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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 08 - A DISCIPLINA NA IGREJA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO  

"E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido." (Hb 12.5)


                    VERDADE PRÁTICA  

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.


                    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE; Hebreus 12. 5-13                 



                                         INTRODUÇÃO                            

A carreira e a meta — He 12:1-2. Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que DEUS lhe envia.
Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de DEUS. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.
Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antiguidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.
Pode-se aceitar a disciplina com uma autocomiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na autocomiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é por si mesmas.
Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses.
Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos homens como em ser exigentes na vingança".
Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu castigo. Até há aqueles que consideram a DEUS como um DEUS vingativo. Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de DEUS. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que DEUS quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"
Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.
Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que DEUS não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que DEUS nos abandone como indóceis, incuráveis e irremediavelmente cegos.
O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um DEUS que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo, tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio.
Daremos fim à autocomiseração, ao ressentimento e à queixa rebelde se lembrarmos que não há disciplina de DEUS que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem.



                I.  A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA 

1.  Deus é Santo   -   Santo quer dizer “separado”. Deus é separado de nós em dois sentidos. Primeiro, ele é o Criador e nós somos suas criaturas. Ana louvou o Deus único, porque “É o que tira a vida e a dá” (1 Samuel 2:2,6). Esta diferença excede nossa imaginação. Como Criador, ele está acima de todos os povos (Salmo 99:1-3). Isaías fala da grandeza de Deus em relação à criação. Ele é “o eterno Deus, o SENHOR, o Criador...” (Isaías 40:28). No mesmo capítulo, Deus desafia suas criaturas com estas palavras: “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo” (Isaías 40:25).  O segundo sentido em que Deus é santo trata de sua relação com o pecado. Ele é puro e certo, acima de todo pecado e toda maldade. Por esse motivo, ele é separado dos homens pecadores. “Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o SENHOR e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem” (Josué 24:19-20).

2.   A Igreja é santa     -  A Igreja é santa em razão de seu fundamento, Jesus Cristo – A santidade não pode ser adquirida ou produzida pelos fiéis, não é o resultado do labor ou esforço de quem quer que seja, antes é consequência dos méritos do Filho de Deus. O apóstolo Paulo expressa claramente tal verdade em sua Epístola aos Efésios – “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” (Ef 5.25-27.  Deus é santo (Ex 15.11; I Sm 2.2; Is 6.3, 57.15; Ap 4.8) e o seu povo eleito e particular não pode ser diferente (I Pe 1.15-16, I Pe 2.9-10), contudo nesta vida jamais atingiremos a perfeição. Equivocadamente, grupos dissidentes (cataristas, celestinos e donatistas) ensinaram ser possível alcançar plena perfeição aqui, o que a Bíblia não ratifica. Sobre o tema, D. Martyn Lloyd-Jones, afirmou: “Enquanto a Igreja caminha neste mundo de pecado e vergonha, ela se suja de lama e lodo. Portanto, há manchas e nódoas nela. E é muito difícil livrar-se delas. […] A Igreja não é limpa aqui, não é pura; embora esteja sendo purificada, ainda há muitas manchas nela.”

O caminho estabelecido pelo Supremo Pastor para o seu precioso Rebanho é o caminho da santificação diária, e isto não é opção, é uma determinação repleta de amor e cuidado. A correta motivação para a obediência a Deus é o “respeito à pureza do Legislador”.

3.   Quando a Igreja não disciplina    -   Temos muitas vezes a tendência de minimizar uma ação pecaminosa ou relativizar o pecado. E um erro crasso! No caso de Corinto, o apóstolo mandou, literalmente, "expulsar o malfeitor". Isso soa muito forte para mim, mas é a Bíblia que está dizendo. Quando relativizamos o pecado, acabamos enfraquecendo a igreja. Até mesmo nos esportes a questão disciplinar é levada muito a sério. Já vi, por exemplo, uma dezena de vezes atletas de ponta, campeões olímpicos e mundiais serem banidos do esporte porque violaram o código disciplinar da categoria. Eles não podem, por exemplo, ser flagrados no exame antidoping. E quanto a nós, não deveria haver um maior rigor na questão disciplinar, já que estamos tratando de coisas muito mais sérias?  O que foi tratado aqui neste capítulo deve servir de apoio às Lições Bíblicas da EBD, onde tratamos de forma mais sistematizada desse assunto. Nosso intuito não é promover uma "caça às bruxas" e muito menos fazer uma apologia a um modelo de disciplina "castradora". Nosso objetivo é buscar o padrão divino para um viver santo. Nesse aspecto, nosso modelo de vida santa deve ser sempre a Bíblia, a Palavra de Deus, e ela afirma com todas as letras que "o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho" (Hb 12.6).

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                II.   O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA 

1.  Manter a honra de Cristo    -   “Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”  (Rm 13.7)

honra:  sentimento de dignidade própria que leva o homem a procurar merecer e manter a consideração pública.

honrar:  conferir honras a; dignificar, distinguir; exaltar, glorificar; reverenciar, venerar; não desmerecer; considerar;  manifestar (exteriormente): respeito, estima e admiração.  

  1. A Glória de Cristo – A igreja deve disciplinar procurando a glória e a honra do nome de Cristo. Não disciplinar membros que cometem pecados escandalosos desonra o nome do Senhor.
  2. O bem da Igreja – A complacência, a cumplicidade com o pecado pode corromper todo o corpo. Ao disciplinar um membro, a igreja deve fundamentar seus argumentos nas Sagradas Escrituras, não na tradição nem no sentimentalismo. E ao disciplinar deve também cuidar, tratar e curar a pessoa ou pessoas envolvidas.
  3. O bem da pessoa disciplinada – Sem disciplina não há possibilidade de restauração. Mais cedo ou mais tarde os pecados virão à luz, e quando a liderança da igreja tem conhecimento e não toma posição, ela coloca a igreja sob a opressão do diabo. A disciplina procura gerar quebrantamento, arrependimento e o desafio da pessoa andar com Cristo corretamente (Hb 12.11- 13). Em casos de líderes, implica perder privilégios e honras, além de não participar por um tempo da Ceia do Senhor. Nenhuma pessoa é disciplinada sem que tenha oportunidade de se defender de qualquer acusação que lhe seja feita. O Conselho da igreja não aceita acusações de pessoas que não se comprometam a confrontar o acusado, em caso de necessidade de acareação.

2.   Frear o comportamento pecaminoso   -    Porque o pecado é como o fermento (v. 6). Se não cuidarmos ele se alastra e contamina toda a massa: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?”. Paulo usa uma linguagem muito comum no VT. No VT uma das coisas usadas para tipificar o pecado é o fermento. Tanto é que na celebração da páscoa era proibido se comer pão com fermento (o pão era “asmo” – sem fermento). O fermento era símbolo do pecado. Uma das propriedades do fermento pelas quais ele tornou-se símbolo do pecado, é sua capacidade de aumentar e dominar o ambiente onde se encontra. Se colocado um pouco de fermento no pão que está sendo preparado logo levedará toda a massa. O apóstolo diz que o pecado é exatamente assim. Paulo pergunta se os crentes de Corinto não sabem disso: Que o pecado é como o fermento, que leveda toda a massa? A idéia é que, se deixado sem correção, no seio da igreja, sem que as devidas soluções sejam tomadas, o pecado se propaga. O que pensar dos jovens da igreja de Corinto? O que eles estavam aprendendo quando viam aquele homem vivendo com a madrasta e ninguém dava importância? O que eles estavam aprendendo? Aprendiam, que aquela atitude não faz diferença na vida cristã e que não importa nosso comportamento sexual. Podemos continuar em pecado e como um cristão normal. Era essa a mensagem que estava sendo passada para os membros da igreja; que o pecado realmente não importava porque a igreja parecia aceitar normalmente. Qual a mensagem que está sendo passada para os jovens e novos convertidos? Que o pecado não afeta meu estado, o meu relacionamento e minha comunhão com Deus e nem a vida da igreja. Ou seja, o que é pregado no púlpito é totalmente desfeito por este tipo de atitude. Nós podemos pregar santidade, e se temos de viver vidas santas mas não acrescentarmos à Palavra pregada as medidas corretas para que todos nós trilhemos este viver santo, a mensagem deixa de ter seu efeito.

Quando Calvino começou sua obra em Genebra ele tinha a idéia de que se houvesse apenas pregação fiel da Palavra de Deus e administração correta dos sacramentos, a igreja seria edificada, os crentes ouviriam e os problemas se resolveriam. Algum tempo depois, Calvino reconheceu que era necessário e bíblico acrescentar um terceiro elemento: a disciplina eclesiástica.
Há necessidade do exercício da disciplina eclesiástica feita em amor para recuperação do pecador e para que se coloque em prática o que a Palavra de Deus nos recomenda e exige. O mais importante é que Paulo não está aqui falando para a liderança. Ele está falando para toda a igreja. Não caiamos no erro  de interpretar mal o apóstolo Paulo pois o que ele fala é para todos nós; é responsabilidade de toda a igreja zelar pela vida da comunidade seguindo os princípios bíblicos. Porque o pecado é como o fermento. Se deixarmos ele contamina a massa toda. 

3.  Não tolerar a prática do pecado   -  A segunda parte do problema está no v.2: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos, e não chegaste a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?”. O que angustiava o apóstolo Paulo não era só o pecado em si, mas que a igreja, ao invés de “lamentar” o fato de ter um de seus membros vivendo uma relação pecaminosa e tomar a providência correta, que na ocasião seria tirar do meio da comunidade aquele indivíduo que não havia se arrependido (a julgar pelo que Paulo diz), ou que não queria corrigir-se. A atitude da igreja deveria ser excluir este membro contumaz. Paulo está angustiado pelo fato da igreja não tomar esta atitude para zelar pela vida e pela pureza da igreja, pelo  nome de Cristo e pelo próprio pecador. Ao contrário, a igreja estava ensoberbecida, envaidecida possivelmente por causa dos dons espirituais. Os membros estavam orgulhosos de constituirem uma igreja “carismática”, ou quem sabe, uma igreja que amava a todos do modo que eram e de como agiam. Uma coisa é certa: Paulo entendia que a atitude da igreja não estava correta. Ao invés de lamentar e chorar pelo fato de um membro está sofrendo, e quando isso acontece, todos sofrem com ele, Paulo pensa na igreja em termos corporativos e vê uma comunidade negligente por não lamentar-se em vista do pecado que estava no seu meio. Ela assume uma postura oposta “festiva”, com um culto alegre, enquanto ninguém estava se preocupando com o problema. Paulo estava angustiado por ver um membro vivendo em pecado e por constatar uma igreja tolerante que convivia com o problema sem nenhuma dificuldade.

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              III.   AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA  

1.  A disciplina como modo de correção   -  É comum confundir o significado do verdadeiro amor. Muitos imaginam que o amor seja apenas um sentimento que mexe com as emoções, e assim acreditam que o amor simplesmente acontece. É comum, também, as pessoas pensarem que o amor sempre procura agradar às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente.  às pessoas amadas. Deste modo, pensam que qualquer tipo de repreensão ou disciplina seja contrário ao amor. Correção é vista por muitas pessoas como algo negativo, mas a Bíblia nos ensina a enxergar a correção de modo diferente. É normal querer o apoio e a aprovação dos outros, mas as pessoas que nos amam oferecem a repreensão quando erramos. As pessoas que falam as palavras agradáveis que queremos ouvir, mesmo quando estamos errados, podem manter amizade conosco, mas não demonstram o amor. Um homem sábio disse: “Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato” (Eclesiastes 7:5). O livro de Provérbios fala, muitas vezes, sobre a importância da correção e disciplina. Considere algumas das palavras sábias deste livro escrito 3.000 anos atrás:

O autor de Provérbios insiste no valor da repreensão e disciplina. “O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado” (Provérbios 10:17). “Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido” (Provérbios 12:1).

Os amigos e os pais podem errar, mas a repreensão que vem de Deus sempre busca o nosso bem, e erramos gravemente ao rejeitar sua palavra: “Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão” (Provérbios 3:11). O autor de Hebreus reforça esta instrução: “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hebreus 12:6). Outro autor no Novo Testamento nos lembra do amor que leva à correção. Tiago fala sobre o perigo real de um cristão se desviar do caminho e pede para os outros corrigi-lo: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:19-20). Quando comparamos esta última frase com um comentário de Pedro, percebemos mais uma vez que é o amor agindo nesta correção do pecador. Pedro disse: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8). O amor intenso nos leva a corrigir as pessoas que amamos!

Apesar de tanta ênfase na importância de disciplina e correção, Deus não obriga ninguém a seguir o conselho sábio que ele oferece. Mas não nos enganemos! Cada um arcará com as consequências das suas próprias reações às palavras de repreensão: “O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento” (Provérbios 15:32).

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Provérbios 27:5).


2.   A disciplina como forma de restauração   -  Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que a disciplina é uma das marcas da verdadeira igreja, juntamente com a pregação da Palavra e a ministração dos sacramentos (batismo e ceia). O pecado não tratado produz tristeza. No seu comentário sobre esse trecho, o Pr. Hernandes Dias Lopes diz que “a igreja deveria chorar pelo pecado como nós choramos no funeral de um ente querido”.  A igreja é um corpo, quando um peca, todos são afetados, por isso é necessário disciplinar o irmão faltoso. No versículo 6, Paulo diz que a punição foi suficiente, porque o irmão se arrependeu. No versículo 7 Paulo pede a restauração daquele irmão faltoso, que era seu opositor. Esse opositor tinha causado tristeza em Paulo, mas Paulo estava preocupado com ele.

O alvo da disciplina não é destruir a pessoa, mas, sobretudo, restaurá-la (perdão, aceitação e conforto). Todos pecam e graças a Deus pelo arrependimento.

Em seguida, no versículo 8, Paulo confirma junto ao irmão que a igreja o ama. Isso tira a ideia de superioridade porque todos pecam e qualquer um poderia ter cometido o mesmo pecado desse irmão faltoso.

Já no versículo 9, a carta pesada provou que o povo era obediente. O alvo tinha sido alcançado e não era necessário esmagar o irmão faltoso. Paulo foi o mais atingido e perdoou, ele se antecipa em perdoar mesmo sem o irmão ter pedido perdão (versículo 10). A confissão é importante; confessar a pessoa ofendida, mas isso não é condição sine qua non para o outro perdoar (devemos ter sempre a disposição para perdoar).


3.   A disciplina como modo de exclusão   -   Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer:

“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. EXPULSAI, pois, de entre vós o malfeitor.” (1Co 5.9-13)

Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados.                   Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt 3.10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses:

“Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão.” (2 Ts 3.14,15)

Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos.

Exclusão. No final do versículo 17 Jesus diz “…se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8, devem levar o faltoso à exclusão da igreja visível. Ele (ou ela) deve ser considerado como um descrente (“gentio”) e deve ser cortado da comunhão pessoal da mesma forma como os coletores de impostos (“publicanos”) eram desprezados pelos judeus. Somente evidências de arrependimento e conversão real poderão restaurar essa comunhão cortada pela disciplina. Com essa exclusão vão-se também os privilégios de membro, como a participação na Santa Ceia, e os demais. Jesus demonstra a necessidade de respaldar essa drástica atitude na sua própria autoridade e na do Pai. Isso ele faz nos vs. 18-19, mostrando o seu acompanhamento e o do Pai, nas questões da igreja que envolvem a preservação de sua pureza. Ele fecha essas instruções com a promessa de sua presença na congregação do povo de Deus (v. 20). Essas são palavras de grande encorajamento para que a igreja não negligencie a aplicação do processo de disciplina em todos esses passos.







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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

Comentários bíblico de Hebreus, William Barclay - Ed. Vida Nova

https://ebdnatv.blogspot.com/2024/02/escrita-licao-8-cpad-disciplina-na.html

https://oitavaigreja.com.br/a-importancia-da-disciplina-na-igreja/

https://estudosdabiblia.net/d77.htm

https://portuguese.thirdmill.org/84988~9_18_01_3-36-43_PM~Corinto.html

http://meuslivros.com/livros/disciplina-biblica/#:~:text=A%20disciplina%2C%20quando%20feita%20de,e%20restaura%C3%A7%C3%A3o%20para%20o%20faltoso%E2%80%9D.

https://www.seminariojmc.br/index.php/2018/01/15/disciplina-na-igreja/




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