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sexta-feira, 17 de março de 2023

LIÇÃO 13 - AVIVA, Ó SENHOR A TUA OBRA.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II.

 

                TEXTO ÁUREO

"Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na tua ira lembra-te da  misericórdia." (Hc 3.2)


            VERDADE PRÁTICA

É vontade de Deus avivar a sua obra nestes últimos dias até que o Senhor Jesus volte.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: HC 3. 1-2, 16-19.


                    INTRODUÇÃO

O livro de Habacuque é o oitavo dos profetas menores. Embora ele esteja distante de nós mais de 2.500 anos, sua mensagem é atual, e sua pertinência, insofismável. Os tempos mudaram, mas o homem é o mesmo. Ele ainda é prisioneiro das mesmas ambições, dos mesmos descalabros morais, da mesma loucura.   Habacuque profetiza num tempo em que sua nação, o reino de Judá, estava à beira de um colapso. Porque retardou o seu arrependimento e não aprendeu com os erros de seus irmãos do Reino do Norte, que foram levados cativos pela» Assíria em 722 a.C., entrariam, também, inevitavelmente no corredor escuro do juízo. As tempestades já se formavam sobre a cidade orgulhosa de Jerusalém. O tempo da oportunidade havia passado. Porque não escutaram a trombeta do arrependimento, sofreriam inevitavelmente o chicote da disciplina.   O princípio de Deus é: “Arrepender e viver”, ou: “Não se arrepender e sofrer”. O cálice da ira de Deus pode demorar a encher-se, mas, quando transborda, o juízo é iminente e inevitável. E impossível escapar das mãos de Deus. O homem pode burlar as leis e corromper os tribunais da terra, mas jamais enganar Aquele que se assenta no alto e sublime trono. O homem pode esconder seus crimes e sair ileso dos julgamentos humanos, porém jamais o culpado será inocentado diante dAquele que sonda os corações (Ex 34.7).    Os temas levantados por Habacuque são manchetes dos grandes jornais ainda hoje. Habacuque está nas ruas.  Sua voz altissonante ainda se faz ouvir. Seus dilemas são as nossas mais profundas inquietações. Suas perguntas penetrantes são aquelas que ainda ecoam do nosso coração.  Por isso, estudar Habacuque é diagnosticar o nosso tempo, é abrir as entranhas da nossa própria alma, é buscar uma resposta para as nossas próprias inquietações.


            I.   O CLAMOR PELO AVIVAMENTO

1.   A intercessão angustiada do profeta   -   O profeta Habacuque foi considerado um “profeta filósofo” por conta das suas expressões eloquentes no seu relacionamento com Deus. O livro, que tem o seu nome, deve ter sido escrito entre os anos 605 e 597 a.C., quando o Senhor interveio contra o povo eleito em meio à terrível pecaminosidade que dominava o reino de Judá.    Incrivelmente, os povos de Israel e de Judá foram os que mais receberam as bênçãos de Deus na sua história. O seu livramento da escravidão egípcia, que durou mais de 400 anos, por intervenção divina seria suficiente para jamais aquele povo esquecer-se da grande bondade e misericórdia de Deus para com ele, em cumprimento às promessas feitas pelo Senhor a Abraão, a Isaque e a Jacó. No entanto, ao longo dos livros do Antigo Testamento, sobretudo os livros proféticos, vemos que Israel foi o povo mais ingrato ao seu Deus. Desde o livro de Juízes, a Bíblia registra que o Senhor considerou Israel como “povo obstinado” (Êx 32.9; 33.3; Dt 9.6,13).   O profeta Habacuque registrou parte dessa história de falta de gratidão a Deus e de temor ao seu santo nome. Diante da gravíssima iniquidade de Judá e a aparente inação dos céus, o profeta dirige-se a Deus, clamando pela sua justiça. Era tremendamente urgente a necessidade de um avivamento espiritual para o povo que estava em total decadência, abusando da bondade e da misericórdia de Deus. Os dias atuais não são diferentes. São piores, em termos de iniquidade e desprezo pela Palavra de Deus.    Nos carnavais, os homens debocham de Deus, de Cristo e da sua Igreja e são aplaudidos de pé por multidões dominadas pelo Diabo, mas o seu fim já está previsto na Lei de Deus.    Habacuque muito sofreu diante da iniquidade avassaladora que havia em Judá. E ele, como mensageiro de Deus, nada podia fazer além de orar e clamar ao Senhor. O que mais o angustiava era o fato de perceber que Deus não agira prontamente contra a corrupção espiritual e moral do seu povo. No seu clamor pela intervenção divina, podemos ver alguns aspectos da situação deplorável do povo.

2.   A aparente indiferença de Deus   -    […] uma sociedade decadente é onde a impunidade prevalece (1.4a). Habacuque diz: “Por esta causa, a lei se afrouxa…” (1.4). Delitzsch diz que a palavra “lei” aqui é a Torah, ou seja, a lei revelada em toda a sua substância, que tinha o propósito de ser a alma e o coração de toda a vida política, religiosa e doméstica. A. R. Crabtree, por sua vez, entende que Habacuque não está falando aqui simplesmente da lei no sentido da revelação divina, mas da lei orgânica ou estatutária, baseada no Pentateuco e administrada pelos anciãos ou juízes.     Essa lei já não tinha mais autoridade nem respeito em Judá. Ela era paralisada e ineficaz, não produzindo nenhum resultado positivo. A lei tinha sofrido um golpe de nocaute, e a iniquidade era o vitorioso incontestável. David Baker afirma que o resultado dessas injustiças sem fim é que a lei (a principal força que deveria tê-los sob controle) se afrouxa. A lei deveria ser o alicerce da ordem divina para a sociedade (Ex 18.16,20; Is 2.3; Jr 32.23), mas esta estava sem vigor. Concordo com Isaltino Gomes Coelho Filho quando afirma que a palavra “lei”, torah, neste contexto não se trata da lei revelada. Esta não afrouxa nunca (Is 40.8). O termo está sendo aplicado à lei jurídica. Ela brota da lei revelada, e, por isso, é chamada de torah.    A lei não passava de uma mera peça de decoração a enfeitar o leito de uma sociedade em estado terminal. A lei existia, mas não era cumprida. A lei estabelecia limites, mas estes não eram respeitados. Os infratores tinham plena consciência de que seus crimes não seriam apanhados ou jamais seriam punidos exemplarmente. Onde a impunidade prevalece, a lei fica frouxa, e o povo amarga desilusão. Em Judá, as pessoas más ganhavam, e as pessoas boas perdiam.     Os juízes não mais tomavam decisões justas. A lei, que fornecia os ensinamentos morais, tinha sido abandonada.    A nação de Judá tornou-se destituída de lei.     Em sétimo lugar, uma sociedade decadente é marcada por um poder judiciário impotente ou corrompido (1.4b).     Habacuque diz: “[…] a justiça nunca se manifesta…” (1.4).    A justiça nos tribunais era uma piada, porquanto o dinheiro, e não a justiça, determinava o resultado dos julgamentos e os decretos dos reis. A justiça não se manifestava por duas razoes: por fraqueza dos magistrados ou por conivência deles com os esquemas de opressão. Naquele tempo, Judá estava sendo governada por homens maus. A liderança da nação estava rendida aos crimes mais execráveis. Quando a liderança se corrompe, o povo geme.    Warren Wiersbe diz que os problemas de Judá eram causados por líderes que não obedeciam à lei. Os ricos exploravam os pobres e escapavam do castigo subornando os oficiais. A lei era ignorada ou distorcida, e ninguém parecia se importar. Os tribunais eram corruptos, os oficiais só se interessavam em ganhar dinheiro, e a admoestação de Êxodo 23.6-8 era completamente desconsiderada.   A certeza da impunidade é um poderoso estímulo para o transgressor. E esta a razão moral pela qual o crime deve ser punido. Além de ser transgressão, é estímulo. E é por essa razão que um cristão não se compactua com o mal. Ser conivente é estimular o erro. “A justiça nunca se manifesta” é a consequência da impunidade e da corrupção, diz Isaltino Gomes Coelho Filho.    Russell Champlin diz que não havia mais verdade objetiva e final em Judá. O pragmatismo e o utilitarismo prevaleciam.    Os injustos eram peritos no seu poder de enganar e roubar os justos e inocentes. Os judeus da época tinham se tornado em ateus práticos (Tt 1.16). Provavelmente, professavam crença em Deus, mas viviam em consonância com seus interesses próprios, que eram o seu deus real.

3.   A resposta pronta de Deus    Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos, e desvanecei. A resposta para a inquirição do profeta viria a ele de maneira surpreendente. A corrupta nação de Judá seria severamente corrigida através da agência de um poder estrangeiro, a saber, a briguenta Babilônia, uma nação muito mais corrupta do que Judá, se isso fosse possível.      “Dentre os pagãos” virá o terror que corrige, o látego de Yahweh. Essa será uma maravilha espantosa. E deve ter parecido um ponto de admiração para o profeta, que não teria imaginado que tal instrumento corretivo seria usado. Outros- sim, esse fenômeno viria na própria época do profeta. Ele seria uma testemunha do profeta.    Embora houvesse uma divina revelação do fato, não era do tipo em que Habacuque teria crido. As ordens estão no plural, para incluir a observação do povo em geral, que ficaria surpreso diante do ataque que tinha por propósito curar, mas que seria realmente severo. Ver a citação paulina deste versículo em Atos 13.41. Mas ele aplicou essas palavras, como uma acomodação à missão do Messias entre os gentios. Acomodação significa que as palavras são aplicadas a uma ideia diferente do que o contexto original pretendia.    Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa. Os caldeus são os mesmos babilônios. Ver no Dicionário o artigo chamado Caldéia. Essa palavra refere-se a um distrito do sul da Babilônia que fez parte do território da Babilônia em uma época posterior. Seu nome acabou referindo-se ao país inteiro. Ver também sobre a Babilônia. O povo é aqui descrito como “cruel e poderoso” (NCV). A NIV diz: “brutal e impetuoso”.      Eles eram opressores da primeira ordem e totalmente destituídos de restrições morais. As palavras hebraicas envolvidas são mar (amargo, brutal) e mahar (rápido, apressado, impetuoso). Ezequiel chamou esse povo de ‘aris, “que lança o terror”. Ver Eze. 28.7; 30.11; 31.12 e 32.12. Em harmonia com sua natureza vil, eles estavam efetuando ataques generalizados (internacionais) contra povos vizinhos, matando e saqueando, apossando-se de territórios de não lhes pertenciam. “Judá era apenas uma partícula de poeira para o gigantesco aspirador de pó” (J. Ronald Blue, in loc).    Ela é pavorosa e terrível. A Babilônia não se incomodava com a opinião pública ou as leis internacionais. “Cria, ela mesma, o seu direito e a sua lei” (NIV).    Eles promoviam sua própria honra e auto-engrandecimento, e não se importavam com a simpatia humana. “Eles faziam o que bem queriam fazer. Eram bondosos somente consigo mesmos” (NCV). Eram modelos de atos brutais e interesseiros, que deixavam espantados a outros pagãos. Foi um fato histórico interessante que Abraão tinha migrado de Ur da Caldéia, pelo que a história remota de Israel estava associada a esses povos.    Mas agora os caldeus e os babilônios tinham entrado em erupção, e a lava deles fluía por todo o mundo conhecido na época.Era inútil esperar qualquer misericórdia. Eles eram um machado perfeito para decepar a nação de Judá. E o profeta Habacuque se admirava de que Deus usasse um instrumento de tão aviltado caráter para castigar o povo de Judá. Mas o teísmo bíblico (ver a respeito no Dicionário) comumente pinta Yahweh a usar qualquer tipo de látego em suas intervenções entre as nações e os indivíduos. Isso levanta questões morais do ponto de vista mais iluminado do cristianismo.    Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos. Mais Descrições sobre os Babilônios. Eles tinham os melhores cavalos de combate, tão velozes que pareciam correr mais do que os leopardos. O leopardo não é o mais rápidos dos grandes felinos, mas é muito mais veloz do que um cavalo. Além disso, o leopardo é animal de presa, que não tem misericórdia com as suas vítimas. E os babilônios eram mais ferozes do que os lobos que atacam ao escurecer do dia quando estão famintos, caçando vítimas para comer.    Os babilônios eram vorazes e estavam sempre à procura de novas vítimas. De fato, eram como abutres sobrevoando a carniça, ou como águias que voavam à espera de encontrar uma presa, sobre a qual se precipitavam como uma flecha. Cf. Jer. 4.13; 5.17 e Lam. 4.19. Os réprobos babilônios devoravam tudo quanto podiam e ainda cativavam as poucas vítimas sobreviventes. Eram especialistas no genocídio. este versículo também com Deu. 28.49; Jer. 48.40; 49.22 e Eze. 17.5.


                II.    O AVIVAMENTO PELA PALAVRA

1.    Ouvir a Palavra de Deus   -   A Palavra e a oração nos colocam no caminho da restauração (3.1,2)

A Palavra de Deus e a oração são os dois grandes instrumentos que nos levam à vitória. Ouvir Deus por meio da Palavra e falar com Deus por meio da oração são a receita para uma vida vitoriosa. Destacamos três importantes verdades:    a) Ouvir a Palavra de Deus é a única maneira de enfrentarmos vitoriosamente a crise (3.2). O profeta Habacuque ouviu Deus falando que disciplinaria Judá pelas mãos dos caldeus, e isso encheu o seu coração de espanto. Entretanto, agora, Deus fala ao profeta que vai julgar a Babilônia e derramar sobre os pecadores impenitentes cinco “ais” de juízo. A opulenta e megalomaníaca Babilônia seria banida do mapa, e suas glórias seriam apenas peças decorativas dos museus.     O profeta escuta sobre a disciplina de Judá e acerca do juízo sobre a Babilônia, e isso o deixa alarmado. A Palavra de Deus trouxe impacto ao coração de Habacuque. Ele ficou alarmado ao perceber que o Deus santo e soberano não deixaria de julgar o pecado, seja na vida do seu povo, seja na vida daqueles que se prostram diante dos ídolos. A revelação de Deus transformou o Habacuque questionador no Habacuque adorador. Tirou-o do vale do medo para a montanha da fé.    Isaltino Gomes Coelho Filho afirma que o fato de Habacuque ter ouvido a Palavra de Deus lhe trouxe segurança.    O mesmo escritor recomenda: E por essa razão que precisamos ouvir a Palavra divina, quer por meio do estudo pessoal das Escrituras, quer por meio da nossa participação nos cultos, ouvindo mensagens bíblicas. A Palavra de Deus, quando ouvida com sinceridade, produz em nós uma visão muito mais clara de quem é Deus e de como Ele age, além de nos proporcionar segurança.    b) Ouvir a Palavra de Deus deve nos levar à oração fervorosa (3.2). Palavra e oração precisam andar de mãos dadas.    Não podemos separar aquilo que Deus uniu. Habacuque ouve e Habacuque ora. A Palavra de Deus produz em nós dependência de Deus. A voz de Deus nos põe de joelhos.    Os apóstolos entenderam que precisavam dar primazia à oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). Ao longo da História, a Igreja triunfou quando deu primazia à Palavra e prioridade à oração. De outro lado, sempre que a Igreja abandonou a trincheira da fidelidade à Palavra e o zelo pela oração fervorosa, ela se desviou e se perdeu.    c) A oração que honra ao Senhor deve caminhar da humilhação do homem para a exaltação de Deus (3.2). O profeta começou a orar ao Senhor, e não discutir com o Senhor, e sua oração logo se transformou em louvor e adoração.

2.    Temer a Deus   -   Eu ouvi, e temi. As mensagens que procedem imediatamente do céu normalmente causam consternação até mesmo aos melhores homens, sim, até mesmo aos mais corajosos; Moisés, Isaías e Daniel temeram e se abalaram grandemente.    Mas, além disso, o assunto desta mensagem fez o profeta ficar com medo, quando ele ouviu como o povo de Deus seria abatido, debaixo do poder opressor dos caldeus, e por quanto tempo eles iriam continuar debaixo dele; ele estava com medo que os ânimos deles esmorecessem, e desejava que a igreja não fosse totalmente arrancada e destruída; e, sendo abatida por tanto tempo, não acabasse se perdendo.    Ele ora vigorosamente para que por causa dos eleitos estes dias de angústia pudessem ser abreviados, ou que a aflição destes dias pudesse ser mitigada e moderada, ou que o povo de Deus a suportasse e se consolasse debaixo dela.

3.   O clamor pelo avivamento   -   O clamor pelo avivamento nos leva de volta ao favor do Senhor (3.1,2)

Avivamento é um dos temas mais falados e mais distorcidos na igreja evangélica da atualidade. Muitos confundem avivamento com dons espirituais, com estilo litúrgico ou com a presença de sinais e milagres. Outros pensam que o avivamento pode ser administrado pela igreja e que ela pode determinar o tempo da sua chegada. Há aqueles que confundem entusiasmo humano com o mover do Espírito e grandes multidões com abundantes conversões.     O avivamento verdadeiro vem do céu. E de Deus. E obra soberana do Espírito Santo. O avivamento sempre está centrado na Palavra de Deus. Onde prospera a heresia, não existe avivamento, pois o Espírito não honra aqueles que desonram a verdade. O avivamento sempre leva a igreja à oração, à santidade e ao trabalho. Vamos destacar alguns pontos desse clamor de Habacuque:    a) O tempo em que a igreja deve buscar o avivamento (3.2). Habacuque pede que Deus avive sua obra no decorrer dos anos. Ele não pensa apenas nele e na sua geração. Sua preocupação é com a manifestação da glória de Deus ao longo da História. O avivamento está focado em Deus, e não no homem; na glória de Deus, e não nos direitos do homem; na Salvação dos povos, e não na prosperidade deles.     O avivamento deve ser o anseio da igreja em todos os tempos, em todos os lugares. As vitórias do passado não são suficientes para a igreja avançar hoje. Os derramamentos do Espírito no passado não são suficientes para encher a igreja do Espírito Santo hoje. Devemos orar pelo avivamento sempre. Devemos nos preparar para o avivamento sempre.    Devemos desejar ansiosamente por ele sempre. Nossa oração deve ser a mesma de Habacuque: “Aviva a tua obra no decorrer dos anos”.    b) A base em que a igreja deve buscar o avivamento (3.2). Habacuque pede o avivamento a Deus não confiante na justiça própria ou confiado nos merecimentos do povo de Judá. Ao contrário, ele diz: “[…] na tua ira, lembra-te da misericórdia” (3.2). Habacuque sabe que Deus é santo e justo. Ele sabe que o pecado provoca a ira de Deus. Sabe que o pecado merece o juízo divino. Contudo, ao mesmo tempo, ele reconhece que Deus é misericordioso e capaz de amar infinitamente os objetos da sua ira. Por isso, pede clemência, e não justiça. Ele sabe que é das entranhas da misericórdia divina que fluem os rios caudalosos do avivamento.     O avivamento vem quando Deus se volta da Sua ira para a misericórdia. O avivamento acontece quando Deus volta Sua face para o Seu povo em favor misericordioso. O avivamento não é merecimento da igreja; é favor de Deus.    c) O autor do avivamento que a igreja deve buscar (3.2).     O avivamento é obra de Deus, e não do homem. Ele não é promovido pela igreja; é concedido pelo Espírito Santo. A igreja não agenda avivamento; ela pode apenas buscá-lo.    A igreja não produz o vento do Espírito; ela pode apenas içar suas velas na sua direção. A igreja não é dona da agenda do Espírito Santo. Este sopra onde quer, como quer, e ninguém pode detê-lo ou administrá-lo. O avivamento é obra soberana de Deus. Só o Senhor pode fender os céus e derramar o Seu Espírito. Habacuque não marca a data do avivamento; ele, humilde, o pede a Deus.     d) A urgente necessidade que a igreja tem do avivamento (3.2). O profeta Habacuque pede avivamento, e não ausência de sofrimento. Pede a manifestação poderosa de Deus no meio do seu povo, e não prosperidade econômica e política para o seu povo. Ele quer Deus, mais do que as bênçãos de Deus. O avivamento é a expressa vontade de Deus e a vital necessidade da igreja. Destacamos quatro pontos importantes sobre o avivamento:    – a necessidade imperativa do avivamento. Vivemos hoje a crise das polarizações. Há igrejas que têm doutrina, mas não crescem; há igrejas que crescem, mas não têm doutrina nem ética. Há aqueles que são ortodoxos na doutrina, mas são liberais na ética. São ortodoxos de cabeça e hereges de conduta. Uns têm caráter, mas não têm carisma; outros têm carisma, mas não têm caráter. Os que sabem não fazem; os que fazem não sabem. Vivemos hoje a polarização entre a aridez espiritual e o emocionalismo. Há aqueles que pensam que, se uma pessoa não chora no culto, ela é seca; outros pensam que os que choram são vazios. Estou certo de que uma mente invadida pela verdade produz um coração quebrantado e olhos molhados. A vinha de Deus está murcha, e a figueira está sem frutos. Por isso, precisamos clamar por um avivamento espiritual.     – a confusão sobre o avivamento. Muitos confundem avivamento com cacoetes pentecostais, com modismos heterodoxos, com danças litúrgicas, com coreografias pirotécnicas, com cifltôs encharcados de emocionalismo e propagandas de milagres. Outros confundem avivamento com ajuntamento. Nem sempre uma multidão reunida é sinal de avivamento. O avivamento não é fabricado na terra, mas agendado no céu. A igreja não produz as chuvas do Espírito; ela pode apenas dobrar os joelhos e clamar para que elas venham regar a terra. O avivamento é obra do Espírito Santo, que traz restauração para a igreja, salvação para o mundo e glória para Deus.       – o conteúdo do avivamento. O avivamento é concebido no útero do quebrantamento e nasce com o choro do arrependimento.    O avivamento é marcado por oração abundante.     Assim como a chuva cai sobre a terra seca, as torrentes do Espírito vêm apenas sobre os sedentos (Is 44.3). Não há derramamento do Espírito sem que a igreja tenha sede de Deus. Hoje, a igreja está substituindo o Deus das bênçãos pelas bênçãos de Deus. A igreja quer a dádiva, mais do que o Doador; quer a bênção, mais do que o Abençoador; quer as riquezas do mundo, mais do que as riquezas do céu. Essa atitude está na contramão do verdadeiro avivamento. O verdadeiro avivamento também traz revestimento de poder para uma igreja que está impotente. Hoje, a igreja tem ricos templos, mas não a glória de Deus em seus santuários. Tem crentes influentes na sociedade, mas não pessoas influentes no céu. Tem influência política, mas não poder espiritual.       Tem poder econômico, mas não autoridade espiritual.     – o resultado do avivamento. Quando o avivamento chega, a igreja se torna ousada para pregar a Palavra. Cada crente se torna um embaixador, um ministro da reconciliação.    Quando o avivamento vem, a igreja cresce em graça, em conhecimento e em número. Nunca a igreja avançou com tanta pujança como quando Deus visitou o Seu povo com generosos derramamentos do Seu Espírito! No século 18, o avivamento na Inglaterra tirou a igreja das cinzas do desânimo para um estupendo crescimento numérico.    Multidões se acotovelavam nas praças para ouvir os servos de Deus. Nos Estados Unidos, cerca de dois milhões de pessoas converteram-se a Cristo no avivamento que varreu esse país nos idos de 1857 a 1859. No avivamento do País de Gales, em 1904, em apenas seis meses, cerca de cem mil pessoas converteram-se ao evangelho e foram agregadas às igrejas. Na Coréia do Sul, ainda hoje os ventos do avivamento enchem igrejas com dezenas de milhares de membros comprometidos com a santidade e com o trabalho. Sempre que o avivamento vem, a igreja se fortalece, e multidões são atraídas e transformadas pelo evangelho.


                III.    AVIVAMENTO: QUESTÃO DE VIDA OU DE MORTE

1.   O clamor pela misericórdia de Deus   -   “Faze algo para a consolação do teu povo: Na ira lembra-te da misericórdia, e a notifica. Mostre a tua misericórdia, ó Senhor!” Salmos 85.7. Eles veem o desprazer de Deus contra si mesmos em suas aflições, e isto os torna realmente angustiados. Há ira no cálice amargo; então eles protestam, e estão ansiosos por rogar que o precioso e bendito Senhor seja um Deus misericordioso e que eles sejam vasos da sua misericórdia. Note que nem mesmo aqueles que estão sob os sinais da ira de Deus devem perder a esperança da sua misericórdia; e a misericórdia é aquilo para o que devemos fugir em busca de refúgio; devemos confiar nela como o nosso único recurso. Ele não diz, Lembra-te do nosso mérito, mas, Senhor, lembra-te da tua própria misericórdia.

2.    Deus é misericordioso     A misericórdia é o ato de tratar um ofensor com menor rigor do que ele merece. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolve a ideia de dar a alguém algo que não merece. Pode referir-se a atos de caridade ou de cura. Também aponta para o ato de aliviar o sofrimento, inteiramente à parte da questão de mérito pessoal. Quando chega à ideia de favor desmerecido, então, já se toma um sinônimo da palavra «graça». Alguém já declarou que a misericórdia retém o julgamento que um homem merece; que a graça outorga alguma bênção que esse homem não merece. De fato, algumas vezes pode ser feita essa distinção, mas, na maior parte dos casos, os dois conceitos justapõem-se. Por conseguinte, a misericórdia pode indicar benevolência, benignidade, bênção, clemência, compaixão e favor.      A misericórdia é uma «atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um malfeitor Apesar de ser uma atitude apropriada somente a um superior ético, não denota condescendência, e, sim, amor, desejando restaurar o ofensor e mitigar, se não mesmo omitir, o castigo que esse ofensor merece. Na Bíblia, a misericórdia de Deus é oferecida gratuitamente, uma expressão não-constrangida de amor, sem qualquer mácula de preconceito, aberta a todos os homens, dignos e indignos igualmente. A teologia cristã não considera a misericórdia divina como incompatível com os seus justos julgamentos, mas considera ambas as coisas como expressões vivas de seu amor, conforme o mesmo é revelado em Cristo, cuja morte expiatória reconcilia as exigências da justiça divina com as misericórdias divinas» (E).   «É evidente que a misericórdia combina um forte elemento emocional, usualmente identificado com a compaixão, a piedade ou o amor, com alguma demonstração prática de gentileza ou bondade, em resposta à condição ou às necessidades do objeto da misericórdia»

3.     Clamemos a Deus   -   A oração, em si mesma, é um excelente meio para o crescimento do espírito. A interação consciente com Deus é essencial para a excelência moral e espiritual. A verdadeira oração é o meio de nos tornarmos cada vez mais semelhantes a Cristo. A aquiescência à vontade divina frequentemente é exigida antes que uma solicitação seja atendida. Reiteradas vezes não sabemos bem o que havemos de orar, e é um favor divino que nossas orações não sejam todas respondidas de pronto.     Há determinadas ocasiões em que nossa vontade egoísta deve ceder diante da vontade divina. Jesus orou para que o cálice fosse afastado dEle, mas isso não aconteceu e Ele se rendeu à vontade divina superior: “Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). Não há razões para nos mostrarmos ansiosos pela ausência de respostas imediatas à oração. Deus, em sua fidelidade, testifica em nossos espíritos que Ele está realizando uma obra — e não importa que ela pareça demorada!





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Habacuque, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 2.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD.

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Teologia Bíblica da Oração., Robert L. Brandt e Zenas J. Bickegt - Editora CPAD. 

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2 comentários:

  1. Paz do Senhor!

    Irmãos e amigos tudo bem?
    Graças a Deus que chegamos à mais um final de Trimestre abençoado.

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  2. Agradeço à cada um de vcs que tem alavancado este projeto. Louvo ao Senhor que neste trimestre, muitas portas foram abertas, Glória a Deus. Chegamos em alguns países que aparentemente aos meus olhos eram impossíveis de entrar... Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

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