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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

LIÇÃO 13 O SENHOR ESTÁ ALI.

Ptofº PB. Junio Congregação Boa Vista II.

 



                    TEXTO ÁUREO

" Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar." (IS 11.9)


        VERDADE PRÁTICA

O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó governa soberanamente o seu povo. Ele está no meio do seu povo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 48. 30-35


                        INTRODUÇÃO


Os capítulos 40-48 formam a seção final do livro e não há divisões verdadeiras entre eles. Todos trazem o mesmo tema augusto, a restauração de Israel, com o seu corolário principal, o templo ideal e seu culto. Parte da restauração de Israel se constituirá da possessão das velhas terras que serão divididas entre as tribos, embora de maneira diferente daquela de Josué. A Divisão dos Territórios Tribais (48.1-35) Este capítulo se divide naturalmente em quatro seções: 1. vss. 1-7; 2. vss. 8- 22; 3. vss. 23-29; 4. vss. 30-35. Cada seção é introduzida com um parágrafo como sumário. Ver a ilustração que acompanha este capítulo e ajuda a visualizar o que é descrito verbalmente. Outras seções anteciparam o presente capítulo de todo o Israel, norte e sul. Todo o Israel será salvo e restaurado (Rom. 11.26). Este capítulo final do livro apresenta um tipo de planta para governar a distribuição dos territórios. No jado ocidental, o território se estende até o mar Mediterrâneo, tendo o rio Jordão como limite a leste. Os vss. 1-7 dão as localidades de sete tribos ao norte desta área; os vss. 8-22 descrevem o distrito sagrado; os vss. 2 3 -29 fornecem as localidades das cinco tribos ao sul da área; os vss. 3 0 -35 falam das doze porções da cidade (Jerusalém) que têm os nomes das doze tribos. Estes versículos também dão as medidas gerais da cidade” (Theophile J. Meek, in loc.). As larguras dos territórios são iguais (isto é, as medidas do norte para o sul), mas seus comprimentos (as medidas do oeste para o leste) diferem, seguindo as características naturais da terra. Talvez haja algum valor sentimental em estar mais perto da área sagrada, mas o próprio autor não afirma isto. Notamos, de qualquer maneira, que as tribos que descendiam de Raquel e Lia se localizam mais perto da área sagrada, enquanto os descendentes das concubinas se situam mais distantes. 

Os vss. 15-17 fornecem as medidas da cidade e de suas terras adjacentes. As ilustrações nos capítulos 47 e 48 nos ajudam a visualizar os arranjos. A cidade e suas áreas laterais se situavam no meio das terras do príncipe. A velha cidade estava condenada por causa de sua idolatria-adultério-apostasia e foi destruída pelo ataque do exército da Babilônia. Os poucos sobreviventes foram transportados para aquele país e, assim, realizou-se o cativeiro babilónico. Mas o propósito de Deus, operando segundo as exigências do Pacto Abraâmico, não podia deixar Israel em estado perene de calamidade. Primeiro, houve uma restauração preliminar, com a volta do remanescente para Israel; segundo, no nosso tempo, houve a volta de Israel da diáspora romana; terceiro, haverá o Novo Dia da restauração de Israel (o tema principal dos capítulos 40- 48 de Ezequiel). Assim é que a vontade de Deus completará o ciclo de julgamento a restauração, uma operação grandiosa do amor de Deus. Todos os julgamentos divinos têm este mesmo propósito. Ver no Dicionário o artigo denominado Mistério da Vontade de Deus. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo denominado Restauração.


                    I.   SOBRE A CIDADE

1.   "E estas são as saídas da cidade" (V. 30)  -  Declaração Geral. Cada lado do quadrado da cidade mede 4.500 côvados, mais 250 de borda, dando um total de 5 mil côvados (= 2 km). Esta informação é dada nos vss. 16-17, onde o leitor deve examinar os detalhes. Este versículo repete a informação, mas menciona um lado só. Outros Detalhes. A cada lado da cidade haverá três portões, perfazendo um total de 12. Cf. os doze portões da Nova Jerusalém de Apo. 21. No presente texto, cada portão recebe o nome de uma das doze tribos de Israel. O autor do Apocalipse do Novo Testamento segue este exemplo, chamando os portões da Nova Jerusalém pelos nomes das doze tribos de Israel (Apo. 21.12). Em Ap. 21.14, os alicerces da cidade recebem os nomes dos doze apóstolos, combinando Israel com a igreja, no Novo Israel [a igreja).

2.   Formato da cidade (V. 31)  -  No norte, os portões recebem os nomes de Rúben, Judá e Levi. Os patriarcas em pauta eram filhos de Lia (Gên. 29.32-34) e foram naturalmente agrupados na mente hebraica. “O (único) portão da cidade do norte, em tempos pré e pós-exílicos, se chamava Benjamim (ver Jer. 37.13; 8.7; Zac. 14.10). Cf. o portão superior de Benjamim, de Jer. 20.2, e o portão moderno (chamado Damasco) do muro do norte de Jerusalém” (Theophile J. Meek, in loc.). “Talvez estes três portões fossem listados primeiro, por causa de suas posições proeminentes entre as tribos de Israel: Rúben era o primogênito dos doze filhos de Jacó; Judá era a tribo real; Levi era a tribo sacerdofa/” (Charles H. Dyer, in loc.). Levi tornou-se uma casta sacerdotal, deixando de ser uma tribo; não tinha uma herança de terra; mesmo assim, foi apropriado usar esse nome para designar um dos portões.

3.  As doze portas (Vv. 31-34)  -   A maneira pela qual a medida de cada lado é dada faz ecoar o v. 16.17 Mas a modificação na sequência - de norte-sul-leste-oeste - para o sentido do relógio - norte-leste sul-oeste - segue a inspeção das fronteiras da terra (47.15-20), sugerindo que a cidade está sendo considerada um microcosmo da terra.18 A imagem da cidade com doze portas (Sè^ãrim) distribuídas igualmente entre os quatro lados e nomeadas em homenagem às doze tribos de Israel é surpreendentemente não-convencional. Os muros da cidade eram, geralmente, projetados intencionalmente com apenas uma porta, embora a Jerusalém que Ezequiel conhecia tivesse pelo menos seis. Um notável análogo extrabíblico para o presente projeto é encontrado na torre do templo babilónico de Marduque, Etemenanki, cujo recinto sagrado era também projetado como um quadrado, acessível por meio de doze portas.20 Ao contrário da cidade de Ezequiel, entretanto, essas não eram distribuídas igualmente entre os quatro lados. Se Ezequiel estava familiarizado, ou não, com o Etemananki, suas doze portas ofereciam acesso irrestrito aos adoradores israelitas, a partir de todos os pontos da bússola,característica enfatizada expli­citamente pelo fato dele nomear as portas em homenagem às doze tribos de Israel. A ideia das portas nomeadas de acordo com as tribos israelitas não é nova, mas a base lógica de Ezequiel não fica completamente clara. O padrão pré-exílico de nomear as portas de acordo com os territórios tribais, em cuja direção elas se abriam, é seguido nos nomes das portas norte e sul, sendo que o restante (exceto Levi) foi distribuído entre as portas orientais e ocidentais. Apesar das entradas na lista territorial estarem baseadas na história e geografia passadas, os nomes das portas da cidade concordam mais de perto com as tradições genealógicas de Israel. Levi encontra, agora, seu lugar justo entre as tribos, forçando a inclusão de Efraim e Manassés sob José para preservar a cota de doze nomes. Ao contrário da ordem discutida dos territórios tribais, o arranjo dos nomes das portas é incerto. As descrições das fronteiras da terra de Israel (47.15-20) abrem um precedente para o arranjo no sentido do movimento dos ponteiros do relógio,23 mas a segunda opção se harmoniza mais intimamente com os lotes territoriais tribais, o antecedente mais próximo. Entretanto, os agrupamentos de nomes, os quais refletem, novamente, um conhecimento da tradição genealógica, são mais importantes do que sua sequência. Os nomes das três tribos mais importantes de Lia estão no lado norte, tendo Judá no centro (mais próximo do templo); os três nomes de Lia restantes estão opostos a eles, no lado sul. José e Benjamim, os dois filhos de Raquel, estão adequadamente ligados no lado oriental, e as duas tribos de Zilpa estão juntas no oeste, deixando apenas as tribos de Bila, Naftali e Dã, que ficam separadas para preencher as lacunas, nos lados leste e oeste, porém posicionadas uma defronte à outra (conforme a segunda opção).

4.  Origem do formato e das portas  -  Não se pode admitir que a visão do profeta Ezequiel se inspirou no templo pagão da babilônia, Se o projeto quadrado da cidade e o sistema de doze portas se assemelham ao recinto sagrado de Marduque, na Babilônia, a denominação de Ezequiel para as portas segundo os nomes das tribos de Israel se compara com a denominação das nove portas da Babilônia conforme as divindades babilônias. Nomeadas em homenagem às divindades padroeiras das cidades para as quais as estradas que passavam por meio delas conduziam, elas também designavam o ponto de entrada processional de cada um desses deuses na celebração anual do ano-novo, em honra a Marduque. Ezequiel pode ter passado por meio de algumas das portas babilónicas algumas vezes durante o seu exílio, e/ou ter se familiarizado com a planta da cidade, inclusive com a sequência de portas no muro. Se for assim, pode-se reconhecer em sua denominação das portas da cidade uma profunda mensagem ideológica. Se a nomeação das portas da Babilônia em homenagem às divindades reflete uma percepção da santidade da cidade, ao atribuir nomes tribais a essa cidade, Ezequiel dá testemunho concreto dela como a “cidade do povo”, acessível a cidadãos de todas as partes da nação.

À semelhança do templo, entretanto, a cidade está localizada no centro da faixa (urbana); ela é quadrada, também, e cercada por espaço aberto (m ig rã S ). Mas com esse novo nome, o implícito simbolismo do projeto se toma explícito: a cidade reflete a presença de Yahweh! Com esse novo nome, um lugar de trabalho “secular” e de produção agrícola, com uma população leiga mesclada, é convertido numa compensação cívica para a importância do templo no ambiente sagrado.32 A aura da presença divina vai emanar além da habitação sagrada, penetrando em toda a reserva, e transformando um símbolo de um simples igualitarismo cívico e social num portento da nova realidade espiritual. O nome celebra a cura do relacionamento entre divindade, povo e terra. Sob a nova ordem, onde o povo está, ali está Yahweh. Ele não só os convida para si mesmo no templo; ele vem para eles! Aestilização e o idealismo evidentes na descrição que Ezequiel faz do templo e da Torá permanecem em sua visão territorial. Isto se toma evidente em seis aspectos cartográficos, pelo menos. Primeiro, envolvidos pelas convicções igualitárias e destinados a corrigir as injustiças do passado, os territórios tribais aparecem como faixas de terra se estendendo ao longo da terra de leste a oeste sem respeitar - nào só, mas também desafiando - a natureza geográfica. Segundo, os lotes territoriais, com as tribos secundárias designadas para os territórios exteriores e Judá e Benjamim no centro, são governados mais por ideal do que pela realidade histórica. Terceiro, o centrífugo arranjo mosaico destinado a estender a influência do culto para todas as partes da nação, ao longo das cidades levíticas, é substituído por um paradigma centrípeto, no qual todo o pessoal cultual e administrativo vive próximo ao santuário central, e todo o Israel precisa vir até ele para adorar. Quarto, a terra separada para o príncipe e para os funcionários religiosos apresenta a mesma preocupação com equilíbrio e simetria evidente no próprio complexo do templo. Embora a reserva, como um todo, consista de uma faixa de terra de 25.000 cúbitos de largura, estendendo-se ao longo de toda a terra, paralela aos lotes tribais, ela se divide em três partes. As propriedades religiosas, no centro, são flanqueadas pelas terras do nãsV em ambos os lados. Quinto, o centro sagrado da terra consiste de idênticos lotes sacerdotais e levíticos (25.000 X 10.000 cúbitos), mas a adição da propriedade da cidade produz um quadrado perfeito, 25.000 X 25.000 cúbitos. Sexto, o projeto da cidade transcende a topografia, a história e os costumes. Ela está estabelecida num quadrado perfeito de 4.500 cúbitos, com doze portas, nomeadas em homenagem às tribos de Israel e distribuídas igualmente entre os quatro muros (para uma era de paz!). Além disso, essa “capital” pertence ao povo; ela não é a propriedade privada do rei nem a proteção de uma tribo. À luz de todas essas considerações, um cumprimento literal dessas condições não é, obviamente, antecipado.


                II.  SOBRE O NOME DAS DOZE TRIBOS 

1.  As doze tribos de Israel  -  Nesta lista, no entanto, Levi tem um lugar (31), e José (32) substitui a Efraim e Manassés a fim de manter o mesmo número. Isto não dá a entender uma autoria diferen­te para estes versículos; meramente ilustra a maneira do profeta elaborar seus esquemas intrincados. Não é tão fácil perceber o pensamento por detrás deste arranjo como o era no caso das divisões entre as tribos, mas emergem algumas indicações claras. No lado setentrional, que é o lado que olha para o santuário, as portas tomam os nomes de Rúben, o primogênito; de Judá, o ancestral davídico; e de Levi, o fundador do sacerdócio. Ao sul, acham-se Simeão, Issacar e Zebulom, e este padrão corresponde à sua localização geográfica no sul. A oeste ficam três tribos descendentes de concubinas: Gade, Aser e Naftali (34). Talvez o trio menos consistente seja o grupo de tribos no lado oriental, onde José e Benjamin, os dois filhos de Raquel, estão ligados a Dã, um filho da serva de Raquel.

2.   Critério da ordem dos nomes  -  Os filhos são arranjados de acordo com suas respectivas mães. Lia foi a primeira esposa de Jacó, e lhe deu seis filhos aqui mencionados, além de uma filha, Diná. Houve doze filhos de Jacó, ao todo (vs. 22). E esses tornaram-se conhecidos como os Doze Patriarcas, tal como Ismael teve doze filhos que se tornaram príncipes e patriarcas das nações árabes (Gên. 25.13-16).  Jesus escolheu doze apóstolos como seu círculo íntimo de discípulos, e esses tornaram-se, por assim dizer, os Doze Patriarcas da Igreja cristã. ‘Estritamente falando, houve treze tribos entre os hebreus, visto que Efraim e Manassés eram considerados tribos (Gên. 48.5,6). Porém, Levi não recebeu terras e, nas várias listas, um ou outro dos nomes é omitido, resultando nas doze tribos tradicionais. Ver Deu. 33; Eze. 48 e Apo. 7.

3.  Propósito dos nomes  -  No antigo mundo semítico, o significado de um nome sob os pontos de vista da religião, pessoal, familiar, histórico ou geográfico era muito maior do que em nossa cultura ocidental.

As extensas relações genealógicas das Escrituras indicam a importância histórica que os hebreus atribuíam às origens ancestrais e ao desenvolvimento relacionado aos nomes de indivíduos, tribos e nações; dessa forma, estabeleciam direitos de herança e substanciavam origens, linhagens e sucessões reais, especialmente no caso do Messias Davídico (por exemplo, Gn 5; 10; 11; 46; 1 Cr 1-9; Mt 1.1-17; Lc 3.23-38).


                        III.   O SENHOR ESTÁ ALI

1.  Os nomes da cidade  -  A localização da cidade santa foi dada em 45.6; agora as suas medidas são dadas, junto com um relato das suas portas — três portas em cada lado, 12 no total, cada um a denominada segundo uma das tribos d e Israel, com o as 12 portas da nova Jerusalém d e João (Ap 21.12,13). Ezequiel, talvez propositadamente, se abstém de chamar a nova cidade de Jerusalém: daquele momento em diante, o nome da cidade será (Yahweh-shammah) o Senhor está aqui (v.35) — e isso é razão suficiente para chamá-la d e cidade santa.

Jeová a moldou em sangue,

O sangue do seu Filho encarnado;

Ali habitam os santos, antes inimigos de Deus,

Os pecadores que ele chama de seus.

Ali, embora cercados por todos os lados,

Mas muito amados e bem protegidos,

De era em era eles negaram

A maior força da terra e do inferno.

Que a terra se arrependa e o inferno se desespere,

Essa cidade tem uma defesa segura;

O seu nome é chamado “O Senhor está aqui”,

E quem tem o poder de expulsá-lo daí?

Com o William Cowper reconheceu nessas linhas, a profecia de Ezequiel faz parte da Bíblia cristã, e como tal dá testemunho de Cristo. As lições cristãs da nova com unidade de Ezequiel são desenvolvidas completamente em Apocalipse. João retrata a “Cidade Santa, a nova Jerusalém” que é a comunidade glorificada do povo de Deus. Visto que essa comunidade como tal é a habitação de Deus entre os homens (Ap 21.2,3), não há necessidade de um templo separado. Se, como Ezequiel diz, “ O Senhor está aqui ” , então aos olhos de João “o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo” (Ap 21.22).   Na ordem atual de acordo com o evangelho, o novo templo, a nova com unidade e a nova cidade de Ezequiel são todos concretizados de forma semelhante naquela “morada de Deus por seu Espírito” (E f 2.22) que antecipa a realização do eterno propósito quando, na plenitude dos tempos, todas as coisas são unidas debaixo d e Cristo com o a sua verdadeira cabeça (Ef 1.9,10; 3.9,10).

2.  O nome divino  -  Compreendendo o Nome

O livro de Gênesis é a história dos princípios. Durante um breve período de tempo, ele retrata uma tranquila intimidade entre Deus e o homem e a mulher que Ele criou. Mas tão logo o pecado entra em cena, essa intimidade é destruída.                   Pressentindo que o pecado os havia deixado inapropriados para a presença de Deus, Adão e Eva tentam se esconder. Mas Deus os encontra, e os expulsa do Paraíso, proibindo a sua volta. No entanto, Ele não abandona inteiramente a humanidade pecadora. Em vez disso, Deus começa a restabelecer o seu relacionamento com eles. Ele começa escolhendo um povo para si. A seguir, liberta o seu povo da sua escravidão no Egito, como diz Deuteronômio 4.37, “diante de si, com a sua grande força”. Deus habita com o seu povo, primeiramente na forma de uma coluna de nuvem e fogo, depois no Tabernáculo móvel, no deserto, e, posteriormente, no Templo de Jerusalém.                   Mas o povo de Deus continua pecando. Tragicamente, o profeta Ezequiel testemunha a glória de Deus deixando o Templo, devido à contínua infidelidade do povo. Deus não mais está ali. Apesar da ausência de Deus, o livro de Ezequiel termina com uma nota de tremenda esperança, predizendo uma época de restauração, quando o nome da cidade desde aquele dia será “O Senhor Está Ali.”          Charles Spurgeon, pregador britânico, disse certa vez que “sempre que se puder dizer, a respeito de uma congregação ‘O Senhor está ali’, a unidade será criada e promovida. Mostrem-me uma igreja que contende, que disputa, uma igreja que está dividida em facções, uma igreja que é dividida por ambições pessoais, doutrinas contrárias e esquemas opostos, e estou certo de que o Senhor não está ali”. Como você vivencia a unidade como um sinal da presença de Deus, tanto na igreja em que serve ao Senhor como no seu lar?

Quais são os outros sinais da presença de Deus?

Qual é a conexão entre obedecer às leis de Deus e viver na sua presença?

Como você sente a presença de Deus na sua vida?

3.  Yahweh Shammah  -  O nome dado a esta cidade: A partir desse dia, quando ela será erguida novamente conforme este modelo, o nome dela não será, como antes, Jerusalém – A visão da paz, mas aquele do qual se originou, que é mais do que equivalente a isso: Jeová Shamá – O Senhor está ali, v. 35. Isto indicava: (1) Que os cativos, após seu retorno, teriam sinais claros da presença de Deus junto a si e de sua habitação entre si, tanto nos regulamentos com nas providências dele.                 Eles não terão razões para perguntar, como fizeram seus pais: Está o Senhor no meio de nós, ou não? Pois verdadeiramente verão e dirão que Ele está entre eles. E então, embora as suas tribulações fossem muitas e ameaçadoras, eles eram como a sarça que queimava, mas não se consumia, porque o Senhor estava ali. Porém, quando Deus se afastou do templo deles, quando disse: Migremus hinc – Vamo-nos daqui a casa deles logo ficou assolada. Já não sendo mais a casa dele, em breve também não seria mais a casa deles. (2) Que a igreja do Evangelho teria, em si, da mesma forma, a presença de Deus, embora não na Shekiná, como antigamente, mas ainda assim em um sinal seguro e glorioso dela, que seria a presença do Seu precioso Espírito. Onde o Evangelho é fielmente pregado, as Suas ordenanças são devidamente aplicadas, e Deus é adorado em nome de Jesus Cristo, somente. Então pode ser dito, em verdade: O Senhor está ali. Pois fiel é Aquele que disse e que cumpre a Sua palavra: Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (Mt 28.20).                  O Senhor está ali, em sua igreja, para dirigi-la e governá-la, para protegê-la e defendê-la, e para aceitar e reconhecer graciosamente os seus adoradores sinceros, e estar próximo a eles todas as vezes que a Ele clamarem. Isto deveria fazer com que nos esforçássemos para nos mantermos unidos na comunhão dos santos, pois o Senhor está ali. E então para onde devemos ir para nos aprimorarmos? Além do mais, isso vale para todo bom cristão. Ele vive em Deus, e Deus nele.                A respeito de qualquer alma que tenha em si o princípio vivo da graça, pode, em verdade, ser dito: O Senhor está Ali. (3) Que a glória e a alegria do céu devem consistir principalmente nisto: que o Senhor esteja ah. A representação que o apóstolo João faz desse estado abençoado, com certeza supera nosso pensamento em muitos aspectos. Embora tudo seja ouro, pérolas e pedras preciosas, a presença de Deus é muito maior do que isso e muito mais resplandecente, pois ali a luz do sol não é necessária. Mas as duas representações estão de pleno acordo em fazer da presença de Deus o principal motivo de sua bem-aventurança.                  Ali, a alegria dos santos glorificados será o fato do próprio Deus estar com eles (Ap 21.3). Aquele que se assenta no trono habitará entre eles, Apocalipse 7.15. E aqui está bênção é usada para coroar a bem-aventurança desta cidade santa: o Senhor está ali. Vamos nos esforçar ao máximo para assegurarmos para nós um lugar nessa cidade, para que possamos estar para sempre com o Senhor.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

HENRY. Matthew.Livro Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia, Tenney C. Merrill - Editora Cultura Cristã.

Livro Orando Com Os Nomes De Deus, Ann. Spangler -  Editora CPAD

Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento, F. F. Bruce - Editora Vida

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe, Charles F. Pfeiffer -  Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/13-licao-4-tri-22-o-senhor-esta-ali/



sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

LIÇÃO 12 - IMERSOS NO ESPÍRITO NOS ÚLTIMOS DIAS.

Profº PB Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." (JO 7.38)


                    VERDADE PRÁTICA

O rio da vida, que representa o fluir do Espírito Santo, passa no meio do povo de Deus.


LEITURA BÍBLICA: EZ 47.1-12 ____ ( COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY)

1) A Torrente que Proporciona Vida e Sai do Templo. 47:1-12. O profeta é levado do átrio externo (46:21) ao vestíbulo do Templo (40:48, 49). Ali ele vê uma torrente brotando de sob a soleira do Templo, vinda do leste, passando ao sul do altar (v. 1) e ao sul do portão oriental externo

 (v. 2). A 1.000 côvados do portão, as águas já davam pelos artelhos

 (v. 3), mas aos 4.000 côvados já tinham se transformado em um rio (nahal), bastante profundo para se nadar nele

 (vs. 4, 5). Ao longo das margens do rio cresciam árvores sempre verdes

 (v. 7) que davam novos frutos todos os meses e cujas folhas serviam de remédio (v. 12). As águas desciam para o Arabá, a depressão do Vale do Jordão que vai até o Golfo de Ácaba, transformando-o, e entram no Mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis

 (v. 8) e cheias de vida 

(v. 9), tal como o Mar Mediterrâneo

 (v. 10). Junto a ele se acharão pescadores (junto ao Mar Morto), desde En-Gedi (fonte do cabrito, no meio da praia ocidental do Mar Morto, um oásis de fertilidade por causa de suas abundantes águas; Cons. Cantares 1:14) até En-Eglaim (v. 10); "fonte dos dois bezerros"?), possivelmente perto da atual Ain Feshka, cerca de 3,2 quilômetros ao sul de Khirbet Qumran, onde se encontraram os Códices do Mar Morto. Os seus charcos . . . não serão feitos saudáveis, isto é, continuarão salgados

 (v, 11). A transformação da terra será devida à presença de Deus (cons. 34:26-30; 36:8-15, 30-36; 37:26- 28). Observe a influência desta visão sobre os outros escritores: Joel 3:18; Zc. 13:1; 14:8; João 4:14; 7:37, 38; Ap. 22:1, 2; também Sir. 24:34, 35; Enoque 26:2, 3. Para o crente cristão, ela fala de vida, cura, paz e prosperidade, tudo ao seu alcance através do Espírito Santo.


                            INTRODUÇÃO

Os w . 1-7 são essencialmente narrativos na forma, ao passo que os vv. 8-12 são tomados inteiramente com o discurso divino, formalmente introduzido com wayyõ 'm er 'elay, “E ele me disse”, no v. 8. Como um todo, 47.1-12 pode ser classificado como um relato de visão, completo com um relato da própria visão e sua interpretação. Mas tem mais. A interpretação de Yahweh transforma a visão numa “profecia de salvação”. Entretanto, a natureza gradativa dos procedimentos (incluindo visão e interpretação), combinada com a natureza fantástica das figuras, sugere outra caricatura literária, a qual, como o oráculo de Gogue (caps. 38-39), consiste de oito estruturas, quatro em cada parte.


                I.   SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO

1.  A nascente do rio (v.1)  -  O quadro do rio que flui abaixo do limiar do templo e que fertiliza as áreas estéreis do vale do mar Morto é um claro exemplo de simbolismo e expressa as bênçãos que fluirão da presença de Deus no Seu santuário para outras partes da terra. Procurar tomar isto literalmente, conforme alguns têm feito, é perder completamente a lição que está sendo ensinada. Não precisamos, portanto, perder tempo com as tradições que sugerem que o monte Sião, sobre o qual o templo foi edificado, ocultava debaixo do seu exterior rochoso “uma fonte inexaurível de águas e represas subterrâneas” (cf. a Carta de Aristéias). Nenhuma hidroscopia confirmará Ezequiel . O fato de que isto representa uma idealização das bênçãos abundantes de Deus é confirmado por passagens tais como Salmos 46:4; 65:9; Isaías 33: 20-21. A bênção, a fertilidade, e a água são idéias quase intercambiáveis no Antigo Testamento. O comentarista, no entanto, é justificado em procurar paralelos e antecedentes para este tipo de simbolismo, e deve voltar-se para a narrativa da criação em Gênesis 2. O paraíso original regado pelo rio com quatro braços (Gn 2:10) agora tem seu paralelo na nova criação, com seu rio e suas árvores (7). Se acrescentarmos a isto o fato que já foi observado (sobre 28:1-19), de que, possivelmente, Ezequiel conhecia uma tradição do paraíso ligado ao “monte santo de Deus” (28:14, 16), bem como do “jardim de Deus,” o paralelo com nossa presente passagem torna-se quase completo.

2.  O guia celestial (Vv. 2,3a)  - Havendo permitido que Ezequiel observasse o rio fluindo do limiar do santuário, o guia o conduz para fora do complexo do templo pela porta norte para o lado de fora da porta oriental. A rota mais direta desse ponto seria passar pela própria porta oriental, mas ela estava impedida para a passagem de pessoas (44.1,2). Chegando do lado de fora da porta, Ezequiel observa a água escoando devagar debaixo da parede, no lado sul da estrutura da porta. Ele escreve a ação de escoamento da água com um hapax, m èp a kkim , uma formação onomatopaica de p a k , “garrafa”, expressando o som do líquido borbulhando num frasco. A escolha da expressão é intencional, realçando o tamanho modesto do rio na sua fonte - não é maior que o fluir da água que sai da boca de uma vasilha pequena.

3.  Os novos frutos (v. 12)  -  Nascerá toda sorte de árvore. Muitas árvores, nos dois lados do rio, que produzem abundância de vários tipos de frutos. Além disto, as árvores são perenes, nunca perdem suas folhas e nunca param de produzir. O rio transmite a elas superpoderes de produção. O autor informa que as árvores recebem a ajuda de Yahweh, tornando-se milagrosas. A linguagem florida do auto nos impressiona com os poderes incomuns das árvores. A bênção de Deus não admite limites nem fraquezas. Cf. Sal. 1.3: “Ele (o justo) é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto" e Apo. 22.2: “A árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. O seu fruto servirá de alim ento e a sua folha de rem édio. Isto quer dizer que a justiça vencerá e anulará o pecado e seus resultados, afinal. Os literalistas, insistindo no seu literalismo, vêem árvores que produzem remédios materiais para doenças físicas. O poder de Deus está por trás de curas físicas e espirituais, portanto deixe-se esse poder fluir. Ver sobre as folhas que curam, em Apo. 22.2. “O santuário é o centro e a fonte de saúde e prosperidade para a comunidade” (Theophile J. Meek, in ioc.).


                    II.   SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA

1.  As águas (Vv. 3-6)  -  Mediu mais m il... Novas medidas foram tiradas a cada mil côvados, e a água continuava aumentando divinamente, impressionando ao profeta, que nunca tinha visto coisa semelhante. Na segunda medida, depois de mais mil côvados de distância do templo, verificou-se que as águas já tinham atingido a altura dos joelhos de um homem. Depois de mais mil côvados, a água atingiu a cintura; depois de mais mil côvados, a água havia subido tanto, que impedia qualquer passagem. O pequeno riacho tornou-se um poderoso rio. Lições Simbólicas. Pesquisando as coisas divinas, entendemos algumas facilmente; mas suas propriedades se complicam e, logo, ficamos mergulhados no Mysterium Tremendum que é Deus (ver Rom. 11.33).  A abundância das águas representa as incomparáveis bênçãos que vêm do Deus Todo-poderoso. As águas sagradas são miraculosas e transformam tudo o que tocam: aquele que precisa de prosperidade, prospera; aquele que precisa de uma cura, é curado; aquele que precisa de portas abertas para servir, encontra muitas portas de acesso; aquele que carece de transformação espiritual, é transformado. Cada um recebe segundo suas necessidades e anelos. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! As Águas do Homem. De cada homem flui um riacho; alguns deles são poluídos; a poluição provoca doenças em outros; homens abastecidos ignoram as necessidades dos outros e a fome mata. Alguns mandam de si riachos fortes de benefícios para os outros, e a vida floresce. Cada homem é um riacho. De qual tipo é você? Abre agora a fonte cristalina Donde fluem águas que saram. (William Williams)  47.6 Viste isto, filho do hom em ? Uma lição maravilhosa foi proporcionada pelo anjo-guia. Chamando o profeta por seu título comum (anotado em Eze. 2.1), ele correu para mostrar ainda mais ante os olhos atônitos do profeta. O anjo guiou o profeta ao longo da margem do rio. Ele ficou em pé ali, observando a natureza da água, seu caminho, a grande quantidade de peixes que se movimentava na água limpa e saudável, as árvores ao longo da margem, todas floridas, produzindo os frutos da estação. Tudo era um toque divino para os homens na terra. Yahweh colocou Seu dedo naquele lugar e o transformou.

3.  Imerso nas águas e no Espírito (Vv. 3-6)  -  Na terceira cena, o guia do passeio assume, agora, um papel inteiramente familiar, simbolizado pelo instrumento de medida em sua mão. Se ele pegou, ou não, um instrumento diferente, o uso de um novo termo, q a w, alerta o leitor para uma possível mudança na significação. A primeira medição do templo e de seus arredores realçou sua planta simétrica e as graduações de santidade, à medida que se ia para o lado de dentro, em direção à habitação sagrada de Yahweh. Mas, agora, as intenções do guia mudaram. Ezequiel o observa andando, com dificuldade, rio abaixo, medindo a distância do templo à medida que caminha. A terceira estrutura é, na verdade, subdividida em quatro cenários, que descrevem, em termos visuais vívidos, o aumento do volume do rio à medida que ele flui em direção ao leste. O estilo repetitivo dos três primeiros cenários reflete a maneira metódica do guia, mas a saída do padrão, no quarto cenário, sinaliza a fase culminante.


                    III.   SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO

1.  A abundância de árvores ( v. 7)  -  O acompanhante que mostra tudo isto a Ezequiel e que mede com seu cordel de medir (3; cf. 40:3) explica que o rio flui para a região oriental, à campina (8, “à Arabá,” RV, RSV), que é “a depressão” (árabe ’elGhôr) do vale do Jordão, do Mar Morto e do Wadiel-’Arãbâ, que de lá corre para o sul. Embora o rio seja descrito nos w . 5-9 como sendo um nahal (ou “uádi,” que é seco durante boa parte do ano), é óbvio que é um rio perpétuo e que traz consigo a fertilidade permanente. As águas estagnadas do Mar Morto tomam-se doces e os peixes as enchem (8, 9), e as árvores florescem nas suas ribanceiras, produzindo frutos frescos todos os meses (12). Até mesmo suas folhas terão propriedades medicinais, e a razão dada para tudo isto é porque as suas águas saem do santuário (12). O templo será a fonte da vida, da cura e da frutificação. Por meio milagrosos o impossível será realizado.

2.  O Mar Morto (v. 8)  -   Primeira, o rio flui’el-haggèlilâ haqqadmônâ (lit. “o circuito oriental”), uma vaga referência à região entre Jerusalém e o rio Jordão. Segunda, o rio desce até a Arabá. Atualmente, o nome identifica, geralmente, a depressão sul do Mar Morto, que termina no golfo de Aqabah, mas no AT o nome era usado, também, mais genericamente para o vale que vai do lago Tiberíades (Galileia), no norte, para o golfo de Aqabah, no sul. Ezequiel tem em mente a extremidade sul do vale do Jordão. Terceira, é mencionado que a água flui para o mar (hayyãm m â). Ainda que y ã m tenha, anteriormente, feito referência ao mar ocidental, viz., o Mediterrâneo, aqui, obviamente, significa o mar Morto. Quarta, o destino é definido mais precisamente como hayyãmmâhammü sã 'im , o mar de águas estagnadas. A expressão é textualmente problemática, mas o contexto apoia uma referência à natureza estagnada do mar Morto. hammüsã ^ m é uma descrição apropriada para o mar Morto. A superfície dessa notável massa de água é de, aproximadamente, 400 m abaixo do nível do mar, tomando-a não só o ponto mais baixo no vale da calha do rio, mas, também, o mais baixo na superfície da terra. Com uma salinidade atualmente de 26-35 por cento, essa massa de água é, também, justificadamente, conhecida como “o mar de sal”. Três fatores contribuem para essa qualidade especial: os incomuns ribeiros salinos afluentes, que emergem de fontes sulfurosas e fluem ao longo do solo salitroso; a ausência de uma saída, o que significa que todos os seus minerais ficam presos; a atmosfera quente, seca, que produz uma taxa de evaporação igual, se não maior que o influxo da água dos rios e ribeiros tributários. Após milênios de acúmulo, as elevadas quantidades de sódio, magnésio, cálcio, potássio, e outras substâncias químicas deixaram o mar Morto virtualmente sem vida. Com exceção de alguns oásis, a vegetação ao longo de suas margens se limita a algumas espécies halófitas (apreciadoras do sal).  O mensageiro parece absorto pelos problemas geográficos que o curso desse rio apresenta. Para que a água flua de Jerusalém para o vale do Jordão, ela precisa descer para o Cedrom, subir para o monte das Oliveiras, e, depois, atravessar uma série de vales e cadeias de montanhas antes de alcançar seu destino. Se ele prevê, ou não, uma rachadura nas barreiras, como a que foi prevista em Zc 14.4, a cena clama por um ato miraculoso, o inverso daquilo que foi experimentado pelos israelitas no mar Vermelho. Em vez de criar uma passagem seca pelo mar, esse rio sagrado produz um curso de água pelo meio do deserto. 

 No momento em que o rio do templo alcança o “mar salgado”, suas águas são miraculosamente curadas, rã p ã ’ normalmente se refere à cura de um corpo doente, mas, neste caso, o milagre envolve a neutralização das perniciosas substâncias químicas existentes na água, de modo que ela se torna doce e a vida já não é mais impedida. O kol quádruplo, “todo”, e a repetição de uma oração inteira, kol-’ãSery ãbô1 Sãm[mâ] nahãlayim , “onde quer que o rio fluir”, no v. 9, enfatizam a inteireza da “cura”. Em linguagem reminiscente de Gn 1.20,21, os “enxames” (Sãras) do mar com “toda criatura vivente” (kol-nepeShãyâ) em “todos os lugares por onde o rio fluir”. A oração causal, kibã’üsãm mâham mayim hã^êlleh, “porque estas águas chegaram ali”, não deixa dúvidas quanto à fonte da cura. A chegada das águas vivificadoras do templo revive o mar Morto, que resulta na profusa multiplicação de peixes (wèhãyâhaddãgâ rabbâ méod ).

3.  Vida no Mar Morto ( Vv. 9,10)  -  Onde as águas da vida fluem, a vida floresce, mesmo nos lugares desérticos. O próprio rio enxameia com vida de muitos tipos, e o que suas águas tocam também vive abundantemente. A água cria vida onde dominava a morte. O mar Morto tinha (tem) uma concentração seis vezes maior de sal do que o oceano e não pode suportar vida alguma, mas o poder miraculoso de Yahweh entra em cena e faz o mar viver; suas águas, por sua vez, dão vida a tudo ao redor. Como as águas são “curadas”, assim os homens também são curados de sua morte espiritual. O velho mundo ímpio será transformado pelas águas do Novo Dia. Até a segunda morte deve findar pelo poder restaurador da Era do Reino, o dia escatológico de Yahweh.

 Em todo o redor do mar Morto, desde En-gedi até En-eglaim, os pescadores estão trabalhando, estendendo suas redes e puxando sua pesca. En-gedi (‘Ain Jidi moderno) é um oásis florescente na margem ocidental do mar Morto, no lado contrário ao rio Arnon, em Moabe, cujas águas emergem de uma nascente permanente no alto de uma escarpa de 1.800 metros acima do lago e produzem uma faixa verde ao longo do rio em direção ao mar. En-eglaim é mais difícil de localizar, mas uma identificação com Eglate-Selísia, mencionado em Is 15.5 e Jr 48.34 em associação com Zoar, aponta para um lugar no lado oriental do mar Morto. Consequentemente, En-gedi e En-eglaim, localizados nos lados opostos do mar Morto, representam um merismus topográfico, realçando a totalidade da “cura” das águas. De leste a oeste, em toda a volta do lado, os pescadores estenderão suas redes para apanhar seus peixes. A presente expressão, miêtôahla hârãmim , “um lugar para estender as redes”, expressa um sentido diferente de hãrãmim em 26.5, 14. No texto anterior, a imagem das redes estendidas havia servido como um aviso de julgamento para Tiro; a cidade será reduzida a uma rocha desnuda onde os pescadores secarão suas redes. Aqui, a figura simboliza bênção. Mas essas águas revividas são renovadas não só para a abundância da vida que elas sustentam, mas, também, para a variedade de suas espécies. De fato, o número de “suas espécies” (m in ã h ) vai rivalizar com o mar Grande (hayyãm haggãdôl), isto é, o Mediterrâneo. Pode-se vagamente imaginar um contraste maior do que esse entre o mar Morto e o mar Mediterrâneo.

4.   Sobre os charcos lamaceiros com sal que não serão restaurados (v. 11)  -  Mas o guia informa Ezequiel a respeito das exceções desse notável quadro de vida. De acordo com o v. 11, a água nos pântanos (bissõ^aw ) e nos charcos (gèbã’ãyw ) não se tomará doce. A região de pântanos da Lashon (Lisan, no árabe) que tem a forma de língua, a península saliente no mar, a partir da margem oriental, onde a água é pantanosa demais para os peixes, apresenta-se como o candidato mais provável para tais obscuros reservatórios de água. A preservação de alguns bolsòes de salinidade é intencional, reconhecendo-se o benefício econômico de alguns minerais encontrados tanto no mar Morto como ao redor dele. O sal (melah ) não é apenas um valioso tempero e um agente preservador; a palavra funciona genericamente para uma ampla cadeia de substâncias químicas extraídas do mar.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

LIÇÃO 11 A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II

 

AME SUA BÍBLIA!!!!!!



                        TEXTO ÁUREO

"E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (IS 6.3)


                    VERDADE PRÁTICA

O ultraje à santidade divina traz destruição espiritual. A santidade de Deus é a expressão máxima de sua glória.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 43.1-9 ( comentário bíblico MOODY)


V. 1. À porta que olha para o oriente o profeta viu a manifestação visível da presença do Senhor do modo pelo qual a vira quando Ele viera destruir a cidade (v. 3; cons. caps. 8-11) e em sua visão inaugural junto ao rio Quebar (1:28; 3:12, 23).

 V. 4. A glória do SENHOR entrou pelo portão oriental e o Espírito o levantou (v. 5; cons. 2:2; 3:12-14; 8:3) e o levou ao átrio interior. O profeta não consegue atravessar o portão oriental depois que o Senhor passa por ele (cons. 44:2). Quanto à glória do Senhor enchendo o Tabernáculo e o Templo, veja Êx. 40:34, 35; I Reis 8:11. 

 b) A Exortação de Deus a Israel de dentro do Santuário Interno. 43:6-12. 

 O Senhor (não o homem ao seu lado, v. 6) fala a Israel através de Ezequiel relativamente à santidade do Templo (vs. 7-9). Sua exortação forma uma conclusão aos capítulos 40-42; e os regulamentos do templo (vs. 10-12) formam uma introdução ao capítulo 44 e os capítulos seguintes.

V. 7. O Templo de Jerusalém está aqui representado como o trono de Deus (veja também Jr. 3:17; 14:21; 17:12. Quanto ao céu como o trono de Deus, veja Is. 66:1; Sl. 2:4; 11:4; Mt. 5:34; 23:22). Ezequiel descreve o céu descendo à terra (cons. 37:26-28). Prostituições do templo (II Reis 23:7); ou idolatria (cap. 8). Cadáveres dos seus reis. Os sepulcros reais ficavam na mesma elevação do Templo, separadas deles apenas por uma parede (II Reis 21:18, 26).

 V. 8. Anteriormente o Templo e o palácio eram contíguos (I Reis 7:8; II Reis 20:4, corrigido). Limiar e ombreira talvez se refiram às sepulturas dos reis com feitio de casas (Is. 14:18; Jó 17:13). Os versículos 10-27 constituem o haphtarah da Sinagoga para o Êx. 27:20 – 30:10.



                    INTRODUÇÃO

Já havia dezenove anos que Ezequiel recebera a visão da glória do Senhor deixando Seu templo (10:18-22; 11:22-24). Agora, vê a Sua volta, para ocupar e consagrar este novo edifício para ser Seu santuário. Sua aparência era a mesma de antes, junto ao rio Quebar (ainda outra ligação que esta visão final tem com o escrito anterior de Ezequiel) e induziu a mesma resposta de reverente temor e adoração. O acompanhante angelical ainda está com Ezequiel, e continuará a dar explicações e instruções sobre a lei do templo, mas a esta altura há uma palavra especial da parte do Senhor, de dentro do templo, que é virtualmente uma declaração de consagração.


                    I.  SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO

1.  A porta oriental do Templo ( v. 1)  -  Então me levou à porta... que olha para o oriente. A glória de Yahweh (ver em Eze. 1.28) entrou pelo mesmo portão do qual tinha saído, o Portão Oriental, onde o sol se levanta e dá vida ao mundo inteiro. Este versículo ensina que reversos são possíveis, até mesmo os de situações consideradas impossíveis. Quando o Espírito de Deus toma parte em uma situação, todas as impossibilidades são anuladas. Oh, Senhor, concedenos tal graça! “A glória Shekinah era a distinção especial do velho templo e, assim, também do novo, mas se realizará em grau muito mais elevado no segundo” (Fausset, in loc).

2.  Três observações importantes (v. 2)  -  Eis que do cam inho do oriente vinha a glória do Deus de Israel. Como o sol se levanta no oriente e ilumina o céu, de horizonte a horizonte, assim a glória de Yahweh, o Sol da alma, iluminará todos os homens. A chegada da presença divina é anunciada universalmente, e o grito de triunfo é como o som de muitas águas, ouvido por todos os homens da terra. Todo o globo terrestre brilha com a Sua glória que vem depois de uma noite escura de sofrimentos, quando o povo desiste de praticar sua idolatria-adultério-apostasia. A luz de um novo dia brilha sobre o povo renovado. 

Ó Dia de descanso e júbilo, Ó Dia de alegria e luz, O unguento que cura todas as feridas, Tão belo e brilhante. (C. Wordsworth) 

Ver a figura das muitas águas em Eze. 1.24; 19.10; 31.4; Apo. 1.15; 14.2; 17.1; 19.6. “A terra brilhando com Sua glória reflete o simbolismo solar da glória de Yahweh. Cf. Isa. 60.1-3; Deu. 33.2; Hab. 3.3-4; Luc. 2.9” (Theophile J. Meek, in loc).

3.   As reminiscências (v. 3)  -  Este versículo interrompe a narrativa com a observação da reação do profeta. As ligações entre as visões anteriores subentendidas pelas expressões usadas nos vv. 2 e 4 são agora expressadas explicitamente, embora na ordem inversa da experiência do profeta. Primeira, essa teofania o faz lembrar da visão da partida de Yahweh, de seu templo, nos caps. 8-11. Numa irônica guinada, entretanto, o profeta agora interpreta a visão anterior em termos não do abandono divino, mas de sua chegada para destruir Jerusalém. O infinitivo de finalidade, Sahêt, “destruir”, fornece uma ligação específica com a resposta horrorizada do profeta, em 9.8: “Ah! Senhor Yahweh! Estás destruindo (m ah,S't) todo o remanescente de Israel derramando tua fúria sobre Jerusalém?” Outros ecos dessa visão anterior aparecem nos versículos seguintes. Segunda, o aparecimento da kãbôd remete a mente de Ezequiel ainda mais longe, no passado, até seu primeiro encontro teofanico com Yahweh (1.4-28), nas ribanceiras do rio Quebar. Embora a carruagem celeste e seus servos querubins tenham dominado o relato anterior, aqui o foco é a própria kãbôd. A resposta física do profeta, prostrando-se sobre sua face, indica que nem os anos de reflexão, nem as décadas de serviço divino haviam embotado seu senso de respeito e temor à vista da glória de Deus.


                II.  O TEMPLO DO MILÊNIO

1.  Um templo diferente - Significado do Templo. Qual é o significado do Templo de Ezequiel? Isto está expresso na “lei do templo” (Ez 43.12) de que sobre o “cimo do monte, todo o seu limite ao redor será santíssimo; eis que esta é a lei do templo”. Era uma expressão da santidade de Yahweh através do complexo que é revelado no processo de medida, e deste complexo o povo deve medir “o modelo” (cp. o caminho da santidade) para que eles possam se envergonhar “das suas iniquidades” (43.10; BS, 106:58).

Considerando que a visão ocorre no final da profecia de Ezequiel, deve-se observá-la como a culminação da obra do profeta. A santidade de Deus foi o ponto principal do seu ministério. A santidade de Deus foi ultrajada pela iniquidade persistente de Israel. O livro servia como o processo de revelação, acusação e julgamento de Israel (cap. 1-26), o julgamento das nações circundantes para que o nome de Yahweh fosse vindicado em toda a terra (cap. 25-32), seguido pelo renascimento e restauração do povo pródigo (cap. 33-39), que incluiria o último grande ataque ao povo de Deus, concluindo com a revelação de Deus habitando entre o povo (cap. 40-48; BS, 106:57). O Templo (cp. Ml 3.1) deve tomar-se o lugar de habitação da glória divina (cp. Ez 43.1-6): “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre” (43.7).

2.  Uma dispensação diferente  -  Identidade do Templo. Que Templo é este? E completamente separado do Templo anterior em Jerusalém? E um complexo de construções completamente novo? Um estudo da sequência de eventos ajuda a responder essa questão. Israel, em todas as suas tribos, participou do cativeiro; a destruição do seu Templo simbolizou o julgamento de Deus sobre ele devido ao seu pecado. Ele tinha a restauração prometida depois do arrependimento (Dt 3 0.1 ss.). A partida do Shekinah (“glória” Ez 11.22,23) significou a queda de Jerusalém. O retorno desta glória (43.1 ss.) significava a restauração de Israel ao favor e bênção de Deus.           Contudo, se um Templo fosse muito diferente do Templo que Nabucodonosor destruiu, como ele poderia trazer alguma segurança ao povo? Visto que o Lugar Santo e o Santo dos Santos são do mesmo tamanho que os do Templo de Salomão, e considerando outras semelhanças, a conclusão é que o Templo de Ezequiel é basicamente o Templo de Salomão, mas com modificações na estrutura do átrio e na organização. Ele não é meramente um templo “ideal”, pois ao descrever o uso do altar, Yahweh (43.18ss.) descreve sua santificação (w. 18-27) e as ofertas feitas pelos sacerdotes (44.1531) dizem respeito ao que deveria ser feito por um povo restaurado ao seu Deus.           Porém o que foi mencionado acima não responde à questão — o Templo de Ezequiel existiu realmente? A ênfase sobre o ritual e a eliminação do ritual no NT indica que este templo serve a outro propósito.            Deve-se lembrar que Israel passou por deportação devido à idolatria e rejeição da Aliança de Yahweh (Dt 4.27,28; 28.64-68), mas se em sua aflição eles procurassem o Senhor de todo o coração, ele os ouviria e os restaurariam a sua terra (Dt 4.29-31; Jr 29.10-14). O propósito era aperfeiçoar um povo recalcitrante e relapso, e criar uma nação santa (Ez 37.21-23,26-28) que, como povo santo, retomaria verdadeiramente à sua terra. Ezequiel 40-48 apresenta em palavras quadros da consequente união íntima de Yahweh com seu povo, e transmitiu ao remanescente de Israel a segurança do retomo a sua herança. A organização dos átrios impressionou o povo sobre a necessidade de santidade pessoal; mas também, a presença de Yahweh ali (43.1 -12) demonstrou sua acessibilidade por parte do povo. O ritual, sendo restaurado, transmitiu a Israel que ele foi verdadeiramente aceito, e por isso poderia esperar que se tomasse um povo purificado e restaurado.             Portanto, o Templo de Ezequiel era uma “ajuda visual” para a fé. Visto que os exilados que retomaram aderiram à forma do Templo anterior e não à do Templo de Ezequiel, parece que seu Templo deveria ser entendido simbolicamente. A verdadeira restauração de Israel ainda está por vir, quando Deus, pela segunda vez (Is 11.11), salvará Israel do cativeiro, quando será dado ao povo de Israel um novo coração (Ez 36.26) e a nação nascerá em um dia (Is 66.8-10). Isto se refere ao milênio e ao renascimento de Israel, pois todos os gentios devem esperar para que eles também possam ser renovados e participar das bênçãos da casa de Deus (Is 56.7).

3.  Um ritual diferente  -  Quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra. Sem dúvida, a arca da aliança estava entre as coisas que os babilônios levaram para a terra deles, na época do cativeiro de Judá. Mas não temos nenhum registro específico sobre isso e nenhuma indicação do que aconteceu a essas coisas na Babilônia. O povo de Israel sentia falta da arca unicamente por ser o lugar onde se manifestava a presença do Senhor Deus (uma espécie de trono de Deus na terra), o lugar de contato de Yahweh com Seu povo em aliança com Ele. O povo de Israel anelava por ver a arca da aliança de alguma maneira “recuperada”.              Mas esse anelo se reduziria a nada quando uma restauração todo-poderosa substituísse a antiga restauração por uma restauração nova e muito mais satisfatória. Outra arca não seria manufaturada; pelo contrário, a própria Jerusalém se tornaria o trono de Deus, o lugar onde se manifestaria Sua presença e Seu poder, e isso mais do que compensaria a perda (vs. 17). Cf. Eze. 43.7. Ver também Jer. 14.21; 17.12; Isa. 2.2-4 e Miq. 4.1-4.             Quanto a outros particulares, o novo também seria superior ao antigo: todas as nações se concentrariam em torno de Jerusalém e seu culto, e não apenas uma minúscula nação e sua arca da aliança. Torna-se evidente aqui a promessa do Reino. As nações chegar-se-ão dotadas de elevada espiritualidade, abandonando seus antigos caminhos de idolatria e rebelião. Cf. Zac. 14.16-19. Em tais circunstâncias de redenção universal, ninguém mais lembrará os “dias áureos antigos”, quando a arca estava no templo, antes do cativeiro babilónico. Cf. Isa. 2.2-3; 60.3-5. A arca era um dos principais sinais do antigo pacto. Substituí-la por algo melhor fala do Novo Pacto, que lhe é superior (ver Jer. 31.32). Cf. Heb. 8.13.

4.   Como explicar os sacrifícios no Milênio?  Isto diz respeito ao altar neste templo místico, que também é místico. Porque Cristo é o nosso altar. Os judeus, depois do seu retorno do cativeiro, tiveram um altar muito tempo antes de terem um templo, Esdras 3.3. Mas este era um altar que estava no templo. Aqui temos:     I As medidas do altar, v.13. Tinha cerca de seis metros quadrados na parte superior e sete metros na parte inferior. Tinha cerca de quatro metros e meio de altura. Ele possuía um assento ou prateleira inferior, aqui chamado de banco, há quase um metro do chão (no qual alguns dos sacerdotes ficavam de pé para ministrar) e aproximadamente dois metros acima deste (no qual ficavam outros sacerdotes), e cada um deles tinha cerca de meio metro de largura e possuía listras dos dois lados, para que eles pudessem permanecer firmes sobre elas. Os sacrifícios eram mortos na mesa mencionada anteriormente, Ezequiel 40.39. O que fosse queimado no altar era repassado para aqueles no banco de baixo, e entregues por eles àqueles que ficavam no banco de cima, os quais o colocavam sobre o altar. Assim no serviço a Deus devemos ajudar uns aos outros.    II As ordenanças do altar. Aqui são dadas instruções: 1. No que diz respeito, primeiramente, à consagração do altar. Sete dias deveriam ser dedicados à sua consagração e em todos os dias sacrifícios deveriam ser oferecidos sobre ele, particularmente um bode para a expiação do pecado (v.25), além de um bezerro para a expiação do pecado no primeiro dia (v.19) – isto nos ensina a termos Cristo (a grande oferta para a expiação do pecado) em vista em todos os nossos serviços religiosos. Nem nós nem as nossas ações podem ser aceitas por Deus, a menos que o pecado seja removido.       E este só pode ser removido pelo sangue de Cristo, que tanto santifica o altar (porque Cristo entrou no Santuário por seu próprio sangue, Hebreus 9.12), como a oferta que estiver sobre o altar. Também deveriam ser oferecidos em holocausto um bezerro e um carneiro (v.24), o que tinha puramente o propósito de glorificar a Deus, para nos ensinar a observarmos isto em todos os nossos serviços. Nós devemos nos apresentar a Cristo como sacrifícios vivos e também as nossas devoções como sacrifícios espirituais, para que nós e nossos sacrifícios possamos ser para Ele “por nome, e por louvor, e por glória”. A consagração do altar é chamada aqui de purificação e expiação, w.20,26. Cristo, o nosso altar, embora não tivesse nenhuma mancha de que precisasse ser purificado, santificou-se a si mesmo (Jo17.19). E quando consagramos os altares dos nossos corações a Deus, tendo o fogo santo sempre queimando neles, devemos nos certificar que eles sejam purificados e expiados do amor pelo mundo e das paixões da carne. Deve-se observar que há várias diferenças entre os ritos da consagração mencionados aqui e aqueles que foram determinados em Êxodo 29, sugerindo que os estatutos cerimoniais eram coisas mutáveis e as mudanças neles eram sinais do período de Cristo. Somente aqui, conforme a lei geral, são dadas ordens específicas (v. 24) para que todos os sacrifícios sejam temperados com sal (Lv 2.13).      A graça é o sal com o qual todas as nossas ações religiosas devem ser temperadas, Colossenses 4.6. Uma aliança eterna é chamada de aliança de sal, porque ele é incorruptível. A glória reservada para nós é incorruptível e pura. E a graça operada em nós está no “homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto”. 2. No que diz respeito ao uso constante que deveria ser feito do altar, quando foi consagrado: “Prepararão os sacerdotes sobre o altar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios pacíficos” (v.27), porque ele foi santificado para que pudesse santificar a oferta oferecida sobre ele. Observe, além disso: (1) Quem deveria servir no altar: Os sacerdotes “da semente de Zadoque”, v. 19. Esta família foi substituída por Salomão, ficando no lugar de Abiatar e Deus confirma isto.         O nome Zadoque significa justo – eles são a semente de justos, são os sacerdotes de Deus, através de Cristo o Senhor, justiça nossa. (2) Como eles deveriam se preparar para este serviço (v. 26): Eles consagrarão o altar, encherão as mãos com as ofertas, como sinal da sua entrega com as suas ofertas a Deus e ao seu serviço. Observe que antes de ministrarmos ao Senhor nas coisas santas devemos nos consagrar enchendo as nossas mãos e os nossos corações com estas coisas. (3) Como eles se beneficiariam dele (v. 27): “Eu me deleitarei em vós”. E se Deus aceitar as nossas obras, se nossos serviços lhe forem agradáveis, isto é o bastante, não precisamos de nada mais. Aqueles que se entregarem a Deus serão aceitos por Ele. Primeiro suas pessoas e então as suas ações, através do Mediador.


                III.  SANTIDADE E GLÓRIA

1.   A glória de Deus volta ao Templo (v. 5)  -  Eis que a glória do Senhor enchia o tem plo. A glória de Yahweh era tão grande que encheu o templo inteiro, não meramente o Santo dos Santos. Cf. Isa. 6.1-3; I Reis 8.11; II Crô. 5.14. A mesma glória encheu o tabernáculo (Êxo. 40.34-38; Lev. 9.23). No fim, a própria Terra será o templo que Yahweh encherá com Sua glória. Cf. Isa. 11.9 e Ageu 2.7,9.0 profeta foi sujeito a uma experiência mística, visionária, de grandes proporções. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo denominado Misticismo. A experiência do presente versículo é atribuída à presença e atuação do Espírito. O Espírito é o principal fator do misticismo bíblico. Ver no Dicionário o detalhado artigo denominado Espírito Santo.   Yahweh Fala do Santuário Interior (43.6-12) 

O templo restaurado pode ter somente atividades espirituais, como ordenadas por Deus; nenhuma influência política será tolerada (capítulo 8; I Reis 7.11 -12; 11.33; Amós 7.13). O novo templo será o Trono de Yahweh, onde Ele manifestará Sua glória para sempre em Israel (vs. 7). Cf. Eze. 5.9.0 trono de Yahweh é o Santo dos Santos (hebraico, debhir). A presença divina enfatiza a divisão radical entre o sagrado e o profano, como projetado em Eze. 42.20. Yahweh combina divindade e realeza, restaurando a teocracia, o governo ideal para Israel. O deus-rei era um conceito comum nas nações pagãs, e Yahweh-Rei era a versão desse conceito em Israel. “O templo servirá como a habitação terrestre de Deus e um meio de comunhão entre o divino e o humano. Israel nunca mais profanará o santo nome (cf. Eze. 20.39 e 39.7), adorando ídolos mortos e inúteis e trazendo desastres para a nação (Eze. 43.7- 8)" (Charles H. Dyer, in loc).

2.  A identidade do guia celestial (vv. 6,7)  -  A abertura do discurso, w ayyõ ’m er ‘êlay ben- ’ã d ã m , “E ele me disse: ‘Filho do homem’”, não é só tipicamente ezequielense, é precisamente a maneira pela qual foi introduzido o primeiro discurso de Yahweh para Ezequiel, em 2.1. A mensagem, propriamente dita, começa com um anúncio formal: “Este é o lugar do meu trono, o lugar para as solas de meus pés”. A linguagem é, obviamente, da realeza; por meio dela Yahweh está declarando que o templo é seu palácio e afirmando sua reivindicação de domínio sobre Israel. Embora a tradição do templo como palácio de Yahweh tenha uma longa história, a própria descrição que Ezequiel faz do templo, mais do que da arca do concerto como o trono de Yahweh, é impressionante. Na visão inaugural do profeta, foram vistos querubins carregando o trono de Deus ( 1.24-28), porém, o presente discurso nada diz a respeito do papel da arca ou dos querubins, sugerindo, talvez,  o cumprimento da profecia de Jeremias, em 3.16,17: naqueles dias... não dirão mais: ‘a arca da aliança do Senhor’. Ela não lhes virá à mente nem será lembrada, não sentirão falta dela; nem se fará outra. Quando Jerusalém for chamada o trono do Senhor, e todas as nações se reunirem nela, para honrar a presença do Senhor em Jerusalém”. A menos que se assuma a presença da arca no templo, Ezequiel, aparentemente, não vê necessidade de tais símbolos do governo divino. A existência da própria cidade será evidência da eterna presença de Yahweh (cf. 48.35).36 A imagem da realeza divina é concretizada com a descrição do templo como “o lugar para as solas de meus pés” (mêqôm kappôt raglay). Esta frase é uma variação de hãdõm raglãyw, “seu escabelo”, que identifica literalmente o objeto sobre o qual uma pessoa descansa os pés e, por extensão, funciona como uma expressão de domínio. A combinação que Ezequiel faz do trono de Yahweh com seu escabelo no templo remete a lCr 28.2, em que Davi explicitamente associa o hãdõm com a arca da aliança, e vários textos adicionais identificam Sião/o templo como o escabelo de Yahweh (SI 99.5; 132.7; Lm 2.1), especialmente Is 60.13, que emparelha mêqôm miqdãS’, “o lugar do meu santuário”, com mêqôm raglay, “o lugar dos meus pés”.

3.   Santidade para sempre  (vv. 8,9)  -  Contaminaram o meu santo nom e com as suas abom inações. Aquele homens reprovados poluíram o santo nome, colocando seu limiar e sua ombreira junto aos Dele. Esta referência obscura talvez possa significar que túmulos (que pareciam grandes casas) foram construídos perto do templo, tomando-o imundo. Ver no Dicionário o artigo denominado Limpo e Imundo. Talvez a referência seja aos monumentos (construções idólatras) que os reis misturaram com os edifícios sagrados, e que corresponderia à palavra "abominações” aqui. Normalmente, os túmulos eram construídos fora da cidade para evitar impureza cerimonial (I Sam. 25.1; I Reis 2.34). Os profanos faziam peregrinações aos túmuios dos reis, em vez de visitar o templo de Jerusalém, não separando o profano do sagrado e até preferindo o profano. Apenas uma parede (não muro) separava o templo de Yahweh das construções imundas dos idólatras, e essa era uma separação inadequada. A ira de Deus (ver a respeito no Dicionário) acabaria com aqueles ímpios, o que aconteceu no ataque e cativeiros babilónicos.  Lancem eles para longe de mim a sua prostituição... A limpeza das poluições devia incluir dois princípios essenciais: 1. A idolatria seria eliminada. 2. Os monumentos de ídolos (ou mausoléus dos reis) seriam afastados da área sagrada. Se o povo fizesse estas coisas (que representavam uma purificação geral), então Yahweh habitaria entre o Seu povo. “Davi foi sepultado na cidade de Davi, perto do monte Sião, próximo ao lugar onde o templo foi construído; a mesma situação se apiicou aos túmulos dos outros reis. Deus exigiu que a vizinhança do templo fosse libertada daquele ultraje” (Adam Clarke, in loc.)

. ... e os cadáveres de dos seus reis. Como no vs. 7, “cadáveres” podem ser “monumentos”, ou casas de ídolos. Ver as notas naquele versículo.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

HENRY. Matthew.Livro Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia, Tenney C. Merrill - Editora Cultura Cristã.