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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

LIÇÃO 05 - A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II




                        TEXTO ÁUREO  

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." (At 2.42)


             
   
    VERDADE PRÁTICA  

Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discipula, testemunha das insondáveis riquezas de Cristo.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mc 16. 14-20; At 2. 42-47


                                             INTRODUÇÃO                   

A missão da Igreja de Cristo está centrada na poderosa mensagem da cruz e é expressa na Grande Comissão de Mateus 28.19. Essa comissão transcende fronteiras e chama a igreja a proclamar ativamente a redenção de Cristo a todas as nações.    Além da proclamação, a igreja é desafiada a se tornar uma comunidade adoradora de comunhão, dedicando-se à adoração genuína e fortalecendo laços fraternos. A missão da igreja não se limita ao âmbito espiritual, estendendo-se à ação social e à relevância na sociedade.   Assim, a Igreja de Cristo cumpre sua vocação quando, iluminada pelo Evangelho, proclama, adora, comunica e age, impactando o mundo com a mensagem transformadora da cruz.


                    I.  PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO 

1.   Proclamando as Boas-Novas   -   A igreja cumpre a sua missão somente quando tem consciência de que serve a um Cristo vivo. Nesse aspecto, é bom recordarmos que os discípulos ainda tinham na memória um Cristo morto:"[...] lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado" (Mc 16.14). A igreja não cumprirá o seu papel na Grande Comissão com um Cristo morto. Esse fato pode ser visto a partir do encontro que Jesus teve com dois dos seus discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). Como os discípulos citados por Marcos, Lucas também mostra que os dois discípulos do caminho de Emaús ainda continuavam com um Cristo morto nas suas memórias. Tudo o que eles pensavam e faziam tomavam por base o fato de que Jesus ainda continuava sem vida.  

2.   O objeto da pregação   -   A mensagem da cruz é o próprio Evangelho em sua plenitude. Isso significa que a palavra da cruz é a revelação de Deus centrada na obra de Cristo, isto é, na encarnação e crucificação de Cristo.    A mensagem da cruz fala unicamente de Cristo. Na mensagem da cruz não há espaço para qualquer habilidade ou realização humana. A mensagem da cruz não se fundamenta na capacidade da racionalidade e sabedoria humana, mas exclusivamente no propósito eterno de Deus.   A mensagem da cruz não é aprazível ao paladar humano. A mensagem da cruz não é uma palavra de autoajuda, ao contrário, quando a mensagem da cruz é pregada de forma plena ela é motivo de ofensa. Sim! A mensagem da cruz ofende o pecador! Ela expõe a miséria do homem e sua total incapacidade de salvar-se a si mesmo. Ela escandaliza alguns, e não faz sentido a outros (1 Coríntios 1:22).    Mas de acordo com a Palavra de Deus, a mensagem da cruz causa dois tipos de reação nos homens: há os que se perdem ao desprezá-la e enxergá-la como loucura; e há os que são salvos ao enxergá-la como sabedoria e poder de Deus para a salvação.

3.   Discipulando os convertidos   -  Bem, vejo que o discipulado é, de longe, a ferramenta mais importante para preparar os crentes para influenciar positivamente este mundo. Não existe outra maneira da Igreja crescer, em quantidade e com qualidade, se não for através do Discipulado. É no discipulado que os novos convertidos são orientados para enfrentarem os desafios do presente século e é onde são treinados para o serviço do Mestre.               O Discipulado é extremamente importante para a Igreja hoje. Só através do trabalho do Discipulado é que a Igreja poderá vencer os desafios que nos são apresentados na atualidade.     “A decisão é 5%; o seguimento é 95%” (Billy Graham).

Além da vitória sobre todos os desafios elencados no ponto anterior, existem outros benefícios para a Igreja no Discipular[iv]:

a)   Discipular é uma das maneiras mais estratégicas de se ter um ministério pessoal ilimitado.
Pode ser feito em qualquer tempo e lugar, para qualquer pessoa ou grupo.

b)   Discipular é o mais flexível dos ministérios.
O discipulado é um trabalho com diretrizes, mas de aplicação extremamente flexível.

c)   Discipular é a maneira mais rápida e segura de mobilizar todo o corpo de Cristo para evangelizar.
Discipulado se torna tanto o resultado da evangelização, quanto uma forma de realizar a evangelização.

d)   Discipular tem um potencial de mais longo alcance para produzir frutos do que qualquer outro ministério.
“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8.31).

e)   Discipular propicia à igreja local excelentes líderes.
Líderes maduros, centralizados em Cristo e orientados pela Palavra.

f)   Discipular é um antídoto contra as heresias.

g)   Discipular acelera o crescimento espiritual de quem discipula e de quem é discipulado.


PARA REFLETIR:

“Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus, porque se estribaram no fato de Deus estar com eles”. (Hudson Taylor)
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                    II.   ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO 

1.  Uma comunidade adoradora   -  O sentido de adoração é representado por várias palavras hebraicas e gregas no Antigo e Novo Testamentos, respectivamente. Isso significa que o vocábulo bíblico referente à adoração é realmente muito amplo. Mas de forma geral, o conceito essencial sobre adoração na Bíblia expressa as ideias de “serviço” e “reverência”.    No Antigo Testamento, os termos hebraicos ‘abad, “servir”, “trabalhar”; e shaha, que significa “curvar-se”, “prostrar-se”, são os mais frequentemente utilizados. Já no Novo Testamento, a prática da adoração é referida principalmente pelos termos gregos proskyneo, “prostrar-se”, “inclinar-se”; latreuo, “prestar serviço”; e sebomai e seus cognatos, significando “reverenciar”, “ficar admirado”.    Quando aplicados à adoração a Deus, esses termos expressam a atitude de profundo temor, reverência, admiração, veneração e devoção dos servos de Deus à luz da compreensão de Sua grandeza e das maravilhas de Suas obras. O entendimento desse significado é importante para uma correta definição da adoração a Deus.     

A importância da adoração

Jamais um cristão deve negligenciar a importância vital da verdadeira adoração a Deus em sua vida. O reformador João Calvino está absolutamente certo quando diz que, incontestavelmente, o primeiro fundamento da justiça é a adoração a Deus.                           Mas a adoração a Deus não é meramente um combinado de gestos e posturas; não é a entoação de belas músicas ou a declamação de palavras bonitas e frases de efeito. A verdadeira adoração a Deus é um serviço que envolve a pessoa do adorador por completo, em todo seu ser, o tempo todo, e não apenas nas manhãs e noites de domingo.                        Uma adoração marcada simplesmente por externalidades é inútil diante de Deus (Mateus 15:8,9). Mas o Senhor Jesus ensina que os verdadeiros adoradores são aqueles que adoram o Pai em espírito e em verdade (João 4:23,24).                                 Como bons mordomos da adoração ao Senhor, devemos entender que não há adoração a Deus sem reverência pela santidade de Seu Nome; sem admiração pela grandeza de Seus atributos; sem alegria pelas maravilhas de Suas obras; sem humildade e confissão de pecados diante de Sua justiça; e sem gratidão diante de Seu extraordinário amor misericordioso manifestado em sua indescritível graça revelada na pessoa de Jesus Cristo.                          Praticamos a boa adoração quando, em nome de Cristo, rendemos a Deus o nosso culto racional à luz da compreensão de seus atos redentores. Esse tipo de adoração busca destacar mais e mais a supremacia de Deus, reconhecendo Seu valor sobre todas as coisas. Como diz John Piper, a verdadeira adoração é a resposta do coração à compreensão da mente quando ela entende e valoriza Deus corretamente.

2.   Uma comunidade edificadora   -  Falar em edificação é falar em algo concreto. Edificar é construir, ninguém constrói aleatoriamente sem um projeto. Quando construímos temos um projeto e seguimos este projeto, pois quando isto não é feito a casa construída pode ruir, pois a edificação não foi feita segundo as normas.  Mas quando edificamos com uma planta com fundamentos certos e corretos a edificação é forte e não ruirá por mais que bata o vento e os temporais.    Quero trazer isto para a nossa vida espiritual: em qual fundamento estamos edificados? Em um fundamento e alicerce mal construído ou em um alicerce que pode suportar os vendavais e temporais da vida? O nosso fundamento, o nosso modelo de edificação deve ser é o modelo deixado por Jesus Cristo e pelos apóstolos, não somos firmados em qualquer norma modificada falsificada, mas em normas instituídas por Deus, praticada por Jesus, pelos profetas e pelos apóstolos. Mas o que é estar edificado sobre o fundamento de Cristo e dos apóstolos,na qual Cristo é a nossa pedra fundamental?    

Em Efésios, Paulo nos diz: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito”.

Como posso estar bem edificado e ser modelo de Jesus Cristo? Falamos que para a nossa casa seja bem edificada e com fundamento, temos que ser o modelo de Jesus e aplicar tudo aquilo que os profetas falaram e fazer o que faziam os Apóstolos.

1) Como ser modelo de Jesus?

a) Ser o modelo de Jesus é difícil, pois quando as situações difíceis se apresentam nos esquecemos de como ele agiria naquela situação. Jesus era caluniado e não revidava, Jesus era humilde, Jesus não fazia acepções de pessoas, comia e andava com pecadores, entendia cada ser humano da forma que ele era e se apresentava.

b) Jesus exortava, mas não criticava. Cuidava das coisas do Pai com determinação e muito cuidado, por isso as vezes foi enérgico em algumas situações( Expulsou os mercadores do templo).

c) Era o salvador, mas não se gloriou nele mesmo. Ser o modelo de Cristo, ser seu imitador é alcançar o máximo da nossa caminhada espiritual nesta terra, pois sendo filho de Deus portou-se como um ser humano sem pecado, sofreu todas as afrontas, sempre mostrando que as batalhas são vencidas pela humildade, foi ridicularizado, espancado e morto, mas ficou firme até o fim.

Será que temos sido o modelo de Jesus? Temos de longe pelo menos tentando ser seu modelo?
I Coríntios 11:1- Paulo nos diz: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”.
Filipenses 2:5 – “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.

d) Você imita Jesus ? Você sente o que Cristo sentia?
Se não temos imitado Cristo e nem tido o seu sentimento, que era o sentimento de amor ao próximo, amor pela humanidade, não estamos edificados firmemente na rocha, para que o nosso alicerce o nosso fundamento seja edificado na rocha que é Cristo, temos que ser muito melhor a cada dia, e este crescimento diário tem um nome santificação. Não devemos ser somente o modelo de Jesus, mas ter o caráter dele.

Gálatas 3:27: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”.               Revestir-se de Cristo é estar fazendo as obras que ele fazia. Quando nos batizamos, fizemos um compromisso de viver segundo o novo concerto que é seguir as pisadas de Cristo.

Revestir-se de Cristo é uma batalha grande. Temos que nos despir de toda couraça mundana que nos permeia e muitas vezes nos sufoca. Devemos esquecer este mundo secular, e nos voltarmos para o mundo espiritual, a Jesus Cristo, autor e consumador de todas as coisas.

e) Jesus é a luz do mundo. Você tem sido luz onde passa? Tem dado testemunho do amor de Deus e de tudo que ela faz por você. Jesus Cristo testemunhava e testificava em todos os momentos do Pai.

João 12:46: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim, não permaneça em trevas.”

Romanos 8:1: “Portanto, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”.               Portanto, a nossa luz só pode vir com a nossa ligação verdadeira com Jesus. E esta ligação verdadeira com Jesus só podemos ter se estivermos espirituais. Você tem sido espiritual?

f) Portanto, aquele que crê em Jesus, pratica as obras de Jesus assemelhando–se a ele, na mansidão, na fé e no amor( Tiago 2:5),na paciência, na humildade (Mateus 5:10), na perseverança (Lucas 9:62), no sofrimento ( Atos 14:22 II Tessalonicenses 1:5 ), aqueles que tais coisas praticam podem ficar convictos de que a sua caminhada espiritual terá um crescimento certo.

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                    III.   COMUNHÃO  E SOCIALIZAÇÃO

1.   A fé na esfera fraternal   -   O reverendo Hernandes Dias Lopes apresenta cinco argumento para que pastores, lideres e membros voltem a nutrir a comunhão uns com os outros.

PRIMEIRO ponto que Dias Lopes apresenta é: “a comunhão entre os irmãos é atraente”, ele cita um Salmo para explicar. (Sl 133.1). “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”. Segundo o pastor,  o autor exclama, em êxtase arrebatador, ao contemplar a união entre os irmãos. A união fraternal é boa e, também, agradável. Faz bem à alma e torna a vida mais leve. O reverendo também relembra que “A comunhão entre os irmãos não abençoa apenas quem dela desfruta, mas também, reverbera para além dos muros e abençoa aqueles que de longe a contempla. A igreja de Jerusalém tinha tudo em comum. Os irmãos se reuniam diariamente no templo e, também, de casa. Perseveravam na comunhão e no partir do pão. Por isso, contavam com a simpatia de todo o povo”, destaca.                       Em SEGUNDO lugar, a comunhão entre os irmãos é como medicina para os relacionamentos (Sl 133.2). “É como o óleo precioso…”. De acordo Dias Lopes, o óleo tinha três finalidades nos tempos bíblicos: era cosmético, remédio e símbolo da unção do Espírito Santo.    “A união entre os irmãos é como o óleo, que embeleza vida, cura as feridas e traz a bênção do Espírito Santo sobre os relacionamentos. Onde há união entre os irmãos aí há terapia para a alma, cura as emoções, ânimo para o enfrentamento das dificuldades e força para caminhar. Onde há comunhão, aí o Espírito de Deus fortalece os laços e a caminhada se torna vitoriosa”, explica o pastor.                                TERCEIRO argumento é que, a comunhão entre os irmãos é restauradora (Sl 133.3a). “É como o orvalho…”. Hernandes Dias Lopes explica a simbologia do orvalho. De acordo  com ele, o orvalho é um símbolo da própria presença de Deus entre o seu povo (Os 14.5). Assim como o orvalho cai para restaurar a relva castigada pelo calor inclemente do sol, sem o alarde dos relâmpagos e trovões, de igual modo, a união entre os irmãos, mesmo de forma discreta, traz restauração para os relacionamentos.   “Assim como o orvalho é frequente, assim também a união deve ser duradoura e jamais claudicar em sua ação em favor uns dos outros. Assim como o orvalho traz novo frescor a cada manhã, a união entre os irmãos remoça os relacionamentos e traz bênçãos para toda a família da fé”, diz.                      Em QUARTO lugar, a comunhão entre os irmãos atinge os de perto e os de longe (Sl 133.3a). “… o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião…”. O Hermom é o monte mais alto de Israel. Fica no extremo norte do país. Seu cume é sempre coberto de gelo. Os ventos gelados que sopram na cumeeira dessa montanha levam uma brisa refrescante para os montes de Jerusalém, há mais de cento e cinquenta quilômetros ao sul.  “A comunhão entre os irmãos é como essa brisa refrescante que leva vida por onde passa, atingindo pessoas de perto e de longe. A comunhão entre os irmãos é abençoadora e sua influência reverbera até em lugares distantes”, frisa.                           E por último, em QUINTO lugar, a comunhão entre os irmãos abre o caminho para a salvação de Deus (Sl 133.3b). “… ali ordena o Senhor a sua vida…”.  O pastor destaca a importância de estender a comunhão à todos, mesmo que estejam distantes.  “A vida de Deus é a própria realidade de salvação. Onde a vida de Deus está presente, aí há salvação. Uma igreja onde os irmãos vivem em união, aí há conversões genuínas e abundantes. A comunhão é a base da evangelização. Aqueles que chegam à uma igreja, nela não permanecem se aí não há relacionamentos saudáveis”, concluir.    A comunhão uns com os outros produz unidade, e a unidade é o que aperfeiçoa diversos aspectos da vida. Cristo tem prazer na comunhão da sua igreja, e por isso atua neste contexto.

2.    Unidade e fraternidade    -    Jesus compara a unidade do Seu povo, a Igreja, com a unidade que Ele tem com o Pai: “… para que eles sejam um, assim como nós somos um”.

Isto significa que a unidade da qual Jesus está tratando em João 17 não se restringe à reciprocidade e comunhão uns com os outros. Nem tão pouco se trata de uma unidade estrutural ou organizacional e externa. Não significa também conformidade ou uniformidade – fazer todas as pessoas pensarem exatamente iguais. Não é uma questão de amizade ou fraternidade. Então, que tipo de unidade é esta? É a unidade de essência: “Esse é todo o mistério da Trindade. Há três pessoas e, contudo, unicamente um Deus. A mesma essência e, contudo, há distinções nas pessoas, mas o que faz dElas um só ser é a unidade de essência”.

A oração de Jesus por unidade do Seu povo demonstra que a unidade não é automática, mas algo que deve ser buscado e desenvolvido com empenho e esforço. Isto implica em manter a unidade na diversidade, especialmente nas divergências de opinião. Neste sentido dois pontos devem ser levados em consideração:

1) Buscar unidade fraterna e aperfeiçoamento espiritual é responsabilidade de todo cristão;

2) Não se pode, em nome da unidade, abrir mão dos princípios absolutos e inegociáveis da Palavra de Deus;

Quando Jesus declara: “Dei-lhes a glória que me deste”, ele está falando do caráter de Deus. O ponto crucial aqui é entender a unidade como uma realidade essencialmente espiritual, relacionada ao caráter de Deus e que deve ser vivida em torno da verdade de Deus! Agora, se em nossas relações estamos em desunião, produzindo fragmentação e irreconciliação, pela lógica bíblica, estamos “destituídos” desta glória que Jesus fala. Se nossas posturas cotidianas revelarem egoísmos e intransigência, estamos “longe” de ser aquilo que Jesus planejou para Sua a Igreja.                      J.C.Ryle disse que nenhum de nós deve pensar com leviandade, como alguns, às vezes, o fazem, a respeito de divisões e imaginar que a atitude de sectarismo, de partidarismo e de criar novas denominações é algo insignificante. Podemos estar certos de que estas coisas apenas servem de ajuda ao diabo e prejudicam a causa de Cristo. Ryle propõe ainda que antes de nos entregarmos à divisão, devemos suportar, ceder e agüentar muito.                   Na prática, a unidade é uma relação familiar. Numa família, os membros até podem discordar de algum ponto, porém jamais irão se livrar da relação de sangue, da essência que lhes une. Observe a partir disto a simplicidade da relação.                           Não vamos mais desperdiçar tempo e energia contendendo uns com os outros. Gastamos no tempo contendendo contra o pecado e o mal. Evitemos que os não-crentes digam: “resolvam, primeiro, as vossas divergências internas, para que eu creia no vosso Cristo”.

3.  A fé na esfera social   -   Um dos maiores pensadores da história da igreja cristã, o reformador João Calvino, diante dos graves problemas sociais que afligiam Genebra e a Europa no século XVI, tais como impostos pesados, baixos salários e jornadas extensas de trabalho, analfabetismo, ignorância, falta de assistência social por parte do Estado, embriaguez e prostituição, dizia que "a restauração inaugurada por Cristo ocorre inicialmente no seio da Igreja. É na Igreja que a ordem primitiva da sociedade, tal qual Deus havia estabelecido, tende a ser restaurada." Fundamental para entendermos o pensamento do teólogo francês nesta área é termos em mente que para ele as causas da pobreza, miséria e a opressão, bem como da perversão e da corrupção da sociedade humana, estavam enraizadas na natureza decaída do homem, que por sua vez, remonta-se à Queda no Éden. No processo de restauração da sociedade, Calvino resumiu seu ensino em três aspectos fundamentais. Segundo ele, a Igreja tinha um ministério didático, um político, e um social. 

                                                        

A atenção aos menos favorecidos não é uma opção, mas uma resposta natural daqueles que compreendem e vivem os valores do Evangelho.     A igreja, como corpo de Cristo, não pode negligenciar a dimensão social da fé. O modelo bíblico de igreja não é apenas aquele que busca o crescimento espiritual interno, mas também aquele que se preocupa com os necessitados e se envolve ativamente na transformação social. A fé cristã atinge sua plenitude quando a comunhão espiritual se manifesta em ações práticas de amor, compaixão e justiça na sociedade em que está inserida.    Portanto, a igreja deve ser um farol de esperança e transformação, impactando positivamente a comunidade ao seu redor.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://estiloadoracao.com/mensagem-da-cruz/

https://discipuladojoinville.blogspot.com/2013/02/a-importancia-do-discipulado-para.html

https://irdp.com.br/pregacoes/qual-e-o-fundamento-da-sua-edificacao-voce-tem-sido-o-modelo-de-jesus-e-dos-apostolos/

https://comunhao.com.br/hernandes-dias-lopes-a-comunhao-entre-os-irmaos-e-atraente/

https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/series/serie-unidade/a-unidade-do-espirito/

https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-igreja-e-a-responsabilidade-social




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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

LIÇÃO 04 - A IGREJA E O REINO DE DEUS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"[...] O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho." (Mc 1.15)


                    VERDADE PRÁTICA

Pregar a mensagem do Reino de Deus é uma importante missão da Igreja.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MC 1. 14-17



                        INTRODUÇÃO  

O que é o Reino de Deus? O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus é eterno (Dn 2:37-44). É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, recebendo-o como Senhor e Rei. A consumação do reino ocorrerá com a vinda de Jesus Cristo em data que só Deus conhece quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus (Mt 25:31-46), Ap 11:15).     O que é Igreja? Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra igreja é empregada no maior número de vezes nos livros do novo Testamento como, por exemplo, em Mateus 18:17 e I Coríntios 4:17. Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestar culto a Deus, observar as ordenanças de Jesus, meditar nos ensinamentos da Bíblia para edificação mútua e para a propagação do evangelho (At 2:41-42). As igrejas neo testamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo (Mt 18:15-17). Há, em Atos 2:42-47, quatro marcas da igreja: 1)uma igreja que aprende – a fidelidade ao ensino dos apóstolos é a primeira marca de uma igreja autêntica e viva; 2)uma igreja que cuida – a generosidade sempre foi uma característica do povo de Deus; somos filhos do Deus generoso (At 2:44,45); 3)uma igreja que adora – a adoração da igreja era tanto alegre como reverente (At 2:46); 4)uma igreja que evangeliza – que proclama o evangelho utilizando as Escrituras como ferramenta e sendo um exemplo de vida (At 2:47).



             I.    A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1.   O Reino de Deus é universal   -  De outra forma, podemos dizer que um reino é um território onde um rei governa. É o lugar onde a autoridade de um rei é reconhecida. O Reino de Deus é onde Deus reina. O Reino de Deus está na vida de um discípulo. Proclamar o Reino de Deus é anunciar que existe um centro do Universo. E, nesse centro, está o trono de Deus. Proclamar o Senhorio de Cristo e o Reino de Deus é anunciar que existe um centro do Universo. E, nesse centro, está o trono de Deus. Ele reina. Sempre reinou. Seu reino é o de todos os séculos. Ele reina sobre tudo o que existe. Sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder. Ele é a autoridade suprema do Universo. Reina sobre os anjos, sobre os principados e potestades. Reina sobre as nações, sobre os reis, sobre todos os homens e sobre a natureza.

2.   A soberania divina e os acontecimentos do mundo   -  "Providência é o governante poder de Deus que supervisiona a sua criação e realiza os seus planos para isso.

Deus não apenas criou o universo, mas o mantém e o direciona para o cumprimento de seus propósitos. A criação e a providência pertencem juntas como dois lados da mesma moeda. Sem a criação não poderia haver providência, mas a criação dificilmente poderia se sustentar sozinha. O Deus que fez o universo também ordena e governa de acordo com sua vontade.

A Bíblia não revela explicitamente por que Deus criou o mundo, mas sabemos que nada acontece nele além de seu amor e preocupação. Isso não significa que o controle de Deus se opõe à agência da criatura. A teologia cristã geralmente reconhece que Deus criou agentes responsáveis que são livres para agir dentro de suas esferas designadas, uma liberdade que permitiu o mal, na forma de desobediência à vontade de Deus, para fazer a sua aparição na ordem criada.

Os seres humanos muitas vezes questionam a boa providência de Deus diante de desastres naturais - enchentes, terremotos, erupções vulcânicas, e assim por diante. Os cristãos reconheceram que tais eventos são de fato trágicos, mas também fazem parte do bom plano abrangente de Deus para o que ele fez.

A providência também afeta a teologia e a prática cristã, porque a nós são prometidas duas coisas em relação a ela. A primeira é que o mundo não será finalmente destruído, seja por um desastre natural ou por um desastre provocado pelo homem, mas será recriado em glória (Gên 9; Apo 22). A segunda é que tudo o que acontece opera para o bem daqueles que amam a Deus, quer possamos atualmente perceber isso como bom ou não (Rom 8:28). Não temos o privilégio de conhecer os conselhos secretos da vontade de Deus, mas podemos ter certeza de que tudo o que ele fizer redundará no final para o nosso bem, quer entendamos isso agora ou não.

Nestas formas, a doutrina da providência fortalece a garantia cristã de salvação e nos dá a fé e a esperança que precisamos para confiar nele ao longo das nossas vidas. É porque acreditamos nesta providência que podemos encontrar a força para confiar em Deus, mesmo quando as coisas vão mal para nós neste mundo. A vida cristã é uma luta espiritual, mas em Cristo sabemos que temos a vitória sobre isso e que ele nos manterá seguros até o fim”.

3.   O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja   -  É impossível ler a Bíblia e deixar de ver a centralidade de Israel no plano de redenção que Deus vem desenvolvendo desde o início da história do homem na Terra. No Velho Testamento, não havia confusão: Deus só tinha um povo, um instrumento para chegar aos seus primeiros objetivos: a produção de um livro com a sua Palavra escrita, o estabelecimento de um modelo visível de seu Reino e de sua casa e a formação de uma nação que pudesse trazer ao mundo o Messias, o Salvador de toda a humanidade. Qualquer pessoa de outra raça ou origem que quisesse servir ao único Deus verdadeiro teria que fazê-lo através do seu povo escolhido, Israel (como nos casos de Raabe e Rute).   A partir da Nova Aliança e, especificamente, do grande mensageiro de Deus aos gentios, o apóstolo Paulo, a situação mudou radicalmente. Pedro usou as chaves do Reino para abrir as portas oficialmente aos gentios, na casa de Cornélio (At 10,11), mas Paulo foi o apóstolo aos gentios (ver Gl 2.7,8) que abriu o mistério, escondido há séculos, do grande plano de redenção em que judeus e gentios, membros de um mesmo corpo, seriam co-participantes das promessas de Deus e instrumentos para a sua glória na Terra (Rm 11.25; 16.25,26; Ef 3.1-11; Cl 1.26,27; 1 Tm 3.16).   Em síntese, aconteceu justamente o que Paulo havia alertado aos gentios na igreja primitiva que não fizessem.  Na discussão mais clara a respeito de judeus e gentios em todo o Novo Testamento (Rm 11), Paulo definiu a seqüência da seguinte forma: (1) Deus iniciou seu plano com as raízes dos patriarcas e os galhos naturais da nação de Israel; (2) os galhos naturais foram cortados (depois da vinda de Jesus) por causa da incredulidade do povo judeu, dando oportunidade para que galhos “bravos” (os gentios) pudessem ser enxertados em seu lugar; (3) os gentios precisam ser humildes e incitar os judeus a ciúmes para estes quererem voltar a ser incluídos; (4) no fim, os galhos naturais serão novamente enxertados. Durante o período em que os judeus estivessem fora, Paulo advertiu: “Não te ensoberbeças, mas teme. Porque se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará” (Rm 11.20.21).

                                                                                                                                                                       


   Do ponto de vista humano, pode haver um parêntese ou hiato escatológico, mas não da perspectiva divina. Não há nenhum problema em enxergarmos um parêntese escatológico em relação ao surgimento da Igreja, como sugere o livro de Daniel, desde que isso leve em conta a onisciência e presciência divina em relação à origem da Igreja e não a diminua em importância. Não podemos minimizar o grande valor que a Igreja tem e muito menos reduzi-la a um remendo escatológico criado de última hora. Em segundo lugar, quando não se faz distinção entre Israel e Igreja, essa nação deixa de ter relevância no plano escatológico. Quando isso acontece, Israel toma-se um casulo que se esvaziou. Evidentemente, esse tipo de entendimento não tem base bíblica. De acordo com a Bíblia, o "endurecimento" de Israel é temporário e durará até que se cumpra a plenitude dos gentios (Rm 8.25). Israel tem, sim, um papel dentro do plano escatológico do Reino de Deus. A meu ver, a ideia de continuidade e descontinuidade, conforme destaca Gregg Allison,13 é muito importante para fazer-nos compreender a relação existente entre Igreja e Israel. Allison tem razão quando destaca que há teólogos dispensacionalistas que enxergam a Igreja como um elemento essencial do plano de Deus de estender a salvação a todos: tanto judeus quanto gentios [...]. Igreja e Israel fazem parte de um só povo de Deus, como retrata de modo vivido a metáfora da oliveira apresentada por Paulo (Rm 11.13-24). As dessemelhanças, porém, são relevantes o suficiente para manter a distinção entre a Igreja e Israel [...] também sustentam um futuro cumprimento das profecias do Antigo Testamento votadas para o Israel nacional, entre elas a salvação de muitos judeus e a restauração da terra a Israel. O teólogo sistemático Eurico Bergstén expôs a relação entre Israel e Igreja à luz da escatologia dispensacionalista e pré-milenista da seguinte forma: Com a rejeição de Israel começou o tempo dos gentios. Enquanto Paulo falava da rejeição dos judeus, como sendo os ramos naturais  da oliveira que foram quebrados, ele também falava dos ramos de zambujeiro que foram enxertados na oliveira, Rm. 11:17,19,22,24. Esta linguagem figurada é muito instrutiva e profunda. Primeiro, nos faz saber que Jesus, pela Sua morte redentora, derribou a parede de separação que separava judeus e gentios, Ef. 2:15-18: os gentios que antes estavam longe, agora pelo sangue de Cristo podem se aproximar do santuário, Ef. 2:13.0 caminho que leva ao Santo dos Santos foi aberto, Hb. 10:19-22. Cumpriu-se assim a profecia de Amós, que Tiago citou durante a assembléia de Jerusalém, como prova de que Deus chamou os gentios para deles tomar um povo para louvor do Seu Nome, Am. 9:11,12; At. 15:13-17; Rm. 1:5. Hoje é a Igreja que é o povo especial de Deus, Tt. 2:14: é a Igreja que se constitui em sacerdócio real, I Pd. 2:9-10, acerca da qual Pedro escrevia aos judeus dispersos, 1 Pd. 1:1. A Igreja tomou o lugar do povo rejeitado, e é o representante de Deus na terra enquanto durar a presente dispensação, II Co. 5:18-20. Ef. 3:10. Esta visão acerca dos tempos dos gentios é representada na visão de Daniel como o período intermediário entre a 69a e a 70a semanas, quando o Messias seria tirado, e quando Israel estará em aliança com o Anticristo. Dn. 9:24-27. Já está no fim o tempo dos gentios, pois a vinda de Jesus para arrebatar a Sua Igreja está bem próxima!

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                    II.    A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

1.   O Reino de Deus como realidade presente   -  Quando tratamos do Reino de Deus, os seus aspectos presente e futuro precisam ser contemplados. O Reino de Deus é retratado nas Escrituras como uma realidade presente e futura. Jesus deu início ao seu ministério dizendo que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Sendo assim, Jesus cumpria a predição dos profetas que haviam apontado para o Messias como aquEle que inauguraria a realidade do Reino. No seu aspecto presente, o Reino de Deus significa: Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo [...]. O reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Deus inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste (Jo 14.23; 20.22). Ele entra no mundo com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1 Co 4.20). Não se trata de poder no sentido material ou político, e sim espiritual. O reino não é uma teocracia relígio-política; ele não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reinos deste mundo (Jo 18.36). Deus não pretende atualmente redimir e reformar o mundo através de ativismo social ou político, ou de ação violenta (26.52; ver Jo 18.36, nota). O mundo, durante a presente era, continuará inimigo de Deus e do seu povo (Jo 15.19; Rm 12.1,2; Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.4). O governo de Deus mediante o juízo direto e à força só ocorrerá no fim desta era [...]. O fato de Deus irromper no mundo com poder abrange: (a) seu poder divino sobre o governo e domínio de Satanás (12.28; Jo 18.36); a chegada do reino é o começo da destruição do domínio de Satanás (Jo 12.31; 16.11) e do livramento da humanidade das forças demoníacas (Mc 1.34,39; 3.14,15; At 26.18) e do pecado (Rm 6); (b) poder para operar milagres e curar os enfermos (4.23; 9.35; At 4.30; 8.7); (c) a pregação do evangelho, que produz a convicção do pecado, da justiça e do juízo (11.5; Jo 16.8-11; At 4.33); (d) a salvação, a santificação daqueles que se arrependem e creem no evangelho (ver Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2 Co 6.14-18); e (e) o batismo no Espírito Santo, com poder, para testemunhar de Cristo (ver At 1.8 notas; 2.4 notas)."6 Podemos dizer, portanto, que o Reino de Deus no seu aspecto presente já pode ser sentido.

2.  Onde está o Reino de Deus   -   No evangelho de hoje, de Lucas 17,20-25, nós vemos que alguns homens piedosos do seu tempo, perguntaram a Jesus “sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: ‘O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós’”.

Prestemos atenção. Jesus diz que o Reino de Deus está entre nós. No evangelho de São Tomé, que é apócrifo, essa expressão é mais ou menos a seguinte: em vez de dizer que “o Reino de Deus está entre vós”, Tomé diz que “o Reino de Deus está em nós”.
Logicamente, essa presença entre nós e em nós ainda não está completa. Está entre nós porque Jesus já veio à terra e nos deixou sua presença. Porém, mesmo assim, falta alguma coisa. É necessário que o Reino chegue ao coração de cada homem. Somente então poderemos dizer que o Reino de Deus chegou com toda a sua plenitude e está em nós.
O Reino do qual Jesus fala não é um reino de exércitos, de reis ou presidentes, de palácios e de estruturas políticas, como encontramos pelo mundo. O Reino de Deus é algo muito mais sutil, menos perceptível. É um governo sobre os corações, cuja lei é a caridade e Jesus é o soberano.
Deixar que Jesus reine em minha alma, em minha vida, significa abrir-lhe as portas para que Ele faça o que quiser comigo. E Ele somente entra e fica em mim se encontrar uma alma limpa, isto é, sem pecado. Uma alma em pecado é um lugar inabitável para Deus. Por isso, é preciso viver em contínua luta com meu pior inimigo, que é o pecado, porque somente ele pode me afastar de Deus, a meta de minha vida.

3.    O Reino  de Deus como realidade futura   -    Da perspectiva do Novo Testamento, o cristão da Primeira Igreja vivia uma tensão na esfera escatológica do Reino entre o "já" e o "ainda não". Isso significa dizer que o Reino de Deus;Vz era uma realidade presente para eles, já havia chegado, mas ainda não em toda a sua plenitude. Dessa perspectiva, a escatologia é vista como uma realidade de suma importância porque vê o Reino de Deus nas suas dimensões presente e futura. No entendimento de Geerhardus Vos (1862-1949), o crente neotestamentário vive simultaneamente tanto nesta era ou mundo como na era do mundo por vir. Nesse aspecto, a era por vir já chegou, isto é, aquilo que fora predito no Antigo Testamento sobre Cristo e o seu Reino, mas haverá uma consumação futura, onde todas as potencialidades serão consumadas. Roger Olson (2000, p. 480,481) destacou que, ao longo da história, três posições escatológicas são objeto de consenso dentro do cristianismo ortodoxo. A primeira delas é que Jesus Cristo retomará à terra. Nesse aspecto, os cristãos de todas as tradições esperam a segunda vinda de Cristo. A segunda é que, quando Cristo retornar, Ele há de estabelecer ou manifestar completamente a ordem e a soberania de Deus — o Reino de Deus —, que já está operando na história. A terceira é que, no fim, Deus criará um novo céu e uma nova terra que durarão para sempre. Os cristãos que mantêm uma expectativa escatológica encontram sentido para a história. Esses cristãos oram: "Venha o teu Reino.

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                III.   A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

1.   A distinção entre Igreja e Reino de Deus   -   Para que a nossa mente fique ainda mais esclarecida e entendamos bem a diferença entre o reino e a igreja, consideremos alguns aspectos:

A) A igreja é a assembléia daqueles que pertencem a Jesus Cristo, que aceitaram o evangelho do reino mediante a fé.
B) Podemos afirmar que o reino toma a sua forma na igreja, isto é, a igreja toma a forma do reino!
C) A igreja é o órgão do reino… É ela que vive e anuncia a chegada do reino de Deus a terra!
D) Precisamos entender que a igreja não é o reino de Deus, mas tem toda a constituição do reino, sua revelação, o seu progresso e sabe quando será a vinda total do reino a terra. Isto é, ela possui de antemão todos os direitos jurídicos que estabelecerão o reino de Deus na terra.
E) Precisamos entender que a igreja existe dentro do reino, porém, o reino não é restrito às fronteiras da igreja! O reino transcende a própria história. Podemos dizer, portanto, que o reino invade a história e afasta a tirania dos povos pela ação da igreja. Onde ela entra, o reino começa a penetrar em sua forma mais visível! Por exemplo, antes de Israel existir como nação, o reino se expressava na terra de outras formas, na vida de Noé, dos patriarcas, de Melquisedeque, etc.
F) Não somos herdeiros da “igreja”, mas herdeiros do reino. Isto é o que a Escritura fala, pois jamais encontramos a expressão “herdeiros da igreja”, mas repetidas vezes vemos a expressão “herdeiros do reino”.
G) A Escritura fala em “receber o reino”, mas não em receber a igreja. O reino se recebe, a igreja não!
H) Lemos sobre os “presbíteros da igreja”, mas jamais sobre “presbíteros do reino”. E estas diferenças devem levar-nos a refletir sobre a função de ambos.
I) Temos que destacar que a palavra “basileia” traduzida como reino ocorre 162 vezes; e no plural ela aparece somente em Mateus 4.8, Lucas 4.5, Hebreus 11.33 e Apocalipse 11.15. Por outro lado a palavra “ekklesia” ocorre 115 vezes, sendo 36 no plural e 79 no singular. Todas traduzidas como “igreja” exceto em Atos 19.32, 39-40 onde aparece como “assembléia”. Só o fato de termos menções diferentes em contextos diferentes devem levar-nos a pensar na função diferente de reino e igreja.
J) Lemos na Escritura sobre os “filhos do reino”, mas, nada sobre “filhos da igreja”.
K) Temos que entender que as características da ambos são diferentes. A igreja possui características diferentes do reino e vice-versa.
LOs nomes e as citações de “a igreja”, nunca são usados para o reino. Isto pode ser visto nos seguintes textos onde a igreja tem várias definições, como corpo, lavoura, mas nunca reino (Ef 1.23; 2.21; 4.4,16; 5.30; Cl 1.24; 1 Tm 3.15).
M) A igreja tem o privilégio de reinar com Cristo, no reino futuro. Temos que entender que o reino, em todos os seus aspectos tanto atuais como futuros, se concentra em Jesus. O fato dos escritores falarem de “reino dos céus” e “reino de Deus” não altera o conteúdo do assunto. Isto é o que vemos nas parábolas que Mateus apresenta como “reino dos céus” enquanto outros evangelistas as apresentam como “reino de Deus.

2.   A Igreja expressa o Reino de Deus   -  Em nossa visão humana, Israel falhou em sua missão como povo separado por Deus para ser santo e dar testemunho às outras nações. Porém, como afirmam as Escrituras, os planos de Deus não podem ser frustrados (Jó 42.1). Portanto, Israel cumpriu a missão divina, ainda que a perda progressiva da santidade pelo abandono da lei de Deus lhe tenha acarretado opressão e destruição, conforme as promessas de Deus. Mas, como os profetas também anunciaram, e os planos de Deus não podem ser frustrados, Deus sempre deixou um remanescente fiel, para que, através desse remanescente, o Messias prometido viesse ao mundo.    Segundo a profecia, na plenitude do tempo, Deus enviou o Filho na pessoa de Jesus, nascido da virgem Maria. Na cruz do Calvário, o Senhor Jesus consumou a sua obra salvífica, depois de preparar os seus discípulos, comissioná-los como apóstolos, e enviá-los no poder do Espírito Santo para a edificação da sua Igreja. Uma vez formada pelos apóstolos, a Igreja é a continuação da missão de Jesus para reunir todos os eleitos do Pai, até a consumação dos séculos, quando ele voltará para buscar a sua Igreja completa.    Pois bem, como podemos ver a partir do livro de Atos dos Apóstolos, eles fizeram o que o Senhor Jesus lhes ordenou (Mt 28.19-20; At 1.8). No poder do Espírito Santo, mesmo sofrendo forte oposição, eles pregaram o evangelho em todo o mundo conhecido, deixando igrejas organizadas em diversas localidades. A partir dessas igrejas, o evangelho continuou a ser difundido pelo testemunho dos convertidos (1Ts 1.8), agora liderados por discípulos dos apóstolos, que continuaram enfrentando forte oposição. Os discípulos dos apóstolos, por sua vez, prepararam outros líderes à medida que o evangelho se espalhava, e igrejas eram organizadas de cidade em cidade pelo mundo afora (2Tm 2.2; Tt 1.5).

3.   A Igreja e a mensagem do Reino de Deus   -   Atos 19:8 nos lembra que pregar o Reino de Deus é a missão primordial da Igreja. Essa missão não é uma opção, mas um imperativo divino que ecoa através das Escrituras. Paulo, ao falar aos presbíteros de Éfeso em Atos 20:25, recorda com ênfase que sua pregação estava centrada no Reino de Deus. Mesmo em circunstâncias adversas, como quando estava prisioneiro em Roma, Paulo persistia em pregar incansavelmente o Reino de Deus (Atos 28:31).

A consciência da realidade do Reino de Deus era transmitida aos novos convertidos, conforme vemos em Atos 14:22.

Isso destaca a importância de educar os crentes sobre a natureza e significado do Reino desde o início de sua jornada na fé. A compreensão do Reino não é apenas teórica, mas uma âncora que sustenta a esperança daqueles que amam o Senhor (Tiago 2:5).

A missão da Igreja, no entanto, não é cumprida automaticamente. Requer uma visão clara e inabalável do Reino de Deus. Sem essa visão, há o perigo de desviar-se da missão divinamente ordenada. Jesus, em João 18:36, deixa claro que o Reino que Ele proclama não é deste mundo. Portanto, a Igreja, ao pregar o Reino de Deus, deve manter uma visão celestial, alinhada com os princípios e valores divinos.

A visão de Reino não é apenas uma compreensão intelectual, mas uma convicção que molda a identidade e a missão da igreja local. Quando essa visão está ausente ou obscurecida, a igreja pode inadvertidamente se desviar de sua rota, envolvendo-se em atividades que não contribuem para a missão central de proclamar o Reino de Deus.

Portanto, a clareza na visão de Reino é um fator determinante para o sucesso da missão da Igreja. Isso implica não apenas compreender teologicamente o Reino, mas também viver de acordo com seus princípios, refletindo a realidade do Reino na prática diária da comunidade de fé.








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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.fazendodiscipulos.com.br/single-post/2016/11/23/o-que-significa-o-reino-de-deus#:~:text=O%20termo%20%E2%80%9CReino%E2%80%9D%20significa%20%E2%80%9C,sobre%20a%20vida%20do%20homem.

https://site.ucdb.br/noticias/ucdb/6/evangelho-do-dia-o-reino-de-deus-esta-entre-vos/42201/#:~:text=Jesus%20diz%20que%20o%20Reino,de%20Deus%20est%C3%A1%20em%20n%C3%B3s%E2%80%9D.

Bray, G. (2018). Providência. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.

https://www.levandoapalavra.com/123/?p=2013

https://ip13demaio.org/2016/01/09/a-igreja-em-sua-missao-divina-1tm-3-14-15/



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