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domingo, 24 de março de 2024

LIÇÃO 13 - O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra". (At 1.8)


                    VERDADE PRÁTICA 

O Espírito Santo é a força-motriz que movimenta a Igreja. Sem o poder do Espírito, a Igreja é incapaz de cumprir a sua missão.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 13. 1-4



                        INTRODUÇÃO 

Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do ESPÍRITO SANTO na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no ESPÍRITO SANTO como a provisão de DEUS para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de JESUS. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no ESPÍRITO SANTO ser acompanhado de enunciação em outras línguas (At 2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de DEUS para ela.



                I.  A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO SEGUNDO O EVANGELISTA LUCAS

1.  Um ensino revelado nos escritos de Lucas    -   O ESPÍRITO SANTO inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir na igreja a necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. (1) “O primeiro tratado” foi seu Evangelho a respeito da vida de JESUS, e (2) o segundo foi seu relato, em Atos, sobre o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva. Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um teólogo inspirado. Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da igreja.


2.  O enchimento do Espírito como experiência necessária    -   RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. 


3.   O enchimento do Espírito como uma experiência concreta   -  Esse fato, o de mostrar a especificidade da experiência pentecostal é algo recorrente entre os pentecostais da primeira geração. Os pioneiros pentecostais deram grande ênfase à experiência capacitativa do Espírito Santo em suas vidas e ministérios. Eles viam a experiência pentecostal por eles recebida como sendo o mesmo fenômeno descrito nos Atos dos Apóstolos. Assim, eles descreviam o batismo no Espírito Santo como sendo uma experiência marcada por manifestações físicas, e não apenas algo de natureza subjetiva. Portanto, foi a natureza concreta da experiência pentecostal que os motivou a se lançar de corpo e alma na obra missionária. A natureza específica da experiência entre os pentecostais da primeira geração pode ser vista nos seus testemunhos. Em todos eles observa-se que a experiência tem grande relevância, é algo de natureza específica e definida.15 Atos dos Apóstolos está na esteira desses relatos.


4.   A doutrina pentecostal clássica   -  Todos os crentes devem e podem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e quando isso ocorrer falarão em língua espiritual ou estranha.

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Marcos 16:17
E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:4
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a DEUS. Atos 10:46
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam. Atos 19:6
E eu quero que todos vós faleis em línguas, ...1 Coríntios 14:5
Nem todos os crente recebem dom de variedade de línguas, mas todos devem e podem buscar esse dom maravilhoso para edificar a Igreja.
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                II.   O ESPÍRITO SANTO CAPACITANDO AS TESTEMUNHAS

1.  Capacitando as testemunhas    -  O Espírito de Deus não somente será responsável pela instrução dos apóstolos e outros discípulos, senão que desempenhará um papel no desenvolvimento da narração sobre a propagação da Palavra de Deus desde Jerusalém até "os confins da terra" (1.8). Em Atos há somente poucos capítulos nos quais a influência do Espírito não se faz, de algum modo, patente. O Espírito aparece pela primeira vez em 1.2 e logo cinquenta e seis vezes mais. Lucas ressalta assim a ação do Espírito, já desde o começo dos Atos, como a força-motriz que impulsiona o período da igreja (cf 9.31). Já havia sido descrito de maneira semelhante no período de Israel e especialmente no começo do período de Jesus. O Espírito se converte agora no motor da narração que vai se desenvolver. Assim, Atos se apresenta como a continuação da história de Jesus do Evangelho Lucano e ressalta a continuidade do que havia começado no ministério terreno de Jesus e da igreja cristã, iniciada por instrução dos apóstolos do Cristo ressuscitado mediante o Espírito Santo.


2.  Pessoas simples capacitadas pelo Espírito   -    Lucas o autor de Atos dos Apóstolos destaca: “[...] e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo [...]” (At 6.5). Era tão evidente a presença do Santo Espírito na vida desse homem, que a Bíblia afirma que muitos milagres eram realizados entre o povo (At 6.8). Encontramos o seguinte relato no livro de Atos: “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Obras miraculosas capacitadas pelo Espírito são típicas do ministério de Estêvão. Estas manifestações maravilhosas junto com sua pregação incitaram oposição (At 6.9). Somente cheio do Espírito é que podemos resistir a oposição do Diabo (Tg 4.7).   Filipe é um exemplo para todos nós. Ele não se conformou apenas com o fato de estar salvo. Sentia-se compromissado com aqueles que estavam perdidos. Ele sabia que poderia levar o evangelho que conheceu a outras pessoas e Deus fez dele um instrumento para levar a mensagem da salvação a uma cidade inteira.   Certamente Deus colocou no coração de Filipe a visão de alcançar a cidade de Samaria e ele se dispôs.   Quando nos dispomos a fazer a vontade de Deus, o Senhor nos capacita e nos usa para realizar grandes coisas para o Reino de Deus.


3.  Capacitando a Igreja    -  A igreja primitiva era guiada pelo Espírito Santo, os discípulos sabiam que não poderiam confiar apenas neles mesmos. De modo que o livro de Atos dos Apóstolos pode muito bem ser chamado de Atos do Espírito Santo, pois, ao longo desse relato Lucano, percebemos a atuação direta do Espírito sobre a igreja. Os primeiros obreiros não eram escolhidos por meio de conchavos político-eclesiásticos ou por conveniências e amizades, mas através da direção do Espírito, pois “servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado... e enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia (At. 13.2-4). As divergências na igreja também eram resolvidas através da operação do Espírito Santo. Quando a igreja se sentiu ameaçada pelas heresias dos judaizantes, sob o risco de ser fragmentada por aquela seita, os líderes da igreja se reuniram em Jerusalém, e por intermédio da Palavra e do Espírito, orientaram as igrejas gentias para que não dependessem de rituais religiosos para a salvação, mas do sacrifício de Cristo (At. 15.28). A expansão da igreja é uma obra do Espírito Santo, instrumentalizando os seus apóstolos. Em At. 16.6,7, o Espírito Santo modificou o programa de viagem de Paulo e Silas para a Ásia Menor, conduzindo-os para Macedônia e Grécia, falando a eles por meio de uma revelação, na qual um “varão macedônio” pede-lhes ajuda (At. 16.9).

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                    III.    O ESPÍRITO  SANTO COM FONTE GERADORA DE MISSÕES

1.   O envio missionário    -   Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (At 8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. At 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19; Lc 24.47). 


2.   A estratégia missionária     O pré-requisito para o cumprimento da tarefa missionária é o poder do Espírito Santo (At 1:8).  Precisamos de um poder sobrenatural para lutar contra um inimigo sobrenatural.  Com a vinda do Espírito, a Igreja compreendeu as palavras de Jesus:  “em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (Jo 14:12).  No discurso que contém esse versículo, o Espírito Santo é central (Jo 14:16), e os discípulos devem esperá-lo.

            Ele não é apenas o autor, mas também o realizador de missões.  Com sua vinda sobre os primeiros discípulos houve o sinal sobrenatural de “línguas”, que indicava claramente que o Evangelho deveria ser pregado a todas as raças e nações.  Podemos dizer que o Espírito garante o sucesso missionário no mundo.   O Espírito Santo foi derramado apenas quatro vezes em Atos.  Cada uma das conquistas na expansão missionária foi acompanhada por sinais milagrosos.  A primeira vez foi a vinda do Espírito no Pentecoste (2:1-13);  a segunda, quando o Evangelho alcançou a Samaria, a primeira cidade não judia (8:14-17);  a terceira, quando Pedro pregou à primeira família gentia, a de Cornélio, em Cesaréia (10:44-45) e, finalmente, a quarta, quando Paulo conseguiu demonstrar a diferença entre o Evangelho de Jesus e a pregação de João Batista (19:1-6).  Todas as vezes o próprio Espírito Santo marcou, milagrosamente, a introdução de uma nova fase na tarefa missionária a nós confiada.

            O resultado destes despertamentos, onde o Espírito é derramado sobre as pessoas, é fruto permanente.  Os 3.000 convertidos da pregação de Pedro perseveravam (2:42, veja 11:24)!








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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.pregaapalavra.com.br/estudo/licao3.htm

https://adalagoas.com.br/ad-alagoas/licoes-biblicas/18186/licao-07-estevao-um-martir-avivado

https://thaisafernandes.com.br/filipe-em-samaria/

https://irmaoteinho.blogspot.com/2011/04/espirito-santo-agente-capacitador-da.html



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sexta-feira, 15 de março de 2024

LIÇÃO 12 - O PAPEL DA PREGAÇÃO NO CULTO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO  ÁUREO  

"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." (2Tm 4.2)


                    VERDADE PRÁTICA  

Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2Tm 4.1-5



                                INTRODUÇÃO  


A tarefa do pregador é importante porque, ao usar a palavra de Deus, ele proclama boas novas sobre Jesus Cristo. Jesus descreveu a natureza de sua obra quando em Lucas 4:18 ele citou Isaías 61:1-3. Ele declarou que seu trabalho era pregar boas novas aos pobres, curar os de coração partido, proclamar liberdade aos cativos, dar a visão aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos. Isaías também dissera dele que daria a beleza pelas cinzas, o óleo da alegria pelo luto e a vestimenta de louvor pelo espírito de tristeza.           
A pregação bíblica anuncia boas novas sobre Jesus Cristo e o que ele fez para o bem de toda a humanidade. Os pregadores do evangelho têm uma mensagem positiva para enfrentar todas as tristezas de um mundo cheio de pecado. Tal pregação produz resultados alegres.     
A pregação bíblica compreende a condição humana de que em Adão todos pecaram, que o pecado separou a todos de Deus, que ninguém pode se justificar diante de Deus e que sem Cristo todos estão condenados a sofrer a penalidade do tormento eterno e da separação de Deus. A pregação bíblica entende que, apesar do pecado, Deus ama o mundo e quer que todos sejam libertos do pecado, de modo que ele deu seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz para pagar a penalidade pelos pecados daqueles que creem e obedecem a ele, os crentes podem não somente ser salvos do tormento eterno e da separação de Deus, mas também podem viver eternamente com Deus.


                        I.   MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO 

1.   A pregação como Proclamação    -   . A pregação é a mais poderosa ferramenta que Deus usa para salvar os perdidos. "[...] Deus achou por bem salvar os que creem por meio da loucura da pregação" (1 Co 1.21, NAA).  Jesus Cristo valeu-se da pregação para proclamar libertação aos cativos (Lc 4.18). O verbo grego traduzido como "proclamar", kerysso, de acordo com os léxicos de Bauer e Kittel, refere-se a "pregação do evangelho como a palavra autorizada (obrigatória) de Deus, trazendo responsabilidade eterna a todos que a ouvem".2 Mateus usa esse termo para dizer que Jesus "começou a pregar" (Mt 4.17, NAA); que andava nas sinagogas "pregando o evangelho" (Mt 4.23); e que Ele percorria "todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino" (Mt 9.35). Por sua vez, Lucas diz que Jesus enviou os apóstolos "a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos" (Lc 9.2). O livro de Atos mostra com toda clareza que a pregação era a força propulsora do ministério da igreja.    

2.   O caso emblemático de Lídia (At 16.4)    -    Quando o apóstolo Paulo foi para Filipos, onde Lídia vivia, o Evangelho foi pregado e Deus abriu o coração de Lídia para que ela recebesse o Evangelho (At 16:14). Depois de ser batizada, ela ofereceu hospedagem à Paulo, Silas e Lucas (At 16:14,15,40). Inclusive após a experiência da prisão de Paulo e Silas, ambos retornaram à casa de Lídia antes de partirem.    Lídia era uma mulher de posição (At 17:4,12), sendo cabeça da família, o que significa que era viúva ou solteira. Ela era comerciante de corantes purpurinos, e dados históricos indicam que a cidade de sua cidade de origem, Tiatira, era renomada por suas tinturas de púrpura.     Ela era prosélita judia, ou seja, convertida ao monoteísmo ético do judaísmo, isto é, a religião judaica. Pode ser que nas referências pessoais de Paulo em Filipenses 4:3, Lídia esteja incluía, porém, visto que ela não é mencionada nominalmente, pode ser possível que ela já tivesse falecido ou deixado à cidade. De qualquer forma, é certo que a hospitalidade demonstrada por Lídia, se tornou tradicional na igreja de Filipos (Fp 1:5; 4:10).


3.   A pregação como instrumento   -   A Igreja que somos hoje é fruto de uma continuada retransmissão de ensinamentos que desde sua origem caracterizam o modo de ser cristão. É claro que não devemos ser ingênuos/as e pensar que esses ensinamentos se mantêm inalterados desde o primeiro século da era cristã. As orientações e ensinamentos propostos como instrumento de formação daqueles/as que eram acrescentados/as ao Evangelho passaram por transformações significativas ao longo dos séculos. Os conceitos de nossa cultura pós-moderna influenciam cada vez mais o modo de ser e de viver o Evangelho, dando vazão para que modelos e recursos de muito sucesso na formação de grandes corporações sejam enxertados nas Igrejas e transformados em modelo de crescimento.     O que nos mantém firmes e nos caracteriza como igreja cristã são as nossas bases doutrinárias, herdadas de um movimento que priorizava o ensino e a instrução. Para a comunidade cristã do primeiro século, a educação deveria ser exercida como um modelo, como uma qualidade que homens, mulheres e jovens deveriam estar aptos a desenvolver em sinal de sua maturidade cristã. Um bom exemplo são as recomendações de Paulo a Tito (Tt 2.1-7).

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                    II.   O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA  

1.   A edificação da Igreja    -     A Palavra de Deus chega a nós de duas maneiras: Jesus pregava e ensinava. Também curava os enfermos, mas quanto à palavra, é dito várias vezes: “Jesus pregava e ensinava”. As duas coisas são necessárias. Vou explicar assim: a palavra de Deus chega a nós de dois modos diferentes: como verdade e como mandamento. Por exemplo, se eu digo “Cristo morreu por nossos pecados”. O que é isso? Verdade ou mandamento? Verdade! Se eu digo “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, é um mandamento.

Nas Escrituras, a soma de todas as verdades, se chama kerigma em grego. E a soma de todos os mandamentos se chama didaké. A palavra didaké está traduzida por doutrina ou ensino. A palavra kerigma está traduzida por pregação. E Paulo diz no capítulo 2 v7 que o Senhor o constituiu “pregador e apóstolo, digo a verdade, não minto, mestre da verdadeira fé entre os gentios”. Apostolo significa enviado; pregador vem de kerigma. Em grego ao pregador se diz kerus, e ao mestre didaskalos, que vem de didaké.

O kerigma é a proclamação da verdade, que revela a pessoa de Cristo e a obra de Cristo. A verdade afirma, o tom é afirmativo. O mandamento por sua vez tem tom imperativo, dá ordens, revelando a vontade de Deus. Portanto, o kerigma proclama e revela a Cristo, sua pessoa e sua obra, a didaké revela a vontade de Deus para nós.

Para sua edificação a Igreja necessita destas duas coisas. O kerigma revelando a Cristo, e a didaké revelando a vontade de Cristo para nós. Quando alguém proclama o kerígma, o kerigma exige fé. O mandamento exige obediência.

A didaké é simples, é clara, direta. Todos a entendem. Toca todas as áreas da vida: família, trabalho, sexo, dinheiro, adoração, serviço, relacionamento com as pessoas, relacionamento com Deus. A didaké equivale à parte moral da lei, é equivalente aos Dez Mandamentos, porém mais aprofundados. O objetivo da didaké é fazermos como Cristo; por isso sempre diz: “como Cristo”, ou “como eu amei a vós”, “maridos, amem suas esposas... como Cristo amou a Igreja”.

Tanto didaké como kerigma são palavra de Deus e revelam a vontade de Deus para todos nós. Seu conteúdo não se impõe pela lógica ou raciocínio, mas pela autoridade de Jesus. “Se teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer”, é um mandamento. Obedecemos. Ele é o Senhor.

Necessitamos conhecer a didaké e encarná-la em nossas vidas, vive-la, e divulga-la. E, irmãos, o mais maravilhoso é que a didaké não é uma coisa interminável. A didaké é relativamente breve. Em Mateus 5, 6 e 7, três capítulos, está a didaké de Jesus. E se quisermos completá-la um pouco mais, podemos agregar Efésios 4, 5 e 6. Temos assim, 80% de toda didaké do Novo Testamento. É uma coisa simples, mas profunda, que comunica a vontade de Deus! E se quisermos completar um pouco mais e chegar a 90% da didaké, podemos agregar Romanos 12, 13, 13, 15 e 16. Temos então dez capítulos do Novo Testamento e quase toda a didaké está contida aí, mandamentos que revelam a vontade de Deus.

Mas não podemos somente dar a didaké, temos que dar o kerigma. Não podemos dar somente o kerigma, temos que dar também a didaké. Estas duas coisas têm que caminhar juntas para edificar a Igreja. Só com o kerigma, nos inflamamos, nos entusiasmamos. Somos abençoados no momento, mas fica tudo ali, na glória do momento, na inspiração do kerigma. Mas temos que descer do kerigma para a didaké, para a vida prática. No kerigma há dynamis, há poder de Deus para nós. Na didaké está a vontade de Deus para nossa vida prática e cotidiana. Assim se edifica a Igreja

Para dar um exemplo, muitas vezes comparamos o kerigma com a locomotiva de um trem, e a didaké com os vagões. É muito difícil puxar os vagões sem uma locomotiva. Mas, para que serve a locomotiva, se não para levar os vagões? O importante é que os vagões cheguem ao destino. E assim, os mandamentos de Deus sem a locomotiva que é o kerigma podem ficar muito pesados, muito incômodos, difíceis e impossíveis de cumprir. Mas Deus mandou seu Filho. Bendito seja o Senhor! “É Cristo és vós... já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.

A didaké diz que você tem que abençoar os que lhe maldizem, perdoar os que lhe ofendem. Essa é a didaké, o mandamento.E o kerigma diz: “já não sou eu quem vive, mas cristo vive em mim”. Então, como vou obedecer o mandamento? Através de Cristo que vive em mim. A didaké sem o kerigma seria uma coisa muito pesado, difícil de cumprir; mas só o kerigma, sem a didaké, ficaríamos só no entusiasmo, sem concretizar na vida prática. Por isso, Paulo põe este equilíbrio, e mostra a Timóteo o que realmente ele tem que fazer.


2.  Formação de valores   -   O termo hebraico traduzido por “consciência” ocorre no Antigo Testamento, mas esparsamente. Entretanto, no Novo Testamento, parece haver um reconhecimento mais pleno da importância da função da consciência na vida cristã. A palavra grega que expressa consciência aparece 31 vezes, e parece ter uma dimensão dupla, como argumentavam os eruditos medievais. Envolvia a ideia de acusar e a ideia de justificar. Quando pecamos, a consciência fica perturbada. Ela nos acusa. A consciência é o instrumento que o Espírito Santo usa para nos convencer, trazer-nos ao arrependimento e recebermos a cura do perdão que flui do evangelho.     Vemos, no Novo Testamento, que a consciência não é a autoridade ética final para a conduta humana, porque a consciência é capaz de mudar. Enquanto os princípios de Deus não mudam, nossa consciência hesita e se transforma. Estas mudanças podem ser positivas ou negativas. Por exemplo, os profetas do Antigo Testamento anunciaram o juízo de Deus sobre o povo de Israel, que se acostumara com o pecado. Uma das grandes acusações que veio sobre Israel, nos dias do rei Acabe, foi que haviam se tornado tão insensíveis e acostumados com o mal, que o povo tolerava a impiedade do rei Acabe. A consciência dos israelitas estava calejada e cauterizada. Pense sobre esta realidade em sua vida, sobre as ideias que você tinha quando criança. Considere as pontadas de consciência que devem ter penetrado em sua vida, quando você experimentou, pela primeira vez, certas coisas que sabia serem erradas. Você ficou perturbado e abalado. Talvez, até ficou doente. Mas, o poder do pecado pode corroer a consciência até ao ponto de ela se tornar uma voz débil nos profundos recessos de sua alma. Por meio disto, nossa consciência se torna endurecida e cauterizada, condenando o que é certo e justificando o que é errado.


3.   Resistindo diante de uma cultura   -       [Secularismo é um…] modo de vida e de pensamento que é seguido sem referência a Deus ou à religião. A raiz latina saeculum referia-se a uma geração ou a uma era. “Secular” veio a significar “pertencente a esta era, mundana”. Em termos gerais, o secularismo envolver uma afirmação das realidades imanentes deste mundo, lado a lado com uma negação ou exclusão das realidades transcendentes do outro mundo. É uma cosmovisão e um estilo de vida que se inclina para o profano mais do que para o sagrado, o natural mais do que o sobrenatural.  Valores morais têm sido substituídos por desejos imorais, que cada vez mais são vistos pela sociedade em geral como coisas “naturais”.  Quem nunca ouviu a expressão: “O fim justifica os meios”? Esse conceito tem sido muito usado em diversas igrejas evangélicas. Não importa se a mensagem pregada é a do evangelho verdadeiro, o que importa é que venham novos membros, de preferência com dinheiro no bolso.    Essa ideia de fazer qualquer coisa para se atingir determinados objetivos é conhecida como pragmatismo.Isso é algo bem secular e muito evidente em nosso tempo. O pragmatismo ensina que pensamentos, ideias e ações só têm valor em termos de consequências práticas. Assim, não há qualquer conjunto fixo teórico de valores.   Não devemos desanimar se a religião que professamos não é popular, ou se as multidões não estão interessadas nela, pois como disse o Rev. Ryle, “o arrependimento, a fé em Cristo e a santidade na vida nunca estiveram na moda”. Muitos têm se iludido com um marketing bem elaborado e com supostas curas e milagres, mas é preciso muito cuidado: “Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte” (Pv 16.25).   A religiosidade sem Deus resulta em morte espiritual. É isso que encontramos no mundo. É isso o que temos em cristãos que se secularizaram. Neles temos um conceito relativista do mundo pós-moderno, que é uma atitude de pessimismo em relação a este mundo, pois foi uma atitude de desilusão com a sonhada era de paz e prosperidade prometida pelo modernismo racionalista e científico que, afinal, não veio. Tudo permanece como sempre foi: a eterna corrupção nos altos e nos baixos cargos da nação. A escalada vertiginosa da violência. O egoísmo desenfreado do ser humano, que só se preocupa consigo mesmo. As guerras, a pobreza, as pestes, os desastres naturais, etc. Esses e outros são elementos que dia a dia se acrescentam a já infindável lista de males a que este mundo está submetido. Por isso, o pessimismo reina e o desespero das pessoas cresce a cada dia.

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                    III.   O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO

1.   Deve ser cristocêntrico    -    A autoridade da pregação está na sua cristocentricidade – Jesus Cristo não é só a pessoa de quem o pregador fala, mas é a pessoa que fala através do pregador. A mensagem é do Senhor e pregar é tomar parte na Palavra de Deus, é tornar-se cooperador de Deus. (Pierre Ch. MARCEL. The Relevance of Preaching. Grand Rapids: Baker Book House, 1977, p.61.) A responsabilidade que temos, como pregadores, de falar em nome do Senhor, é imensa. E para o desempenho de tão elevada missão precisamos estar bem preparados. Assim, o estudo da Homilética é importante e indispensável para equipar pregadores e futuros pregadores da Palavra, fazendo-os compreender que a autoridade da pregação não está na eloquência ou sabedoria do pregador, mas no fato da mensagem apontar para Jesus.


2.   Deve ser bíblico   -    Já somos, segundo alguns estudiosos, aproximadamente 30% de evangélicos no Brasil. A grande pergunta é: o que está crescendo tão vertiginosamente é Igreja Evangélica? É o verdadeiro evangelho ou o falso evangelho?”, questiona o líder cristão.

“A conclusão que chegamos é que esse crescimento explosivo não é do genuíno evangelho, mas de um falso evangelho. O evangelho híbrido, um evangelho sincrético, um evangelho paganista. O que se prega hoje na maioria desses redutos chamados evangélicos não é o evangelho verdadeiro”, alerta Hernandes “Não se fala sobre a graça de Deus, não se fala sobre arrependimento, não se fala sobre a fé salvadora. Não se fala sobre o novo nascimento, não se fala sobre a justificação pela fé. Não se fala sobre a salvação pela graça, não se fala sobre as bem-aventuranças eternas. Não se oferece ao homem o glorioso presente da Salvação em Cristo Jesus”, ressalta“Prega-se sobre prosperidade, sobre cura, sobre pretensos milagres e estas igrejas que pregam este falso evangelho estão se transformando em verdadeiras empresas, onde este evangelho diluído se transforma em um produto, os templos em praças de negócio, os crentes em consumidores”, salienta.   “E o propósito fundamental dessas falsas igrejas com esse falso evangelho é o lucro e não a glória de Deus. Não há salvação dos perdidos, não a edificação da igreja. Nós precisamos repudiar o falso evangelho. Ele não abençoa as pessoas, ele escraviza as consciências”, finaliza o reverendo.

                                                                                                                              

O pregador precisa estar comprometido com as Escrituras – v. 2,4,5

Esdras era um homem comprometido com a Palavra (Esdras 7:10). Eles não buscam alguém para lhes contar bonitas experiências, mas eles procuram um fiel expositor das Escrituras.
A maior necessidade da igreja é de homens que conheçam, vivam e preguem a Palavra de Deus com fidelidade. A pregação é a maior necessidade da igreja e do mundo. A pregação é a tarefa mais importante que existe no mundo.
O impacto causado pela leitura da Palavra de Deus por Esdras é comparado ao impacto da Bíblia na época da Reforma do século XVI.
Precisamos nos tornar o povo “do livro”, “da Palavra”. Não há reavimamento sem a restauração da autoridade da Palavra.
Exemplo: Milagres X Palavra – Atos 2.    

 Esdras no dia seguinte organiza um estudo bíblico mais profundo para a liderança (8:13). Um grande reavivamento está acontecendo como resultado da observância e obediência à Palavra de Deus. Essa mudança é iniciada pelos líderes do povo.   Havia práticas que haviam caído no esquecimento. Eles voltaram à Palavra e começaram a perceber que precisavam ser regidos pela Palavra. A Escritura deve guiar a igreja sempre!    A primeira tentação do diabo não foi sobre sexo ou dinheiro, mas suscitar dúvidas acerca da Palavra de Deus.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.opregadorfiel.com.br/2019/08/a-importancia-da-pregacao-biblica.html#google_vignette

https://danielgalia.wordpress.com/2018/07/30/a-importancia-da-pregacao/

https://estiloadoracao.com/quem-foi-lidia-na-biblia/

https://www.expositorcristao.com.br/ensino-e-instrucao-uma-heranca-que-precisamos-resgatar

https://www.odiscipulo.com/site/index.php/artigos/a-edificacao-da-igreja

https://ministeriofiel.com.br/artigos/a-visao-biblica-da-consciencia-humana/

https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/etica/secularismo-religiosidade-sem-deus-e-morte-espiritual/

https://guiame.com.br/colunistas/hernandes-dias-lopes/importancia-da-pregacao-expositiva-para-o-crescimento-sadio-da-igreja




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sexta-feira, 8 de março de 2024

LIÇÃO 11 - O CULTO DA IGREJA CRISTÃ.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." (1Co 14.26)


                        VERDADE PRÁTICA  

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.


    Leitura Bíblica em Classe: Ef. 5. 15-21



                                            INTRODUÇÃO                


O termo "culto" é definido pelos léxicos como "adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas" ou figuradamente "adoração, veneração e reverência".' De uma forma simples, podemos dizer que o culto está relacionado com nossa atitude, forma e maneira como expressamos nossa adoração ao Deus a quem servimos. No hebraico bíblico, o culto é visto como um serviço a Deus (Dt 6.13). Nesse aspecto, é posto em realce a ação ritual e a atitude interior como o culto é prestado. O Antigo Testamento também põe em destaque o "culto como sacrifício e como obediência à Palavra de Deus".1 2 Nesse contexto, o aspecto ético se sobressai ao ritualístico. "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar" (1 Sm 15.22). No contexto do Novo Testamento, o termo grego leitourgeo é usado para expressar a adoração como um serviço que se presta a Deus. De acordo com Renato de Zan,3 esse termo expressa duas categorias de significados: o culto espiritual cristão (Rm 15.16) e o culto como ato ritual do cristão (At 13.2).4 No primeiro sentido, o culto é visto como o cumprimento da própria vocação cristã e, no segundo, expressa a celebração como ato ritual. Em o Novo Testamento, a centralidade do culto é a pessoa de Cristo (Jo 2.18-22; Mt 26.61).


                        I.   A NATUREZA DO CULTO 

1.  O culto como serviço a Deus    -    Há uma grande diferença entre o culto no Antigo versus no Novo Testamento. Enquanto que naquela Aliança havia um rico manual de procedimentos cúlticos, nesta há apenas parcos e gerais princípios de adoração. “A religião do judeu era repleta de tipos, símbolos e figuras; a religião de Cristo contém apenas dois símbolos: o Batismo e a Ceia do Senhor. A religião do judeu alcançava o adorador principalmente por meio dos olhos; a religião do Novo Testamento apela diretamente ao coração e a consciência… Os Judeus podiam abrir os escritos de Moisés e achar rapidamente os itens de sua adoração; os cristãos podem apenas indicar alguns textos e passagens isolados que devem ser aplicados a cada igreja, de acordo com as circunstâncias”.  

Este princípio geral resume a maneira pela qual a indecência e a desordem são evitadas: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14:40).
Embora as duas palavras, “decência e ordem”, tenham uma aplicação tanto individual como coletiva, “decência” visa mais o indivíduo, enquanto que “ordem” tem mais afinidade com o coletivo. A decência (εὐσχημόνως) tem relação com a reverência e respeito devidos ao culto a Deus prestado pelo indivíduo. De igual modo, a ordem (κατὰ τάξιν) indica a organização como um todo: essa expressão é também usada para descrever a formação militar. De forma resumida, a reunião da igreja deve ser conduzida com a reverência do indivíduo e sincronia do coletivo.


2.   O culto deve ser solene    -  Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.- Levíticos 10.1-2 -

No cenário de absoluta paganização da igreja, o culto solene de Deus também foi pervertido. Introduziram elementos bizarros na adoração. Colocaram fogo estranho perante a face do Senhor. Transformaram o culto em cultura, substituíram a pregação por coreografias. Paganizaram o sagrado, sacralizaram o paganismo, fizeram do momento solene uma arena de entretenimentos para não convertidos. Como bem afirmou Charles Spurgeon, “O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.”  Vejo muita gente fazendo confusão sobre esse ponto. E isso se dá, em especial pelo conflito que se faz entre vida cristã e Assembleia Solene do povo de Deus.      “Minha vida é um culto a Deus”, dizem. É obvio que nossa vida toda deve ser uma liturgia ambulante, um culto vivencial. No entanto, não podemos esquecer que desde o Antigo Testamento Deus fez uma clara distinção entre vida cristã como culto e as assembleias solenes do povo de Deus. Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração (Salmo 146.1-2), mas vale lembrar que existe o culto solene, no qual Deus convoca seu povo à adoração pública e coletiva (Is 1.13; Lm 1.4; Joel 1.14; Joel 2.15). É a este culto que o autor de Hebreus se refere quando diz, “não deixemos de congregar...” (Hb 10.25).   Não podemos confundir culto com cultura geral: Cultura são os costumes e hábitos de um povo. Culto é ato de adorar a Deus conforme Ele mesmo estabeleceu em sua palavra

 

3.  O culto é santo    -   Os hebreus estavam acostumados com a palavra qadosh (santo, separado) para referirem-se ao relacionamento com Deus. Embora esse vocábulo seja comum nas línguas semíticas, ele reveste-se de um sentido especial quando aplicado à ideia de moralidade no contexto do judaísmo antigo. Deus é santo; dessa forma, a santidade de Deus está intimamente ligada à sua glória. Sem santidade, ninguém pode aproximar-se dEle, e isso valia para todos os povos e em todas as épocas, sendo, portanto, princípios de uma ética universal. Assim sendo, Kinlaw (2007, p. 45) destaca que as exigências de culto estão muitas vezes misturadas com as exigências éticas.6 Os profetas não estavam preocupados com o culto em si, mas com os princípios ético-morais que o fundamentavam. O padrão moral de Israel é um elemento diferenciador das demais culturas à sua volta (Kinlaw, 2007, p. 45). Em vez de ter um padrão de julgamento fundamentado na lei natural, como eram as demais nações, Israel tinha na Lei de Deus o padrão de comportamento exigido. Observa-se que Israel, como um povo eleito de Deus, possuía uma responsabilidade moral muito grande perante os outros povos. Mesmo vivendo em meio a uma cultura diversificada e paganizada, ele deveria espelhar e refletir um padrão moral diferente.

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                    II.   O PROPÓSITO DO CULTO 

1.  Glorificar a Deus   -  Dessa forma, precisamos destacar que o culto visto como uma expressão de adoração a Deus acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa, o culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais. No primeiro âmbito, da vocação, o cristão adora a Deus quando o serve de modo digno perante um mundo perdido. Aqui não há ritos, mas o testemunho de vida. As atitudes demonstram que o cristão é um adorador. Ele cultua a Deus com sua vida em toda a sua extensão. Nesse caso, o culto não é visto apenas como um ato litúrgico realizado, por exemplo, em um templo ou em qualquer espaço físico, mas como a expressão de um modo de vida que reflete o caráter de Cristo em todos os aspectos. O apóstolo Paulo chamou atenção para essa expressão do culto na esfera vocacional na sua carta ao Romanos: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1,2).  Paulo lembra que tanto o corpo como a mente são expressões de uma autêntica adoração a Deus. Ele roga aos cristãos que se "apresentem diante de Deus" como sacrifícios. Não há dúvida de que Paulo tinha em mente o sistema de sacrifício quando disse que o cristão precisa apresentar-se diante de Deus como um sacrifício vivo. Ele tinha em mente o livro de Levítico quando escreveu essas recomendações de Romanos 12.1,2. Assim como um animal inocente era ofertado em sacrifício na Antiga Aliança, da mesma forma o cristão devia apresentar o seu corpo a Deus. A diferença era que lá a oferta era apresentada morta, e aqui a oferta é apresentada viva. Ao contrário do pensamento grego, que via o corpo como a prisão da alma, Paulo dá grande importância à nossa dimensão corpórea.


2.   Quando não se cultua a Deus   -   Não podemos esquecer, que mesmo quando o verdadeiro Deus é adorado, podem existir problemas que tornam está adoração desagradável e mesmo inaceitável para Ele. Isto é o que podemos chamar de cultuar de forma errada o Deus verdadeiro ou praticar o culto que não cultua a Deus. Existem formas de culto que em vez de agradar a Deus o entristece: vossas solenidades, a minha alma aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer (Is.1:14).De acordo com Isaías 1:10-17, a maior queixa contra o povo é que este desobedecia continua e abertamente ao Senhor, mas continuava a lhe oferecer sacrifícios e ofertas, cultuando como se nada tivesse acontecido, como se fosse o povo mais santo da terra. Deus diz que aquilo era abominável (v.13), porque ele não podia suportar a iniqüidade associada ao ajuntamento solene.

O povo vinha até a presença de Deus, cultuava mas não mudava de vida. Apresentava-se diante de Deus coberto de pecados e sem arrependimento, pensando, talvez, que bastava cumprir os rituais e tudo estaria resolvido. Esse povo aparentemente participava com animação de todos os trabalhos religiosos, fossem festas, convocações, solenidades etc. E ainda era um povo muito dado à oração. Uma oração altamente emotiva, pois eles  estendiam as mão e multiplicavam as orações (v.15). Mas Deus disse que em hipótese alguma ouviria, pois eram mãos contaminadas e, certamente, orações vazias. Eram hipócritas.   O culto hipócrita que foi denunciado era causado pelo apego a mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável ao Senhor. Assim o Senhor condenou o povo de Israel pela boca do profeta Isaías, dizendo:  “este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que por questões de costume aprenderam…(Is.29:13). Ou seja, o que está nos lábios é correto, mas as motivações do coração são erradas. No fundo, todas essas expressões hipócritas não passam de atos mecânicos. São invenções humanas que não se importam com a vontade de Deus. O resultado final, é que o formalismo, associado à corrupção doutrinária, produzira um tremendo desvio do Senhor e um afastamento do verdadeiro culto que devemos a Deus. Infelizmente, esse é o tipo de culto que temos atualmente em grande parte das igrejas cristãs, um culto mecânico que desonra Deus, pois, não demonstra amá-Lo de todo coração, de toda alma, com todas as forças e com todo entendimento (Lc.10:27). Com propriedade, podemos dizer que esse é um culto que não cultua a Deus.


3.   Edificar a Igreja   -  Os coríntios tinham muitos problemas relacionados com o uso dos dons espirituais. Em resposta, Paulo observou que os dons eram temporários, durando até completar a revelação do Novo Testamento (13:8-13). Ele também lhes disse como usar esses dons durante a era na qual eles ainda estavam em vigor.

   Tudo para edificação (14:1-19). A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia. Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.   O culto não é apenas um ritual morto, mas uma celebração dinâmica onde o Espírito Santo opera. Em oitavo lugar, Paulo mostra que o culto tem um propósito — que é a edificação da igreja. "Seja tudo feito para edificação."

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                        III.   A LITURGIA DO CULTO

1.   A exposição da Bíblia   -   As motivações (a inspiração) para a exposição bíblica encontram-se na própria Bíblia.        Quando estudamos a Bíblia aprendemos que os mensageiros de Deus aqui na terra tinham a preocupação de passar para os seus ouvintes ou leitores a mensagem de Deus com fidelidade, clareza, de maneira prática e poderosa espiritualmente falando.        No Antigo Testamento o pregador da Deus era conhecido como profeta. O profeta de Deus tinha como missão revelar a vontade de Deus para a vida das pessoas através da proclamação da Palavra do Senhor com toda a fidelidade.    Na exposição bíblica a mensagem começa com o texto bíblico, se desenvolve com o texto bíblico e termina com o texto bíblico.      A exposição bíblica é relevante, é muito importante, porque ela tem a ver com o valor da Palavra de Deus e o Deus da Palavra, valor inestimável, valor incalculável no tempo e na eternidade.      A Exposição Bíblica nos ensina que precisamos ouvir menos a voz do homem ou a palavra do homem, e mais a voz de Deus, a Sua Palavra; pois a Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito Santo (I Tm. 3:16; I Pd. 1:23-25; II Pd. 1:20—21).      Por mais de 1200 vezes nós encontramos na Bíblia: Deus (ou o Senhor) falou (Êx. 20:1). E por mais de 400 vezes nós encontramos na Bíblia: Deus (ou o Senhor) disse (Gn. 1:3). Sem mencionar as vezes que encontramos no Novo Testamento as frase: E disse Jesus, e falou Jesus, e respondeu Jesus, e ensinava Jesus, e pregava Jesus (Mt. 4:4, 7, 10, 17, 19, 21, 23; 5:2, etc.).            A exposição bíblica é muito importante, mas ela não deve ser apresentada de maneira fria, mecânica: precisa ter mente, coração, alma, poder, unção do Espírito Santo.     Aquele que faz a exposição precisa comer a Palavra, buscar vive-la, e anuncia-la como servo da Palavra de Deus, fiel à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra.


2.   A adoração entusiástica    -   A referência de Paulo aos cristãos cheios do Espírito que se reuniam para adorar, conforme registrado em Efésios 5.18-20, é uma confirmação dessa adoração entusiástica. A experiência do Espírito Santo na vida dos crentes impulsionava-os a adorar a Deus com alegria, gratidão e fervor. Essa adoração entusiástica é uma expressão da fé viva e vibrante dos primeiros cristãos, que reconheciam o poder e a bondade de Deus em suas vidas.   Sua adoração não era apenas uma formalidade religiosa, mas sim um ato de entrega total a Deus, permeado pelo Espírito Santo e fundamentado na Palavra de Deus.  Portanto, na liturgia do culto cristão, a adoração entusiástica deve ocupar um lugar de destaque. Devemos nos reunir como igreja com corações cheios de gratidão e louvor, prontos para exaltar o nome do Senhor com toda nossa alma, mente e força. Que possamos marcar nossa adoração com fervor espiritual, alegria contagiosa e profundo amor por Deus, refletindo assim a beleza e glória do nosso Criador e Redentor.   Que cada momento de adoração seja uma oportunidade para nos aproximarmos mais de Deus, experimentarmos Sua presença e sermos transformados à Sua semelhança.


3.  O lugar da adoração no culto pentecostal   -  Conforme observado pelo renomado teólogo pentecostal William W. Menzies, os pentecostais são conhecidos em todo o mundo por suas reuniões de culto vibrantes e ruidosas. Essa vibração é evidente nas reuniões de oração, onde todos os presentes se unem em fervorosa adoração, derramando seus corações diante de Deus em oração e louvor. A manifestação física, como o levantar das mãos em resposta à percepção da presença de Deus, é comum e incentivada como uma expressão de entrega e rendição a Ele.     Na liturgia pentecostal, louvar a Deus em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto também são aspectos fundamentais.    Os crentes são encorajados a expressar sua adoração audivelmente e a se abrir para a manifestação dos dons do Espírito Santo, como profecia, línguas e interpretação de línguas, conforme o Espírito os guia.    Essa ênfase na adoração pentecostal reflete a convicção de que a presença de Deus é real e tangível na vida da igreja e que Ele habita nos louvores de Seu povo (Salmo 22.3). Portanto, a adoração não é apenas um componente do culto, mas sim uma experiência de encontro com o Deus vivo e poderoso, que transforma vidas e traz renovação espiritual.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.ipbdeparauapebas.com.br/blog-noticias/54-a-verdade-sobre-o-culto-solene

https://teologiabrasileira.com.br/o-culto-e-os-seus-principios/

https://discernimentocristao.wordpress.com/2010/12/26/o-culto-que-nao-cultua-a-deus-3/

https://estudosdabiblia.net/1cor10.htm#:~:text=Tudo%20para%20edifica%C3%A7%C3%A3o%20(14%3A1%2D19).&text=A%20profecia%20edificava%20os%20cor%C3%ADntios,o%20que%20estava%20sendo%20dito.

https://www.igrejabatistasiaospa.com.br/sermoes-estudos/uma-breve-reflexao-sobre-exposicao-biblia#:~:text=A%20Exposi%C3%A7%C3%A3o%20B%C3%ADblica%20nos%20ensina,1%3A20%E2%80%9421).

https://conhecerapalavra.com.br/o-culto-da-igreja-crista/


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