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sábado, 5 de julho de 2025

LIÇÃO 02 - A IGREJA DE JERUSALÉM: UM MODELO A SER SEGUIDO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                     TEXTO ÁUREO

"E  perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." (At 2.42)


                    VERDADE PRÁTICA  

A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para os demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2. 37-47




                    INTRODUÇÃO   

Neste capítulo, conheceremos alguns pilares sobre os quais se fundamentou a igreja de Jerusalém. Neste ponto do 1í\to de Atos dos Apóstolos, Lucas registra a conclusão do sermão do apóstolo Pedro e o seu estrondoso resultado — a conversão de quase três mil pessoas! Uma pequena comunidade que contava com pouco mais de uma centena de pessoas agora entra na cifra dos milhares. Precisamos notar que a igreja ainda estava na sua infância, necessitando receber os devidos cuidados para que pudesse ter crescimento e desenvolvimento sadios. 

O Espírito Santo, mediante os apóstolos, cuidou para que isso acontecesse. O que está registrado nessa porção bíblica pode ser visto como os verdadeiros alicerces de uma igreja genuinamente cristã, uma igreja que é mãe e que se tornará modelo para muitas outras. Na narrativa lucana, podemos identificar alguns desses pilares que podemos denominar, sem fazer nenhuma injustiça ao texto, de princípios fundantes da igreja cristã.   São, portanto, os fundamentos da Igreja: o ensino, a comunhão, a Ceia, o partir do pão e a oração.


                I.   UMA IGREJA COM ALICERCES

1.    Uma igreja com fundamento doutrinário    -    CONCEITO DE DOUTRINA:

Doutrinar é ensinar as verdades fundamentais da Bíblia, organizadamente.
É o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a DEUS, a JESUS, ao ESPÍRITO SANTO e Salvação.

A doutrina dos apóstolos.
 
Embora não se possa desassociar das pessoas o ofício que ocupavam, o que constitui o fundamento da igreja não são os apóstolos em si, mas a doutrina que eles ensinavam, ou seja, as Escrituras (At 2.42; 2 Tm 3.16). Os apóstolos receberam a doutrina diretamente de CRISTO (Rm 6.17; 1 Tm 1.3; 2 Pe 3.16). Assim como não se pode mexer na pedra angular depois de colocado o alicerce, igualmente o fundamento da Igreja não pode ser violado. Acerca disso, o Senhor JESUS asseverou: “as minhas palavras não hão de passar” (Lc 21.33). Podemos ver que Paulo recebeu diretamente de JESUS vários ensinos, como, por exemplo, a celebração da Santa Ceia - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23.

A IGREJA E A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS - Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária:
(1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).
(2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver 2.39), e sua presença e poder se manifestarão.
(4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12)
(6) Os crentes expulsarão demônios (5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana (20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15).
(10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9;).
(11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8).
(12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros.


2.    "Perseveravam na doutrina dos apóstolos"    -      Lucas registra que, antes de ascender aos céus, Jesus deu “mandamentos, pelo Espí rito Santo, aos apóstolos que escolhera” (At 1.2). Agora os apóstolos continuavam essa missão doutrinando a Igreja. Vale aqui destacar que a palavra didaché, traduzida aqui como “doutrina”, ocorre 30 vezes no Novo Testamento grego, sendo quatro dessas ocorrências no livro de Atos.1 Por outro lado, o verbo didaskô (ensinar) ocorre noventa e sete vezes, e o substantivo didaskalos (mestre), 59 vezes. A maioria das ocorrências desses vocábulos estão relacionados com o ministério de Jesus. De fato, o ensino aparece em primeiro lugar no tripé ministerial de Jesus; nesta ordem: instrução, pregação e cura (Mt 4.23). O ensino, portanto, sempre foi central no ministério de Jesus. Podemos observar que o ensino de Jesus causava admiração (Mt 7.28); deixava as pessoas maravilhadas (Mt 22.33); produzia impacto (Mc 1.27); e revelava Deus (Jo 7.16).

O educador J. M. Price destaca que: 

 Ninguém esteve melhor preparado, e ninguém se mostrou mais idôneo para ensinar do que Jesus. No que toca às qualificações, bem como noutros mais respeitos, Jesus foi o mestre ideal. Isto é verdade tanto visto do ângulo divino como do humano. No sentido mais profundo, Jesus foi “um mestre vindo da parte de Deus”. Muitos elementos contribuíram para prepará-lo eficientemente para o magistério. Alguns elementos eram meramente humanos; outros, divinos; alguns lhe eram inerentes, e outros, ele os desenvolveu. Quando os consideramos, nos sentimos estimulados e inspirados para cumprir nossa tarefa de professor.2


3.    Uma igreja relacional e piedosa    -   O termo originou-se do substantivo grego (KOINONIA) e também do verbo Omiléô que significa comungar com – At. 20.11; Lc. 24.14, 15; At. 24, 26. O substantivo Koinonia ocorre por dezoito vezes em todo o Novo Testamento – At. 2.42; Rm. 15.26; I Co 1.9; 10.16; II Co 6.14; 8.4; 9.13; 13.13; Gl. 2.9; Fp. 1.5; 2.1; 3.10; Fl. 6; Hb. 13.16; I Jo. 1.3, 6, 7.

 ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À COMUNHÃO
1 – A comunhão começa com o Pai e com o Filho, ampliando-se posteriormente para os filhos de DEUS – Jo. 17. 3, 6, 10, 11, e 14;
2 – Na restauração final haverá a comunhão cósmica e universal – Ef. 1.10,23;
3 – A comunhão é conferida ao crente, com base na oração feita por CRISTO – Jo. 17. 20 e 21;
4 – A nossa comunhão é primeiramente vertical, com DEUS, e depois horizontal, com os outros crentes – I Jo. 1.3; Gl. 29;
5 – A comunhão que desfrutamos envolve a ordenança da Ceia – I Co. 10.17;
6 – A nossa comunhão é dimensionada por meio da oração – II Co. 1.11; Ef. 6.18;
7 – A comunhão pode ser expressa mediante as exortações cristãs – Cl. 3.16;
8 – A comunhão pressupõe a unidade da fé que professamos – Ef. 4.1-3;
9 – A verdadeira comunhão resulta da nossa reconciliação com DEUS – Am. 3.3;
10 – A comunhão plena com DEUS depende da obediência – Jo. 14.23.

A primeira grande condição para obtermos uma vida cristã salutar e autêntica, é certamente, mantermos uma relação íntima com DEUS através da leitura diária da Bíblia e da oração. A segunda condição para que tenhamos uma vida cristã robusta é mantermos uma comunhão íntima com os irmãos da fé. É impossível ser genuinamente cristão, se vivermos isoladamente. Alguém já disse, muito apropriadamente, que quem é ilha nunca chegará a continente. Aliás, depois de experimentarmos as alegrias de uma vida em comunhão, jamais desejaremos viver isolados. Portanto, vamos procurar compreender a comunhão, definindo-a e conceituando-a.

   ORAÇÃO EM COMUNHÃO. VEJA Atos 12 - Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT freqüentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2).

 A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14).




                    II.     UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS 

1.   O Batismo    -   a) A Fórmula do Batismo

Os inimigos da doutrina trinitária, com frequência, se insurgem contra a fórmula batismal dada por JESUS em Mateus 28.19. Por exemplo, citam o apóstolo Pedro dizendo: “... cada um de vós seja batizado em nome de JESUS" (At 2.38), para erroneamente afirmarem que a forma batismal bíblica é "em nome de JESUS", e não "em nome do Pai, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO ". Um escritor cristão do II Século põe fim à questão quanto à forma batismal cristã, quando escreve: "Agora, concernente ao batismo, batizai assim: havendo ensinado todas as coisas, batiza em nome do Pai, do Filho, e do ESPÍRITO SANTO , em água viva (corrente). E se não tiveres água viva, batiza em outra água; e se não podes em água fria, então em água morna. Mas se não tiveres nem uma nem outra, derrama água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO " (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida – Pág.22).

b) O propósito do Batismo

Uma vez que só o salvo pode ser batizado, o batismo não tem como finalidade a salvação do batizando. O ato do batismo se constitui num testemunho público de que aquele que a ele se submete foi regenerado pela fé em JESUS CRISTO. Assim, pelo batismo, o novo crente dá prova de haver morrido para o mundo, estando pronto para ser sepultado e ressuscitado para uma nova vida em CRISTO. No entanto, devemos compreender que se o crente, por uma circunstância inesperada, vier a morrer antes de ser batizado em água, a sua posição de salvo continua inalterada (Lc 23.42,43). Em circunstâncias normais, uma vez que o batismo não se constitui uma opção, mas uma ordenação divina, todos os que crêem devem ser batizados.



"O novo nascimento no Evangelho de João – morrer para a descendência de Adão (semente do pecado), nascer para a descendência de DEUS (nascer da Palavra de DEUS – esta é semente).Encontramos a única menção explícita ao novo nascimento na conversa de JESUS com Nicodemos (3.1-21). JESUS fala a Nicodemos: 'Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS' (v. 3). A réplica de Nicodemos: 'Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?' (v. 4), indica que ele entendeu o comentário de JESUS na esfera humana, física. A interpretação errônea de Nicodemos fornece a JESUS a oportunidade de esclarecer o que queria dizer. Ele fala da necessidade de um novo nascimento espiritual, não de um segundo nascimento físico (vv. 6-8). A interpretação errônea e o esclarecimento resultante dela são refletidos em um jogo de palavras no versículo 3 (repetidas no v. 7). A palavra grega aõthen, traduzida por 'novo', na NVI, pode querer dizer 'de novo' ou 'de cima'. Contudo, o fato de Nicodemos entendê-la com o sentido de 'de novo' leva-o a concluir que JESUS fala de um segundo nascimento físico, mas a resposta de JESUS, registrada nos versículos 6-8, mostra que Ele se refere à necessidade de um nascimento espiritual, um nascimento 'de cima'. Esse novo nascimento não é resultado de nenhum ato humano, só a fé ao ouvir a pregação do evangelho(cf. v.6), a seguir vem a obra do ESPÍRITO SANTO (v. 8). É necessária a atividade sobrenatural do ESPÍRITO de DEUS para realizar esse novo nascimento espiritual no indivíduo.

A regeneração
Quando correspondemos ao chamado divino e ao convite do ESPÍRITO e da Palavra, DEUS realiza atos soberanos que nos introduzem na família do seu Reino: regenera os que estão mortos nos seus delitos e pecados; justifica os que estão condenados diante de um DEUS santo; e adota os filhos do inimigo. Embora estes atos ocorram simultaneamente naquele que crê, é possível examiná-los separadamente.
A regeneração é a ação decisiva e instantânea do ESPÍRITO SANTO, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia) traduzido por "regeneração" aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere a renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor "tirara da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne" (Ez 11.19). DEUS diz: "Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vos o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos" (Ez 36.25,27). DEUS colocará a sua lei "no seu interior e a escreverá no seu coração" Jr 31.33). Ele "circuncidará o teu coração... para amares ao Senhor" (Dt 30.6).
O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a da renovação (Tt 3.5), porém a mais comum é a e nascer gr. gennaõ, gerar ou dar à luz) . JESUS disse: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS" (Jo 3.3). Pedro declara que DEUS, em sua grande misericórdia) "nos gerou de novo para uma viva esperança" (1 Pe 1.3). E uma obra que somente DEUS realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda se faz mister um processo de amadurecimento. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de DEUS, na nossa experiência de CRISTO e do ESPÍRITO e no nosso caráter moral.


2.    A ceia do Senhor    -  O Propósito da Ceia

A Santa Ceia do Senhor tem por finalidade anunciar a nova Aliança (Mt 26.26-28), e se constitui um memorial, conforme ordem expressa do próprio JESUS (Lc 23.19). É uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do Evangelho: Primeiro: A encarnação: Ao partir do pão, ouvimos o apóstolo João a dizer: "E o verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). Segundo: A expiação: As bênçãos incluídas na encarnação nos são concedidas mediante a morte de CRISTO. O simbolismo do pão partido é que o Pão deve ser quebrantado na morte, a fim de ser distribuído entre os espiritualmente famintos. O vinho derramado nos diz que o sangue de CRISTO, o qual é a sua vida, deve ser derramado na morte, a fim de que seu poder purificador e vivificante possa ser outorgado às almas necessitadas. Os elementos usados na Ceia (o pão e o vinho) nos lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de CRISTO, isto é, ter "comunhão com ele". Ao participarmos do pão e do vinho, na Ceia do Senhor, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé, podemos verdadeiramente receber o ESPÍRITO de CRISTO e ser o reflexo do seu caráter.

A Atitude Correta Face à Celebração da Ceia

Em 1 Coríntios 11.24,26,28, o apóstolo Paulo chama a atenção do comungante da Santa Ceia do Senhor, para três direções que essa cerimônia o leva a olhar:

Primeiro: O olhar retrospectivo: Como memorial, todas as vezes em que celebrarmos a Ceia do Senhor, devemos fazê-lo com um olhar retrospectivo, - em direção ao Calvário, onde o Senhor, com o seu próprio sangue, pagou o preço exigido pelo resgate de nossas almas. O Calvário deve ser permanentemente o tema de nossas vidas!

Segundo: O olhar introspectivo: Este é o olhar interior, pessoal uma espécie de sondagem para saber como está a nossa vida diante do Senhor a quem celebramos quando participamos do pão e vinho. Que valor temos dado ao seu sacrifício. Em que posição nos encontramos concernente à nossa comunhão com o Salvador? Este é um dos propósitos Ceia do Senhor. Ela nos estimula a uma reflexão interior sobre os nossos passos na vida cristã.

Terceiro: O olhar expectativo: Finalmente, a Ceia do Senhor também um fator de esperança. Todas as vezes que dela participamos, nossa mente se volta para aquele glorioso dia quando nos assentaremos com o Senhor nas Bordas do Cordeiro (Maturidade Cristã N° 4 – 4° Trimestre - CPAD). O próprio JESUS CRISTO assim se expressou: “E digo-vos que, desde agora que, desde agora, não beberei deste fruto da vide ate aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai" (Mt 26.29). Paulo, em outras palavras reiterou a mesma mensagem: “... anunciais a morte do Senhor até que venha” (1 Co 11.26). 

1. A Santa Ceia é um mandamento do Senhor.

Ele ordenou por duas vezes: "fazei isto em memória de mim" (vv.24,25

2. É um memorial divino.

"Em memória de mim" (vv.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em nosso lugar (1 Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo já realizado (Lc 22.19).

Assim como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão, dever, direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.

3. É uma profecia a respeito da volta de JESUS.

"Anunciais a morte do Senhor até que venha" (v.26). A igreja ao celebrar a Ceia do Senhor, está também anunciando a todos a sua vinda. "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai" (Mt 26.29).

4. Deve ser precedida de autoexame do participante (v. 25).

Trata-se do autojulgamento do cristão diante de DEUS, quanto ao seu estado espiritual (v.31). Esse autoexame deve ser feito com o auxílio do ESPÍRITO SANTO e tendo a nossa consciência alinhada às Escrituras.

 5. A ceia do Senhor e o discernimento espiritual do crente.

Participar da Ceia sem discernir "o corpo do Senhor" (v. 29), é ter os santos elementos da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue de CRISTO.

6. É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos.

"O cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?" (10.16). Portanto, DEUS pode derramar copiosas bênçãos no momento da ceia. Houve milagres na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).

7. A Santa Ceia é um momento de gratidão a DEUS.

Na Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. "E tendo dado graças" (v.24). Em todos os registros da Ceia vemos ação de graças a DEUS: 1 Co 11.24; Mt 26.27; Mc 14.23; Lc 22.19.

8. A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor.

Conforme Lucas 22.14, JESUS levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa, seguida da Ceia do Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a todos sem distinção. A Santa Ceia é para os santos em CRISTO JESUS.

9. É um momento de profunda e solene devoção e louvor a DEUS.

"E, tendo cantado um hino" (Mt 26.30). Como JESUS cantou à sombra da sua cruz, não podemos compreender, nem explicar!

10. A Santa Ceia é alimento espiritual.

Toda ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse SANTO Memorial convictos, pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados espiritualmente.

11. A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa.

"Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (10.21). A Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do cristão (Sl 119.113; Mt 6.24; 2 Co 6.14).




                III.     UMA IGREJA MODELO 

1.    Uma igreja reverente e cheia de dons    -    Talvez o episódio de Ananias e Safira, relatado em Atos 5, possa esclarecer-nos esse fato. Deus parece ter feito do engano desse casal um exemplo singular, tornando-se a única ocasião no Novo Testamento em que Ele puniu alguém com a morte por causa de hipocrisia. Admiro-me quantos funerais nós teríamos, se Deus agisse de maneira semelhante em nossos dias. No entanto, não estamos empobrecidos pela falta daquele santo temor que acompanhou aquela disciplina e trouxe as diversas bênçãos que o acompanharam? Quando Deus tirou publicamente a vida daquele casal mentiroso, somos informados: “E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”. Um forte temor pie- doso permeou a igreja e a comunidade, assegurando o favor divino. Qual era a diferença? Eles aprenderam a temer a Deus, e nós temos esquecido como temê-Lo. Resultados significativos surgiram desse acontecimento, começando com o aumento do poder de cura dos apóstolos. Curar era um dos “sinais do apostolado” outorgado por Cristo para autenticar seus representantes autorizados. Todavia, os homens escolhidos para essa honra não podiam exercer seu poder com a mesma eficácia em todas as ocasiões. Não devemos nos admirar disso, pois mesmo o poder de Cristo foi restringido diante da incredulidade (Mc 6.5). 


2.    Uma igreja acolhedora    -    O ministério da igreja é planejado, saturado em oração e estruturado para que as pessoas sejam acolhidas. A boa recepção no templo, nos grupos de convivência, na Escola Bíblica e no ministério infantil é apenas um pequeno passo.


O acolhimento continua sendo visto na maneira como cada pessoa é tratada nos diferentes contatos que tem com os irmãos; no fortalecimento dos grupos de comunhão e no modo como os diferentes ministérios servem.

Numa igreja acolhedora haverá sempre essa dinâmica: buscar, receber, integrar, pastorear com amor, demonstrar misericórdia e bondade com o necessitado, treinar e enviar para que outros sejam buscados, integrados. E a dinâmica continua sem sofrer interrupções.

Na igreja acolhedora, as pessoas compreendem o valor da comunhão que envolve: relação íntima do crente com o Cristo e uns com os outros (1Co 19; 2Co 13.13; Fp 2.1; 1Jo 1.3,6-7); compartilhar bens materiais para suprir as necessidades de outros; dividir aquilo que tem em sua própria mesa (2Co 8.4; 9.13; Hb 13.16); participação mútua na obra do evangelho, nas dores e alegria do próximo; participar juntos do pão e das orações (At 4.42); Fp 1.5; 3.10).

Uma igreja que cresce e vive em comunhão promove tais oportunidades entre seus membros, mas a igreja por si só não promove a comunhão. A comunhão verdadeira é obra do Espírito Santo.

A igreja acolhedora valoriza os relacionamentos entre os irmãos, que deve ser desfrutada em pequenos grupos. No grupo pequeno você é conhecido, pode adorar, orar, ser edificado, compartilhar suas experiências, contar seus “causos”, evangelizar seus parentes e amigos, abençoar e ser abençoado. Isso gera saúde, acolhimento, unidade e vida na igreja.

A comunhão implica em investimento financeiro para acudir necessidades e necessitados. Ao ajudar, a pessoa coopera sem esperar nada em troca.


3.    Uma igreja adoradora    -    A Igreja é conhecida basicamente como uma comunidade adoradora. Como "povo de DEUS", a Igreja leva consigo associações da sua redenção e do seu destino. Ela foi chamada por DEUS para ser propriedade e herança exclusivamente dele. O apóstolo Paulo diz que "assim como [DEUS] nos escolheu nele [no Senhor JESUS CRISTO] antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO, segundo o beneplácito de sua vontade... predestinados... a fim de sermos para louvor da sua glória... em quem também vós... tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO  da promessa" (Ef 1.4,511-13).

1. A Natureza da Adoração na Igreja

Desse William Temple: "Adoração é o submetimento de todo o nosso ser a DEUS. E tomar consciência de sua santidade; é o sustento da mente com Sua verdade; é a purificação da imaginação por sua beleza; é o apego do coração ao seu amor; é a rendição da vontade aos seus propósitos. E tudo isto se traduz em louvor, a mais íntima emoção, o melhor remédio para o egoísmo que é o pecado original". Dentre tantas vantagens da adoração, como partes do culto da igreja a DEUS destacam-se as seguintes:

-A adoração cria uma atmosfera de redenção.

-A adoração destaca o valor do indivíduo e sua responsabilidade.

-A adoração dá perspectiva à vida.

-A adoração dá ocasião ao companheirismo fraternal.

-A adoração educa.

- A adoração enriquece a personalidade e fortalece o caráter.

-A adoração dá energia para o serviço cristão.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)

https://ebdnatv.blogspot.com/search?q=doutrina+dos+ap%C3%B3stolos

https://ebdnatv.blogspot.com/search?q=comunh%C3%A3o

Lição 7, A Necessidade do Novo Nascimento
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos, assim Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP

https://ministeriofiel.com.br/artigos/bencaos-do-temor-de-deus/









terça-feira, 1 de julho de 2025

LIÇÃO 01 - A IGREJA QUE NASCEU NO PENTECOSTES.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2.4)


                VERDADE PRÁTICA

A Igreja nasce no Pentecostes capacitada pelo Espírito para cumprir sua missão.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2. 1-14




                    INTRODUÇÃO  

A Igreja nasce no dia de Pentecostes e na cidade de Jerusa lém.1 2 Quando, portanto, tratamos do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, há ao menos três fatos a serem levados em conta. Um é de natureza geográfica, outro é de natureza histórica e, por último, temos um de natureza teológica. Geograficamente, a Igreja nasceu na histórica cidade de Jerusalém. Foi na antiga cidade de Davi, durante os primeiros anos do primeiro século, que Deus derramou o seu Espírito de forma copiosa no dia de Pentecostes.- Podemos dizer, então, que a cidade de Jerusalém foi historicamente o berço da primeira Igreja. 

Jerusalém, portanto, é o local de origem da Igreja-mãe de todas as outras igrejas cristãs. Nosso estudo neste capítulo privilegiará o aspecto teológico do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Partindo do capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos, faremos uma análise expositiva do texto bíblico a fim de que possamos assimilar melhor as suas verdades teológicas. Destacaremos que o Pentecostes bíblico foi um evento de natureza teofânica, isto é, visível e audível, demonstrando, dessa forma, a presença de Deus no meio do seu povo. Isso está demonstrado pelo barulho do som como de um vento impetuo so e da manifestação das línguas como de fogo.

 Por outro lado, também destacaremos tanto o propósito como as características do Pentecostes bíblico. Assim, o testemunho cristão aparece como um dos principais propósitos do Pentecostes, enquanto a presença de uma experiência específica e definida aparece como uma das suas principais características e marcas.



                I.    A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1.    Da natureza divina    -     “Cumprindo-se o dia de Pentecostes [...]” (At 2.1). O Pentecostes era uma das principais festas judaicas e era comemorado cinquenta dias depois da Páscoa. A palavra grega pentekosté (Pentecostes), também conhecida como Festa das Semanas ou Festa da Colheita, é uma referência ao quinquagésimo dia depois da Páscoa (cf. Ex 34.22; Dt 16.10). No contexto do antigo pacto, o livro de Deuteronômio 16.9-12 destaca que, durante essa festa, o povo de Deus deveria apresentar ofertas voluntárias (v. 10), expressar alegria (v. 11) e demonstrar gratidão (v. 12). No contexto do novo pacto, foi esse dia que Deus escolheu para derramar o seu Espírito.

 “[...] e, de repente, veio do céu um som, como cie um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que cie fogo, as quais pousaram sobre cada um deles ” (vv. 2,3). Os fenômenos destacados aqui como “um som, como de um vento veemente e impetuoso” e as “línguas repartidas, como que de fogo”, devem ser vistos como sendo de natureza teofânica. J. C. Moyer observa que uma “teofania” diz respeito a uma manifestação  visível ou audível de Deus. É, portanto, uma demonstração de que o Senhor está presente. Nesse aspecto, ele destaca que as teofanias no Antigo Testamento incluem o “aparecimento de um anjo em forma humana (Jz 13); uma chama na sarça ardente (Ex 3.2-6); ou fogo, fumaça e trovões no monte Sinai (Êx 19.18-20)”.

O teólogo Alessandro Barreto observa que: 

 A conexão entre o Sinai e o Pentecoste ressalta a continui dade da revelação divina e a progressão do plano redentor de Deus. No Sinai, Deus deu a Lei a Moisés, estabelecen do a aliança com Israel. No Pentecoste, Deus derramou o Espírito Santo sobre os crentes, inaugurando a nova aliança e capacitando a Igreja para sua missão global. Assim, as manifestações de fogo e som em Atos 2 não apenas ecoam as teofanias do Antigo Testamento, mas também simbolizam a nova era do Espírito, onde a presença de Deus habita em todos os crentes, guiando-os e fortalecendo-os para viverem de acordo com Sua vontade.

 Da mesma forma, I. Howard Marshal, quando trata da ocorrên cia desses fenômenos como manifestações teofãnicas no contexto do livro de Atos dos Apóstolos, destaca que Lucas descreve o som como de um vento “enchendo toda a casa” como algo quase que palpável. Ele observa que fica em relevo o aspecto sobrenatural da teofania, o que relembra, sem sombra de dúvidas, as manifestações de natureza teofânica no Antigo Testamento (2 Sm 22.16; Jó 37.10; Ez 13.13). Nesse aspecto, Marshal ainda observa que o vento é visto como um sinal da presença de Deus como Espírito. Assim, os fenômenos das línguas como de fogo põem em relevo o peso dessa analogia, mostrando mais uma  vez que esse ‘fenômeno relembra as teofanias elo Antigo Testamento, especialmente aquela do Sinai (Êx 19.18)".


2.     Um evento paralelo ao Sinal    -     Essa relação existente entre o Cenáculo(> e o Sinai também é explorada de forma mais exaustiva pelo expositor bíblico G. K. Beale. No entendimento de Beale, é possível perceber-se com clareza as semelhanças entre a teofania do Sinai e os fenômenos do Pentecostes. Beale destaca, por exemplo, que o entendimento que via os fenômenos ocorridos no Sinai como sendo de natureza teofãnica era compartilhado tanto por Filo de Alexandria, um judeu contemporâneo de Jesus e de Paulo, como pelos Manuscritos do Mar Morto.

 Dessa forma, Beale observa que: 

A aparição de “línguas como de fogo’' em Atos 2 ao que parece é uma manifestação do Espírito que reflete uma teofania associada ao templo celestial. Várias considerações indicam isso. Em primeiro lugar, a menção de que “veio do céu um som, como de um vento impetuoso” e de que apareceram “línguas como de fogo” traz à lembrança as teofanias típicas do AT. Deus aparecia nessas teofanias com som de trovão e na forma de fogo. A primeira grande teofa nia do AT foi no Sinai, onde Deus apareceu em meio a um estrondo de “vozes e relâmpagos”, “fogo”, “fumaça” e uma  "‘nuvem espessa” (Êx 19.16-20; 20.18). Esse era o modelo de teofania da maior parte das aparições divinas semelhantes que ocorreram depois no AT. De certa forma, a aparição de Deus no Sinai funciona como pano de fundo quando o Espírito desce no Pentecostes. O Pentecostes comemorava não só as primícias da colheita, mas também, a partir do segundo século a.C., a entrega da Lei por Deus a Moisés no Sinai, o que indica além disso a presença desse pano de fundo em Atos 2 [...]. Se nossa análise estiver correta até aqui, segue que a teofania do Pentecostes também pode ser compreendida como a irrupção de um novo Templo que acaba de surgir no meio do antigo Templo de Jerusalém, que estava sendo superado.

 Assim, a teofania do Pentecostes, como foi aquela do Sinai, a partir da qual a presença de Deus certamente se faria real no Tabernáculo, está diretamente associada com a experiência de Deus habitando na Igreja, que é o seu novo templo. A Igreja, portanto, formada por todos os crentes salvos em Cristo e cheios do Espírito, é a nova habitação de Deus, e não mais o antigo templo judaico. Beale pontua que essa compreensão que associa as “línguas como de fogo” com a presença de Deus na parte mais interior do Tabernáculo, o Santo dos Santos, pode ser encontrada nos Manuscritos do Mar Morto da comunidade de Qumran.

 Beale destaca que: 

 O fato mais surpreendente ainda nesse documento de Qumran é que as “línguas” são uma ocorrência não apenas da presença reveladora de Deus, mas também de sua comunicação profética. Certamente, é isso que acontece no Pentecostes: não apenas as “línguas de fogo” são uma manifestação da presença de Deus em Espírito, mas essa presença também leva as pessoas a “profetizarem” (como está claro em At 2.17,18). O local de onde desce o Espírito de Deus no Pentecostes não  apenas parece que é "‘do céu”, de modo genérico, mas também do Santo dos Santos ou templo celestial.


3.    Centrada em Cristo e nos tempos finais    -    E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 4.6; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)








                II.    O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

1.   Promover a verdadeira adoração    -    Lucas diz que, por ocasião da experiência pentecostal, quan do os crentes falaram em outras línguas, eles estavam com esse ato proclamando as grandezas de Deus (At 2.11). Havia, portanto, uma expressão de louvor na experiência de Pentecostes. Posteriormente, na casa de Cornélio, quando os crentes foram cheios do Espírito, fala ram em línguas e magnificavam a Deus (At 10.46). Não há dúvida, portanto, de que um dos propósitos do batismo pentecostal é levar o cristão a uma profunda adoração a Deus. Sobre o lugar das línguas na adoração, Herald Bredsen, antigo pastor da North County Center, São Marcos, Califórnia, EUA, disse:

 1. As línguas capacitam nosso espírito a se comunicar direta- mente com Deus acima e além da capacidade de compreensão de nossa mente. 2. As línguas liberam o Espírito de Deus em nós. 3. As línguas possibilitam nosso espírito de assumir ascendência sobre a alma e o corpo. 4. As línguas são uma provisão de Deus para fazermos catarse, pelo que são importantes para nossa saúde espiritual. 5. As línguas satisfazem nossa necessidade de toda uma nova linguagem de adoração, oração e louvor.

 Quando o crente expressa-se em adoração em outras línguas, ele está falando consigo mesmo e com Deus (1 Co 14.2; 14.28). Através da oração em línguas, o crente edifica a sua fé (1 Co 14.4). Nesse texto, fica claro o uso privativo do falar em línguas. Assim, as Escrituras mostram que a igreja que dava testemunho público com poder lá fora (At 4.33; 6.3,8; 8.5) era a mesma igreja que antes se edificava a si mesma na adoração privada. Não existe testemunho público sem adoração privada.


2.    Poder para testemunhar    -    Mas como é natural, surge a pergunta: "Que há de diferente e suplementar na experiência chamada batismo no ESPÍRITO SANTO? Respondemos da seguinte maneira: Há um ESPÍRITO SANTO, mas muitas operações desse ESPÍRITO; assim como há uma eletricidade, mas muitas operações dessa eletricidade, a qual aciona fábricas, ilumina as nossas casas, faz funcionar as geladeiras, e efetua muitos outros trabalhos, da mesma maneira, o mesmo ESPÍRITO regenera, santifica, dá vigor, ilumina e reveste de dons especiais. O ESPÍRITO regenera a natureza humana na ocasião da conversão; depois, sendo o ESPÍRITO de santidade que habita no interior, ele produz o "fruto do ESPÍRITO", as características distintivas do caráter cristão. 

Em certas ocasiões, os crentes fazem uma consagração especial e recebem vitória sobre o pecado, e há conseqüente aumento do gozo e paz, experiência que, às vezes, tem sido chamada "santificação", ou uma "segunda obra da graça". Mas além dessas operações do ESPÍRITO SANTO, há outra, cujo propósito especial é dar energia à natureza humana para um serviço para DEUS, resultando em uma expressão externa dum caráter sobrenatural. Duma maneira geral, S. Paulo se refere a essa expressão exterior como "a manifestação do ESPÍRITO" (1Cor. 12:7), talvez em contraste com as operações mais quietas e secretas do ESPÍRITO. No Novo Testamento essa experiência é assinalada por expressões como: "descer sobre", "ser derramado" e "ser cheio com", expressões essas que dão a ideia de algo repentino e sobrenatural. Todas essas expressões são usadas em conexão com a experiência conhecida como o batismo no ESPÍRITO SANTO. (Atos 1:5.) A operação do ESPÍRITO SANTO descrita por essas expressões é tão distinta de suas manifestações quietas e usuais, que os eruditos criaram uma palavra para descrevê-la. Essa palavra é "carismático", duma palavra grega frequentemente usada para designar um revestimento especial de poder espiritual. 

A. B. Bruce, erudito presbiteriano, escreve: A obra do ESPÍRITO era entendida como transcendente, milagrosa e carismática. O poder do ESPÍRITO SANTO em um poder que vinha de fora, produzindo efeitos extraordinários que chamaram a atenção até do observador profano, como Simão o mago. Ao mesmo tempo que reconhece que os cristãos primitivos creram também nas operações santificadoras do ESPÍRITO (ele cita Atos 16:14), e sua inspiração de fé, esperança e amor em seus corações, o mesmo escritor conclui: O dom do ESPÍRITO SANTO veio a significar... o dom de falar em estado de êxtase, e de profetizar com entusiasmo, e curar os doentes pela oração. 

O ponto que desejamos acentuar é o seguinte: o batismo com o ESPÍRITO SANTO, que é um batismo de poder, é de caráter "carismático", a julgar pelas descrições dos resultados desse revestimento. Assim, ao mesmo tempo que admitimos livremente que cristãos são nascidos do ESPÍRITO, e que obreiros têm sido ungidos com o ESPÍRITO, afirmamos que nem todos os cristãos têm experimentado a operação "carismática" do ESPÍRITO, acompanhada por expressão oral, o falar repentino e sobrenatural.





                    III.     CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO 

1.    Uma experiência especifica    -    Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso indica não somente união, mas unida­de no ESPÍRITO SANTO (cf. v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de DEUS, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos...

Um som vindo do céu. No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de DEUS diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? Ou vem simplesmente dos homens? Leia Jeremias 17.9. Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do ESPÍRITO vem do Alto (Lc 24.49Ato 11. 15), mas a Palavra de DEUS nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4).

Observemos que o ESPÍRITO SANTO veio primeiramente como um som. Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). Um som para a igreja louvar a DEUS, com “música de DEUS” (I Cr 16.42Cl 3.16).

O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?

1)     0        vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.

2)     O vento separa a palha do grão (SI 1.4Mt 3.12); o leve do pesado.

3)     O vento move e movimenta água, árvores.

4)     O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16Jo 3.5,8).

5)     O vento limpa árvores, campos, etc.

6)     O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.

7)     O vento não pertence a um clima único; é universal.

8)     O vento move-se continuamente (cf. Ec 1.6Gn 1.2).

9)     O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. Ver também 2 Coríntios 2.14,15.

10)  O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado.

11)  O vento refresca e suaviza no calor.

12)  O vento — o ar — alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que DEUS deu ao profeta sobre um vale

de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o ESPÍRITO assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do ESPÍRITO.

13)  O vento é misterioso (Jo 3.8).

Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do ESPÍRITO de DEUS (Mt 7.25Ef 4.14).

A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (Ato 2.2). Aquele primeiro derramamento do ESPÍRITO ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do ESPÍRITO SANTO, para a igreja.

A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual DEUS iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias.

E devido a grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo — com todas as suas hostes — luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como DEUS cuida da família:

1)      Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.

2)      Antes de julgar o mundo com um dilúvio, DEUS proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).

3)      Em Êxodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.

4)      Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (Ato 16.31) vemos a promessa de DEUS para os chefes de família.

Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”).

Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do ESPÍRITO; não o precede — “Foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores.

Vários dons do ESPÍRITO SANTO são exercidos através da língua, da fala. DEUS usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o ESPÍRITO SANTO,

para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg

3.8)            . Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e 11. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o ESPÍRITO SANTO.

As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do ESPÍRITO SANTO (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por DEUS no momento do batismo com o ESPÍRITO. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia?

Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho. Vejamos a aplicação espiritual desse “fogo do céu”:

1)      O fogo alastra-se, comunica-se.

2)      O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o ESPÍRITO SANTO.

3)      O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de DEUS.

4)      O fogo aquece. A igreja é o corpo de CRISTO. Todo corpo vivo é quente.

5)      O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.

6)      O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

7)      Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de DEUS (2 Cr 7.1I Co 3.16).

“Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”.

Cheios do Espirito SANTO. A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mas pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (Ato 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do ESPÍRITO, usufruí­mos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do ESPÍRITO (cf. Jo 3.8).


2.    Uma experiência definida e contínua    -    Convém destacar aqui que a experiência pentecostal é específica, definida e contínua. Muitos autores gastaram muita tinta na tentativa de negar a separabilidade do batismo pentecostal. Em outras palavras, contrariamente aquilo que é meridianamente claro em Atos dos Apóstolos, eles negam que o batismo no Espírito Santo seja uma experiência separada da conversão. No entendimento desses autores, o batismo no Espírito é recebido no momento da regeneração. Assim, quando alguém é salvo, também é batiza do no Espírito. Nesse aspecto, o batismo no Espírito é visto pela perspectiva da iniciação cristã, e não de uma capacitação cristã, como defendem os pentecostais. Embora a experiência pentecostal possa acontecer concomitantemente com a regeneração (At 10.44-46), são, contudo, experiências distintas.

 R. A. Torrey (1856—1928), ministro batista e autor prolífico, escreveu: 

 O Batismo com o Espírito Santo é uma obra do Espírito Santo separada e distinta de Sua obra regeneradora. Ser regenerado pelo Espírito Santo é uma coisa, ser batizado com o Espírito Santo é algo diferente, algo adicional. Isso é evidente em Atos   1:5. Ali Jesus disse: “Sereis batizados com o Espírito Santo, não muitos dias depois.’' Eles ainda não estavam “batizados com o Espírito Santo.” Mas eles já estavam regenerados. O próprio Jesus já os havia pronunciado assim. Em João 15:3, Ele havia dito aos mesmos homens: “Agora estais limpos pela Palavra.” (Comp. Tg 1:18; 1 Pe 1:23) e emjo 13:10: “Vós estais limpos, mas não todos”, exceto, pelo “mas não todos”, o único homem não regenerado na companhia apostólica, Judas Iscariotes, da declaração “Vós estais limpos”. (Vejajo. 13: 11.) Os apóstolos, exceto Judas Iscariotes, já eram homens regenerados, mas ainda não eram “batizados com o Espírito Santo”. Disto fica evidente que a regeneração é uma coisa, e que o batismo com o Espírito Santo é algo diferente, algo adicional. Alguém pode ser regenerado e ainda não ter sido batizado com o Espírito Santo.




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