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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

LIÇÃO 11 A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II

 

AME SUA BÍBLIA!!!!!!



                        TEXTO ÁUREO

"E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (IS 6.3)


                    VERDADE PRÁTICA

O ultraje à santidade divina traz destruição espiritual. A santidade de Deus é a expressão máxima de sua glória.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 43.1-9 ( comentário bíblico MOODY)


V. 1. À porta que olha para o oriente o profeta viu a manifestação visível da presença do Senhor do modo pelo qual a vira quando Ele viera destruir a cidade (v. 3; cons. caps. 8-11) e em sua visão inaugural junto ao rio Quebar (1:28; 3:12, 23).

 V. 4. A glória do SENHOR entrou pelo portão oriental e o Espírito o levantou (v. 5; cons. 2:2; 3:12-14; 8:3) e o levou ao átrio interior. O profeta não consegue atravessar o portão oriental depois que o Senhor passa por ele (cons. 44:2). Quanto à glória do Senhor enchendo o Tabernáculo e o Templo, veja Êx. 40:34, 35; I Reis 8:11. 

 b) A Exortação de Deus a Israel de dentro do Santuário Interno. 43:6-12. 

 O Senhor (não o homem ao seu lado, v. 6) fala a Israel através de Ezequiel relativamente à santidade do Templo (vs. 7-9). Sua exortação forma uma conclusão aos capítulos 40-42; e os regulamentos do templo (vs. 10-12) formam uma introdução ao capítulo 44 e os capítulos seguintes.

V. 7. O Templo de Jerusalém está aqui representado como o trono de Deus (veja também Jr. 3:17; 14:21; 17:12. Quanto ao céu como o trono de Deus, veja Is. 66:1; Sl. 2:4; 11:4; Mt. 5:34; 23:22). Ezequiel descreve o céu descendo à terra (cons. 37:26-28). Prostituições do templo (II Reis 23:7); ou idolatria (cap. 8). Cadáveres dos seus reis. Os sepulcros reais ficavam na mesma elevação do Templo, separadas deles apenas por uma parede (II Reis 21:18, 26).

 V. 8. Anteriormente o Templo e o palácio eram contíguos (I Reis 7:8; II Reis 20:4, corrigido). Limiar e ombreira talvez se refiram às sepulturas dos reis com feitio de casas (Is. 14:18; Jó 17:13). Os versículos 10-27 constituem o haphtarah da Sinagoga para o Êx. 27:20 – 30:10.



                    INTRODUÇÃO

Já havia dezenove anos que Ezequiel recebera a visão da glória do Senhor deixando Seu templo (10:18-22; 11:22-24). Agora, vê a Sua volta, para ocupar e consagrar este novo edifício para ser Seu santuário. Sua aparência era a mesma de antes, junto ao rio Quebar (ainda outra ligação que esta visão final tem com o escrito anterior de Ezequiel) e induziu a mesma resposta de reverente temor e adoração. O acompanhante angelical ainda está com Ezequiel, e continuará a dar explicações e instruções sobre a lei do templo, mas a esta altura há uma palavra especial da parte do Senhor, de dentro do templo, que é virtualmente uma declaração de consagração.


                    I.  SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO

1.  A porta oriental do Templo ( v. 1)  -  Então me levou à porta... que olha para o oriente. A glória de Yahweh (ver em Eze. 1.28) entrou pelo mesmo portão do qual tinha saído, o Portão Oriental, onde o sol se levanta e dá vida ao mundo inteiro. Este versículo ensina que reversos são possíveis, até mesmo os de situações consideradas impossíveis. Quando o Espírito de Deus toma parte em uma situação, todas as impossibilidades são anuladas. Oh, Senhor, concedenos tal graça! “A glória Shekinah era a distinção especial do velho templo e, assim, também do novo, mas se realizará em grau muito mais elevado no segundo” (Fausset, in loc).

2.  Três observações importantes (v. 2)  -  Eis que do cam inho do oriente vinha a glória do Deus de Israel. Como o sol se levanta no oriente e ilumina o céu, de horizonte a horizonte, assim a glória de Yahweh, o Sol da alma, iluminará todos os homens. A chegada da presença divina é anunciada universalmente, e o grito de triunfo é como o som de muitas águas, ouvido por todos os homens da terra. Todo o globo terrestre brilha com a Sua glória que vem depois de uma noite escura de sofrimentos, quando o povo desiste de praticar sua idolatria-adultério-apostasia. A luz de um novo dia brilha sobre o povo renovado. 

Ó Dia de descanso e júbilo, Ó Dia de alegria e luz, O unguento que cura todas as feridas, Tão belo e brilhante. (C. Wordsworth) 

Ver a figura das muitas águas em Eze. 1.24; 19.10; 31.4; Apo. 1.15; 14.2; 17.1; 19.6. “A terra brilhando com Sua glória reflete o simbolismo solar da glória de Yahweh. Cf. Isa. 60.1-3; Deu. 33.2; Hab. 3.3-4; Luc. 2.9” (Theophile J. Meek, in loc).

3.   As reminiscências (v. 3)  -  Este versículo interrompe a narrativa com a observação da reação do profeta. As ligações entre as visões anteriores subentendidas pelas expressões usadas nos vv. 2 e 4 são agora expressadas explicitamente, embora na ordem inversa da experiência do profeta. Primeira, essa teofania o faz lembrar da visão da partida de Yahweh, de seu templo, nos caps. 8-11. Numa irônica guinada, entretanto, o profeta agora interpreta a visão anterior em termos não do abandono divino, mas de sua chegada para destruir Jerusalém. O infinitivo de finalidade, Sahêt, “destruir”, fornece uma ligação específica com a resposta horrorizada do profeta, em 9.8: “Ah! Senhor Yahweh! Estás destruindo (m ah,S't) todo o remanescente de Israel derramando tua fúria sobre Jerusalém?” Outros ecos dessa visão anterior aparecem nos versículos seguintes. Segunda, o aparecimento da kãbôd remete a mente de Ezequiel ainda mais longe, no passado, até seu primeiro encontro teofanico com Yahweh (1.4-28), nas ribanceiras do rio Quebar. Embora a carruagem celeste e seus servos querubins tenham dominado o relato anterior, aqui o foco é a própria kãbôd. A resposta física do profeta, prostrando-se sobre sua face, indica que nem os anos de reflexão, nem as décadas de serviço divino haviam embotado seu senso de respeito e temor à vista da glória de Deus.


                II.  O TEMPLO DO MILÊNIO

1.  Um templo diferente - Significado do Templo. Qual é o significado do Templo de Ezequiel? Isto está expresso na “lei do templo” (Ez 43.12) de que sobre o “cimo do monte, todo o seu limite ao redor será santíssimo; eis que esta é a lei do templo”. Era uma expressão da santidade de Yahweh através do complexo que é revelado no processo de medida, e deste complexo o povo deve medir “o modelo” (cp. o caminho da santidade) para que eles possam se envergonhar “das suas iniquidades” (43.10; BS, 106:58).

Considerando que a visão ocorre no final da profecia de Ezequiel, deve-se observá-la como a culminação da obra do profeta. A santidade de Deus foi o ponto principal do seu ministério. A santidade de Deus foi ultrajada pela iniquidade persistente de Israel. O livro servia como o processo de revelação, acusação e julgamento de Israel (cap. 1-26), o julgamento das nações circundantes para que o nome de Yahweh fosse vindicado em toda a terra (cap. 25-32), seguido pelo renascimento e restauração do povo pródigo (cap. 33-39), que incluiria o último grande ataque ao povo de Deus, concluindo com a revelação de Deus habitando entre o povo (cap. 40-48; BS, 106:57). O Templo (cp. Ml 3.1) deve tomar-se o lugar de habitação da glória divina (cp. Ez 43.1-6): “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre” (43.7).

2.  Uma dispensação diferente  -  Identidade do Templo. Que Templo é este? E completamente separado do Templo anterior em Jerusalém? E um complexo de construções completamente novo? Um estudo da sequência de eventos ajuda a responder essa questão. Israel, em todas as suas tribos, participou do cativeiro; a destruição do seu Templo simbolizou o julgamento de Deus sobre ele devido ao seu pecado. Ele tinha a restauração prometida depois do arrependimento (Dt 3 0.1 ss.). A partida do Shekinah (“glória” Ez 11.22,23) significou a queda de Jerusalém. O retorno desta glória (43.1 ss.) significava a restauração de Israel ao favor e bênção de Deus.           Contudo, se um Templo fosse muito diferente do Templo que Nabucodonosor destruiu, como ele poderia trazer alguma segurança ao povo? Visto que o Lugar Santo e o Santo dos Santos são do mesmo tamanho que os do Templo de Salomão, e considerando outras semelhanças, a conclusão é que o Templo de Ezequiel é basicamente o Templo de Salomão, mas com modificações na estrutura do átrio e na organização. Ele não é meramente um templo “ideal”, pois ao descrever o uso do altar, Yahweh (43.18ss.) descreve sua santificação (w. 18-27) e as ofertas feitas pelos sacerdotes (44.1531) dizem respeito ao que deveria ser feito por um povo restaurado ao seu Deus.           Porém o que foi mencionado acima não responde à questão — o Templo de Ezequiel existiu realmente? A ênfase sobre o ritual e a eliminação do ritual no NT indica que este templo serve a outro propósito.            Deve-se lembrar que Israel passou por deportação devido à idolatria e rejeição da Aliança de Yahweh (Dt 4.27,28; 28.64-68), mas se em sua aflição eles procurassem o Senhor de todo o coração, ele os ouviria e os restaurariam a sua terra (Dt 4.29-31; Jr 29.10-14). O propósito era aperfeiçoar um povo recalcitrante e relapso, e criar uma nação santa (Ez 37.21-23,26-28) que, como povo santo, retomaria verdadeiramente à sua terra. Ezequiel 40-48 apresenta em palavras quadros da consequente união íntima de Yahweh com seu povo, e transmitiu ao remanescente de Israel a segurança do retomo a sua herança. A organização dos átrios impressionou o povo sobre a necessidade de santidade pessoal; mas também, a presença de Yahweh ali (43.1 -12) demonstrou sua acessibilidade por parte do povo. O ritual, sendo restaurado, transmitiu a Israel que ele foi verdadeiramente aceito, e por isso poderia esperar que se tomasse um povo purificado e restaurado.             Portanto, o Templo de Ezequiel era uma “ajuda visual” para a fé. Visto que os exilados que retomaram aderiram à forma do Templo anterior e não à do Templo de Ezequiel, parece que seu Templo deveria ser entendido simbolicamente. A verdadeira restauração de Israel ainda está por vir, quando Deus, pela segunda vez (Is 11.11), salvará Israel do cativeiro, quando será dado ao povo de Israel um novo coração (Ez 36.26) e a nação nascerá em um dia (Is 66.8-10). Isto se refere ao milênio e ao renascimento de Israel, pois todos os gentios devem esperar para que eles também possam ser renovados e participar das bênçãos da casa de Deus (Is 56.7).

3.  Um ritual diferente  -  Quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra. Sem dúvida, a arca da aliança estava entre as coisas que os babilônios levaram para a terra deles, na época do cativeiro de Judá. Mas não temos nenhum registro específico sobre isso e nenhuma indicação do que aconteceu a essas coisas na Babilônia. O povo de Israel sentia falta da arca unicamente por ser o lugar onde se manifestava a presença do Senhor Deus (uma espécie de trono de Deus na terra), o lugar de contato de Yahweh com Seu povo em aliança com Ele. O povo de Israel anelava por ver a arca da aliança de alguma maneira “recuperada”.              Mas esse anelo se reduziria a nada quando uma restauração todo-poderosa substituísse a antiga restauração por uma restauração nova e muito mais satisfatória. Outra arca não seria manufaturada; pelo contrário, a própria Jerusalém se tornaria o trono de Deus, o lugar onde se manifestaria Sua presença e Seu poder, e isso mais do que compensaria a perda (vs. 17). Cf. Eze. 43.7. Ver também Jer. 14.21; 17.12; Isa. 2.2-4 e Miq. 4.1-4.             Quanto a outros particulares, o novo também seria superior ao antigo: todas as nações se concentrariam em torno de Jerusalém e seu culto, e não apenas uma minúscula nação e sua arca da aliança. Torna-se evidente aqui a promessa do Reino. As nações chegar-se-ão dotadas de elevada espiritualidade, abandonando seus antigos caminhos de idolatria e rebelião. Cf. Zac. 14.16-19. Em tais circunstâncias de redenção universal, ninguém mais lembrará os “dias áureos antigos”, quando a arca estava no templo, antes do cativeiro babilónico. Cf. Isa. 2.2-3; 60.3-5. A arca era um dos principais sinais do antigo pacto. Substituí-la por algo melhor fala do Novo Pacto, que lhe é superior (ver Jer. 31.32). Cf. Heb. 8.13.

4.   Como explicar os sacrifícios no Milênio?  Isto diz respeito ao altar neste templo místico, que também é místico. Porque Cristo é o nosso altar. Os judeus, depois do seu retorno do cativeiro, tiveram um altar muito tempo antes de terem um templo, Esdras 3.3. Mas este era um altar que estava no templo. Aqui temos:     I As medidas do altar, v.13. Tinha cerca de seis metros quadrados na parte superior e sete metros na parte inferior. Tinha cerca de quatro metros e meio de altura. Ele possuía um assento ou prateleira inferior, aqui chamado de banco, há quase um metro do chão (no qual alguns dos sacerdotes ficavam de pé para ministrar) e aproximadamente dois metros acima deste (no qual ficavam outros sacerdotes), e cada um deles tinha cerca de meio metro de largura e possuía listras dos dois lados, para que eles pudessem permanecer firmes sobre elas. Os sacrifícios eram mortos na mesa mencionada anteriormente, Ezequiel 40.39. O que fosse queimado no altar era repassado para aqueles no banco de baixo, e entregues por eles àqueles que ficavam no banco de cima, os quais o colocavam sobre o altar. Assim no serviço a Deus devemos ajudar uns aos outros.    II As ordenanças do altar. Aqui são dadas instruções: 1. No que diz respeito, primeiramente, à consagração do altar. Sete dias deveriam ser dedicados à sua consagração e em todos os dias sacrifícios deveriam ser oferecidos sobre ele, particularmente um bode para a expiação do pecado (v.25), além de um bezerro para a expiação do pecado no primeiro dia (v.19) – isto nos ensina a termos Cristo (a grande oferta para a expiação do pecado) em vista em todos os nossos serviços religiosos. Nem nós nem as nossas ações podem ser aceitas por Deus, a menos que o pecado seja removido.       E este só pode ser removido pelo sangue de Cristo, que tanto santifica o altar (porque Cristo entrou no Santuário por seu próprio sangue, Hebreus 9.12), como a oferta que estiver sobre o altar. Também deveriam ser oferecidos em holocausto um bezerro e um carneiro (v.24), o que tinha puramente o propósito de glorificar a Deus, para nos ensinar a observarmos isto em todos os nossos serviços. Nós devemos nos apresentar a Cristo como sacrifícios vivos e também as nossas devoções como sacrifícios espirituais, para que nós e nossos sacrifícios possamos ser para Ele “por nome, e por louvor, e por glória”. A consagração do altar é chamada aqui de purificação e expiação, w.20,26. Cristo, o nosso altar, embora não tivesse nenhuma mancha de que precisasse ser purificado, santificou-se a si mesmo (Jo17.19). E quando consagramos os altares dos nossos corações a Deus, tendo o fogo santo sempre queimando neles, devemos nos certificar que eles sejam purificados e expiados do amor pelo mundo e das paixões da carne. Deve-se observar que há várias diferenças entre os ritos da consagração mencionados aqui e aqueles que foram determinados em Êxodo 29, sugerindo que os estatutos cerimoniais eram coisas mutáveis e as mudanças neles eram sinais do período de Cristo. Somente aqui, conforme a lei geral, são dadas ordens específicas (v. 24) para que todos os sacrifícios sejam temperados com sal (Lv 2.13).      A graça é o sal com o qual todas as nossas ações religiosas devem ser temperadas, Colossenses 4.6. Uma aliança eterna é chamada de aliança de sal, porque ele é incorruptível. A glória reservada para nós é incorruptível e pura. E a graça operada em nós está no “homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto”. 2. No que diz respeito ao uso constante que deveria ser feito do altar, quando foi consagrado: “Prepararão os sacerdotes sobre o altar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios pacíficos” (v.27), porque ele foi santificado para que pudesse santificar a oferta oferecida sobre ele. Observe, além disso: (1) Quem deveria servir no altar: Os sacerdotes “da semente de Zadoque”, v. 19. Esta família foi substituída por Salomão, ficando no lugar de Abiatar e Deus confirma isto.         O nome Zadoque significa justo – eles são a semente de justos, são os sacerdotes de Deus, através de Cristo o Senhor, justiça nossa. (2) Como eles deveriam se preparar para este serviço (v. 26): Eles consagrarão o altar, encherão as mãos com as ofertas, como sinal da sua entrega com as suas ofertas a Deus e ao seu serviço. Observe que antes de ministrarmos ao Senhor nas coisas santas devemos nos consagrar enchendo as nossas mãos e os nossos corações com estas coisas. (3) Como eles se beneficiariam dele (v. 27): “Eu me deleitarei em vós”. E se Deus aceitar as nossas obras, se nossos serviços lhe forem agradáveis, isto é o bastante, não precisamos de nada mais. Aqueles que se entregarem a Deus serão aceitos por Ele. Primeiro suas pessoas e então as suas ações, através do Mediador.


                III.  SANTIDADE E GLÓRIA

1.   A glória de Deus volta ao Templo (v. 5)  -  Eis que a glória do Senhor enchia o tem plo. A glória de Yahweh era tão grande que encheu o templo inteiro, não meramente o Santo dos Santos. Cf. Isa. 6.1-3; I Reis 8.11; II Crô. 5.14. A mesma glória encheu o tabernáculo (Êxo. 40.34-38; Lev. 9.23). No fim, a própria Terra será o templo que Yahweh encherá com Sua glória. Cf. Isa. 11.9 e Ageu 2.7,9.0 profeta foi sujeito a uma experiência mística, visionária, de grandes proporções. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo denominado Misticismo. A experiência do presente versículo é atribuída à presença e atuação do Espírito. O Espírito é o principal fator do misticismo bíblico. Ver no Dicionário o detalhado artigo denominado Espírito Santo.   Yahweh Fala do Santuário Interior (43.6-12) 

O templo restaurado pode ter somente atividades espirituais, como ordenadas por Deus; nenhuma influência política será tolerada (capítulo 8; I Reis 7.11 -12; 11.33; Amós 7.13). O novo templo será o Trono de Yahweh, onde Ele manifestará Sua glória para sempre em Israel (vs. 7). Cf. Eze. 5.9.0 trono de Yahweh é o Santo dos Santos (hebraico, debhir). A presença divina enfatiza a divisão radical entre o sagrado e o profano, como projetado em Eze. 42.20. Yahweh combina divindade e realeza, restaurando a teocracia, o governo ideal para Israel. O deus-rei era um conceito comum nas nações pagãs, e Yahweh-Rei era a versão desse conceito em Israel. “O templo servirá como a habitação terrestre de Deus e um meio de comunhão entre o divino e o humano. Israel nunca mais profanará o santo nome (cf. Eze. 20.39 e 39.7), adorando ídolos mortos e inúteis e trazendo desastres para a nação (Eze. 43.7- 8)" (Charles H. Dyer, in loc).

2.  A identidade do guia celestial (vv. 6,7)  -  A abertura do discurso, w ayyõ ’m er ‘êlay ben- ’ã d ã m , “E ele me disse: ‘Filho do homem’”, não é só tipicamente ezequielense, é precisamente a maneira pela qual foi introduzido o primeiro discurso de Yahweh para Ezequiel, em 2.1. A mensagem, propriamente dita, começa com um anúncio formal: “Este é o lugar do meu trono, o lugar para as solas de meus pés”. A linguagem é, obviamente, da realeza; por meio dela Yahweh está declarando que o templo é seu palácio e afirmando sua reivindicação de domínio sobre Israel. Embora a tradição do templo como palácio de Yahweh tenha uma longa história, a própria descrição que Ezequiel faz do templo, mais do que da arca do concerto como o trono de Yahweh, é impressionante. Na visão inaugural do profeta, foram vistos querubins carregando o trono de Deus ( 1.24-28), porém, o presente discurso nada diz a respeito do papel da arca ou dos querubins, sugerindo, talvez,  o cumprimento da profecia de Jeremias, em 3.16,17: naqueles dias... não dirão mais: ‘a arca da aliança do Senhor’. Ela não lhes virá à mente nem será lembrada, não sentirão falta dela; nem se fará outra. Quando Jerusalém for chamada o trono do Senhor, e todas as nações se reunirem nela, para honrar a presença do Senhor em Jerusalém”. A menos que se assuma a presença da arca no templo, Ezequiel, aparentemente, não vê necessidade de tais símbolos do governo divino. A existência da própria cidade será evidência da eterna presença de Yahweh (cf. 48.35).36 A imagem da realeza divina é concretizada com a descrição do templo como “o lugar para as solas de meus pés” (mêqôm kappôt raglay). Esta frase é uma variação de hãdõm raglãyw, “seu escabelo”, que identifica literalmente o objeto sobre o qual uma pessoa descansa os pés e, por extensão, funciona como uma expressão de domínio. A combinação que Ezequiel faz do trono de Yahweh com seu escabelo no templo remete a lCr 28.2, em que Davi explicitamente associa o hãdõm com a arca da aliança, e vários textos adicionais identificam Sião/o templo como o escabelo de Yahweh (SI 99.5; 132.7; Lm 2.1), especialmente Is 60.13, que emparelha mêqôm miqdãS’, “o lugar do meu santuário”, com mêqôm raglay, “o lugar dos meus pés”.

3.   Santidade para sempre  (vv. 8,9)  -  Contaminaram o meu santo nom e com as suas abom inações. Aquele homens reprovados poluíram o santo nome, colocando seu limiar e sua ombreira junto aos Dele. Esta referência obscura talvez possa significar que túmulos (que pareciam grandes casas) foram construídos perto do templo, tomando-o imundo. Ver no Dicionário o artigo denominado Limpo e Imundo. Talvez a referência seja aos monumentos (construções idólatras) que os reis misturaram com os edifícios sagrados, e que corresponderia à palavra "abominações” aqui. Normalmente, os túmulos eram construídos fora da cidade para evitar impureza cerimonial (I Sam. 25.1; I Reis 2.34). Os profanos faziam peregrinações aos túmuios dos reis, em vez de visitar o templo de Jerusalém, não separando o profano do sagrado e até preferindo o profano. Apenas uma parede (não muro) separava o templo de Yahweh das construções imundas dos idólatras, e essa era uma separação inadequada. A ira de Deus (ver a respeito no Dicionário) acabaria com aqueles ímpios, o que aconteceu no ataque e cativeiros babilónicos.  Lancem eles para longe de mim a sua prostituição... A limpeza das poluições devia incluir dois princípios essenciais: 1. A idolatria seria eliminada. 2. Os monumentos de ídolos (ou mausoléus dos reis) seriam afastados da área sagrada. Se o povo fizesse estas coisas (que representavam uma purificação geral), então Yahweh habitaria entre o Seu povo. “Davi foi sepultado na cidade de Davi, perto do monte Sião, próximo ao lugar onde o templo foi construído; a mesma situação se apiicou aos túmulos dos outros reis. Deus exigiu que a vizinhança do templo fosse libertada daquele ultraje” (Adam Clarke, in loc.)

. ... e os cadáveres de dos seus reis. Como no vs. 7, “cadáveres” podem ser “monumentos”, ou casas de ídolos. Ver as notas naquele versículo.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

HENRY. Matthew.Livro Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia, Tenney C. Merrill - Editora Cultura Cristã.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

LIÇÃO 10 - A RESTAURAÇÃO NACIONAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                        TEXTO ÁUREO

"E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades." (RM 11.26).


                    VERDADE PRÁTICA

A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 37.1-14 ( explicação comentário bíblico Warren Wiersbe)


V. 01 -  Ele me levou pelo Espírito. A mão de Yahweh agiu para dar ao profeta a visão dos ossos secos. Ver no Dicionário o artigo chamado Mão, e em Sal. 81.14. Ver sobre mão direita, em Sal. 20.6, e sobre braço, em Sal. 77.15 e 98.1. A mão poderosa do Senhor levou Ezequiel para certo vale, em visão, naturalmente. Cf. o vale de Eze. 3.23, que talvez estivesse na mente do autor quando compôs este texto. Aquele vale tornou-se um lugar de revelação. O profeta enfrentou uma cena horripilante da morte. Desastres tinham tomado conta de Judá quando o exército babilónico a aniquilou. Uma nação inteira tornou-se uma massa de ossos secos sob os raios do sol implacável que os secava e branqueava. Os ossos estavam mortos, em todos os sentidos da palavra 

V. 02 -  E me fez andar ao redor deles. Ezequiel fez um circuito no vale. Os ossos secos não foram empilhados, mas espalhados sobre uma área considerável. Assim, o profeta levou algum tempo para atravessar aquela área. O que ele viu foi uma coisa só: morte e destruição, inumeráveis ossos dos mortos ressecados e branqueados pelo sol. O desespero reinava naquele lugar miserável. Não havia nenhum potencial de vida. Os ataques e cativeiros da Babilônia haviam conseguido a quase extinção de Judá, e o profeta, vendo o vale, teria dito que a extinção do povo fora absoluta. Somente a obra especial da graça de Deus poderia reverter aquela situação. Afinal, a salvação provém da graça, embora exija a cooperação do homem para aceitá-la. Conduza, Luz Gentil, dentre a negra escuridão Conduza-me à frente. A noite está escura e longe de casa estou, Conduza-me à frente. Mantenha os meus pés; não peço para ver A distante cena; Um passo apenas, o bastante para mim. (John H. Newman)

V. 03Acaso poderão reviver estes ossos? Todos nós, de vez em quando, nos encontramos em armadilhas, como aquele pequeno remanescente cativo na Babilônia. Judá estava absolutamente impotente. As circunstâncias eram desesperadoras. Às vezes, nós nos vemos em circunstâncias totalmente além do nosso potencial de modificação. Sim, às vezes, entramos no vale de ossos secos, um limbo de desolação, sem nenhum raio de luz. Então, Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) entra em cena e opera um milagre que nos surpreende. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! Este titulo divino é usado 217 vezes neste livro, indicando que há um Soberano que age neste mundo, modificando as coisas que, supostamente, não podem ser mudadas. A Providência de Deus é capaz de tudo. O Criador não abandonou Sua criação, mas está presente para intervir. Realizar obras inesperadas é a Sua especialidade.

V. 04Profetiza a estes ossos. Yahweh mandou Ezequiel “profetizar sobre os ossos” (o hebraico literal), significando “o que vai acontecer com eles”. A profecia carregava com ela o poder do Senhor e, certamente, seria cumprida. Os ossos secos (Judá na Babilônia) ouviriam logo a palavra de poder que os entregaria à sua “morte viva”. A Vida que Vem da Morte. A seção de abertura deste capitulo figura entre as mais importantes da Bíblia. O pregador voltará a ela repetidamente, porque é rica em sugestões e porque a inspiração de Deus brilha nela. O que o profeta falou, aconteceu e pode ser comprovado historicamente, embora na época de seu pronunciamento esperar a realização da profecia fosse ato de uma imaginação ativa. Mas o fato é que o Poder de Deus entrou na história e mudou seu curso. “Por causa do poder inerente da Palavra Divina para cumprir seus propósitos, os profetas, pronunciando aquela palavra, eram capazes de efetuar maravilhas (Jer. 1.10)” (Fausset, n loc.)

V. 05 Assim diz o Senhor Deus:... Farei entrar o espírito em vós, e vivereis. AdonaiYahweh (o Soberano Eterno Deus) coloca Sua força todo-poderosa por trás de Suas palavras. Como Soberano, no dia da criação, soprou no barro e fez uma criatura viva, assim agora, soprando sobre os ossos secos, os fará viver. Um novo ato criativo animará os ossos mortos. O Criador intervém na Sua criação, um fator principal da doutrina do teísmo (ver a respeito no Dicionário). Em contraste, o deísmo ensina que o Criador (uma força pessoal ou impessoal) abandonou Sua criação ao governo das leis naturais. Cf. Gên. 2.7; 6.17 e 7.22. Ver Eze. 37.14, onde a palavra hebraica ruah (sopro, espírito) refere-se ao Espírito de Deus. Nova vida é o trabalho do Espírito. Ver também Sal. 104.30

Vv. 06 - 08 -  A Notável Lição Espiritual. Os mortos podem ser reanimados pela palavra de poder de Yahweh, e isto se aplica a nações e indivíduos. Estes versículos não falam diretamente sobre a imortalidade da alma, nem sobre o tema geral da ressurreição, mas o milagre no Vale de Ossos Secos apóia ambas as doutrinas. Há vida depois da morte biológica. Ver no Dicionário os artigos chamados Alma, Ressurreição e Imortalidade. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete intitulado Imortalidade. . Sabereis que eu sou o Senhor. Yahweh ficou conhecido pelo milagre da ressurreição. Este tema se repete 63 vezes no livro, normalmente associado à idéia de julgamento, mas, às vezes, como aqui, à restauração. Cf. Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11 e o vs. 13 do presente capítulo. Então profetizei segundo me fora ordenado. Ezequiel obedeceu às ordens de Yahweh e Ele deu o comando da vida, através de sua profecia. Imediatamente, o profeta ouviu o ruído dos ossos chocalhando e, quando olhou, todos se tinham ajuntado, formando esqueletos perfeitos. Ao mesmo tempo, a carne voltou aos esqueletos e logo houve, em toda parte, espécimes maravilhosos de seres humanos. Ainda não eram animados, mas a obra se completaria em breve. Foi um milagre magnificente, mas não mais do que aquilo tipificado: a restauração dos ossos secos (exílios) no cativeiro babilónico. Idéias sobre o Ruído. 1. O barulho de um terremoto; 2. os gritos dos judeus ao ouvir o decreto de Ciro que os liberou para voltar a Jerusalém; 3. Uma grande voz dos céus comandando a ressurreição; 4. a voz de anjos, agentes de vida; 5. a trombeta de Deus. Melhor, o 

barulho era, simplesmente, o som dos ossos se ajuntando para fazer esqueletos viáveis.

V. 09 Bem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes m ortos, para que vivam. Foi necessário outro milagre para completar o processo da revivificação. O ruah do Espírito entrou nos corpos e os animou. Alguns intérpretes preferem a tradução vento, e acham que os quatro ventos, à ordem de Yahweh, restauraram srael. Os exilados voltaram dos quatro cantos da terra e se reuniram em Jerusalém. Houve restauração total. Cf. Zac. 2.6, Mas a alusão principal é ao capítulo 1 de Gênesis, o ato criativo de Deus. Por Seu sopro, Yahweh deu vida ao barro, fazendo do inanimado animado. Cf. também Eze. 36.27 e os vss. 4 e 5 do presente capítulo. “Eles recebem o sopro e tornam-se criaturas vivas como em Gên. 1.20-21,24 e 2.7, onde se encontra a mesma expressão” (Ellicott, in loc.). Dos quatro ventos. O autor mistura as metáforas. O ruah agora se origina dos quatro ventos, não da boca de Yahweh, como em Gên. 1. Aqueles ventos falam da restauração dos israelitas de todos os lugares onde foram exilados ou vaguearam. Cf. Isa. 43.5-6 e Jer. 31.8. Foram espalhados para as quatro direções pelos ventos (Eze. 5.10; 12.14; 17.21; Apo. 7.14) e era justo que os mesmos ventos os trouxessem de volta para casa.

V. 10 -  Profetizei como ele me ordenara. Este versículo repete, essencialmente, as declarações do vs. 9: o que foi ordenado naquele versículo é efetuado neste. A profecia que dá vida se mostrou efetiva. Os esqueletos, juntamente com seus corpos perfeitos, de súbito se tomaram seres vivos, e os ossos secos foram assim revivificados. Os cativos se animaram e transformaram-se num vasto exército, pronto a marchar de volta para Jerusalém. O Novo Israel (histórico) recomeçou tudo e tomou-se um antegozo de maiores acontecimentos no dia escatológico. O poder revolucionário de Deus criou e contínua criando. A restauração nacional de Israel apóia as doutrinas de imortalidade e ressurreição. Cf. Isa. 25.8; 26.10; Dan. 12.2; Osé. 6.2 e 13.14.

V. 11 -  Estes ossos são toda a casa de Israel. A casa de Israel (ver Eze. 3.1,3,5; 4.3) era uma grande massa de ossos secos espalhados em toda a parte do vale, isto é, a Babilônia. Não houve mais vida; toda a esperança se perdeu; a nação inteira foi “cortada fora”, isto é, morreu violentamente. Os babilônios, mais uma vez, tinham cometido genocídio. Estamos de todo exterminados. “Os sobreviventes sabiam que suas esperanças nacionais tinham sido esmagadas. A nação inteira morreu nas chamas do ataque babilónico e não houve esperança de ressurreição” (Charles H. Dyer, in loc.). Cf. Sal. 141.7 e Isa. 49.14. A árvore cortada foi separada das suas raízes e, assim, caiu e morreu.

V. 12 -  Eis que abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair delas. Neste trecho, o autor utiliza uma nova figura. Os ossos do vale tornam-se esqueletos nos seus sepulcros. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) emprega Seu poder imenso para abrir os sepulcros e chamar para fora os esqueletos. No processo de sair, eles se animam e tomam-se criaturas vivas. Uma restauração nacional foi realizada pelo milagre da graça que somente o poder de Deus podia efetuar. Através da ressurreição, o povo que vagueava volta para ser o povo escolhido de Deus, florescendo na sua Terra, no seu Lar. Um novo ciclo da história se iniciou, antegozando acontecimentos que serão ainda mais espetaculares nos últimos dias, no Reino do Messias. Afinal, Israel tornar-se-á um povo realmente distinto entre as nações (ver este ideal em Deu. 4.4-8). A renovação é completa: fisica, moral e espiritual. O sopro do Espírito era (é) o agente desta revolução de vida. Cf. Eze. 36.24-28 e João 5.25,28-29. A fidelidade de Yahweh estava vinculada aos pactos por Ele firmados. Sem sua Terra, a nação de Israel não poderia continuar existindo. Ó povo meu. ... Estou com eles e eles são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Eze. 34.30). Cf. Eze. 11.20; 36.27 e Jer. 30.22.

V. 13 -  Sabereis que eu sou o Senhor. Pela restauração nacional, Israel-Judá conhecerá Yahweh melhor, de uma maneira nova e especial. Este tema se repete 63 vezes neste livro, normalmente associado ao julgamento, mas, às vezes, como aqui, à idéia de restauração. Ver Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11. Ver no Dicionário o artigo chamado Providência de Deus. Ó povo meu. Ver as notas sobre esta frase no vs. 12

V. 14 -  Poreis em vós o meu Espírito, e vivereis. O poder que dá vida, que efetuou a ressurreição nacional, é identificado como o Espírito de Deus. Assim devemos equiparar o ruah (vento) dos vss. 5 e 9 ao ruah (Espírito). Este versículo mostra que a renovação foi espiritual, não meramente física. O povo recebeu de volta a sua Terra, mas também foi transformado para ter um andar digno de sua chamada, obedecendo à lei de Moisés. Cf. Eze. 36.27. “A ressurreição moral do povo e a restauração à sua Terra foram intimamente associadas, Cf, esta idéia a uma associação semelhante (o espirito com o físico) em João 5.21-29” (Elíicott, in te.).


                            INTRODUÇÃO

Mas a chave para entender este capítulo corretamente é vê-lo pelo seu contexto. Ezequiel estava prometendo ao seu povo uma mudança para sua sorte, uma nova liderança, uma terra restaurada, cidades reedifica* das, e muitos dos aspectos da era messiânica. Não é de se admirar que foi tratado com ceticismo: a queda de Jerusalém significara o colapso da fé nacional, e não iria ser restaurada tão facilmente assim. Os israelitas olhavam para as sobras espatifadas do seu povo no exílio, e somente podiam dizer: “os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança. Acaso poderão reviver estes ossos?” A resposta parece ser, inconfundivelmente: “Não.” Ezequiel, no entanto, acreditava que assim poderia acontecer. Se o propósito de Deus era restaurar Israel, Ele o faria, não importa quão grande fosse o milagre necessário. Tanto a visão quanto o oráculo dos dois pedaços de pau transmitiam esta mensagem. No caso da visão (1-14), foi demonstrado à nação que o Espírito de Deus tinha o poder de transformar o que parecia ser uma hoste de esqueletos num exército eficaz de homens, um quadro de Israel restaurado de novo à vida e cheio do Espírito. No oráculo (15-28), Ezequiel demonstra que as antigas divisões entre Israel e Judá passarão e a nova nação unirá os remanescentes dos dois povos numa só terra sob um só rei, sem sua animosidade tradicional.


            I.  SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1.  Os ossos secos (vv. 1,2) -  Na visão, o profeta se encontra arrebatado e colocado num vale (habbiqqíâ), não identificado, mas presumivelmente bem conhecido por Ezequiel, se não pela audiência, também. A partir da perspectiva de Deus, esse não era, certamente, um vale qualquer, escolhido aleatoriamente. Mais importante que a sua localização é a visão que recepciona o profeta ali: uma imensa coleção de ossos brancos, resplandecendo ao sol. Como que para assegurar o total impacto da visão sobre o profeta, Yahweh o conduz para frente e para trás ao redor dos ossos. A cena é impressionante por três aspectos. Primeiro, a oração circunstancial no final do v. 1 e a frase wèhinneh rabbôt mè ’õd realçam a perplexidade de Ezequiel ante o número extremamente alto de ossos. A importância do número deles não se tomará aparente senão posteriormente (v. 10), mas a visão sugere os restos de uma grande catástrofe. Segundo, os ossos estão na superfície do vale, à semelhança de cadáveres aos quais foi negado um sepultamento adequado e que, por isso, foram deixados para desprezíveis abutres. Na qualidade de israelita e especialmente de sacerdote, Ezequiel sabia quão importante era o tratamento adequado dos cadáveres humanos, e a imagem alterada das sepulturas nos comentários interpretativos do v. 12 iria certamente ter sido melhor recebida pelo profeta. Terceiro, o profeta fica surpreso diante da extrema secura dos ossos, a qual indica que as pessoas cujos restos eles representam deveriam ter morrido há muito tempo. A figura concretiza a falta de esperança expressa no v. 11; nenhuma força vital permanece neles. A narrativa não deixa qualquer sugestão a respeito de a quem os ossos poderiam pertencer, mas a figura é de morte com todo o seu horror, intensidade e finalidade.

2.  O significado -  O comentário do povo é um lamento, emitido em forma rítmica tripartite, consistindo, cada declaração, de duas palavras e concluindo com rimas -ênül-ãnü. ( 1) yãbèSü ‘’asmôtênü, Nossos ossos estão secos, é uma declaração metafórica, associando dois elementos comuns nas expressões de lamento dos salmos. (2) wè'ãbèdâ tiqwãtênú, nossa esperança se desvaneceu, interpreta a metáfora. A mesma expressão de desesperança foi usada a respeito da leoa, em 19.5, na perda de seu filhote. (3) nigzarnü lãnü, nós estamos destruídos, reflete o pessimismo deles. O impacto emocional de serem exterminados é pungentemente expressado no SI 88.6-15 (v. port. 3-12). O desalento dos israelitas é óbvio na presente citação. Eles haviam contado com as imutáveis promessas de Yahweh para sua segurança, mas ele os havia abandonado. As sucessivas calamidades de 732, 722, 597 e 586 haviam destruído qualquer resquício de esperança. 12-14 Embora Ezequiel jamais tenha traído seus próprios sentimentos com relação ao desalento dos exilados, a visão dos vv. 1-10 representa a resposta de Yahweh. O v. 12 insinua, pela primeira vez, que essa mensagem de esperança é para os compatriotas de Ezequiel. Ele havia profetizado fielmente aos ossos e ao espírito; agora, ele é ordenado a entregar aos seus companheiros de exílio uma mensagem de esperança da parte de Yahweh. A reação de Yahweh ao lamento se divide em duas partes, correspondendo à refutação e à tese contrária de seus discursos de contestação. Conquanto haja alguma justaposição de ideias, o v. 14 adianta as noções levantadas nos vv. 12,13. Mas o foco permanece, por todo o trecho, em Yahweh, que é o único capaz de trazer esperança a um povo desesperado

3.  As promessas de Deus -  O oráculo dos dois pedaços de pau. Mais uma vez, o profeta fala com a ajuda de uma ação simbólica (cf. 4 :1; 5:1). O Senhor ordena-lhe tomar dois pedaços de pau e neles marcar: Para Judá e Para José. Estes representam os dois reinos dos dias anteriores, antes da Samaria ser tomada pelos assírios sob a liderança de Sargom II (722/1 a.C.) e Israel, o reino do norte, perder a sua identidade. Deve tomar um deles na sua mão direita escondendo uma extremidade no seu punho cerrado. Depois, deve tomar o outro pedaço e juntá-lo ao primeiro, extremidade contra extremidade. Com o punho cerrado, então, segurará a parte onde os do pedaços de pau se unem, e parecerá estar segurando uma longa vara pelo meio. Compreendida a ação, não será necessário pedir qualquer tipo de milagre para aquele ato simbólico. O significado da ação é que, no Israel restaurado, as antigas divisões do norte e do sul serão abolidas e as nações serão unidas na mão de Deus. A sua interpretação, no entanto, levanta certo número de questões controvertidas. Se os habitantes de Israel/Samaria foram espalhados por todo o Império Assírio, há qualquer perspectiva de seus descendentes serem literalmente trazidos de volta, com os exilados de Judá, para a terra prometida? Ou devemos entender que “Israel” consistia simplesmente de homens originários das tribos do norte que se associaram com Judá de tempos em tempos? Ou alegorizamos tudo e o vemos simplesmente como um quadro da igreja, o novo Israel, unido ao reino futuro de Deus? Os problemas se tomam especialmente agudos quando o leitor aborda a passagem com a seguinte pergunta ocupando o primeiro lugar na sua mente: “Esta profecia foi cumprida?” O cumprimento da profecia é uma questão secundária para ser conside: rada depois de solucionada a questão da exegese correta. O que, então, Ezequiel está dizendo?


                II.  SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1.  As diásporas de Israel e Judá  -  Alguns estudiosos fazem a distinção entre os cativeiros e a diáspora. No entanto, filhos de Israel que ficaram nas terras onde eles estiveram exilados por certo contam-se entre os partícipes da diáspora, e muitos autores não estabelecem essa delicada distinção. Seja como for, o termo diáspora refere-se originalmente aos judeus dispersos fora da Palestina, durante os períodos grego e romano. Pequenas comunidades judaicas têm existido fora da Palestina desde que Judá e Israel tornaram-se reinos separados, após a época de Salomão. Atualmente, alguns eruditos usam esse termo para aludir aos judeus dispersos a partir do século IV A.C., quando eles se estabeleceram em Alexandria, no Egito, ou em Antioquia da Síria. Por volta do século II A.C., a diáspora já se estendia por uma vasta área, incluindo a Ásia Menor, o norte da África e Roma. Cícero refere-se a judeus que haviam adotado a cidadania romana, em Roma. Havia comunidades judaicas na Europa, antes mesmo do começo do cristianismo, antes da destruição do segundo templo de Jerusalém. Prolongando-se até os tempos modernos, a dispersão tem envolvido a maioria das nações, entre as quais se destacam a Espanha, Portugal, a França, a Inglaterra, a Alemanha, a Polônia, a Rússia, porções da índia e da China, e, posteriormente, muitos lugares do hemisfério ocidental, incluindo as Américas. Na América do Norte encontramos a maior colônia judaica do mundo, fora da Palestina. Na América do Sul as maiores colônias judaicas acham-se, respectivamente, na Argentina e no Brasil. Apesar de tão disperso, o povo de Israel de algum modo consegue permanecer um elemento distinto na cultura para onde ele emigra, mantendo a sua própria cultura e fé religiosa. O movimento sionista tem feito muitos judeus voltarem para Israel, estado criado em 1948, sob a égide das Nações Unidas. Todavia, há mais judeus vivendo fora da Palestina do que ali, o que significa que continua havendo uma grande diáspora, até os nossos próprios dias.

2.  Renasce Israel   Prossegue Ezequiel: “… um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso”. Aqui temos o movimento [ou reboliço] dos ossos, ou seja, a preparação e a viagem à Terra Santa dos primeiros colonos israelitas, que tiveram de enfrentar grandes dificuldades.    O ajuntamento dos “ossos” vem ocorrendo como segue. Em 1917, ano da Proclamação Balfuor, havia 25 mil judeus na Palestina. Esse número aumentou para 83 mil em 1922 e para trezentos mil em 1935, ano em que Hitler se fortalecia na Alemanha e não escondia o seu anti-semitismo.     Em 1937, a população israelita da Palestina já era de 430 mil. Dois anos depois a Inglaterra proibiu a entrada dos judeus na Terra Santa, deixando-os, dessa forma, à mercê dos nazistas. Em 1945, havia quinhentos mil, e três anos mais tarde, quando Israel proclamou sua independência, número chegava a oitocentos mil. Em 1956, já eram 1,9 milhão [quando ocorreu a segunda guerra árabe-israelense]; em 1967,2,8 milhões. Em 1973,3,3; em 1983, mais de quatro milhões, e no final de 1998, cerca de seis milhões.     “Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito” [v. 8, ARA], Os “tendões” [ou nervos] indicam alianças políticas, militares, o renascimento da língua hebraica e a recuperação econômica, principalmente através dos kibutzim. Kibutzvem da mesma raiz do verbo hebraico “congregar”, usado por jeremias no versículo 10 do capítulo 31 de seu livro.       As “carnes” indicam as estruturas políticas que deram forma à nação em 1948, da mesma maneira como o reboco dá forma à parede.      A “pele” indica proteção e acabamento. Em 1948, faltava a Israel um exército organizado. Hoje, as forças armadas israelenses estão entre as mais bem treinadas e equipadas do mundo. Basta dizer que na guerra-relâmpago de 1967 havia quarenta soldados árabes para cada soldado israelense, e Israel venceu! É evidente que as palavras divinas de Amós 9.15 se cumpriram:  “Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus” [ARA].     Embora todos esses ossos estejam unidos, com tendões, carnes e pele, falta-lhes ainda a vida espiritual, prometida no versículo 14: “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor”[ARA].      Note que a palavra “Espírito” aqui, com inicial maiúscula, refere-se ao Espírito Santo, conforme Joel 2.28,29 e Atos 2.17,18. O povo de Israel somente será cheio do Espírito Santo quando se converter a Jesus no final do “dia da vingança do nosso Deus” [Is 61.2], ou seja, da Grande Tribulação, do “tempo da angústia para Jacó” etc., que culminará com a batalha do Armagedom no final do reinado do anticristo. [Veja estas passagens: Jeremias 30.7; João 3.36; Apocalipse 3.10; 7.14; 11.18].

3.  Restauração nacional (vv. 6-8)  -  Como foi desenvolvido aqui, o processo pelo qual Yahweh irá cumprir sua promessa envolve quatro estágios discretos: ele vai religar os ossos com tendões, cobrir os ossos com carne, revestir a carne com pele, e infundir-lhes fôlego. A sequência, envolvendo ossos, tendões, carne e pele, reflete uma compreensão de anatomia disponível para qualquer um que tenha testemunhado a matança de um animal;' inverte, também, o processo de decomposição. A fórmula de reconhecimento conclusiva dá a este segmento a qualidade de uma declaração de comprovação, realçando que o alvo de Yahweh, ao reviver esses ossos, não é simplesmente uma reconstituição químico-biológica do corpo ou até mesmo a restauração da vida física. Ele deseja reavivamento espiritual: um novo reconhecimento dele e, ao mesmo tempo, um novo relacionamento com ele. 7,8 Estes versos descrevem a submissão do profeta para com a ordem divina e seus efeitos. A sintaxe de Enquanto eu estava profetizando, houve um barulho, um som de chocalho, é deselegante, mas enfatiza a conexão entre a palavra profética e o evento. A declaração, anunciada como a Palavra de Yahweh (v. 4), sinaliza-o para a ação. A construção cria, também, a impressão de que a reconstrução se procedeu rapidamente; osso batendo no osso até que cada um estava no seu devido lugar. O profeta fica perplexo à medida que observa a promessa de Yahweh se cumprindo diante de seus olhos. Num momento crítico, entretanto, o processo parece abortar. A oração circunstancial, no fim do v. 8, identifica o problema - não há fôlego ( rü a h ) nos ossos - e prepara o caminho para a segunda fase da atividade divina


                III.  SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1.  O testemunho de Deus para o mundo -  Porque eu estou contigo, diz o Senhor, para salvar-te. Yahweh está com Seu servo, Seu povo, Seu amado; e salvará a todos eles, individual e nacionalmente (Rom. 11.26). Isso será acompanhado pela temível destruição dos inimigos que os oprimiram. Grandes e revolucionários levantes serão experimentados entre as nações, o que significará a ruina total. Eles terminarão, mas o mesmo não acontecerá ao povo de Israel, embora tantos povos se tenham esforçado para isso. Será aplicada a correção a Israel; haverá intensos sofrimentos, como meio de restauração, e não de destruição. Haverá salvação por meio da dor, e não evitando a dor. Contudo, Yahweh não os exterminará (ver Jer. 4.27; 5.10,18). A punição terá por finalidade corrigir, e não exterminar. Ver Jer. 10.24. Mas o pecado será punido (ver Jer. 25.29; 49.12).      Aceitar que o julgamento divino consiste apenas em retribuição é condescender com uma teologia inferior. Os julgamentos divinos sempre são remediais, e tão severos quanto a necessidade, para que exerçam seu efeito restaurador. Muitas nações desapareceram definitivamente, mas isso não acontece às almas. O plano divino tem permitido que certas nações continuem atravessando séculos. E também há a imortalidade da alma, a provisão superior de Deus.

2.  O status de Jerusalém entre as nações   A Destruição de Jerusalém (21.20-24). Estes versículos se referem ao vindouro julgamento de Jerusalém, e não à Segunda Vinda de Jesus (cf. Lc 19.43,44). Aqui, Jesus enfatiza o perigo que os crentes experimentarão na calamidade. A narrativa de Lucas não inclui todos os detalhes providos em Mateus e Marcos. Nada é dito, por exemplo, sobre “a abominação da desolação” (Mt 24.15; Mc 13.14) e sobre esses dias de julgamento serem encurtados por causa do povo de Deus (Mt 24.22; Mc 3.20). No versículo 6, Jesus predisse a destruição do templo; esta seção enfoca o fim violento da cidade.    Como o crente saberá que a destruição de Jerusalém está próxima? Quando eles virem a cidade sendo cercada por exércitos hostis, eles perceberão que o tempo da devastação está perto. Os exércitos invasores serão o sinal para os fiéis que estiverem dentro e ao redor da cidade fugirem para as montanhas. Seus muros e torres não servirão de proteção contra as forças inimigas. Esse julgamento vindouro será “dias de vingança” (v. 22) pela incredulidade e pecados da cidade contra o evangelho, também cumprindo as advertências de Jeremias e Miquéias contra a deslealdade da nação (Jr 7.14-26; 16.1- 9; Mq 3-12).     A captura de Jerusalém trará sofrimento a todos, sobretudo às mulheres grávidas e novas mães. A destruição será terrível, e a ira (orge, “furor, punição, castigo”) de Deus virá sobre “este povo”, os judeus. Quando Jerusalém cair nas mãos dos gentios, alguns dos defensores da cidade morrerão na batalha, ao passo que outros serão levados como prisioneiros a países estrangeiros. A cidade permanecerá sob controle de estrangeiros “até que os tempos dos gentios se completem”. Deus ordenou quanto tempo os gentios governarão sobre Jerusalém. Quando esse tempo terminar, a cidade será devolvida à custódia dos judeus. Esta profecia de Jesus já foi cumprida parcialmente em nossos dias, pois os judeus repossuíram a cidade. Mas só Deus sabe quando “os tempos dos gentios” terminarão. Quando isto ocorrer, Cristo virá e estabelecerá seu Reino sobre a terra.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Livro Israel, Gogue e o Anticristo, Abraão Almeida - editora CPAD

sábado, 5 de novembro de 2022

LIÇÃO 9 - GOGUE E MAGOGUE: UM DIA DE JUÍZO

                            
Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II




                    TEXTO ÁUREO
"E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar para as ajuntar em batalha." (AP 20.8)


                    VERDADE PRÁTICA
A palavra profética anúncia que, antes da restauração espiritual de Israel, virão Gogue e seu bando para invadir a Terra Santa, mas eles serão derrotados.

        
LEITURA BÍBLICA: EZ 38.1-6; 39.1-10 ( EXPLICAÇÃO COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY).

CAPÍTULO 38

V. 2. Gogue (nos caps. 38; 39; Ap. 20:7) não se baseia em Gogaia das Cartas de Amarna, nem Gyges, rei da Lídia (670-652), mas nas profecias transmitidas. Da terra de Magogue. A localização deste lugar é desconhecida. Talvez fique entre a Capadócia e a Média; ou talvez o termo se refira aos citas (Josefos Antq. 1. 6.1). Príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal (cons. 27:13). Leia-se o T.M, nesî'rô'sh em aposição, príncipe de, cabeça de Meseque e Tubal. A palavra rô'sh significa "cabeça" ou "chefe". O T.M, também pode ser traduzido para "príncipe de Rosh, Meseque e Tubal". Rôs não tem sido identificado. Possivelmente se refere a alguma tribo cita na região das montanhas Taurus.
 Sobre as últimas batalhas com Gogue e Magogue, veja Enoque 56, 57; Livros Sibilinos (Oráculos), III, 319, 320; II Esdras 13; Talmude Babilônico, Aboda Zara, 3b; Berakoth, 7, 8; G.F. Moore, Judaísmo, II, 344, 348. Cons. as batalhas sangrentas de Anate, ANET, 136, 137. 
V. 4. Far-te-ei que te volvas. A figura é a de se fazer uma besta fera voltar-se de suas inclinações sem significado para cumprir propósitos divinos.
V. 5. Persas e etíopes (Kûsh), e Pute (Lídia). Cons. 27:10; 30:5.
V. 6. Gômer (Gn. 10:2). Os gimirrai dos assírios; os cimérios dos gregos, que moravam ao sul do Mar Negro, provavelmente na Capadócia. Togarma (cons. 27:14) da banda do norte. (Das partes extremas do norte, RSV). Do mesmo modo Roma nos Sal. de Salomão, 8:16. 
V. 7. Serve-lhe de guarda ou líder para os exércitos invasores. 
V. 8. Depois de muitos dias . . . no fim dos anos. Uma expressão usada com referência ao futuro escatológico (cons. introd. observações sobre os caps. 38 e 39).  

CAPÍTULO 39

1. Profetiza . . . contra Gogue. Cons. 38:2, 3.
V. 2. Far-te-ei que te volvas. (Eu te impelirei, RSV). Cons. 38:4.
V. 4. Gogue cai nas montanhas. Cons. o versículo 17; 38:21.
V. 6. As terras do mar (ilhas, E.R.C) também sentirão o fogo que fere Magogue. 
V. 7. Farei conhecido. Isto expressa o propósito de Deus através da invasão (cons. 38:16, 17, 23): o reconhecimento de sua santidade por Israel e pelas nações. Veja também os versículos 13, 21, 25-28.
V.  9. As armas dos inimigos servirão de combustível para Israel durante sete anos. 
V. 11. Os cadáveres de Gogue serão sepultados no Vale dos Viajantes (ha'ôbe'rîm), ao oriente do mar. Este lugar tem sido identificado como Wady Fejjas, milha e meia ao extremo sul do Lago de Quinerete (Mar da Galiléia), ou Vale de Abarim (há'abarîm) em Moabe, a leste do Mar Morto (Dt. 32:48), chamado o Vale das Forças de Gogue. 
V. 12, 13. Todo o povo leigo (veja obs. sobre 44:25) se ocupará sete meses no sepultamento. O número sete (vs. 9, 14) significa a totalidade da limpeza da terra dos seus inimigos. 
V. 14-16. Serão separados homens que sem cessar percorrerão a terra (lit. homens de continuidade), que porão um sinal (sîyûn, indicação, monumento) junto a qualquer ossada não sepultada para ajudar os enterradores a limpar a terra. Ali está a cidade de Hamonah (forma fem., "multidão", RSV). De acordo com o Targum sham, "ali", em lugar de shem, "nome". É uma cidade de sepulturas (cons. Josefos Life 54).  



                        INTRODUÇÃO

Estes capítulos descrevem de maneira apocalíptica o livramento divino do Seu povo de uma invasão sem paralelos por um inimigo temível. Israel estará restaurada em sua terra (34:12, 13, 15, 23, 27) e convertida (36:24.28). Deus habita no meio deles (37:21-28), e a nação vive em prosperidade e segurança (38:8, 11, 12, 14). Seus inimigos vizinhos já não a molestam (25-32; 36:36). Então no futuro distante (38:8, 16), tem lugar uma invasão anteriormente predita (38:17; 39:8) por nações habitando nos limites do mundo (cons. Is. 66:19). Elas vêm como uma nuvem (38:9, 16) – Gogue da terra de Magogue, e seus afiados, Rosh (?), Meseque e Tubal (38:2, 3), das regiões do extremo norte (38:15; 29:2), junto com a Pérsia, Cush e Pute (38:25) e Gômer e Togarma, com suas hordas do norte (38:6). As nações comerciantes de Seba, Dedã e Társis e suas cidades (38:13) também estão interessadas nesta invasão. Gogue vem orientado pelo Senhor (38:4-7, 16; 39:2, 3), mas também por sua própria iniciativa, incitado por sua ganância (38:10- 14). De todos os profetas Ezequiel é o único que coloca "aquele dia" (38:10, 14, 18, 19; 39:11) depois de Israel desfrutar a restauração e a prosperidade em sua terra. Veja também Ap. 19:11; 20:7.



            I.   SOBRE A IDENTIDADE DOS POVOS INVASORES (PARTE 1)

1.   Os invasores  -  Gômer. Isto é, o assírio Gimerai, referindo-se aos cimérios da Ásia Menor central (cf. Gên. 10.2-3). Alguns intérpretes conseguem ver aqui a Alemanha, ou até a Alemanha Oriental, uma interpretação popular antes da reunificação da Alemanha. Togarma é o assírio Til-garimmu, a leste da extremidade sul do rio Hales, a sudeste de Gômer (Eze. 24.14). A Assíria ocupava territórios ao norte, como a Babilônia, mas esses países não estavam situados no extremo norte, como está a Rússia. Estão em vista o exército universal da Babilônia, historicamente, e os inimigos de Israel, do futuro, simbolizados por aquele exército antigo. Talvez o Armagedom seja o objeto das profecias, escatologicamente falando. 
Far-te-ei que te volvas. ‘Tendo trazido o exército outrora poderoso contra as montanhas de Israel (cf. Eze. 38.8), Deus o enfraquece (Eze. 39.3) e, depois, o golpeia nas montanhas. Aquele exército, antes tão poderoso e orgulhoso, torna-se comida para as aves de rapina e para os animais selvagens da floresta. A destruição é descrita, essencialmente, em termos da intervenção divina, num modus operandi que transcende o mero natural. A aniquilação poderosa deixará somente 1/6 do exército original vivo. As hordas vêm, essencialmente, do norte, mas não tão ao norte como a Rússia, uma interpretação popular dos dispensacionalistas. Nas seis interpretações dadas na introdução ao capítulo 38, apresento as principais idéias dos comentaristas. Cf. Eze. 38.15 e Jer. 1.14; 4.6; 10.22. Para a repulsão do exército, ver Eze. 38.4.

2.   Compreendendo a profecia -  Ora, a idéia de uma enorme batalha escatológica entre as forças do mal, ou o norte, e o povo fiel de Deus, não era nova. Ezequiel tinha consciência de que falava de um cumprimento de eventos que porta-vozes anteriores profetizaram. (38:17; 39:8), e suas palavras ecoavam a linguagem de outros, especialmente Jeremias (Jr 4:5-6:26; cf. J1 2:20). Estava, na realidade, representando os últimos dias em termos da linguagem figurada do “dia do Senhor” que dominava o futuro para profetas tais como Joel (J1 2:28-32), Amós (Am 5:18-20) e Sofonias (Sf 1:14-18), e que aparece de modo destacado em partes de Isaías (Is 29:5-8; 6 6 :15ss.), e de Zacarias (Zc 12:1-9; 14:1-15). Este é um quadro totalmente diferente do tema da “idade de ouro,” em cuja linguagem fora descrita a volta do exílio para a terra prometida. Até que ponto é possível reconciliar as duaS abordagens num esquema cronológico consistente, fica para o julgamento de outros, com base nos esforços daqueles que já fizeram a tentativa. O que importa notar é que Ezequiel, aparentemente, conseguiu usar as duas formas de lingugem figurada sem qualquer senso de contradição, embora não ofereça qualquer orientação clara quanto à maneira de equilibrá-las.

3.  Gogue (38.2a; 39.1a)  -  Gogue tem sido identificado, de variados modos, com Giges, rei da Lídia, que é chamado Gügu nos registros de Asssurbanípal, e com o nome geográfico, Gagaia, referido nas cartas de Tell el-Amama como país de bárbaros. Nos escritos'de Ras Shamra achou-se um deus, Gaga, identificação esta que também tem sido sugerida (Enuma elish, III: linha 2). Outros têm visto em Gogue uma personagem histórica tal como Alexandre Magno. A sugestão mais provável é a primeira, mas a origem do nome é menos relevante do que aquilo que simboliza, a saber: o cabeça personificado das forças do mal que intentam a destruição do povo de Deus. 


            II.   SOBRE A IDENTIDADE DOS POVOS INVASORES (PARTE 2)

1.   Magogue (38.2b; 39.1b; 6a)  -   nome Magogue é desconhecido no Antigo Testamento à parte da única referência em Gênesis 10:2 (= 1 Cr 1:5), onde é um filho de Jafete e o fundador de uma nação. Em Apocalipse 2 0 :8, Magogue é uma pessoa associada a Gogue, mas em Ezequiel a palavra quase certamente visa representar o país onde morava Gogue (ARA, ARC). A descrição de Gogue como. príncipe-chefe de Meseque e Tubal é uma tentativa de dar sentido a um trecho hebraico difícil. Se pudesse ser confirmado um topónimo “Rosh” , a melhor tradução seria: “príncipe de Rosh, Meseque e Tubal” (RV), mas na falta de qualquer identificação satisfatória, e tendo em vista a freqüente ligação entre os nomes Meseque e Tubal (Gn 10:2 = 1 Cr 1 :5 ;Ez 27: 13; 32:26), devemos supor que rò’s (= “cabeça,” “chefe”) está em aposição à palavra príncipe, ou mesmo é uma glosa sobre ela. As tribos mencionadas são as Moscoi e “Tibarenoi (ass. Tabal e Musku)-, ver sobre 27:13.

2.  Meseque e Tubal (38.2c; 39.1c)  -  . A descrição de Gogue como. príncipe-chefe de Meseque e Tubal é uma tentativa de dar sentido a um trecho hebraico difícil. Os confederados de Gogue são identificados como Meseque e Tubal. Estes nomes apareceram anteriormente na lista comercial de Tiro (27.13, na ordem inversa) e entre os mortos no sheol (32.26). Tanto Meseque (Musku/Muãku) como Tubal (Tabal) são bem atestados nas fontes neoassírias. Registros antigos afirmam que os contatos do primeiro com a Assíria são tão antigos quanto os séculos 12-11 a.C. Durante o reinado de Sargon II, Meseque (Mushki) era governada pelo rei Midas, da Frigia. A presente associação de Meseque com Gogue é apoiada pelo SI 120.5-7, que descreve o primeiro como um inimigo selvagem. De acordo com Heródoto, o Meseque posterior fazia parte dos dezenove sátrapas de Dario.48 Tubal/Tabal era a designação territorial do reino interior da Anatólia, conhecido pelos assírios como Bit Buritash. Este reino, cercado de terras, limitava-se, ao oeste, com Meseque, ao sul com Hilakku, ao leste com Melidu e Til-garimmu (Bete-Togarma), e ao norte por Kasku. Embora não tenhamos evidências de que Lídia/ Frigia tenha, em algum tempo, predominado sobre Tubal, os anais de Sargon II relatam que ele acabou com uma revolta anatoliana na qual Mitâ, de Mushki (provavelmente Midas, da Frigia), estava aliado com Tabalu. A ordem da tríade de nomes de Ezequiel reflete um conhecimento da geografia e das recentes realidades políticas em Anatólia. Gogue (Lídia), situada no oeste longínquo, está no alto de uma federação com Meseque em sua fronteira oriental, e com Tubal, a leste de Meseque. A razão pela qual o olhar atento do profeta deveria focalizar essas nações em particular é obscura. Cidadãos esclarecidos de Judá estavam, provavelmente, cientes da existência desses povos no norte longinquo, mas seu conhecimento a respeito deles deve ter se baseado em relatos de segunda ou terceira mão. Talvez a fama de Gyges e Midas tenha se espalhado até a longínqua Jerusalém, depois, certamente, até a Babilônia, cujos tentáculos imperiais alcançaram a área central anatoliana. Entretanto, ao contrário dos egípcios, assírios e babilônios, com os quais Judá tinha frequente contato, os povos, no norte distante, estavam envoltos em mistério. Os relatos, a respeito desses povos misteriosos, que penetravam na parte de baixo do mundo conhecido, falavam de povos selvagens, brutais e bárbaros. Esta combinação de mistério e brutalidade fez de Gogue e de seus confederados símbolos perfeitos do inimigo arquétipo, levantando-se contra Deus e seu povo.

3.  A coalização de Gogue (38.5)  -  Mas Gogue não vem só. A frase q ãhãl rãb, “um grande ajuntamento”, no v. 4, prepara para a enumeração das forças que se associam a Meseque e Tubal, nos w . 5,6. O texto nomeia cinco aliados, mas graças à improbabilidade das nações africanas, ou seja, Cuxe (Etiópia) e Pute (Líbia) unirem forças com os anatolianos numa campanha Síria, e à referência precipitada a Paras (Pérsia), a tríade no v. 5 é geralmente omitida por ser considerada um comentário irreal, posterior. Mas Odell aconselha corretamente contra a remoção do verso muito prontamente. Primeiro, no tempo de Ezequiel os persas eram um povo ainda relativamente desconhecido nas orlas do conhecimento israelita, consequentemente qualificado para o presente contexto misterioso. Segundo, a associação de Paras, Cuxe e Pute em outros textos no livro76 sugere que esta tríade se origina de uma lista tradicional de aliados do Egito. Na qualidade de poder imperial, o Egito é conhecido como havendo se engajado no auxílio das forças anatolianas, em seus conflitos com a Assíria. Terceiro, a presença da Pérsia numa lista de subordinados de Gogue, aqui e em 27.10, teria sido irreal em qualquer situação pós-539. Quarto, em contraste com Jeremias (por ex., 51.11, 27,28), Ezequiel jamais mostra a mínima preocupação com os povos do norte e do leste da Babilônia. Seu interesse está na margem mediterrânea. Quinto, a identificação de Paras com a Pérsia é provavelmente errônea, sendo que a semelhança entre os nomes é puramente uma questão de coincidência. Dever-se-ia ver, aqui, uma referência a alguma potência militar ou comercial, com fortes ligações com Tiro e Egito, mas, até o momento, não atestada nos registros extrabíblicos, ou uma soletração alternativa, talvez egípcia, para Patros, “Terra do Sul”. Mas qualquer que seja a interpretação, aquilo que é comumente desprezado como um comentário irreal se toma evidência para um notável conhecimento dos tradicionais aliados do Egito.



                III.   SOBRE O CONTEXTO ESCATOLÓGICO

1.  Gogue e Magogue  -  Contra Gogue. Esse nome é encontrado em I Cr 5.4. A Septuaginta usou “Gogue” para traduzir nomes como Agague (Nm 24.7) e Ogue (Dt 3.1), possivelmente com a intenção de mostrar que, embora fosse um nome próprio, ele passou a ser usado como um nome genérico para designar um inimigo do povo de Deus. Gogue, muito provavelmente, porta a ideia de “alto” ou “aquele que é supremo”, baseado na comparação feita em Nm 24.7.   Ele se refere a uma pessoa, descrita como um “príncipe” da terra de Magogue, que é o último anticristo. Esses títulos são usados ali simbolicamente para a última insurreição do mundo contra Jerusalém, seu povo e contra o Rei Messias. Esse ataque virá não apenas do norte, mas dos quatro cantos da terra, quando um mundo de pecadores ao final do reinado de mil anos virá para lutar contra os santos na “cidade amada” de Jerusalém. Nessa ocasião, somente uma arma será utilizada: o fogo divino. Esse é o clímax da última batalha contra Satanás e seus exércitos, cujo destino eterno já está fixado.  A isso se seguirá o julgamento final de todos os ímpios na presença do Senhor (Ap 20.11-15) e a criação do estado eterno e sem pecado (Ap 21.1). Magogue. Alguns consideram esse povo como descendente de )at’é (Gn 10.2), posteriormente denominados de citas. Outros propõem que se trata de um povo a sudeste da Anatólia, posteriormente conhecidos como um povo de origem asiática como os mongóis c: os hunos. Outros veem Magogue como um termo genérico para os quaisquer povos bárbaros, ao norte da Palestina, do entorno dos mares Cáspio e Negro.


2.  Como a Rússia aparece nesse contexto? -  Alguns pensam que Gogue e Magogue se encontravam muito longe, sendo a Cítia, Tartária ou a Rússia. Outros dizem que estavam mais perto da terra de Israel, que estavam na Síria, na Ásia ou mais perto ainda. Ezequiel recebeu a incumbência de profetizar contra Gogue e dizer que Deus estava contra ele, w. 2,3.

Observe que Deus vê não só aqueles que são agora inimigos da sua igreja e se coloca contra eles, mas é capaz de antever aqueles que se tornarão inimigos e faz com que saibam, através da Sua palavra, que também está contra eles. No entanto, Ele se sente satisfeito por fazer uso deles para servirem aos Seus propósitos e para a glória do Seu precioso nome. Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor, e o restante da cólera, tu o restringirás, Salmo 76.10.




AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Bíblico AT, Matthew Henry - editora CPAD.