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quinta-feira, 30 de março de 2023

LIÇÃO 02 - A PREDILEÇÃO DOS PAIS POR UM DOS FILHOS.

 

PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II.



                TEXTO ÁUREO

" E amava Isaque a Esaú, porque a caça era do seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó." (GN 25. 28)


                VERDADE PRÁTICA

A preferência de filhos dentro do lar gera divisão e promove o egoísmo na formação deles.


 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: GN 25. 19-28



                        INTRODUÇÃO

Esta seção conduz-nos a Jacó e Esaú, os irmãos gêmeos que competiam e chegaram a ser progenitores de duas nações distintas. Até hoje vemos reflexos disso, no conflito árabe-israelense.     O nome de Jacó foi mudado para Israel, onde achamos o começo do nome da nova nação. Seus filhos tornaram-se os patriarcas da nova nação, e seus descendentes multiplicaram-se de forma incrível no Egito.    Somente ao serem libertos da servidão egípcia foi que os israelitas reclamaram a posse do território que lhes fora prometido, tornando-se assim, finalmente, a nação que Deus havia prometido a Abraão. Há toda uma sequência: Israel-Árabes (em Sara e Hagar); Israel-Árabes (em Isaque e Ismael); Israel-Árabes (em Jacó e Esaú).


                    I.    O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA

1.   O plano divino para a família de Isaque e Rebeca   -  […] a oração de Isaque por Rebeca (25.19-21). Isaque casou-se com Rebeca quando tinha quarenta anos de idade e orou por ela vinte anos até que ela concebesse. Isaque é o único patriarca monogâmico. Rebeca era estéril. Isaque orou ao Senhor. Rebeca era estéril, tal como o fora Sara, antes dela; e a questão tornou-se motivo especial de orações. A oração funciona, e o homem espiritual não a dispensa.    O Senhor ouviu-lhe as orações, e Rebeca concebeu. Se Abraão esperou 25 anos para que Deus abrisse a madre de Sara, Isaque orou vinte anos para que Deus fizesse o mesmo com Rebeca, o que mostra que a paciência e a perseverança na oração era uma marca de Isaque. Jacó teve de trabalhar catorze anos para conseguir Raquel, e José precisou esperar 22 anos para encontrar sua família. Nosso tempo está nas mãos de Deus, como diz o salmista: Nas tuas mãos, estão os meus dias… (Sl 31.15).

2.    O propósito presciente de Deus   -   Duas nações. Os dois fetos já sentiam o destino, já estavam em conflito, já sentiam em si mesmos seus poderes regenerativos, prevendo duas nações em choque que deles descenderiam. Eles eram grandes demais para ficarem confina- dos em um lugar tão apertado. As profecias feitas pelos familiares de Rebeca (Gên. 24.60) já estavam tomando forma.      Este versículo vinte e três parece ter tido origem em um antigo poema, ou ter originado um poema. Ellicott procurou dar-lhe um formato poético moderno:    Duas nações há no teu ventre,    Dois povos, nascidos de ti, se dividirão:    Um povo será mais forte que o outro,    E o mais velho servirá ao mais moço.    Dois filhos, totalmente diferentes um do outro, cresceriam e se tornariam homens em conflito; e homens em conflito tornar-se-iam nações adversárias.      Os edomitas viriam de Esaú; os israelitas viriam de Jacó. Esaú foi um habilidoso caçador, deleitando-se na vida ao ar livre; Jacó era homem comum que habitava em tendas e preferia uma vida pacífica, cuidando de suas vacas e de suas ovelhas.   Uso da Passagem por Paulo. As tradições judaicas concernentes a Esaú são muito severas, crivando-o de adjetivos pesados e enfatizando a sua impiedade, algo que não transparece em nenhuma passagem do Antigo Testamento que fato sobre ele. Paulo tirou proveito dessa apreciação adversa dos judeus acerca dele, utilizando-a em Romanos 9.10-13. Ali, Jacó representa os eleitos, e Esaú, os não- eleitos, um, amado, e outro, odiado. Felizmente, outros textos do Novo Testamento vão além dessa drástica avaliação e projeção, oferecendo esperança na missão mais ampla de Cristo.


            II.    O CONFLITO FAMILIAR

1.   A esterilidade de Rebeca   -   Isaque tinha quarenta anos de idade quando se casou. Embora fosse filho único e a pessoa de quem deveria vir a semente prometida, ainda assim ele não teve pressa em casar-se. Ele tinha sessenta anos de idade quando seus filhos nasceram (v. 26), de modo que, depois de casar-se, não teve filhos durante vinte anos. Observe que embora o cumprimento da promessa de Deus seja sempre garantido, frequentemente é lento e parece ser contradito pela Providência, para que a fé dos crentes possa ser testada, a sua paciência exercitada e as graças esperadas durante muito tempo possam ser mais bem vindas quando chegarem.   Enquanto esta graça tardava, Isaque não se aproximou do leito de uma serva, como tinha feito Abraão, e como fez Jacó posteriormente. Pois ele amava Rebeca, cap. 24.67. Mas: 1. Ele orou: Ele “orou instantemente ao Senhor” por sua mulher. Embora Deus tivesse prometido multiplicar a sua família, ele rogou por isto. Pois as promessas de Deus não devem substituir, mas incentivar, as nossas orações, e serem aproveitadas como a base da nossa fé. Embora ele rogasse por esta graça com muita frequência, e continuasse com as suas súplicas por muitos anos, e ela não fosse concedida, ainda assim ele não deixou de rogar por isto. Pois os homens devem orar sempre e nunca desfalecer (Lc 17.1), orar sem cessar, e bater até que a porta seja aberta. Ele orou por sua mulher.   Alguns entendem que ele orou com sua mulher. Observe que maridos e esposas devem orar juntos, o que é sugerido na advertência do apóstolo, Para que não sejam impedidas as suas orações, 1 Pedro 3.7. Os judeus têm uma tradição que diz que Isaque, por fim, levou a sua esposa consigo ao monte Moriá, onde Deus tinha prometido multiplicar a semente de Abraão (cap. 22.17), e ali, em oração com ela, e por ela, implorou o cumprimento da promessa feita naquele mesmo lugar. 2. Deus ouviu a sua oração, e recebeu a sua súplica. Observe que os filhos são presentes de Deus. Aqueles que permanecem constantes em oração, como Isaque, descobrirão, por fim, que não buscaram em vão, Isaías 45.19.

2.   O conflito: "E os filhos lutavam no ventre dela" (Gn 25. 22)     -    O Conflito Eterno. Sempre haverá conflito. O conflito árabe-israelense tem tido várias manifestações. Houve a luta entre Sara e Hagar, transferida para Isaque e Ismael. Hoje temos a luta entre os israelenses e os árabes, descendentes de Isaque e Ismael. Neste versículo o conflito dava-se no ventre de Rebeca, entre os gêmeos, Jacó e Esaú. O propósito divino sempre foi o de separar e desenvolver. Um propósito governava a linhagem Abraão-lsaque-Jacó. Outro propósito governava a linhagem Abraão-Ismael-Esaú.   A linhagem de Rebeca, através de Jacó, produziu a nação de Israel. A outra linhagem produziu os ismaelitas e os edomitas, os quais, em considerável proporção, se mesclaram com várias nações árabes. Assim, Deus abençoou ambas as linhagens, mas de diferentes modos. Israel tornou-se mestra das nações e guardiã das revelações divinas, que culminaram no Messias, Jesus. Mas isso aconteceu a fim de que todas as nações viessem a ser abençoadas. O propósito de Deus é grandioso e amplo. Onde não redime, restaura, do que Isaque e Ismael são tipos.    Por Quê? A luta no ventre de Rebeca era de natureza existencial. Rebeca indagava o que poderia estar sucedendo. Era apenas natural que ela tivesse consultado o Senhor (vs. 23). Adam Clarke lançou a culpa sobre “a primeira vez em que uma mulher engravida”, mas a questão envolvia muito mais do que isso.   Fantasias têm embelezado o texto. Alguns intérpretes judeus dizem que Rebeca teria consultado Sem ou Melquisedeque, ou que ela teria ido a algum altar especial, como o de Betei ou o de Berseba, a fim de obter resposta. Isso é possível. As pessoas costumam visitar santuários quando enfrentam problemas graves.     Lutavam. No hebraico, esmagavam. A violência predizia mais violência futura.


3.    O favoritismo do casal pelos filhos   -   O conflito familiar já existia frente as rivalidades dos irmãos Jacó e Esaú. Entretanto, os posicionamentos que os pais tomaram na tratativa deste conflito foi, de fato, um agravante. Não devemos definir quem estava certo ou errado, mas é prudente pensar que todos tiveram sua parcela de culpa.     A Bíblia nos fala que existia uma preferência dos pais pelos seus filhos: “Isaque amava a Esaú, porque se saboreava de sua caça; Rebeca, porém, amava a Jacó” (Gn 25.28). Esse favoritismo explícito dificultou ainda mais as coisas, principalmente, porque Deus já havia estabelecido a sua preferência. Livre e soberanamente, Deus havia escolhido Jacó como o herdeiro da promessa e, Isaque, por maior amor que tivesse por Esaú, não poderia contrariar o que Deus já havia estabelecido.    Temos aqui um sério alerta sobre o perigo da predileção entre os filhos. Dar atenção especial a um filho, em detrimento do outro – ainda que em alguns casos isso seja necessário – pode causar sérios problemas: ciúme, ódio, falta de cordialidade, etc. Cabe aos pais edificar um lar de amor, disciplina e aceitação mútua. É preciso combater a rivalidade e a competição entre irmãos. Todos devem sentir-se acolhidos e amados, ainda que considerando a peculiaridade de cada filho.   Mas, o ápice do conflito familiar se deu no momento em que Isaque foi dar sua bênção. O tema desse conflito familiar agora se manifestou plenamente na busca da bênção patriarcal e os equívocos e fraquezas vêm à tona:

a. Isaque se escora em seus sentidos falíveis e não na orientação de Deus (27.4, 21-27);
b. Isaque errou em não se impor como líder espiritual de sua casa e, possivelmente, em não dar ouvidos à Rebeca, sua esposa. Aqui há um paralelo contrastante com 21.8-14;
c. Rebeca contribui para o problema familiar posicionando sua preferência em Jacó; ele usa de astúcia, mas, apesar do seu método não ser o correto, os seus valores espirituais são bons (25.23; 26.35; 27.46);
d. Esaú quebrou o seu juramento a Jacó, pois já havia aberto mão de sua bênção na troca pelo prato de comida (25.31-33); Esaú mostrou seu desprezo pelas bênçãos da aliança ao se casar com as mulheres cananeias (24.3-4; 26.34-35), desapontando inclusive aos seus pais (26.35);
e. Jacó mentiu descaradamente (27.19-20).


                III.      O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR FILHOS NA FAMÍLIA

1.   Esaú, o filho predileto de Isaque   -   O primogênito sem o direito de o ser

Esaú, em hebraico, significa “peludo”. Ele também foi chamado de Edom, que, em hebraico, significa “vermelho”. Ele foi o pai dos edomitas, que habitaram em uma região que hoje é conhecida por Aqaba. Esaú nasceu ruivo e peludo. Ele era um perito caçador, um homem viril, do campo, destemido e agitado, completamente oposto a Jacó. Eles eram muito diferentes, tanto na aparência quanto no temperamento.
Esaú era o primogênito. Na cultura hebraica “o filho mais velho tinha o direito de ser o herdeiro principal da fortuna da família (27.33; Dt 21.17; 1Cr 5.1-2). A herança paterna era dividida pelo número de filhos, e o primeiro sempre tinha direito a duas partes. Por exemplo, se fossem nove filhos, o primeiro receberia duas partes e os outros oito dividiriam as sete partes restantes. Se fossem apenas dois filhos, o primeiro herdava as duas partes sem deixar nada para o irmão. Ao primogênito também cabia a responsabilidade de ser o protetor da família. Na família da aliança, essa fortuna incluía a promessa do Senhor de dar a Abraão uma descendência na terra que abençoaria todas as nações. A primogenitura era transferível, como nos casos de Judá/Rúben, Efraim/Manassés e Salomão/Adonias” (Bíblia de Estudo de Genebra). Em outras palavras, a primogenitura era algo que não se podia dispensar. Era tida como ação graciosa de Deus para um propósito divino e, portanto, considerada uma bênção imensurável.
Esaú, entretanto, rejeitou esta bênção quando a trocou por um prato de lentilhas: “Tinha Jacó feito um cozinhado, quando esmorecido, veio do campo, Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido. Daí chamar-se Edom. Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? (…) Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura” (Gn 25.29-32,34).    Esaú demonstrou total desprezo pelas coisas de Deus quando rejeitou sua primogenitura, vendendo-a. Essa atitude o caracteriza como um homem profano, imediatista e soberbo, contrapondo-se ao caráter de um servo de Deus: “…nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura” (Hb 12.16). Ele pagou um preço muito alto por este desprezo, pois, mais tarde, quando tentou recuperar a bênção, foi rejeitado.

Não houve lugar para arrependimento: “…querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hb 12.17).

2.    Jacó, o filho predileto de Rebeca   -    O primogênito de fato e de direito

Pode soar estranho o que nasceu depois ser considerado o primogênito de fato e de direito, mas, não é. A primogenitura de Jacó não se dá pela ordem do nascimento, mas pela eleição soberana de Deus.
Jacó, diferentemente de seu irmão, era pacato, tranquilo, gostava da casa e de seus afazeres (Gn 25.27). O nome de Jacó pode ter dois significados: “aquele que segura o calcanhar” ou “astuto, suplantador”. Além da aparência física e do caráter, Jacó era diferente de seu irmão, Esaú, também na ambição e na ação:
• Jacó queria a bênção da primogenitura desde o ventre de sua mãe e, isto, é demonstrado quando a narrativa bíblica dá ênfase no modo como eles nasceram – Jacó segurava o calcanhar de Esaú (25.26), numa demonstração de que ele queria ser o primeiro.
• Jacó almejava a bênção de Deus (primogenitura), mesmo sabendo que isto poderia ser impossível. Quando lemos o texto à impressão que fica é que Jacó estava sempre atento às oportunidades. Assim, quando Esaú chega esmorecido e com fome, Jacó simplesmente oferece um acordo – a comida pela primogenitura (25.29-34).
• Jacó também não mediu esforços nem as consequências para conseguir o que queria. Quando soube que o seu pai, já muito velho, abençoaria ao seu irmão, orientado pela mãe, ele se passou por Esaú e foi receber a bênção de Isaque. Havia no coração de Jacó intensidade em querer as bênçãos do Senhor (27.1-29).

Além disso, precisamos entender que Jacó era o herdeiro da promessa desde a sua concepção, eleito soberanamente pelo próprio Deus. Entendendo isto, saberemos que Jacó não usurpou a bênção de Esaú, mas se apropriou, ainda que de forma astuta, daquilo que era seu. Basta olharmos para a resposta que Deus deu a Rebeca no capítulo 25.23: “Respondeu-lhe o SENHOR: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço.”     Portanto, o que podemos avaliar destes dois personagens é que o conflito que havia entre eles ia além de suas diferenças físicas e características essenciais, mas, se dava por causa da bênção do Senhor. Um deles queria muito ser o herdeiro da promessa e, o outro, tratou com descaso tão grande privilégio.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Gênesis, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Livro Abraão O amigo de Deus, Gordon Lindsay - Graça Artes Gráficas E Editora Ltda

Livro Abraão Um homem obediente e destemido, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão.

Comentário Bíblico Matthehw Henry, Deuteronômio - Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/2-licao-2-tri-23-a-predilecao-dos-pais-por-um-dos-filhos/

https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/aconselhamento/isaque-e-rebeca-um-casal-dividido-pelo-amor-por-seus-filhos/

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