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segunda-feira, 25 de julho de 2022

LIÇÃO 5 - A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO.

                    

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.


                TEXTO ÁUREO 

"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis." (RM 1.20)


                VERDADE PRÁTICA

Tanto o materialismo quanto o ateísmo são expressões máximas de um coração endurecido pelo pecado e de olhos cegados por Satanás.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: RM 1. 18-23



                            INTRODUÇÃO

    Veja o que está acontecendo nos Estados Unidos.

Ali, surgiu um movimento de contra-ataque a essa onda liberal, demonstrando a cosmovisão cristã como (1) a alternativa mais coerente para entender a vida e (2) um movimento sadio de contra-cultura com um sólido arcabouço científico. Resultado? Os ateus e liberais, pegos de surpresa pelas fortes argumentações da cosmovisão cristã, têm se esforçado desesperadamente para esconder ou minimizar essas argumentações e desacreditar o cristianismo como nunca antes fizeram em toda a história daquele país. Já estão, inclusive, apelando, partindo para um ataque baixo, nervoso, emocional e intolerante. Vamos aos nomes. Recentemente, três cientistas norte-americanos de destaque internacional lançaram livros pedindo exatamente o fim da religião. Não que eles pensem, ingenuamente, que um dia não mais existirão religiões no mundo, mas seus ataques pretendem influenciar o aumento das mordaças sobre a fé, para que ela perca a sua relevância. Para esses cientistas, o maior mal do mundo atende pelo nome de “religião” ou “fé”. Principalmente “fé cristã”. O primeiro foi o zoólogo britânico Richard Dawkins, um dos mais conhecidos pesquisadores do evolucionismo. Ele publicou em setembro de 2006 o livro The GodDelusion (publicado no Brasil sob o título “Deus, um delírio”), com base em um documentário que fez para a tevê britânica.

Logo em seguida, ainda em 2006, o neurocientista norte-americano Sam Harris lançou Letter to a Christian Nation (Carta a uma Nação Cristã). Sua obra tenta desafiar a fé cristã, criticando-a com frágeis argumentos pró-ateísmo. O último, publicado em novembro de 2006 (e no Brasil em dezembro), é do filósofo norte-americano Daniel Dennett. Chama-se Breaking the Spell (Quebrando o encanto: a religião como fenômeno natural), e pretende explicar o surgimento da fé e o papel das religiões. Como define matéria publicada na revista Época, edição 443, de 13/11/06 (A igreja dos novos ateus), a mensagem central das três obras é que “a religiosidade faz mais mal do que bem à humanidade”.

Isto é, “Se não conseguimos vencê-los no debate, vamos eliminá-los!”

Bem “sadio”, não?

São essas ideias que têm sido propaladas hoje em dia, contando com todo o apoio da mídia, às vezes veladamente, às vezes não. Não estou dizendo com isso que creio que o mundo vai se tornar menos religioso devido a esses ataques. Não, o problema não é esse. A maioria dos seres humanos sempre será religiosa. O problema está na influência desse discurso anti-religioso nas decisões políticas que afetam a sociedade como um todo. Essas ideias liberais anti-religiosas estão embutidas em atos políticos, em omissões descabidas ou em projetos de lei que vez por outra aparecem propondo limites à liberdade religiosa e criando mecanismos inibidores da proclamação da mensagem do evangelho em sua integralidade.


                   I. COMPREENDENDO O MATERIALISMO E O ATEÍSMO

1. O materialismo - O materialismo é aquela doutrina filosófica que diz que as únicas coisas que existem são substâncias materiais. Os fenômenos mentais, a consciência, as sensações e os sentimentos são explicados como modificações da substância material-sem a introdução de substâncias mentais ou espirituais distintivas. Naturalismo. Esse é apenas um outro nome para a forma mais radical de materialismo. Todas as coisas são constituídas de matéria, e nada existe que não seja apenas átomos em movimento. O que existe é a matéria.

O que sucede é apenas matéria em movimento. Portanto, a existência consiste nos átomos em movimento. Naturalismo Critico. Esse sistema procura evitar o sobre naturalismo, afirmando que a verdade pode ser que não podemos reduzir tudo ao princípio material. Assim, temos de considerar a possibilidade da de coisas como a mente e alguma substância imaterial. Mas, se tal substância existe, então ela deve ser concebida como algo natural, e não sobrenatural, como parte integral do nosso próprio mundo, e não algo fora do mundo. Essa posição nega o substancialismo, uma ideia fundamental do problema corpo-mente, O substancialismo assevera que a alma é uma substância que não pertence à ordem natural das coisas, antes, ela teria vindo de longe, e, finalmente, volta para longe, para o mundo de luz. Segundo esse ponto de vista, o homem é um ser transcendental, embora cativo por algum tempo (principalmente por razões morais), a um corpo físico. Materialismo prático. Apesar de talvez existirem Deus, os espíritos, as almas, seres e acontecimentos imateriais, para os que assim pensam a única coisa que importa neste mundo são os eventos materiais. Até mesmo certos crentes são materialistas práticos.

2. O ateísmo - A palavra vem do grego a, «não», e theos, «Deus». Ê a descrença na existência de um deus, Deus ou deuses específicos, a descrença em conceitos que os homens têm de deus, Deus ou deuses. Ou então, é a negação de qualquer realidade sobrenatural.

  1. Descrença nos deuses populares. Sócrates, que pendia para o monoteísmo, era um ateu (ou talvez, um agnóstico), no tocante à multidão de deuses da sociedade ateniense. Outro tanto se dava com Platão. Os pagãos chamavam os primeiros cristãos de ateus.
  1. De modo geral, a descrença no tipo de deus, Deus ou deuses que os homens imaginam. Assim, alguém pode declarar-se ateu em relação ao Deus das batalhas, apresentado em alguns trechos do Antigo Testamento, mas não um ateu que não creia na existência de Deus, em alguma apresentação refinada.
  2. A rejeição dos deuses da superstição, incluindo o Deus do Antigo e do Novo Testamentos, quando se pensa estar Ele em foco. Xenófanes, Heráclito e outros, nos tempos antigos, assim diziam, sem incluírem o Deus da Bíblia. Freud achava que a origem da religião é a neurose das massas, e outros têm visto na religião um instrumento para controle das massas. Tais individuas, é óbvio, não têm conceito de um Deus vivo. Pode-se incluir o marxismo dentro dessa classificação geral.
  3. No positivismo logico. ~ tolice falar sobre a existência de Deus, de modo positivo ou negativo. Não temos percepção, e, portanto, não temos conhecimento de Deus. Ele pode existir ou não, mas não é. Um objeto de nosso conhecimento, pelo que é um desperdício de tempo participar da controvérsia do teísmo contra o ateísmo. Ambos afirmam-se conhecedores de informes que não possuem. O ateísmo diz que o conhecimento sobre Deus existe, mas é negativo. Portanto, Deus não existe. O teísmo, por sua vez, afirma que tal conhecimento existe, e é positivo. Portanto, Deus existe. O positivismo lógico diz que ambos estio equivocados, pois o conhecimento de Deus não é disponível. No positivismo temos um ateísmo prático, mas não te6rico. Deus não teria sentido para a vida, não sendo um fator que determina as ações, e assim sendo, para-todos os efeitos práticos, pode ser considerado inexistente.
  1. Ateísmo prático-moral. Admite-se a existência teórica de Deus, um postulado necessário para explicar causa, desígnio, etc. Mas a existência de Deus não exerce qualquer influência sobre a vida, não sendo um fator determinante na escolha e na ação. Deus não é uma força moral. As decisões são tomadas sobre outras bases. Até mesmo alguns cristãos professas são ateus práticos.
  1. Ateísmo panteísta: Deus é a alma do universo e o universo é o corpo de Deus. Tudo é Deus. Do ponto de vista judaico-cristão, o panteísmo é uma forma de ateísmo.
  2. Deus como o Espírito Absoluto, como dizia Hegel. Deus é um tipo de força cósmica, que une em tomo de si todas as coisas, sendo a fonte de todas as coisas, embora não seja uma pessoa, em qualquer sentido. Muito menos é uma pessoa em três: Pai, Filho e Espirito Santo. Essa forma de filosofia segue o ateísmo, a julgar pelos padrões cristãos, porquanto não reconhece o tipo de Deus que tem sentido para os cristãos. Porém, isso não nega que há discernimentos quanto à natureza de Deus, nessas especulações.
  3. Ateísmo naturalista. Não há tal coisa como algo fora da natureza, e na natureza não encontramos deus, Deus ou deuses. Não há o sobrenatural, pelo que não há Deus, em termos convencionais.
  4. Ateísmo politeísta, Se há uma multidão de deuses, então não há um verdadeiro Deus em contraste com deuses falsos. Pois, para nós, Deus indica um ser distinto de todos os outros seres, muito mais elevado.

O politeísmo destrói o caráter distinto de Deus, pelo que é uma forma de ateísmo.

  1. Ateísmo absoluto. Deus não existe, sob qualquer definição. Não há deus (ou Deus) na terminologia sofisticada da teologia ou da filosofia. Toda ideia de Deus é vã. Não há deus (ou Deus) conforme insistem que há tanto o judaísmo como o cristianismo, em suas respectivas doutrinas.



                    II. RAÍZES DO MATERIALISMO E ATEÍSMO

1. A consequência do pecado - Primeiro, volta-se ao v. 15: E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. O fato de a idéia retornar uma terceira vez no v. 23 mostra um interesse decidido da parte de Jesus em mostrar que, quando diz que os males vêm “de dentro” do homem, ele não está investindo contra malvados notórios, mas pensa em nós todos. Primeiro ele esclarece o que significa “de dentro do homem”: Porque de dentro, do coração. Trata-se do ser humano como tal. Já ali, no coração, o mal o ataca, não só depois, com alimentos e coisas. Já ali, na decisão fundamental, ele se alia ao mal e se torna parque de diversões de paixões e desvios egoístas. Nós não agimos com maldade depois de apertados, empurrados, atraídos de fora, antes, “sois maus”, diz o Senhor (Mt 12.34). “Maus” tem o sentido de dissonância gritante, de degeneração, comparada com a condição normal. Em nossa essência fomos criados para a dignidade, mas na verdade só produzimos todas as coisas feias imagináveis: Procedem os maus desígnios, que tomam posse dos olhos, das orelhas, das palavras, das mãos e dos pés, criando assim fatos da falta de liberdade e de pureza: a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Aqui está o problema: enquanto nós revolucionamos, reformamos e disciplinamos furiosamente, nosso coração continua longe de Deus e do nosso próximo. O fato de passarmos tão ao largo do problema, apesar de ele se manifestar de modo tão imediato e irrefutável, pode ser um sintoma da nossa negação irada e do desespero secreto. Praticamente tudo podemos mudar, só não o coração errado e incapaz de achegar-se a Deus. Não há quantidade de água que ajude, o muito lavar de mãos não fará o coração servir a Deus. Mas o fato de Jesus abordar este tema de modo tão franco é um sinal da sua autoridade transformadora: Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.

2. A cegueira espiritual - William MacDonald ilustra essa verdade dizendo que em nosso universo físico, o sol está sempre brilhando.

Contudo, nem sempre nós o vemos brilhar. A razão disso é que algumas vezes, nuvens densas se interpõem entre nós e o sol. Assim acontece com o evangelho. A luz do evangelho está sempre brilhando. Deus está sempre buscando resplandecer sua luz nos corações dos homens. Mas Satanás põe várias barreiras entre os incrédulos e Deus. Pode ser a nuvem do orgulho, da rebelião, da justiça própria ou centenas de outras coisas. O diabo ataca os incrédulos com a cegueira espiritual. Assim como os judeus tinham um véu sobre o coração que só era removido pela conversão (3.15,16), assim também, ainda hoje, o diabo que é o príncipe das trevas (Ef 2.2), mantém os incrédulos sob um manto de trevas para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Os que estão perdidos não são capazes de entender a mensagem do evangelho, pois Satanás os mantém em trevas. Warren Wiersbe diz que o mais triste é que Satanás usa mestres religiosos (como os judaizantes) para enganar as pessoas. Ray Stedman diz que o deus deste século conseguiu acostumar os incrédulos a viver com ilusões. Eles são levados a crer em fantasias e a considerar ilusões como sendo realidades. 


                    III. PRESSUPOSTOS DAS DOUTRINAS MATERIALISTAS E ATEÍSTAS

1. Negação da existência de Deus - A negação das pessoas em relação à sua própria consciência da existência de Deus é o que as deixa sem desculpas. Quando Paulo diz que elas conheciam a Deus [tendo conhecido a Deus], ele não estava descrevendo um conhecimento que podia salvá-las, mas um conhecimento que simplesmente reconhecia a existência de Deus. Ele estava descrevendo uma consciência da existência de Deus, que, se não suprimida, seria estimulada por Deus. Mas como os seres humanos, de fato, suprimiram a verdade sobre Deus, as seguintes calamidades se seguiram: (1) eles não o glorificaram como Deus; (2) eles não lhe deram graças; (3) nessa carência, começaram a ter ideias tolas a respeito de como Deus é; e (4) no final o seu coração insensato se obscureceu. Quando as pessoas se recusam a reconhecer Deus como Criador, elas também falham em glorificar ou agradecer a Ele pelas suas dádivas – alimento, roupa, abrigo e até mesmo, a própria vida. Quando elas negam a Deus, abrem a porta para o mal. Omitir o que é bom, inevitavelmente conduz a comprometer-se com o mal. A ingratidão pode parecer algo pequeno, mas ela dá início à espiral descendente que leva à depravação. Esquecer-se de agradecer a Deus por tudo que Ele é, e por tudo que Ele fez, revela um egoísmo perigoso. Isto causa pensamentos e planos fúteis, trevas, orgulho, cegueira, e finalmente a completa separação de Deus que irrompe em um dilúvio de pecados.

2. Negação de que o homem é um ser singular - À nossa imagem. Os animais foram criados “conforme a sua espécie”, Mas o homem foi criado ״conforme a espécie de Deus”, ou seja, de acordo com a Sua natureza, o que prevê a final participação do homem na natureza divina. Esse é o nosso mais elevado conceito religioso. Paulo foi quem o desenvolveu. Há muitos mistérios ligados a ele. A imagem (no hebraico, selem) fala sobre a imagem mental, moral e espiritual de Deus, O homem veio à existência compartilhando de algo da natureza divina: e em Cristo, essa imagem é grandemente fomentada, a ponto de os salvos virem a compartilhar da natureza divina, em um sentido finito, mas real. Os atributos de Deus como Sua veracidade, sabedoria, amor, santidade e justiça passam a ser atributos dos salvos, posto que parcialmente. Isso eleva o homem muito acima do reino animal.


                IV. RESPONDENDO AO MATERIALISMO E AO ATEÍSMO

1. Afirmando as verdades da Bíblia - O escritor divide a história em dois segmentos ou eras: antes de Cristo e depois de Cristo. Ele chama o tempo anterior a Cristo de antigamente. Durante aquela época, Deus usou profetas para revelar a sua mensagem ao povo. Os leitores judeus originais da carta teriam se lembrado de que Deus havia Mado muitas veres e de muitas maneiras aos seus pais, durante os tempos do Antigo Testamento. Deus havia falado a Isaías em visões (Is 6), a Jacó, em um sonho (Gn 28.10-22), e a Abraão e Moisés, pessoalmente (Gn 18; Êx 31.18). Deus havia ensinado Jeremias através de lições ilustrativas (Jr 13) e havia ensinado o povo através do casamento de um profeta (Os 1—3). Em outras passagens. Deus havia revelado a sua direção ao povo através de uma coluna de nuvem e uma coluna de fogo (Êx 13.21) e os havia guiado nas tomadas de decisão através do Urim e do Tumim (veja Êx 28.30; Nm 27.21). 1.2 O mesmo Deus que falou através dos profetas havia falado agora pelo Filho, ou seja, através de Jesus Cristo. Jesus completou e cumpriu a mensagem que foi originalmente trazida pelos profetas e pelos patriarcas. A frase “a quem Deus constituiu herdeiro de tudo” refere-se a Jesus como um herdeiro que assumirá a sua posição como príncipe do novo Reino. Referir-se a Cristo como o herdeiro lhe confere a mais elevada honra e posição. Agora Cristo está assentado à destra da Majestade, nas alturas. Citando Salmos 110.1 o escritor combinou dois pensamentos do Antigo Testamento, expressando a grandeza de Deus e a posição de Cristo. Assentar-se à destra de um monarca era ser o “segundo no comando” – literalmente, “o braço direito”.

Isto oferece um retrato do poder e da autoridade de Cristo sobre o céu e a terra (veja também Mc 16.19; Rm 8.34). Salmos 110.1 é um texto crucial e proporciona uma força condutora neste livro. E a única passagem na Bíblia Sagrada onde outra pessoa além de Deus é descrita como entronizada em poder. Este versículo tornou-se um dos textos principais para a igreja primitiva, que o utilizou como um argumento para a divindade de Cristo.

2. Fazendo uso correto da razão - A fé cega, que não raciocina, é uma violação da integridade da personalidade humana, que é uma unidade complexa. Uma das muitas capacidades da personalidade humana é a do raciocínio, e todas as capacidades humanas devem ser empregadas na busca pela verdade.

Embora a razão não crie revelações, estas devem ser examinadas pelo poder da razão.

  • A razão é uma guardiã da alma, capaz de anular um falso misticismo, falsas ideias e os exageros de pessoas religiosas imaturas.
  • A razão autêntica pesquisa humildemente em busca da verdade. A arrogância não é uma qualidade necessária da intelectualidade.
  • A razão é aliada da verdadeira fé. A razão e a fé são instrumentos de inquirição e descobrem as mesmas verdades. No caso de certas verdades, a razão pode encontrá-las com maior facilidade; por outra parte, a fé pode descobrir certas verdades com mais facilidade do que a razão. E também hâ verdades que requerem a utilização tanto da razão quanto da verdade.
  • A razão tem-se mostrado especialmente valiosa na busca por definições e provas de imortalidade, uma grande verdade religiosa. Ê bom crer, e ainda é melhor saber por qual motivo cremos.
  • Algumas mentes sentem-se mais à vontade com a razão do que com a fé, e, para elas, a razão é o melhor caminho.
  • A razão é especialmente eficaz em campos como a ética e metafísica. Sem algumas ideias verdadeiras (que precisam ser testadas), não podem subsistir nem a ética e nem a religião metafísica.
  • A fé (no caso de pessoas extremamente místicas) pode ser exagerada, manipulada por grande variedade de sistemas religiosos, alguns dos quais obviamente falsos, enquanto que outros sistemas contêm muitas ideias falsas. Pensemos sobre as muitas seitas cristãs que têm surgido com base em falsas reivindicações místicas A razão precisa dar sua contribuição, em algum ponto do caminho. Naturalmente, acima da razão precisamos testar empiricamente as ideias, sendo essa apenas uma outra maneira de obtermos conhecimentos. Ver o artigo geral intitulado Autoridade, quanto à teoria das fontes múltiplas da verdade.
  • Todos os dons de Deus são excelentes, e muito devem ser desejados e buscados. O poder da razão, que se origina no intelecto, é um dos preciosos dons de Deus. Desprezar esse dom é um absurdo. Aristóteles considerava Deus como o Intelecto. E todos os homens são intelectos, criados à imagem do Grande Intelecto. Isso faz parte da herança humana, que é uma pessoa espiritual. Ê um erro crasso desprezar essa herança divina que possuímos.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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                                        BIBLIOGRAFIA

Bíblia king James Atualizada.

Bíblia Almeida século 21.

A Sedução das Novas Teologias. Silas Daniel - Editora: CPAD.

Comentário Esperança Evangelho de Marcos, Adolf Pohl - Editora Evangélica Esperança.

Comentário bíblico  II Coríntios O triunfo de um homem de Deus diante das dificuldade, Hernandes Dias lopes - Editora Hagnos.

Comentário bíblico Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

https://professordaebd.com.br/5-licao-3-tri-22-a-sutileza-do-materialismo-e-do-ateismo/#comment-411

segunda-feira, 18 de julho de 2022

LIÇÃO 4 - A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO.

                                    

Pb. JUNIO - Congregação Boa Vista II.

 

                                TEXTO ÁUREO

 "Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem." (MT 19.6)

                                  VERDADE PRÁTICA

O padrão bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e indissolúvel.


    LEITURA BÍBLICO: MT 19.1-9



                    INTRODUÇÃO            


Isso não significa que a Igreja seja obrigada a admitir o divórcio por qualquer motivo, salvo no caso das pessoas que só conheceram a Jesus quando já estavam nessa situação (Jo 6.37). Nem tudo o que é legal é ético: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém” (ICo 6.12). As bases para o divórcio nas culturas judaica, grega e romana eram frouxas; entretanto, o Senhor Jesus e o apóstolo Paulo não se deixaram influenciar pela legislação vigente. Mas a Igreja precisa pronunciar-se sobre o assunto, uma vez que o Senhor Jesus lhe conferiu essa autoridade (Mt 16.19; 18.16-18). As igrejas, os ministérios ou as convenções devem estabelecer critérios embasados na Palavra de Deus. Resumindo o que vimos até agora, existem duas linhas opostas sobre o divórcio: uma que crê que Jesus revogou o divórcio previsto em Deuteronômio 24.1-4; outra que admite que o Novo Testamento permite o divórcio em situações excepcionais, já discutidas. Analisando o divórcio à luz da Bíblia, vimos que ele estava previsto na lei de Moisés e era realizado nos tempos do Antigo Testamento. Era uma prática comum nas comunidades judaica, grega e romana, nos dias do ministério terreno de Jesus e de seus apóstolos. Vimos também que o divórcio está amparado pelo Novo Testamento nos seguintes casos: prática de prostituição (Mt 5.31,32; 19.9) e impossibilidade de reconciliação entre os cônjuges em casais mistos, desde que a iniciativa seja da parte descrente (1 Co 7.15). Fora isso, o divórcio será adultério, caso o divorciado ou a divorciada contraia novas núpcias.


            I. O DIVÓRCIO NO CONTEXTO BÍBLICO

1. O divórcio no contexto do Antigo Testamento O clímax desses debates aconteceu pouco antes do nascimento de Cristo. Havia nos dias de Herodes, o Grande, dois rabinos que fundaram escolas: um deles chamava-se Shammai, extremamente radical, e o outro, Hillel, liberal. Eles discutiram sobre o assunto.

Shammai insistia dizendo que o divórcio seria legítimo somente em caso de adultério. A Mishná afirma que Shammai interpretava a expressão “coisa indecente” como pecado imoral (Gittin IX. 10). Ainda há muitos que pensam dessa maneira, acreditando que tal expressão diz respeito ao pecado pré-marital. O adultério era punido com a morte: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20.10); “Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel” (Dt 22.22). Se ambos, adúltera e adúltero, deviam ser apedrejados, logo não havia espaço para o divórcio. Visto que essa mesma lei se aplicava também ao pecado pré-marital: “Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 22.20,21), tal interpretação é inconsistente.

Hillel, por outro lado, insistia que o divórcio podia ser aprovado por qualquer razão apresentada pelo marido. Relacionava a expressão “coisa indecente” a qualquer coisa de que o marido não gostasse na mulher. O rabino Akiva (falecido em 132 d.C.) interpretava a referida “expressão” como tendo o homem direito de se divorciar de sua mulher, caso encontrasse outra mais bonita. Alfred Edersheim, citando a Mishná, diz que “coisa indecente” para Hillel era “no sentido mais amplo possível, e declarava que havia base para 0 divórcio, se uma mulher perdia o jantar do seu marido” (EDERSHEIM, vol. 2, 1989, p. 280). Por exemplo, continua Edersheim, se passasse a achar feia a sua mulher, isso era considerado “coisa indecente”. Se a comida preparada por ela já não 0 agradasse, era também tido como “coisa indecente”. Assim, o homem se divorciava quando quisesse.

2. O divórcio no contexto do Novo Testamento - O divórcio a que Jesus se refere é o mesmo da lei de Moisés (Dt 24.1-4), o que significa permissão para novas núpcias, pois ele disse: “E qualquer que casar com a repudiada comete adultério” (v. 32b). Considerava a existência do novo casamento. Ele repete essa observação na discussão com os fariseus (Mt 19.9). A lei não proíbe as novas núpcias da parte culpada no divórcio, pois a mulher em quem foi encontrada “coisa feia” tinha a mesma permissão para se casar outra vez (Dt 24.1,2). Jesus, contudo, não deixou a situação da mesma maneira que Moisés, já que a parte culpada estará em adultério se contrair novas núpcias, bem como o cônjuge, o seu novo cônjuge estará também em adultério (Mc 10.11,12). Não são poucos os que recusam a aceitar a autenticidade da cláusula de exceção: “a não ser por causa de prostituição”. Afirmam que se trata de interpolação posterior acrescentada por copistas ou escribas. Essa era a grande controvérsia das escolas rabínicas, principalmente das disputas entre os seguidores de Hillel e os de Shammai. Os fariseus queriam saber de qual deles Jesus seria partidário, porém o Mestre foi mais profundo, desconsiderou totalmente essas escolas rabínicas e reivindicou a Palavra de Deus. A pergunta era sobre a base para o divórcio, entretanto Jesus começou a sua resposta pelo casamento, levando as autoridades judaicas à Palavra de Deus. Nos w. 4-6 vemos que o Senhor Jesus foi além da letra, baseando-se no espírito da lei de Moisés. Ele recorreu aos propósitos originais de Deus com relação ao casamento estabelecido desde o princípio. Primeiro ele combinou as palavras de Gênesis 1.27, “macho e fêmea os criou”, com as de Gênesis 2.24, “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (w. 4, 5), mostrando com isso que Deus é o Criador também da sexualidade humana e que o casamento é uma ordem divina.

Ambos são de origem divina. Ele também afirmou que o texto sagrado da criação diz respeito à indissolubilidade do matrimônio, com as seguintes palavras: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (v. 6). A expressão de Jesus em foco diz respeito ao propósito divino e original para o casamento. Diante da resposta de Jesus, que provou nas próprias Escrituras dos judeus que Deus instituiu o casamento originalmente indissolúvel, perguntaram-lhe os fariseus: “Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?” (v.7; Mc 10.4). Jesus já havia dito que o divórcio nunca esteve no propósito divino e que Moisés não mandou nem estabeleceu esse repúdio, mas simplesmente o permitiu. Os fariseus queriam saber por que isso estava na lei de Moisés e Jesus respondeu: “Por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio” (v. 8). As autoridades judaicas eram incapazes de compreender entre a vontade absoluta de Deus (Gn 1.27; 2.4) e a provisão legal como concessão temporária ao pecado humano (Dt 24.1-4).

A palavra grega usada para “dureza de coração” é sklêrokardia, formada das palavras skleros, “seco, duro, áspero, dificultoso, exigente” que diz respeito ao homem extremamente obstinado, e kardia, “coração”. Essa combinação só aparece no grego bíblico, tanto no Novo Testamento grego como na LXX (Dt 10.16; Jr 4.4). Com isso Jesus dizia que o divórcio estava fora do plano de Deus desde o princípio. Ele mostrou que se trata de uma concessão ao pecado humano como provisão da misericórdia divina para limitar os danos procedentes da pecaminosidade humana. Podia servir, por exemplo, como saída honrosa numa situação de infidelidade (Mt 1.19). Uma vez que a mulher era considerada um objeto, que podia até ser comprada por alguém, o divórcio veio como válvula de escape, como proteção para ela. Jesus restaurou a posição da mulher, reconhecendo o seu direito de se divorciar do marido, conforme previam as legislações romana e grega (Mc 10.11,12). Assim, ele conferiu à mulher os mesmos direitos do homem, conforme o plano de Deus no princípio. O adultério é um dos efeitos da queda no Éden. Todo o adultério é pecado, mas nem todo o pecado é adultério. O segundo casamento depois do divórcio é adultério, são palavras do Senhor Jesus; portanto, é um risco muito grande alguém querer se aventurar nessa inglória empreitada. É um casamento que estará sob contínuo julgamento divino.


            II. A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO

1. O divórcio no seu aspecto legal - No Brasil, a partir da Constituição de 1967, com o advento da Emenda Constitucional de 28 de junho de 1977, foi permitido, de forma muito tímida e restrita, o instituto do divórcio. Para regulamentar o referido dispositivo constitucional foi editada a Lei n° 6.515/1977, que passou a disciplinar todos os procedimentos para a efetivação do divórcio, cujo pedido, à época, podia ser formulado por uma pessoa somente uma vez.

Só com o advento da Constituição Federal de 1988 é que a matéria foi institucionalizada, tendo o texto magno inserido este instituto de forma positiva no ordenamento jurídico nacional. A Constituição Federal vigente trata do divórcio no seu Art. 226, parágrafo 6.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu que a Lei n° 6.515/1977, com as modificações que lhes deram as Leis n° 7.841/1989 e n° 8.408/1992, foi admitida na atual ordem constitucional do país. O Código Civil vigente (Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002) também disciplinou a matéria a partir do Art. 1.571 até o Art. 1.582. Dando um passo em direção à celeridade processual, foi editada a Lei n° 11.441 /2007, a qual autoriza que a separação e o divórcio consensuais, assim como a partilha de bens, em que não haja interesse de menores, sejam feitos diretamente em cartório, desde que com a presença obrigatória de advogado.

2. O divórcio no seu aspecto moral - A CGADB só reconhece o Divórcio no âmbito ministerial de seus membros nos casos de infidelidade conjugal, previstos na Bíblia sagrada e expressos em Mt. 5:31-32; 19:9, devidamente comprovados. As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do Ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio. Esta CGADB não reconhece, no âmbito da vida ministerial de seus membros, a situação de União Estável. O Ministro, membro desta CGADB, divorciado nos termos do disposto no art. 1º. desta Resolução ou no caso onde a iniciativa do divórcio partir da sua esposa (1Co 7.15), poderá permanecer ou não, na função ministerial, decisão essa que ficará a cargo da Convenção Estadual da qual é filiado, facultando-se lhe o direito de recurso para Mesa Diretora e para o para o Plenário desta Convenção Geral. O Ministro, vítima de infidelidade conjugal por parte de sua esposa, poderá contrair novas núpcias, respeitados os princípios bíblicos que norteiam a união conjugal, nos termos da permissibilidade concedida por Cristo, em Mateus 5.31 e 32; 19.9, ficando cada caso a ser examinado e decidido pelas Convenções Estaduais. Quando o Ministro der causa ao divórcio, a sua permanência ou retorno ao ministério dependerá de exame e decisão da Convenção Estadual, facultando-se lhe ampla defesa, sendo-lhe também assegurado recurso para a Mesa Diretora e para o plenário da Convenção Geral. O Ministro, membro desta CGADB que acolher Ministro divorciado sem a observância do disposto na presente Resolução, será responsabilizado disciplinarmente, no âmbito desta Convenção Geral. Ficam os Presidentes de Convenções e demais membros desta CGADB autorizados a divulgar entre a membresia das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus em todo o território nacional, o inteiro teor desta Resolução.

Uma análise dessa resolução da CGADB demonstra pelo menos três coisas:

  1. O divórcio é permitido entre pastores no caso de infidelidade conjugal por parte da esposa;
  2. A decisão de o ministro continuar ou não no exercício da prática pastoral ficará a cargo de cada convenção regional/estadual da qual o ministro é membro;
  3. O reconhecimento ou não do direito a um novo casamento dependerá de aprovação da convenção regional da qual o ministro faz parte.

Esse documento mostra que, por não haver unanimidade em torno desse assunto na esfera convencional, a CGADB admitiu a possibilidade do divórcio entre pastores nos casos especificados, mas deixou a cargo das convenções regionais decidirem sobre o assunto. Isso porque enquanto algumas convenções são mais liberais em torno do divórcio, admitindo-o entre seus ministros, outras são bem mais conservadoras, não aceitando em seus quadros ministros divorciados. Um exemplo claro dessa última posição pode ser vista na resolução que a CEADEP, Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Piauí, que em 2019 publicou uma resolução sobre o assunto:

Esta Convenção não aceita o divórcio entre seus ministros em qualquer hipótese, e o que vier a se divorciar por qualquer motivo, será imediatamente suspenso de suas atividades e desligado da CEADEP.

Fica claro que essa resolução da CEADEP parte do princípio de que, mesmo sendo legal um ministro do evangelho se divorciar, contudo, não é moral a sua permanência à frente de uma igreja. Esse entendimento, entretanto, como já foi mostrado, não é unanimidade no Brasil assembleiano. Há convenções que acreditam que a resolução da CGADB concernente ao divórcio é inteiramente legal e mais justa e por isso a seguem. No que tange ao divórcio de pastores, a recomendação dada pela CGADB na sua resolução parece ser o melhor caminho a trilhar: “As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio”.


            III. O DIVÓRCIO E APRÁTICA PASTORAL

1. A pessoa do divorciado - Tristeza e depressão

Passar pelo divórcio provavelmente seja a coisa mais difícil que já tenha lhe ocorrido. Sejam quais forem as razões pelas quais se deu o seu divórcio, separar-se da pessoa com quem você planejou construir uma vida e uma família é absolutamente devastador. É normal sentir tristeza e rejeição nessa situação, e é fácil tais sentimentos transformarem-se em depressão. Seus filhos podem se sentir rejeitados, mesmo você tendo lhes garantido que o divórcio não é culpa deles. Os seus coraçõezinhos provavelmente estão tão despedaçados quanto o seu.

Jesus também sabe como é estar oprimido pela tristeza por causa da rejeição daqueles que ele amava. Na noite em que foi traído por um amigo, ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26.38). A traição de Judas foi somente o começo da traição que experimentou. Essa afirmação se dá enquanto Jesus agoniza sobre o horror da cruz que está prestes a enfrentar em favor daqueles que o traíram. Ele escolheu sofrer e ser oprimido pelo sofrimento para nos salvar. Quando nós meditamos sobre a angústia emocional que Jesus escolheu sofrer, não resta dúvidas de que ele é verdadeiramente o único homem de dores capaz de prover consolo para nós e nossos filhos. O amor demonstrado por meio de sua entrada voluntária em nossa dor é insondável e nos garante que ele compreende por completo a nossa dor.

Pense em quão terrível é a nossa própria dor e imagine escolher suportá-la.

À medida que você sofrer no decorrer dessa experiência, você passará a conhecer o amor do seu Salvador de forma mais profunda enquanto se apega a ele. Ele está muito perto de você e de seus filhos, e saber disso pode gerar grande alegria mesmo em meio à tristeza. O Salmo 31 é escrito a partir da perspectiva de alguém que conhece o sofrimento. Os olhos dele haviam sido consumidos pela tristeza, e sua alma e corpo, pela dor (vs. 9-10). Jesus cita o versículo 5 desse salmo pouco antes de morrer: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito”, demonstrando uma confiança maravilhosa em Deus durante uma experiência horrenda. No entanto, Jesus cumpre esse salmo não citando-o apenas, mas tornando-se o refúgio que o salmista busca. Deus provê refúgio para você e seus filhos ao lhes entregar o seu Espírito Santo por meio de Cristo (v. 20). Ele lhes demonstrou um amor maravilhoso ao adentrar a sua dor (v. 21), e vocês podem confiar nele (v. 14) por conta daquilo que ele fez na cruz. Você e os seus filhos podem refugiar-se nele porque vocês sabem o quanto ele os ama em vista do que fez por vocês em Jesus. Ataques de fúria, mau humor, acessos de raiva, portas batidas, rejeição, irritabilidade e impaciência podem fazer parte da sua vida após o divórcio. Como animais feridos, muitos de nós atacamos quando estamos magoados.

2. O divórciado como cristão - DIVÓRCIO NO CONTEXTO DO CASAL CRISTÃO

Ao tratar sobre a questão do divórcio, o apóstolo Paulo, basicamente, menciona duas situações distintas. A primeira delas é o divórcio no contexto de um casal cristão. É possível que algumas pessoas naquela igreja de Corinto, assim como nos nossos dias, pensassem no divórcio por não estarem satisfeitas com sua relação conjugal, sentindo-se incompletas ou incompatíveis com seu cônjuge. Entretanto, olhando para o contexto daquela sociedade, podemos imaginar também que eles questionavam se era razoável continuar casado ou ter relações sexuais agora que se tornaram renovados espiritualmente. Independentemente da razão que os levassem a considerar o divórcio, o apóstolo defende uma única posição, como lemos no versículo 10 da nossa passagem de estudo: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido.

Em Mateus 19.3-6, também é dito: Ele respondeu: Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” 4 Ele respondeu: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ 5 e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? 6 Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe”. Existiam entre o meio rabínico duas escolas predominantes. A escola de Shamai considerava o divórcio por algum motivo especial, enquanto que a de Hillel permitia o divórcio em qualquer situação. Frente a essas linhas de pensamento, os fariseus resolver questionar Cristo acerca dos motivos que podem ou não levar ao divórcio. Como lemos nos versículos acima, Jesus diz claramente que a ordem de Deus não está relacionada com as razões alguém pode ou não se divorciar.

A ordem de Deus é que, se alguém se uniu, não se separe.

Portanto, é com base nessas palavras do Senhor que o apóstolo Paulo afirma nos versículos 10 e 11: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. 11 …E o marido não se divorcie da sua mulher. Uma vez que o casamento foi idealizado e estabelecido por Deus, Ele deu todas as orientações e recursos necessários para que as pessoas possam viver conjugalmente da melhor maneira. O problema dos coríntios é que eles estavam sendo negligentes em sua espiritualidade. O fato de eles serem carnais e não levarem Deus a sério afetava não apenas a vida da comunidade, mas também o seu relacionamento conjugal. O propósito de Deus não é que se suportem dentro do casamento, mas que vivem dentro de um contexto conjugal que valha a pena.

QUANDO NÃO DÁ MAIS PARA AGUENTAR

É possível também, ainda dentro do contexto de um relacionamento entre um casal cristão, que ambos cheguem à conclusão de que não é possível continuar, que suas personalidades não estão de acordo ou que eles não se amam ou não são amados. Observe o que Paulo diz sobre isso nos versículos 10 e 11: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. 11 Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. Há a probabilidade de isso acontecer. Eu já tive a oportunidade de tirar uma arma de um marido que estava bastante irado com sua esposa. Também já disse para um marido sair de casa, aconselhando-o a separar-se. Em algumas circunstâncias, a separação, ainda que não seja a melhor solução, é o menor mal. Porém, o que o apóstolo nos diz é que, mesmo que se separem, não deverão casar-se novamente. Sendo assim, uma das soluções, caso você reconheça que seja inevitável, é a separação, mas sem a possibilidade de um segundo casamento. A outra opção é a tentativa de reconciliação e restauração do casal. Pode parecer algo extremamente restritivo, os discípulos também acharam, mas é o que nos diz a palavra de Deus.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                    BIBLIOGRAFIA


BIBLIA DE ESTUDO KING JAMES ATUALIZADA

BÍBLIA ALMEIDA SÉCULO 21

Livro Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia, Esequias Soares-  Editora CPAD

Livro Os Ataques Contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo, JOSÉ GONÇALVES - Editora CPAD.

Livro Filhos e divórcio ajuda quando a vida é interrompida, ANY BAKER - Editora Fiel.

Publicação do Ministério de Comunicação da Igreja Batista Cidade Universitária, FERNANDO LEITE

https://professordaebd.com.br/4-licao-3-tri-22-a-sutileza-da-normalizacao-do-divorcio/






































segunda-feira, 11 de julho de 2022

LIÇÃO 3 A SUTILEZA DA IMORALIDADE SEXUAL

                               

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.


        TEXTO ÁUREO

"Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo." (1CO 6.18)


        VERDADE PRÁTICA

As escrituras condenam toda forma de prática sexual fora da esfera do casamento constituído por Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1CO 6.15-20; RM 1.26-28


             INTRODUÇÃO

A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas aparentemente não era respeitada para homens. Isso ajudava a evitar a confusão das linhagens familiares e, em sua essência, servia aos mesmos propósitos das leis contra o adultério. A procriação era tratada como um bem sem qualificação, contanto que mantida dentro das leis indicadas acima. O casamento era considerado o estado normal para homens e mulheres. O celibato era absolutamente estranho à mentalidade hebraica e judaica e, longe de deixar um homem mais qualificado espiritualmente, era considerado um dano ao homem e à sociedade. Os líderes judeus eram quase necessariamente homens casados, e a família era muito mais importante do que alguma piedade artificial e pessoal que possa ter sido promovida através do celibato.


        I. A REVOLUÇÃO SEXUAL

1. Um novo paradigma para a sexualidadeO matrimônio na sociedade israelita

Herdeira da cultura babilônica e egípcia, a sociedade israelita proclama o matrimônio como monogâmico (uma só mulher). O Código de Hamurabi (por volta de 1700 aC) determinava que o casamento do homem seria com uma única mulher. Ele só poderia tomar uma segunda esposa (convivendo com a primeira) se a primeira fosse estéril8. Na tradição israelita patriarcal (cf. Gn 12-50) encontra-se o caso de Abraão que, por Sarai ser uma mulher estéril, tem a permissão de tomar uma serva egípcia, chamada Agar, para prolongar sua descendência (Gn 12,5ss). Mais tarde, a primeira esposa Sarai lhe dá Isaac, que passa a ser o filho da promessa (Gn 17,17-19).

Na sociedade israelita, a filha não-casada está sob a tutela do pai, e a esposa sob a dependência do marido.

2. A quebra de um " tabu " - SEXO E PECADO

“Geralmente, se ouve que há entre vós fornicação e fornicação tal, qual nem ainda entre os gentios como é haver quem abuse da mulher de seu pai”. (1 Co 5). “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos e adúlteros Deus os julgará”(Hb 13.4). A relação sexual ENTRE NÃO CASADOS é pecado, ainda que sejam namorados, noivos ou comprometidos. O ADULTÉRIO, proibido pelo sétimo Mandamento (Êx 20.14), abrange os vários tipos de imoralidade e pecados sexuais. Homens e mulheres, adolescentes, jovens e adultos, devem permanecer puros, abstendo-se de qualquer atividade sexual que não seja no compromisso do matrimônio.  “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra seu próprio corpo”. (1 Co 6.18).

Os jovens devem seguir o caminho estreito que leva à vida eterna. A mídia, os amiguinhos, os ímpios, os entrevistadores televisivos sem compromisso com a Palavra, afirmam que o sexo entre jovens é normal, principalmente quando há compromisso formal. Esta é a palavra do mundo. Os cristãos verdadeiros não fazem parte desse sistema mundano.  Somos guiados, orientados e conduzidos pela palavra de Deus. Deus considera ilícito o ato sexual realizado entre não casados, e a isto dá-se também o nome de imoralidade ou impureza sexual. Não só o ato sexual propriamente dito deve ser evitado por quem deseja consagrar-se a Deus e crescer em santidade; as carícias que envolvem toques e outras práticas impuras não são compatíveis com a vida cristã. No mundo atual o sexo é banalizado e não raro confundido com amor. Daí a expressão “fazer amor” referindo-se a um relacionamento íntimo.  A prática sexual entre jovens está de tal forma disseminada que os líderes religiosos, desavisados, negligentes, claudicantes, fracos na fé, ficam por vezes confusos e titubeantes no aplicar corretamente a Palavra, no transmitir a orientação correta. Sucumbem diante da avalanche de depravação e das práticas imorais. Casos há em que eles próprios deixam-se levar pelo grito da carne.   Tais desvios chegam ao ponto em que denominações que se dizem cristãs acolherem homossexuais em suas fileiras, não para os evangelizá-los; não para lhes combater a imoralidade; não para indicar-lhes o caminho da santidade, mas para acariciar seus pecados; para tolerar a perversão sexual que praticam. O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor” (Bíblia de Estudos Pentecostal, pag 1921). Vejam as advertências:

“Esta é a vontade de Deus para vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra; não no desejo da lascívia, como os gentios, que não conhecem a Deus” (1 Ts 4.3-5).

“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).  O sexo é permitido, então, somente quando ambos, homem e mulher, estão unidos pelo matrimônio, formando uma só carne.

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis:  nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas…herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.9). “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”(Lv 18.22; 20.13).


            II. AS PRINCIPAIS DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE SADIA

1. A prática da fornicaçãoFORNICAÇÃO (porneía, significa falta de castidade ou imoralidade). Algumas formas do termo porneía aparecem quarenta e sete vezes no NT.

Quatro conceitos diferentes são óbvios no NT:

1) Em 1 Coríntios 7.2 e 1 Tessalonicenses 4.3 Paulo adverte os não casados sobre a tentação à fornicação. Em ambos os casos ele defende o casamento para prevenir uma vida de solteiro da imoralidade sexual. Em ambos os casos fornicação refere-se à voluntariedade na relação sexual de uma pessoa solteira com alguém do sexo oposto. O sentido é específico e restrito. Em quatro outras passagens a palavra fornicação é usada em uma lista de pecados que inclui “adultério” (Mt 15.19, Mc 7.21; ICo 6.9; G1 5.19) Visto que o adultério envolve uma pessoa casada, o sentido de fornicação nesta passagem é específico e restrito, envolvendo a falta de castidade voluntária de pessoas solteiras.

2) Em duas passagens (Mt 5.32; 19.9), fornicação é usada num sentido mais amplo, como sinónimo de adultério.

3) Em algumas passagens fornicação é usada em um sentido geral, referindo-se a todas as formas de falta de abstinência sexual (Jo 8.41; At 15.20,29; 21.25; Rm 1.29; ICo 5.1; 6.13; 18;2Co 6.17; 12.2; Ef 5.3).

4) Em outras passagens fornicação se refere à devassidão e prostituição (e.g., Ap 2.14; 20; 21). Visto que a palavra fornicação tem muitos tons de significado, este precisa ser definido pelo contexto de cada passagem. De sete listas dos males nos escritos de Paulo, a palavra fornicação encontra-se em cinco delas (ICo 5.11; 6.9; G1 5.19; Ef 5.3; Cl 3.5) e é sempre a primeira da lista. Jesus relacionou a fornicação ao adultério quando disse “qualquer um que olhar para uma mulher com intensão impura [com pensamento de relação sexual], no coração, já adulterou com ela”, (Mt 5.28). R. C. H. Lenski interpreta que “qualquer um” inclui tanto o homem quanto a mulher, casados e solteiros. Portanto, Jesus diz que relações sexuais de pessoas solteiras (fornicação) é tão nociva quanto relações fora do matrimônio (adultério). Note que, possivelmente, pessoas solteiras estão incluídas no significado de fornicação em todas estas passagens que se referem a adultério, imoralidade, prostituição, et al. Aqueles que dizem que o NT não faz referências às relações pré-matrimoniais e não dá nenhum conselho sobre os problemas pessoais e sociais envolvidos, estão fazendo vistas grossas ao uso e significado da palavra fornicação, especialmente em passagens como 1 Coríntios 7.2, e 1 Tessalonicenses 4.3. Veja Adultério.

2. Adultério: Não é crime, mas é pecado - O ADULTÉRIO E A DISCIPLINA DA IGREJA

A lei contra o pecado de adultério era extremamente severa no Antigo Testamento. Esses infratores deviam ser punidos com a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). Alguns princípios da lei de Moisés jamais foram observados, como, por exemplo, o ano do jubileu (Lv 25.8-55) que, à luz de 2 Crônicas 36.21, o povo havia esquecido. Com relação ao adultério, parece que nos primeiros séculos da história de Israel essa punição foi-se afrouxando e aos poucos deixou de ser observada, salvo em casos esporádicos. No livro do profeta Oseias tem-se a impressão de que essa prática estava abandonada no reino do Norte, mas o profeta Ezequiel ainda menciona essa sanção da lei mosaica (16.38-40). No período interbíblico, segundo a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, essa prática deixou de ser observada (p. 482). O episódio da mulher adúltera, registrado em João 8.1-11, foi uma anomalia. A lei existia, mas ninguém ousava colocá-la em prática. Os escribas e fariseus pressionaram a Jesus, com o único objetivo de atingi-lo. A aplicação dessa lei era algo anormal, e, além disso, eles trouxeram apenas a mulher, ignorando o seu parceiro, o que também contrariava os princípios legais.

Quando essa disciplina foi totalmente abandonada, é assunto obscuro.

Guy Duty, em sua obra, Divórcio e Novo Casamento, afirma que procurou descobrir na Biblioteca Pública de Nova Iorque, na seção judaica, a data exata em que a pena de morte para os adúlteros foi abolida, e tudo o que conseguiu do bibliotecário foi que o Talmude afirma que isso ocorreu 40 anos antes da destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C. Essa afirmação, segundo o próprio Guy Duty, não pode ser consubstanciada em outra literatura antiga (p. 34). William L. Coleman afirma, em seu livro Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, que o adultério já não era uma questão de vida ou morte nos dias de Cristo. Por causa da influência pagã, os judeus não executavam os adúlteros (p. 119). No Novo Testamento essa pena foi abolida, pois predomina a lei do amor: “Vai-te e não peques mais” (Jo 8.11). Esse princípio é válido para os pecadores que estão na ignorância e precisam de perdão e de um encontro pessoal com o Senhor Jesus (Jo 6.37). William L. Coleman apresenta, como alternativa, que o divórcio mencionado em Mateus 5.32 foi uma espécie de válvula de escape, para livrar os culpados desse pecado da morte (p. 119). O perdão de Jesus, aplicado à mulher adúltera, não isenta da disciplina os crentes que caem em adultério.

O Senhor Jesus Cristo delegou à Igreja a autoridade para excluir do rol de membros os que praticam esses e outros tipos de pecado. Delegou também autoridade para reconciliar com a Igreja os que se arrependem (Mt 16.19; 18.18). O apóstolo Paulo identifica exclusão como “entregar a Satanás” (ICo 5.5; lTm 1.20), e Jesus fala de “considerar gentio e publicano” (Mt 18.17). O que as autoridades eclesiásticas não devem nem podem anunciar no púlpito é o pecado de imoralidade sexual, como o adultério de qualquer membro; isso é crime e pode terminar em processo nos tribunais. Ninguém tem o direito de tomar pública a intimidade dos outros; isso é violação de privacidade. Não há necessidade disso para resolver um problema de pecado na Igreja. O infrator deve, sim, e precisa ser cortado da comunhão, mas o Novo Testamento não obriga ninguém a tornar público o seu pecado.

3. Homossexualidade: Uma contradição da ordem naturalSegundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a homossexualidade é a condição de homossexual, e o homossexualismo é a prática amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo (p. 1.033). É a atração sensual entre pessoas do mesmo sexo. Desde os tempos do Antigo Testamento as práticas homossexuais estiveram ligadas ao culto pagão, na “prostituição sagrada”, também chamada de “prostituição cúlüca”. O homossexualismo é conhecido também como pecado de Sodoma, pois nessa cidade foi praticado de forma generalizada.

Existem igrejas e pastores gays que procuram negar a condenação bíblica de suas práticas, usando para isso recursos que consistem em modificar o sentido das palavras na língua original da Bíblia. Um deles, numa entrevista à revista Época (n° 254 de 31/03/2003), afirma que a Bíblia não condena a prática homossexual e reinterpreta duas passagens bíblicas que falam sobre o assunto (Lv 18.22; 1 Co 6.9). Assegura que a palavra hebraica, usada para “abominação”, em hebraico, toevah, “indica na verdade uma impureza ritual, não algo intrinsecamente mau” (p. 17), e que as palavras gregas usadas para “efeminados” e “sodomitas” não têm a mesma equivalência dos atuais homossexuais, sendo nossas versões um disparate. O presente capítulo pretende mostrar o pensamento bíblico sobre essa prática e a situação da Igreja diante de uma sociedade cada vez mais permissiva.

CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS

Há sete passagens bíblicas que fazem menção dessa prática, todas condenando ou mostrando-a como algo negativo:

4 E, antes que se deitassem, cercaram a casa os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. 5 E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos (Gn 19.4, 5). => 4 Mas, antes que eles fossem dormir, todos os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, cercaram a casa. 5 Eles chamaram Ló e perguntaram: — Onde estão os homens que entraram na sua casa esta noite? Traga-os aqui fora para nós, pois queremos ter relações com eles (Gn 19.4,5 [NTLH)].

Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é […] Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles (Lv 18.22; 20.13).

Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos (Jz 19.22). => Enquanto eles conversavam alegremente, alguns homens imorais daquela cidade cercaram a casa e começaram a bater na porta. E disseram ao velho: — Traga para fora o homem que está na sua casa! Nós queremos ter relações com ele (Jz 19.22, NTLH).

24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente.

26 Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. 28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém (Rm 1.24-28).

Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus (ICo 6.10)

9 Sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, 10 para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina (1 Tm 1.9,10).

Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição (Jd 7, ARA).

Líderes das igrejas gays alegam que a Bíblia não condena tais práticas e procuram reinterpretar essas passagens. Dizem que o verbo “conhecer”, como aparece no relato da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, em Gênesis 18 e 19, não significa necessariamente “fazer sexo”. Dessa forma, querem dizer que a tradição judaico-cristã errou ao longo dos séculos ao associar o pecado de Sodoma à prática homossexual. Quando essa linha de pensamento é cotejada com o contexto bíblico, vem à tona a falácia de tal interpretação. A repulsa bíblica às práticas homossexuais não se restringe apenas à destruição de Sodoma e Gomorra. É verdade que o verbo hebraico nessa passagem éyada’, que significa “conhecer, saber” (DITAT, p. 597), traduzido por “conhecer” (Gn 19.5; Jz 19.22), na ARC, mas também é verdade o seu emprego como eufemismo no Antigo Testamento para designar a relação sexual: “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim […] E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete” (Gn 4.1,25); “E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque” (Gn 4.17). Quando Ló apresentou as suas duas filhas aos varões de Sodoma, disse: “Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram varão” (Gn 19.8). No Novo Testamento não é diferente. Quando o anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus, ela perguntou: “Como se fará isso, visto que não conheço varão?” (Lc 1.34).

O sentido de uma palavra bíblica e em qualquer texto literário deve ser entendido à luz do seu contexto. Note que Ló pediu para os varões de Sodoma não fazerem mal aos seus hóspedes: “Rogo-vos que não façais mal” (Gn 19.7) e acrescentou: “Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram varão; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom for nos vossos olhos; somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu telhado” (Gn 19.8). Qual o sentido de Ló oferecer suas duas filhas aos varões de Sodoma afirmando serem elas virgens e que eles poderiam praticar com elas o que quisessem? Ló esclareceu ainda que seus hóspedes procuraram sua casa para se livrarem do assédio dos moradores da cidade.

Representantes da literatura rabínica a partir do século II a.C. tais como Filo de Alexandria e Flávio Josefo, chocados, identificaram o pecado de Sodoma com as práticas homossexuais da sociedade grega. Esse é também o pensamento do Novo Testamento, que para os cristãos é a palavra final: “Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição” (Jd 7, ARA). A verdade é que o pecado de Sodoma não foi apenas esse, mas um deles. Afirmar não haver nesse relato vínculo com a prática homossexual é uma “camisa de força”, uma interpretação inconsistente que não se sustenta. O livro de Levítico afirma ainda que tal prática deveria ser punida com pena capital. “Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles” (20.13). Mas Jesus morreu por todos os pecadores (ICo 15.2; 1 Jo 2.2), na fé cristã a exclusão do rol de membros substitui a pena de morte. O incesto, por exemplo, era punido com a morte na antiga aliança (Lv20.11,12,14). No entanto, o apóstolo Paulo simplesmente ordenou que o praticante de tal pecado fosse excluído do rol de membros da Igreja (ICo 5.1-5), mas depois que o pecador se arrependeu voltou à comunhão (2Co 2.5-10). Da mesma forma a prática homossexual não pode ser aceita nem reconhecida pela Igreja (ICo 6.10).

Deus criou o homem, “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27), para a sua glória, portanto ninguém vive para si, mas para fazer a vontade divina. A verdadeira felicidade humana está em cumprir a vontade do Criador. O ser humano, contudo, se afastou de Deus, e isso o levou à idolatria e depois à imoralidade. A consequência dessa apostasia é a imoralidade, incluindo o homossexualismo, tanto masculino como feminino. Isso está claro em Romanos 1.19-28. O texto sagrado diz que “Deus os abandonou às paixões infames” (Rm 1.26), porque não o reconheceram. O apóstolo considera, ainda, tais práticas como “torpeza” (Rm 1.27), uso não natural, “contrário à natureza” (Rm 1.26); e escreve em outro lugar que os tais “não hão de herdar o Reino de Deus” (ICo 6.9). O apóstolo Paulo afirma que alguns sodomitas e efeminados de Corinto foram libertados e serviam a Deus na igreja: “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (ICo 6.11).


            III. O PADRÃO BÍBLICO PARA UMA SEXUALIDADE SADIA

1. O sexo atende uma necessidade da criaçãoDeus, tendo-os feito capazes de transmitir a natureza que haviam recebido, lhes disse, Frutificai, e multiplicai-vos, e povoai a terra. Aqui, o bondoso Senhor lhes deu: 1. Uma grande herança: Povoai a terra; é isto que é outorgado aos filhos dos homens. Eles foram feitos para habitar sobre a face de toda a terra, Atos 17.26. Este é o lugar em que Deus estabeleceu o homem para sei’ o servo da sua providência no governo das criaturas inferiores, e, por assim dizer, a inteligência deste mundo. Ser o destinatário da abundância de Deus, da qual outras criaturas vivem dependentes, mas não sabem disso. Ser igualmente o coletor de seus louvores neste mundo inferior, e pagá-los ao tesouro de cima (SI 145.10). E, finalmente, ser um noviço para um estado melhor. 2. Uma família numerosa e permanente, para desfrutar desta herança, pronunciando uma bênção sobre eles, em virtude do que a sua posteridade deve se estender aos cantos extremos da terra e continuar até o período extremo de tempo. A fertilidade e o crescimento dependem da bênção de Deus: Obede-Edom tinha oito filhos, porque Deus o abençoou, 1 Crônicas 26.5. É devido a esta bênção, que Deus ordenou no princípio, que a raça humana ainda existe. E assim, uma geração passa e outra vem a seguir.

2. O sexo como complementação e satisfaçãoDr. Akin apresenta um ponto excelente. A relação conjugal no casamento deveria ser considerada uma atividade fundamentalmente espiritual? Creio que a resposta seja um sim absoluto. Existe algum caso com base nas Escrituras em que a relação conjugal seja, de alguma forma, menos importante em um casamento do que orar juntos, estudar a Bíblia juntos ou mesmo ir à igreja juntos? Acho que não. Concordo com Tom Gledhill, que em seu ótimo comentário sobre Cantares de Salomão aprecia a dádiva divina da sexualidade no casamento e se expressa com uma franqueza surpreendente (no meu ponto de vista) e animadora que é inteiramente apropriada a esse tópico singular. Essa revelação desembaraçada não deve ser confinada pela ideia de que isso tudo esteja, de alguma forma, abaixo de nossa dignidade, e que seríamos melhores orando do que mantendo a relação conjugal. Essa é uma falsa dicotomia que deve ser banida para sempre. Não precisamos santificar um ato inteiramente natural tendo pensamentos espirituais simultâneos sobre Deus enquanto estamos nos braços de nossa esposa. Impulsos fálicos, levantar o corpo, suspiros, gemidos e risadinhas fazem parte da ordem natural das coisas dada por Deus. É lamentável que quando se trata de sexo a cultura secular vê o cristianismo envolvido primeiramente com proibições. Obviamente, o pecado corrompe a boa dádiva de Deus que é o sexo dissociando-o da aliança do matrimônio e tentando criar uma experiência falsa. Todo uso incorreto da sexualidade é condenado nas Escrituras. A Bíblia nos alerta contra a imoralidade, e o poder da luxúria nunca deve ser negado ou ignorado; então é correto mantê-los em mente. Até em Cantares de Salomão encontramos repetidas admoestações contra a prática sexual prematura (Ct 2.7; 3.5; 8.4). Mas uma vez unidos no casamento, as coisas mudam, amigos! No princípio, Deus olhou para a união entre marido e mulher e viu que era bom. Sua opinião a respeito disso não mudou nem um pouco. Então não vamos ver o sexo meramente como uma parte permitida no casamento ou algo que deve ser tolerado. Sexo no casamento é obrigatório e algo que deve ser celebrado! (Veja 1 Coríntios 7.35 e Efésios 5.31.) O sexo foi criado para o matrimônio, e este foi criado, em parte, para se desfrutar.

3. O pastoreio cristão e a prática homossexualNão importa o que os sentimentos ou as emoções indiquem, nunca é apropriado aconselhar algo contrário à Palavra de Deus.

[..] Tenho aconselhado homossexuais que sinceramente sentem que Deus os criou desse jeito e que, portanto, não tiveram escolha alguma no assunto.

Embora tal argumento possa estar imbuído de sinceridade e emoção, sei que não é válido. Deus não cria as pessoas para serem homossexuais. O estilo de vida homossexual é uma escolha — uma escolha muito errada. E as pessoas podem ser libertas disso — com a ajuda de Deus. Como é que sei disso? Porque as Escrituras ensinam esse fato em numerosos lugares. As Escrituras sempre estão certas. Os conselheiros pastorais podem ter total confiança de que Deus sabe o que está fazendo. Ele nos criou e Ele nos deu um projeto de vida para viver: Suas Santas Escrituras. Todo indivíduo, pouco importando qual seja seu problema pessoal, é uma pessoa de valor, feita à imagem de Deus. Pessoas são preciosas, sejam elas culpadas de homossexualidade, incesto, assassinato ou molestamento de crianças; qualquer que seja seu pecado ou problema, elas têm valor aos olhos de Deus. Deus as ama e as criou para a sua glória. Jesus deseja mudar os seres humanos, independente de qual estilo de vida hajam mantido ou mantenham. Deus pode mudar e ajudar a resolver todo tipo de problema que as pessoas enfrentem. Há esperança para todos. Nós, do ministério, não podemos deter-nos a examinar o comportamento das pessoas, devemos ver o quanto o Senhor quer ajudar cada indivíduo.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                    BIBLIOGRAFIA


Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, CHAMPLIN, Russell Norman - Editora Hagnos

Livro Homossexualidade e Sexualidade na Bíblia , Izidoro Mazzarolo Alguns tópicos para debate.

Pastor Airton Evangelista da Costa. Sexo é Pecado.

Livro Enciclopédia da BíbliaMERRILL C. TENNEY - Editora Cultura Cristã

Livro Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia, Esequias Soares-  Editora CPAD

Comentário Bíblico Matthehw Henry. Deuteronômio.  Editora CPAD

Livro Sexo Romance e a Gloria de Deus. O que todo marido cristão precisa saber, Mahaney C. J. Editora CPAD

Livro Manual Pastor Pentecostal Teologia e Práticas Pastorais, Raymond Carlson -Thomas E .Trask – Loren Triplett – Dick Eastman -Tommy Barnett Charles T. Crabtree – John Bueno – Zenas J. Bicket – Nancie Carmichael.

https://professordaebd.com.br/3-licao-3-tri-22-a-sutileza-da-imoralidade-sexual/