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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

LIÇÃO 04 - A IGREJA E O REINO DE DEUS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"[...] O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho." (Mc 1.15)


                    VERDADE PRÁTICA

Pregar a mensagem do Reino de Deus é uma importante missão da Igreja.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MC 1. 14-17



                        INTRODUÇÃO  

O que é o Reino de Deus? O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus é eterno (Dn 2:37-44). É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, recebendo-o como Senhor e Rei. A consumação do reino ocorrerá com a vinda de Jesus Cristo em data que só Deus conhece quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus (Mt 25:31-46), Ap 11:15).     O que é Igreja? Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra igreja é empregada no maior número de vezes nos livros do novo Testamento como, por exemplo, em Mateus 18:17 e I Coríntios 4:17. Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestar culto a Deus, observar as ordenanças de Jesus, meditar nos ensinamentos da Bíblia para edificação mútua e para a propagação do evangelho (At 2:41-42). As igrejas neo testamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo (Mt 18:15-17). Há, em Atos 2:42-47, quatro marcas da igreja: 1)uma igreja que aprende – a fidelidade ao ensino dos apóstolos é a primeira marca de uma igreja autêntica e viva; 2)uma igreja que cuida – a generosidade sempre foi uma característica do povo de Deus; somos filhos do Deus generoso (At 2:44,45); 3)uma igreja que adora – a adoração da igreja era tanto alegre como reverente (At 2:46); 4)uma igreja que evangeliza – que proclama o evangelho utilizando as Escrituras como ferramenta e sendo um exemplo de vida (At 2:47).



             I.    A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1.   O Reino de Deus é universal   -  De outra forma, podemos dizer que um reino é um território onde um rei governa. É o lugar onde a autoridade de um rei é reconhecida. O Reino de Deus é onde Deus reina. O Reino de Deus está na vida de um discípulo. Proclamar o Reino de Deus é anunciar que existe um centro do Universo. E, nesse centro, está o trono de Deus. Proclamar o Senhorio de Cristo e o Reino de Deus é anunciar que existe um centro do Universo. E, nesse centro, está o trono de Deus. Ele reina. Sempre reinou. Seu reino é o de todos os séculos. Ele reina sobre tudo o que existe. Sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder. Ele é a autoridade suprema do Universo. Reina sobre os anjos, sobre os principados e potestades. Reina sobre as nações, sobre os reis, sobre todos os homens e sobre a natureza.

2.   A soberania divina e os acontecimentos do mundo   -  "Providência é o governante poder de Deus que supervisiona a sua criação e realiza os seus planos para isso.

Deus não apenas criou o universo, mas o mantém e o direciona para o cumprimento de seus propósitos. A criação e a providência pertencem juntas como dois lados da mesma moeda. Sem a criação não poderia haver providência, mas a criação dificilmente poderia se sustentar sozinha. O Deus que fez o universo também ordena e governa de acordo com sua vontade.

A Bíblia não revela explicitamente por que Deus criou o mundo, mas sabemos que nada acontece nele além de seu amor e preocupação. Isso não significa que o controle de Deus se opõe à agência da criatura. A teologia cristã geralmente reconhece que Deus criou agentes responsáveis que são livres para agir dentro de suas esferas designadas, uma liberdade que permitiu o mal, na forma de desobediência à vontade de Deus, para fazer a sua aparição na ordem criada.

Os seres humanos muitas vezes questionam a boa providência de Deus diante de desastres naturais - enchentes, terremotos, erupções vulcânicas, e assim por diante. Os cristãos reconheceram que tais eventos são de fato trágicos, mas também fazem parte do bom plano abrangente de Deus para o que ele fez.

A providência também afeta a teologia e a prática cristã, porque a nós são prometidas duas coisas em relação a ela. A primeira é que o mundo não será finalmente destruído, seja por um desastre natural ou por um desastre provocado pelo homem, mas será recriado em glória (Gên 9; Apo 22). A segunda é que tudo o que acontece opera para o bem daqueles que amam a Deus, quer possamos atualmente perceber isso como bom ou não (Rom 8:28). Não temos o privilégio de conhecer os conselhos secretos da vontade de Deus, mas podemos ter certeza de que tudo o que ele fizer redundará no final para o nosso bem, quer entendamos isso agora ou não.

Nestas formas, a doutrina da providência fortalece a garantia cristã de salvação e nos dá a fé e a esperança que precisamos para confiar nele ao longo das nossas vidas. É porque acreditamos nesta providência que podemos encontrar a força para confiar em Deus, mesmo quando as coisas vão mal para nós neste mundo. A vida cristã é uma luta espiritual, mas em Cristo sabemos que temos a vitória sobre isso e que ele nos manterá seguros até o fim”.

3.   O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja   -  É impossível ler a Bíblia e deixar de ver a centralidade de Israel no plano de redenção que Deus vem desenvolvendo desde o início da história do homem na Terra. No Velho Testamento, não havia confusão: Deus só tinha um povo, um instrumento para chegar aos seus primeiros objetivos: a produção de um livro com a sua Palavra escrita, o estabelecimento de um modelo visível de seu Reino e de sua casa e a formação de uma nação que pudesse trazer ao mundo o Messias, o Salvador de toda a humanidade. Qualquer pessoa de outra raça ou origem que quisesse servir ao único Deus verdadeiro teria que fazê-lo através do seu povo escolhido, Israel (como nos casos de Raabe e Rute).   A partir da Nova Aliança e, especificamente, do grande mensageiro de Deus aos gentios, o apóstolo Paulo, a situação mudou radicalmente. Pedro usou as chaves do Reino para abrir as portas oficialmente aos gentios, na casa de Cornélio (At 10,11), mas Paulo foi o apóstolo aos gentios (ver Gl 2.7,8) que abriu o mistério, escondido há séculos, do grande plano de redenção em que judeus e gentios, membros de um mesmo corpo, seriam co-participantes das promessas de Deus e instrumentos para a sua glória na Terra (Rm 11.25; 16.25,26; Ef 3.1-11; Cl 1.26,27; 1 Tm 3.16).   Em síntese, aconteceu justamente o que Paulo havia alertado aos gentios na igreja primitiva que não fizessem.  Na discussão mais clara a respeito de judeus e gentios em todo o Novo Testamento (Rm 11), Paulo definiu a seqüência da seguinte forma: (1) Deus iniciou seu plano com as raízes dos patriarcas e os galhos naturais da nação de Israel; (2) os galhos naturais foram cortados (depois da vinda de Jesus) por causa da incredulidade do povo judeu, dando oportunidade para que galhos “bravos” (os gentios) pudessem ser enxertados em seu lugar; (3) os gentios precisam ser humildes e incitar os judeus a ciúmes para estes quererem voltar a ser incluídos; (4) no fim, os galhos naturais serão novamente enxertados. Durante o período em que os judeus estivessem fora, Paulo advertiu: “Não te ensoberbeças, mas teme. Porque se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará” (Rm 11.20.21).

                                                                                                                                                                       


   Do ponto de vista humano, pode haver um parêntese ou hiato escatológico, mas não da perspectiva divina. Não há nenhum problema em enxergarmos um parêntese escatológico em relação ao surgimento da Igreja, como sugere o livro de Daniel, desde que isso leve em conta a onisciência e presciência divina em relação à origem da Igreja e não a diminua em importância. Não podemos minimizar o grande valor que a Igreja tem e muito menos reduzi-la a um remendo escatológico criado de última hora. Em segundo lugar, quando não se faz distinção entre Israel e Igreja, essa nação deixa de ter relevância no plano escatológico. Quando isso acontece, Israel toma-se um casulo que se esvaziou. Evidentemente, esse tipo de entendimento não tem base bíblica. De acordo com a Bíblia, o "endurecimento" de Israel é temporário e durará até que se cumpra a plenitude dos gentios (Rm 8.25). Israel tem, sim, um papel dentro do plano escatológico do Reino de Deus. A meu ver, a ideia de continuidade e descontinuidade, conforme destaca Gregg Allison,13 é muito importante para fazer-nos compreender a relação existente entre Igreja e Israel. Allison tem razão quando destaca que há teólogos dispensacionalistas que enxergam a Igreja como um elemento essencial do plano de Deus de estender a salvação a todos: tanto judeus quanto gentios [...]. Igreja e Israel fazem parte de um só povo de Deus, como retrata de modo vivido a metáfora da oliveira apresentada por Paulo (Rm 11.13-24). As dessemelhanças, porém, são relevantes o suficiente para manter a distinção entre a Igreja e Israel [...] também sustentam um futuro cumprimento das profecias do Antigo Testamento votadas para o Israel nacional, entre elas a salvação de muitos judeus e a restauração da terra a Israel. O teólogo sistemático Eurico Bergstén expôs a relação entre Israel e Igreja à luz da escatologia dispensacionalista e pré-milenista da seguinte forma: Com a rejeição de Israel começou o tempo dos gentios. Enquanto Paulo falava da rejeição dos judeus, como sendo os ramos naturais  da oliveira que foram quebrados, ele também falava dos ramos de zambujeiro que foram enxertados na oliveira, Rm. 11:17,19,22,24. Esta linguagem figurada é muito instrutiva e profunda. Primeiro, nos faz saber que Jesus, pela Sua morte redentora, derribou a parede de separação que separava judeus e gentios, Ef. 2:15-18: os gentios que antes estavam longe, agora pelo sangue de Cristo podem se aproximar do santuário, Ef. 2:13.0 caminho que leva ao Santo dos Santos foi aberto, Hb. 10:19-22. Cumpriu-se assim a profecia de Amós, que Tiago citou durante a assembléia de Jerusalém, como prova de que Deus chamou os gentios para deles tomar um povo para louvor do Seu Nome, Am. 9:11,12; At. 15:13-17; Rm. 1:5. Hoje é a Igreja que é o povo especial de Deus, Tt. 2:14: é a Igreja que se constitui em sacerdócio real, I Pd. 2:9-10, acerca da qual Pedro escrevia aos judeus dispersos, 1 Pd. 1:1. A Igreja tomou o lugar do povo rejeitado, e é o representante de Deus na terra enquanto durar a presente dispensação, II Co. 5:18-20. Ef. 3:10. Esta visão acerca dos tempos dos gentios é representada na visão de Daniel como o período intermediário entre a 69a e a 70a semanas, quando o Messias seria tirado, e quando Israel estará em aliança com o Anticristo. Dn. 9:24-27. Já está no fim o tempo dos gentios, pois a vinda de Jesus para arrebatar a Sua Igreja está bem próxima!

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                    II.    A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

1.   O Reino de Deus como realidade presente   -  Quando tratamos do Reino de Deus, os seus aspectos presente e futuro precisam ser contemplados. O Reino de Deus é retratado nas Escrituras como uma realidade presente e futura. Jesus deu início ao seu ministério dizendo que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Sendo assim, Jesus cumpria a predição dos profetas que haviam apontado para o Messias como aquEle que inauguraria a realidade do Reino. No seu aspecto presente, o Reino de Deus significa: Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo [...]. O reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Deus inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste (Jo 14.23; 20.22). Ele entra no mundo com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1 Co 4.20). Não se trata de poder no sentido material ou político, e sim espiritual. O reino não é uma teocracia relígio-política; ele não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reinos deste mundo (Jo 18.36). Deus não pretende atualmente redimir e reformar o mundo através de ativismo social ou político, ou de ação violenta (26.52; ver Jo 18.36, nota). O mundo, durante a presente era, continuará inimigo de Deus e do seu povo (Jo 15.19; Rm 12.1,2; Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.4). O governo de Deus mediante o juízo direto e à força só ocorrerá no fim desta era [...]. O fato de Deus irromper no mundo com poder abrange: (a) seu poder divino sobre o governo e domínio de Satanás (12.28; Jo 18.36); a chegada do reino é o começo da destruição do domínio de Satanás (Jo 12.31; 16.11) e do livramento da humanidade das forças demoníacas (Mc 1.34,39; 3.14,15; At 26.18) e do pecado (Rm 6); (b) poder para operar milagres e curar os enfermos (4.23; 9.35; At 4.30; 8.7); (c) a pregação do evangelho, que produz a convicção do pecado, da justiça e do juízo (11.5; Jo 16.8-11; At 4.33); (d) a salvação, a santificação daqueles que se arrependem e creem no evangelho (ver Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2 Co 6.14-18); e (e) o batismo no Espírito Santo, com poder, para testemunhar de Cristo (ver At 1.8 notas; 2.4 notas)."6 Podemos dizer, portanto, que o Reino de Deus no seu aspecto presente já pode ser sentido.

2.  Onde está o Reino de Deus   -   No evangelho de hoje, de Lucas 17,20-25, nós vemos que alguns homens piedosos do seu tempo, perguntaram a Jesus “sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: ‘O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós’”.

Prestemos atenção. Jesus diz que o Reino de Deus está entre nós. No evangelho de São Tomé, que é apócrifo, essa expressão é mais ou menos a seguinte: em vez de dizer que “o Reino de Deus está entre vós”, Tomé diz que “o Reino de Deus está em nós”.
Logicamente, essa presença entre nós e em nós ainda não está completa. Está entre nós porque Jesus já veio à terra e nos deixou sua presença. Porém, mesmo assim, falta alguma coisa. É necessário que o Reino chegue ao coração de cada homem. Somente então poderemos dizer que o Reino de Deus chegou com toda a sua plenitude e está em nós.
O Reino do qual Jesus fala não é um reino de exércitos, de reis ou presidentes, de palácios e de estruturas políticas, como encontramos pelo mundo. O Reino de Deus é algo muito mais sutil, menos perceptível. É um governo sobre os corações, cuja lei é a caridade e Jesus é o soberano.
Deixar que Jesus reine em minha alma, em minha vida, significa abrir-lhe as portas para que Ele faça o que quiser comigo. E Ele somente entra e fica em mim se encontrar uma alma limpa, isto é, sem pecado. Uma alma em pecado é um lugar inabitável para Deus. Por isso, é preciso viver em contínua luta com meu pior inimigo, que é o pecado, porque somente ele pode me afastar de Deus, a meta de minha vida.

3.    O Reino  de Deus como realidade futura   -    Da perspectiva do Novo Testamento, o cristão da Primeira Igreja vivia uma tensão na esfera escatológica do Reino entre o "já" e o "ainda não". Isso significa dizer que o Reino de Deus;Vz era uma realidade presente para eles, já havia chegado, mas ainda não em toda a sua plenitude. Dessa perspectiva, a escatologia é vista como uma realidade de suma importância porque vê o Reino de Deus nas suas dimensões presente e futura. No entendimento de Geerhardus Vos (1862-1949), o crente neotestamentário vive simultaneamente tanto nesta era ou mundo como na era do mundo por vir. Nesse aspecto, a era por vir já chegou, isto é, aquilo que fora predito no Antigo Testamento sobre Cristo e o seu Reino, mas haverá uma consumação futura, onde todas as potencialidades serão consumadas. Roger Olson (2000, p. 480,481) destacou que, ao longo da história, três posições escatológicas são objeto de consenso dentro do cristianismo ortodoxo. A primeira delas é que Jesus Cristo retomará à terra. Nesse aspecto, os cristãos de todas as tradições esperam a segunda vinda de Cristo. A segunda é que, quando Cristo retornar, Ele há de estabelecer ou manifestar completamente a ordem e a soberania de Deus — o Reino de Deus —, que já está operando na história. A terceira é que, no fim, Deus criará um novo céu e uma nova terra que durarão para sempre. Os cristãos que mantêm uma expectativa escatológica encontram sentido para a história. Esses cristãos oram: "Venha o teu Reino.

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                III.   A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

1.   A distinção entre Igreja e Reino de Deus   -   Para que a nossa mente fique ainda mais esclarecida e entendamos bem a diferença entre o reino e a igreja, consideremos alguns aspectos:

A) A igreja é a assembléia daqueles que pertencem a Jesus Cristo, que aceitaram o evangelho do reino mediante a fé.
B) Podemos afirmar que o reino toma a sua forma na igreja, isto é, a igreja toma a forma do reino!
C) A igreja é o órgão do reino… É ela que vive e anuncia a chegada do reino de Deus a terra!
D) Precisamos entender que a igreja não é o reino de Deus, mas tem toda a constituição do reino, sua revelação, o seu progresso e sabe quando será a vinda total do reino a terra. Isto é, ela possui de antemão todos os direitos jurídicos que estabelecerão o reino de Deus na terra.
E) Precisamos entender que a igreja existe dentro do reino, porém, o reino não é restrito às fronteiras da igreja! O reino transcende a própria história. Podemos dizer, portanto, que o reino invade a história e afasta a tirania dos povos pela ação da igreja. Onde ela entra, o reino começa a penetrar em sua forma mais visível! Por exemplo, antes de Israel existir como nação, o reino se expressava na terra de outras formas, na vida de Noé, dos patriarcas, de Melquisedeque, etc.
F) Não somos herdeiros da “igreja”, mas herdeiros do reino. Isto é o que a Escritura fala, pois jamais encontramos a expressão “herdeiros da igreja”, mas repetidas vezes vemos a expressão “herdeiros do reino”.
G) A Escritura fala em “receber o reino”, mas não em receber a igreja. O reino se recebe, a igreja não!
H) Lemos sobre os “presbíteros da igreja”, mas jamais sobre “presbíteros do reino”. E estas diferenças devem levar-nos a refletir sobre a função de ambos.
I) Temos que destacar que a palavra “basileia” traduzida como reino ocorre 162 vezes; e no plural ela aparece somente em Mateus 4.8, Lucas 4.5, Hebreus 11.33 e Apocalipse 11.15. Por outro lado a palavra “ekklesia” ocorre 115 vezes, sendo 36 no plural e 79 no singular. Todas traduzidas como “igreja” exceto em Atos 19.32, 39-40 onde aparece como “assembléia”. Só o fato de termos menções diferentes em contextos diferentes devem levar-nos a pensar na função diferente de reino e igreja.
J) Lemos na Escritura sobre os “filhos do reino”, mas, nada sobre “filhos da igreja”.
K) Temos que entender que as características da ambos são diferentes. A igreja possui características diferentes do reino e vice-versa.
LOs nomes e as citações de “a igreja”, nunca são usados para o reino. Isto pode ser visto nos seguintes textos onde a igreja tem várias definições, como corpo, lavoura, mas nunca reino (Ef 1.23; 2.21; 4.4,16; 5.30; Cl 1.24; 1 Tm 3.15).
M) A igreja tem o privilégio de reinar com Cristo, no reino futuro. Temos que entender que o reino, em todos os seus aspectos tanto atuais como futuros, se concentra em Jesus. O fato dos escritores falarem de “reino dos céus” e “reino de Deus” não altera o conteúdo do assunto. Isto é o que vemos nas parábolas que Mateus apresenta como “reino dos céus” enquanto outros evangelistas as apresentam como “reino de Deus.

2.   A Igreja expressa o Reino de Deus   -  Em nossa visão humana, Israel falhou em sua missão como povo separado por Deus para ser santo e dar testemunho às outras nações. Porém, como afirmam as Escrituras, os planos de Deus não podem ser frustrados (Jó 42.1). Portanto, Israel cumpriu a missão divina, ainda que a perda progressiva da santidade pelo abandono da lei de Deus lhe tenha acarretado opressão e destruição, conforme as promessas de Deus. Mas, como os profetas também anunciaram, e os planos de Deus não podem ser frustrados, Deus sempre deixou um remanescente fiel, para que, através desse remanescente, o Messias prometido viesse ao mundo.    Segundo a profecia, na plenitude do tempo, Deus enviou o Filho na pessoa de Jesus, nascido da virgem Maria. Na cruz do Calvário, o Senhor Jesus consumou a sua obra salvífica, depois de preparar os seus discípulos, comissioná-los como apóstolos, e enviá-los no poder do Espírito Santo para a edificação da sua Igreja. Uma vez formada pelos apóstolos, a Igreja é a continuação da missão de Jesus para reunir todos os eleitos do Pai, até a consumação dos séculos, quando ele voltará para buscar a sua Igreja completa.    Pois bem, como podemos ver a partir do livro de Atos dos Apóstolos, eles fizeram o que o Senhor Jesus lhes ordenou (Mt 28.19-20; At 1.8). No poder do Espírito Santo, mesmo sofrendo forte oposição, eles pregaram o evangelho em todo o mundo conhecido, deixando igrejas organizadas em diversas localidades. A partir dessas igrejas, o evangelho continuou a ser difundido pelo testemunho dos convertidos (1Ts 1.8), agora liderados por discípulos dos apóstolos, que continuaram enfrentando forte oposição. Os discípulos dos apóstolos, por sua vez, prepararam outros líderes à medida que o evangelho se espalhava, e igrejas eram organizadas de cidade em cidade pelo mundo afora (2Tm 2.2; Tt 1.5).

3.   A Igreja e a mensagem do Reino de Deus   -   Atos 19:8 nos lembra que pregar o Reino de Deus é a missão primordial da Igreja. Essa missão não é uma opção, mas um imperativo divino que ecoa através das Escrituras. Paulo, ao falar aos presbíteros de Éfeso em Atos 20:25, recorda com ênfase que sua pregação estava centrada no Reino de Deus. Mesmo em circunstâncias adversas, como quando estava prisioneiro em Roma, Paulo persistia em pregar incansavelmente o Reino de Deus (Atos 28:31).

A consciência da realidade do Reino de Deus era transmitida aos novos convertidos, conforme vemos em Atos 14:22.

Isso destaca a importância de educar os crentes sobre a natureza e significado do Reino desde o início de sua jornada na fé. A compreensão do Reino não é apenas teórica, mas uma âncora que sustenta a esperança daqueles que amam o Senhor (Tiago 2:5).

A missão da Igreja, no entanto, não é cumprida automaticamente. Requer uma visão clara e inabalável do Reino de Deus. Sem essa visão, há o perigo de desviar-se da missão divinamente ordenada. Jesus, em João 18:36, deixa claro que o Reino que Ele proclama não é deste mundo. Portanto, a Igreja, ao pregar o Reino de Deus, deve manter uma visão celestial, alinhada com os princípios e valores divinos.

A visão de Reino não é apenas uma compreensão intelectual, mas uma convicção que molda a identidade e a missão da igreja local. Quando essa visão está ausente ou obscurecida, a igreja pode inadvertidamente se desviar de sua rota, envolvendo-se em atividades que não contribuem para a missão central de proclamar o Reino de Deus.

Portanto, a clareza na visão de Reino é um fator determinante para o sucesso da missão da Igreja. Isso implica não apenas compreender teologicamente o Reino, mas também viver de acordo com seus princípios, refletindo a realidade do Reino na prática diária da comunidade de fé.








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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.fazendodiscipulos.com.br/single-post/2016/11/23/o-que-significa-o-reino-de-deus#:~:text=O%20termo%20%E2%80%9CReino%E2%80%9D%20significa%20%E2%80%9C,sobre%20a%20vida%20do%20homem.

https://site.ucdb.br/noticias/ucdb/6/evangelho-do-dia-o-reino-de-deus-esta-entre-vos/42201/#:~:text=Jesus%20diz%20que%20o%20Reino,de%20Deus%20est%C3%A1%20em%20n%C3%B3s%E2%80%9D.

Bray, G. (2018). Providência. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.

https://www.levandoapalavra.com/123/?p=2013

https://ip13demaio.org/2016/01/09/a-igreja-em-sua-missao-divina-1tm-3-14-15/



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