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terça-feira, 27 de setembro de 2022

LIÇÃO 02 - VEM O FIM.

Profº PB. Junio - Congregração Boa Vista II.

 


                TEXTO ÁUREO

"E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Jeová acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra."


            VERDADE PRÁTICA

O atalaia de Deus soa o alarme do iminente perigo, anuncia que o inevitável juízo divino se aproxima.


                LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 7.1-10 (explicação da leitura bíblica - Comentário Moody)


V. 2O fim vem sobre os quatro cantos da terra. Esta profecia se restringe a Israel (vs. 1, 3, 7. Cons. Amós 8:2; Jr. 19:22). 

 V. 3 -  Enviarei . . . a minha ira. Cons. Jó 20:23; SI. 78:49. E te julgarei. Literalmente, e darei (ou porei) sobre ti todas as tuas abominações (cons. vs. 4, 8, 9; 23:49). Levar a culpa era parte do castigo. 

 V. 4 -  Os meus olhos não te pouparão. Cons. 5:11; 7:9; 8:18; 9:10. Embora a linguagem dos versículos 5-9 se aplique à queda de Judas, tem semelhanças com passagens escatológicas, como, por exemplo, 30:3; Joel 1:15; MI. 4:1; Dn. 12:1. 

V.  5 -  Mal após mal. Esta tradução, encontrada em trinta manuscritos hebraicos e no Targum, deriva-se da tradução de 'ahar, "depois" em lugar de 'ahat, "um", do T.M. (lit. um mal, chegou um mal). Cons. v. 26. 

V.  6 -  O fim, despertou-se. Um exemplo de paronomásia, ou jogo de palavras, haqqes heqqiîs. Paronomásia semelhante aparece em Amós 8:2 sobre "fruto de verão" e "fim", qayis e qes (cai o fruto . . . Israel cairá) e Jr. 1:11 sobre "amêndoa" e "vigiando", shaqed e shoked (uma árvore despertada . . , estou desperto). 

V.  7 -  Tua sentença (AV, manhã). Esta tradução de sepîrâ admite uma raiz igual à cognata acadiana sapâru "destruir", que o significado "diadem" de Is. 28:5, ou manhã da AV baseada no aramaico saphrâ, "madrugada". É chegado o dia. Cons. o versículo 10. No pensamento popular, "o dia" significava a vitória de Israel sobre seus inimigos (cons. Is. 9:3; Os. 2:2; Ez. 30:9), mas os profetas destacaram seus aspectos relacionados com o juízo de Israel (Amós 5:18; Is. 2:12 e segs.; 13:9; Jr. 30:7; Ez. 7:19; 13:5; 36:33; MI. 4:1). Um desenvolvimento posterior atribuído ao "dia de Jeová", a derrota do paganismo (Jr. 46:10; Ez. 30:2 e segs.; 38:10, 14; 39:8, 11, 13; Zc. 14:3) e a introdução da nova ordem, o governo de Deus (Ez. 39:22; MI. 4:2). Da turbação, e não da alegria, sobre os montes. Ruído de batalha e não (alegres) gritos das montanhas (lit. ). O T.M. é obscuro

Vv . 8,9 -  Estes versículos são virtualmente uma repetição de 3, 4. 

 V. 10Eis o dia. Cons. o versículo 7. Já floresceu a mora. O Texto Massorético diz matteh, "vara". Substituindo outros pontos vocálicos obtém-se mutteh, "justiça pervertida" (cons. 9:9). Isto faz paralelo com reverdeceu a soberba. São provavelmente referências ao poder governante de Jerusalém



                            INTRODUÇÃO

A imagem apresentada por Ezequiel quanto ao dia de Yahweh demonstra que fora herdeiro não somente de Amós, mas de outros que haviam seguido em sua esteira. As consequências desastrosas do encontro com Yahweh preocuparam Isaías em vários textos. O capítulo 2.12-22 fala do dia de Yahweh como um momento no qual a orgulhosa e idólatra nação de Israel seria derrubada pelo terror de Yahweh. No entanto, nenhum dos oráculos de Isaías apresenta tantas ligações com Ezequiel 7 quanto Isaías 13.1-16.16 Os paralelos estilísticos e conceituais entre Ezequiel 7 e a profecia posterior pré-exílica de Sofonias, em Sofonias 1.7-18, são também muito impressionantes. Com referência à violência (hãmãs), à futilidade das riquezas (prata e ouro) como segurança e ao terror abrupto do dia, claramente ecoa de Sofonias. Da mesma maneira acontece com o tom e o estilo literário de Ezequiel 7, que mostram uma clara influência de Sofonias. As sentenças curtas, os anúncios breves e os gritos animados de destruição são comuns a ambos os textos.


            I. SOBRE A PROFECIA

1. Introdução -   Veio ainda a palavra do Senhor. Note-se como o capítulo 7 inicia com as mesmas palavras que introduzem o capítulo 6 (ver as notas em Eze. 6.1). O oráculo é um decreto e, ao mesmo tempo, uma profecia que podia ser quebrada ou modificada; era iminente e cheia de terrores para Judá. 7.2 Filho do homem. Título comum de Ezequiel, utilizado por Yahweh (ver as notas em Eze. 2.1). Adonai-Yahweh (o Soberano Etemo) fala de novo. Este título divino é usado 217 vezes neste livro, mas somente 103 vezes no restante do Antigo Testamento (ver as notas em Eze. 2.4). “O fim” havia chegado para Judá. Este termo é usado 5 vezes no início deste oráculo (Eze. 7.2, duas vezes; vs. 3; vs. 6, duas vezes). Cf. uma expressão semelhante que Amós usou quando descreveu a destruição iminente do reino do norte, pelos assírios (Amós 8.2). O reino do sul cairia da mesma maneira miserável, pelo fato de praticar as mesmas iniqüidades.

2.  Extensão (v,2b) -  O alarme abre com uma nota pontiaguda: Um fim ! Ofim chegou! A forma anártrica do primeiro qês e a ausência do verbo anterior (cf. v. 6) refletem a urgência do anúncio e contribui com sua força retórica. Dentro da tradição profética, o anúncio “O fim chegou” representa uma fórmula profética padronizada que deveria ter lançado terror sobre qualquer um que a tivesse ouvido (ver Gn 6.13; Jr 51.13; Lm 4.18; Am 8.1-2). Seu significado é refletido na interpretação de Amós quanto à fruta de verão: “Chegou o fim para o meu povo de Israel!

3.  Quando? (vv.3a, 8a) -   O agora de abertura (ca ttâ ) enfatiza a iminência da vinda da destruição. A construção da frase seguinte, haqqès cãlayik, “o fim está sobre vós”, depois do padrão hinêni cãlayik em 5.8, faz que “o fim” seja quase concreto, como que se alguns inimigos estivessem prestes a atacar. Similarmente, o uso do verbo sillah, “liberar”, com ’ap, “ira”, trata a ira divina como se fosse uma flecha a ser lançada (cf. 5.16), ou um embaixador a ser comissionado.


            II.  SOBRE O FIM

1.  Sentido (vv. 2b, 3a, 6) | 2. Expressões repetidas sobre o fim -   Ezequiel explica a resposta divina com uma declaração tripla do princípio pelo qual Yahweh usará para lidar com a terra de Israel. Primeiramente, punirá a terra por manter aquela conduta (dèrãkim, lit. “maneiras”). Julgar. Emborasãpatgeralmentesignifique “enviar uma decisão judicial”, o contexto sugere que aqui, assim como em 36.19, a execução da sentença está também em jogo. Vem o fim. O terrível castigo de Yahweh poria fim a uma nação inteira, como uma execução. Judá era como um gigante adormecido; de súbito, ele acorda, mas é tarde demais; flechas já haviam penetrado em seu corpo. O golpe fatal já fora administrado. As palavras para “acorde” e “fim” têm sons semelhantes no hebraico, assim temos um trocadilho. Cf. Amós 8.2, onde há algumas semelhanças. 

3. A  repetição da setença - a expressão "é chegado o dia" é uma tradução do termo hebraico que significa "trançar", como quem trança uma guirlanda de flores para a cabeça, e é traduzido por "diadema" em Isaías 28:5. De que modo os tradutores derivam "é chegado o dia" dessa palavra? Provavelmente, trata-se de uma referência a um círculo. Cada manhã dá início a um novo ciclo, que se completa e começa de novo, como a figura do diadema, e esse ciclo havia trazido o dia dos judeus. "Trançaram" seu próprio diadema vergonhoso de pecado, quando poderiam ter usado a coroa de glória do Senhor.  O vs. 9 é praticamente uma duplicata do vs. 4 .0 olho de Yahweh reconhece todas as infrações e punirá cada uma sem misericórdia. Os caminhos perversos de Judá haviam terminado. A espada de Yahweh corta a nação em pedaços. Seu martelo a esmaga. Yahweh torna-se o Deus da ira implacável. Cf. Eze. 6.7,10,14; 7.4,27. Aqueles que receberem os golpes reconhecerão a justiça deles. O Senhor ganha o título de Yahweh-makkeh, “o Senhor que golpeia”. O Targum diz: “Eu sou o Senhor que te golpeia”. O povo reconhecerá por que foi golpeado tão severamente. Mas, que maravilha, O golpe divino cura os pecadores!


            III. SOBRE O INIMIGO

1.  "Já  floresceu a vara" (v.10) -  Eis o dia. O temível dia de Yahweh chegou. A ira do Todo-poderoso ameaça e traz o fim para a nação desobediente (vs. 6). A madrugada do receio está raiando (vs. 7), que destino amargo! Vara. A palavra hebraica assim traduzida é hamatteh. Por emenda, alguns substituem por hammutteh, injustiça. Cf. Eze. 9.9. Talvez o versículo sugira que a vara de Yahweh, batendo nos ímpios, efetue justiça. A palavra vara torna possível uma metáfora fina: a vara floresce e, florescendo, produz golpes temíveis. A vara do Senhor cumpre Seu propósito de julgamento. Mas, se devemos entender injustiça como a palavra correta, então compreendemos que os muitos pecados de Judá enchem a terra como ervas daninhas que tomam conta de tudo. As plantas das iniqüidades florescem na agricultura do diabo. A NCV traz “a violência tem crescido”. O orgulho, um dos principais pecados do povo, também cresce, e a vingança divina corta todo o crescimento pernicioso pelas raízes. A metáfora da vara provavelmente foi sugerida pela experiência de Arão, quando sua vara floresceu (Núm. 17). Ou, talvez, estivesse em vista a amendoeira de Jeremias (Jer. 1.11-12). De qualquer maneira, a vara que floresceu mostra que a ira de Deus estava crescendo e em breve floresceria. Os frutos produzidos seriam terrivelmente amargos e venenosos. Reverdeceu a soberba. A vara obviamente representava o exército babilónico, pragas, seca, fome e outras calamidades de poder destrutivo. A arrogância do povo tinha apressado o florescimento da vara, ou a arrogância deste versículo é a do exército destruidor. Cf. Jer. 50.31-32. Mas provavelmente está em vista “a oposição ousada do povo de Judá contra Deus”.

2. 'Reverdeceu a soberba" (v.10b) -  A segunda explicação que “o galho floresceu” pode ser construída como um emblemático das noções expressas nos dois períodos seguintes, em que o galho se refere à vara dos governantes opressores.65 O verbo sis, “florescer”, expressa numa única palavra as noções contidas em pãrah, “brotar”, e qüm lê, “crescer”. Ezequiel, assim, mudou o que originalmente era um símbolo positivo da eleição e da legitimação da autoridade em um bastão emblemático de opressão e maldade. A terceira explicação é que Ezequiel pode já estar visualizando o agente da ira de Yahweh, Nabucodonosor. A vara que floresceu é sua; ele é o insolente, ou o violento, ou o maligno que criou o tumulto refletido nas linhas seguintes ao versículo. 

3.  O rei Nabucodonosor O significado do nome Nabucodonosor gera algumas dúvidas entre os estudiosos. As melhores sugestões dizem que Nabucodonosor significa “Nebo, proteja as fronteiras” ou “Nebo, proteja a minha coroa”.

O nome original é o babilônico Nabukudurri-usur. Esse nome foi transliterado no texto bíblico para o hebraico, aramaico e, por último, para o grego, na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento).

O reinado do rei Nabucodonosor

Aqui vale dizer que a cidade da Babilônia alcançou grande prestígio e poder em aproximadamente 1850 a.C., e depois entrou em declínio. Foi só então com Nabucodonosor, mais de mil anos depois, que a cidade recuperou toda sua glória. Por esse motivo o império liderado por Nabucodonosor é conhecido como Império Neobabilônico.

Ainda em 605 a.C., após derrotar os egípcios em Carquemis, o rei Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim, rei de Judá (2 Reis 24:1,2; 2 Crônicas 36:5-7). Essa foi a primeira de três invasões babilônicas contra Judá. Também foi nessa ocasião que Daniel, Hananias, Mizael e Azarias foram levados cativos por Nabucodonosor.

Jeoaquim se submeteu ao rei Nabucodonosor e foi temporariamente leal a ele. No entanto, depois de três anos o rei Jeoaquim se rebelou contra Nabucodonosor e transferiu sua lealdade aos egípcios; apesar das constantes advertências do profeta Jeremias (Jeremias 27:9-11).

Foi então que em 597 a.C. Nabucodonosor marchou contra a Palestina e cercou a cidade de Jerusalém, na segunda invasão babilônica contra Judá. Na ocasião, Nabucodonosor capturou o rei Joaquim, o qual estava no poder havia apenas três meses após a morte de seu pai, o rebelde Jeoaquim.

Para o lugar de Joaquim, o rei Nabucodonosor nomeou Matanias, que passou a ser chamado de Zedequias (2 Reis 24:17; 2 Crônicas 36:10). Nabucodonosor também deportou para a Babilônia o rei deposto Joaquim, juntamente com todos os judeus que poderiam tentar promover uma rebelião (2 Reis 24:12-16; 2 Crônicas 36:10; Jeremias 22:24-30; 52:28).

O rei Nabucodonosor saqueou o Templo de Salomão e capturou um enorme despojo de guerra. Zedequias permaneceu leal a Nabucodonosor durante um tempo, mas depois também se rebelou ao ceder às pressões do povo.

Vale dizer que por muitas vezes Jeremias aconselhou o povo a se manter longe da rebelião. Curiosamente nesse período um falso profeta chamado Ananias profetizou que dentro de dois anos todos os cativos voltariam do cativeiro babilônico.

Jeremias denunciou essa falsa profecia e advertiu o povo que o Senhor lhe havia revelado que o exílio na Babilônia seria bastante prolongado (Jeremias 29:1-23). Mesmo depois de muitos conselhos do profeta do Senhor, finalmente Zedequias se rebelou contra o rei Nabucodonosor (2 Reis 24:20; 2 Crônicas 36:13-16; Jeremias 52:3).

Então, em aproximadamente 587 a.C., o rei Nabucodonosor começou sitiar Jerusalém (2 Reis 25:1; Jeremias 39:1; 52:4; Ezequiel 24:1,2). A cidade de Judá suportou o cerco babilônico durante um tempo, até que caiu completamente sob o domínio do rei Nabucodonosor.

Naquela ocasião houve mais uma grande deportação de cativos para a Babilônia. Ficaram para trás somente os judeus mais pobres (2 Reis 25:8-17; 2 Crônicas 36:17-20; Jeremias 39:9,10; 52:12-23).

Jerusalém foi arrasada e o Templo destruído. O rebelde rei Zedequias foi capturado por Nabucodonosor e forçado a assistir a execução de seus próprios filhos. Depois disso, ele teve os olhos cegados e foi levado acorrentado para a Babilônia onde acabou morrendo (2 Reis 25:5-7; Jeremias 39:4-8; 52:8-11).

Após ter destruído Jerusalém, Nabucodonosor nomeou outro governador judeu, Gedalias. Porém, mais tarde Gedalias acabou assassinado devido a mais uma conspiração contra o domínio babilônico sobre Judá.

O rei Nabucodonosor também liderou várias ofensivas contra outras nações, como por exemplo, contra Tiro entre 585 e 572 a.C., e contra o Egito em aproximadamente 568 a.C. (Ezequiel 26-28; 29:18).

4. A Babilônia -  Babilônia significa "Porta de Deus", os judeus, no entanto, dizem que é um termo de origem hebraica, que significa "grande confusão", e inclusive aparece na BíbliaBabilônia foi um império, que fez história, principalmente com a figura do Rei Nabucodonosor, e teve um papel fundamental na história da Mesopotâmia. A construção característica desse povo é a zigurate, depois copiada pelos povos que se sucederam na região. Era uma torre em forma de pirâmide, composta de sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo. Os Sumérios eram politeístas e faziam do culto aos deuses uma das principais atividades a desempenhar na vida.



 AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin

Comentário Bíblico Ezequiel - IETEP

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

https://www.sohistoria.com.br/ef2/mesopotamia/p2.php

https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-rei-nabucodonosor/

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

LIÇÃO 01 - EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS

                                    

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II


                

                        TEXTO ÁUREO

" Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!" (1CO 9.16)


                    VERDADE PRÁTICA

Além de guardar e cuidar, a missão do atalaia é anunciar tanto o julgamento divino como as Boas-novas.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 3. 16-21, 27 ( EXPLICAÇÃO DO COMENTÁRIO AT RUSSEL N. CHAMPLIN - EDITORA HAGNOS)


V.16  -  Outra Etapa da Missão. O profeta teve sete dias de descanso e meditação. Então, o poder de Yahweh o pegou novamente. Agora chegara o tempo de agir, pois a mensagem tinha de ser entregue aos exilados. A comissão do profeta foi renovada e ele sentiu grande responsabilidade de agir como um herói. O Targum nos informa aqui que “a palavra de profecia” foi dada a Ezequiel, nesta experiência; assim, ele ficou qualificado para agir como profeta de Yahweh.

 V.17  -  Filho do hom em . Yahweh freqüentemente utilizou este título para referirse ao profeta. Ver as notas expositivas em Eze. 2.1. Aquele fraco filho de homem seria feito o poderoso atalaia de Israel. Cf. lsa. 56.10; Jer. 6.17 e Osé. 9.8, onde o mesmo título é empregado. Os atalaias se posicionavam sobre os muros da cidade, sobre topos de colinas, às vezes sobre torres de água ou instalações militares, pois precisavam de visão panorâmica. O trabalho deles consistia em avisar o povo sobre a aproximação de qualquer perigo. Eles serviam como protetores do povo e trabalhavam em favor do seu bem-estar. Ezequiel tornou-se o atalaia espiritual do pequeno remanescente de judeus no cativeiro babilónico. Um Novo Israel estava sendo preparado por seus sforços. Seu trabalho era “pequeno”, mas tinha grandes implicações. O atalaia avisou o povo da chegada do julgamento, por causa de sua idolatriaadultério-apostasia. Ele deu instruções morais e espirituais. A figura do atalaia será repetida em Eze. 33.2-6. Ver também I Sam. 14.16; II Sam. 18.24- 27; II Reis 9.17-20 e lsa. 21.6. 

V.18  -  As advertências espirituais dos vss. 18-21 não se referem à alma e à condenação eterna em uma vida além do sepulcro, embora, comumente, intérpretes utilizem este trecho oom tal aplicação. Podemos fazer essa aplicação, porque as palavras são aptas a esse fim, mas o que está em pauta é a destruição pelas mãos dos babilônios. As palavras podem incluir a idéia de desastres, pragas e revoltas da natureza, que massacram a vida humana. A vida prometida aos obedientes e convertidos seria tranqüila e longa na Terra Prometida, onde os habitantes teriam o privilégio de promover o culto a Yahweh, fonte de todas as bênçãos. Em outras palavras, o texto se refere à salvação temporal, não espiritual. Casos Específicos: 1. O primeiro caso estipulado é o do homem pecaminoso, rebelde, apóstata (coletivamente, Judá-Jerusalém); este ímpio recebe a advertência de Yahweh. Os babilônios trariam a morte, que chegaria na forma de um imenso massacre. Presumivelmente, o próprio profeta pereceria com o povo. Além dos ataques dos babilônios, haveria doenças, desastres naturais e uma variedade espantosa de calamidades. Mas nada, no trecho presente, fala sobre a alma e o julgamento do outro mundo. É óbvio que este texto não menciona nada sobre o problema da segurança do crente, embora alguns intérpretes o utilizem desta maneira. “A referência aqui é obviamente à morte física” (Charles H. Dyer, in toe).

V.20  -  3. O terceiro caso é o do homem justo (segundo os padrões do Antigo Testamento, o homem que obedece à lei mosaica e participa do culto a Yahweh). Este homem cumpre seus deveres, mas finalmente abandona sua fé (como Judá fez quando correu atrás da idolatria de seus vizinhos). Este homem, ontem justo, agora é um ímpio como o resto da Judá apóstata; contra ele Yahweh agirá; sua bondade anterior não o ajudará nem um pouco. Com a iniqüidade, ele anula sua condição anterior, cai e morre. Todavia, o ministro que o advertiu fica livre de sua culpa. O texto não se refere a um homem que ontem estava salvo, mas hoje está perdido, e, se morrer nesta condição, sofrerá julgamento eterno; esta é a interpretação de alguns ansiosos que querem um texto de prova para sua doutrina arminiana. O texto fala especificamente do golpe de morte do exército babilónico, que executou uma nação inteira e obviamente dos indivíduos daquela nação. A segunda morte não está em pauta. Tropeço. Cf. lsa. 8.14; I Cor. 1.23; Rom. 8.32-33; I Ped. 2.8. A bondade que o homem praticou no passado não pode agir como um tipo de crédito, para evitar conseqüências desastrosas de uma vida pecaminosa presente. Ele não pode tirar algum dinheiro de seu banco espiritual e pagar os débitos de uma vida atual de apostasia. A Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário) garantirá que esse homem pague o que deve: ele morrerá.

 V.21  -  4. O quarto caso é o do homem bom que se tornou melhor ainda. Os ensinamentos do profeta fiel o ajudaram; ele obedeceu aos mandamentos e agiu com justiça. Esse homem será poupado das calamidades que trazidas pelos babilônios. Ele também escapará aos castigos da natureza, não ficará doente, terá uma vida longa, saudável e próspera. É bom negócio ser bom, Cf. o sentimento do Novo Testamento: 

Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo


V.27  -  Quando eu falar contigo, darei que fale a tua boca. Ezequiei não seria para sempre um profeta silencioso. Com o tempo, sua boca foi aberta para falar. O Espírito estava controlando a situação e operando segundo Sua vontade. Todos os elementos se harmonizavam perfeitamente. Não houve lapsos na execução do plano divino. Assim diz o Senhor Deus. Adonai-Yahweh, isto é, Soberano Eterno, o título divino comum deste livro, aparecendo 217 vezes. Aparece somente 103 vezes no restante do Antigo Testamento. A missão do profeta seria realizada de acordo com a Soberania de Deus (ver a respeito no Dicionário). Quando o profeta ficava em silêncio, era porque Yahweh não tinha falado; quando abria a boca, era inspirado por Yahweh. O ministério do profeta mesclaria períodos de silêncio com períodos de pregação. Como o atalaia de Israel (Eze. 3.16 ss.), ele se harmonizou perfeitamente com a mente divina. Sua mudez seria intermitente. Sua palavra encontraria receptividades radicalmente diversas. Alguns o escutariam; amém! Outros não o fariam; assim seja! A grande maioria dos rebeldes não se converteria, e sofreria o devido castigo. Yahweh não esperava “sucesso de números” da parte do profeta. Cf. as palavras de Jesus em Mat. 11.15; ver também Mat. 13.9; Mar. 4.9,23; Luc. 8.8. 

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Lucas 14.35) 

A pregação era seu próprio sucesso. O dever do atalaia seria realizado a despeito da rebeldia dos ouvintes

 

                            INTRODUÇÃO

A mensagem do livro tem uma consistência interna que se encaixa com o equilíbrio estrutural. O ponto central é a queda de Jerusalém e a destruição do Templo. Esta é anunciada em 24:21ss. e é relatada em 33:21. Desde o capítulo 1 até 24, a mensagem de Ezequiel é de destruição e denúncia: é um atalaia colocado para advertir o povo de que esta é a conseqüência inevitável dos pecados da nação. Mas desde o capítulo 33 até 48, embora ainda se considere um atalaia com uma mensagem de retribuição e responsabilidade individuais, seu tom é de encorajamento e de restauração. Antes de 587 a.C., seu tema era que a deportação de 597 a.C., da qual ele mesmo foi uma das vítimas, certamente não era o fim do castigo de Deus aplicado ao Seu povo: coisa pior estava para vir, e os exilados deviam estar prontos para enfrentá-la. Depois de vir esta coisa, e o pior ter acontecido, Deus agiria para reedificar e restaurar Seu povo Israel, uma vez disciplinado.

Ezequiel registra treze datas, ano, mês e dia, de quando lhe foram entregues os oráculos divinos, e essas informações são importantes, pois ajudam na compreensão do livro.

1. “No trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, os céus se abriram e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativeiro do rei Joaquim, a palavra do Senhor veio expressamente a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar. Ali a mão do Senhor esteve sobre ele” (1.1, 2). – 5 de Tamuz: 31de julho de 593 a.C. 

 2. “No sexto ano, no sexto mês, aos cinco dias do mês, quando eu estava sentado em minha casa e os anciãos de Judá estavam sentados diante de mim, aconteceu que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim” (8.1). – 5 de Elul: 18 de setembro de 591 a.C.

3. “No sétimo ano, no quinto mês, aos dez dias do mês, alguns dos anciãos de Israel vieram consultar o Senhor e se assentaram diante de mim” (20.1). – 10 de Ave: 14 de agosto de 591 a.C. 

4. “A palavra do Senhor veio a mim, no nono ano, no décimo mês, aos dez dias do mês” (24.1). – 10 de Tevete: 5 de janeiro de 587 a.C. [589/588 a.C.]. 

5. “No décimo primeiro ano, no primeiro dia do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (26.1). – 10 de Tevete: 8 de janeiro de 586 a.C. [586 a.C]. 

6. “No décimo ano, no décimo mês, aos doze dias do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (29.1). – 12 de Tevete: 7 de janeiro de 587 a.C. [588/587 a.C.]. 

7. “No vigésimo sétimo ano, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (29.17). – 1 de Nisã: 26 de abril de 587 a.C., ano novo judaico [571/570 a.C.] 

8. “No décimo primeiro ano, no primeiro mês, aos sete dias do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (30.20). – 7 de Nisã: 29 de abril de [587/586 a.C].

 9. “No décimo primeiro ano, no terceiro mês, no primeiro dia do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (31.1). – 1 de Sivã: 21 de junho de 587 a.C., dois meses depois de 30.20. 

10. “No décimo segundo ano, no décimo segundo mês, no primeiro dia do mês, a palavra do Senhor veio a mim” (32.1). – 1 de Adar: 3 de março de 585 a.C.

 11. “No décimo segundo ano, aos quinze dias do primeiro mês, a palavra do Senhor veio a mim” (32.17). – 15 de Adar: 18 de março de 584 a.C. [585]. 

12. “No décimo segundo ano do nosso exílio, aos cinco dias do décimo mês, veio a mim um sobrevivente de Jerusalém” (33.21). 5 de Sivã: 8 de janeiro de 585 a.C.

13. “No vigésimo quinto ano do nosso exílio, no princípio do ano, no décimo dia do mês, catorze anos após a queda da cidade de Jerusalém, nesse mesmo dia, veio sobre mim a mão do Senhor, e ele me levou para lá” (40.1). 10 de Nisã: 28 de abril de 573 a.C. [573/572 a.C.].


                I. SOBRE O LIVRO DE EZEQUIEL

1.  Primeira parte -   Os primeiros 24 capítulos são os oráculos entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém e do templo. Nessa primeira parte, está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (1.1-3), quando ele recebeu a visão da glória de Deus (1.26-28). Os discursos são predominantemente de ameaças e juízos de forma simbólica, como, por exemplo, a representação do cerco de Jerusalém com modelos de argila e uma panela de ferro (4.1-3) e os quarenta dias (4.4-6). As visões dos capítulos 8–11 revelam as práticas abomináveis, o livramento dos justos e a morte dos profanos. A mensagem traz também uma série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (13.2-4). Além disso, o Profeta relata a história de Israel no capítulo 20 e, de forma metafórica bem elaborada com elementos alegóricos, nos capítulos 16 e 23. Os oráculos dessa seção se encerram com o anúncio do cerco de Jerusalém já iniciado, pois foram entregues ao Profeta no “no nono ano, no décimo mês, aos dez dias do mês” (24.1). Foi no nono ano do reinado de Zedequias que os caldeus iniciaram o cerco de Jerusalém (1Rs 25.10). O Profeta ficará mudo até o dia em que recebe a notícia da queda da cidade (24.25-27). Desta primeira parte, então, os estudos do livro analisam a função de Ezequiel como atalaia (3.16-27); os oráculos sobre o juízo (7.1-13) e contra os falsos profetas (13.1-23); a saída da glória de Deus do templo (8.1–11.25); a justiça divina (14.12-23) e a responsabilidade individual (18.1-4, 19-32).

2.  Segunda parte  -  Embora muitos detalhes adicionais sejam oferecidos, Ezequiel pinta um quadro de Israel no qual todos os erros do passado são reparados e a nação finalmente vive à altura do potencial prometido no pacto original de Yahweh. Como anteriormente observado, no processo os mesmos pilares nos quais o povo havia falsamente baseado sua segurança anterior (mas que Ezequiel havia sistematicamente demolido nos oráculos de julgamento) são agora restaurados. As promessas de Yahweh são eternas: (1) Israel é o povo de sua aliança para sempre; (2) a terra de Canaã foi dada a Israel como sua terra natal para sempre', (3) Yahweh habitará no meio de seu povo para sempre', (4) o compromisso de Yahweh ao seu servo Davi permanece para sempre. Yahweh não retomará atrás em sua palavra. Afinal, como ele mesmo declara, “Eu sou Yahweh; eu disse; assim farei”. As características principais da atividade futura de Yahweh a favor de Israel são claramente reconhecidas: (1) Em um novo êxodo, Yahweh reunirá o povo espalhado pelos países afora (11.16-17a; 20.41; 34.11-13a, 16; 36.24a; 37.21a); (2) Yahweh o trará de volta à sua terra de herança, que tem sido purificada de suas manchas (11.17 b - l8; 20.42; 34.13 b - l5; 36.24b; 37.21b); (3) Yahweh revitalizará seu povo espiritualmente, renovando seu pacto com ele, dando-lhe um novo coração, e derramando-lhe o seu Espírito, para que ande em seus caminhos (11.19-20; 16.62; 34.30-31; 36.25-28; 37.23-24; (4) Yahweh restaurará a dinastia de seu servo Davi como um agente de bem-estar e um símbolo de unidade para a nação (34.23-24; 37.22-25); (5) Yahweh abençoará Israel com uma prosperidade sem precedentes e garantirá a segurança da nação em sua própria terra (34.25-29; 36.29-30; 37.26; 38.1-39.29); (6) Yahweh estabelecerá sua residência permanente no meio do povo e reorganizará a adoração da nação (37.26b-28; 40.1^18.35).

3.  Terceira parte  -  A visão que eu considero neste comentário é que, enquanto o Novo Testamento reconhece os significados atuais em sua leitura de textos do Antigo Testamento (a igreja é herdeira das promessas espirituais de Deus a Israel), o entendimento do próprio Ezequiel de seus oráculos deve ser determinante em nossa interpretação.24 Se pudéssemos perguntar a Ezequiel se ele esperava um reagrupamento literal de seu povo, o seu retomo à terra de Israel, seu rejuvenescimento espiritual e a restauração de um trono davídico, poderíamos esperar uma resposta sem dúvida afirmativa. Afinal, Yahweh deu sua palavra; ele não negará suas promessas eternas a Abraão, Moisés e Davi. No entanto, embora os oráculos de restauração de Ezequiel profetizassem eventos literais, nem todas as suas descrições apresentam os eventos literalmente.25 De fato, desde o capítulo 34 até o capítulo 48 as suas profecias de esperança tomam-se muito abstratas e conceituais. Não é difícil visualizar o reagrupamento, a revitalização da nação como é descrita no capítulo 34 e 36.16-38, e os elementos deveriam ser tomados seriamente (assim como 37.15-28). No entanto, 37.1-14 é lançado como uma visão, com os ossos secos funcionando simbolicamente para Israel; o oráculo de Magogue e Gogue (caps. 38-39) é lido como revista em quadrinhos, com muitas características bizarras e irreais; a visão final do templo é completamente ideológica, com muitos elementos idealísticos e fantásticos que são difíceis de reconciliar com as realidades geográficas e culturais. Enquanto Ezequiel sem dúvida alguma vê um retomo real de Israel à terra da promessa, a terra da Palestina, a indicação de um Messias davídico, e um período prolongado de paz e prosperidade para a nação, sua visão permanece estritamente nacionalista. Com exceção da garantia de proteção de Yahweh, mesmo de conspirações universais contra Israel (caps. 38-39), Ezequiel tem pouco a dizer sobre as implicações cósmicas da nova ordem. 

Parece que uma das chaves para interpretar o significado de nãsi’ nos caps. 40-48 é reconhecer a mudança em gênero entre os oráculos de restauração anteriores32 e a visão idealista final. Enquanto a visão anterior é ligada à História, antecipando uma reversão total dos eventos que circundam a queda de Jerusalém em 586 a.C., a última visão é planejada, conceituai, simbólica, e muitas de suas características são inimagináveis.33 Contrário à opinião popular comum, a  descrição do templo não é apresentada como uma planta para um prédio ser construído no futuro com mãos humanas. Essa visão pega o tema da presença divina, anunciado em 37.26-27, e descreve a realidade espiritual em termos concretos, empregando expressões idiomáticas culturais familiares do templo, do altar, dos sacrifícios, nãsi’, e da terra. Ao apresentar essa constituição teológica para o novo Israel, Yahweh anuncia o acerto de todos os antigos erros e o estabelecimento do saudável relacionamento entre deidade-nação-terra. A visão final de Ezequiel apresenta um ideal supremo: onde Deus está, lá está Sião. Onde Deus está, há também ordem e o cumprimento de todas as suas promessas. Além do mais, a preocupação principal nesta visão não é política, mas cúltica. A questão central não é o retomo de Davi, mas a presença de Yahweh. Por conseguinte, o papel do nãsi’ é facilitador, não soberanamente simbólico. Diferente dos antigos reis, que perverteram a adoração de Yahweh por razões egoístas e apoiaram a adoração de outros deuses, esse dever de nãsi’ é para promover a adoração de Yahweh em espírito e em verdade. Nessa visão (e somente aqui), com sua imagem radicalmente teocêntrica do futuro de Israel, o nãsi’ emerge como um funcionário religioso, servindo à santa comunhão da fé, que em si mesma é focalizada na adoração de Deus que vive no meio deles. O nãsi’ não é responsável pela administração do culto. Ele não somente deixa de participar ativamente no ritual: ele não constrói o templo, não planeja a adoração, ou indica os sacerdotes; estas prerrogativas pertencem a Yahweh. Isto concorda com a imagem de nãsi’ em 34.23-24, aquele que é instalado como pastor por Yahweh somente após ter resgatado Israel pessoalmente.34 Nessa apresentação ideológica, o nãsi’ funciona como um benfeitor leigo indicado por Yahweh e patrocinador do culto, cuja atividade assegura a continuidade de shalom entre a deidade e os sujeitos. O Deus de Israel tem cumprido as promessas de sua aliança, reunindo o povo e os restaurando à sua terra. Mais importante ainda, ele tem chamado o povo novamente a si mesmo e estabelecido sua residência no meio deles. Agora que celebrem, e que nãsi’ mostre o caminho!


                II. SOBRE O PROFETA

1.  Identidade  - O  nome hebraico Yehezke'l significa "Deus Fortalece" ou "Fortalecido por Deus". Ezequiel foi realmente fortalecido por Deus para o ministério profético para o qual foi chamado (3.8-9).  Se temos razão para pensar que o “trigésimo ano” referido em 1:1 era o seu trigésimo ano de idade, segue-se que Ezequiel era um homem jovem, com vinte e tantos anos, quando começou o exílio, e isto deixaria espaço para o período considerável de tempo durante o qual se estendeu seu ministério.  O Sacerdote e profeta Ezequiel ministrou durante os mais terríveis dias da história de Judá: os setenta anos de cativeiro na babilônia, foi levado para a babilõnia antes do ataque final a Jerusalém.

2. Procedência  -  Ezequiel era o filho de Buzi; era um sacerdote, e provavelmente filho de um sacerdote.35 Foi levado para o cativeiro em 597 a.C., quando os exércitos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, tomaram Jerusalém depois de um breve cerco. Com o jovem rei Joaquim e “todos os príncipes, todos os homens valentes, todos os artífices e ferreiros” (2 Rs 24:14), foi removido do Templo, que haveria de ser sua vida, e estabelecido nas planícies poeirentas da Babilônia. No quinto ano do seu exílio, i.é, 593 a.C., veio a ele a chamada de Deus para exercer um ministério profético dirigido à casa de Israel. A data mais avançada que é atribuída a um dos seus oráculos é o vigésimo-sétimo ano do exílio (29:17), e isto o levaria até à idade de 52 anos. Nada se sabe da sua vida à parte daquilo que é contido no livro que leva seu nome, nem existe tradição alguma que nos diga onde ou como morreu. Sabemos que era casado, e que sua esposa morreu na ocasião da queda de Jerusalém (24: 18). Era um homem de influência, sendo consultado pelos anciãos entre os exilados (8:1; 20:1); e embora isto talvez se deva ao seu ministério profético e à reputação que rapidamente adquiriu, é igualmente provável que seja atribuível à sua posição social herdada do seu pai, Buzi.


                III. SOBRE O ATALAIA

1. Atalaia -  Atalaia significa “sentinela”, “guarda” ou “vigia”. A Bíblia fala sobre atalaias tanto no sentido literal quanto simbólico. Isso indica que esse termo é aplicado não só para se referir aos guardas da época. Alguns textos bíblicos usam a figura de um atalaia para se referir no sentido espiritual à atividade de alguns homens levantados por Deus.

A palavra atalaia traduz na Bíblia principalmente o termo hebraico tsaphah, que significa “tomar cuidado”, “espiar”, “olhar ao redor”, “vigiar”, “guardar” ou “prestar atenção”. Nos tempos bíblicos, os atalaias tinham a função de guardar uma cidade, uma aldeia, um acampamento ou mesmo um povo itinerante. Eles andavam pelas ruas da cidade como policiais, ou ficavam sobre os muros e torres das cidades fortificadas (2 Samuel 18:24; 2 Reis 9:17-20; Isaías 62:6; Cantares 3:3; 5:7). Nos acampamentos móveis, os sentinelas eram os responsáveis por vigiar e guardar o assentamento especialmente durante a noite.

Os sentinelas também podiam ficar em torres de vigia espalhadas pelo deserto, ou tomar posto sobre um monte elevado. A ideia principal era que o atalaia ficasse num lugar de boa visibilidade para que pudesse avisar sobre qualquer perigo iminente com certa antecedência. Numa época em que havia muitas batalhas entre povos distintos que disputavam territórios, bons atalaias cumpriam um importante papel na estratégia militar de suas cidades.

Se um atalaia se distraísse ou dormisse em seu posto, um grande prejuízo poderia ser causado. A Bíblia destaca alguns casos de sentinelas que dormiram. Um dos casos mais conhecidos é o de Abner e seus homens. Eles estavam protegendo o rei Saul, mas acabaram dormindo. Davi então aproveitou a oportunidade e tomou a lança e a bilha de água que estavam na cabeceira de Saul. Naquela ocasião Davi teve oportunidade até de matar Saul, mas não o fez por temor ao Senhor (1 Samuel 26:7-16).

2.  "Fim dos sete dias" -  O Lugar Certo. É uma grande bênção estar no lugar certo da missão concedida por Deus. O profeta começou bem e já estava instruindo os exilados na região de Quebar. Esdras nos informa que alguns exilados moravam em Tel-Melá e TelHarsa (Esd. 1.59). A palavra babilónica til abubi significa montículo. Embaixo desses montículos, cidades inteiras foram enterradas, e os judeus passaram a construir suas habitações sobre diversos daqueles montículos. A palavra babilónica abubu significa dilúvio, e pode ser que essas cidades perdidas pré-dataram o dilúvio de Noé.

 Por sete dias, assentei-m e ali, atônito. Cf. Dan. 4.19 e Esd. 9.3-4. O silêncio dos lamentadores tem paralelo em Lam. 3.28. A posição usada para a lamentação era a sentada (lsa. 3.26; Lam. 1.1). Sete dias era o tempo típico para lamentações profundas (Jó 2.13). Cf. os 40 anos da experiência de Moisés (Atos 7.23), e os 40 dias de Elias (I Reis 19.3-8). Ver também Gál. 1.17. Devemos lembrar, ainda, a história da tentação de Jesus (40 dias), narrada em Mateus capítulo 4. Períodos específicos de tempo eram dedicados às situações consideradas importantes e decisivas.  

 Outra Etapa da Missão. O profeta teve sete dias de descanso e meditação. Então, o poder de Yahweh o pegou novamente. Agora chegara o tempo de agir, pois a mensagem tinha de ser entregue aos exilados. A comissão do profeta foi renovada e ele sentiu grande responsabilidade de agir como um herói. O Targum nos informa aqui que “a palavra de profecia” foi dada a Ezequiel, nesta experiência; assim, ele ficou qualificado para agir como profeta de Yahweh.

3.  A expressão "Filho do homem" -  Yahweh freqüentemente utilizou este título para referirse ao profeta. Ver as notas expositivas em Eze. 2.1. Aquele fraco filho de homem seria feito o poderoso atalaia de Israel. Cf. lsa. 56.10; Jer. 6.17 e Osé. 9.8, onde o mesmo título é empregado. Os atalaias se posicionavam sobre os muros da cidade, sobre topos de colinas, às vezes sobre torres de água ou instalações militares, pois precisavam de visão panorâmica. O trabalho deles consistia em avisar o povo sobre a aproximação de qualquer perigo. Eles serviam como protetores do povo e trabalhavam em favor do seu bem-estar. Ezequiel tornou-se o atalaia espiritual do pequeno remanescente de judeus no cativeiro babilónico. Um Novo Israel estava sendo preparado por seus esforços. Seu trabalho era “pequeno”, mas tinha grandes implicações. O atalaia avisou o povo da chegada do julgamento, por causa de sua idolatriaadultério-apostasia. Ele deu instruções morais e espirituais. A figura do atalaia será repetida em Eze. 33.2-6. Ver também I Sam. 14.16; II Sam. 18.24- 27; II Reis 9.17-20 e lsa. 21.6.

4.  O "Atalaia sobre a casa de Israel"  -  O s atalaias nos muros eram importantes para a segurança da cidade, e essa figura aparece com freqüência nas Escrituras (Is 21:11, 12; 56:10; 62:6; Jr 6:1 7; Sl 127:1; 130:6; Hb 13:1 7). A ênfase aqui é sobre o juízo, enquanto em Ezequiel 33 é sobre a esperança, mas a mensagem é a mesma: o profeta deve ser fiel em advertir o povo sobre o juízo, e o povo deve dar ouvidos às advertências e deixar seu pecado. Em termos espirituais, o "muro" que protegia Israel era seu relacionamento de aliança com o Senhor. Se eles obedecessem às estipulações da aliança declaradas por Moisés, Deus cuidaria de seu povo, os protegeria e os abençoaria, mas se desobedecessem , Deus os disciplinaria. Contudo, quer estivesse disciplinando quer abençoando, Deus sempre seria fiel a sua aliança. (Ver Lv 26 e Dt 28.) Ezequiel é o profeta da responsabilidade humana. Alguns dos cativos estavam culpando a Deus por sua triste sina, enquanto outros culpavam seus antepassados. Ezequiel deixou claro que, diante de Deus, todo indivíduo é responsável e deve prestar contas (ver Ez 18). Ele apresentou quatro situações. A primeira é a do povo morrendo porque o atalaia foi infiel e não os alertou (Ez 3:18). Suas mãos estariam manchadas de sangue e ele seria responsabilizado (ver v. 20; 1 8:1 3; 33:4-8). A figura de sangue nas mãos (ou sobre a cabeça) remonta a Gênesis 9:5 e aparece na lei de Moisés (Lv 20; ver também Js 2:19; 2 Sm 1:16 e 3:29; e Is 1:15 e 59:3). Jesus usou essa figura em Mateus 23:35 e Lucas 11:50-51 (ver também At 5:28; 18:6 e 20:26). A segunda situação é óbvia. A segunda situação retrata o atalaia sendo fiel em advertir os perversos, mas estes se recusam a ouvi-lo (Ez 3:19). Esse foi o problema que Ezequiel enfrentou ao pregar para os judeus cativos e de coração endurecido na Babilônia. Jesus chorou por Jerusalém, pois o povo não se achegou a ele (Mt 23:37-39). A terceira situação descreve os justos morrendo porque deixaram de obedecer à aliança e não foram advertidos pelo atalaia (Ez 3:20). O profeta-atalaia não deveria apenas advertir os pecadores a deixar seu pecado, mas também advertir os que estavam obedecendo à aliança (os "justos") a que não deixassem de fazê-lo e desobedecessem a Deus. Toda sua obediência anterior de nada valeria, se eles se rebelassem deliberadamente contra Deus. Porém, seu sangue estaria nas mãos do atalaia, se ele não os advertisse. Ao colocar uma barreira no caminho, o Senhor procura evitar que o justo peque; contudo, isso não serve de desculpa para o atalaia deixar de vigiar e de advertir. A última situação é aquela em que os justos ouvem as advertências do atalaia e não são julgados (v. 21). Era algo muito sério o povo judeu tratar com descaso a aliança selada no Sinai (Êx 19 - 20). Se o profeta atalaia visse fiéis prestes a quebrar a aliança, deveria alertá-los de que seriam julgados. Algumas vezes, pessoas piedosas pensam que sua obediência lhes dá o direito de fazer o que bem entendem, mas essa idéia não passa de uma grande mentira. Deus dá muitos privilégios a seu povo, mas jamais lhes concede o privilégio de pecar.


                IV.  SOBRE A RESPONSABILIDADE

1.  A responsabilidade do cristão (V. 18)  -   O primeiro caso envolve uma situação em que Yahweh manda o profeta entregar ao ímpio a sentença legal de morte que já pronunciara: Certamente morrerás! A forma da sentença é típica dos veredictos declarados por uma autoridade judicial em relação a um criminoso culpado de um crime capital.37 Embora a oportunidade de arrependimento do acusado seja colocada em outro ponto no livro (14.6; 18.21,30-32; 33.11), este primeiro caso não oferece qualquer indicação desta possibilidade. Isto é apropriado aqui, desde que a sentença não seja primariamente o destino do ímpio, mas a resposta do profeta ao comando divino. E você deixar de avisá-lo. Deixar de passar a mensagem trará sobre Ezequiel a responsabilidade pela morte, isto é, a culpa de assassino,38 que de acordo com Gênesis 9.5,6 pede a pena de morte.

2.  A responsabilidade do ímpio (Vv 19, 27)  -   0 segundo caso é idêntico ao primeiro, exceto que o profeta entregou responsavelmente a sentença de morte, e seu aviso foi rejeitado. Enquanto o ímpio morre por sua maldade, a sentinela é absolvida da responsabilidade de sua morte. Pode, portanto, manter a sua vida. As duas palavras hebraicas: hassõmèa yism a\ lit. “que o ouvinte ouça,” ou “o que ouve ouvirá” (27), são o protótipo para a fórmula predileta do nosso Senhor: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” A mensagem falada visa confirmar os homens na sua atitude para com o Deus que a inspirou: ou a escutarão e obedecerão, ou a desconsiderarão e serão condenados. A resposta do ouvinte é ditada pelo íntimo do seu ser.

3.   A extensão da nossa responsabilidade -  Isto só pode significar que as "tentações dos justos estão sob o controle providencial de Deus" (Dummelow's Commentary). Os hebreus atribuíam as tentações a Deus reconhecendo que o próprio Satanás está sujeito à vontade divina (cons. Gn. 22:1; Êx. 4:21; Jr. 6:21 ; compare II Sm. 24:1 com I Cr. 21:1). 

 O terceiro caso envolve uma pessoa que costumava ser reta (.saddíq) e que começou a praticar o mai {cãsâ cãwet). Esse indivíduo parece ter sido um membro bona fid e da comunidade, mas suas ações demonstram que repudiou o pacto. Em resposta, Yahweh o leva à morte ao colocar um obstáculo, uma pedra de tropeço (m iksôl), em seu caminho. A palavra denota qualquer objeto que pode fazer uma pessoa tropeçar.39 Oito das catorze ocorrências de m iksôl (de kãsal, “tropeçar”) no Antigo Testamento são encontradas em Ezequiel. Destas, seis envolvem a frase m iksôl cãwõn, “tropeço de iniquidade”. Em tais formulações miksôl significa o que seja que constitua uma ocasião para atualizar a culpa potencial por intermédio de um comportamento pecaminoso, como dinheiro (7.19), idolatria ( 14.3-4,7), ou a influência de pessoas que praticam o mal (44.12).

Mas o que é esse tropeço? Obviamente, não pode ser uma ocasião que faz do pecado algo inevitável, tomando Deus diretamente responsável pelo pecado humano. Os tradutores da LXX evitaram essa sugestão ao traduzir m iksôl não como CTKáySaXov, mas como póKKXvov, “tormento, tortura”, isto é, “sofrimento no sentido de punição”.41 Assim o tropeço é um equivalente concreto da sentença de morte.



                 AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                        BIBLIOGRAFIA

Bíblia de estudo das Profecias

Bíblia Almeida século 21

Comentário expositivo Antigo Testamento Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Antigo Testamento Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora Cultura Cristã

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

https://estiloadoracao.com/atalaia-significado/

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

LIÇÃO 13 - RESISTINDO ÀS SUTILEZAS DE SATANÁS.

                                

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                                TEXTO ÁUREO

"Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (TG 4.7)


                            VERDADE PRÁTICA

A submissão a Deus é a forma mais poderosa de resistir ao Diabo.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: TG 4. 4-10


                            INTRODUÇÃO

Levar a família a servir ao Senhor, nos dias presentes, é um desafio que só se vence com a graça e o poder de Deus. Hoje, nestes tempos trabalhosos, a que se referiu o apóstolo Paulo, não é fácil ter uma família inteira servindo a Deus. E comum, mesmo em famílias de cristãos sinceros, e até de pastores, haver membros da família que não servem a Deus. ______ A vida pós-moderna conspira contra a família, contra o lar e contra o casamento. Se na época de Josué, o grande líder que substituiu Moisés na liderança do povo israelita em direção a Canaã, era um desafio levar a família a servir ao Senhor, não é difícil entender que essa missão é muito mais desafiadora e preocupante nos dias presentes. __________ “Os tempos atuais são tempos difíceis para a família cristã. A maioria dos pais sabe que, para criar os filhos de acordo com os elevados princípios da Palavra de Deus, e ter seu lar encaminhado na vontade do Senhor, é um desafio muito grande. A vida moderna é moldada, em geral, pelos valores anticristãos, anti-Deus, e que rejeita a autoridade da Palavra revelada como sendo verdadeira. _______ O lar, como instituição divina, ao lado do casamento, e da família, tem sido atacado, diuturnamente, por forças malignas poderosas, que ameaçam a cada dia destruir os alicerces da família. Contudo, os cristãos têm a seu dispor todas as armas para rechaçar os ataques do Maligno. A oração, o jejum, a Palavra de Deus, no Nome de Jesus, o poder do sangue de Cristo, em comunhão com o Espírito Santo, não são armas carnais, “mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2Co 10.4) _______ O carcereiro de Filipos experimentou grande impacto na sua família, quando, em meio ao que parecia o fim para sua vida, quando pensou em suicidar-se, pôde ouvir a mensagem do evangelho poderoso de Jesus Cristo, através de Paulo e Silas na prisão daquela cidade. Espavorido, após presenciar os efeitos sobrenaturais do poder de Deus, abrindo as portas do cárcere, abaladas as estruturas do terrível edifício, o homem fez a pergunta que todos deveriam fazer: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30) _______ O que fazer para ser salvo? Se a pergunta era tão instigante e significativa, a resposta dada pelos apóstolos teve tanta significação, que o homem convidou toda a família a aceitar a Cristo. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). Era o que ele precisava ouvir. E o que todos os homens precisam ouvir por parte dos que formam a Igreja de Jesus nos dias atuais. A eficácia da mensagem foi tão poderosa que o texto nos diz que sua família, não só aceitou a Cristo, mas logo todos foram batizados em águas, confirmando a feliz decisão.

Ele pôde dizer como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.


            I. COMPROMETIMENTO COM UMA VIDA CENTRADA EM CRISTO

1. Cristo, o Salvador - A INTEGRIDADE DO EVANGELHO estava sendo atacada em Corinto. O evangelho se misturava com a filosofia. Os coríntios queriam um evangelho híbrido, misturado com a sabedoria humana. Queriam o evangelho e mais alguma coisa. Estamos vendo essa mesma tendência na igreja contemporânea, a tendência de querer o evangelho e alguma coisa mais, a tendência de rejeitar a simplicidade e a pureza do evangelho. No século 19 houve uma grande tendência de misturar evangelho com a filosofia, com o saber humano, e com as bombásticas descobertas da ciência. Isso desaguou no liberalismo que tem matado muitas igrejas. Na teologia da libertação não existe o elemento da relação vertical com Deus, mas apenas da horizontalidade da fé. Em Corinto o evangelho estava ainda misturado ao experiencialismo subjetivista e heterodoxo. De igual forma, hoje, nos albores do século 21, as pessoas não se satisfazem apenas com o evangelho; elas querem algo mais, elas querem experiências arrebatadoras. Isso desembocou no surgimento de alguns segmentos neopentecostais que se apartaram da doutrina na busca da luz interior ou das experiências intimistas e subjetivas. Finalmente, em Corinto, o evangelho estava misturado ao pragmatismo. Hoje, também temos a mistura do evangelho com o pragmatismo. Está florescendo um cristianismo de mercado. O evangelho está se transformando num produto de lucro. As igrejas estão agindo como empresas que fazem de tudo para agradar a freguesia. A igreja oferece o que as pessoas querem. A verdade não é mais a referência, mas aquilo que funciona. Os púlpitos estão oferecendo um evangelho ao gosto da freguesia, como se o evangelho fosse um produto que se coloca na prateleira e se oferece ao freguês quando ele deseja. Para corrigir esse problema, Paulo expõe nesse capítulo os fundamentos básicos da mensagem do evangelho. Ele levanta três colunas que sustentam a verdadeira mensagem do evangelho: O evangelho centraliza-se na morte de Cristo, é parte do plano eterno de Deus e é revelado pelo Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus.

    2.  Cristo, o Senhor -  «…Cristo Jesus, o Senhor…» Não é por acidente que Cristo é aqui chamado de «Senhor». Ao mostrar nesta epístola as doze superioridades de Cristo (ver Col. 1:15-20), Paulo mostrou que ele é o Senhor dos céus e da terra, devendo, por igual modo, ser o Senhor dos crentes. Ninguém tem a Jesus como Salvador, se também não o tem como Senhor, porquanto de outro modo haveria contradição com tudo quanto é ensinado no N.T. A confissão evangélica tem a Jesus como Senhor (ver Rom. 10:9, 10). E o «Salvador» é o «Senhor Jesus Cristo».

Cristo é nosso Senhor, a fim de infundir-nos a sua própria natureza.

«…assim andai nele…» Devemos andar em Cristo, isto é 1. sob a direção de Cristo; 2. em compatibilidade com sua doutrina, honrando à sua pessoa; 3. em união com ele, em sua comunhão, por contato místico com ele, através do Espírito Santo, que é aquele que torna bem-sucedido o andar cristão, e sem o qual, o mundo, suas tentações e a tendência de aos afastarmos de Cristo, não podem ser vencidos. Aqui, como em toda a parte do N.T., ficamos impressionados ante o fato que nossa fé deve ter, como produto, o andar espiritual. Precisamos apropriar-nos do princípio da outorga da alma a Cristo, aplicando a nós mesmos tal verdade. É mister dar atenção ao cultivo e ao destino da alma, o que renega a todas as reivindicações e ao poder do mundo sobre nós. «Se a raça humana é tão estúpida que, em dois mil anos, não tem tido inteligência suficiente para apreciar que o segredo da felicidade está contido em uma única sentença, que se pensaria poder ser aprendida e aplicada por qualquer escolar, então é tempo de a lançarmos na valeta mais próxima, deixando que as formigas liquidem com ela. Essa sentença simples, é: pois que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?» (Eugene O ’Neill).

«…andai…» Temos aqui uma metáfora de uso frequente, nos escritos seculares e religiosos, indicando a conduta em geral, o teor inteiro da vida moral. Os crentes precisam manter a comunhão pessoal com Cristo, e então andarem de modo a exibirem essa comunhão. Isso pode ser comparado ao trecho de I Cor. 4:17, que diz: «…os meus caminhos em Cristo Jesus…»; e também ao trecho de Rom. 6:11: «…vivos para Deus em Cristo Jesus». Somente aqui é usada a frase específica «andai nele»Tal metáfora é usada por vinte e nove vezes nas epístolas de Paulo, algumas vezes de maneira positiva, falando sobre a conduta reta, e outras vezes negativamente, indicando a conduta pecaminosa e carnal. A conduta dos crentes deve ser santa, mas também isenta de legalismo e ascetismos excessivos, que caracterizavam o código ético de alguns mestres gnósticos de Colossos (ver Col. 1:20-23).


                    II. COMPROMETIMENTO COM AS ESCRITURAS

1.  Bíblia, a revelação de Deus -  A Origem da Bíblia

O teólogo Norman Geisler assegura que “um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais”.5 A referência diz respeito a dois dos textos bíblicos de autoria dos proeminentes apóstolos Pedro e Paulo (2 Pe 1.20,21; 2 Tm 3.16). Essa constatação é importante, uma vez que tais apóstolos têm seus ministérios reconhecidos como cheios do poder de Deus (At 5.14-16; 19.11,12), e isso tanto entre os judeus como entre os gentios (Gl 2.7-9). Em 2 Pedro 1.20,21, o apóstolo enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus. Nessa passagem, Pedro atribui a origem da revelação à obra do Espírito de Deus. O Comentário de Aplicação Pessoal destaca que tal assertiva petrina significa que “as Escrituras não se originaram do homem, nem foram interpretadas pelos próprios profetas à medida que transmitiam as preciosas mensagens”. Quer dizer que não se trata de opinião ou fruto do desejo humano. Na sequência, o apóstolo esclarece que os autores da Bíblia são homens santos, que nos transmitiram a vontade de Deus por meio da inspiração do Espírito Santo.________ Por sua vez, o apóstolo Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio da parte de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16a, ARA). Aqueles que fazem objeção que o texto de Pedro se refere apenas ao Antigo Testamento, aqui no texto paulino “toda” a Escritura é autenticada como inspirada, inclusive o Novo Testamento. Matthew Henry enfatiza que esse versículo descreve a excelência das Escrituras como “revelação divina, de que podemos depender como infalivelmente verdadeira”. ________ Além dessas duas citações, temos ainda outras referências bíblicas nas quais os apóstolos ratificam que a Bíblia foi escrita por homens, porém, sob a inspiração e supervisão divina (confira 1 Co 2.13,14; 1 Co 14.37; Gl 1.12; Ap 1.1). O artigo de fé número um da Declaração das Assembleias de Deus corrobora com essa verdade ao professar crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada”. Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão.

       2.  Bíblia, regra de fé e conduta -  Importante ressaltar que a Bíblia é a única infalível revelação escrita, divinamente inspirada (2 Tm 3.16; Ap 1.1). Quem ouve e coloca em prática a Palavra de Deus é comparado a uma pessoa prudente cuja casa é alicerçada sobre a rocha (Mt 7.24). Na última seção do sermão do Monte, pouco antes do epílogo, Cristo narra a parábola dos “construtores sábios e os construtores tolos” (Mt 7.24-27). Os editores do Comentário Bíblico Pentecostal chamam atenção para o paralelismo clássico apresentado na parábola: “o sábio constrói sobre a rocha; o tolo constrói sobre a areia”. E quem é o sábio? “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras [de Cristo], e as pratica” (Mt 7.24); consequentemente o tolo é “aquele que ouve estas minhas palavras [de Cristo], e não as cumpre” (Mt 7.26). _______ Nessa ilustração de Jesus, a casa simboliza a vida. A pessoa prudente constrói a sua casa e estabelece toda a sua vida em submissão genuína à Palavra de Cristo. A pessoa desobediente constrói sobre o fundamento frouxo da confiança própria e de falsas esperanças. Ambas as construções sofrem com as intempéries da vida: a chuva torrencial, a inundação e o temporal (Mt 7.25,27). _______ Esses elementos simbolizam os tempos difíceis da nossa vida: perseguições, traições, doenças, violências e sofrimentos diversos. É importante notar que Cristo já tinha ensinado que o Pai “faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Significa que ninguém está imune das adversidades da vida. ______ Entretanto, existe uma diferença crucial entre os dois construtores, em especial no enfrentamento desses problemas. A casa edificada sobre a rocha, apesar de ter sido ferozmente combatida, nem caiu e nem quebrou (Mt 7.25). Porém, um toque dramático é acrescentado à casa fundada na areia: “caiu, e foi grande a sua queda” (Mt 7.27). _______ A parábola claramente ensina que nossa vida deve estar edificada nos ensinos de Cristo a fim de alcançar a virtude e um destino glorioso (Jo 3.16). O próprio Cristo é a rocha sobre a qual devemos edificar a nossa casa (1 Co 10.4). É somente pela nossa união com Cristo que podemos ter esperança e segurança. Ele tem as palavras de vida eterna (Jo 6.68). A síntese desse grande ensinamento é que nem as crises dessa vida e nem a eternidade poderá abalar quem está firmado em Cristo e na sua Palavra (Mt 7.25).


                    III.  COMPROMETIDOS COM UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO

1.  O Espírito Santo no plano da redenção -  Em primeiro lugar, como vencera batalha interior. “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (5.16). A “carne” representa o que somos por nascimento natural, e o “Espírito”, o que nos tornamos pelo novo nascimento, o nascimento do Espírito. A carne tem desejos ardentes que nos arrastam para longe de Deus, pois os impulsos da carne são inimizade contra Deus. Os desejos da carne levam à morte. A palavra grega epithumia, traduzida por “concupiscência”, é geralmente usada no sentido de ansiar por coisas proibidas. A única maneira de triunfar sobre esses apetites é andar no Espírito. Se alimentarmos a carne, fazendo provisão para ela, fracassaremos irremediavelmente. Porém, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos esses apetites desenfreados da carne. Adolf Pohl diz que todos os povos conhecem bem a ideia de que a vida é como um caminho que precisa ser trilhado. O movimento básico da vida humana, portanto, é o passo da caminhada. Trata-se de mais do que um mecânico “esquerda-direita, esquerda-direita”. Todo caminho inclui um “de onde” e um “para onde”. Podemos desviar-nos do caminho. Assim o “andar” constitui um movimento com sentido, direção e, por conseguinte, qualidade. Da parte da carne surgem pressões transversais. Contra elas Paulo faz valer agora forças pneumáticas. Andem no Espírito.

A carne tem uma inclusão para aquilo que é sujo.

Somente pelo Espírito de Deus podemos caminhar em santidade. Warren Wiersbe ilustra isso da seguinte maneira: A ovelha é um animal limpo, que evita a sujeira, enquanto o porco é um animal imundo, que gosta de se revolver na lama (2Pe 2.19-22). Depois que a chuva cessou e que a arca se encontrava em terra firme, Noé soltou um corvo, mas a ave não voltou (Gn 8.6,7). O corvo é uma ave carniceira, portanto deve ter encontrado alimento de sobra. Mas, quando Noé soltou uma pomba (uma ave limpa), ela voltou (Gn 8.8-12). Quando soltou a pomba pela última vez e ela não voltou, Noé soube, ao certo, que ela havia encontrado um lugar limpo para pousar e que, portanto, as águas haviam baixado. A velha natureza é como o porco e o corvo, sempre procurando algo imundo para se alimentar. Nossa nova natureza é como a ovelha e a pomba, ansiando por aquilo que é limpo e santo. Em segundo lugar, como entender a natureza dessa batalha interior. “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (5.17). Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado. No campo do nosso coração ainda se trava uma guerra sem pausa, o conflito permanente entre a carne e o Espírito. Eles são opostos entre si. Alimentar, portanto, a carne é ultrajar, entristecer e apagar o Espírito. Precisamos sujeitar nossa vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à carne. ________ William Hendriksen fala sobre essa batalha para três grupos diferentes de pessoas: 1) o libertino não tem esse conflito porque segue suas inclinações naturais; 2) o legalista que confia em si mesmo não consegue vitória nesse conflito; 3) o crente experimenta um conflito agonizante, mas alcança a vitória, pois o Espírito que nele habita o capacita a triunfar.

     2.  A vida cheia do Espírito -   o revestimento de poder (1.8). Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Jesus redireciona os olhos dos discípulos para a ação missionária e dá-lhes um esboço geral da obra que deveriam fazer. David Stern diz que este versículo serve como uma espécie de índice para o livro de Atos. O período de testemunho e missão deve anteceder a volta de Jesus. Em vez de conhecer tempos ou épocas, eles seriam revestidos com o poder do Espírito para serem testemunhas (2.33). Não lhes bastaria o poder do intelecto, da vontade ou da eloquência humana. Era preciso que o Espírito agisse neles, dentro deles e através deles. James Hastings destaca no oitavo versículo três pontos importantes: a) o poder; b) a fonte do poder; c) o uso do poder. Há na língua grega duas palavras para poder: exousia e dunamis. A primeira refere-se ao poder no sentido de governo e autoridade; e a segunda significa habilidade e força. O poder que a igreja recebe não é político, intelectual ou ministerial, mas um poder espiritual, pessoal e moral. A fonte desse poder é o Espírito Santo, e esse poder é dado para que a igreja seja testemunha de Cristo até aos confins da terra. Conhecemos o termo “testemunha” do linguajar jurídico. Num processo judicial são interrogadas testemunhas. Não lhes cabe externar sua opinião em relatar seus pensamentos. 50 Testemunha é uma palavra-chave no livro de Atos e aparece 29 vezes na forma de substantivo ou verbo. Uma testemunha é alguém que relata o que viu e ouviu (4.19,20). E alguém que está pronto a dar sua própria vida para testificar o que viu e ouviu. Mário Neves interpreta corretamente quando escreve: “A palavra testemunha, no grego, corresponde a mártir, de sorte que ser testemunha implica na disposição íntima, não só de sofrer, mas até de sacrificar a própria vida pela Causa”.


                   IV.  COMPROMETIMENTO COM A IGREJA LOCAL

1.  A Igreja como o Corpo de Cristo -  No texto grego, Paulo usa o substantivo corpo no sentido absoluto do termo. Isto é, a palavra aparece sem o artigo definido. Paulo não fala de «um corpo» ou de «o corpo», mas só de «corpo», com o qual indica que este é um e único corpo, porque não há nenhum outro corpo de Cristo. Não se refere ao corpo físico de Cristo, e sim fala de forma figurada da igreja como o corpo de Cristo (p. ex., Ef 1:23; Cl 1:24). Para dizer de outro modo, Paulo afirma que a igreja a que pertencem os coríntios é uma entidade sem divisões. A igreja como o corpo figurativo de Cristo existe nEle e pertence a Ele. Está verdadeiramente unido a Cristo, porque cada crente individual está pela fé incluído nEle.57 Cada congregação local é um microcosmo de toda a igreja, de tal maneira que todo aquele que observa as distintas funções da congregação sabe que este corpo é a igreja em ação. Aqui Paulo declara o princípio de unidade na multiplicidade. Na seguinte oração falará da multiplicidade em unidade. 

     2.  O lugar e a importância de cada membro na Igreja -  Vós vem no início com ênfase. Corpo está sem o artigo, o que indica que a característica dos crentes coríntios é que eles pertencem ao corpo de Cristo (o emprego do artigo distinguiria este corpo de outros). O efeito disso tudo-é dar forte ênfase ao fato de que eles, os coríntios, são membros de nada metios que o corpo de Cristo. Tudo que Paulo vem dizendo se refere a eles, porque são membros “ em particular” (AV). Esta última expressão, ek merous, significa literalmente “ em parte”, que é como é traduzida em 13:9. Disso resulta que apanha o sentido dé individualmente (como na ARA). O que Paulo quer dizer é que cada um deles pertence ao corpo. Nenhum pode ter a pretensão de ser o todo, mas nenhum é excluído.



             AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                            BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Livro A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Elinaldo Renovato - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico I Coríntios, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos.

Comentário Bíblico O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

Livro A Supremacia das Escrituras, Douglas Baptista - Editora CPAD.

Comentário Bíblico GALATAS, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos.

Comentário Bíblico ATOS, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos.

Comentário Bíblico I Corintios. Simon J. Kistemaker - Editora Cultura Cristã.

Comentário Bíblico I Corintos Introdução e Comentário. Leon Monis - Editora Mundo Cristão.

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