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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

LIÇÃO 8 - A SUTILEZA DO ENFRAQUECIMENTO DA IDENTIDADE PENTECOSTAL.

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 

            TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (AT 2.4).


        VERDADE PRÁTICA

A doutrina do Batismo no Espírito Santo e o falar em línguas como sua evidência são um distintivo pentecostal mantido pela nossa igreja.


    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: AT 2,1-4; 1CO 12.7-11


                    INTRODUÇÃO

O reavivamento e crescimento do Cristianismo ao redor do globo, especialmente nos países do Terceiro Mundo, é um testemunho poderoso de que os dons espirituais estão operando na promoção do Reino de Deus. O Movimento Pentecostal/Carismático cresceu de 16 milhões, em 1945, a 405 milhões, até 1990.1 As dez maiores igrejas no mundo pertencem a esse movimento. A exegese de todos os textos do Novo Testamento concernentes aos dons espirituais está além do escopo deste capítulo. Meu enfoque recairá nos principais ensinos de Paulo a respeito dos dons na Igreja e no viver diário do crente, sobre como se relacionam os dons e os frutos e a maneira de exercer os dons. O ensino bíblico sem a prática é decepcionante; a prática sem o ensino sólido é perigosa. Por outro lado, o estudo deve levar à prática, e a prática pode iluminar o estudo.


            I. O PENTECOSTE BÍBLICO

1. O Espírito prometido Vestimentas do Espírito

Gideão, em contraste com Débora, precisou ser encorajado repetidas vezes. Pertencia a uma família de pouca importância na tribo de Manasses. (A tribo de Efraim, embora descendesse do filho mais novo de José, assumiu a liderança e fez com que a tribo de Manasses se sentisse marginalizada e esquecida). Deus encorajou Gideão por meio de uma prova com um velo de lã e do sonho de um midianita, a fim de que ele assumisse a liderança e cresse que receberia a vitória. Obedeceu, inclusive, ao anjo que lhe apareceu e destruiu a idolatria na casa de seu pai. Esse ato de fé e de obediência não demorou a ser seguido por uma experiência muito rara com o Espírito Santo. Lemos: “O Espírito do Senhor revestiu a Gideão” (Jz 6.34). Nesta passagem, a palavra hebraica é bem diferente daquela que é traduzida por “veio sobre” em Juízes 3.10. “Revestiu a Gideão” significa “vestiu-se de Gideão”.

Muitos estudiosos bíblicos não alcançam o significado total desse fato. A interpretação mais comum de Juízes 6.34 é que o Espírito Santo revestiu Gideão. Keil não chega à altura, quando diz que o Espírito Santo “desceu sobre ele, e colocou-se ao seu redor como se fosse uma armadura, ou um equipamento forte, para Gideão tornar-se invencível e invulnerável no seu poder”. Semelhantemente, A.B. Davidson diz que subentende “o envolver completo de todas as faculdades humanas na dimensão divina”. Knight, embora ofereça a tradução correta do texto hebraico, interpreta-o no sentido de que Gideão “vestiuse do Espírito do Deus vivo! A ação poderosa que então realizou ao livrar Israel não era apenas sua própria ação; era também a ação salvífica de Deus”. O Targum judaico explica simplesmente que o Espírito da força do Senhor veio sobre Gideão. Alguns escritores modernos tratam do assunto como apenas mais uma manifestação repentina ou violenta do Espírito Santo, ao passo que outros (tais como Bertheau, Fuerst e Ewald) oferecem uma interpretação semelhante à de Keil. Uns poucos reconhecem, no entanto, que o hebraico somente pode significar que o Espírito Santo encheu Gideão. Ele não se revestiu do Espírito Santo, o Espírito Santo revestiu-se de Gideão. Para Gideão estar vestido do Espírito Santo, é mais provável que foi usada outra forma do verbo hebraico. Gideão era apenas a roupa, “o manto exterior do Espírito Santo que governa, fala e testifica nele”.

2. O Espírito derramado Três fatos nos chamam a atenção.

Primeiro, o derramamento do Espírito veio como um som (2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. O derramamento do Espírito foi um acontecimento audível, verificável, público, reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão para ouvir a Palavra.

Segundo, o derramamento do Espírito veio como um vento (2.2). O vento é símbolo do Espírito Santo (Ez 37.9,14; Jo 3.8). O Espírito veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade e inescrutabilidade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer. O Espírito sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde gostaríamos que ele soprasse.

Como o vento, o Espírito é soberano; ele sopra irresistivelmente.

O chamado de Deus é irresistível, e sua graça é eficaz. O Espírito sopra no templo, na rua, no hospital, no campo, na cidade, nos ermos da terra e nos antros do pecado. Quando ele sopra, ninguém pode detê-lo. Os homens podem até medir a velocidade do vento, mas não podem mudar o seu curso. Como o vento, o Espírito também é misterioso; ninguém sabe donde vem nem para onde vai. Seu curso é livre e soberano. Deus não se submete à agenda dos homens nem se deixa domesticar.

Terceiro, o derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (2.3). O fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo ardia e não se consumia (Ex 3.2). Quando Salomão consagrou o templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2Cr 7.1). No Carmelo, Elias orou, e fogo desceu (lR s 18.38,39). Deus é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo. O fogo ilumina, purifica, aquece e alastra. Jesus veio para lançar fogo sobre a terra. Hoje, muitas vezes, a igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo. Certa feita alguém perguntou a Dwight Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acenda uma fogueira no púlpito”. Quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde começa a arder.

John Wesley disse: “Ponha fogo no seu sermão, ou ponha o seu sermão no fogo”.

Matthew Henry diz que o fogo foi dado como sinal de cumprimento da predição de João Batista relativa a Jesus: Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11), ou seja, com o Espírito Santo, como fogo. Os discípulos estavam na Festa de Pentecostes celebrando o recebimento da lei no monte Sinai. A lei foi dada em fogo, por isso foi chamada “lei de fogo” como o evangelho é chamado “evangelho de fogo”. A missão de Ezequiel foi confirmada por uma visão de brasas de fogo ardente (Ez 1.13), e a de Isaías, por uma visão de brasa viva que lhe tocou os lábios (Is 6.6,7). O Espírito, como o fogo, derrete o coração, separa e queima a escória, e acende sentimentos santos e devotos na alma. É na alma, como o fogo que está sobre o altar, que são oferecidos os sacrifícios espirituais. Este é o fogo que Jesus veio lançar na terra (Lc 12.49).

Quarto, o derramamento do Espírito traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo (2.4). Aqueles discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso claro (Jo 13.10; 15.3; 17.12). De acordo com a teologia de Paulo, se eles já eram já salvos, já tinham o Espírito Santo, pois o apóstolo escreveu: […] Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9). Jesus disse: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino (Jo 3.5). Além de já terem o Espírito Santo, após sua ressurreição Jesus ainda soprou sobre eles o Espírito Santo, e disse: […] Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22). Mas a despeito de serem regenerados pelo Espírito e de receberem o sopro do Espírito, eles ainda não estavam cheios do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito Santo, outra é o Espírito Santo ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio dele. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é tê-lo como presidente.

Você, que tem o Espírito, está cheio do Espírito?

A experiência da plenitude é pessoal (At 2.3,4). O Espírito desce sobre cada um individualmente. Cada um vive sua própria experiência. Ninguém precisa pedir, como as virgens néscias, azeite emprestado. Todos ficaram cheios do Espírito. Concordo com Matthew Henry quando diz: “Para mim está claro que não só os doze apóstolos, mas todos os 120 discípulos foram igualmente cheios do Espírito Santo nessa ocasião”. Logo que eles ficaram cheios do Espírito, começaram a falar as grandezas de Deus (2.11). Sempre que alguém ficou cheio do Espírito no livro de Atos começou a pregar (At 1.8; 2.4,11,14,41; 4.8,29-31; 6.5,8-10; 9.17-22). A plenitude do Espírito nos dá poder para pregar com autoridade. Certa feita, David Hume, o patrono dos agnósticos, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa?” . O filósofo respondeu: “Vou ver George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou, espantado: “Mas você não acredita no que ele prega, acredita?”. Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele acredita!”. Um crente cheio do Espírito prega a Palavra com poder e autoridade.

Matthew Henry diz que eles foram cheios com a graça do Espírito e ficaram, mais do que nunca, sob a sua influência santificadora. Agora, eles eram santos, espirituais, menos apegados a este mundo e mais familiarizados uns com os outros. Ficaram mais cheios do consolo do Espírito, alegraram-se mais no amor de Jesus e na esperança celestial, e, nisso, todas as suas aflições e medos foram absorvidos. Eles também foram, como prova disso, enchidos com os dons do Espírito Santo, que é o propósito específico do evento narrado neste texto.


            II. O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA

1. A atualidade dos dons espirituais «…a respeito…» Provavelmente uma referência à inquirição feita pelos crentes de Corinto, em uma missiva dirigida a Paulo, como também se vê em I Cor. 7:1. Ou então essa expressão pode ser uma simples designação de modificação de assunto, em que se passaria para outro tema.

«…não quero que sejais ignorantes…» Essa fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossa cautelosa atenção. (Ver I Cor. 10:1 e comparar com Rom. 1:13; 11:25; II Cor. 1:8; I Tes. 4:13). Porém, também pode estar subentendido que a despeito de todo o seu pretenso conhecimento, bem como da posse de tais dons, devido ao seu abuso, faltava-lhes o conhecimento essencial a respeito desses dons e de seu propósito. Aqueles coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria exaltação, como parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de fazerem-no para a glória de Cristo. Ora, isso era uma «ignorância» essencial sobre a questão da natureza e do uso dos dons espirituais.

«…irmãos…» Essa palavra é de vez em quando usada por Paulo para suavizar suas declarações ásperas, mostrando seu afeto, reconhecendo que estava identificado com eles, em Cristo, conforme tem sido frequentemente empregado em outros trechos desta epístola. (Ver I Cor. 1:11,26; 2:1; 3:1 e 10:1). Paulo também empregou a expressão «meus amados», em I Cor. 10:14. Mas, em I Cor. 11:1, volta ele a empregar a palavra «irmãos».

«…ignorantes…», isto é, acerca dos meios, dos usos e dos propósitos dos dons espirituais, especialmente em face do fato que servem para exaltar a Jesus Cristo e devem proceder da parte do Espírito Santo (ver o terceiro versículo deste capítulo), em contraste com sua anterior idolatria, que envolvia todas as modalidades de elementos prejudiciais (ver o segundo versículo). Os verdadeiros dons espirituais e seu devido emprego devem ser encarados como um sinal digno de confiança que os crentes de Corinto tinham abandonado sua adoração idólatra, pertencendo agora a um novo Senhor. Porém, os abusos por eles cometidos punham tudo isso em dúvida.

2. As línguas como evidênciaCharles Fox Pahram, um itinerante metodista convertido ao movimento Holiness e pregador de curas pela fé, é tido por muitos como o fundador do pentecostalismo. Ele influenciou o movimento com o pensamento único do falar em línguas como evidência do batismo no Espírito Santo. Mas, isso já havia sido ensinado na Grã-Bretanha. Cerca de 75 anos antes do avivamento da Rua Azusa, Edward Irving (1792-1834), teólogo presbiteriano escocês, que, segundo o Dicionário do Movimento Pentecostal, foi o precursor do movimento pentecostal, fundou em Londres a Igreja Apostólica Católica, que não sobreviveu tempo o suficiente para se juntar aos pentecostais do século 20.48 Um discípulo de Pahram, William J. Seymour, liderou o movimento da Rua Azusa a partir de 1906. Houve divergências entre os pioneiros do pentecostalismo clássico, cuja posição nunca foi monolítica. Vamos às Escrituras. O fenômeno, “falar em outras línguas”, aparece explicitamente três vezes associado diretamente a ação divina de batizar no Espírito Santo (At 2.4; 10.44-48; 19.1-7).

A narrativa de Atos 2.1-13 mostra que as línguas do Pentecostes são ininteligíveis, a glossolalia, que se distinguem das línguas humanas reais. Lucas emprega dois termos gregos para “línguas” na narrativa do dia de Pentecostes: glo¯ssa (vv. 3, 4, 11) e dialektos (vv. 6, 8). Glo¯ ssa significa “língua”, como fala, linguagem, “idioma” e também membro ou órgão físico da boca (Tg 3.5), que aparece metaforicamente no relato de Lucas: “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (v. 3). Ao serem cheios do Espírito Santo, os discípulos e as discípulas “começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (v. 4). A exegese das línguas permite os pentecostais clássicos interpretarem o falar em línguas como um dom do Espírito e de natureza ininteligível. A palavra “outras” em grego é heteros, assim: lalein heterais glo¯ ssais significa “falar em outras línguas”. Segundo o Dicionário Vine, o adjetivo heteros “expressa uma diferença qualitativa e denota ‘outro’ de tipo diferente”. Lucas está falando de uma língua que só pode ser compreendida por um milagre. O falar em línguas revela as grandezas de Deus: “todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (v. 11). E quando Cornélio com sua família e amigos foram batizados no Espírito Santo, o apóstolo Pedro e a sua comitiva: “os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (At 10.46). Nessas línguas, glo¯ ssai, plural de glo¯ ssa, eles magnificam a Deus como em Pentecostes, eles falavam das grandezas de Deus. Mais adiante, o apóstolo Paulo revela que o dom de línguas é a linguagem do Espírito (1 Co 14.15). O termo grego para “línguas”, no derramamento do Espírito em Pentecostes, na casa de Cornélio e nos discípulos de Éfeso, é glo¯ ssa (At 10.46; 19.6).

O dialekto é a “linguagem” de um país ou região, “idioma, dialeto”. Fora da narrativa do Pentecostes, essa palavra aparece mais quatro vezes no Novo Testamento como idioma (At 1.19; 21.40; 22.2; 26.14). Quando esses peregrinos de Jerusalém se referem a sua língua materna, Lucas emprega o substantivo dialektos, “porque cada um os ouvia falar na sua própria língua” (v.6); “Então como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?” (v. 8). A manifestação das línguas nos discípulos era o dom de línguas, glossolalia, e os de fora ouviam em seu próprio idioma, em que cada um foi nascido. O milagre em Pentecostes foi duplo: os discípulos falaram línguas desconhecidas, a glo¯ ssa, e cada representante dessas 17 nações os ouvia cada um em sua própria língua, dialektos. Deus capacitou a cada um para que entendesse em sua própria língua, mas a língua que os discípulos falavam era ininteligível.

A xenolalia é outra coisa, é a habilidade de falar uma língua que o indivíduo não aprendeu. O termo vem do grego xenos, “estrangeiro, estranho”, e lalein, “falar”. Os pioneiros pentecostais da Rua Azusa pensavam que o dom de línguas fosse uma xenolalia, e por isso esperavam evangelizar rapidamente o mundo com esse recurso. Os precursores do avivamento da Rua Azusa, como A. B. Simpson e W. B. Godbey, entendiam o dom de línguas como uma xenoglossia missionária. Alguns pais da igreja chegaram a pensar dessa maneira, como Irineu de Lião em Contra as Heresias, no livro V.6.1, e também João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, em Homilia sobre 1 Coríntios 12.1, 2. Pahram defendeu essa ideia a vida inteira, mas a maioria dos pioneiros pentecostais da Rua Azusa abandonou rapidamente essa visão de “língua missionária”. Segundo Robert Menzies, as línguas podem servir como ferramenta evangelística, mas em casos muito especiais, e o único exemplo xenolálico é o próprio Pentecostes: “E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (At 2.5). Mas, segundo Max Turner, Lucas não deixa evidência de que “glo¯ ssais lalein geralmente servia a um propósito evangelístico”. Mas, isso não significa necessariamente que Deus não tenha operado esse milagre ao longo da História.


            III. MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA

1. Fidelidade às EscriturasLucas registra como viviam os novos convertidos.

Alistam-se quatro atividades das quais participavam. Geralmente, são consideradas como quatro coisas separadas, mas também é possível argumentar que são, na realidade, os quatro elementos que caracterizavam uma reunião cristã na igreja primitiva e, de modo geral, é este o ponto de vista preferível. Em primeiro lugar, havia a doutrina dada pelos apóstolos, que eram qualificados para esta tarefa por causa do seu convívio com Jesus. É possível que tenham sido considerados, num sentido especial, os guardiães das tradições acerca de Jesus, na medida em que a igreja crescia e se desenvolvia.2 5 Em segundo lugar, havia comunhão-, a palavra significa “coparticipação”, e, embora pudesse referir-se à distribuição dos bens conforme a descrição nos w. 4445, é mais provável que aqui se refira a uma refeição em comum ou a uma experiência religiosa da qual todos participavam. Em terceiro lugar, havia o partir do pão. Este é o termo que Lucas emprega para aquilo que Paulo chama de “Ceia do Senhor”. Refere-se ao ato que dava início a uma refeição judaica, e que passara a ter um significado especial para os cristãos, tendo em vista a ação de Jesus na Última Ceia, e também quando alimentou as multidões (Lc 9:16; 22:19; 24:30; At 20:7, 11).

Alguns alegam que o que há em mira aqui não passa de mera refeição de convívio, talvez uma continuação das refeições feitas com o Senhor ressurreto, sem qualquer relação específica à Última Ceia ou à forma paulina da Ceia do Senhor, que celebrava a Sua morte; é muito mais provável, no entanto, que Lucas aqui está empregando um nome antigo palestiniano para a Ceia do Senhor no sentido rigoroso. Finalmente, mencionam se as orações. Caso não se trate de uma referência a parte de uma reunião cristã, então trata-se da maneira dos cristãos observarem as horas de oração marcadas pelos judeus (3:1).

Estes são os quatro elementos essenciais na prática religiosa da igreja cristã. 

2. Exercício dos dons espirituaisDevemos, no entanto, evitar a ideia de que, em nossa vida cristã, nosso objetivo principal seja o nosso aperfeiçoamento. A verdade é que conseguimos mais crescimento, enquanto servimos. O santo (dedicado, consagrado) não é o que passa todo o seu tempo no estudo, na oração e nas devoções, por mais importante que isso seja. Os vasos no tabernáculo não podiam ser usados para outros fins, mas não foi a separação do uso comum que os tornou santos. Não eram santos até serem usados no serviço de Deus. Logo, o santo é aquele que não somente é separado do mal, mas também separado para Deus, santificado e ungido para o uso do Mestre. Isto era simbolizado, no Antigo Testamento, pelo fato de que o sangue era aplicado primeiro, e depois, o óleo sobre o sangue. A purificação, portanto, era seguida por uma unção simbólica que representava a obra do Espírito na preparação para o serviço. De modo que nós também somos ungidos, assim como o foram os profetas, os reis, e os sacerdotes da antiguidade (2 Coríntios 1.21; 1 João 2.20). Os meios e o poder para o serviço provêm através dos dons espirituais. Mas é necessário fazer distinção entre os dons e o dom do Espírito. O batismo com o Espírito Santo era necessário antes de os primeiros discípulos saírem de Jerusalém ou até mesmo cumprirem a Grande Comissão. Precisavam de poder, e o próprio nome do Espírito Santo tem ligação com força. Ele se manifesta como o Dom e o Poder. Ele mesmo é as primícias da grande colheita, e veio para iniciar a tarefa que trará alguns de cada raça, língua, povo e nação para estar junto do trono (Apocalipse 5.9). O mesmo batismo foi experimentado por outros, em pelo menos quatro ocasiões, registradas em Atos, conforme já vimos, bem como por alguns, posteriormente, de conformidade com Tito 3.5.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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                                BIBLIOGRAFIA

Bíblia de estudo Viva

Bíblia Almeida século 21

Livro Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Stanley M. Horton - Editora CPAD. 

Livro O que a Bíblia Diz Sobre o ESPÍRITO SANTO. Stanley M. Horton - Editora CPAD.

Comentário bíblico Atos dos Apóstolos, Hernandes Dias lopes - editora Hagnos.

Comentário bíblico O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Russell N. champlin - Editora Hagnos.

Livro O verdadeiro Pentecostalismo. A atualidade da doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo. Esequias Soares - Editora CPAD

Comentário livro de Atos. Howard Marshall - Editora Mundo Cristão.

Livro O que a Bíblia Diz Sobre o ESPÍRITO SANTO. Stanley M. Horton - Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/8-licao-3-tri-22-a-sutileza-do-enfraquecimento-da-identidade-pentecostal/

3 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?
    Passaram bem o Dia dos Pais.... Quê lição abençoada foi a aula 7.

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  2. Que o Eterno Deus conceda a todos vcs uma excelente lição 8.
    Abraço.

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