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segunda-feira, 11 de julho de 2022

LIÇÃO 3 A SUTILEZA DA IMORALIDADE SEXUAL

                               

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.


        TEXTO ÁUREO

"Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo." (1CO 6.18)


        VERDADE PRÁTICA

As escrituras condenam toda forma de prática sexual fora da esfera do casamento constituído por Deus.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1CO 6.15-20; RM 1.26-28


             INTRODUÇÃO

A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas aparentemente não era respeitada para homens. Isso ajudava a evitar a confusão das linhagens familiares e, em sua essência, servia aos mesmos propósitos das leis contra o adultério. A procriação era tratada como um bem sem qualificação, contanto que mantida dentro das leis indicadas acima. O casamento era considerado o estado normal para homens e mulheres. O celibato era absolutamente estranho à mentalidade hebraica e judaica e, longe de deixar um homem mais qualificado espiritualmente, era considerado um dano ao homem e à sociedade. Os líderes judeus eram quase necessariamente homens casados, e a família era muito mais importante do que alguma piedade artificial e pessoal que possa ter sido promovida através do celibato.


        I. A REVOLUÇÃO SEXUAL

1. Um novo paradigma para a sexualidadeO matrimônio na sociedade israelita

Herdeira da cultura babilônica e egípcia, a sociedade israelita proclama o matrimônio como monogâmico (uma só mulher). O Código de Hamurabi (por volta de 1700 aC) determinava que o casamento do homem seria com uma única mulher. Ele só poderia tomar uma segunda esposa (convivendo com a primeira) se a primeira fosse estéril8. Na tradição israelita patriarcal (cf. Gn 12-50) encontra-se o caso de Abraão que, por Sarai ser uma mulher estéril, tem a permissão de tomar uma serva egípcia, chamada Agar, para prolongar sua descendência (Gn 12,5ss). Mais tarde, a primeira esposa Sarai lhe dá Isaac, que passa a ser o filho da promessa (Gn 17,17-19).

Na sociedade israelita, a filha não-casada está sob a tutela do pai, e a esposa sob a dependência do marido.

2. A quebra de um " tabu " - SEXO E PECADO

“Geralmente, se ouve que há entre vós fornicação e fornicação tal, qual nem ainda entre os gentios como é haver quem abuse da mulher de seu pai”. (1 Co 5). “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos e adúlteros Deus os julgará”(Hb 13.4). A relação sexual ENTRE NÃO CASADOS é pecado, ainda que sejam namorados, noivos ou comprometidos. O ADULTÉRIO, proibido pelo sétimo Mandamento (Êx 20.14), abrange os vários tipos de imoralidade e pecados sexuais. Homens e mulheres, adolescentes, jovens e adultos, devem permanecer puros, abstendo-se de qualquer atividade sexual que não seja no compromisso do matrimônio.  “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra seu próprio corpo”. (1 Co 6.18).

Os jovens devem seguir o caminho estreito que leva à vida eterna. A mídia, os amiguinhos, os ímpios, os entrevistadores televisivos sem compromisso com a Palavra, afirmam que o sexo entre jovens é normal, principalmente quando há compromisso formal. Esta é a palavra do mundo. Os cristãos verdadeiros não fazem parte desse sistema mundano.  Somos guiados, orientados e conduzidos pela palavra de Deus. Deus considera ilícito o ato sexual realizado entre não casados, e a isto dá-se também o nome de imoralidade ou impureza sexual. Não só o ato sexual propriamente dito deve ser evitado por quem deseja consagrar-se a Deus e crescer em santidade; as carícias que envolvem toques e outras práticas impuras não são compatíveis com a vida cristã. No mundo atual o sexo é banalizado e não raro confundido com amor. Daí a expressão “fazer amor” referindo-se a um relacionamento íntimo.  A prática sexual entre jovens está de tal forma disseminada que os líderes religiosos, desavisados, negligentes, claudicantes, fracos na fé, ficam por vezes confusos e titubeantes no aplicar corretamente a Palavra, no transmitir a orientação correta. Sucumbem diante da avalanche de depravação e das práticas imorais. Casos há em que eles próprios deixam-se levar pelo grito da carne.   Tais desvios chegam ao ponto em que denominações que se dizem cristãs acolherem homossexuais em suas fileiras, não para os evangelizá-los; não para lhes combater a imoralidade; não para indicar-lhes o caminho da santidade, mas para acariciar seus pecados; para tolerar a perversão sexual que praticam. O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor” (Bíblia de Estudos Pentecostal, pag 1921). Vejam as advertências:

“Esta é a vontade de Deus para vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra; não no desejo da lascívia, como os gentios, que não conhecem a Deus” (1 Ts 4.3-5).

“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).  O sexo é permitido, então, somente quando ambos, homem e mulher, estão unidos pelo matrimônio, formando uma só carne.

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis:  nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas…herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.9). “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”(Lv 18.22; 20.13).


            II. AS PRINCIPAIS DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE SADIA

1. A prática da fornicaçãoFORNICAÇÃO (porneía, significa falta de castidade ou imoralidade). Algumas formas do termo porneía aparecem quarenta e sete vezes no NT.

Quatro conceitos diferentes são óbvios no NT:

1) Em 1 Coríntios 7.2 e 1 Tessalonicenses 4.3 Paulo adverte os não casados sobre a tentação à fornicação. Em ambos os casos ele defende o casamento para prevenir uma vida de solteiro da imoralidade sexual. Em ambos os casos fornicação refere-se à voluntariedade na relação sexual de uma pessoa solteira com alguém do sexo oposto. O sentido é específico e restrito. Em quatro outras passagens a palavra fornicação é usada em uma lista de pecados que inclui “adultério” (Mt 15.19, Mc 7.21; ICo 6.9; G1 5.19) Visto que o adultério envolve uma pessoa casada, o sentido de fornicação nesta passagem é específico e restrito, envolvendo a falta de castidade voluntária de pessoas solteiras.

2) Em duas passagens (Mt 5.32; 19.9), fornicação é usada num sentido mais amplo, como sinónimo de adultério.

3) Em algumas passagens fornicação é usada em um sentido geral, referindo-se a todas as formas de falta de abstinência sexual (Jo 8.41; At 15.20,29; 21.25; Rm 1.29; ICo 5.1; 6.13; 18;2Co 6.17; 12.2; Ef 5.3).

4) Em outras passagens fornicação se refere à devassidão e prostituição (e.g., Ap 2.14; 20; 21). Visto que a palavra fornicação tem muitos tons de significado, este precisa ser definido pelo contexto de cada passagem. De sete listas dos males nos escritos de Paulo, a palavra fornicação encontra-se em cinco delas (ICo 5.11; 6.9; G1 5.19; Ef 5.3; Cl 3.5) e é sempre a primeira da lista. Jesus relacionou a fornicação ao adultério quando disse “qualquer um que olhar para uma mulher com intensão impura [com pensamento de relação sexual], no coração, já adulterou com ela”, (Mt 5.28). R. C. H. Lenski interpreta que “qualquer um” inclui tanto o homem quanto a mulher, casados e solteiros. Portanto, Jesus diz que relações sexuais de pessoas solteiras (fornicação) é tão nociva quanto relações fora do matrimônio (adultério). Note que, possivelmente, pessoas solteiras estão incluídas no significado de fornicação em todas estas passagens que se referem a adultério, imoralidade, prostituição, et al. Aqueles que dizem que o NT não faz referências às relações pré-matrimoniais e não dá nenhum conselho sobre os problemas pessoais e sociais envolvidos, estão fazendo vistas grossas ao uso e significado da palavra fornicação, especialmente em passagens como 1 Coríntios 7.2, e 1 Tessalonicenses 4.3. Veja Adultério.

2. Adultério: Não é crime, mas é pecado - O ADULTÉRIO E A DISCIPLINA DA IGREJA

A lei contra o pecado de adultério era extremamente severa no Antigo Testamento. Esses infratores deviam ser punidos com a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). Alguns princípios da lei de Moisés jamais foram observados, como, por exemplo, o ano do jubileu (Lv 25.8-55) que, à luz de 2 Crônicas 36.21, o povo havia esquecido. Com relação ao adultério, parece que nos primeiros séculos da história de Israel essa punição foi-se afrouxando e aos poucos deixou de ser observada, salvo em casos esporádicos. No livro do profeta Oseias tem-se a impressão de que essa prática estava abandonada no reino do Norte, mas o profeta Ezequiel ainda menciona essa sanção da lei mosaica (16.38-40). No período interbíblico, segundo a Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, essa prática deixou de ser observada (p. 482). O episódio da mulher adúltera, registrado em João 8.1-11, foi uma anomalia. A lei existia, mas ninguém ousava colocá-la em prática. Os escribas e fariseus pressionaram a Jesus, com o único objetivo de atingi-lo. A aplicação dessa lei era algo anormal, e, além disso, eles trouxeram apenas a mulher, ignorando o seu parceiro, o que também contrariava os princípios legais.

Quando essa disciplina foi totalmente abandonada, é assunto obscuro.

Guy Duty, em sua obra, Divórcio e Novo Casamento, afirma que procurou descobrir na Biblioteca Pública de Nova Iorque, na seção judaica, a data exata em que a pena de morte para os adúlteros foi abolida, e tudo o que conseguiu do bibliotecário foi que o Talmude afirma que isso ocorreu 40 anos antes da destruição de Jerusalém, no ano 70 d.C. Essa afirmação, segundo o próprio Guy Duty, não pode ser consubstanciada em outra literatura antiga (p. 34). William L. Coleman afirma, em seu livro Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, que o adultério já não era uma questão de vida ou morte nos dias de Cristo. Por causa da influência pagã, os judeus não executavam os adúlteros (p. 119). No Novo Testamento essa pena foi abolida, pois predomina a lei do amor: “Vai-te e não peques mais” (Jo 8.11). Esse princípio é válido para os pecadores que estão na ignorância e precisam de perdão e de um encontro pessoal com o Senhor Jesus (Jo 6.37). William L. Coleman apresenta, como alternativa, que o divórcio mencionado em Mateus 5.32 foi uma espécie de válvula de escape, para livrar os culpados desse pecado da morte (p. 119). O perdão de Jesus, aplicado à mulher adúltera, não isenta da disciplina os crentes que caem em adultério.

O Senhor Jesus Cristo delegou à Igreja a autoridade para excluir do rol de membros os que praticam esses e outros tipos de pecado. Delegou também autoridade para reconciliar com a Igreja os que se arrependem (Mt 16.19; 18.18). O apóstolo Paulo identifica exclusão como “entregar a Satanás” (ICo 5.5; lTm 1.20), e Jesus fala de “considerar gentio e publicano” (Mt 18.17). O que as autoridades eclesiásticas não devem nem podem anunciar no púlpito é o pecado de imoralidade sexual, como o adultério de qualquer membro; isso é crime e pode terminar em processo nos tribunais. Ninguém tem o direito de tomar pública a intimidade dos outros; isso é violação de privacidade. Não há necessidade disso para resolver um problema de pecado na Igreja. O infrator deve, sim, e precisa ser cortado da comunhão, mas o Novo Testamento não obriga ninguém a tornar público o seu pecado.

3. Homossexualidade: Uma contradição da ordem naturalSegundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a homossexualidade é a condição de homossexual, e o homossexualismo é a prática amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo (p. 1.033). É a atração sensual entre pessoas do mesmo sexo. Desde os tempos do Antigo Testamento as práticas homossexuais estiveram ligadas ao culto pagão, na “prostituição sagrada”, também chamada de “prostituição cúlüca”. O homossexualismo é conhecido também como pecado de Sodoma, pois nessa cidade foi praticado de forma generalizada.

Existem igrejas e pastores gays que procuram negar a condenação bíblica de suas práticas, usando para isso recursos que consistem em modificar o sentido das palavras na língua original da Bíblia. Um deles, numa entrevista à revista Época (n° 254 de 31/03/2003), afirma que a Bíblia não condena a prática homossexual e reinterpreta duas passagens bíblicas que falam sobre o assunto (Lv 18.22; 1 Co 6.9). Assegura que a palavra hebraica, usada para “abominação”, em hebraico, toevah, “indica na verdade uma impureza ritual, não algo intrinsecamente mau” (p. 17), e que as palavras gregas usadas para “efeminados” e “sodomitas” não têm a mesma equivalência dos atuais homossexuais, sendo nossas versões um disparate. O presente capítulo pretende mostrar o pensamento bíblico sobre essa prática e a situação da Igreja diante de uma sociedade cada vez mais permissiva.

CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS

Há sete passagens bíblicas que fazem menção dessa prática, todas condenando ou mostrando-a como algo negativo:

4 E, antes que se deitassem, cercaram a casa os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. 5 E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde estão os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos (Gn 19.4, 5). => 4 Mas, antes que eles fossem dormir, todos os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, cercaram a casa. 5 Eles chamaram Ló e perguntaram: — Onde estão os homens que entraram na sua casa esta noite? Traga-os aqui fora para nós, pois queremos ter relações com eles (Gn 19.4,5 [NTLH)].

Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é […] Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles (Lv 18.22; 20.13).

Estando eles alegrando o seu coração, eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos (Jz 19.22). => Enquanto eles conversavam alegremente, alguns homens imorais daquela cidade cercaram a casa e começaram a bater na porta. E disseram ao velho: — Traga para fora o homem que está na sua casa! Nós queremos ter relações com ele (Jz 19.22, NTLH).

24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente.

26 Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. 28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém (Rm 1.24-28).

Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus (ICo 6.10)

9 Sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, 10 para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina (1 Tm 1.9,10).

Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição (Jd 7, ARA).

Líderes das igrejas gays alegam que a Bíblia não condena tais práticas e procuram reinterpretar essas passagens. Dizem que o verbo “conhecer”, como aparece no relato da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, em Gênesis 18 e 19, não significa necessariamente “fazer sexo”. Dessa forma, querem dizer que a tradição judaico-cristã errou ao longo dos séculos ao associar o pecado de Sodoma à prática homossexual. Quando essa linha de pensamento é cotejada com o contexto bíblico, vem à tona a falácia de tal interpretação. A repulsa bíblica às práticas homossexuais não se restringe apenas à destruição de Sodoma e Gomorra. É verdade que o verbo hebraico nessa passagem éyada’, que significa “conhecer, saber” (DITAT, p. 597), traduzido por “conhecer” (Gn 19.5; Jz 19.22), na ARC, mas também é verdade o seu emprego como eufemismo no Antigo Testamento para designar a relação sexual: “E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim […] E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete” (Gn 4.1,25); “E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque” (Gn 4.17). Quando Ló apresentou as suas duas filhas aos varões de Sodoma, disse: “Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram varão” (Gn 19.8). No Novo Testamento não é diferente. Quando o anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus, ela perguntou: “Como se fará isso, visto que não conheço varão?” (Lc 1.34).

O sentido de uma palavra bíblica e em qualquer texto literário deve ser entendido à luz do seu contexto. Note que Ló pediu para os varões de Sodoma não fazerem mal aos seus hóspedes: “Rogo-vos que não façais mal” (Gn 19.7) e acrescentou: “Eis aqui, duas filhas tenho, que ainda não conheceram varão; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom for nos vossos olhos; somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu telhado” (Gn 19.8). Qual o sentido de Ló oferecer suas duas filhas aos varões de Sodoma afirmando serem elas virgens e que eles poderiam praticar com elas o que quisessem? Ló esclareceu ainda que seus hóspedes procuraram sua casa para se livrarem do assédio dos moradores da cidade.

Representantes da literatura rabínica a partir do século II a.C. tais como Filo de Alexandria e Flávio Josefo, chocados, identificaram o pecado de Sodoma com as práticas homossexuais da sociedade grega. Esse é também o pensamento do Novo Testamento, que para os cristãos é a palavra final: “Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição” (Jd 7, ARA). A verdade é que o pecado de Sodoma não foi apenas esse, mas um deles. Afirmar não haver nesse relato vínculo com a prática homossexual é uma “camisa de força”, uma interpretação inconsistente que não se sustenta. O livro de Levítico afirma ainda que tal prática deveria ser punida com pena capital. “Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles” (20.13). Mas Jesus morreu por todos os pecadores (ICo 15.2; 1 Jo 2.2), na fé cristã a exclusão do rol de membros substitui a pena de morte. O incesto, por exemplo, era punido com a morte na antiga aliança (Lv20.11,12,14). No entanto, o apóstolo Paulo simplesmente ordenou que o praticante de tal pecado fosse excluído do rol de membros da Igreja (ICo 5.1-5), mas depois que o pecador se arrependeu voltou à comunhão (2Co 2.5-10). Da mesma forma a prática homossexual não pode ser aceita nem reconhecida pela Igreja (ICo 6.10).

Deus criou o homem, “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27), para a sua glória, portanto ninguém vive para si, mas para fazer a vontade divina. A verdadeira felicidade humana está em cumprir a vontade do Criador. O ser humano, contudo, se afastou de Deus, e isso o levou à idolatria e depois à imoralidade. A consequência dessa apostasia é a imoralidade, incluindo o homossexualismo, tanto masculino como feminino. Isso está claro em Romanos 1.19-28. O texto sagrado diz que “Deus os abandonou às paixões infames” (Rm 1.26), porque não o reconheceram. O apóstolo considera, ainda, tais práticas como “torpeza” (Rm 1.27), uso não natural, “contrário à natureza” (Rm 1.26); e escreve em outro lugar que os tais “não hão de herdar o Reino de Deus” (ICo 6.9). O apóstolo Paulo afirma que alguns sodomitas e efeminados de Corinto foram libertados e serviam a Deus na igreja: “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (ICo 6.11).


            III. O PADRÃO BÍBLICO PARA UMA SEXUALIDADE SADIA

1. O sexo atende uma necessidade da criaçãoDeus, tendo-os feito capazes de transmitir a natureza que haviam recebido, lhes disse, Frutificai, e multiplicai-vos, e povoai a terra. Aqui, o bondoso Senhor lhes deu: 1. Uma grande herança: Povoai a terra; é isto que é outorgado aos filhos dos homens. Eles foram feitos para habitar sobre a face de toda a terra, Atos 17.26. Este é o lugar em que Deus estabeleceu o homem para sei’ o servo da sua providência no governo das criaturas inferiores, e, por assim dizer, a inteligência deste mundo. Ser o destinatário da abundância de Deus, da qual outras criaturas vivem dependentes, mas não sabem disso. Ser igualmente o coletor de seus louvores neste mundo inferior, e pagá-los ao tesouro de cima (SI 145.10). E, finalmente, ser um noviço para um estado melhor. 2. Uma família numerosa e permanente, para desfrutar desta herança, pronunciando uma bênção sobre eles, em virtude do que a sua posteridade deve se estender aos cantos extremos da terra e continuar até o período extremo de tempo. A fertilidade e o crescimento dependem da bênção de Deus: Obede-Edom tinha oito filhos, porque Deus o abençoou, 1 Crônicas 26.5. É devido a esta bênção, que Deus ordenou no princípio, que a raça humana ainda existe. E assim, uma geração passa e outra vem a seguir.

2. O sexo como complementação e satisfaçãoDr. Akin apresenta um ponto excelente. A relação conjugal no casamento deveria ser considerada uma atividade fundamentalmente espiritual? Creio que a resposta seja um sim absoluto. Existe algum caso com base nas Escrituras em que a relação conjugal seja, de alguma forma, menos importante em um casamento do que orar juntos, estudar a Bíblia juntos ou mesmo ir à igreja juntos? Acho que não. Concordo com Tom Gledhill, que em seu ótimo comentário sobre Cantares de Salomão aprecia a dádiva divina da sexualidade no casamento e se expressa com uma franqueza surpreendente (no meu ponto de vista) e animadora que é inteiramente apropriada a esse tópico singular. Essa revelação desembaraçada não deve ser confinada pela ideia de que isso tudo esteja, de alguma forma, abaixo de nossa dignidade, e que seríamos melhores orando do que mantendo a relação conjugal. Essa é uma falsa dicotomia que deve ser banida para sempre. Não precisamos santificar um ato inteiramente natural tendo pensamentos espirituais simultâneos sobre Deus enquanto estamos nos braços de nossa esposa. Impulsos fálicos, levantar o corpo, suspiros, gemidos e risadinhas fazem parte da ordem natural das coisas dada por Deus. É lamentável que quando se trata de sexo a cultura secular vê o cristianismo envolvido primeiramente com proibições. Obviamente, o pecado corrompe a boa dádiva de Deus que é o sexo dissociando-o da aliança do matrimônio e tentando criar uma experiência falsa. Todo uso incorreto da sexualidade é condenado nas Escrituras. A Bíblia nos alerta contra a imoralidade, e o poder da luxúria nunca deve ser negado ou ignorado; então é correto mantê-los em mente. Até em Cantares de Salomão encontramos repetidas admoestações contra a prática sexual prematura (Ct 2.7; 3.5; 8.4). Mas uma vez unidos no casamento, as coisas mudam, amigos! No princípio, Deus olhou para a união entre marido e mulher e viu que era bom. Sua opinião a respeito disso não mudou nem um pouco. Então não vamos ver o sexo meramente como uma parte permitida no casamento ou algo que deve ser tolerado. Sexo no casamento é obrigatório e algo que deve ser celebrado! (Veja 1 Coríntios 7.35 e Efésios 5.31.) O sexo foi criado para o matrimônio, e este foi criado, em parte, para se desfrutar.

3. O pastoreio cristão e a prática homossexualNão importa o que os sentimentos ou as emoções indiquem, nunca é apropriado aconselhar algo contrário à Palavra de Deus.

[..] Tenho aconselhado homossexuais que sinceramente sentem que Deus os criou desse jeito e que, portanto, não tiveram escolha alguma no assunto.

Embora tal argumento possa estar imbuído de sinceridade e emoção, sei que não é válido. Deus não cria as pessoas para serem homossexuais. O estilo de vida homossexual é uma escolha — uma escolha muito errada. E as pessoas podem ser libertas disso — com a ajuda de Deus. Como é que sei disso? Porque as Escrituras ensinam esse fato em numerosos lugares. As Escrituras sempre estão certas. Os conselheiros pastorais podem ter total confiança de que Deus sabe o que está fazendo. Ele nos criou e Ele nos deu um projeto de vida para viver: Suas Santas Escrituras. Todo indivíduo, pouco importando qual seja seu problema pessoal, é uma pessoa de valor, feita à imagem de Deus. Pessoas são preciosas, sejam elas culpadas de homossexualidade, incesto, assassinato ou molestamento de crianças; qualquer que seja seu pecado ou problema, elas têm valor aos olhos de Deus. Deus as ama e as criou para a sua glória. Jesus deseja mudar os seres humanos, independente de qual estilo de vida hajam mantido ou mantenham. Deus pode mudar e ajudar a resolver todo tipo de problema que as pessoas enfrentem. Há esperança para todos. Nós, do ministério, não podemos deter-nos a examinar o comportamento das pessoas, devemos ver o quanto o Senhor quer ajudar cada indivíduo.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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                                    BIBLIOGRAFIA


Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, CHAMPLIN, Russell Norman - Editora Hagnos

Livro Homossexualidade e Sexualidade na Bíblia , Izidoro Mazzarolo Alguns tópicos para debate.

Pastor Airton Evangelista da Costa. Sexo é Pecado.

Livro Enciclopédia da BíbliaMERRILL C. TENNEY - Editora Cultura Cristã

Livro Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia, Esequias Soares-  Editora CPAD

Comentário Bíblico Matthehw Henry. Deuteronômio.  Editora CPAD

Livro Sexo Romance e a Gloria de Deus. O que todo marido cristão precisa saber, Mahaney C. J. Editora CPAD

Livro Manual Pastor Pentecostal Teologia e Práticas Pastorais, Raymond Carlson -Thomas E .Trask – Loren Triplett – Dick Eastman -Tommy Barnett Charles T. Crabtree – John Bueno – Zenas J. Bicket – Nancie Carmichael.

https://professordaebd.com.br/3-licao-3-tri-22-a-sutileza-da-imoralidade-sexual/

2 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Meus irmãos e amigos, como vcs estão?

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  2. Este trimestre está uma bênção... Na medida do possível, compartilhem com seus amigos.

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