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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 09 - O BATISMO - A PRIMEIRA ORDENANÇA DA IGREJA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                        TEXTO ÁUREO 

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."  (Mt 28.19)


                    VERDADE PRÁTICA  

O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve ser uma prática obedecida pela igreja. 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm 6.1-11



                            INTRODUÇÃO 

O batismo nas águas é uma ordenança do Senhor Jesus para sua Igreja. O significado do batismo aponta para o relacionamento pactual do homem com Deus em sua nova vida em Cristo; é um símbolo de que o crente pertence à comunidade da fé. Nesse sentido, o batismo é um selo da justiça mediante a fé em Jesus Cristo.                  Todas as igrejas cristãs observam a prática do batismo nas águas, visto que de fato foi Jesus quem o ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19).                  No Novo Testamento, o primeiro batismo registrado foi aquele praticado por João Batista. Inclusive, João ficou conhecido como “o Batista” justamente em referência ao fato de que ele batizava pessoas. Então muitas pessoas acabam confundindo o batismo de João e o batismo ordenado por Jesus aos cristãos. Mas o que acontece é que o batismo de João e o batismo cristão não são os mesmos. Eles diferem em propósito e significado.


                    I.  PRESSUPOSTOS BÍBLICO-DOUTRINÁRIOS DO BATISMO

1.   O Batismo visto como sacramento     -   E somente no início do período medieval que a crença do batismo como um sacramento vai ganhar novas nuances. Isso acontece no contexto dos debates que Agostinho (354-430), bispo de Hipona, vai ter com os donatistas e pelagianos. Agostinho acreditava que o batismo concedia graça a quem era conferido independentemente de quem realizasse o rito. Dessa forma, até mesmo um herege podia realizar o batismo que, segundo ele, não retiraria a sua validade. Isso porque "o sacramento opera por sua própria natureza (ex opere operato - independente do ato realizado). Sua validade em nada depende da fé do recipiente: basta que não haja impedimento de sua parte". Essa compreensão sacramentalista, conforme entende o catolicismo, teve importantes desdobramentos sobre o rito do batismo. Agostinho, que posteriormente ajudou a consolidar a compreensão sacramentalista católica, vivenciou esse rito em Milão. Não há dúvidas de que a compreensão sacramentalista no batismo em águas conduziu a ensinos heréticos e práticas contrárias ao ensino bíblico. Isso fez com que alguns deixassem de dar o devido valor para essa ordenança de Cristo. Se, por um lado, é errado supervalorizar o batismo, por outro, é igualmente errado minimizar o seu valor. Geralmente, o texto que relata a conversão do ladrão na cruz (Lc 23.39-42) é usado para fundamentar esse ponto de vista. Se não houve necessidade de o ladrão ser batizado, então deduzem que essa prática não é importante ou necessária. Nesse caso, a exceção vira regra. Convém dizer que tanto um posicionamento como o outro são extremos e devem ser evitados. Se, por um lado, não é bíblico ensinar que o batismo tem poder salvífíco, isto é, que não há regeneração batismal, por outro lado, também é igualmente errado não ver valor nenhum nesse importantíssimo rito cristão. O batismo foi ordenado por Cristo, e isso por si só já o faz revestir-se de grande importância. Se, por um lado, o batismo não significa a erradicação da natureza pecaminosa, por outro lado, não é meramente um rito destituído de significação alguma.


2.  O Batismo não é sacramento, mas ordenança de Cristo     -   Em o Novo Testamento, o batismo aparece como uma ordenança de Cristo, e não como um sacramento. Jesus ordenou que os seus discípulos batizassem aqueles que respondessem positivamente à mensagem do evangelho: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19); "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Gregg Alisson observa que um sacramento é "um sinal externo que tem o poder inerente de comunicar a graça divina necessária para a salvação".1 Essa crença que enxerga o batismo como um sacramento e não como uma ordenança foi primeiramente defendida por Tertuliano (160-230 d.C). O termo sacramento foi a princípio usado em referência a um juramento feito por um soldado do Império Romano. Tertuliano também via o batismo como um tipo de juramento que o cristão fazia e, assim, tomou de empréstimo o seu sentido sacramentalista em relação ao batismo.


3.  O Batismo deve ser administrado aos adultos     -   Um importante desdobramento da teoria sacramentalista agostiniana pode ser vista no batismo infantil. Convém dizer, em primeiro lugar, que o batismo infantil não é um ensino do Novo Testamento. Tertuliano, um dos Pais da Igreja, desaprovou essa prática. Por outro lado, Cipriano de Cartago defendia o batismo infantil. É, contudo, no início da Idade Média que Agostinho, bispo de Hipona, vai defender com fervor o batismo de crianças. Isso aconteceu por conta do seu conflito com os pelagianos. Celésio, discípulo de Pelágio, acreditava que o pecado de Adão só prejudicou o próprio Adão e a mais ninguém. Da mesma forma, defendia que as crianças recém-nascidas eram iguais a Adão antes da Queda, isto é, não tinham pecados. Dessa forma, Celésio entendia que as crianças poderia, sim, ser batizadas, mas não por conta do pecado original que elas não haviam herdado. Por outro lado, Agostinho defendia que a igreja deveria batizar as crianças "para a remissão dos pecados — não, de fato, dos pecados que elas cometeram, imitando o exemplo do primeiro pecador, mas dos pecados que contraíram por seu próprio nascimento, dada a corrupção de sua origem

Os anabatistas foram os primeiros, portanto, a batizar adultos. Ao fazerem isso, rompiam não somente com o catolicismo, mas, sobretudo, com os reformadores protestantes do século XVI. Alisson observa que, para os anabatistas, "somente quem é capaz de entender o evangelho de modo consciente, arrepender-se de seus pecados e crer em Jesus Cristo para a salvação deve ser batizado." Eles pagaram caro por isso. Muitos deles foram expulsos das suas terras, e muitos outros foram executados.   O primeiro mártir anabatista a ser morto por praticar o batismo de adultos foi Félix Manz. Ele foi afogado no rio Fimmat perante Zuínglio e uma multidão que assistia à execução. Os anabatistas posicionaram-se contra o batismo infantil pelo seguintes aspectos: 1. Não há justificativa bíblica para a prática do batismo infantil. 2. Não havia um único relato no Novo Testamento mostrando a prática do batismo infantil. 3. Se o batismo era um sinal de "iniciação", isto é, o recebimento do Espírito, início da fé e início de uma nova vida, como defendia Zuínglio, ele deveria ser imediatamente suspenso, já que nenhum desses requisitos é cumprido numa criança.

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                    II.   O SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO 

1.  Símbolo do Batismo: Identificação com Cristo   -  Biblicamente, o batismo é um símbolo visível de uma realidade invisível. O teólogo sistemático Augustus Hopkins Strong (1836-1921) escreveu sobre o que seria um Símbolo, um Rito e uma Ordenança: Quero estabelecer bem uma distinção entre cada uma das três palavras símbolo, rito e ordenança. 1. Símbolo é o sinal, ou representação visível, de uma verdade ou ideia invisível; por exemplo, o leão é símbolo da força e da coragem; o cordeiro, da mansidão; o ramo de oliveira, da paz; o cetro, do domínio; a aliança, do casamento; e a bandeira, do país. Os símbolos podem ensinar grandes lições [...] a lavagem dos pés dos discípulos de Jesus ensinava a sua descida do céu para purificar e salvar, e o serviço humilde requerido dos seus seguidores. 2. Rito é o símbolo que se emprega com regularidade e intenção sagrada. Os símbolos tornam-se ritos quando empregados desta forma. A imposição de mãos na ordenação, e o cumprimento apertando a mão direita em sinal de companheirismo são exemplos de ritos autorizados na igreja cristã. 3. Ordenança é um rito simbólico que destaca as verdades centrais da fé cristã, e é de obrigação universal e perpétua. O batismo e a ceia do Senhor são ritos que se tornaram ordenanças através da determinação específica de Cristo e através do relacionamento delas com as verdades essenciais do reino de Cristo.


2.  O Propósito do Batismo: Testemunho público da fé cristã    -    Para quem é o batismo? A explicação anterior responde esta indagação: para todo aquele que se identifica pela fé com o sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ter reconhecido por fé a obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar apta para o batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida cristã para poder se batizar?

A Bíblia responde com clareza estas questões. Em Atos 8.30 a 39, lemos acerca do primeiro batismo cristão apresentado em maiores detalhes na Bíblia. Neste texto, temos um modelo para a forma de batismo, e ali vemos que já na evangelização o batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz saber que ninguém deve demorar para se batizar após ter feito sua decisão de servir a Jesus.

Além disso, vemos também qual é o critério para que alguém se batize; quando o etíope pergunta: “Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?” a resposta de Felipe vem trazendo luz sobre o requisito básico para o batismo: “É lícito, se crês de todo coração” (At 8.36,37).

Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e não só a pessoa) redentora de Jesus Cristo, e crê de todo o coração (sem dúvida acerca disto), ela está pronta para ser batizada.


3.   Não há espaço para indecisão    -   A única condição que a Bíblia impõe é que a pessoa creia e se arrependa dos seus pecados para ser batizado (Atos dos Apóstolos 2:38). Isso significa que a pessoa deve ter consciência que pecou e decidir que quer mudar, aceitando o sacrifício que Jesus fez por ela. Por isso, não é certo batizar bebês, porque ainda não têm essa consciência nem podem tomar essa decisão. Claro que é importante pedir a proteção e a bênção de Deus sobre a vida da criança, mas o batismo deve ser uma escolha pessoal feita com entendimento. Assim que alguém chega a esse entendimento, pode ser batizado, mas se for muito jovem deve antes pedir a permissão dos pais e da sua igreja, para ver se acham bem e deixam.

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                    III.   A FORMULA E O MÉTODO DO BATISMO 

1.   Fórmula trinitária do Batismo     -    Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como JESUS ordenou em Mt 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO". No original grego, tal expressão é eis to onoma tou patros kai tou hyou kai tou hagiou pneumatos, significando "para uma relação com o nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO".

Segundo Horton (p. 570), "os crentes neotestamentários eram batizados 'para dentro' do nome do Senhor JESUS (At 8.16)". Isto porque a preposição eis, no grego, quer dizer "para dentro de", podendo significar, também, "em relação a". Assim, o batizando é introduzido em CRISTO, no seu nome, ficando debaixo de seu senhorio. Para tanto, necessária se faz uma profissão de fé autêntica, mediante a qual a pessoa a ser batizada confirma sua convicção de ser um verdadeiro discípulo de CRISTO.

Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de JESUS, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como At 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de JESUS CRISTO" (epi toi onomai Iesou Christou) e At 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor" (en onomati Kyriou Iesou). Em At 8.16, vemos novos convertidos que "somente eram batizados em nome do Senhor JESUS"; em At 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS".

Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de JESUS". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém-convertidos, ou referência ao batismo já realizado.

As seitas unicistas utilizam esses textos bíblicos para defender a ideias do batismo "só no nome de JESUS", pois eles pregam que a fórmula ditada por JESUS não inclui "o nome", e sim, "as funções diferentes de DEUS", como Pai, como Filho e como ESPÍRITO SANTO, o que é uma heresia absurda. Segundo o Pastor Esequias Soares (p. 37), as passagens bíblicas invocadas pelos unicistas "não tratam da fórmula batismal, e sim de atos ou eventos de batismo...Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram batizadas na autoridade do nome de JESUS". Desse modo, entendemos que a fórmula trinitária, ditada por JESUS, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e adequada para a ministração do ato batismal.     -    


3.   Imersão: o método bíblico do batismo    -   Antes da era cristã os judeus batizavam seus prosélitos por imersão. Os essênios de Qumran observavam a prática de imergir tanto os membros quanto os conversos. A Bíblia ensina que existe apenas um tipo de batismo e este foi ensinado por Jesus e praticado por todos os apóstolos e pela igreja cristã primitiva (Efésios 4:5; Mateus 28:19, 20 ; Romanos 6:1-6; Atos 8:38). O próprio termo  “batismo” provém do gregobaptizo e significa mergulhar, imergir e não aspergir.

As descrições de batismos na Bíblia indicam que as pessoas entravam na água (Atos 8:38) e dela saíam (Mateus 3:16). Os batismos eram realizados em locais em que havia abundância de água para que as elas pudessem ser submergidas e serem batizadas por imersão (Mateus  3:6). Jesus Cristo nos deu o exemplo e, mesmo não tendo nenhum pecado, João Batista o batizou por imersão no rio Jordão (Mateus 3:13-17; Hebreus 4:15). A Bíblia ensina o batismo por imersão.

Na carta de Romanos, capítulo 6, Paulo explica de forma muito clara o profundo significado do batismo. Quando a pessoa é “sepultada com Cristo” por ocasião do batismo, é um símbolo de morte para o pecado. Simboliza o sepultamento do pecado e da velha vida de pecados. Ao ressurgir das águas batismais a analogia se torna completa, porque Cristo também ressurgiu da sepultura da morte para a vida. O sair das águas representa o novo nascimento para uma “vida nova”, pelo poder de Cristo (Romanos 6:4). Essa analogia requer que o batismo seja por imersão.     Se Paulo ensinou o batismo por imersão, podemos concluir que ele foi batizado dessa maneira, pois só existe um batismo (Efésios 4:5), o batismo exemplificado e ensinado por Cristo, e este foi por imersão (Mateus 3:13-17; Mateus 28:19).

A própria expressão de Paulo “sepultados com Ele [Cristo] no batismo” (Romanos 6:4) só tem significado se o batismo for por imersão.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-aguas-por-luciano-subira/

https://estiloadoracao.com/batismo-nas-aguas/

https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/qual-a-forma-correta-de-batismo-por-imersao-ou-aspersao/




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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 08 - A DISCIPLINA NA IGREJA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO  

"E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido." (Hb 12.5)


                    VERDADE PRÁTICA  

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.


                    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE; Hebreus 12. 5-13                 



                                         INTRODUÇÃO                            

A carreira e a meta — He 12:1-2. Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que DEUS lhe envia.
Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de DEUS. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.
Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antiguidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.
Pode-se aceitar a disciplina com uma autocomiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na autocomiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é por si mesmas.
Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses.
Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos homens como em ser exigentes na vingança".
Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu castigo. Até há aqueles que consideram a DEUS como um DEUS vingativo. Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de DEUS. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que DEUS quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"
Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.
Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que DEUS não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que DEUS nos abandone como indóceis, incuráveis e irremediavelmente cegos.
O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um DEUS que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo, tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio.
Daremos fim à autocomiseração, ao ressentimento e à queixa rebelde se lembrarmos que não há disciplina de DEUS que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem.



                I.  A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA 

1.  Deus é Santo   -   Santo quer dizer “separado”. Deus é separado de nós em dois sentidos. Primeiro, ele é o Criador e nós somos suas criaturas. Ana louvou o Deus único, porque “É o que tira a vida e a dá” (1 Samuel 2:2,6). Esta diferença excede nossa imaginação. Como Criador, ele está acima de todos os povos (Salmo 99:1-3). Isaías fala da grandeza de Deus em relação à criação. Ele é “o eterno Deus, o SENHOR, o Criador...” (Isaías 40:28). No mesmo capítulo, Deus desafia suas criaturas com estas palavras: “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo” (Isaías 40:25).  O segundo sentido em que Deus é santo trata de sua relação com o pecado. Ele é puro e certo, acima de todo pecado e toda maldade. Por esse motivo, ele é separado dos homens pecadores. “Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o SENHOR e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem” (Josué 24:19-20).

2.   A Igreja é santa     -  A Igreja é santa em razão de seu fundamento, Jesus Cristo – A santidade não pode ser adquirida ou produzida pelos fiéis, não é o resultado do labor ou esforço de quem quer que seja, antes é consequência dos méritos do Filho de Deus. O apóstolo Paulo expressa claramente tal verdade em sua Epístola aos Efésios – “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Ef 5.25-27.  Deus é santo (Ex 15.11; I Sm 2.2; Is 6.3, 57.15; Ap 4.8) e o seu povo eleito e particular não pode ser diferente (I Pe 1.15-16, I Pe 2.9-10), contudo nesta vida jamais atingiremos a perfeição. Equivocadamente, grupos dissidentes (cataristas, celestinos e donatistas) ensinaram ser possível alcançar plena perfeição aqui, o que a Bíblia não ratifica. Sobre o tema, D. Martyn Lloyd-Jones, afirmou: “Enquanto a Igreja caminha neste mundo de pecado e vergonha, ela se suja de lama e lodo. Portanto, há manchas e nódoas nela. E é muito difícil livrar-se delas. […] A Igreja não é limpa aqui, não é pura; embora esteja sendo purificada, ainda há muitas manchas nela.”

O caminho estabelecido pelo Supremo Pastor para o seu precioso Rebanho é o caminho da santificação diária, e isto não é opção, é uma determinação repleta de amor e cuidado. A correta motivação para a obediência a Deus é o “respeito à pureza do Legislador”.

3.   Quando a Igreja não disciplina    -   Temos muitas vezes a tendência de minimizar uma ação pecaminosa ou relativizar o pecado. E um erro crasso! No caso de Corinto, o apóstolo mandou, literalmente, "expulsar o malfeitor". Isso soa muito forte para mim, mas é a Bíblia que está dizendo. Quando relativizamos o pecado, acabamos enfraquecendo a igreja. Até mesmo nos esportes a questão disciplinar é levada muito a sério. Já vi, por exemplo, uma dezena de vezes atletas de ponta, campeões olímpicos e mundiais serem banidos do esporte porque violaram o código disciplinar da categoria. Eles não podem, por exemplo, ser flagrados no exame antidoping. E quanto a nós, não deveria haver um maior rigor na questão disciplinar, já que estamos tratando de coisas muito mais sérias?  O que foi tratado aqui neste capítulo deve servir de apoio às Lições Bíblicas da EBD, onde tratamos de forma mais sistematizada desse assunto. Nosso intuito não é promover uma "caça às bruxas" e muito menos fazer uma apologia a um modelo de disciplina "castradora". Nosso objetivo é buscar o padrão divino para um viver santo. Nesse aspecto, nosso modelo de vida santa deve ser sempre a Bíblia, a Palavra de Deus, e ela afirma com todas as letras que "o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho" (Hb 12.6).

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                II.   O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA 

1.  Manter a honra de Cristo    -   “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”  (Rm 13.7)

honra:  sentimento de dignidade própria que leva o homem a procurar merecer e manter a consideração pública.

honrar:  conferir honras a; dignificar, distinguir; exaltar, glorificar; reverenciar, venerar; não desmerecer; considerar;  manifestar (exteriormente): respeito, estima e admiração.  

  1. A Glória de Cristo – A igreja deve disciplinar procurando a glória e a honra do nome de Cristo. Não disciplinar membros que cometem pecados escandalosos desonra o nome do Senhor.
  2. O bem da Igreja – A complacência, a cumplicidade com o pecado pode corromper todo o corpo. Ao disciplinar um membro, a igreja deve fundamentar seus argumentos nas Sagradas Escrituras, não na tradição nem no sentimentalismo. E ao disciplinar deve também cuidar, tratar e curar a pessoa ou pessoas envolvidas.
  3. O bem da pessoa disciplinada – Sem disciplina não há possibilidade de restauração. Mais cedo ou mais tarde os pecados virão à luz, e quando a liderança da igreja tem conhecimento e não toma posição, ela coloca a igreja sob a opressão do diabo. A disciplina procura gerar quebrantamento, arrependimento e o desafio da pessoa andar com Cristo corretamente (Hb 12.11- 13). Em casos de líderes, implica perder privilégios e honras, além de não participar por um tempo da Ceia do Senhor. Nenhuma pessoa é disciplinada sem que tenha oportunidade de se defender de qualquer acusação que lhe seja feita. O Conselho da igreja não aceita acusações de pessoas que não se comprometam a confrontar o acusado, em caso de necessidade de acareação.

2.   Frear o comportamento pecaminoso   -    Porque o pecado é como o fermento (v. 6). Se não cuidarmos ele se alastra e contamina toda a massa: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?”. Paulo usa uma linguagem muito comum no VT. No VT uma das coisas usadas para tipificar o pecado é o fermento. Tanto é que na celebração da páscoa era proibido se comer pão com fermento (o pão era “asmo” – sem fermento). O fermento era símbolo do pecado. Uma das propriedades do fermento pelas quais ele tornou-se símbolo do pecado, é sua capacidade de aumentar e dominar o ambiente onde se encontra. Se colocado um pouco de fermento no pão que está sendo preparado logo levedará toda a massa. O apóstolo diz que o pecado é exatamente assim. Paulo pergunta se os crentes de Corinto não sabem disso: Que o pecado é como o fermento, que leveda toda a massa? A idéia é que, se deixado sem correção, no seio da igreja, sem que as devidas soluções sejam tomadas, o pecado se propaga. O que pensar dos jovens da igreja de Corinto? O que eles estavam aprendendo quando viam aquele homem vivendo com a madrasta e ninguém dava importância? O que eles estavam aprendendo? Aprendiam, que aquela atitude não faz diferença na vida cristã e que não importa nosso comportamento sexual. Podemos continuar em pecado e como um cristão normal. Era essa a mensagem que estava sendo passada para os membros da igreja; que o pecado realmente não importava porque a igreja parecia aceitar normalmente. Qual a mensagem que está sendo passada para os jovens e novos convertidos? Que o pecado não afeta meu estado, o meu relacionamento e minha comunhão com Deus e nem a vida da igreja. Ou seja, o que é pregado no púlpito é totalmente desfeito por este tipo de atitude. Nós podemos pregar santidade, e se temos de viver vidas santas mas não acrescentarmos à Palavra pregada as medidas corretas para que todos nós trilhemos este viver santo, a mensagem deixa de ter seu efeito.

Quando Calvino começou sua obra em Genebra ele tinha a idéia de que se houvesse apenas pregação fiel da Palavra de Deus e administração correta dos sacramentos, a igreja seria edificada, os crentes ouviriam e os problemas se resolveriam. Algum tempo depois, Calvino reconheceu que era necessário e bíblico acrescentar um terceiro elemento: a disciplina eclesiástica.
Há necessidade do exercício da disciplina eclesiástica feita em amor para recuperação do pecador e para que se coloque em prática o que a Palavra de Deus nos recomenda e exige. O mais importante é que Paulo não está aqui falando para a liderança. Ele está falando para toda a igreja. Não caiamos no erro  de interpretar mal o apóstolo Paulo pois o que ele fala é para todos nós; é responsabilidade de toda a igreja zelar pela vida da comunidade seguindo os princípios bíblicos. Porque o pecado é como o fermento. Se deixarmos ele contamina a massa toda. 

3.  Não tolerar a prática do pecado   -  A segunda parte do problema está no v.2: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos, e não chegaste a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?”. O que angustiava o apóstolo Paulo não era só o pecado em si, mas que a igreja, ao invés de “lamentar” o fato de ter um de seus membros vivendo uma relação pecaminosa e tomar a providência correta, que na ocasião seria tirar do meio da comunidade aquele indivíduo que não havia se arrependido (a julgar pelo que Paulo diz), ou que não queria corrigir-se. A atitude da igreja deveria ser excluir este membro contumaz. Paulo está angustiado pelo fato da igreja não tomar esta atitude para zelar pela vida e pela pureza da igreja, pelo  nome de Cristo e pelo próprio pecador. Ao contrário, a igreja estava ensoberbecida, envaidecida possivelmente por causa dos dons espirituais. Os membros estavam orgulhosos de constituirem uma igreja “carismática”, ou quem sabe, uma igreja que amava a todos do modo que eram e de como agiam. Uma coisa é certa: Paulo entendia que a atitude da igreja não estava correta. Ao invés de lamentar e chorar pelo fato de um membro está sofrendo, e quando isso acontece, todos sofrem com ele, Paulo pensa na igreja em termos corporativos e vê uma comunidade negligente por não lamentar-se em vista do pecado que estava no seu meio. Ela assume uma postura oposta “festiva”, com um culto alegre, enquanto ninguém estava se preocupando com o problema. Paulo estava angustiado por ver um membro vivendo em pecado e por constatar uma igreja tolerante que convivia com o problema sem nenhuma dificuldade.

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              III.   AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA  

1.  A disciplina como modo de correção   -  É comum confundir o significado do verdadeiro amor. Muitos imaginam que o amor seja apenas um sentimento que mexe com as emoções, e assim acreditam que o amor simplesmente acontece. É comum, também, as pessoas pensarem que o amor sempre procura agradar às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente.  às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente. É normal querer o apoio e a aprovação dos outros, mas as pessoas que nos amam oferecem a repreensão quando erramos. As pessoas que falam as palavras agradáveis que queremos ouvir, mesmo quando estamos errados, podem manter amizade conosco, mas não demonstram o amor. Um homem sábio disse: “Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato” (Eclesiastes 7:5). O livro de Provérbios fala, muitas vezes, sobre a importância da correção e disciplina. Considere algumas das palavras sábias deste livro escrito 3.000 anos atrás:

O autor de Provérbios insiste no valor da repreensão e disciplina. “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado” (Provérbios 10:17). “Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido” (Provérbios 12:1).

Os amigos e os pais podem errar, mas a repreensão que vem de Deus sempre busca o nosso bem, e erramos gravemente ao rejeitar sua palavra: “Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão” (Provérbios 3:11). O autor de Hebreus reforça esta instrução: “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hebreus 12:6). Outro autor no Novo Testamento nos lembra do amor que leva à correção. Tiago fala sobre o perigo real de um cristão se desviar do caminho e pede para os outros corrigi-lo: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:19-20). Quando comparamos esta última frase com um comentário de Pedro, percebemos mais uma vez que é o amor agindo nesta correção do pecador. Pedro disse: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8). O amor intenso nos leva a corrigir as pessoas que amamos!

Apesar de tanta ênfase na importância de disciplina e correção, Deus não obriga ninguém a seguir o conselho sábio que ele oferece. Mas não nos enganemos! Cada um arcará com as consequências das suas próprias reações às palavras de repreensão: “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento” (Provérbios 15:32).

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Provérbios 27:5).


2.   A disciplina como forma de restauração   -  Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a disciplina é uma das marcas da verdadeira igreja, juntamente com a pregação da Palavra e a ministração dos sacramentos (batismo e ceia). O pecado não tratado produz tristeza. No seu comentário sobre esse trecho, o Pr. Hernandes Dias Lopes diz que “a igreja deveria chorar pelo pecado como nós choramos no funeral de um ente querido”.  A igreja é um corpo, quando um peca, todos são afetados, por isso é necessário disciplinar o irmão faltoso. No versículo 6, Paulo diz que a punição foi suficiente, porque o irmão se arrependeu. No versículo 7 Paulo pede a restauração daquele irmão faltoso, que era seu opositor. Esse opositor tinha causado tristeza em Paulo, mas Paulo estava preocupado com ele.

O alvo da disciplina não é destruir a pessoa, mas, sobretudo, restaurá-la (perdão, aceitação e conforto). Todos pecam e graças a Deus pelo arrependimento.

Em seguida, no versículo 8, Paulo confirma junto ao irmão que a igreja o ama. Isso tira a ideia de superioridade porque todos pecam e qualquer um poderia ter cometido o mesmo pecado desse irmão faltoso.

Já no versículo 9, a carta pesada provou que o povo era obediente. O alvo tinha sido alcançado e não era necessário esmagar o irmão faltoso. Paulo foi o mais atingido e perdoou, ele se antecipa em perdoar mesmo sem o irmão ter pedido perdão (versículo 10). A confissão é importante; confessar a pessoa ofendida, mas isso não é condição sine qua non para o outro perdoar (devemos ter sempre a disposição para perdoar).


3.   A disciplina como modo de exclusão   -   Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer:

“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. EXPULSAI, pois, de entre vós o malfeitor.” (1Co 5.9-13)

Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados.                   Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt 3.10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses:

“Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão.” (2 Ts 3.14,15)

Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos.

Exclusão. No final do versículo 17 Jesus diz “…se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8, devem levar o faltoso à exclusão da igreja visível. Ele (ou ela) deve ser considerado como um descrente (“gentio”) e deve ser cortado da comunhão pessoal da mesma forma como os coletores de impostos (“publicanos”) eram desprezados pelos judeus. Somente evidências de arrependimento e conversão real poderão restaurar essa comunhão cortada pela disciplina. Com essa exclusão vão-se também os privilégios de membro, como a participação na Santa Ceia, e os demais. Jesus demonstra a necessidade de respaldar essa drástica atitude na sua própria autoridade e na do Pai. Isso ele faz nos vs. 18-19, mostrando o seu acompanhamento e o do Pai, nas questões da igreja que envolvem a preservação de sua pureza. Ele fecha essas instruções com a promessa de sua presença na congregação do povo de Deus (v. 20). Essas são palavras de grande encorajamento para que a igreja não negligencie a aplicação do processo de disciplina em todos esses passos.







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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

Comentários bíblico de Hebreus, William Barclay - Ed. Vida Nova

https://ebdnatv.blogspot.com/2024/02/escrita-licao-8-cpad-disciplina-na.html

https://oitavaigreja.com.br/a-importancia-da-disciplina-na-igreja/

https://estudosdabiblia.net/d77.htm

https://portuguese.thirdmill.org/84988~9_18_01_3-36-43_PM~Corinto.html

http://meuslivros.com/livros/disciplina-biblica/#:~:text=A%20disciplina%2C%20quando%20feita%20de,e%20restaura%C3%A7%C3%A3o%20para%20o%20faltoso%E2%80%9D.

https://www.seminariojmc.br/index.php/2018/01/15/disciplina-na-igreja/




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sábado, 10 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 07 - O MINISTÉRIO DA IGREJA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                TEXTO ÁUREO 

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores." (Ef 4.11)


              VERDADE PRÁTICA 

Os dons ministeriais foram dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus membros.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Efésios 4. 11-16



                        INTRODUÇÃO 

Neste capítulo, estudaremos sobre o Ministério da Igreja. Faremos isso, em um primeiro momento, analisando a doutrina do sacerdócio universal de todos os crentes por acreditarmos que, além de ser um dos pilares da Reforma do século XVI, é uma doutrina genuinamente bíblica (1 Pe 2.9). Mostraremos que, no contexto neotestamentário, embora houvesse hierarquia ministerial, não havia uma distância abissal entre leigos e clérigos. Num segundo momento, faremos uma análise da estrutura ministerial tal como aparece nas páginas do Novo Testamento. Devemos destacar que a doutrina do sacerdócio universal de todos os crentes é uma das doutrinas mais belas do Novo Testamento. Essa doutrina é nitidamente mostrada na Bíblia (1 Pe 2.9; Ap 1.5,6; 5.10). Sem exceção, todo crente agora é um sacerdote, podendo exercer com eficácia, por exemplo, o ministério de intercessão (Hb 10.19-22). 



                I.   O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

1.   O Sacerdócio no Antigo Testamento    -   Sucintamente, os teólogos esboçam a doutrina do sacerdócio (hb. koheri) bíblico nas páginas do AT da seguinte forma: (1) no início, levando-se em conta a necessidade de oferecer-se sacrifício, os homens eram os seus próprios sacerdotes (Gn 4.3 e Jó 1.5); (2) na era patriarcal, o sacerdócio era exercido pelo chefe da família (Gn 8.20; 12.8; Jó 1.5); (3) de certo modo, todo Israel era sacerdote do Senhor para outras nações (Ex 19.6); (4) e, no Monte Sinai, o Senhor limitou o sacerdócio a Arão e à tribo de Levi (Ex 28.1; 40.1-15). Dessa forma, J. Barton Payne (1922-1979), professor de Antigo Testamento, observa oportunamente que "os sacerdotes do AT eram tipos de Cristo (Eíb 8.1), que operou a derradeira propiciação pelos pecados do povo" e que "a Igreja do NT apresenta um sacerdócio universal dos crentes (1 Pe 2.5; Ap 5.10; Jr 31.34)"? E importante, portanto, compreendermos a função sacerdotal nas páginas do Antigo Testamento e como ela formata-se ao Novo.

2.  Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento  -   Se o sacerdote era no Velho Concerto um ministro das coisas sagradas (sacrifício de animais, intercessão pelo povo, consulta a Deus e ensino da Lei), por outro lado, dentro do Novo Concerto, os sacerdotes, entre outras coisas, devem: oferecer o seu próprio corpo em sacrifício vivo (Rm 12.1-2).  Esses fatos revelam-nos a grande importância que essa doutrina tem hoje para os crentes. Em todos eles, o cristão é o agente ativo da ação. Mas é bom lembrar aqui que, infelizmente, nem todos os crentes ainda tiveram o correto discernimento da magnitude dessa verdade. Uma das principais funções sacerdotais, a de intercessor, tem sido negligenciada. Permita ilustrar o que quero dizer citando duas passagens do Novo Testamento.   A primeira encontra-se em Lucas 1.8,9. A segunda, em Apocalipse 5.8-10. Temos nessas passagens o exercício do sacerdócio cobrindo as duas alianças. Na primeira, temos um homem escolhido, Zacarias, para oficiar como sacerdote. Embora vivesse no limiar no Novo Concerto, ele ainda pertencia ao Antigo. Na segunda, temos todos os crentes, sem distinção alguma, exercendo a função sacerdotal. Há, contudo, uma prática que é comum no desempenho da função sacerdotal revelada nessas passagens: a queima do incenso. Tanto os sacerdotes da Velha Aliança como os da Nova queimavam incenso. O texto é claro em dizer que o sacerdote Zacarias entrou no santuário para queimar incenso (Lc 1.9) e que, hoje, o incenso são as orações dos santos (Ap 5.8). Se somos sacerdotes — como, de fato, o somos —, então estamos exercendo nossa função, isto é, "queimando o incenso"? Infelizmente, há muitos sacerdotes hoje que não queimam mais incenso! Você já queimou incenso hoje? "Suba à tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina" (SI 141.2, ARA).  

3.  Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante   -   O catolicismo é um exemplo vivo disso. Dentro dessa comunidade religiosa, o exercício do sacerdócio é tirado do leigo e posto numa classe especialmente escolhida para isso, que são os padres. Convém destacar que o Papa, também denominado de “Santo Padre", está no topo da hierarquia sacerdotal católica. Somente aos padres cabe a função de intercessor. Dessa forma, a função sacerdotal de intercessor, que cabia a todo cristão (1 Pe 2.9), foi elitizada — aqui na Terra, pelos clérigos católicos, e no Céu, pelos "santos". Essa crença, por exemplo, está na base da "confissão auricular", na qual um fiel confessa-se com um clérigo. Evidentemente, essa prática é diametralmente oposta ao ensino bíblico que diz que qualquer cristão pode confessar as suas falhas diretamente a Deus (1 Jo 1.9) e a qualquer outro cristão (Tg 5.16). Posteriormente, outros segmentos religiosos, como, por exemplo, o mormonismo, concentraram em torno de si a função sacerdotal. Somente os seus membros, segundo apregoam os seus adeptos, são os verdadeiros detentores das chaves do sacerdócio. É oportuno pontuar aqui que o resgate do sacerdócio universal dos crentes, sejam eles leigos, sejam clérigos, tal qual se encontra nas páginas neotestamentárias foi uma conquista da Reforma Luterana do século XVI. Em uma das suas 95 teses afixadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg em 1 de outubro de 1517, Martinho Lutero dizia: "Qualquer cristão verdadeiro participa dos benefícios de Cristo e da Igreja".1 A Reforma apregoava um retorno radical às Escrituras,  como bem definiu o seu lema Sola Scriptura (somente a Escritura). São nas páginas das Escrituras Sagradas que podemos ver a magnitude dessa doutrina.

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                    II.   A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO

1.   O ministério quíntuplo   -    Na carta aos Efésios, o apóstolo Paulo relaciona o que comumente já se denominou de dons quíntuplos: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. São os chamados dons ministeriais. E interessante observar que a ênfase dada a esses dons está na função que e  desempenham na igreja de Cristo. Dessa forma, esses dons foram postos para a "edificação do corpo de Cristo". O alvo é que a igreja alcance crescimento e maturidade. Em nenhum momento, esses dons aparecem como um ofício destituído de função. Em outras palavras, não são vistos como meros cargos eclesiásticos, mas como dons de Deus que são reconhecidos pela capacitação divina que os acompanham. Nesse aspecto, não estão relacionados a status eclesiásticos, mas ao serviço cristão. Na verdade, no contexto bíblico, observamos que é a unção, isto é, a capacitação dada por Deus, que determina o ofício, e não o contrário. Possivelmente, uma das grandes tragédias do ministério hoje está no fato de termos tantos obreiros exercendo algum ofício ministerial para os quais não foram chamados, nem capacitados por Deus para tal. Possuem o ofício, mas não a unção para exercer o ofício.  

Em 1934, foi lançado na Suécia o livro Despertamento Apostólico no Brasil. O livro examina as primeiras décadas do pentecostalismo na América Latina, com especial destaque para os missionários suecos Gunnar Vingren (1879-1933) e Daniel Berg (1884-1963). A obra desses primeiros missionários é retratada nesse livro como sendo de natureza apostólica. Contudo, nenhum desses missionários via-se como apóstolo e nem reivindicou isso para si. Eles simplesmente se viam como servos de Deus que haviam sido capacitados para a obra missionária. Todavia, a literatura, devido à natureza missional dos seus trabalhos, viam-nos como verdadeiros apóstolos. Sven Lidman (1882-1960), literato sueco e pioneiro do pentecostalismo escandinavo, ao referir-se a Gunnar Vingren, escreveu: A lembrança do irmão Gunnar Vingren tomou-se muito vivida em meu coração [...] numa semana de estudo bíblico em Kõlingared, em 1921, quando pela primeira vez estive junto com um grupo maior de amigos pentecostais e participei de uma série de reuniões. Lá conheci um missionário que era do Brasil e se chamava Gunnar Vingren. Não posso dizer o quão tremendamente ele conquistou meu coração. Tive a sensação de que aqui em Kõlingared, em 1921, encontrei um apóstolo do Senhor como aqueles sobre os quais lemos nos Atos dos Apóstolos. E impossível descrever com que alegria e gratidão ouvi a muita sabedoria e experiência que ele obteve da obra de Deus, tanto nos corações humanos como no campo missionário. Outro exemplo vem da obra do historiador José Reis, que se refere ao trabalho de evangelização de Eurico Nelson na bacia do Amazonas como também sendo de natureza apostólica. Reis escreveu em 1945 uma biografia desse missionário, intitulada Eurico Nelson: o apóstolo da Amazônia. Nelson, assim como outros missionários do seu tempo, nunca se viram com apóstolos; entretanto, é inegável que o que fizeram levou-os a serem avaliados dessa forma. Evidentemente que o termo apóstolo usado tanto em relação a Gunnar Vingren como em relação a Eurico Nelson refere-se à função que esses homens exerceram, e não a um ofício apostólico que desempenharam.

2.   O serviço de diáconos e presbíteros    1. O fundamento - "fiel é a palavra", isto é, digna de ser recebida (1 Tm 3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt 3.8). Essa frase tem a ver com as doutrinas vitais da fé cristã. A vocação ministerial está na categoria das doutrinas vitais do Novo Testamento. Todo ministério bem-sucedido tem como fundamentação a Palavra de Deus. Dietrich Bonhoffer dizia que "a palavra de Deus não necessita de enfeites".                     2. O propósito - "aspira ao episcopado" e tem a ver com aspiração e vocação. O termo grego significa "esticar-se", "estender a mão". A palavra grega oregetai refere-se ao desejo externo. Alguém que se esforça para alcançar algo. Já a palavra grega epithymei refere-se ao desejo interno, uma paixão forte. Essas duas palavras ilustram o tipo de homem que pode exercer o ministério, aquele que busca com dinamismo porque está motivado por um desejo forte no seu interior. Como dizia Charles Spurgeon: "Se você puder fazer outra coisa, faça, mas se não, então abrace o ministério"                  3. A função - episkope, episkopeo, significa "dar atenção a", "prover". Também significa "inspeção", "visitação", "cargo de supervisão". A. T. Robertson diz que a palavra episkope refere-se a "condição de supervisor" como em Atos 1.20.                   4. A padronização - "dei", "é necessário". Tem a ver com o dever, custo, preço. Paulo, em primeiro lugar, fala da relevância do ministério e aqui mostra o que é necessário para alguém exercê-lo. Nos dizeres de Ed Murphy: "Se não podes viver a altura das normas e exigências do ministério, sai dele. Esse não é o teu lugar".     

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                    III.   AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO

1.   Qualificações de natureza moral   -   Aqui Paulo lista as qualidades que um ministro precisa possuir: (1) Irrepreensível (gr. Anepilemptos). "Que não pode ser preso como delinquente". Sem acusação válida. Anenkletos - Não se refere a perfeição livre de pecado, mas a uma vida pessoal que está acima de qualquer acusação legítima e de todo escândalo público.               (2) Marido de uma só mulher (gr. Mias gynaikos aner). "Homem de uma única mulher".               (3) Temperante (gr. Nephalios). "Sóbrio, de mente limpa, equilibrado". Os líderes sempre devem estar com a capacidade de pensar com clareza.                (4) Sóbrio (gr. Saphron). Autocontrolado, moderado, prudente e sensato. John MacArthur diz que "um homem prudente é disciplinado, sabe ordenar as suas prioridades e é sério em assuntos espirituais".                   (5) Modesto (gr. Kósmios). Ordeiro ou de boa conduta, decente ou honrado. Se não podem ordenar a própria vida, como porão ordem na igreja de Deus?                    (6) Hospitaleiro (gr. Philoksenos). O termo grego é um composto de duas palavras que significa literalmente "amar os estranhos".                      (7) Apto para ensinar (gr. Didaktikos). Capaz de ensinar, habilidoso ou apto para ensinar. Significa "qualificação e disposição para ensinar". Essa palavra no original só aparece aqui e em 2 Timóteo 2.24. John MacArthur observa que essa "é a única qualificação que se relaciona com os talentos e dons espirituais de um presbítero, e a única que distingue um presbítero de um diácono". A pregação e o ensino da Palavra de Deus é o dever principal do supervisor, pastor e presbítero (1 Tm 4.6,11,13; 5.17; 2 Tm 2.15,24; Tt 2.1).   

2.   Qualificações de natureza social    Um obreiro Fiel 

 Segundo o dicionário etimólogico, a palavra fidelidade origina-se do latim fidelitas pelo latim vulgar fidelitate, que é o atributo ou a qualidade de quem é ou do que é fiel (do latim fidelis) para significar quem ou o que conserva, mantém ou preserva suas características originais ou quem ou o que se mantém fiel à referência.  A pessoa fiel é aquela que cumpre com as suas promessas e que continua a ser leal mesmo com o passar do tempo e apesar das várias e eventuais circunstâncias.  

- Um obreiro Hospitaleiro

 É o ato de hospedar, ou seja, receber e cuidar de alguém que pertença a um ambiente diferente

I Pedro 4.9,10 Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação

Hebreus 13.2 não esqueçais da hospitalidade por ela alguns sem saber hospedaram anjos.

Romanos 12.13 Acudir aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade.

Um obreiro Humilde 

Humildade vem do latim humilitas, e é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.

 Mateus 11.29 Jesus Disse: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.

Tiago 4.6 Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.

Provérbios 15.33 O temor do senhor é a instrução da sabedoria, e diante da honra vai a humildade.

Filipenses 2.3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Mateus 23.12 Aos escribas e fariseus disse Jesus: e o que   a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.

Quatro coisas que os Fariseus e Saduceus buscavam: os primeiros lugares na ceia, as primeiras cadeiras na sinagoga, aplausos na praça e ser chamados de mestres.

3.   Qualificações para o ministério    -   As últimas cartas que Paulo escreveu foram as “pastorais”. Escreveu-as para seus amigos e cooperadores, Timóteo, que mandara pastorear a igreja em Éfeso (1 Tm 1.3) e Tito, em Creta (Tt 1.5). Contém conselhos, a serem seguidos por nós hoje também (1 Tm 3.14-15). Paulo estava encarcerado em Roma, quando escreveu 2o Timóteo (2 Tm 1.8, 16-17, 2.9).

O problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta era as falsas doutrinas. Surgiram falsos mestres ensinando uma mistura de doutrinas e práticas judaicas e pagãs: proibição do casamento, abstinência de alimentos (1 Tm 4.3), alguns afirmavam que a ressurreição já se realizou (2 Tm 2.18) e ensinos de demônios (1 Tm 4.1). Havia, ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas (Tt 2.9-11).

Para combater as falsas doutrinas, Paulo recomenda a nomeação de oficiais qualificados, em cada igreja (Tt 1.5). É importante que o oficial nomeado seja irrepreensível (1 Tm 3.1-13, Tt 1.5-9).

No combate contra as heresias, Paulo reafirma as verdades centrais do cristianismo:

salvação pela graça, através da fé em Cristo;

vida santificada, livre do pecado;

o juízo de Deus, etc. É a chamada “sã doutrina” (1 Tm 1.15, 2.5, 2 Tm 2.11,12, Tt 2.-11-14, 3.3-8). E esta sã doutrina deve ser ensinada para o povo (2 Tm 2.2, 3.25, Tt 2.1).

O objetivo da repreensão cristã: 1 Tm 1.5

Veja as qualificações de um oficial da igreja em Tt 1.5-9.

A carta de Tito contém exortações práticas sobre serviço a patrões e senhores: Tt 2.9-10, aos jovens: Tt 2.6, ao serviço de misericórdia cristã: Tt 3.14.

2 Tm 1.6-14 é uma excelente passagem para os desanimados na fé.

2 Tm 3.16-17 expõe as virtudes das Escrituras Sagradas.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://issuu.com/seminariobatistalivre4/docs/doutrina_da_igreja_-_b_sico_em_teologia_sbl_-_m_du/s/16740899

https://www.ebdonline.com.br/1e2timoteo_e_tito.htm



Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube