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quinta-feira, 27 de julho de 2023

LIÇÃO 06 - A DESCONSTRUÇÃO DA MASCULINIDADE BÍBLICA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                    TEXTO ÁUREO

"E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar." (Gn 2. 15)


                VERDADE PRÁTICA

O homem foi criado com qualidades que expressam virilidade, responsabilidade e liderança.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rt 4. 7-12


                        INTRODUÇÃO

No mundo pós-moderno, poucos tópicos suscitam tanta controvérsia quanto as discussões de gênero. Adicionar uma nova dimensão religiosa torna o conceito ainda mais propenso a distorções e reações emocionais. Algumas das coisas que a Bíblia diz sobre homens e mulheres, como eles se relacionam e o que Deus espera deles podem ir contra nossas preferências. Essas ideias podem entrar em conflito com nossas culturas, nossa criação ou as opiniões de nossos colegas. No entanto, a definição bíblica de masculinidade (e feminilidade) é exatamente isso: bíblica, não baseada em opiniões. A masculinidade bíblica pode ser resumida em cinco princípios básicos, aos quais se espera que cada homem se conforme. Estes são 1) humildade diante de seu Deus, 2) controle de seus apetites, 3) proteção de sua família, 4) sustento de sua família e 5) liderança de sua família. Os homens que não atendem a essas expectativas não estão se comportando como “homens”, biblicamente falando, mas como algo menos nobre (Salmo 49:20). Alguns bons exemplos de masculinidade bíblica nas Escrituras são Daniel, Calebe, Josué, Paulo e, claro, Jesus. Criticamente, observe aquelas coisas que as Escrituras não incluem como parte da masculinidade bíblica. Os homens não são chamados a serem tiranos, governando uma casa com mão de ferro e atitude de ditador. Nem são ordenados a se acovardarem e serem fracos com suas famílias. Nem os homens são chamados a impor, em nenhum sentido, os ideais bíblicos de feminilidade em suas esposas. Humildade, autocontrole, proteção, provisão e liderança são as responsabilidades do homem e suas ferramentas. Os homens são responsáveis pela liderança espiritual dentro de suas famílias, mas cada pessoa é, em última análise, responsável perante Deus por sua própria vida. 


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                    I.     A MASCULINIDADE BÍBLICA

1.   A criação divina do ser humano   -   A Teologia Sistemática na Perspectiva Pentecostal (HORTON, 2001, p. 244), ao descrever a origem da raça humana, enfatiza: Os textos bíblicos mais precisos indicam que Deus criou o primeiro homem diretamente do pó (úmido) da terra. Não há lugar aqui para o desenvolvimento paulatino de formas mais singelas de vida em outras mais complexas, tendo o ser humano como ponto culminante. Em Marcos 10.6, o próprio Jesus declara: “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea”. Não pode haver dúvida quanto ao desacordo do evolucionismo com o registro bíblico. Nessa direção, a teologia pentecostal enfatiza que “a teoria da evolução não passa de um arranjo teórico para explicar cientificamente a origem do homem e de todas as coisas, visando desacreditar a Deus e afastar o homem do seu Criador”. 89 Nossa Declaração de Fé ratifica que Deus é o “Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11)”


2.    Características da masculinidade   -   Em vista disso, Stuart Scott (2014, p. 22) avalia: Na história ocidental mais recente, o relativismo crescente (a crença de que não existe um padrão absoluto) e o individualismo resultante (“só eu sei o que é certo para mim”) têm exercido forte impacto no conceito dos gêneros. Tal mentalidade “sem absolutos” significa que cada pessoa vive por conta de sua própria sabedoria em relação à masculinidade. [...] Em consequência disso, há grande relutância em se fazer qualquer afirmação a respeito do que é a verdadeira masculinidade.

Ser homem de verdade nos dias atuais requer muito dos próprios homens. Primeira por haver muita confusão no próprio conceito do que é ser homem, segundo por haver um grande esforço para destruir a masculinidade dos homens. Para ser um homem de verdade, se faz necessário resgatar o princípio bíblico de masculinidade, princípio esse estabelecido por Deus no Éden; portanto, somente resgatando esse conceito bíblico de masculinidade será possível haver homens de verdade. Ser homem de verdade envolve cultivar e guardar, somente exercendo essas duas atividades será possível resgatar a masculinidade bíblica. Em Gênesis temos esse mandato muito explícito: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15). Cultivar: Cultivar é trabalhar para fazer com que as coisas cresçam.  Guardar: Guardar é proteger e sustentar o progresso já alcançado.  Assim, o primeiro princípio estabelecido para se tornar um homem de verdade e resgatar a masculinidade bíblica é entender a tarefa de cultivar e guardar. Visto que, homens foram criados para dominar[1], conseqüentemente fugir de tais tarefas é retroceder ao padrão de masculinidade bíblica, quando, na verdade, é sobre o princípio de “cultivar e guardar” que a masculinidade bíblica se estabelece.

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1.26-27). Portanto é isso que homens de verdade devem mostrar e refletir. O homem foi o único ser criado à imagem e semelhança do próprio Criador, logo não há como exercer masculinidade distante do Deus criador.  Para resgatar uma masculinidade que reflita a imagem e semelhança de Deus, homens de verdade necessitam ser redimidos por Cristo, posteriormente, estarão capacitados a espalhar essa imagem e semelhança para o restante da criação.

Para homens de verdade o casamento deve ser visto como um dos maiores privilégios dados por Deus, é por meio dele que o Criador proporciona ao homem uma excelente oportunidade para exercer sua masculinidadeÉ através da união entre homem e mulher que Deus multiplica sua imagem e semelhança “Frutificai e multiplicai-vos” (cf. Gn 1:28). Que benção é o casamento! Homens de verdade compreendem a importância do matrimônio, não o tratando com desprezo, mas com apreço e fidelidadeAo falar sobre o papel do casamento para a vida do homem Dr. Richard D. Phillips, toca em um ponto primordial para o resgate de uma masculinidade bíblica: “A principal ameaça contra a qual um homem deve proteger sua esposa é o seu próprio pecado”. Sim, homens de verdade sabem que não podem subestimar seus pecados, principalmente quanto o assunto é o casamento!

3.   A liderança masculina   -    Stuart Scott (2014, p. 22) argumenta: Cristo é o retrato perfeito de liderança. Aquele que O segue precisa saber quando e como tomar decisões piedosas e sábias. Isso só acontece quando há liderança! O homem e o marido, segundo os critérios de Deus, não podem fugir de decisões, abusar do privilégio de tomar decisões ou tomá-las de maneira mística.  

A responsabilidade de liderar. Isto está muito claro pelo que foi exposto: [1.] Adão foi criado primeiro; [2.] Deus deu a Adão a responsabilidade de transmitir a lei moral no Éden; [3.] Eva foi dada a Adão como auxiliadora; [4.] Adão deu nome a Eva; [5.] a humanidade recebeu o nome de Adão; [6.] a serpente suprimiu a liderança de Adão (abordando Eva, não o homem como o responsável pelo jardim); e [7.] Deus, após a queda, chamou à prestação de contas primeiramente o homem, embora Eva tivesse pecado primeiro que Adão. Portanto, biblicamente falando, não pode haver dúvida sobre este ponto: a versão original do homem é de liderança – na família e na igreja (que é a família de Deus). Alguém, ainda que se diga cristão, até poderá questionar estes fatos, mas terá que fazê-lo minando a autoridade bíblica, colocando em cheque os padrões bíblicos de verdade, dizendo que tudo é cultural, e já que naquele tempo todos eram patriarcais e machistas, não poderia ter sido diferente, mas agora tudo mudou. — Percebeu? — Ou você toma a Bíblia pelo que ela é (Palavra infalível e atemporal de Deus), ou você toma a Bíblia pelo que ela diz e se molda a ela (pelo poder do Espírito), ou você não tem mais um livro sagrado e cheio de autoridade divina nas mãos, apenas opiniões culturais readaptáveis; apenas registros de experiências religiosas do passado.

Os lares são responsáveis pela geração sem líderes. Antes os pais de família assumiam a responsabilidade, davam a direção, conduziam as questões familiares. Hoje marido e esposa disputam posições e destroem qualquer hierarquia de valores para eles ou para os filhos. Estes, confusos, aprendem desde cedo que mentir enganar, brigar e chorar, são armas lícitas que todos usam, porque às vezes funcionam. O resultado: uma sociedade degenerada, destruída, com pessoas que, vindo a Cristo e à igreja, e não reconduzindo seus lares à luz da Palavra de Deus, geram igrejas fracas, confusas, sem valores bíblicos e repletas de problemas, sem liderança de peso e de honra.

Deus deu uma receita para a felicidade familiar: autoridade masculina, paternal, marital e autoridade espiritual. Não praticá-la, e em nome de uma atitude moderna e “politicamente correta” ´gerará o desastre. Por esta causa encontramos o feminismo imperando nas igrejas, a frouxidão masculina nas atividades eclesiásticas, juventude transviada e sem sexualidade definida pela biologia, mas pelas concupiscências do pecado. Por fim, pastores que não falam o que devem, mas apenas mantém um rebanho unido, servindo pão fresco de joio dia após dia, para não perderem o público. Será isso o que Deus deseja dos homens?

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                    II.   A EROSÃO DA MASCULINIDADE

1.   Apologia à homossexualidade   -  Os gregos exaltavam o homossexualismo como a mais elevada forma de relacionamento pessoal, pois as mulheres não tinham o mesmo nível cultural para conviver com um homem (BROWN, 1990, p. 18). Por outro lado, algumas mulheres, deixadas em casa, e a quem era negado qualquer envolvimento na sociedade, recorriam ao lesbianismo como forma de escape às suas emoções. Os escritos da poetisa Safo (cerca de 600 a.C.) enaltecendo a beleza das estudantes de sua escola tornaram-se popular entre vários grupos de mulheres (BREMMER, 1995, p. 33).  A educação dos meninos atenienses se dava através de laços de amizade e prática homossexual com seus mentores. Um cidadão que não exercesse a adoção de jovens e se encarregasse de sua educação, era acusado de omissão em seus deveres como cidadão. Era uma obrigação social tão importante quanto pagar impostos. Os meninos após os 12 anos de idade, nunca abaixo dessa idade, procuravam um adulto para sua educação. Com a aprovação da família e do garoto, este praticava sexo homossexual passivo até completar seus 18 anos de idade com o mentor que lhe ensinava tudo o que sabia sobre a vida. A partir de então, tornava-se ativo e deveria ser mentor de outro jovem, para posteriormente casar-se, próximo a completar 25 anos de idade. Obviamente, muitos continuavam com a prática homossexual. "Homens para o prazer, mulheres para a procriação", dizia a regra social da época. Assim, na Grécia antiga, a bissexualidade era vista como prova de virilidade e o sexo homossexual apenas como sexo carnal, troca de energias. Sabe-se que Sófocles, Sócrates e outros intelectuais da elite grega tinham amantes masculinos até mesmo depois de velhos (SPENCER, 1999, p. 20-28).  

  Algumas questões sociais são facilmente abordadas pelo cristão moderno posto que determinadas ideias, mesmo que embasadas na Bíblia, não encontram resistência por parte da sociedade, pelo contrário, são populares e dignas de reconhecimento público, tais quais: a luta contra a miséria, a fome e o tráfico de pessoas. No entanto, questões como a homossexualidade e o aborto são polêmicas, gerando críticas aos que defendem o posicionamento bíblico tradicional e, portanto, evitadas pela maioria dos cristãos. Mas o mesmo evangelho que compele cada cristão a combater a pobreza, também o desafia a lutar contra a imoralidade sexual e a defender seus valores éticos. A sociedade precisa de uma resposta cristã coerente com relação aos problemas sociais mais urgentes dos nossos dias, ainda que esta manifestação seja contracultural.  

O pecado da homossexualidade havia se expandido na vida grega, e mais tarde se propagou em Roma. Mas, a este mundo mergulhado na decadência moral, chegou o poder do cristianismo, uma força realmente capaz de transformar os valores da humanidade. Assim, Paulo finaliza a perícope: “Tais fostes alguns de vós.” A maior prova do cristianismo residia em seu poder. Podia tomar homens perdidos na vergonha e torná-los filhos de Deus. Havia em Corinto, e em todo mundo, homens que eram provas viventes do poder regenerador de Cristo. O apóstolo não termina o assunto com a expressão “não herdarão o reino de Deus”, mas com a notícia de que algumas de suas ovelhas em Corinto eram homossexuais passivos ou ativos, mas deixaram de ser depois que foram alcançadas pela graça de Deus, o que pode acontecer também hoje em dia. Os pecados citados por Paulo ainda nos dias de hoje são considerados transgressões aos princípios cristãos. Mas o poder transformador de Cristo também ainda é o mesmo. Nenhum homem pode mudar-se a si mesmo, mas Cristo pode fazê-lo. 

2.   Responsabilidade negligenciada    -   Permitam-me lhes apresentar a definição de masculinidade desenvolvida por John Piper:     No coração da masculinidade madura está um senso de responsabilidade benevolente para liderar, prover e proteger as mulheres de maneiras adequadas aos diferentes relacionamentos de um homem.

Desembrulhando:  NO CORAÇÃO DA… Significa que não é exaustiva esta definição. Há mais do que se está propondo, e não pode haver menos.   MASCULINIDADE MADURA… Significa que o senso de responsabilidade de um homem está em processo de crescimento (e de santificação), superando suas distorções e limitações pecaminosas, e encontrando sua verdadeira natureza como uma forma de amar, não de autoafirmação ou de imposição de qualquer natureza.   UM SENSO DE… No coração da masculinidade madura está um senso de… Piper usa a palavra “senso” porque para ser masculino um homem deve não apenas ser responsável, mas ter senso de que ele é ou tomar consciência de que ele é o responsável. Se ele não tiver “senso” ou não tomar consciência ou não afirmar a sua responsabilidade, ele não está maduro em sua masculinidade, precisa crescer, amadurecer.    RESPONSABILIDADE… No coração da masculinidade madura está um senso de responsabilidade… Esta palavra pretende enfatizar que a masculinidade é uma posição dada por Deus para o bem de todas as suas criaturas, não um direito para os homens agirem para sua própria exaltação ou satisfação do ego. É menos uma prerrogativa do que um chamado. É um dever, uma obrigação e um encargo.    BENEVOLENTE… No coração da masculinidade madura está um senso de responsabilidade benevolente Esta palavra – benevolente – pretende destacar que a responsabilidade da masculinidade é para o bem (a edificação, a santificação) da mulher. A RESPONSABILIDADE BENEVOLENTE VISA A ELIMINAR todo autoritarismo auto-engrandecedor (cf. Lucas 22.26: “Entre vocês, porém, será diferente. Que o maior entre vocês ocupe a posição inferior, e o líder seja o servo.”). “Benevolência” destina-se a descartar qualquer atitude que faça a mulher se sentir diminuída ou menosprezada em vez de honrada e valorizada (cf. 1Pedro 3.7: “Da mesma forma, vocês, maridos, honrem sua esposa. Sejam compreensivos [conheça bem a mulher] no convívio com ela, pois, ainda que seja mais frágil que vocês [tratando-a com parte mais frágil], ela é igualmente participante da dádiva de nova vida concedida por Deus. Tratem-na de maneira correta [com honra, com dignidade], para que nada atrapalhe suas orações.”). A PALAVRA “BENEVOLENTE” TAMBÉM PRETENDE SINALIZAR que a masculinidade madura dá expressão apropriada à Regra de Ouro nos relacionamentos homem-mulher (cf. Mateus 7.12: “Em todas as coisas façam aos outros o que vocês desejam que eles lhes façam. Essa é a essência de tudo que ensinam a lei e os profetas.”).

3.    Crise de liderança    -    Homens devem ser como Deus os designou. Não podemos nos deixar enganar pela filosofia deste mundo, que gerou homens frágeis, caricatos e incapazes de cumprir um papel importante na sociedade. O homem de verdade se veste como homem (Dt 22.5), pensa com maturidade (1Co 13.11), faz uso da força física quando necessário (Êx 2.16-19) e é forte e corajoso (Js 1.6).   Biblicamente falando, a cura para essa crise também está no papel dos mais velhos em ensinar os mais novos (Tt 2.2-5). Os pais devem incutir em seus filhos homens o modo correto de se portar com masculinidade diante dos cenários que se desenham na vida de um rapaz. Como já observado, em tempos pós-modernos, multiplicam-se os desafios para uma liderança nos moldes bíblicos. Entre os obstáculos a serem vencidos, destacam-se: o relativismo cultural, que despreza as leis divinas e condiciona à verdade a consciência humana, que considera tudo igualmente válido e despreza os valores absolutos; o patrulhamento ideológico, que desqualifica quem pensa diferente; e o cerceamento da liberdade de expressão por meio das grades do “politicamente correto”. Somado a tudo isso, muitos homens estão acovardados e negligenciam o seu papel de líder pelo temor de serem mal compreendidos ou de serem alvos da “cultura do cancelamento”. Contudo, um líder autêntico não vacila por causa da opinião popular. Se determinada posição é bíblica, um bom líder não pode hesitar simplesmente porque outros não aprovam.

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                III.   BOAZ: SÍMBOLO BÍBLICO DE MASCULINIDADE

1.   Modelo de generosidade   -   Muitos homens na Bíblia ficaram conhecidos por serem grandes guerreiros, profetas ou reis. Mas Boaz foi diferente. Ele ficou conhecido por sua vida normal, mas exemplar. Uma vida discreta também pode ser extraordinária.  Boaz era um fazendeiro abastado, que morava em uma pequena vila chamada Belém. Ele não era guerreiro nem político influente, mas ele era respeitado na sua terra. Porquê? Por que ele era temente a Deus.  Na época de Boaz não havia rei sobre Israel e cada pessoa fazia o que queria. O pecado e a maldade eram generalizados. Mas Boaz escolheu servir a Deus.   Boaz também era rico de coração! Ele não só deu um emprego a Rute mas também garantiu que ela tivesse comida de sobra. Durante toda a época da colheita Boaz garantiu o sustento de Rute e Noemi.   Boaz não contava as moedas quando ajudava os outros! Ele estava mais preocupado com o bem-estar da Rute que com o lucro de sua fazenda. Boaz não guardou a bênção financeira de Deus só para si.  Não é preciso ser rei para ter a atitude de um bom rei. Podemos ser generosos com nosso dinheiro, nossos recursos, nosso tempo, nosso amor... O verdadeiro rico é aquele que é rico em generosidade.   A matemática do mundo é reter, é guardar, é juntar, é poupar para você ter. Você tem que poupar sim. Todavia, a matemática de Deus é diferente, na matemática do Senhor quanto mais nós damos mais nós iremos ter. ESSE É O PRINCÍPIO DA SEMEADURA E COLHEITA. Eu abençoo depois eu sou abençoado. Eu sou generoso depois eu vou receber a generosidade de volta. E em uma porção muito maior. Em Provérbios 11:25 também diz que: “A alma generosa prosperará,”. De acordo com esse texto quem é que vai prosperar? Aquele que for generoso. Quantas oportunidades nós perdemos de sermos generosos. Quantas oportunidades nós perdemos de marcar a vida de alguém. Quantas oportunidades nós perdemos de sermos lembrados por alguém de uma maneira positiva. Existem oportunidades que não voltam nunca mais na nossa vida. Elas passam e acabou. Por isso não perca a oportunidade de ser um Boaz na vida de alguém. Não perca a oportunidade de abençoar e de ser generoso.

2.    Modelo de responsabilidade   -   Etimologicamente, o termo “responsabilidade” tem origem no latim responsabilitatis e significa “caráter ou estado de responsável. Obrigação geral de responder pelas consequências dos próprios atos ou pelos dos outros [...] que deve prestar contas de suas ações”. 107 Nessa concepção, a ética cristã estabelece uma estreita ligação entre o caráter virtuoso e a responsabilidade moral. Carl Henry (2007, p. 519) apresenta a seguinte definição: Responsabilidade e moralidade são inseparáveis. Uma não pode existir sem a outra. Uma filosofia mecanicista ou comportamentista não admite nenhuma delas. Outros filósofos fazem diferença entre elas com respeito às bases ou naturezas de obrigação. [...] O cristianismo, é claro, baseia a responsabilidade na imposição dos mandamentos do criador.   Nesse aspecto, Boaz encontrava-se diante de um impasse moral com a legislação vigente, isto é, o casamento do levirato determinado por Moisés. Boaz comprometeu-se em resgatar Rute e a herança de Elimeleque; contudo, ele estava ciente de que a responsabilidade de casar-se com a moabita era de um parente mais próximo que ele (Rt 3.12,13). O Dicionário Wycliffe (2006, p. 390) arrazoa: O casamento de uma viúva sem filhos com o irmão de seu marido era um costume antigo praticado na época dos Patriarcas (Gn 38.8) que mais tarde foi incorporado à lei de Moisés (Dt 25.5-10). [...] Era preciso que um irmão ou parente próximo do sexo masculino gerasse uma semente em nome do falecido. Se essa obrigação era negada, a viúva poderia expor essa pessoa à execração pública.
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

https://www.burkeinstituto.com/blog/homem/homens-de-verdade-3-principios-para-resgatar-a-masculinidade/

https://www.ebaronline.com.br/single-post/2016/09/01/a-lideran%C3%A7a-de-um-homem

http://faculdadebetania.com.br/revista/abril2019/homossexualidade-_uma_perspectiva_crista__ana_e_fred.pdf



quinta-feira, 20 de julho de 2023

LIÇÃO 05 - A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.




                        TEXTO ÁUREO

"E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus." (Lc 1.31)


                        VERDADE PRÁTICA

A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a Vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte infantil intrauterina do presente século.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 1. 26-33; 39-45 ( explicação Comentário Aplicação Pessoal Vol. 2 - Editora CPAD)


 Vv. 26-27   -  ... Desposada com um varão chamado José - Nos antigos tempos os casamentos judeus, a palavra DESPOSADA ou COMPROMETIDA tinha um significado diferente do de hoje. Em primeiro Lugar, as duas famílias concordavam com a união e negociavam o noivado, que incluía um preço pela noiva, que deveria ser feito um comunicado público. A esta altura o casal já estava COMPROMETIDO entre si. A esta altura, mesmo que o casal não estivesse oficialmente casado, o seu relacionamento só poderia ser dissolvido por meio da morte ou do divórcio. As relações sexuais ainda não eram permitidas.

Vv. 30-33    -  ... Será grande e será chamado Filho do Altíssimo  - Jesus, uma forma grega do nome hebreu Josué, era um nome comum que significa YAHWEH (jeová Salva). Da mesma maneira como Josué tinha conduzido Israel até a terra prometida.; Jesus também iria conduzir o seu povo à vida eterna. Em nome de Jesus as pessoas seriam curadas, os demônios seriam expulsos e os pecados seriam perdoados.

Vv. 42-45   -   Isabel ainda não tinha nem mesmo ouvido a notícia de que Maria estava grávida. Ela pronunciou palavras que lhe foram transmitidas pelo Espírito quando reconheceu a condição Bendita de Maria, sabendo que Maria tinha sido especialmente escolhida por Deus, tanto quanto tinha ela tinha sido. A saudação de Isabel certamente fortaleceu sua fé. A gravidez de Isabel pode ter parecido impossível, mas ela como uma sábia prima acreditou na fidelidade de Deus e alegrou-se com a condição de Maria. O Espírito também mostrou a Isabel a identidade do Filho de Maria, pois ela soube que esta criança também era bendito - o Filho de Deus, o Messias prometido, com uma identidade única e um papel a desempenhar.

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                                            INTRODUÇÃO

De acordo com a Bíblia, a vida começa na concepção; como o Salmo 139:13-16 nos diz:  Pois você criou meu ser mais íntimo; tu me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque fui feito de forma espantosa e maravilhosa; seus trabalhos são maravilhosos, eu sei muito bem disso. Minha estrutura não estava escondida de você quando fui feito no lugar secreto, quando fui tecido nas profundezas da terra. Seus olhos viram meu corpo informe; todos os dias ordenados para mim foram escritos em seu livro antes que um deles viesse a existir. A sociedade secular ensina que a vida não começa até que a criança nasça, e alguns chegam ao extremo de que a vida não começa até que a criança seja capaz de viver sem a ajuda de sua mãe.  Apesar dessas diferentes visões, a Bíblia nos diz que a vida começa na concepção. Assim que um bebê é concebido, o bebê é uma pessoa real e deve ter todos os mesmos direitos que uma pessoa.  Com tópicos como a derrubada de Roe v. Wade (EUA) nos últimos meses, muitos adeptos pró-escolha defendem que a vida não começa na concepção. Este tipo de ponto de vista não é bíblico ou correto. Argumentar que um bebê não nascido não está vivo é um argumento cheio de erros.  Assim que um bebê é concebido, sua vida começou e continuará até que ele morra. Infelizmente, muitos adeptos pró-escolha não têm nenhum problema em abortar um bebê indefeso porque estão convencidos de que não é uma pessoa real.  A Bíblia nos diz claramente que cada pessoa é feita à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Isso significa que desde o momento em que uma criança é concebida, a criança é feita à imagem de Deus. Portanto, abortar um bebê é o mesmo que matar uma pessoa feita à imagem de Deus.

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                    I.   A CONCEPÇÃO DE CRISTO

1.   O anúncio do nascimento   -  O anúncio faz referência à profecia messiânica de Isaías: “eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Explicita-se que o termo “virgem” usado pelo profeta, no vernáculo original, é almah. Acentua-se que os adversários da concepção virginal de Cristo alegam que essa palavra (almah) pode também ser indicativo de mulher casada. Eles ainda verberam que, se o profeta quisesse anunciar a figura de uma virgem, deveria ter usado o termo hebraico betulah em lugar de almah. No entanto, Campos (2014, p. 415-417) avaliza que o termo betulah também pode referir-se à mulher casada, viúva e outras classificações que identificam alguém com experiências sexuais. Por essa razão, o profeta Isaías, sob a orientação do Espírito Santo, fez uso do termo almah, que apropriadamente identifica uma moça jovem (donzela) ainda virgem. Nesse aspecto, é importante frisar que “a palavra almah é o termo mais restritivo que se refere a uma jovem mulher de virgindade biológica”. Destaca-se, ainda, que o detalhe geográfico registrado por Lucas, em que o anúncio fora dado em “uma cidade da Galileia, chamada Nazaré” (Lc 1.26), possui alto valor profético, pois o Cristo viveria em Nazaré e seria chamado “nazareno” (ver Mt 2.23). O texto lucano, de igual forma, é objetivo em ressaltar a virgindade da donzela ao repetir “uma virgem desposada” e “o nome da virgem era Maria” e, ainda, em enfatizar a descendência de José “da casa de Davi” (Lc 1.27). Essas informações integram as profecias messiânicas e tornam fidedigno o relato bíblico (Is 7.14; Sl 89.3,4).

2.   A miraculosa concepção   -   Sendo assim, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, p. 49) assim ratifica: Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas e anunciado de antemão pelo profeta Isaías, e que ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria. A doutrina do nascimento virginal de Cristo sustenta que seu nascimento foi  resultado de uma concepção miraculosa, por meio da qual a Virgem Maria concebeu um bebê em seu útero pelo poder do Espírito Santo, sem um pai humano. O nascimento miraculoso de Cristo nos diz muito sobre sua natureza. O fato de ter nascido de uma mulher demonstra que ele era realmente humano e que se tornou um de nós. A humanidade de Cristo, contudo, não era precisamente como a nossa. Nós nascemos com o pecado original – Cristo, não. 

3.   A bênção do nascimento   -   Nessa perspectiva, o nascimento de filhos é uma recompensa divina (Sl 127.3). F. F. Bruce (2008, p. 911) enfatiza que “a família é confirmada como unidade básica da sociedade, propositadamente planejada por Deus para ser fonte de conforto e energia e, por outro lado, esfera de responsabilidade”. Contudo, sem o dom da fertilidade, um ventre estéril torna-se obstáculo para a maternidade (Gn 30.1,2). Acerca disso, Elaine Neuenfeldt (2007, p. 3) descreve que, na cultura judaica: A infertilidade é extremamente negativa para as mulheres. As situações de infertilidade sempre estão rodeadas de conflitos entre as mulheres: Sara é infértil enquanto que Hagar engravida de Abraão (Gn 16); Raquel tem ciúme de Lia, pois esta engravida dando descendência a Jacó (Gn 30); Ana é infértil e por isso, tem conflitos com Penina, a outra mulher de Elcana (1 Sm 1). 

    1. Este foi o único nascimento em que o bebê já existia antes (Jo 8.58).
    2. Este foi o único nascimento em que nenhum pai terreno esteve envolvido (Lc 1.35).
    3. Este foi o único nascimento em que a mãe era uma virgem (Lc 1.34).
    4. Este foi o único nascimento em que Deus tomou para si mesmo um corpo humano (Jo 1.14).
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                        II.    A CULTURA DA MORTE

1.   O projeto ideológico   -  A eugenia é um movimento social que apoia o suposto aprimoramento da população humana por meio da reprodução seletiva e outros meios. Foi originalmente desenvolvida por Francis Galton, um primo de Charles Darwin, e baseia-se na teoria da evolução de Darwin. A palavra eugenia significa literalmente “bom nascimento” e vem de uma palavra grega que significa “bem nascido, de boa linhagem, de raça nobre”. O objetivo da eugenia é tornar o mundo (ou pelo menos um país) um lugar melhor, guiando o curso da reprodução humana e “purificando” o fundo genético. Os eugenistas defendem a triagem genética, o controle da natalidade, a segregação, o transumanismo, a eutanásia, a esterilização compulsória, a gravidez forçada e o aborto. A eugenia era praticada abertamente nas primeiras décadas do século 20 em muitos países, incluindo os Estados Unidos. Várias leis estaduais foram aprovadas permitindo a esterilização forçada de pessoas institucionalizadas. Tal lei na Virgínia sobreviveu a uma contestação do tribunal, com o juiz da Suprema Corte Oliver Wendell Holmes Jr. escrevendo na decisão: “É melhor para todo o mundo se, em vez de esperar que filhos degenerados sejam executados pelo crime, ou deixá-los morrendo de fome por causa de sua imbecilidade, a sociedade puder evitar que aqueles que são manifestamente inadequados perpetuem a sua espécie” (Buck v. Bell, Suprema Corte, 274 US 200, decidido em 2 de maio de 1927). Após a Segunda Guerra Mundial, a eugenia com esse nome caiu em desgraça quando a extensão das atrocidades nazistas se tornou conhecida. Biblicamente, existe apenas uma raça – a raça humana – com todos os descendentes de Adão e Eva. A discriminação racial e a superioridade étnica vão contra a própria natureza de Deus: “Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável” (Atos 10:34-35). 

A eugenia não é comumente chamada por esse nome hoje, mas a filosofia subjacente ainda é evidente na genética médica. O rastreamento genético e a manipulação de genes fetais de hoje são vestígios da eugenia. Quando um possível defeito genético é diagnosticado em um feto, alguns casais optam por abortar o bebê. Os nascituros com síndrome de Down são um exemplo: nos Estados Unidos, cerca de 67% dos nascituros com diagnóstico de síndrome de Down são abortados; na França, 77 por cento; na Dinamarca, 98%; e na Islândia quase 100 por cento (“’Em que tipo de sociedade você quer viver?’: Dentro do país onde a síndrome de Down está desaparecendo,” cbsnews.com/news/down-syndrome-iceland, acessado em 22/06/20). Tudo isso é eugenia por um nome diferente, pois as pessoas continuam a tentar identificar e eliminar o material genético que consideram “impróprio” ou indesejável. A eugenia é um experimento de engenharia social sem mérito e imoral. É uma ladeira escorregadia em que os cientistas loucos de Chesterton anulam a autoridade de Deus e procuram criar sua própria utopia na Terra. Séculos atrás, Jó lamentou o mal de seus dias: “De madrugada se levanta o homicida, mata ao pobre e ao necessitado, e de noite se torna ladrão” (Jó 24:14). Este é o papel do eugenista: matar os pobres e necessitados e aqueles que ele considera “indignos”, prevenir uma “má qualidade de vida” (em sua avaliação) ao escolher tirá-la, negando a liberdade dos homens e brincando de Deus.

Em contraste direto com a eugenia, a Bíblia nos diz para defendermos os fracos e desfavorecidos: “Socorrei o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios” (Salmo 82:4); “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal” (Salmo 41:1; veja também Mateus 25:35–36; Atos 20:35). Matar os desfavorecidos, abater aqueles que os mais afortunados determinam como “ineptos” para a vida ou eliminar os fracos é algo completamente ímpio.

2.   O direito sobre o corpo   -   A liberdade em Cristo é uma verdade enfatizada por Paulo (Gl 5.1-13; Rm 6.14). O apóstolo havia ensinado isso aos coríntios, mas eles tinham pervertido a verdade para justificar os atos imorais praticados.   Outro argumento que talvez usassem para fundamentar a atitude em relação ao sexo era o filosófico. Justificavam-se, dizendo que assim como comer era uma função biológica, praticar o sexo também o era. Tal argumento combina com a permissividade dos nossos dias?   Como muitos fazem hoje, os crentes de Corinto racionalizavam o pecado. Eram inteligentes e encontravam boas razões para praticar as coisas erradas. Além do mais, viviam numa sociedade imoral, onde a promiscuidade era tolerada.   Por essa razão, o apóstolo exprime-lhes o princípio da liberdade cristã, contido no versículo 12, e fala do que é permitido, conveniente, e da necessidade do autocontrole.  “Todas as coisas me são lícitas” pode ter sido uma máxima que os coríntios usavam para justificar a conduta promíscua. Entretanto, o padrão de conduta do cristão não é estabelecido pela lei. “Mas nem todas convêm” quer dizer que nem tudo é útil ou aconselhável. Se é verdade que o cristão não é privado de fazer certas coisas, também é verdade que não pode estar desatento às questões morais. “Mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”Essa frase enriquece o princípio e lhe dá o sentido prático. O crente é livre para fazer o que lhe agrada, porém, é necessário não se deixar dominar por nada que seja inconveniente. Noutra epístola, o apóstolo Paulo adverte: “O pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6.14).

3.   A prática do aborto   -   Meredith Kline observa: “O que há de mais importante a respeito da legislação do aborto na lei bíblica é que não há legislação nenhuma. Era tão inconcebível que uma mulher israelita pudesse desejar um aborto que não havia necessidade de mencionar esse crime no código penal”. Tudo o que se precisava para proibir o aborto era o mandamento “Não matarás” (Êxodo 20:13). Todo israelita sabia que o nascituro era uma criança. Assim como nós sabemos, se formos honestos. Nós todos sabemos que uma mulher grávida está “carregando uma criança”.   Toda criança no ventre é obra de Deus e faz parte do seu plano. Cristo ama essa criança e provou isso, tornando-se semelhante a ela – ele mesmo passou nove meses no ventre de sua mãe. Assim como os termos criança e adolescenteembrião e feto não se referem a seres não humanos, mas a seres humanos em diferentes estágios de desenvolvimento. É cientificamente incorreto dizer que um embrião humano ou um feto não é um ser simplesmente porque ele está em uma fase mais prematura do que uma criança.   O direito à vida não aumenta com a idade e o tamanho; caso contrário, as crianças e os adolescentes teriam menos direito de viver do que os adultos. Não obstante, a legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez resultante de estupro, o aborto terapêutico e nos casos de anencefalia do feto, estabelecido pela Suprema Corte. Além disso, tramita no STF uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para que o aborto seja permitido em qualquer caso até a 12ª semana de gestação. Nesse aspecto, ratifica-se que os movimentos pró-aborto, estrategicamente, a fim de sensibilizar a opinião pública, conduzem o debate como se a interrupção da gravidez fosse uma questão de saúde pública, de direitos reprodutivos da mulher. Aqui convém enfatizar que a posição cristã, que é contrária ao aborto, não significa insensibilidade às dificuldades e à complexidade de uma gravidez indesejada, e sim que, a despeito das decisões humanas, a verdade bíblica quanto à defesa da vida não pode ser relativizada.

Na Faculdade de Medicina, certo professor propôs a sua classe a seguinte situação: baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis, e ela de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego; o segundo morreu; o terceiro nasceu surdo; o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho aconselhariam a tomar? Com base nos fatos apresentados, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então, disse aos alunos: Se disseram sim à idéia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven. Seu pai, realmente, era sifilítico, sua mãe tuberculosa, seu primeiro irmão cego de nascença, o terceiro surdo e o quarto tuberculoso, sendo que o segundo morreu logo depois do nascimento.

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                    III.   A SACRALIDADE DA VIDA

 A vida humana é sagrada. Não pertence a nós, pertence ao Criador. Deus fez homem e mulher de modo singular, diferente do restante da criação. Primeiro, soprando em suas narinas o fôlego da vida (Gn 2.7). Nenhum animal teve este privilégio. Segundo, colocando toda a criação debaixo do domínio do homem: Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, etc (Gn 2.26). Terceiro, criando homem e mulher à sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26,27). Os animais foram criados “segundo a sua espécie”, todos de uma só vez. Já o ser humano foi uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da criação do homem a Trindade se reúne e delibera (no plural): Façamos o homem à nossa imagem. Veja os textos abaixo. Eu grifei as expressões que dignificam e sacralizam a vida humana.

 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1.26,27

 “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.” Gênesis 5.1,2

 “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” Gênesis 9.6

 “… que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.” Salmo 8.4,5

 “… o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus” 1 Coríntios 11.7

 “Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” Tiago 3.9

 Repare em Gênesis 9.6 o motivo pelo qual nós não podemos tirar a vida de alguém: “porque Deus fez o homem segundo a sua imagem”. Por isso, não podemos tirar a vida do próximo. Atentar contra a vida do meu semelhante é, em primeira instância, atentar contra Deus, pois o meu próximo carrega consigo a imagem e a semelhança do Criador.     Por consequência, quando um aborto é realizado, a vítima do assassinato é uma criança que traz em si a imagem e semelhança de Deus. Isso é sério.

2.    O começo da vida    Este assunto sempre suscita a pergunta: Quando começa a vida? A ciência não tem uma resposta consensual. Há aqueles que admitem começar na fecundação; há os que apontam para o período entre o 7º e o 10º dia, quando ocorre a fixação do óvulo fecundado no útero; há os que defendem começar na 3ª semana de gestação, quando o embrião pode se dividir dando origem a outros indivíduos e, por fim, há os que marcam o início da vida somente após a 8ª semana de gravidez, com o início da atividade cerebral.    O curioso é que quando a ciência encontra uma bactéria na lua a considera como vida, sem hesitar. Curioso também é que a ciência não tem valores absolutos. O que é verdade hoje pode não ser amanhã. Portanto, é necessário cautela.    Neste assunto, o referencial mais seguro é a Palavra de Deus. Nela nós temos evidências de que a vida começa na fecundação. Veja os textos abaixo que mostram vida já no ventre das mães:

Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao Senhor.” Gênesis 25.22

“Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão…” Gênesis 25.23

“… porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus” Juízes 13.5

“… porque o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte” Juízes 13.7

“Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe…” Juízes 16.17

“As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres, agora, reduzir-me a pó? Porventura, não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.” Jó 10.8-12

“Aquele que me formou no ventre materno não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?” Jó 31.15

“A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus” Salmo 22.10

“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” Salmo 51.5

  “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão” Salmo 127.3.

 “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe” Salmo 139.13-16.

 “Assim diz o Senhor, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo meu, ó amado, a quem escolhi.” Isaías 44.2

 “Assim diz o Senhor, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o Senhor, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra…” Isaías 44.24

 “Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno.” Isaías 46.3

 “… porque eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno.” Isaías 48.8

 “Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome.” Isaías 49.1

 “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo…” Isaías 49.5

 Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Jeremias 1.5

 “Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente?” Jeremias 20.17

 No ventre, pegou do calcanhar de seu irmão; no vigor da sua idade, lutou com Deus” Oséias 12.3

 “Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.” Lucas 1.15

 “Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.” Lucas 1.41-44

 Repare que os textos não deixam dúvida de que a vida começa no ventre materno. Portanto, pílulas do dia seguinte ou qualquer outro método abortivo atentam contra uma vida que já está presente, conhecida e criada por Deus.

 3.    A posição cristã   -    Segundo a tradição judaico-cristã, a vida é sagrada, não por motivos biológicos, mas por Deus ser o protagonista de sua origem e de sua existência. Somente Ele é senhor sobre vida e morte. Para o homem bíblico, Deus é o Deus da vida. Por isso, na ética judaico-cristã, a vida humana é inviolável em qualquer circunstância, valendo o mandamento: “Não matarás!” Quando se abrem exceções, abre-se um perigoso precedente, que poderá significar um caminho sem volta, no qual está ameaçada a sacralidade da vida humana em geral. Tudo indica que aquilo que é sabedoria nas grandes religiões orientais e que funda na revelação de Deus a tradição judaico-cristã tem base no bom senso e na sadia racionalidade humana, pelo menos tanto ou mais quanto posições divergentes. Por isso, a tecnociência é meio que deve estar a serviço do homem e não vice-versa.

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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

Comentário Aplicação Pessoal, Vol.2 - Editora CPAD

Comentário Bíblico N. T. Warren W. Wiersbe - Editora Hagnos. 

https://www.cacp.app.br/a-biblia-apoia-a-eugenia/

https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/etica/de-quem-e-o-meu-corpo/


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