acreditar em suas próprias profecias e visões falsas, e logo passam a ter discípulos que fielmente acreditam naquilo tudo. Ver II Tes. 2.11. 13.8 Eu sou contra vós outros, diz o Senhor Deus. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno) declara-se contra a farsa e as falsificações dos falsos profetas. O julgamento divino irá abatê-los e isto acontecerá com todos os homens reprovados de Judá. Eles gritavam “paz e prosperidade", mas seus gritos não funcionariam como defesa no dia da calamidade. Suas falsas profecias de paz não os protegeriam no dia da crise; eles seriam vítimas do exército babilónico. Seriam mortos na matança generalizada. Cf. Apo. 2.16. Eles ajudaram a promover a desintegração moral e espiritual do povo, que traria o fim da nação. O exército babilónico cometeria genocídio. Senhor Deus. O título divino utilizado aqui implica que Yahweh tinha a capacidade e a vontade de acabar com a raça dos falsos líderes religiosos. Yahweh faria uma intervenção. Adonai-Yahweh, o Soberano, é o título mais comum de Deus, usado 217 vezes neste livro, enquanto no restante do Antigo Testamento ocorre somente 103 vezes

3.   A ira de Deus contra os falsos profetas (v.10) -   Para ilustrar os efeitos enganadores de suas atividades, Ezequiel introduz uma nova metáfora. O que está acontecendo na casa de Israel pode ser comparado com a maneira como algumas pessoas constroem casas. Primeiro, as paredes são fracas, talvez por causa do barro usado nos tijolos, um barro de baixa qualidade, ou os tijolos não têm fibra suficiente para segurar o barro, a argamassa é deficiente. Mas em vez de corrigir os defeitos dos fabricantes do tijolo e dos pedreiros, tão logo os muros se erguiam, outros trabalhadores vinham e cobriam todas as evidências da baixa qualidade usando massa. A palavra para massa, tãpêl, é rara e tem sido interpretada principalmente como “saliva”, “qualquer coisa que careça de um ingrediente essencial”, neste exemplo argamassa sem o ingrediente orgânico essencial para dar liga; uma variante de tãpal, “rebocar, espalhar”, que se encaixa com o verbo tüah, “rebocar, cobrir, espalhar sobre”, associado com tãpêl por toda essa passagem (vs. 10-12, 14-15) e a afirmação paralela em 22.28;72 um cognato de tiplâ “vaidade”. Enquanto os profetas do século 6° encontraram especialmente na palavra tpl uma expressão apropriada para falsos profetas, aqui Ezequiel parece ter se baseado em Jeremias, que condenou os profetas enganadores de Samaria usando tiplâ, porque “levaram meu povo para lugares errados” ao profetizarem por Baal. É de especial ensino o texto de lamentações 2.14, que, talvez sobre influência de Ezequiel, fala de profetas tendo visões (hãzú) “vazias” (saw’) e “futilidades” (tãpêl). Ezequiel oferece sua própria explicação do termo em 22.28: “eles espalharam (tãhü) tãpêl para eles, vendo o vazio (sõw’) e adivinhando falsidade (qõsèmim kãzãb) para eles”. Em 13.10-14 o profeta não está descrevendo uma visão que teve dos homens cobrindo as paredes de uma casa; antes, está desenvolvendo uma metáfora comum quanto à hipocrisia em geral. O que é espalhado nas paredes, tãpêl, é uma abstração negativa, denotando “futilidade” ou “vaidade”. A audiência de Ezequiel não perderia o jogo com as palavras com tpl, “rebocar”, mas tãpêl funciona como um correlativo semântico de sãw \ “vazio”, e kãzãb, “engano”. No português contemporâneo, o efeito retórico equivalente pode ser atingido por meio da tradução de tãpêl como “discurso ridículo”, um termo de gíria para “besteira”, que faz um jogo com a tradução tradicional de “água caiada”, mas com uma nuança maior. Ezequiel ainda não identifica aqueles que participam desse projeto figurativo de construção. No entanto, pensando em 22.28, que claramente reconhece os “rebocadores” como os profetas, os construtores das paredes devem ser o povo, especialmente a comunidade dos líderes. Em vez de exporem as fraquezas do muro, os falsos profetas foram manipulados pelas mãos dos construtores. Com suas predições autoinspiradas de paz, cobriram as deficiências fundamentais na sociedade israelita e encorajaram um sentimento ilusório de bem-estar.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão.

Dicionário Bíblico Wycliffe, Charles Pfeiffer - editora CPAD.






























 

2 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?
    Como tem sido a ebd na congregação de vcs. Em nossa congregação está uma bênção... A Lição 4, foi uma bênção.

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  2. Irmãos não esqueçam de enviar este comentário à seus contatos...
    Tenham uma ótima semana.
    Deus vos Abençoe!!!

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