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quinta-feira, 25 de maio de 2023

LIÇÃO 10 - QUANDO OS PAIS SEPULTAM SEUS FILHOS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO

"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos [...]


                    VERDADE PRÁTICA

Não devemos ser indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como quem não tem esperança.


    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 1.13, 16-19


                                INTRODUÇÃO

A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12 nota). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.  POR QUE OS CRENTES SOFREM? São diversas as razões por que os crentes sofrem.   (1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver nota). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).  (2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.  (3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8 nota). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.  (4) Os crentes enfrentam ataques do diabo. (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver principalmente Jó 1—2). Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11 nota) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá. (b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10 nota). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).   (5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (ver 1Co 2.16 nota). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21 nota). Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41 nota), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23 nota) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida:   “chorai com os que choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).     (6) Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. (a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo. (b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 1.2 nota); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). (c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2Co 12.9 nota). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento. (d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 nota). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.   (7) Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7.  O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

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   I.  A FAMÍLIA DE JÓ

1.  Quem era Jó?    -   Ó não era uma figura lendária; era tão humano como o mais humano dos humanos. E se Deus lhe trabalhou a humanidade não foi para mitologizá-la; trabalhou-a para que, realçando lhe as limitações, mostrasse que é justamente na fraqueza que Ele nos aperfeiçoa o seu ilimitado poder. Somente a Bíblia é capaz de apresentar os seus heróis de maneira tão bela e completa. De uma feita afirmou Phillip Henry ser a santidade a simetria da alma. Como a santidade permeasse inconfundivelmente toda a vida de Jó, achava-se ele em plena harmonia com as demandas divinas. A consonância entre o patriarca e o seu Deus refletia-se em seu caráter “íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1.1). No original hebraico, “íntegro” é uma palavra representada pelo substantivo tãm que, entre outras coisas, significa completo, certo, são e puro. O vocábulo é encontrado apenas treze vezes no Antigo Testamento. Jacó também é assim descrito (Gn 25.27). Neste último caso, o vocábulo hebraico é usado para caracterizar um homem simples, pacato e calmo; a pessoa realmente integra é notabilizada por uma serenidade inexplicável; não se abala jamais. Thomas Watson tem a integridade como um perfeito sinônimo de simplicidade: “Quanto mais simples o diamante, mais ele brilha; quanto mais simples o coração, mais ele resplandece aos olhos de Deus”. Quanta necessidade não temos de homens como Jó! Desgraçadamente, muitos são os crentes que já negociaram a sua integridade. Na igreja, santos; na sociedade, demônios. Justificando a sua iniquidade, alegam que a sua vida social nada tem a ver com a espiritual. Esta dicotomia, porém, é estranha à Palavra de Deus. O Senhor requer tenhamos uma postura irrepreensível tanto em público como em particular. Jó não carecia de um marketing para cultivar-lhe a imagem, nem de um publicitário para cevar-lhe a postura, pois contava com o respaldo de Deus. Desfrutamos nós de igual conceito? Ou nossa integridade já é algo pretérito? Confúcio declarou ser a integridade a base de todas as virtudes; sem ela, nenhuma bondade é possível.  Jó era um homem temente a Deus. Richard Alleine assim descreve o homem piedoso: “Aquele que sabe o que é ter prazer em Deus temerá a sua perda; aquele que viu sua face, terá medo de ver suas costas”. Esta declaração é um perfeito resumo do relacionamento de Jó com o Todo-Poderoso.  O patriarca temia a Deus não porque tivesse medo dEle; temia-o, porque nEle encontrava a verdadeira felicidade. Como poderia Jó viver longe do Senhor? A semelhança de Thomas Browne poderia ele afirmar: “Temo a Deus, contudo não tenho medo dEle”.

2.   A esposa de Jó   -   A esposa de Jó — uma crente sem crença. Sim! Uma crente sem crença! Assim era a esposa de Jó. Pelo menos é o que se conclui das palavras que lhe dirige o patriarca quando ela o instigou a amaldiçoar a Deus: “Falas como qualquer doida” (Jó 2.10). Ora, se o princípio da sabedoria é o temor a Deus, a loucura espiritual só pode advir do destemor e da irreverência ao Todo-Poderoso. Logo: era a esposa de Jó uma mulher que, até aquele momento, não tivera ainda uma experiência real com o Senhor Deus. Limitara-se ela a desfrutar das bênçãos sem ligar qualquer importância ao Abençoador.   O vocábulo hebraico usado para descrever a esposa de Jó é nebalôt. A palavra não denota apenas alguém destituído de juízo; indica prioritariamente uma pessoa caracterizada pela falta de recato e pudor. Seria este o fiel retrato da mulher do patriarca? Agora compreendo por que Charles Spurgeon veio a endereçar a Deus esta oração: “Senhor, livra-nos das mulheres que são anjos nas ruas, santas nas igrejas e demônios no lar”. E bem provável que o príncipe dos pregadores tivesse em mente a esposa de Jó.  A mulher de Jó limitara-se a receber os benefícios do Senhor, sem jamais se preocupar em santificar lhe o nome. Se a mãe era incrédula, como poderiam os filhos ser crentes? Se utilitarista a mãe, como haveriam os filhos de ser piedosos? Se louca a mãe, como sábios os filhos? J. Edgar Hoover, fundador do FBI, depois de lidar com tantos malfeitores, chegou a uma conclusão que, conquanto óbvia, não deixa de ser dolorosa:  “Ninguém nasce criminoso; ele é gerado nos lares”. Teria a impiedade dos filhos de Jó nascido exatamente daquela mulher que os dera à luz, e, depois, entregou-os às trevas?  Certamente ela os induziu à idolatria. Exteriormente, aqueles jovens adoravam ao Deus de seu pai; interiormente, bendiziam aos deuses de sua inconsequente mãe.

3.   Os filhos de Jó   -   O seu grande bem-estar junto aos seus filhos é observado como um exemplo da sua prosperidade; pois os nossos consolos temporários são emprestados, dependem de outros, sim, daqueles que nos cercam. O próprio •Jó menciona isso como uma das maiores alegrias da sua condição próspera, a presença de seus filhos ao seu redor, cap. 29.5. Eles se revezavam na realização de banquetes em certas ocasiões (v. 4); iam e festejavam em suas casas. Era uma satisfação para esse bom homem:  1. Ver os seus filhos crescerem e se estabelecerem no mundo. Todos os seus filhos estavam em suas próprias casas, provavelmente casados, e a cada um deles ele havia dado um dote suficiente para que se estabelecesse. Aqueles que foram como plantas de oliveira à roda da sua mesa, foram deslocados para as suas próprias mesas.  2. Vê-los prosperar em seus negócios, tornando-se capazes de oferecer banquetes uns aos outros, assim como se sustentarem. Os bons pais desejam, auxiliam e se regozijam pela riqueza e pela prosperidade dos seus filhos como se estas fossem deles próprios.   3. Vê-los com saúde, sem nenhuma doença em suas casas, pois isso teria estragado as suas festas e as transformado em pranto.   4. Especialmente vê-los viver em amor, harmonia, afeição mútua, sem disputas ou brigas entre si, sem estranheza nem vergonha um do outro, sem avareza, mas, embora cada um soubesse o que era seu, vivessem com tanta liberdade como se houvessem tido tudo em comum. E confortador para os corações dos pais e agradável aos olhos de todos verem os irmãos unidos dessa forma. Quão bom e quão agradável é! Salmo 133.1.  5. Contribuía para o seu bem-estar ver os irmãos tão gentis para com as suas irmãs, que eles manda buscar para festejar com eles; pois estas eram tão humildes que não teriam ido se não lhes tivessem mandado buscar. Os irmãos que desprezam as suas irmãs, que não gostam da sua companhia, e que não se preocupam com o seu bem-estar, são mal criados, possuem uma natureza mesquinha e má, e são muito diferentes dos filhos de Jó. Parece que os seus banquetes eram tão sóbrios e tão decentes que as suas irmãs eram uma boa companhia para eles nestas ocasiões.    6. Eles realizavam banquetes em suas próprias casas, não em tavernas, que não eram tão respeitáveis e onde estariam mais sujeitos às tentações.   Não acreditamos que o próprio Jó tenha participado com eles desses banquetes. Indubitavelmente eles o convidavam, e ele teria sido o convidado mais bem-vindo em quaisquer de suas mesas; ele não se conservava distante por qualquer ressentimento ou temperamento mal humorado, ou por ausência de afeto natural, mas porque era velho e não sentia mais prazer nessas coisas, como Barzilai (2 Sm 19.35).  Também pode ser que ele acreditasse que os jovens se sentiriam mais à vontade e alegres se não houvesse ninguém mais além deles próprios naquelas ocasiões. Contudo, Jó não privaria os seus filhos daqueles momentos de alegria que ele negava a si mesmo. Pode ser permitida aos jovens uma liberdade juvenil, contanto que evitem as luxúrias juvenis.

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                    II.    LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA

1.   Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos   -   Seus bens mais queridos e mais valiosos eram os seus dez filhos; e, para concluir a tragédia, uma notícia lhe foi trazida ao mesmo tempo de que eles estavam mortos e enterrados em meio às ruínas da casa na qual festejavam, junto com todos os criados que os serviam, exceto um que veio rapidamente com a essa notícia w. 18,19.    Esta foi a maior das perdas de Jó, e que o atingia mais de perto; e por isso o diabo a reservou para o final, para que se as outras contrariedades falhassem, esta pudesse fazê-lo amaldiçoar a Deus. Nossos filhos são partes de nós mesmos; é muito difícil separarmo-nos deles, e isso fere um bom homem da maneira mais profunda possível. Mas separar-se de todos eles de uma vez, e o fato de estarem todos mortos, sim, aqueles que haviam sido por tantos anos a sua preocupação e a sua esperança, era algo que o atingia realmente no âmago do seu ser.   (1) Eles morreram todos juntos, e nenhum deles foi deixado vivo. Davi, embora sendo um homem sábio e bom, ficou completamente transtornado por causa da morte de um filho. Imagine quão duramente isso se abateu sobre o pobre Jó, que perdeu todos, e, em um instante, tornou-se um homem sem filhos!    (2) Eles morreram inesperadamente. Se eles tivessem sido levados por uma doença prolongada, Jó teria tido um prazo para esperar pela morte deles, e se preparar para a separação; mas isso lhe sobreveio sem qualquer aviso.   (3) Eles morreram quando estavam festejando e se divertindo. Se eles tivessem morrido de repente quando estivessem orando, ele poderia ter suportado isso de uma maneira mais suave. Ele teria esperado que a morte os tivesse encontrado em um bom estado de espírito se o seu sangue tivesse sido misturado com o seu banquete, pois ele próprio costumava ficar preocupado que eles tivessem pecado e amaldiçoado a Deus em seus corações – que tal dia lhes chegasse sem aviso, como um ladrão à noite, quando talvez suas cabeças estivessem sobrecarregadas com alguma intemperança e até mesmo com alguma embriaguez – isso só podia aumentar em muito o seu sofrimento, considerando a sensível preocupação que ele sempre teve pela alma de seus filhos, e que eles estavam agora fora do alcance dos sacrifícios que ele costumava ofertar de acordo com o número deles todos. Observe como as coisas ocorrem igualmente a todos. Os filhos de Jó eram, constantemente, o objeto das orações do pai, e viviam em amor recíproco, e ainda assim chegaram a esse final prematuro.  (4) Eles morreram pela ação de um vento suscitado pelo diabo, que é o príncipe das potestades do ar (Ef 2.2), mas o fato foi considerado como uma ação direta da mão de Deus, e um sinal da sua ira. Assim Bildade a interpretou (cap. 8.4): Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão. (5) Eles foram levados quando Jó mais precisava deles, para confortá-lo por todas as suas outras perdas. As criaturas, sim, todas elas, são os consoladores mais miseráveis. Somente em Deus temos um socorro bem presente em todos os momentos.

2.   Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher     -   Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete. Este versículo reforça a segunda linha do vs. 1 do capítulo. Visto que o fim de tudo é a morte, e nela está o descanso dos sofrimentos e das excentricidades da vida, é melhor ir a um lugar onde as pessoas estejam lamentando a morte de um amigo ou parente, do que ir a um salão de banquete, onde há excessos e folguedos insensatos. Na casa da lamentação, um homem é mais autêntico, porquanto ele vê em que realmente a vida consiste: nada.   Dessa maneira, ele obtém uma espécie de sabedoria que não há na ingestão de bebidas e alimentos e em meio aos cânticos; tal homem obtém maior clareza sobre a vaidade da vida. Tendo conseguido sabedoria superior, ele se contentará com alguns prazeres simples que acompanharão sua triste viagem através da mortalidade (ver Eclesiastes 2.24-25); no entanto, se fosse indagado acerca desses prazeres, ele não os defenderia como valores reais. O autor sagrado criticava o hedonismo e recomendava, por implicação, o epicurismo.

3.    Fidelidade ao Senhor em meio à dor    -   Preste atenção na primeira palavra. Não sabemos quanto tempo se passou entre Jó ter ouvido as notícias e sua reação a elas. E possível que tenha ficado ali todo o resto da tarde. Pode ter ido aos tropeços até a porta para ver na distância, com seus próprios olhos, os remanescentes da casa, agora uma ruína, onde estavam os corpos de seus filhos. Pode ser que tenha reagido apenas depois dos funerais, enquanto ficava ao lado das dez sepulturas novas. Depois de suportar golpes tão brutais, as palavras não têm grande propósito.   O homem estava despedaçado, até o mais fundo de seu coração, tendo perdido tudo. O grande pregador escocês do passado recente, Alexander Whyte, disse muito bem: “As tristezas de Jó não vieram uma de cada vez, mas em batalhões.”    O homem talvez tenha ficado ao relento, sob as estrelas, até que o orvalho o molhasse. Finalmente, porém, falou. E quando o fez, que resposta notável! O versículo 20 é composto de nove palavras no texto hebraico. Essas palavras descrevem o que Jó fez, antes que o texto nos diga o que ele disse. Cinco das nove palavras são verbos. A Bíblia que uso contém 18 palavras no versículo 20; mas, mesmo assim, 5 são verbos. Ao ler a Bíblia, sempre preste atenção nos verbos. Eles o levam por toda a ação de uma narrativa, ajudando você a entrar vicariamente no evento.   Em primeiro lugar, Jó se ergueu do chão. Ele “se levantou”.  O verbo seguinte nos diz algo estranho. Ele “rasgou o seu manto”.  A palavra traduzida manto é um termo que descreve uma peça de vestuário que se ajusta frouxamente ao corpo, como uma roupa usada por cima de outras, que vai até os joelhos. Não se trata de uma túnica vestida por baixo; mas era a peça que o mantinha aquecido à noite. Jó levantou a mão até o pescoço, e não encontrando uma costura, segurou uma parte gasta do tecido, rasgando-a, e nesse ato de rasgar está anunciando sua terrível tristeza. Este foi o ato de um homem angustiado.   O termo é usado várias vezes no Antigo Testamento para descrever o luto profundo.   Lemos então o terceiro verbo: “Rapou a cabeça.” O cabelo é sempre representado nas Escrituras como a glória do indivíduo, uma expressão do seu valor. Rapar a cabeça é, portanto, um símbolo da perda da glória pessoal. Seu quarto ato é cair no chão, mostrando o seu sofrimento em nível extremo. Vamos deixar bem claro que não se tratava de alguém sofrendo um colapso por causa da tristeza: o propósito era inteiramente outro. E isto que retrata o heroísmo da perseverança de Jó. Ele não chafurda e se lamenta, mas adora.  O verbo hebraico significa “cair prostrado em completa submissão e adoração”. Ouso dizer que a maioria de nós nunca adorou desse modo! Ou seja, com o rosto no chão, deitado de comprido. Esta era considerada na época a expressão mais sincera de obediência e submissão ao Deus Criador.  Antes de continuar, eu gostaria de sugerir que você tentasse isso um dia. Com as palmas das mãos para baixo, de bruços, com os joelhos e pés tocando o solo, corpo estendido, enquanto derrama o coração em adoração. É a posição tomada deliberadamente por Jó.  Completa e humilde submissão.  A essa altura, o único que está lançando maldições é Satanás. Ele ficou com ódio de tudo! Detestou a reação de Jó. Apesar de todos aqueles acontecimentos funestos, o homem continuou adorando o seu Deus – aquele que permitiu que as catástrofes acontecessem.  Em um milhão de pessoas não haveria uma que fizesse isso, mas foi o que Jó fez. Os espíritos perversos ficaram boquiabertos, por assim dizer, ao observarem um homem que reagiu a todas as adversidades com adoração; que concluiu todos os seus ais adorando. Nenhuma acusação.  Nenhuma amargura. Nenhuma maldição. Nada de punhos cerrados contra o céu, gritando: “Como ousas fazer isto comigo, depois de ter andado contigo todos esses anos?” Nada disso.

Em Jó 2.8, vemos Jó sentado sobre cinzas ou sobre lixo. Mas ali lixo de cinzas é o que mais provavelmente está em vista. Ver a exposição naquele ponto. Ele não se cortou nem se mutilou, conforme os pagãos costumavam fazer. A lei mosaica e os costumes hebreus não permitiam a mutilação.




                    III.    OS CRISTÃOS E O LUTO

1.   Não culpe a Deus    -   Jó perde tudo, mas conserva a sua fé em Deus (vv. 20,21): “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá. O Senhor o deu, o Senhor o tirou, bendito seja o nome do Senhor.” Este é o espírito difícil de se encontrar na terra.   Quem quer que tenha sido o autor do livro, a sua teologia era boa: Deus acima de tudo. Ele dá e tira. Por esta mostra e outras é que julgamos ter sido Moisés o autor do livro, porque só um homem que tivesse grandes experiências com Deus poderia ter escrito estas palavras. Moisés tivera tudo no Egito: honras, glórias, palácios, criados e cortesãos.  De um momento para outro, perdeu tudo e virou um simples pastor, nos áridos campos de Midiã. Ele era um artista, como bem nos demonstram muitos passos da Bíblia, bem assim um grande poeta, como vemos em Deuteronômio, capítulos 32 e 33 e Sal. 90. A ideia geral desta expressão encontra-se em diversos passos da Bíblia, especialmente em I Tim. 6:7. Isto, entretanto, não resolve tudo.  O “ventre de minha mãe” deve ser uma bela expressão poética, como ventre da mãe-terra, a mãe que tudo dá. É isso que diversos comentadores pensam, mas também pode ser uma forma de exprimir uma outra verdade, como em João 3:4. Preferimos aceitar a verdade tal qual está expressa, mesmo que seja posta em forma de figura (veja Gên. 3:19). A verdade mais admirável é que Jó não acusou a Deus, não se queixou. A palavra no original significa insipidez, coisa sem sabor, como a clara do ovo, e, literalmente, é como falta de discernimento moral.   Qualquer que seja a interpretação, o nome exceleo de Deus ficou incólume. Deus tem o direito de tirar, porque é Ele quem dá. Então, por Jó o fato foi visto como natural. Se Deus é o Senhor de tudo e dá a quem quer, e tira de quem quer, não há motivo de queixa. Foi isso precisamente o que Jó entendeu; tudo vem de Deus e Ele dá e tira como lhe apraz. É uma lição que vale a pena aprender, mas nem sempre estamos devidamente preparados.

2.   Vivendo o luto    -   Ando de luto, sem a luz do sol. Pálido de dor, Jó não podia ver o sol de um novo dia. Ele se pôs de pé na assembleia de sua aldeia e chorou; mas nenhum homem lhe trouxe alívio, nenhum ser humano se importou com a sua alma.   O hebraico original, vocalizado de maneira diferente, pode falar sobre protetor ou guardião, em lugar de “sol”. Jó continuou suas lamentações, mas nenhum homem veio protegê-lo, ninguém saiu em seu socorro. Ou podemos traduzir a palavra “sol” como quente, conforme faz a Vulgata Latina. Nesse caso, Jó continuou em sua ira contra a dor, indignado pelo que lhe estava acontecendo. Mas esse também era um esforço inútil, pois não trouxe nenhuma mudança em seu estado de saúde.   “Tal era a extrema angústia de sua alma que quando uma multidão de gente se punha ao redor dele para vê-lo em suas aflições, ele não podia conter-se e explodia em lágrimas e choro, embora soubesse que isso era impróprio para um homem de sua idade e de seu caráter” (John Gill, in loc.).  Ando de luto. Por causa de sua enfermidade; ou, figurativamente, mediante as divinas chamas da aflição; ou então por causas das trevas, pois o sol de um novo dia recusava-se a brilhar.

3.   Mantendo a esperança   -   Como cristãos, lamentamos nossas perdas porque sentimos profundamente a falta de nossos entes queridos, mas recebemos o conforto de nosso conhecimento, de que aqueles que morreram em Cristo estão agora desfrutando com júbilo a presença de Cristo (Lc 23.43; Fp 1.23), e um dia teremos uma reunião esplêndida na eternidade (4.17).    Podemos confiantemente falar da morte como sendo a “passagem” de um estágio de existência para outro mais glorioso e eterno. Jesus, por meio de sua própria morte e ressurreição, destruiu a morte (2 Tm 1.10). Assim, pelo fato de não ter poder sobre Cristo (Rm 6.9-10), não terá também poder sobre nós, pois estamos nEle. Certamente podemos morrer antes da vinda de Jesus, mas a morte não nos separará do gozo do amor eterno de Deus (8.38,39). A morte não é o fim mórbido da existência; é, sim, uma graduação ou promoção para sermos mais vivos do que os limites da existência terrena jamais poderiam permitir.   No versículo 14, com uma expressão de fé, “cremos”, Paulo confirma a base da nossa esperança. As implicações são claras e consoladoras: se Jesus morreu e ressuscitou (e Ele o fez!), então temos todas as razões para acreditar que “também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”. Sua ressurreição é a forte garantia, ou as primícias, de que todos aqueles que pertencem a Ele também ressuscitarão (Rm 8.11; 1 Co 15.20,23; 2 Co 4.14).






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico A. T.  Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II, Warren W. Wiersbe   - Editora Central Gospel. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico 1 Tessalonicenses, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico A. T. Jó a Cantares de Salomão, Matthew Henry - Editora CPAD.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Livro Jó um homem de tolerância heroica, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão. 

Comentário bíblico Jó O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Proposito, Claudionor C. Andrade - Editora CPAD.

Comentário bíblico Jó Uma interpretação do sofrimento humano, Antônio N. Mesquita - Editora JUERP.

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sexta-feira, 19 de maio de 2023

LIÇÃO 09 - UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA.

 

PB. Junio - Congregação Boa Vista II.



                            TEXTO ÁUREO

"Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (GL 6.7)


                    VERDADE PRÁTICA

Tudo o que os membros da família plantarem colherão. Essa é uma lei universal de Deus que pode ser constatada na própria natureza.


   LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2SM 3.2-5; 5. 13-15; 12. 10-13a



                                INTRODUÇÃO

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No livro de Levítico 18 o Senhor instrui Moisés a respeito dos casamentos ilícitos. Em Levítico 18.6, o Senhor disse a Moisés para ordenar a Israel: “Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez”. Em seguida, o ato de descobrir a nudez de alguém, tinha a ver com a união sexual, não só a nudez do pai, nem a da mãe, da irmã, da sobrinha, nora, tia ou tio. Esses mandamentos tinham um caráter moral, físico e espiritual. O Senhor deu a ordem a Moisés acerca dessa prática proibindo o incesto. Nos dicionários a palavra incesto deriva do latim incestum que se refere a uma prática considerada impura e suja. O termo pode ser entendido na sua etimologia, a começar pelo prefixo ins e o sufixo cestus que pode significar uma deformação de castus que quer dizer casto; puro. Por isso, incesto transmite a ideia de não casto.  Independentemente da definição dos dicionários, a simples união parental, como no caso de Abrão e Sarai, que eram irmãos, filhos do mesmo pai Tera e de mães diferentes, não fez com que perdessem a bênção de Deus sobre suas vidas. Pelo contrário, da união deles nasceu o filho da promessa de Deus.   Davi tinha agora cerca de 50 anos, talvez um pouco mais. Ele reinara aproximadamente 20 anos e se distinguira como um homem de Deus, compositor de salmos, pastor fiel, guerreiro valente no campo de batalha e líder do seu povo. Ele não só guiou o povo com justiça, como deu-lhe a música gloriosa dos salmos. Davi era um homem de paixão e compaixão.  Como acabamos de observar, foi ele que protegeu Mefibosete, mantendo a promessa feita a Jônatas e a Saul, demonstrando graça e dando honra. Ao examinarmos o próximo segmento da vida de Davi, compreenda que não estamos estudando a vida de um rebelde selvagem ou de um pervertido sexual. Ele caiu, porém, num período de pecado e esse pecado teve consequências desastrosas para a sua família, seu reino e sua nação. O pecado sempre traz consequências. E por isso que temos de cuidar para não cair, quer tenhamos cinquenta, sessenta, dez, vinte, trinta ou quarenta anos. Ninguém é jovem ou velho demais para isso.   A vida de Davi neste ponto era como uma onda que, perdendo o rumo, batia constantemente contra a barragem da maré, chocando-se contra as demais ondas num mar revolto. Desprevenido e num momento de fraqueza, ele desmoronou e pagou um preço terrível.

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                I.   O REI DAVI E SUA GRANDE FAMÍLIA

1.   Davi, o ungido por Deus   -  Davi é Ungido. O óleo santo (ver I Sam. 9.25; 10.1 e 16.1) foi
usado para ungir o segundo dos reis de Israel. Mediante esse ato, o reinado de Saul foi formalmente substituído, embora ele ainda continuasse no poder por algum tempo, a fim de cuidar do restante dos acontecimentos necessários em sua vida. Como no caso de Saul, o Espírito de Deus veio sobre Davi para capacitá-lo à missão. Ver I Sam. 10.6,10; 11.6.   
O Espírito, no tempo do Antigo Testamento, ia e vinha, ajudando e capacitando em tempos de crise e momentos especiais. O fraseado do versículo, “daquele dia em diante”, pode significar a presença contínua do Espirito, ou que a vinda do Espírito sobre Davi era constante, tendo havido muitos incidentes semelhantes. Através dessa unção espiritual, que se seguiu à unção com azeite, as qualidades necessárias para o reinado foram transmitidas a Davi.    Ό efeito da descida do Espírito do Senhor sobre Davi foi que o jovem pastor cresceu para tornar-se um herói, um estadista, um erudito, um sábio, um rei de profunda visão” (Ellicott, in loc.).  “Essa era a autenticação sobrenatural da vontade de Deus. Posteriormente, Davi foi ungido rei de Judá (ver II Sam. 2.4) e, mais tarde ainda, de todo Israel (ver II Sam. 5.3)” (Eugene M. Merrill, in loc.). Foi assim que o poder espiritual pousou sobre aqueles a quem Deus escolheu para Seu serviço. Cf. Juí. 3.10; 6.34; 14.6; I Sam. 10.10; 16.13.   Davi, filho de Jessé, era neto de Rute e Boaz (ver Rute 4.18-21) e estava na linhagem da promessa, descendendo de Abraão através de Isaque e Jacó. A dinastia real deveria vir através de Rute (4.11). Ver uma ilustração da linhagem de Davi em I Sam. 17.12.

2.   Davi, o homem de Deus    -   Por fim, Deus fez Davi o rei dos filhos de Israel. Quando [Saul] foi retirado (v. 22) por má administração, Ele lhes levantou como rei a Davi e estabeleceu um concerto de realeza com ele e sua descendência. Quando Deus retirava um rei, Ele não os deixava como ovelhas sem pastor, mas logo levantava outro. Ele levantou Davi, de condição social baixa e humilde, e o levantou ern altura (2 Sm 23.1).    Paulo cita o testemunho que Deus deu de Davi. Em primeiro lugar, que a escolha foi divina: Achei a Davi (v. 22; SI 89.20). O próprio Deus o escolheu. Achar implica em buscar, como se Deus tivesse rebuscado todas as famílias de Israel para achar um homem adequado aos seus propósitos, e Ele achou Davi. Em segundo lugar, que o caráter era divino: Davi é varão conforme o meu coração (v.22).    Deus escolheu alguém em quem a sua imagem estivesse impressa, sendo, portanto, alguém em quem Ele se agradava e a quem Ele aprovava. Este caráter foi dado a Davi antes de ele ser ungido: Já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração (1 Sm 13.14), e o homem é Davi. Em terceiro lugar, que o comportamento era divino e sob a orientação divina: Davi […] executará toda a minha vontade (v. 22). Ele desejou e se empenhou em fazer a vontade de Deus porque recebeu capacidade para isso, foi usado ao fazer isso e pôs isso em prática.    Tudo isso mostra o favor especial de Deus aos filhos de Israel (fato que o apóstolo deseja que reconheçam à força) e outros favores de outra natureza que Deus guardara para eles e que agora, pela pregação do evangelho, lhes eram oferecidos. A libertação do Egito e a conquista de Canaã eram sombra dos bens futuros (Hb 10.1).   As mudanças de governo davam a entender que as coisas não se aperfeiçoavam (Hb 7.19). Portanto, tinham de ceder lugar para o Reino espiritual do Messias, que estava sendo instalado e, caso os ouvintes de Paulo aceitassem esse Reino e se submetessem a ele, seria para glória do povo israelita (Lc 2.32). Não havia a menor necessidade de terem ciúme da pregação do evangelho, como se tivesse a mínima tendência a danificar as verdadeiras excelências da igreja judaica.

3.    A grande família de Davi   -   Davi, baseava sua vida sentimental na experiência dos reis ao seu redor, por isso, ele nunca conseguiu ser um homem de família, como seu pai Jessé. Ele teve, pelo menos, oito esposas, as quais cinco delas eram solteiras quando se casaram com ele, e três já haviam sido casadas. Estas três últimas foram Abigail, Ainoã e Bate-Seba. Pela sua história, o rei pouco pensava sobre os filhos gerados, por isso, sempre enfrentou crises com esses filhos.    Se voltarmos ao livro de Gênesis, iremos perceber que o Criador estabeleceu um modelo de união conjugal que só poderia acontecer entre um homem e uma mulher (Gn 2.18-25). O princípio que regia o casamento era a monogamia, mas séculos depois temos a história de Davi que, a despeito de ser um homem temente a Deus e gozar da sua bondade, não conseguia dominar sua concupiscência e valia-se de sua posição de rei para dar-se ao luxo de ter várias esposas e concubinas (1Sm 18.27; 1Cr 3.1-9; 1Cr 14.3). É difícil uma pessoa ser bem-sucedida e não se tornar segura e indulgente em relação à carne. A fraqueza de Davi foi o fato de que quando ele se estabeleceu em seu reino, tomou mais esposas (v. 3); mas a prole numerosa que ele teve aumentou a sua honra e força.   Ora, os filhos são uma herança do Senhor. Temos uma relação dos filhos de Davi, não só em Samuel, mas neste livro (cap). 3-lss.), e agora aqui novamente; porque era uma honra para eles o fato de terem um pai como este.


                II.   FILHOS E PARENTES NA CASA DE DAVI

1.   Tamar   -  No hebraico, “palmeira” ou “tâmara (palmeira)”

Uma filha de Davi com Maaca, irmã de Absalão e meia-irmã do depravado Amnom, o filho mais velho de Davi. Sua mãe era Ainoa, uma jezreelita (II Sam. 3.2). Depois de elaborado planejamento, ele conseguiu estuprar Tamar, cometendo fomicação, incesto e estupro ao mesmo tempo!   Depois foi a vez de Absalão fazer o planejamento de assassinato. Ele acabou matando Amnom, para constrangimento de Davi que, contudo, não tomou nenhuma atitude, o que combinou com sua inação no caso do estupro de Tamar. Ver a história toda contada em II Sam. cap. 13. A época foi em tomo de 980 a.C.

2.   Absalão   - ABSALÀO

No hebraico quer dizer «o pai é da paz», terceiro filho de Davi e seu único filho com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur (II Sam. 3:3), nascido em 1000 A.C. Era admirado por sua beleza sem defeito, distinguido por sua longa e vasta cabeleira. O peso inconveniente da mesma compelia-o a cortá-la a cada ano, orçando em cerca de 2 kg. Os registros a respeito variam. A Septuaginta fala em cerca de 1,1 kg.

A poligamia produziu seus frutos fatais, engendrando o ciúme entre as famílias das várias esposas, cada qual com seu próprio lar (II Sam. 13:8; 14:24). A lassidão sexual fomentou a paixão de Davi, que terminou em adultério e homicídio, além de muitos vexames sofridos. Absalão foi apenas uma dimensão dessa história.   A narrativa de Tamar. Com Maacá, Davi teve uma filha, Tamar, que se tornou uma bela mulher. Foi estuprada pelo filho mais velho de Davi, Amom (II Sam. 13:1,20), em cerca de 1050 A.C. Absalão, seu irmão, conservou-a reclusa em sua casa e planejou vingar-se. Esperou por dois anos inteiros, e então convidou todos os filhos de Davi para a festa da tosquia das ovelhas, em Baal-Hazor, perto de Efraim. Davi também foi convidado, mas não aceitou o convite, embora os demais convidados tivessem atendido. Houve comidas e bebidas, e os servos de Absalão, segundo orientações prévias, no momento em que menos se esperava, assassinaram Amom. Os restantes fugiram para Jerusalém e contaram o ocorrido a Davi, para sua grande consternação. Então Absalão foi para Gesur e ali, permaneceu por três anos com seu avô, o rei Talmai (Ver II Sam. 13:30-38).  A volta a Jerusalém. Absalão continuava muito amado por seu pai, e desejava poder voltar. Através da mediação de Joabe, Davi o chamou de volta. Porém, durante mais dois anos, não foi admitido à presença do rei. Finalmente, a reconciliação foi completa (ver II Sam. 14:21-33), em 1036 A.C.   Ambições de Absalão. Ele começou a traçar planos mais ousados. Amom, o irmão mais velho, estava morto. Restava ainda Quileabe; mas somente Absalão era de nobre nascimento, por meio de sua mãe, filha de um rei. Parece que seu irmão mais velho morreu cedo, pois após II Sam. 3:3 não há mais menção a seu respeito. Portanto, ali estava Absalão, o filho restante mais velho, e o pai ficando cada vez mais idoso. Todavia, se assim quisesse fazê-lo, o rei poderia rejeitar Absalão e escolher um dos filhos mais jovens. Tal direito foi eventualmente exercido por Davi, e Salomão veio a tornar-se rei, embora não fosse ele o herdeiro presuntivo, por questão de idade. O trecho de II Sam. 7:12 havia predito que o rei seria sucedido por um filho que na época da profecia, ainda não havia nascido. Muitos sabiam disso, talvez incluindo o próprio Absalão. Ele agiu astutamente, furtando a lealdade de muitos para a sua causa (ver II Sam. 15:6), insinuando que dispensaria a justiça melhor do que o seu pai estava fazendo (ver II Sam. 15:2-4).   A revolta. A campanha de Absalão foi ganhando vulto. Quatro anos depois de seu retorno de Gesur a Jerusalém, ele estava preparado para dar seu golpe. Retirou-se para uma antiga capital de Davi, Hebrom, e ali declarou-se rei. Contava com maciço apoio popular, pelo que Davi deixou Jerusalém e foi para Maanaim, do outro lado do Jordão (II Sam. 15:7-18), para proteger-se e para planejar a resistência.   Triunfo de Davi em Jerusalém. Absalão, ouvindo que Davi abandonara Jerusalém, para ali se dirigiu e apossou-se do poder sem qualquer oposição. Aitofel, ex-conselheiro de Davi, ajudava Absalão. A sabedoria desse homem era tão grande que suas opiniões eram tidas como oráculos, em Jerusalém (ver II Sam. 15:30,31). Isso fortaleceu ainda mais a causa de Absalão. Davi enviou Husai, para tentar fazer virar a maré. Aitofel aconselhou Absalão a perseguir imediatamente a Davi, antes que este tivesse tempo de recuperar-se do golpe recebido (ver II Sam. 17:1,2); mas Husai, procurando ganhar tempo, persuadiu Absalão a não arriscar uma possível derrota, mas a reunir forças de todo Israel tão superiores que garantisssem a vitória. Fatalmente para Absalão, ele ouviu esse conselho. Entrementes, Davi reuniu suas forças. Davi conseguiu reunir uma força poderosa, três divisões comandadas por Joabe, Abisai e Itai (ver II Sam. 18:2).   A batalha. Joabe era o comandante-em-chefe. Sua tática foi de atrair o adversário para os bosques, para então cercá-lo. Isso foi feito, e os homens de Absalão foram destruídos facilmente, — 20.000 deles, enquanto que os demais fugiram. Isso teve lugar na floresta de Efraim (II Sam. 18:3-6).  Morte de Absalão. Este montou em uma mula ligeira, mas enquanto fugia, os galhos de uma árvore enroscaram-se em seus longos cabelos e ele ficou suspenso no ar. Davi havia ordenado que não o matassem, mas Joabe apressou-se ao lugar e o transpassou com três dardos. Seu corpo foi arriado e lançado em uma cova, com um montão de pedras por cima (II Sam. 18:7-17) em cerca de 967 A.C.   A tristeza de Davi. O amor do rei por seu filho    Absalão não se abatera, e a notícia da morte de. Absalão causou amarga tristeza a Davi (II Sam. 18:24-33). Seu lamento era: «Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti. Absalão, meu filho, meu filho!» Essas palavras têm sido aproveitadas na composição de um breve mas lindo hino. Davi parece ter sido um pai amoroso, mas fraco, com seus favoritos, o que talvez tivesse sido um fator no desvio de Absalão. 

3.   Amnom   -   No hebraico significa fiel. É o nome de duas pessoas no Antigo Testamento.  O filho mais velho de Davi e Ainoã, a jezreelita (ver II Sam. 3:2 e I Crô. 3:1). Ele nasceu em Herom, em cerca de 1056 A.C. Estuprou sua própria meia-irmã Tamar, e dois anos depois foi assassinado por Absalão, irmão de Tamar, por causa desse ato. Ver a narrativa em II Sam. 13.

4.   Jonadabe   -  Algumas versões grafam esse nome com a forma de Jeonadabe.   Esse nome significa «Yahweh impele». Mas outros estudiosos interpretam-no como «Yahweh é nobre» ou «Yahweh é liberal».   Um sobrinho de Davi, filho de Siméria, irmão de Davi. Jonadabe era homem inescrupuloso e cheio de truques, pelo que causou muitas dificuldades. Ajudou a seu primo e amigo, Amom, filho de Davi, a obter satisfação para seus desejos incestuosos, o que resultou na violentação de Tamar. Tamar era meio irmã de Amom e irmã de Absalão.   Por causa disso, Amom acabou sendo assassinado por ordens de Absalão. Daí resultou uma guerra civil, com a consequente brecha política em Israel. Apesar de toda essa participação de Jonadabe, parece que, pelo menos durante algum tempo ainda, ele continuou a desfrutar de intimidade com a casa real (II Sam. 13:1-33).

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                    III.   O PROBLEMA  MORAL NA FAMÍLIA DE DAVI

1.  As consequências de sua falta de domínio próprio   -   Os Grandes Pecados de Davi. Nos países do Oriente, parte da glória de um monarca consistia no seu harém, recheado de mulheres de prestígio. O gráfico n° 1, sob o primeiro ponto, acima, ilustra o fato de que Davi praticava uma forma de franca poligamia. É difícil o homem moderno adaptar-se a certas práticas dos costumes antigos. Podemos estar certos de que Davi era admirado, em seus dias, por sua situação polígama. Seja como for, esse tipo de liberalidade sexual masculina não impedia ultrajantes casos de adultério. Assim, em momento de lazer, Davi observou Bate-Seba enquanto ela se banhava, e ele viu quão bonita ela era.   Acabou sentindo que deveria te-la como mulher. E mesmo quando, sob investigação soube que ela era casada com Urias, um militar hitíta de seu exército, Davi deu prosseguimento ao seu plano. Mandou chamá-la imediatamente. Tolamente, alguns intérpretes observam que ela não resistiu aos avanços dele, fazendo-a culpada também. Mas isso ignora dois importantes fatores: em primeiro lugar, quando um rei chamava, a pessoa atendia. Um monarca antigo era uma autoridade absoluta, e Davi era homem violento. Em segundo lugar, as mulheres não tinham direitos, e mesmo quando as leis as protegiam, essas leis geralmente eram ignoradas.   A fim de tentar ocultar o sem pecado, Davi resolveu livrar-se de Urias, e arranjou as coisas de modo que ele fosse morto em batalha, mediante o recuo das tropas israelitas, deixando-o em uma posição indefensível. Que Davi tenha conseguido isso, comprova o que acabo de dizer sobre o poder absoluto e a brutalidade dos reis da antiguidade. Esses eram pecados que não podiam ser remidos, quanto à lei da colheita segundo a semeadura. Portanto, a partir daquele instante, a vida de Davi começou a desintegrar-se. Ele havia mandado matar um homem inocente, a fim de tentar ocultar um grave pecado. Por essa razão, nunca mais a espada afastou-se de sua família (II Sam. 12:10).

2.   Incesto e morte na família   -   Amnom, queimando de desejo sexual, não quis ouvir nem esperar ou casar. Não escutou os gritos da moça nem os de sua própria consciência. A mulher era inocente, estava sendo forçada (Deu. 22.25-19); Amnom pagaria pelo crime de estupro (vero vs. 12) com a sua própria vida.      A experiência humana nos ensina que, freqüentemente, o amor rejeitado torna-se ódio. O amor criminoso de Amnom logo se tornou um ódio criminoso. Ele não se casaria com Tamar, mesmo se Davi, o rei, insistisse. “A gratificação de suas paixões violentas foi seguida por uma aversão igualmente violenta e irracional. A poesia de amor do mundo é cheia deste tipo de reação. As fontes do amor e do ódio se situam próximas” (George B. Caird, in loc.).   Ganse Little, in loc., fala corretamente sobre o fenômeno da reação da culpa. A culpa perverte o bom senso e o raciocínio e pratica muitos males. A paixão proibida tira a “tampa da lata de ódio”, e todo o seu conteúdo sai com força. Existe a maldição da consciência violada que inspira perversidades. A novela de Conrad, Lord Jim, ilustra bem como o homem assombrado por uma consciência violada continua praticando seus ultrajes contra outros. Pessoas que detestam a si mesmas são elementos perigosos na sociedade.    A possessão demoníaca é quase impossível sem o ambiente do ódio, que o Diabo usa para substituir o amor de Deus. O amor é a essência da espiritualidade (I João 4.8 ss.); o ódio é a “espiritualidade” do demônio.  Existe também o Odium Theologicum (também anotado no Dicionário) que pessoas “espirituais” praticam com entusiasmo. Qualquer tipo de ódio é uma doença da alma.   “É característica da natureza humana odiar alguém a quem se tem prejudicado” (Tácito).     O verdadeiro amor não se modifica, e muito menos torna-se ódio, mas paixão sexual não é amor. O caminho desse tipo de paixão para o ódio é curto. Amnom fez esta viagem em segundos. Levanta-te, e vai-te. Com estas palavras patéticas e cruéis, Amnom, com raiva, mandou a pobre Tamar embora. Para ele, ela tinha se tornado nada, e ele quis livrar-se dela para sempre. Semeou semente amarga e recolheria sua própria morte, a morte prematura que os hebreus tanto receavam.

 

O rei, presumivelmente, desapontou Absalão, recusando seu convite, mas, na realidade, o alegrou com sua “negligência”. Para suavizar, por sugestão de Absalão, ele mandou Amnom como seu representante. Logo a execução seria efetuada, para consternação do rei que de nada suspeitava. Para ser ainda mais generoso, o rei mandou outros filhos seus com Amnom. Absalão insistiu na presença de Amnom na festa, o que poderia ter levantado suspeitas sobre o motivo verdadeiro, mas o texto não dá nenhuma indicação de que o rei tivesse noção da farsa de Absalão. O próprio Amnom estava ansioso por encontrar-se em qualquer lugar onde houvesse vinho, canções e mulheres.   Absalão, de sua parte, mostrou ansiedade em ter todos os filhos do rei na festividade. Talvez ele já planejasse eliminar seus rivais para tomar o trono de Davi e reinar no seu lugar. Pouco depois, ele entraria em plena rebelião contra seu pai, procurando tornar-se rei.    As profecias de desastres feitas por Natã contra Davi e sua família estavam se realizando. Ver II Sam. 12.10.   A Septuaginta acrescenta, imediatamente antes deste versículo, “e Absalão fez uma festa de rei”, isto é, a festividade era tão elaborada que se tornou “real” e gloriosa; alguma coisa que somente um rei poderia realizar. No meio daquela festividade magnificente, Amnom, de súbito, perderia sua vida, e a vingança do estupro de Tamar seria realizada, brutalmente, do mesmo modo que Amnom tinha agido contra sua irmã.    Não temais. Absalão garantiu para seus homens que o ajudariam a matar Amnom, que eles não sofreriam nenhuma retaliação do rei. Teria sido “ele”, o grande Absalão, o futuro rei, quem teria dado ordens, pois na mente daquele homem, brevemente ele assumiria o poder como rei. Assim, a rebelião de Absalão contra Davi já estava florescendo.   Foi natural para os homens de Absalão obedecer, por ele ser um príncipe em Israel e um homem de autoridade. Provavelmente, já teria havido conversa entre eles sobre a “boa” possibilidade de que Absalão logo seria o rei. Matar pelo futuro rei era um privilégio para eles, não um crime.   O ato terrível foi realizado com facilidade surpreendente, e com brutalidade típica dos tempos. A maioria dos outros filhos do rei, se não todos, vendo o que estava acontecendo, fugiu, cavalgando seus asnos. O vs. 27 nos mostra que Absalão quis todos os filhos do rei na festividade, provavelmente com a intenção de matar todos. Se isto fosse parte de seu plano, então Absalão só frustrara, mas o objetivo principal de seu plano teve final esplêndido.  Ainda restavam alguns rivais, mas o sábio matador podia cuidar deles em outras ocasiões. De qualquer maneira, era procedimento comum em famílias reais do Oriente, em caso de matanças, determinar quem seria o sucessor do rei. Compare-se com os casos de Abimeleque, Jeú e Atalia. Ver Jui. 9.5; II Reis 19.1-7; 11.1. De fato, famílias reais do Oriente se comportavam como um bando de selvagens para obter e reter poder. Laços familiares tinham pouca importância.

3.    Vigilância, proximidade e exemplo    -   “fazei tudo para a glória de Deus”. Tudo o que o cristão fizer, qualquer decisão tomada, deve ser “para a glória de Deus” (v.31; cf. 6.20; Cl 3.17), não por presunção, auto- satisfação ou afirmação de seus “direitos”.

Paulo lança o seguir o princípio: Fazei tudo para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (10.31). O primeiro princípio é não escandalizar o irmão. O segundo é que Deus seja glorificado. Deus nunca é glorificado se com a minha liberdade eu estou causando escândalo e tropeço para o meu irmão.   A glória de Deus não é promovida onde uso minha liberdade para fazer o irmão tropeçar e cair. Não temos o direito de usar nossa liberdade cristã para ferir a comunhão fraternal.

O apóstolo aproveita a ocasião desse discurso para estabelecer uma regra geral para a conduta dos cristãos e aplicá-la a este caso particular (w. 31,32), a saber, que no comer e no beber, e em tudo o que fizermos, devemos ter por alvo a glória de Deus, em agradá-lo e honrá-lo. Este é o princípio fundamental da religiosidade prática. A grande finalidade de toda religião prática é dirigir-nos para onde são necessárias regras claras e particulares.   Nada deve ser feito contra a glória de Deus e contra o bem de nosso próximo, relacionado com ela. Além disso, a tendência de nosso comportamento para o bem comum, e o crédito de nossa santa religião, devem dar orientação para isso.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II, Warren W. Wiersbe   - Editora Central Gospel. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico 1 Corintios, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Atos a Apocalipse, Matthew Henry - Editora CPAD.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

BARCLAY. William. Comentário Bíblico Efesios, William Barclay.

Livro Davi, Um homem Segundo o Coração de Deus, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão. 

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