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sexta-feira, 24 de março de 2023

LIÇÃO 1 - QUANDO A FAMÍLIA AGE POR CONTA PRÓPRIA.

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                    TEXTO ÁUREO

"[...] Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto [...]." (Gn 17. 19)


            VERDADE PRÁTICA

Quando o ser humano se precipita a respeito dos planos de Deus, as consequências dessa ação são inevitáveis.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: GN 12. 1-3; 16. 1-5


                    INTRODUÇÃO

Abraão foi um dos maiores homens da História. Ele é reverenciado tanto por judeus como por muçulmanos, e ambos os grupos reivindicam uma relação de parentesco com esse patriarca. Contudo, Abraão também foi uma pessoa sujeita a erros, fracassos e às fragilidades inerentes à natureza humana. Deus ordenara a Abraão que fosse para Canaã, a fim de mostrar-lhe uma terra, que ele e seus descendentes haveriam de possuir.   Porém, Abraão permitiu que a procrastinação de seu pai o retivesse por anos. Deus lhe ordenou que fosse para Canaã, não para o Egito. Mesmo assim, pressionado pela fome que assolava a terra, Abraão rumou para o Egito, envolvendo-se em toda sorte de problemas. Abraão foi um homem extremamente honrado, mas, por causa do medo, fez um pacto com Sara para mentirem sobre ela ser sua esposa, no entanto, a estratégia falhou. Como resultado, Sara foi afastada do marido e levada para o harém do Faraó. Somente a intervenção da graça de Deus poupou Abraão de uma tragédia irremediável.  Embora fosse pacífico, todos os esforços de Abraão para manter a harmonia entre os seus servos e os pastores de seu sobrinho, fracassaram. A única solução foi a separação entre eles, tendo obtido Ló a permissão para seguir seu próprio caminho. Abraão também foi um homem que buscou manter uma família piedosa, que servisse de exemplo para outras, mas houve uma rivalidade muito grande entre as mulheres de sua casa.  Abraão: o amigo de Deus Abraão amava seu filho Ismael, por isso orou: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! (Gn 17.18b). Algum tempo depois, porém, o patriarca passou pela triste experiência de ter de mandar embora Ismael, juntamente com a mãe, para o deserto.  Costuma-se afirmar que apenas um tolo cometeria o mesmo erro duas vezes. Entretanto, Abraão repetiu um erro muito grave (Gn 12.11-13; 20.2) – tudo isso faz parte da sua história. Se você tem problemas familiares, a história de Abraão lhe proporcionará inspiração e encorajamento, pois ele enfrentou todo o desânimo que pode sobrevir a um homem que esteja tentando acertar e fazer o melhor. E, no final, alcançou a vitória.


            I.    DEUS FAZ PROMESSAS A ABRÃO

1.   O encontro de Deus com Abrão   -  Sai da tua terra. A chamada missionária: ele deixaria amigos, família e terra natal. Levaria seus filhos a uma terra estrangeira, forçando-os assim a aprender outra língua e a viver em um lugar estranho. Apenas metade dos missionários permanece no campo mais do que o primeiro termo (3 a 5 anos). Não é fácil arrancar todas as raízes e começar tudo de novo. Alguns saem como aventureiros; outros ganham dinheiro para fazer isso; outros saem impelidos por intenso zelo religioso, por muitas vezes tolos e acriançados. Aqueles que vão e perseveram têm por trás de si a vontade de Deus, e é isso que dá poder de permanência ao empreendimento missionário. Abraão foi um pioneiro, ou seja, alguém que vai para o deserto e ali prepara o caminho para outros.   O pioneiro abre uma vereda; e os que o seguem abrem uma estrada. Assim sucedeu com Abraão. Colombo descobriu um novo mundo, e não tinha mapa. Atravessou o oceano em embarcações que eram cascas de nozes, e fundeou entre nativos hostis. A parte ocidental dos Estados Unidos foi conquistada com grande determinação, por uma raça de pioneiros e aventureiros. A grandeza do pioneiro é que ele prossegue apesar de suas perdas óbvias, olhando para um grande ganho remoto. É assim que as Escrituras falam acerca da aventura de Abraão (ver Heb. 11.9-10).  Abraão era homem abastado em bens como gado, prata e ouro (Gên. 13.2). É belo poder alguém avançar em meio à afluência material. O dinheiro pode fazer muitas coisas. Mas muitos pioneiros têm tido de aventurar-se em grande pobreza; e, mesmo assim, tornam-se vencedores.   Um País Desconhecido Esperava por Abraão. A chamada de Deus sempre tem um ou mais objetivos concretos. Quem ios mostra isso é o próprio Deus. Ver no Dicionário o artigo chamado Vontsde de Deus, Como Descobri-la. Profunda verdade oculta-se naquele ditado que diz: “Quem não arrisca, não petisca”. Todos os grandes projetos custam alguma coisa oa^a os que neles se aventuram. Mas todo risco acaba pagando dividendos. No caso de Abraão, grandes coisas estavam em jogo. Uma nação escolhida haveria de surgir por meio dele; e o Messias seria seu filho.   “Essa chamada de Abraão é um emblema da chamada dos homens, por meio da graça de Deus, para fora deste mundo e dentre os homens, renunciando às vantagens materiais, não se conformando com elas, e esquecendo-se de sua própria gente e da casa paterna, a fim de apegar-se ao Senhor, seguindo-0 para onde quer que Ele oriente” (John Gill, in loc.).   Tua terra. O local onde foi feita a chamada foi Harã. Mas os trechos de Gên. 15.7; Nee. 9.7 e Atos 7.2 mostram que tudo se originara em Ur, talvez por orientação divina direta, que Abraão pôde entender, ou, pelo menos, Deus estava providenciando essa chamada, em sua forma preliminar, desde Ur, e não somente desde Harã, que acabaria levando Abraão à terra de Canaã. O relato do livro de Atos sugere alguma orientação divina bem definida e mesmo gloriosa. É lindo quando o crente é dirigido de maneira óbvia e específica, não precisando depender de meras circunstâncias externas para sentir-se guiado.   De ti farei uma grande nação. Nenhum homem é uma ilha, separada do continente. Abraão residia em Harã, abastado e com uma vida amena, gozando a vida. Mas eis que Deus tinha em mira coisas maiores para ele. Israel haveria de nascer a partir de Abraão. “Não havendo profecia o povo se corrompe” (Pro.29.18).   Os prazeres embotam-nos a visão. Deus desarraigou a Abraão e perturbou o seu programa. Deu-lhe uma promessa, mas não recursos imediatos. Ele teria de esforçar-se para que a promessa tivesse cumprimento. Deus tem um plano, mas nós temos de colocá-lo em execução, tanto quanto isso estiver ao nosso alcance. Quando as coisas “avançam mais depressa do que nós”, então precisamos de uma intervenção divina. Abraão teve a fé suficiente para pôr em execução a promessa divina:  Te abençoarei… Sê tu uma bênção. O fundo divino de bondade é mais do que suficiente para todos. Deus tem Seus instrumentos, mas todos são beneficiários. Abraão haveria de ser um instrumento especial, e o mundo inteiro seria o beneficiário. Seu nome seria engrandecido, mas grandes seriam também as bênçãos que fluiriam por meio dele a todas as nações. Hoje em dia, onde estivermos, estaremos desfrutando dos benefícios dessa promessa feita a Abraão.   A verdadeira bem-aventurança flui por meio de nosso relacionamento com Deus. Um novo relacionamento, com suas bênçãos mais ricas, estava sendo preparado na vida de Abraão. Por isso mesmo, diz aquele hino antigo: “Senhor, faz de mim uma bênção para alguém, hoje mesmo”. Esse é um alvo nobre para todos os dias. As bênçãos fluem a partir do amor. Ver, no Dicionário, o artigo intitulado Amor. A vinda do Messias, como é óbvio, é a bênção culminante que foi dada a todos por meio de Abraão. As bênçãos derivadas do Pacto Abraâmico são espirituais e temporais, e ambas essas formas de bênçãos derivam de Deus, segundo lemos em Tiago 1.17.   Te engrandecerei o nome. Abraão tomar-se-ia conhecido para milhões de pessoas como uma das grandes personagens da história. Ele se tornaria o pai dos fiéis, o progenitor de várias raças, incluindo o veículo que seria Israel. Ele foi o mais proeminente membro da genealogia do próprio Messias.   Bênçãos e Maldições. Tradicionalmente, este versículo tem sido usado para ensinar que Israel não deve ser molestada mesmo quando está errada. Por certo, a promessa e o aviso não foram feitos somente a Abraão. Os indivíduos e as nações que promovem o bem de Israel recebem a promessa de uma bênção especial. E os que causam danos a Israel sofrerão o juízo divino apropriado. Apesar de essa não ser a interpretação primária deste versículo, sem dúvida é uma aplicação apropriada. Moisés deve ter tido em mente a significação de Israel, e não apenas a dignidade pessoal de Abraão.    Também é ressaltada aqui a fé de Abraão. Esta não pode ser considerada levianamente por quem quer que seja. Um novo avanço na espiritualidade estava sendo preparado em Abraão. Os homens precisam respeitar isso. E essa preparação culminou em Cristo e em Seu evangelho.    As famílias da terra. Ou seja, &s nações, no seu sentido geral, “as famílias do mundo”. O plano remidor de Deus atuaria em Abraão e em seu Filho, o Messias. Seria oferecida salvação eterna, que é a maior de todas as bênçãos. O evangelho haveria de universalizar a mensagem. Todos os povos seriam o seu objetivo (João 3.16). Achamos aqui um universalismo incipiente que, com frequência, se perdia de vista dentro do exclusivismo do judaísmo. O calvinismo radical também falha por não ver se medo devido essa promessa. O fogo divino não teve por intuito avisar somente à casa de Israel. Esse fogo não conheceria limites de nacionalidade.   “Abraão e a nação dele originada deveriam ser os intermediários entre Deus e a humanidade” (Ellicott, in loc.). Ver Rom. 3.29 e 10.12. Esta última referência mostra como a vontade de Deus abençoa ricamente todos quantos O invocam, e aquele capítulo está dentro de um contexto missionário.   Partiu, pois, Abrão. Ele recebeu as promessas, confiou e agiu de acordo com elas. Essas promessas incluem estes pontos: 1. uma grande nação viria à realidade por meio dele; 2. surgiria um grande nome pessoal, pois seria o pai dos fiéis, conhecido por milhões de pessoas em todos os séculos; 3. seria a fonte de bênçãos ou de maldições, tudo dependendo do acolhimento que dariam a ele, à sua nação e à sua mensagem. Eram promessas grandiosas e de longo alcance, e Abraão deixou-se convencer por elas. Isso posto, agiu movido pela convicção e pelo entusiasmo, e logo estava a caminho da terra de Canaã. A vontade decidida é metade da batalha, e Deus põe em ação a vontade do homem, inclinando-a para o que é certo.   Terá tinha morrido; Naor ficou para trás; mas Abraão seguiu avante. Ló também dispôs-se a ir, como também as esposas dos dois homens e os animais de ambos. Os pioneiros partiram pela trilha, rumo à terra desconhecida, mas abençoada.    Setenta e cinco anos. Idoso, de acordo com os nossos padrões, mas um homem ainda jovem, dentro da época de grande longevidade em que ainda viveu. E assim, o homem ainda jovem atirou-se à grande aventura.    Ló. Seu nome é aqui mencionado para armar o palco para futuras revelações. Ver Gên. 13.5-13 e os caps. 14, 18 e 19, onde se lê sobre o drama de Sodoma e Gomorra e a origem dos moabitas e amonitas.   Partiu o Pequeno Grupo. Abraão, Sara, Ló e outras pessoas cujos nomes não nos são dados compuseram o pequeno grupo de viajores. Nesse tempo, Abraão ainda não tinha filhos, mas talvez Ló já os tivesse. Além de filhos (se é que os havia), seguiam servos e servas (talvez escravos), conforme ditavam os costumes da época. Os escritores judeus falam em prosélitos aqui, mas isso é um anacronismo. Alguns deles chegaram a pensar-se capazes de precisar o número desses ser/os, a saber, trezentos e dezoito (com base em Gên. 14.14), mas essa informação já é pertencente à época bem posterior.   O Momento da Obediência. “O que Deus pede de uma alma não é a segurança própria de que ela pode ir longe. Antes, Deus requer aquela obediência humilde que faz o indivíduo dar início e na direção certa. O homem que começa corajosamente em seu coração jamais fracassará” (Cuthbert A. Simpson, in ioc.). A partir desse momento, Deus pode conferir poder sustentador. Assim, o pequeno grupo partiu de Harã, a caminho da desconhecida terra de Canaã. E os humildes começos renderam grandes recompensas.

2.    A dúvida diante da espera   -  De nosso confortável ponto de observação, olhando de volta para a história, temos dificuldade para entender a frágil confiança de Abrão. Mas Abrão não tinha a vantagem de olhar em retrospectiva. Ele era um homem velho, com uma esposa que havia muito já entrara na menopausa, e os dois pensavam em como teriam um filho. Veja o que Abrão disse a Deus: “Ó Soberano SENHOR, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco? […] Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!” (Gn 15.2-3).   A expressão “Ó Soberano SENHOR” é incomum, uma vez que coloca juntos dois dos nomes de Deus: Adonai e Yahweh. Isso ajuda a suavizar a pergunta desafiadora, ainda que razoável. Ele diz a Deus exatamente o seguinte: “O Senhor continua prometendo bênçãos, mas estou mais perto da morte do que já estive, e não tenho herdeiro de sangue para receber as promessas de tua aliança. Sarai já não pode engravidar; então, qual é exatamente a recompensa a que o Senhor se refere?”. Tentando compreender a promessa do Senhor, Abrão teoriza que talvez seu mordomo, Eliézer, possa ser o herdeiro que Deus tinha em mente. Esse teria sido o costume daquela cultura.   Se você pudesse ler a resposta de Deus no idioma hebraico, a negação dele o deixaria de cabelo em pé. Em Gênesis 15.4 está registrado que o Senhor começou com um enfático não. Em seguida, ele ressalta que o herdeiro de Abrão viria do corpo do patriarca. Em termos atuais, ele poderia ter dito: “Seu herdeiro terá o seu DNA”. Então, para deixar as coisas bem claras, o Senhor levou Abrão para fora. O verbo é ativo, quase forçoso, como se Deus o tivesse pego fisicamente e o colocado numa clareira sob o céu noturno.   “Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las. […] Assim será a sua descendência” (v. 5).   Quantas estrelas uma pessoa com visão perfeita pode enxergar em uma área rural? Impossível contar.  Esse é o ponto. O Senhor usou o céu noturno para ilustrar a amplitude da nação que teria o DNA de Abrão. Deus poderia ter usado a areia como ilustração — poderia ter dito ao seu servo que contasse os grãos de areia na estrada. Ou as folhas de grama da planície, ou os grãos de trigo do vale. Mas ele fez Abrão dobrar seu pescoço para olhar direto para cima, para o vasto, misterioso e imenso universo. Se Abrão se sentiu pequeno ao analisar os milhares de bolas de fogo que cobriam os céus de horizonte a horizonte, então ele entendeu o que o Senhor quis dizer: “Eu sou Deus; você é apenas um pequeno cisco comparado ao meu universo. Confie em mim; estou com você”.

 3.  Deus garante a Abrão o cumprimento da promessa   -   Deus reafirma a promessa a Abrão e Sarai (Gn 15.4,5).    Depois de o Senhor lhe dar a garantia de que o herdeiro sairia de suas entranhas e do ventre de Sarai, Abrão ainda faz alguns questionamentos acerca desse filho, porque a fé do velho patriarca estava em crise para ver a realização daquele sonho do casal, uma vez que Sarai continuava estéril e não dava qualquer sinal de gravidez. Às vezes, somos bloqueados por dúvidas e angústias quando não conseguimos ver pela fé a operação do sobrenatural.   Deus garantiu a Abrão a promessa feita (Gn 15.6-8)   O velho Abrão, alimentado com as dúvidas de sua esposa Sarai não conseguia ver pela fé a realização daquele sonho do filho gerado por ele e sua mulher. Parece incrível, mas Abrão, um homem de fé, de repente parece ter estagnado sua fé. Mas Deus não desistiu de Abrão, porque Ele conhece particularmente cada pessoa e sabia das fraquezas do seu servo. Pelo contrário, o Senhor revelou seu amor para com Abrão, identificando-se com ele e dizendo-lhe: “Eu sou YAHVEH” (Gn 15.7) e, desse modo, Deus estava afirmando a Abrão que suas promessas têm base no seu caráter perfeito. A Bíblia declara em Números 23.19 que “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?”   O Senhor cumpre a sua palavra (Sl 145.13; 1 Co 1.9). No texto de Gênesis 16.13-15, Deus revelou a Abrão o futuro de sua posteridade e ele deveria transmitir essa mesma confiança à sua mulher, Sarai, mas não o fez como deveria. Porém alguns fatos extraordinários aconteceram com Abrão e Sarai que os levaram a agir por conta própria acerca da promessa. O tempo estava passando, e Sarai entendeu que deveria fazer alguma que contribuísse com o plano de Deus.


            II.    INTERFERÊNCIA NO PLANO DE DEUS

1.   A tentativa de Sarai em "ajudar"   -   A mulher de Abrão, Sarai, já está com 75 anos. Por ser estéril e muito provavelmente por ter chegado à menopausa, ela concluiu que seria impossível o filho da promessa nascer de seu ventre. Sarai chega a expressar uma ponta de mágoa ao afirmar: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos (16.2). Então, ela, em conformidade com sua cultura, mas completamente fora do propósito divino, propõe entregar a Abrão sua serva Agar, para que dela fosse suscitado filhos a Abrão. Vale lembrar que serva é uma escrava pessoal adquirida por uma mulher rica, não uma jovem escrava responsável por seu senhor. A relação de Agar com Sarai lembra a de Eliezer com Abrão (15.2); ela é responsável por Sarai. O Anjo do Senhor reafirmará essa identificação (16.8).  Sarai deixou morrer em seu coração a esperança do cumprimento da promessa, e essa esperança que se adia adoece o coração (Pv 13.12).

2.   Os dois vacilam na fé    Abrão deslizou-se na fé para deixar-se guiar pela razão e pelo conselho de Sarai. Abrão, em vez de encorajar sua mulher a crer nas promessas de Deus, aquiesceu, por incredulidade, à sua proposta e possuiu Agar, serva de Sarai, e ela concebeu.  Abrão não ministrou ao coração de Sarai, e ele, que já tinha caído nas provas ao descer ao Egito, cai, agora, nas provas de sua mulher com uma serva egípcia.   Abrão imita Adão ao agir sob a sugestão de sua mulher em vez de agir de acordo com a Palavra de Deus.   Matthew Henry diz que uma das artimanhas de Satanás é nos tentar por meio dos nossos parentes mais próximos, uma vez que a tentação é mais perigosa quando é enviada por uma mão que é menos suspeita. Nessa mesma linha de pensamento, Derek Kidner diz que é uma ironia que, depois das alturas atingidas por Abrão nos dois últimos capítulos, ele houvesse de capitular ante a pressão doméstica, mostrando-se maleável sob o plano e a censura de sua mulher e rápido em lavar as mãos quanto ao resultado.

3.   O problema da precipitação   -   Seja sobre ti a afronta. O plano havia falhado, e agora via-se que tinha defeitos. O sexo nada tinha que ver com a questão. O que estava em jogo era 0 que se faria com a criança. Ela tinha duas mães. Qual delas ficaria com a criança?  Hagar pode ter pensado que uma mulher estéril não tinha o direito de ficar dando ordens. Abraão foi acusado porque poderia ter dito: “Você deveria saber que o plano não daria certo. Por que você não aceitou minha sugestão?”. O versículo, naturalmente, projeta luz sobre os inconvenientes da poligamia. Esse estado marital, naturalmente, produz certos conflitos, apesar de poder aliviar outros problemas. Assim, Sara lançou a culpa sobre Abraão, esperando vingar-se nele.    Sarai, tomada de uma suspeita ciumenta, culpa injustamente Abrão pelo comportamento de Agar, como se ele compactuasse com a insolência da serva.   Para ratificar seu engano e absolver-se, Sarai irrefletidamente apela a Deus:   Julgue o SENHOR entre mim e ti, como se Abrão tivesse se recusado a lhe dar razão. Concordo com Matthew Henry quando diz: “Não estão sempre certos aqueles que se apressam a apelar a Deus em altos brados. As imprecações impensadas e ousadas normalmente são evidências de culpa e de maus motivos”.


            III.   AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA DECISÃO PRECIPITADA

1.  O conflito na família de Abrão   -   A atitude de Sarai é descrita em poucas palavras, mas há uma tonelada de intolerância e crueldade em suas atitudes. Sarai humilhou Agar, mostrando a ela quem mandava naquela casa e fazendo que Agar ficasse sem vez, sem voz e sem espaço naquela família. Se os costumes daquela época permitiam que uma esposa sem filhos oferecesse ao marido uma criada para servir no lugar dela e a descendência dessa relação seria sua, esse mesmo costume que permitia uma esposa substituta não permitia a expulsão dessa esposa depois que ela ficasse grávida, qualquer que fosse sua atitude.   Bruce Waltke tem razão em dizer que a reação de Sarai é muito severa. Vitimada pela esterilidade e por Agar, Sarai se converte em algoz, e nem ela nem Agar, porém, portam-se bem aqui, uma vez que a senhora é cruel e despótica, e a serva, impenitente e insubordinada.    Warren Wiersbe é mais abrangente ao mencionar a forma errada como cada pessoa envolvida agiu nesse episódio. A solução de Sarai foi expressar toda a sua raiva, culpando o marido e maltratando sua serva. Parecia ter se esquecido de que a ideia daquela união havia partido dela. A solução de Abrão foi ceder à esposa e abdicar da liderança espiritual do seu lar. Deveria ter se compadecido de uma serva desamparada e grávida, mas permitiu que Sarai a maltratasse.    Deveria ter chamado todos para o altar, mas não o fez. A solução de Agar foi fugir do problema, uma tática que todos nós aprendemos com Adão e Eva (3.8).  Derek Kidner ainda corrobora: “Cada uma das três personagens exige a inverdade, que faz parte do pecado, com falso orgulho (16.4), acusação falsa (16.5) e falsa neutralidade” (16.6).

2.   A fraqueza de Abrão   -  A alienação tornara-se completa. E assim a perseguição começou. Abraão, ato contínuo, deixou tudo nas mãos de Sara. “Ela é tua escrava, não é mesmo? Então age como te parecer melhor”. Mas isso não foi uma maneira muito feliz de solucionar aquela crise.   

Abrão, em vez de assumir a liderança de sua família para resolver o conflito, transfere para sua mulher a solução do problema: A tua serva está nas tuas mãos, procede segundo melhor te parecer (16.6). Bruce Waltke diz que, como Eva, Sarai transfere a culpa; e, como Adão, Abrão se desvencilha da responsabilidade. Assim, Abrão é o único que tem autoridade para efetuar uma mudança e, então, não agiu para proteger seu casamento.    Abrão se acovarda e se omite. O guerreiro valente que enfrenta uma coalizão de reis beligerantes do Eufrates apequena-se diante de sua mulher em Hebrom. Por transferir a solução do problema para as mãos de Sarai, abriu para ela, tomada pelo sentimento de desprezo, o caminho da violência e da injustiça.

3.     Uma opinião equivocada acerca de Deus   -   Em momentos de fraqueza, até mesmo as mentes mais espirituais caem, em busca de planos alternativos que não se harmonizam com a vontade de Deus. Falta-nos previsão, e, em nossa mente, qualquer demora por muitas vezes é equiparada ao fracasso.   Não lhe dava filhos. Já tínhamos sido informados acerca da esterilidade de Sara. Ver as notas sobre Gên. 11.30 quanto a essa calamidade, aos olhos dos povos antigos. Esse foi o fato que provocou o queixume de Abraão diante de Deus, o que resultou em uma experiência mística de elevado nível acerca das provisões do Pacto Abraâmico, no capítulo quinze de Gênesis. A principal dessas provisões, o sine qua non, era a promessa de um herdeiro, um filho que o próprio Abraão geraria. Ter um filho com Hagar era um filho natural, mas não o filho prometido. Ver as notas sobre o Pacto Abraâmico, em Gên. 15.18.   Sara acusou Deus pela sua esterilidade, e assim tomou suas próprias medite. Os filhos são herança do Senhor (Sal. 127.3); e estar alguém sem filhos, de acordo com a mentalidade dos hebreus, era um ato de Deus. Destarte, Sara resolveu ajudar a Deus para que o plano Dele desse certo. É verdade que, na realização dos planos de Deus, precisamos fazer a parte que nos cabe, mas algumas vezes exageramos.   A arqueologia tem confirmado que, na época de Abraão, havia o costume de que uma mulher podia dar a seu marido uma concubina, para que os filhos desta fossem considerados filhos da esposa legítima, Esse costume é também confirmado em Gênesis 30.3 (no caso de Raquel) e em Gênesis 30.9 (no caso de Lia). Os filhos nascidos dessas uniões eram considerados filhos da esposa legítima, como já dissemos, e não da concubina. Assim, a questão tem-se tornado fulcro de muita discussão em nossos dias, e estão sendo julgados vários casos na lei, procurando resolver quem tem direito de ficar com esses filhos.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Gênesis, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Livro Abraão O amigo de Deus, Gordon Lindsay - Graça Artes Gráficas E Editora Ltda

Livro Abraão Um homem obediente e destemido, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão.


2 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?

    Hoje iniciamos mais um Trimestre. Bênção Pura. Hoje pudemos aprender sobre as escolhas de Abrão e Sarai....

    ResponderExcluir
  2. Lembre-se de compartilhar este estudo com seus alunos e amigos.

    Deus te abençoe!!!

    ResponderExcluir

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