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terça-feira, 22 de novembro de 2022

LIÇÃO 10 - A RESTAURAÇÃO NACIONAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                        TEXTO ÁUREO

"E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades." (RM 11.26).


                    VERDADE PRÁTICA

A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 37.1-14 ( explicação comentário bíblico Warren Wiersbe)


V. 01 -  Ele me levou pelo Espírito. A mão de Yahweh agiu para dar ao profeta a visão dos ossos secos. Ver no Dicionário o artigo chamado Mão, e em Sal. 81.14. Ver sobre mão direita, em Sal. 20.6, e sobre braço, em Sal. 77.15 e 98.1. A mão poderosa do Senhor levou Ezequiel para certo vale, em visão, naturalmente. Cf. o vale de Eze. 3.23, que talvez estivesse na mente do autor quando compôs este texto. Aquele vale tornou-se um lugar de revelação. O profeta enfrentou uma cena horripilante da morte. Desastres tinham tomado conta de Judá quando o exército babilónico a aniquilou. Uma nação inteira tornou-se uma massa de ossos secos sob os raios do sol implacável que os secava e branqueava. Os ossos estavam mortos, em todos os sentidos da palavra 

V. 02 -  E me fez andar ao redor deles. Ezequiel fez um circuito no vale. Os ossos secos não foram empilhados, mas espalhados sobre uma área considerável. Assim, o profeta levou algum tempo para atravessar aquela área. O que ele viu foi uma coisa só: morte e destruição, inumeráveis ossos dos mortos ressecados e branqueados pelo sol. O desespero reinava naquele lugar miserável. Não havia nenhum potencial de vida. Os ataques e cativeiros da Babilônia haviam conseguido a quase extinção de Judá, e o profeta, vendo o vale, teria dito que a extinção do povo fora absoluta. Somente a obra especial da graça de Deus poderia reverter aquela situação. Afinal, a salvação provém da graça, embora exija a cooperação do homem para aceitá-la. Conduza, Luz Gentil, dentre a negra escuridão Conduza-me à frente. A noite está escura e longe de casa estou, Conduza-me à frente. Mantenha os meus pés; não peço para ver A distante cena; Um passo apenas, o bastante para mim. (John H. Newman)

V. 03Acaso poderão reviver estes ossos? Todos nós, de vez em quando, nos encontramos em armadilhas, como aquele pequeno remanescente cativo na Babilônia. Judá estava absolutamente impotente. As circunstâncias eram desesperadoras. Às vezes, nós nos vemos em circunstâncias totalmente além do nosso potencial de modificação. Sim, às vezes, entramos no vale de ossos secos, um limbo de desolação, sem nenhum raio de luz. Então, Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) entra em cena e opera um milagre que nos surpreende. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! Este titulo divino é usado 217 vezes neste livro, indicando que há um Soberano que age neste mundo, modificando as coisas que, supostamente, não podem ser mudadas. A Providência de Deus é capaz de tudo. O Criador não abandonou Sua criação, mas está presente para intervir. Realizar obras inesperadas é a Sua especialidade.

V. 04Profetiza a estes ossos. Yahweh mandou Ezequiel “profetizar sobre os ossos” (o hebraico literal), significando “o que vai acontecer com eles”. A profecia carregava com ela o poder do Senhor e, certamente, seria cumprida. Os ossos secos (Judá na Babilônia) ouviriam logo a palavra de poder que os entregaria à sua “morte viva”. A Vida que Vem da Morte. A seção de abertura deste capitulo figura entre as mais importantes da Bíblia. O pregador voltará a ela repetidamente, porque é rica em sugestões e porque a inspiração de Deus brilha nela. O que o profeta falou, aconteceu e pode ser comprovado historicamente, embora na época de seu pronunciamento esperar a realização da profecia fosse ato de uma imaginação ativa. Mas o fato é que o Poder de Deus entrou na história e mudou seu curso. “Por causa do poder inerente da Palavra Divina para cumprir seus propósitos, os profetas, pronunciando aquela palavra, eram capazes de efetuar maravilhas (Jer. 1.10)” (Fausset, n loc.)

V. 05 Assim diz o Senhor Deus:... Farei entrar o espírito em vós, e vivereis. AdonaiYahweh (o Soberano Eterno Deus) coloca Sua força todo-poderosa por trás de Suas palavras. Como Soberano, no dia da criação, soprou no barro e fez uma criatura viva, assim agora, soprando sobre os ossos secos, os fará viver. Um novo ato criativo animará os ossos mortos. O Criador intervém na Sua criação, um fator principal da doutrina do teísmo (ver a respeito no Dicionário). Em contraste, o deísmo ensina que o Criador (uma força pessoal ou impessoal) abandonou Sua criação ao governo das leis naturais. Cf. Gên. 2.7; 6.17 e 7.22. Ver Eze. 37.14, onde a palavra hebraica ruah (sopro, espírito) refere-se ao Espírito de Deus. Nova vida é o trabalho do Espírito. Ver também Sal. 104.30

Vv. 06 - 08 -  A Notável Lição Espiritual. Os mortos podem ser reanimados pela palavra de poder de Yahweh, e isto se aplica a nações e indivíduos. Estes versículos não falam diretamente sobre a imortalidade da alma, nem sobre o tema geral da ressurreição, mas o milagre no Vale de Ossos Secos apóia ambas as doutrinas. Há vida depois da morte biológica. Ver no Dicionário os artigos chamados Alma, Ressurreição e Imortalidade. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete intitulado Imortalidade. . Sabereis que eu sou o Senhor. Yahweh ficou conhecido pelo milagre da ressurreição. Este tema se repete 63 vezes no livro, normalmente associado à idéia de julgamento, mas, às vezes, como aqui, à restauração. Cf. Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11 e o vs. 13 do presente capítulo. Então profetizei segundo me fora ordenado. Ezequiel obedeceu às ordens de Yahweh e Ele deu o comando da vida, através de sua profecia. Imediatamente, o profeta ouviu o ruído dos ossos chocalhando e, quando olhou, todos se tinham ajuntado, formando esqueletos perfeitos. Ao mesmo tempo, a carne voltou aos esqueletos e logo houve, em toda parte, espécimes maravilhosos de seres humanos. Ainda não eram animados, mas a obra se completaria em breve. Foi um milagre magnificente, mas não mais do que aquilo tipificado: a restauração dos ossos secos (exílios) no cativeiro babilónico. Idéias sobre o Ruído. 1. O barulho de um terremoto; 2. os gritos dos judeus ao ouvir o decreto de Ciro que os liberou para voltar a Jerusalém; 3. Uma grande voz dos céus comandando a ressurreição; 4. a voz de anjos, agentes de vida; 5. a trombeta de Deus. Melhor, o 

barulho era, simplesmente, o som dos ossos se ajuntando para fazer esqueletos viáveis.

V. 09 Bem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes m ortos, para que vivam. Foi necessário outro milagre para completar o processo da revivificação. O ruah do Espírito entrou nos corpos e os animou. Alguns intérpretes preferem a tradução vento, e acham que os quatro ventos, à ordem de Yahweh, restauraram srael. Os exilados voltaram dos quatro cantos da terra e se reuniram em Jerusalém. Houve restauração total. Cf. Zac. 2.6, Mas a alusão principal é ao capítulo 1 de Gênesis, o ato criativo de Deus. Por Seu sopro, Yahweh deu vida ao barro, fazendo do inanimado animado. Cf. também Eze. 36.27 e os vss. 4 e 5 do presente capítulo. “Eles recebem o sopro e tornam-se criaturas vivas como em Gên. 1.20-21,24 e 2.7, onde se encontra a mesma expressão” (Ellicott, in loc.). Dos quatro ventos. O autor mistura as metáforas. O ruah agora se origina dos quatro ventos, não da boca de Yahweh, como em Gên. 1. Aqueles ventos falam da restauração dos israelitas de todos os lugares onde foram exilados ou vaguearam. Cf. Isa. 43.5-6 e Jer. 31.8. Foram espalhados para as quatro direções pelos ventos (Eze. 5.10; 12.14; 17.21; Apo. 7.14) e era justo que os mesmos ventos os trouxessem de volta para casa.

V. 10 -  Profetizei como ele me ordenara. Este versículo repete, essencialmente, as declarações do vs. 9: o que foi ordenado naquele versículo é efetuado neste. A profecia que dá vida se mostrou efetiva. Os esqueletos, juntamente com seus corpos perfeitos, de súbito se tomaram seres vivos, e os ossos secos foram assim revivificados. Os cativos se animaram e transformaram-se num vasto exército, pronto a marchar de volta para Jerusalém. O Novo Israel (histórico) recomeçou tudo e tomou-se um antegozo de maiores acontecimentos no dia escatológico. O poder revolucionário de Deus criou e contínua criando. A restauração nacional de Israel apóia as doutrinas de imortalidade e ressurreição. Cf. Isa. 25.8; 26.10; Dan. 12.2; Osé. 6.2 e 13.14.

V. 11 -  Estes ossos são toda a casa de Israel. A casa de Israel (ver Eze. 3.1,3,5; 4.3) era uma grande massa de ossos secos espalhados em toda a parte do vale, isto é, a Babilônia. Não houve mais vida; toda a esperança se perdeu; a nação inteira foi “cortada fora”, isto é, morreu violentamente. Os babilônios, mais uma vez, tinham cometido genocídio. Estamos de todo exterminados. “Os sobreviventes sabiam que suas esperanças nacionais tinham sido esmagadas. A nação inteira morreu nas chamas do ataque babilónico e não houve esperança de ressurreição” (Charles H. Dyer, in loc.). Cf. Sal. 141.7 e Isa. 49.14. A árvore cortada foi separada das suas raízes e, assim, caiu e morreu.

V. 12 -  Eis que abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair delas. Neste trecho, o autor utiliza uma nova figura. Os ossos do vale tornam-se esqueletos nos seus sepulcros. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) emprega Seu poder imenso para abrir os sepulcros e chamar para fora os esqueletos. No processo de sair, eles se animam e tomam-se criaturas vivas. Uma restauração nacional foi realizada pelo milagre da graça que somente o poder de Deus podia efetuar. Através da ressurreição, o povo que vagueava volta para ser o povo escolhido de Deus, florescendo na sua Terra, no seu Lar. Um novo ciclo da história se iniciou, antegozando acontecimentos que serão ainda mais espetaculares nos últimos dias, no Reino do Messias. Afinal, Israel tornar-se-á um povo realmente distinto entre as nações (ver este ideal em Deu. 4.4-8). A renovação é completa: fisica, moral e espiritual. O sopro do Espírito era (é) o agente desta revolução de vida. Cf. Eze. 36.24-28 e João 5.25,28-29. A fidelidade de Yahweh estava vinculada aos pactos por Ele firmados. Sem sua Terra, a nação de Israel não poderia continuar existindo. Ó povo meu. ... Estou com eles e eles são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Eze. 34.30). Cf. Eze. 11.20; 36.27 e Jer. 30.22.

V. 13 -  Sabereis que eu sou o Senhor. Pela restauração nacional, Israel-Judá conhecerá Yahweh melhor, de uma maneira nova e especial. Este tema se repete 63 vezes neste livro, normalmente associado ao julgamento, mas, às vezes, como aqui, à idéia de restauração. Ver Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11. Ver no Dicionário o artigo chamado Providência de Deus. Ó povo meu. Ver as notas sobre esta frase no vs. 12

V. 14 -  Poreis em vós o meu Espírito, e vivereis. O poder que dá vida, que efetuou a ressurreição nacional, é identificado como o Espírito de Deus. Assim devemos equiparar o ruah (vento) dos vss. 5 e 9 ao ruah (Espírito). Este versículo mostra que a renovação foi espiritual, não meramente física. O povo recebeu de volta a sua Terra, mas também foi transformado para ter um andar digno de sua chamada, obedecendo à lei de Moisés. Cf. Eze. 36.27. “A ressurreição moral do povo e a restauração à sua Terra foram intimamente associadas, Cf, esta idéia a uma associação semelhante (o espirito com o físico) em João 5.21-29” (Elíicott, in te.).


                            INTRODUÇÃO

Mas a chave para entender este capítulo corretamente é vê-lo pelo seu contexto. Ezequiel estava prometendo ao seu povo uma mudança para sua sorte, uma nova liderança, uma terra restaurada, cidades reedifica* das, e muitos dos aspectos da era messiânica. Não é de se admirar que foi tratado com ceticismo: a queda de Jerusalém significara o colapso da fé nacional, e não iria ser restaurada tão facilmente assim. Os israelitas olhavam para as sobras espatifadas do seu povo no exílio, e somente podiam dizer: “os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança. Acaso poderão reviver estes ossos?” A resposta parece ser, inconfundivelmente: “Não.” Ezequiel, no entanto, acreditava que assim poderia acontecer. Se o propósito de Deus era restaurar Israel, Ele o faria, não importa quão grande fosse o milagre necessário. Tanto a visão quanto o oráculo dos dois pedaços de pau transmitiam esta mensagem. No caso da visão (1-14), foi demonstrado à nação que o Espírito de Deus tinha o poder de transformar o que parecia ser uma hoste de esqueletos num exército eficaz de homens, um quadro de Israel restaurado de novo à vida e cheio do Espírito. No oráculo (15-28), Ezequiel demonstra que as antigas divisões entre Israel e Judá passarão e a nova nação unirá os remanescentes dos dois povos numa só terra sob um só rei, sem sua animosidade tradicional.


            I.  SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1.  Os ossos secos (vv. 1,2) -  Na visão, o profeta se encontra arrebatado e colocado num vale (habbiqqíâ), não identificado, mas presumivelmente bem conhecido por Ezequiel, se não pela audiência, também. A partir da perspectiva de Deus, esse não era, certamente, um vale qualquer, escolhido aleatoriamente. Mais importante que a sua localização é a visão que recepciona o profeta ali: uma imensa coleção de ossos brancos, resplandecendo ao sol. Como que para assegurar o total impacto da visão sobre o profeta, Yahweh o conduz para frente e para trás ao redor dos ossos. A cena é impressionante por três aspectos. Primeiro, a oração circunstancial no final do v. 1 e a frase wèhinneh rabbôt mè ’õd realçam a perplexidade de Ezequiel ante o número extremamente alto de ossos. A importância do número deles não se tomará aparente senão posteriormente (v. 10), mas a visão sugere os restos de uma grande catástrofe. Segundo, os ossos estão na superfície do vale, à semelhança de cadáveres aos quais foi negado um sepultamento adequado e que, por isso, foram deixados para desprezíveis abutres. Na qualidade de israelita e especialmente de sacerdote, Ezequiel sabia quão importante era o tratamento adequado dos cadáveres humanos, e a imagem alterada das sepulturas nos comentários interpretativos do v. 12 iria certamente ter sido melhor recebida pelo profeta. Terceiro, o profeta fica surpreso diante da extrema secura dos ossos, a qual indica que as pessoas cujos restos eles representam deveriam ter morrido há muito tempo. A figura concretiza a falta de esperança expressa no v. 11; nenhuma força vital permanece neles. A narrativa não deixa qualquer sugestão a respeito de a quem os ossos poderiam pertencer, mas a figura é de morte com todo o seu horror, intensidade e finalidade.

2.  O significado -  O comentário do povo é um lamento, emitido em forma rítmica tripartite, consistindo, cada declaração, de duas palavras e concluindo com rimas -ênül-ãnü. ( 1) yãbèSü ‘’asmôtênü, Nossos ossos estão secos, é uma declaração metafórica, associando dois elementos comuns nas expressões de lamento dos salmos. (2) wè'ãbèdâ tiqwãtênú, nossa esperança se desvaneceu, interpreta a metáfora. A mesma expressão de desesperança foi usada a respeito da leoa, em 19.5, na perda de seu filhote. (3) nigzarnü lãnü, nós estamos destruídos, reflete o pessimismo deles. O impacto emocional de serem exterminados é pungentemente expressado no SI 88.6-15 (v. port. 3-12). O desalento dos israelitas é óbvio na presente citação. Eles haviam contado com as imutáveis promessas de Yahweh para sua segurança, mas ele os havia abandonado. As sucessivas calamidades de 732, 722, 597 e 586 haviam destruído qualquer resquício de esperança. 12-14 Embora Ezequiel jamais tenha traído seus próprios sentimentos com relação ao desalento dos exilados, a visão dos vv. 1-10 representa a resposta de Yahweh. O v. 12 insinua, pela primeira vez, que essa mensagem de esperança é para os compatriotas de Ezequiel. Ele havia profetizado fielmente aos ossos e ao espírito; agora, ele é ordenado a entregar aos seus companheiros de exílio uma mensagem de esperança da parte de Yahweh. A reação de Yahweh ao lamento se divide em duas partes, correspondendo à refutação e à tese contrária de seus discursos de contestação. Conquanto haja alguma justaposição de ideias, o v. 14 adianta as noções levantadas nos vv. 12,13. Mas o foco permanece, por todo o trecho, em Yahweh, que é o único capaz de trazer esperança a um povo desesperado

3.  As promessas de Deus -  O oráculo dos dois pedaços de pau. Mais uma vez, o profeta fala com a ajuda de uma ação simbólica (cf. 4 :1; 5:1). O Senhor ordena-lhe tomar dois pedaços de pau e neles marcar: Para Judá e Para José. Estes representam os dois reinos dos dias anteriores, antes da Samaria ser tomada pelos assírios sob a liderança de Sargom II (722/1 a.C.) e Israel, o reino do norte, perder a sua identidade. Deve tomar um deles na sua mão direita escondendo uma extremidade no seu punho cerrado. Depois, deve tomar o outro pedaço e juntá-lo ao primeiro, extremidade contra extremidade. Com o punho cerrado, então, segurará a parte onde os do pedaços de pau se unem, e parecerá estar segurando uma longa vara pelo meio. Compreendida a ação, não será necessário pedir qualquer tipo de milagre para aquele ato simbólico. O significado da ação é que, no Israel restaurado, as antigas divisões do norte e do sul serão abolidas e as nações serão unidas na mão de Deus. A sua interpretação, no entanto, levanta certo número de questões controvertidas. Se os habitantes de Israel/Samaria foram espalhados por todo o Império Assírio, há qualquer perspectiva de seus descendentes serem literalmente trazidos de volta, com os exilados de Judá, para a terra prometida? Ou devemos entender que “Israel” consistia simplesmente de homens originários das tribos do norte que se associaram com Judá de tempos em tempos? Ou alegorizamos tudo e o vemos simplesmente como um quadro da igreja, o novo Israel, unido ao reino futuro de Deus? Os problemas se tomam especialmente agudos quando o leitor aborda a passagem com a seguinte pergunta ocupando o primeiro lugar na sua mente: “Esta profecia foi cumprida?” O cumprimento da profecia é uma questão secundária para ser conside: rada depois de solucionada a questão da exegese correta. O que, então, Ezequiel está dizendo?


                II.  SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1.  As diásporas de Israel e Judá  -  Alguns estudiosos fazem a distinção entre os cativeiros e a diáspora. No entanto, filhos de Israel que ficaram nas terras onde eles estiveram exilados por certo contam-se entre os partícipes da diáspora, e muitos autores não estabelecem essa delicada distinção. Seja como for, o termo diáspora refere-se originalmente aos judeus dispersos fora da Palestina, durante os períodos grego e romano. Pequenas comunidades judaicas têm existido fora da Palestina desde que Judá e Israel tornaram-se reinos separados, após a época de Salomão. Atualmente, alguns eruditos usam esse termo para aludir aos judeus dispersos a partir do século IV A.C., quando eles se estabeleceram em Alexandria, no Egito, ou em Antioquia da Síria. Por volta do século II A.C., a diáspora já se estendia por uma vasta área, incluindo a Ásia Menor, o norte da África e Roma. Cícero refere-se a judeus que haviam adotado a cidadania romana, em Roma. Havia comunidades judaicas na Europa, antes mesmo do começo do cristianismo, antes da destruição do segundo templo de Jerusalém. Prolongando-se até os tempos modernos, a dispersão tem envolvido a maioria das nações, entre as quais se destacam a Espanha, Portugal, a França, a Inglaterra, a Alemanha, a Polônia, a Rússia, porções da índia e da China, e, posteriormente, muitos lugares do hemisfério ocidental, incluindo as Américas. Na América do Norte encontramos a maior colônia judaica do mundo, fora da Palestina. Na América do Sul as maiores colônias judaicas acham-se, respectivamente, na Argentina e no Brasil. Apesar de tão disperso, o povo de Israel de algum modo consegue permanecer um elemento distinto na cultura para onde ele emigra, mantendo a sua própria cultura e fé religiosa. O movimento sionista tem feito muitos judeus voltarem para Israel, estado criado em 1948, sob a égide das Nações Unidas. Todavia, há mais judeus vivendo fora da Palestina do que ali, o que significa que continua havendo uma grande diáspora, até os nossos próprios dias.

2.  Renasce Israel   Prossegue Ezequiel: “… um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso”. Aqui temos o movimento [ou reboliço] dos ossos, ou seja, a preparação e a viagem à Terra Santa dos primeiros colonos israelitas, que tiveram de enfrentar grandes dificuldades.    O ajuntamento dos “ossos” vem ocorrendo como segue. Em 1917, ano da Proclamação Balfuor, havia 25 mil judeus na Palestina. Esse número aumentou para 83 mil em 1922 e para trezentos mil em 1935, ano em que Hitler se fortalecia na Alemanha e não escondia o seu anti-semitismo.     Em 1937, a população israelita da Palestina já era de 430 mil. Dois anos depois a Inglaterra proibiu a entrada dos judeus na Terra Santa, deixando-os, dessa forma, à mercê dos nazistas. Em 1945, havia quinhentos mil, e três anos mais tarde, quando Israel proclamou sua independência, número chegava a oitocentos mil. Em 1956, já eram 1,9 milhão [quando ocorreu a segunda guerra árabe-israelense]; em 1967,2,8 milhões. Em 1973,3,3; em 1983, mais de quatro milhões, e no final de 1998, cerca de seis milhões.     “Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito” [v. 8, ARA], Os “tendões” [ou nervos] indicam alianças políticas, militares, o renascimento da língua hebraica e a recuperação econômica, principalmente através dos kibutzim. Kibutzvem da mesma raiz do verbo hebraico “congregar”, usado por jeremias no versículo 10 do capítulo 31 de seu livro.       As “carnes” indicam as estruturas políticas que deram forma à nação em 1948, da mesma maneira como o reboco dá forma à parede.      A “pele” indica proteção e acabamento. Em 1948, faltava a Israel um exército organizado. Hoje, as forças armadas israelenses estão entre as mais bem treinadas e equipadas do mundo. Basta dizer que na guerra-relâmpago de 1967 havia quarenta soldados árabes para cada soldado israelense, e Israel venceu! É evidente que as palavras divinas de Amós 9.15 se cumpriram:  “Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus” [ARA].     Embora todos esses ossos estejam unidos, com tendões, carnes e pele, falta-lhes ainda a vida espiritual, prometida no versículo 14: “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor”[ARA].      Note que a palavra “Espírito” aqui, com inicial maiúscula, refere-se ao Espírito Santo, conforme Joel 2.28,29 e Atos 2.17,18. O povo de Israel somente será cheio do Espírito Santo quando se converter a Jesus no final do “dia da vingança do nosso Deus” [Is 61.2], ou seja, da Grande Tribulação, do “tempo da angústia para Jacó” etc., que culminará com a batalha do Armagedom no final do reinado do anticristo. [Veja estas passagens: Jeremias 30.7; João 3.36; Apocalipse 3.10; 7.14; 11.18].

3.  Restauração nacional (vv. 6-8)  -  Como foi desenvolvido aqui, o processo pelo qual Yahweh irá cumprir sua promessa envolve quatro estágios discretos: ele vai religar os ossos com tendões, cobrir os ossos com carne, revestir a carne com pele, e infundir-lhes fôlego. A sequência, envolvendo ossos, tendões, carne e pele, reflete uma compreensão de anatomia disponível para qualquer um que tenha testemunhado a matança de um animal;' inverte, também, o processo de decomposição. A fórmula de reconhecimento conclusiva dá a este segmento a qualidade de uma declaração de comprovação, realçando que o alvo de Yahweh, ao reviver esses ossos, não é simplesmente uma reconstituição químico-biológica do corpo ou até mesmo a restauração da vida física. Ele deseja reavivamento espiritual: um novo reconhecimento dele e, ao mesmo tempo, um novo relacionamento com ele. 7,8 Estes versos descrevem a submissão do profeta para com a ordem divina e seus efeitos. A sintaxe de Enquanto eu estava profetizando, houve um barulho, um som de chocalho, é deselegante, mas enfatiza a conexão entre a palavra profética e o evento. A declaração, anunciada como a Palavra de Yahweh (v. 4), sinaliza-o para a ação. A construção cria, também, a impressão de que a reconstrução se procedeu rapidamente; osso batendo no osso até que cada um estava no seu devido lugar. O profeta fica perplexo à medida que observa a promessa de Yahweh se cumprindo diante de seus olhos. Num momento crítico, entretanto, o processo parece abortar. A oração circunstancial, no fim do v. 8, identifica o problema - não há fôlego ( rü a h ) nos ossos - e prepara o caminho para a segunda fase da atividade divina


                III.  SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1.  O testemunho de Deus para o mundo -  Porque eu estou contigo, diz o Senhor, para salvar-te. Yahweh está com Seu servo, Seu povo, Seu amado; e salvará a todos eles, individual e nacionalmente (Rom. 11.26). Isso será acompanhado pela temível destruição dos inimigos que os oprimiram. Grandes e revolucionários levantes serão experimentados entre as nações, o que significará a ruina total. Eles terminarão, mas o mesmo não acontecerá ao povo de Israel, embora tantos povos se tenham esforçado para isso. Será aplicada a correção a Israel; haverá intensos sofrimentos, como meio de restauração, e não de destruição. Haverá salvação por meio da dor, e não evitando a dor. Contudo, Yahweh não os exterminará (ver Jer. 4.27; 5.10,18). A punição terá por finalidade corrigir, e não exterminar. Ver Jer. 10.24. Mas o pecado será punido (ver Jer. 25.29; 49.12).      Aceitar que o julgamento divino consiste apenas em retribuição é condescender com uma teologia inferior. Os julgamentos divinos sempre são remediais, e tão severos quanto a necessidade, para que exerçam seu efeito restaurador. Muitas nações desapareceram definitivamente, mas isso não acontece às almas. O plano divino tem permitido que certas nações continuem atravessando séculos. E também há a imortalidade da alma, a provisão superior de Deus.

2.  O status de Jerusalém entre as nações   A Destruição de Jerusalém (21.20-24). Estes versículos se referem ao vindouro julgamento de Jerusalém, e não à Segunda Vinda de Jesus (cf. Lc 19.43,44). Aqui, Jesus enfatiza o perigo que os crentes experimentarão na calamidade. A narrativa de Lucas não inclui todos os detalhes providos em Mateus e Marcos. Nada é dito, por exemplo, sobre “a abominação da desolação” (Mt 24.15; Mc 13.14) e sobre esses dias de julgamento serem encurtados por causa do povo de Deus (Mt 24.22; Mc 3.20). No versículo 6, Jesus predisse a destruição do templo; esta seção enfoca o fim violento da cidade.    Como o crente saberá que a destruição de Jerusalém está próxima? Quando eles virem a cidade sendo cercada por exércitos hostis, eles perceberão que o tempo da devastação está perto. Os exércitos invasores serão o sinal para os fiéis que estiverem dentro e ao redor da cidade fugirem para as montanhas. Seus muros e torres não servirão de proteção contra as forças inimigas. Esse julgamento vindouro será “dias de vingança” (v. 22) pela incredulidade e pecados da cidade contra o evangelho, também cumprindo as advertências de Jeremias e Miquéias contra a deslealdade da nação (Jr 7.14-26; 16.1- 9; Mq 3-12).     A captura de Jerusalém trará sofrimento a todos, sobretudo às mulheres grávidas e novas mães. A destruição será terrível, e a ira (orge, “furor, punição, castigo”) de Deus virá sobre “este povo”, os judeus. Quando Jerusalém cair nas mãos dos gentios, alguns dos defensores da cidade morrerão na batalha, ao passo que outros serão levados como prisioneiros a países estrangeiros. A cidade permanecerá sob controle de estrangeiros “até que os tempos dos gentios se completem”. Deus ordenou quanto tempo os gentios governarão sobre Jerusalém. Quando esse tempo terminar, a cidade será devolvida à custódia dos judeus. Esta profecia de Jesus já foi cumprida parcialmente em nossos dias, pois os judeus repossuíram a cidade. Mas só Deus sabe quando “os tempos dos gentios” terminarão. Quando isto ocorrer, Cristo virá e estabelecerá seu Reino sobre a terra.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Livro Israel, Gogue e o Anticristo, Abraão Almeida - editora CPAD

2 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?
    Tivemos uma lição 9 abençoada. Espero que na classe de vcs tenham sido uma bênção.

    ResponderExcluir
  2. Irmãos estamos diante de um capítulo muito conhecido, temas de várias mensagens, estudos bíblicos e campanhas. Espero que este subsídio possa ajudá-los na ministração da Lição 10.

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