Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

sexta-feira, 19 de maio de 2023

LIÇÃO 09 - UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA.

 

PB. Junio - Congregação Boa Vista II.



                            TEXTO ÁUREO

"Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (GL 6.7)


                    VERDADE PRÁTICA

Tudo o que os membros da família plantarem colherão. Essa é uma lei universal de Deus que pode ser constatada na própria natureza.


   LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2SM 3.2-5; 5. 13-15; 12. 10-13a



                                INTRODUÇÃO

https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178

No livro de Levítico 18 o Senhor instrui Moisés a respeito dos casamentos ilícitos. Em Levítico 18.6, o Senhor disse a Moisés para ordenar a Israel: “Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez”. Em seguida, o ato de descobrir a nudez de alguém, tinha a ver com a união sexual, não só a nudez do pai, nem a da mãe, da irmã, da sobrinha, nora, tia ou tio. Esses mandamentos tinham um caráter moral, físico e espiritual. O Senhor deu a ordem a Moisés acerca dessa prática proibindo o incesto. Nos dicionários a palavra incesto deriva do latim incestum que se refere a uma prática considerada impura e suja. O termo pode ser entendido na sua etimologia, a começar pelo prefixo ins e o sufixo cestus que pode significar uma deformação de castus que quer dizer casto; puro. Por isso, incesto transmite a ideia de não casto.  Independentemente da definição dos dicionários, a simples união parental, como no caso de Abrão e Sarai, que eram irmãos, filhos do mesmo pai Tera e de mães diferentes, não fez com que perdessem a bênção de Deus sobre suas vidas. Pelo contrário, da união deles nasceu o filho da promessa de Deus.   Davi tinha agora cerca de 50 anos, talvez um pouco mais. Ele reinara aproximadamente 20 anos e se distinguira como um homem de Deus, compositor de salmos, pastor fiel, guerreiro valente no campo de batalha e líder do seu povo. Ele não só guiou o povo com justiça, como deu-lhe a música gloriosa dos salmos. Davi era um homem de paixão e compaixão.  Como acabamos de observar, foi ele que protegeu Mefibosete, mantendo a promessa feita a Jônatas e a Saul, demonstrando graça e dando honra. Ao examinarmos o próximo segmento da vida de Davi, compreenda que não estamos estudando a vida de um rebelde selvagem ou de um pervertido sexual. Ele caiu, porém, num período de pecado e esse pecado teve consequências desastrosas para a sua família, seu reino e sua nação. O pecado sempre traz consequências. E por isso que temos de cuidar para não cair, quer tenhamos cinquenta, sessenta, dez, vinte, trinta ou quarenta anos. Ninguém é jovem ou velho demais para isso.   A vida de Davi neste ponto era como uma onda que, perdendo o rumo, batia constantemente contra a barragem da maré, chocando-se contra as demais ondas num mar revolto. Desprevenido e num momento de fraqueza, ele desmoronou e pagou um preço terrível.

COMPARTILHEM NAS
SUAS REDES SOCIAIS.


                I.   O REI DAVI E SUA GRANDE FAMÍLIA

1.   Davi, o ungido por Deus   -  Davi é Ungido. O óleo santo (ver I Sam. 9.25; 10.1 e 16.1) foi
usado para ungir o segundo dos reis de Israel. Mediante esse ato, o reinado de Saul foi formalmente substituído, embora ele ainda continuasse no poder por algum tempo, a fim de cuidar do restante dos acontecimentos necessários em sua vida. Como no caso de Saul, o Espírito de Deus veio sobre Davi para capacitá-lo à missão. Ver I Sam. 10.6,10; 11.6.   
O Espírito, no tempo do Antigo Testamento, ia e vinha, ajudando e capacitando em tempos de crise e momentos especiais. O fraseado do versículo, “daquele dia em diante”, pode significar a presença contínua do Espirito, ou que a vinda do Espírito sobre Davi era constante, tendo havido muitos incidentes semelhantes. Através dessa unção espiritual, que se seguiu à unção com azeite, as qualidades necessárias para o reinado foram transmitidas a Davi.    Ό efeito da descida do Espírito do Senhor sobre Davi foi que o jovem pastor cresceu para tornar-se um herói, um estadista, um erudito, um sábio, um rei de profunda visão” (Ellicott, in loc.).  “Essa era a autenticação sobrenatural da vontade de Deus. Posteriormente, Davi foi ungido rei de Judá (ver II Sam. 2.4) e, mais tarde ainda, de todo Israel (ver II Sam. 5.3)” (Eugene M. Merrill, in loc.). Foi assim que o poder espiritual pousou sobre aqueles a quem Deus escolheu para Seu serviço. Cf. Juí. 3.10; 6.34; 14.6; I Sam. 10.10; 16.13.   Davi, filho de Jessé, era neto de Rute e Boaz (ver Rute 4.18-21) e estava na linhagem da promessa, descendendo de Abraão através de Isaque e Jacó. A dinastia real deveria vir através de Rute (4.11). Ver uma ilustração da linhagem de Davi em I Sam. 17.12.

2.   Davi, o homem de Deus    -   Por fim, Deus fez Davi o rei dos filhos de Israel. Quando [Saul] foi retirado (v. 22) por má administração, Ele lhes levantou como rei a Davi e estabeleceu um concerto de realeza com ele e sua descendência. Quando Deus retirava um rei, Ele não os deixava como ovelhas sem pastor, mas logo levantava outro. Ele levantou Davi, de condição social baixa e humilde, e o levantou ern altura (2 Sm 23.1).    Paulo cita o testemunho que Deus deu de Davi. Em primeiro lugar, que a escolha foi divina: Achei a Davi (v. 22; SI 89.20). O próprio Deus o escolheu. Achar implica em buscar, como se Deus tivesse rebuscado todas as famílias de Israel para achar um homem adequado aos seus propósitos, e Ele achou Davi. Em segundo lugar, que o caráter era divino: Davi é varão conforme o meu coração (v.22).    Deus escolheu alguém em quem a sua imagem estivesse impressa, sendo, portanto, alguém em quem Ele se agradava e a quem Ele aprovava. Este caráter foi dado a Davi antes de ele ser ungido: Já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração (1 Sm 13.14), e o homem é Davi. Em terceiro lugar, que o comportamento era divino e sob a orientação divina: Davi […] executará toda a minha vontade (v. 22). Ele desejou e se empenhou em fazer a vontade de Deus porque recebeu capacidade para isso, foi usado ao fazer isso e pôs isso em prática.    Tudo isso mostra o favor especial de Deus aos filhos de Israel (fato que o apóstolo deseja que reconheçam à força) e outros favores de outra natureza que Deus guardara para eles e que agora, pela pregação do evangelho, lhes eram oferecidos. A libertação do Egito e a conquista de Canaã eram sombra dos bens futuros (Hb 10.1).   As mudanças de governo davam a entender que as coisas não se aperfeiçoavam (Hb 7.19). Portanto, tinham de ceder lugar para o Reino espiritual do Messias, que estava sendo instalado e, caso os ouvintes de Paulo aceitassem esse Reino e se submetessem a ele, seria para glória do povo israelita (Lc 2.32). Não havia a menor necessidade de terem ciúme da pregação do evangelho, como se tivesse a mínima tendência a danificar as verdadeiras excelências da igreja judaica.

3.    A grande família de Davi   -   Davi, baseava sua vida sentimental na experiência dos reis ao seu redor, por isso, ele nunca conseguiu ser um homem de família, como seu pai Jessé. Ele teve, pelo menos, oito esposas, as quais cinco delas eram solteiras quando se casaram com ele, e três já haviam sido casadas. Estas três últimas foram Abigail, Ainoã e Bate-Seba. Pela sua história, o rei pouco pensava sobre os filhos gerados, por isso, sempre enfrentou crises com esses filhos.    Se voltarmos ao livro de Gênesis, iremos perceber que o Criador estabeleceu um modelo de união conjugal que só poderia acontecer entre um homem e uma mulher (Gn 2.18-25). O princípio que regia o casamento era a monogamia, mas séculos depois temos a história de Davi que, a despeito de ser um homem temente a Deus e gozar da sua bondade, não conseguia dominar sua concupiscência e valia-se de sua posição de rei para dar-se ao luxo de ter várias esposas e concubinas (1Sm 18.27; 1Cr 3.1-9; 1Cr 14.3). É difícil uma pessoa ser bem-sucedida e não se tornar segura e indulgente em relação à carne. A fraqueza de Davi foi o fato de que quando ele se estabeleceu em seu reino, tomou mais esposas (v. 3); mas a prole numerosa que ele teve aumentou a sua honra e força.   Ora, os filhos são uma herança do Senhor. Temos uma relação dos filhos de Davi, não só em Samuel, mas neste livro (cap). 3-lss.), e agora aqui novamente; porque era uma honra para eles o fato de terem um pai como este.


                II.   FILHOS E PARENTES NA CASA DE DAVI

1.   Tamar   -  No hebraico, “palmeira” ou “tâmara (palmeira)”

Uma filha de Davi com Maaca, irmã de Absalão e meia-irmã do depravado Amnom, o filho mais velho de Davi. Sua mãe era Ainoa, uma jezreelita (II Sam. 3.2). Depois de elaborado planejamento, ele conseguiu estuprar Tamar, cometendo fomicação, incesto e estupro ao mesmo tempo!   Depois foi a vez de Absalão fazer o planejamento de assassinato. Ele acabou matando Amnom, para constrangimento de Davi que, contudo, não tomou nenhuma atitude, o que combinou com sua inação no caso do estupro de Tamar. Ver a história toda contada em II Sam. cap. 13. A época foi em tomo de 980 a.C.

2.   Absalão   - ABSALÀO

No hebraico quer dizer «o pai é da paz», terceiro filho de Davi e seu único filho com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur (II Sam. 3:3), nascido em 1000 A.C. Era admirado por sua beleza sem defeito, distinguido por sua longa e vasta cabeleira. O peso inconveniente da mesma compelia-o a cortá-la a cada ano, orçando em cerca de 2 kg. Os registros a respeito variam. A Septuaginta fala em cerca de 1,1 kg.

A poligamia produziu seus frutos fatais, engendrando o ciúme entre as famílias das várias esposas, cada qual com seu próprio lar (II Sam. 13:8; 14:24). A lassidão sexual fomentou a paixão de Davi, que terminou em adultério e homicídio, além de muitos vexames sofridos. Absalão foi apenas uma dimensão dessa história.   A narrativa de Tamar. Com Maacá, Davi teve uma filha, Tamar, que se tornou uma bela mulher. Foi estuprada pelo filho mais velho de Davi, Amom (II Sam. 13:1,20), em cerca de 1050 A.C. Absalão, seu irmão, conservou-a reclusa em sua casa e planejou vingar-se. Esperou por dois anos inteiros, e então convidou todos os filhos de Davi para a festa da tosquia das ovelhas, em Baal-Hazor, perto de Efraim. Davi também foi convidado, mas não aceitou o convite, embora os demais convidados tivessem atendido. Houve comidas e bebidas, e os servos de Absalão, segundo orientações prévias, no momento em que menos se esperava, assassinaram Amom. Os restantes fugiram para Jerusalém e contaram o ocorrido a Davi, para sua grande consternação. Então Absalão foi para Gesur e ali, permaneceu por três anos com seu avô, o rei Talmai (Ver II Sam. 13:30-38).  A volta a Jerusalém. Absalão continuava muito amado por seu pai, e desejava poder voltar. Através da mediação de Joabe, Davi o chamou de volta. Porém, durante mais dois anos, não foi admitido à presença do rei. Finalmente, a reconciliação foi completa (ver II Sam. 14:21-33), em 1036 A.C.   Ambições de Absalão. Ele começou a traçar planos mais ousados. Amom, o irmão mais velho, estava morto. Restava ainda Quileabe; mas somente Absalão era de nobre nascimento, por meio de sua mãe, filha de um rei. Parece que seu irmão mais velho morreu cedo, pois após II Sam. 3:3 não há mais menção a seu respeito. Portanto, ali estava Absalão, o filho restante mais velho, e o pai ficando cada vez mais idoso. Todavia, se assim quisesse fazê-lo, o rei poderia rejeitar Absalão e escolher um dos filhos mais jovens. Tal direito foi eventualmente exercido por Davi, e Salomão veio a tornar-se rei, embora não fosse ele o herdeiro presuntivo, por questão de idade. O trecho de II Sam. 7:12 havia predito que o rei seria sucedido por um filho que na época da profecia, ainda não havia nascido. Muitos sabiam disso, talvez incluindo o próprio Absalão. Ele agiu astutamente, furtando a lealdade de muitos para a sua causa (ver II Sam. 15:6), insinuando que dispensaria a justiça melhor do que o seu pai estava fazendo (ver II Sam. 15:2-4).   A revolta. A campanha de Absalão foi ganhando vulto. Quatro anos depois de seu retorno de Gesur a Jerusalém, ele estava preparado para dar seu golpe. Retirou-se para uma antiga capital de Davi, Hebrom, e ali declarou-se rei. Contava com maciço apoio popular, pelo que Davi deixou Jerusalém e foi para Maanaim, do outro lado do Jordão (II Sam. 15:7-18), para proteger-se e para planejar a resistência.   Triunfo de Davi em Jerusalém. Absalão, ouvindo que Davi abandonara Jerusalém, para ali se dirigiu e apossou-se do poder sem qualquer oposição. Aitofel, ex-conselheiro de Davi, ajudava Absalão. A sabedoria desse homem era tão grande que suas opiniões eram tidas como oráculos, em Jerusalém (ver II Sam. 15:30,31). Isso fortaleceu ainda mais a causa de Absalão. Davi enviou Husai, para tentar fazer virar a maré. Aitofel aconselhou Absalão a perseguir imediatamente a Davi, antes que este tivesse tempo de recuperar-se do golpe recebido (ver II Sam. 17:1,2); mas Husai, procurando ganhar tempo, persuadiu Absalão a não arriscar uma possível derrota, mas a reunir forças de todo Israel tão superiores que garantisssem a vitória. Fatalmente para Absalão, ele ouviu esse conselho. Entrementes, Davi reuniu suas forças. Davi conseguiu reunir uma força poderosa, três divisões comandadas por Joabe, Abisai e Itai (ver II Sam. 18:2).   A batalha. Joabe era o comandante-em-chefe. Sua tática foi de atrair o adversário para os bosques, para então cercá-lo. Isso foi feito, e os homens de Absalão foram destruídos facilmente, — 20.000 deles, enquanto que os demais fugiram. Isso teve lugar na floresta de Efraim (II Sam. 18:3-6).  Morte de Absalão. Este montou em uma mula ligeira, mas enquanto fugia, os galhos de uma árvore enroscaram-se em seus longos cabelos e ele ficou suspenso no ar. Davi havia ordenado que não o matassem, mas Joabe apressou-se ao lugar e o transpassou com três dardos. Seu corpo foi arriado e lançado em uma cova, com um montão de pedras por cima (II Sam. 18:7-17) em cerca de 967 A.C.   A tristeza de Davi. O amor do rei por seu filho    Absalão não se abatera, e a notícia da morte de. Absalão causou amarga tristeza a Davi (II Sam. 18:24-33). Seu lamento era: «Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti. Absalão, meu filho, meu filho!» Essas palavras têm sido aproveitadas na composição de um breve mas lindo hino. Davi parece ter sido um pai amoroso, mas fraco, com seus favoritos, o que talvez tivesse sido um fator no desvio de Absalão. 

3.   Amnom   -   No hebraico significa fiel. É o nome de duas pessoas no Antigo Testamento.  O filho mais velho de Davi e Ainoã, a jezreelita (ver II Sam. 3:2 e I Crô. 3:1). Ele nasceu em Herom, em cerca de 1056 A.C. Estuprou sua própria meia-irmã Tamar, e dois anos depois foi assassinado por Absalão, irmão de Tamar, por causa desse ato. Ver a narrativa em II Sam. 13.

4.   Jonadabe   -  Algumas versões grafam esse nome com a forma de Jeonadabe.   Esse nome significa «Yahweh impele». Mas outros estudiosos interpretam-no como «Yahweh é nobre» ou «Yahweh é liberal».   Um sobrinho de Davi, filho de Siméria, irmão de Davi. Jonadabe era homem inescrupuloso e cheio de truques, pelo que causou muitas dificuldades. Ajudou a seu primo e amigo, Amom, filho de Davi, a obter satisfação para seus desejos incestuosos, o que resultou na violentação de Tamar. Tamar era meio irmã de Amom e irmã de Absalão.   Por causa disso, Amom acabou sendo assassinado por ordens de Absalão. Daí resultou uma guerra civil, com a consequente brecha política em Israel. Apesar de toda essa participação de Jonadabe, parece que, pelo menos durante algum tempo ainda, ele continuou a desfrutar de intimidade com a casa real (II Sam. 13:1-33).

COMPARTILHEM NAS SUAS
REDES SOCIAIS.

https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178



                    III.   O PROBLEMA  MORAL NA FAMÍLIA DE DAVI

1.  As consequências de sua falta de domínio próprio   -   Os Grandes Pecados de Davi. Nos países do Oriente, parte da glória de um monarca consistia no seu harém, recheado de mulheres de prestígio. O gráfico n° 1, sob o primeiro ponto, acima, ilustra o fato de que Davi praticava uma forma de franca poligamia. É difícil o homem moderno adaptar-se a certas práticas dos costumes antigos. Podemos estar certos de que Davi era admirado, em seus dias, por sua situação polígama. Seja como for, esse tipo de liberalidade sexual masculina não impedia ultrajantes casos de adultério. Assim, em momento de lazer, Davi observou Bate-Seba enquanto ela se banhava, e ele viu quão bonita ela era.   Acabou sentindo que deveria te-la como mulher. E mesmo quando, sob investigação soube que ela era casada com Urias, um militar hitíta de seu exército, Davi deu prosseguimento ao seu plano. Mandou chamá-la imediatamente. Tolamente, alguns intérpretes observam que ela não resistiu aos avanços dele, fazendo-a culpada também. Mas isso ignora dois importantes fatores: em primeiro lugar, quando um rei chamava, a pessoa atendia. Um monarca antigo era uma autoridade absoluta, e Davi era homem violento. Em segundo lugar, as mulheres não tinham direitos, e mesmo quando as leis as protegiam, essas leis geralmente eram ignoradas.   A fim de tentar ocultar o sem pecado, Davi resolveu livrar-se de Urias, e arranjou as coisas de modo que ele fosse morto em batalha, mediante o recuo das tropas israelitas, deixando-o em uma posição indefensível. Que Davi tenha conseguido isso, comprova o que acabo de dizer sobre o poder absoluto e a brutalidade dos reis da antiguidade. Esses eram pecados que não podiam ser remidos, quanto à lei da colheita segundo a semeadura. Portanto, a partir daquele instante, a vida de Davi começou a desintegrar-se. Ele havia mandado matar um homem inocente, a fim de tentar ocultar um grave pecado. Por essa razão, nunca mais a espada afastou-se de sua família (II Sam. 12:10).

2.   Incesto e morte na família   -   Amnom, queimando de desejo sexual, não quis ouvir nem esperar ou casar. Não escutou os gritos da moça nem os de sua própria consciência. A mulher era inocente, estava sendo forçada (Deu. 22.25-19); Amnom pagaria pelo crime de estupro (vero vs. 12) com a sua própria vida.      A experiência humana nos ensina que, freqüentemente, o amor rejeitado torna-se ódio. O amor criminoso de Amnom logo se tornou um ódio criminoso. Ele não se casaria com Tamar, mesmo se Davi, o rei, insistisse. “A gratificação de suas paixões violentas foi seguida por uma aversão igualmente violenta e irracional. A poesia de amor do mundo é cheia deste tipo de reação. As fontes do amor e do ódio se situam próximas” (George B. Caird, in loc.).   Ganse Little, in loc., fala corretamente sobre o fenômeno da reação da culpa. A culpa perverte o bom senso e o raciocínio e pratica muitos males. A paixão proibida tira a “tampa da lata de ódio”, e todo o seu conteúdo sai com força. Existe a maldição da consciência violada que inspira perversidades. A novela de Conrad, Lord Jim, ilustra bem como o homem assombrado por uma consciência violada continua praticando seus ultrajes contra outros. Pessoas que detestam a si mesmas são elementos perigosos na sociedade.    A possessão demoníaca é quase impossível sem o ambiente do ódio, que o Diabo usa para substituir o amor de Deus. O amor é a essência da espiritualidade (I João 4.8 ss.); o ódio é a “espiritualidade” do demônio.  Existe também o Odium Theologicum (também anotado no Dicionário) que pessoas “espirituais” praticam com entusiasmo. Qualquer tipo de ódio é uma doença da alma.   “É característica da natureza humana odiar alguém a quem se tem prejudicado” (Tácito).     O verdadeiro amor não se modifica, e muito menos torna-se ódio, mas paixão sexual não é amor. O caminho desse tipo de paixão para o ódio é curto. Amnom fez esta viagem em segundos. Levanta-te, e vai-te. Com estas palavras patéticas e cruéis, Amnom, com raiva, mandou a pobre Tamar embora. Para ele, ela tinha se tornado nada, e ele quis livrar-se dela para sempre. Semeou semente amarga e recolheria sua própria morte, a morte prematura que os hebreus tanto receavam.

 

O rei, presumivelmente, desapontou Absalão, recusando seu convite, mas, na realidade, o alegrou com sua “negligência”. Para suavizar, por sugestão de Absalão, ele mandou Amnom como seu representante. Logo a execução seria efetuada, para consternação do rei que de nada suspeitava. Para ser ainda mais generoso, o rei mandou outros filhos seus com Amnom. Absalão insistiu na presença de Amnom na festa, o que poderia ter levantado suspeitas sobre o motivo verdadeiro, mas o texto não dá nenhuma indicação de que o rei tivesse noção da farsa de Absalão. O próprio Amnom estava ansioso por encontrar-se em qualquer lugar onde houvesse vinho, canções e mulheres.   Absalão, de sua parte, mostrou ansiedade em ter todos os filhos do rei na festividade. Talvez ele já planejasse eliminar seus rivais para tomar o trono de Davi e reinar no seu lugar. Pouco depois, ele entraria em plena rebelião contra seu pai, procurando tornar-se rei.    As profecias de desastres feitas por Natã contra Davi e sua família estavam se realizando. Ver II Sam. 12.10.   A Septuaginta acrescenta, imediatamente antes deste versículo, “e Absalão fez uma festa de rei”, isto é, a festividade era tão elaborada que se tornou “real” e gloriosa; alguma coisa que somente um rei poderia realizar. No meio daquela festividade magnificente, Amnom, de súbito, perderia sua vida, e a vingança do estupro de Tamar seria realizada, brutalmente, do mesmo modo que Amnom tinha agido contra sua irmã.    Não temais. Absalão garantiu para seus homens que o ajudariam a matar Amnom, que eles não sofreriam nenhuma retaliação do rei. Teria sido “ele”, o grande Absalão, o futuro rei, quem teria dado ordens, pois na mente daquele homem, brevemente ele assumiria o poder como rei. Assim, a rebelião de Absalão contra Davi já estava florescendo.   Foi natural para os homens de Absalão obedecer, por ele ser um príncipe em Israel e um homem de autoridade. Provavelmente, já teria havido conversa entre eles sobre a “boa” possibilidade de que Absalão logo seria o rei. Matar pelo futuro rei era um privilégio para eles, não um crime.   O ato terrível foi realizado com facilidade surpreendente, e com brutalidade típica dos tempos. A maioria dos outros filhos do rei, se não todos, vendo o que estava acontecendo, fugiu, cavalgando seus asnos. O vs. 27 nos mostra que Absalão quis todos os filhos do rei na festividade, provavelmente com a intenção de matar todos. Se isto fosse parte de seu plano, então Absalão só frustrara, mas o objetivo principal de seu plano teve final esplêndido.  Ainda restavam alguns rivais, mas o sábio matador podia cuidar deles em outras ocasiões. De qualquer maneira, era procedimento comum em famílias reais do Oriente, em caso de matanças, determinar quem seria o sucessor do rei. Compare-se com os casos de Abimeleque, Jeú e Atalia. Ver Jui. 9.5; II Reis 19.1-7; 11.1. De fato, famílias reais do Oriente se comportavam como um bando de selvagens para obter e reter poder. Laços familiares tinham pouca importância.

3.    Vigilância, proximidade e exemplo    -   “fazei tudo para a glória de Deus”. Tudo o que o cristão fizer, qualquer decisão tomada, deve ser “para a glória de Deus” (v.31; cf. 6.20; Cl 3.17), não por presunção, auto- satisfação ou afirmação de seus “direitos”.

Paulo lança o seguir o princípio: Fazei tudo para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (10.31). O primeiro princípio é não escandalizar o irmão. O segundo é que Deus seja glorificado. Deus nunca é glorificado se com a minha liberdade eu estou causando escândalo e tropeço para o meu irmão.   A glória de Deus não é promovida onde uso minha liberdade para fazer o irmão tropeçar e cair. Não temos o direito de usar nossa liberdade cristã para ferir a comunhão fraternal.

O apóstolo aproveita a ocasião desse discurso para estabelecer uma regra geral para a conduta dos cristãos e aplicá-la a este caso particular (w. 31,32), a saber, que no comer e no beber, e em tudo o que fizermos, devemos ter por alvo a glória de Deus, em agradá-lo e honrá-lo. Este é o princípio fundamental da religiosidade prática. A grande finalidade de toda religião prática é dirigir-nos para onde são necessárias regras claras e particulares.   Nada deve ser feito contra a glória de Deus e contra o bem de nosso próximo, relacionado com ela. Além disso, a tendência de nosso comportamento para o bem comum, e o crédito de nossa santa religião, devem dar orientação para isso.






Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube


Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil




AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

CANAL YOUTUBE:  PB. JUNIO|PROFºEBD >> Se inscreva em nosso canal... Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304 

Chave do PIX
Banco Mercantil do Brasil





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II, Warren W. Wiersbe   - Editora Central Gospel. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico 1 Corintios, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Atos a Apocalipse, Matthew Henry - Editora CPAD.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

BARCLAY. William. Comentário Bíblico Efesios, William Barclay.

Livro Davi, Um homem Segundo o Coração de Deus, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão. 

https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178

https://professordaebd.com.br/9-licao-2-tri-23-uma-familia-nada-perfeita/?doing_wp_cron=1684496137.4251530170440673828125

https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu feedback

Compartilhem!!!!