Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

LIÇÃO 01 - A GRANDE COMISSÃO: UM ENFOQUE ETNOCÊNTRICO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (Mc 16.15)


                    VERDADE PRÁTICA

A ordem Imperativa de Jesus aos seus discípulos aponta para a universalidade da pregação do Evangelho no mundo.


    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mt 28. 19, 20; Mc 16. 15-18



                        INTRODUÇÃO

Trata-se do mandamento do Senhor no sentido de levar e proclamar o seu evangelho a todas as nações. A ordem imperativa deixada por Jesus aos seus discípulos aponta para a universalidade da pregação do evangelho a toda criatura. Isso está de acordo com os ensinamentos constantes no Antigo Testamento (Is 45.22; Gn 12.3) e no Novo Testamento (Mt 9.37,38; 28.19; At 1.8). James Hudson Taylor (1832—1905), missionário inglês na China por 51 anos, disse: “A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada. E um mandamento a ser obedecido. Sim, a Grande Comissão é válida hoje. Jesus não deu a Grande Comissão só aos apóstolos. Jesus mandou os discípulos fazer mais discípulos, que obedecem a todos os Seus mandamentos (João 14:15). Um desses mandamentos é fazer mais discípulosJesus também disse que estaria com os discípulos que obedecem à Grande Comissão até o fim dos tempos. Isso implica que a Grande Comissão é válida para todos os discípulos até o fim do mundo. O trabalho de cada discípulo de Jesus é anunciar o evangelho e fazer mais discípulos em todo lado.

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube







                        I.  A GRANDE COMISSÃO

1.  O que é a Grande Comissão   -    Nas palavras do Dr. George W. Peters (1907-1988), professor de Missões Mundiais no Dallas Theological Seminary, nos Estados Unidos, na sua obra Teologia Bíblica de Missões (CPAD): A Grande Comissão como relatada pelos quatro autores dos Evangelhos apresenta um padrão abrangente e detalhado de nosso  compromisso missionário. Ela não declara todas as tarefas da igreja neste mundo ou a sua missão completa. A Grande Comissão preocupa-se, principalmente, com a expansão da igreja no universo dos que ainda não pertencem à igreja, quem quer que seja e onde quer que esteja. Ela é um grande guia para a evangelização do mundo e não um programa para tornar o mundo cristão, nem mesmo uma prescrição para a edificação da igreja. A ênfase, portanto, é fazer discípulos e evangelizar as nações. Esses dois imperativos devem ser realizados com tensão constante, equilíbrio e perspectiva histórica adequadas até que todo o mundo tenha tido oportunidade de ouvir a boa nova da salvação de Deus em Cristo Jesus.  Os apóstolos tornaram-se missionários não por causa de uma comissão, mas pelo fato de o cristianismo ser o que é devido à presença do Espírito Santo, que é um Espírito que se comunica e testemunha. Peters lembra que o próprio Cristo fala da missão do Espírito Santo como uma missão de testemunho (Jo 15.26; 16.8-15). Dessa forma, o autor conclui com a seguinte observação: Se as palavras particulares da Grande Comissão nunca tivessem sido registradas ou preservadas, a responsabilidade e o ímpeto missionários da igreja não seriam nem um pouco afetados. Ela prospera onde quer que o Cristianismo seja realmente conhecido, plenamente acreditado, genuinamente vivido e implicitamente obedecido.

2.   A questão cultural   -   Certamente, há alguns que têm o papel de missionários, evangelistas, pastores, ou mestres da Bíblia. E alguns irão para o outro lado do planeta para cumprir esses papéis. Há uma imensa necessidade no mundo hoje de missionários transculturais, e o campo missionário é um lugar fantástico para servir a Cristo. Mas não é para todo mundo.   Quando Jesus disse: “Ide”, ele não estava ordenando que todos os seus discípulos fossem para o exterior. Logo antes de sua ascensão, Jesus foi bastante específico acerca dos pontos geográficos aonde ele esperava que seus discípulos fossem. Ele lhes disse: “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Jesus e os seus discípulos estavam em Jerusalém quando ele disse essas palavras. Jesus queria que eles começassem a dar testemunho da sua vida, morte e ressurreição ali mesmo onde eles estavam – em Jerusalém.   Mas eles não deveriam parar ali. Alguns deles iriam para as outras partes da Judeia, compartilhando o evangelho com outros judeus. Mas outros iriam cruzar fronteiras culturais e religiosas, fazendo discípulos em Samaria. E, mais além, alguns dos discípulos de Jesus iriam aos confins da terra, fazendo discípulos em lugares que eram completamente distintos de sua terra natal.

3.   A ordem de fazer discípulos em todas as nações   -   O problema está na falta de compreensão acerca do que realmente é a ordem “fazei discípulos”. Qualquer um pode “ir”. Uma seita pode ir. Uma denominação que prega heresias pode ir. Até mesmo um incrédulo pode ir! Mas o “fazei discípulos” é que não é para qualquer um. Para que não houvesse dúvida, o próprio Jesus nos esclarece que é somente pela pregação do Evangelho que podemos fazer discípulos (Marcos 16:15).   Sem o Evangelho verdadeiro é possível fazer espectadores para os cultos. É possível fazer público para as apresentações da igreja. É possível fazer consumidores para o mercado gospel, clientes para as “campanhas santas”, e ativos para o relatório financeiro do mês. Só não será possível fazer discípulos como Jesus ordenou.  Somente a mensagem que expõe a verdade sobre o pecado e aponta para o Cristo ressuscitado é que pode gerar discípulos verdadeiros para o reino de Deus. Essa mensagem não é seletiva. Ela não está interessada em quem pode oferecer mais ou menos. Ela não está fundamentada no mérito humano. Mas essa mensagem iguala todos os pecadores à condição de inimigos de Deus, a menos que sejam reconciliados com Ele através de Cristo. Daí entendemos o ordem: “Ide e fazei discípulos de todas as nações”.   O povo comprado por Cristo provém de todos os povos, línguas e nações. Estes discípulos então devem ser batizados como sinal de que foram regenerados, remidos de seus pecados e unidos com Cristo.   Apenas ir não basta. A ordem do Mestre é que façamos discípulos. Como faremos isto? Simples! Indo pelo mundo, pregando o Evangelho! Até podemos continuar encarando o “ide” como imperativo, desde que esse nosso “ir” necessariamente resulte no “ir” de pecadores a Cristo através da Palavra genuína.

4.    A eficácia e os objetivos da Grande Comissão    -    Aqui temos a maior das promessas na Grande Comissão - Jesus diz: "E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". O pronome "eu" está incluso no verbo, mas ele é pronunciado como uma palavra separada para ênfase, como se dissesse: "Eu, eu mesmo, e ninguém menos do que eu mesmo, estarei sempre com vocês". Não alguma outra pessoa, não um anjo, não uma força, mas o próprio Cristo nos conduziria e nos acompanhará a medida que obedecemos a Grande Comissão.  A Grande Comissão seria impossível sem a presença de Cristo, pois a tarefa é fazer discípulos, mas somente ele pode mudar o coração humano. Somente ele tem o poder de controlar diretamente a mente do homem, e dirigi-la para a direção que ele quer. Sem esse poder espiritual para encher nossa pregação, e torná-la eficaz, ninguém jamais seria convertido. Paulo lembra aos Tessalonicenses que o evangelho chegou a eles "em poder, no Espírito Santo e em plena convicção"; e ele diz aos coríntios: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus".  
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






                    II.   MISSÕES TRANSCULTURAIS

1.  Conceito   -   Tem por objetivo alcançar pessoas de outras nações, raças, povos, culturas e línguas que nunca ouviram a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo. Portanto, quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente cruzar barreiras político geográficas. Porém, em nosso caso teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da linguística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc.  Consequentemente, nós poderíamos dizer que o resultado desse tipo de atitude é que 25% da população mundial, ou seja 1,5 bilhões de pessoas, nunca ouviram do evangelho sequer uma vez. Porém, se falarmos em número de povos, vamos descobrir que da tabela dos 11.874 povos, 3.915 deles nunca ouviram do evangelho. E o que dizer das 240 tribos indígenas brasileiras, das quais 126 não possui presença missionária evangélica, enquanto que 06 tem situação indefinida. Será que estas pessoas não o direito de ouvir pelo menos uma vez na vida a mensagem de salvação?  É nesse sentido que a missão transcultural e/ou a evangelização transcultural deve ser a mais alta prioridade no evangelismo, hoje.  

2.   Visão transcultural da Bíblia    -   Toda pessoa enviada para o campo missionário onde haja outra cultura deve, em primeiro lugar, familiarizar-se com ela o máximo possível para realizar um trabalho eficaz. Está mais do que claro que a mensagem do evangelho, ao ser levada a uma nova cultura, num idioma diferente, não consiste em levar estereótipos de uma cultura para a outra, mas é, no dizer de Larry Pate, a proclamação do "‘amor de Deus, que ultrapassa as fronteiras culturais, raciais e linguísticas. Ele deseja que todos, dos pigmeus da África aos homens de negócio da Ásia, tenham a oportunidade adequada de seguir a Cristo” . Ambos estão em polos distantes e costumes distintos, mas são alvos da graça de Deus e precisam conhecê-lo no seu próprio meio. Sadhu Sundar Singh (1889—1929), conhecido evangelista indiano, certa vez afirmou: “ Se você está indo levar água para um hindu, leve- -a em um copo hindu” . Isso significa que, em nosso mundo natural, a composição da água é a mesma, H20, mas o vasilhame utilizado pode ser diferente. O missionário não deve ir para o campo sem ter conhecimento prévio da cultura do país onde vai trabalhar! O método da comunicação da mensagem do evangelho poderá ser diferente. O mais importante não é o método em si, mas a mensagem a ser comunicada. Todos os povos, independentemente da sua cultura, necessitam da mesma mensagem. Contudo, há diferentes maneiras de pregar e ensinar as verdades bíblicas, sem a necessidade de violar os valores culturais (1 Co 9.20-22). O apóstolo Paulo deixou-nos exemplos a esse respeito no livro de Atos ao viajar por diversos países de diferentes culturas, ao proclamar o evangelho de Cristo. Ele utilizou várias metodologias, só que a mensagem era sempre a mesma: “Jesus Cristo crucificado, sepultado e ressurreto” . Aos romanos, com idioma e costumes bem diferentes dos judeus, ele disse: Pois sou devedor tanto a gregos com o a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma. Pois não rne envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. (Rrn 1.14-16, ARA).

3.   Barreiras nas Missões Transculturais    -   

Barreiras geográficas (v.4-6)

Os judeus evitavam atravessar a província de Samaria devido a inimizade que havia entre os dois povos. A rota normal para um judeu chegar a Galileia, era fazer uma volta pela região da Pereia. Mas, Jesus viu a necessidade de passar por Samaria, quebrando uma barreira geográfica, porque ali havia pecadores que precisavam conhecer a verdade (v.4).  Segundo algumas pesquisas, os locais geográficos de mais difícil acesso são os locais onde estão os povos mais necessitados de conhecerem o evangelho de Cristo. Alcançar esses lugares é uma obra desgastante (v.6).   

Barreiras sociais (v.7-8)

Jesus sentado ao lado do poço se encontra com uma mulher. Em sua humanidade, cansado e com sede, pede-lhe água para beber (v.7). Para um judeu da época, não era permitido conversar com uma mulher a sós, mesmo que publicamente. Se um homem de certa posição falasse com uma mulher em local onde pudessem serem vistos, isso era considerado um ato escandaloso. O evangelho de Cristo não faz qualquer distinção social. Todos podem ouvir e receber a mensagem de salvação. O evangelho precisa chegar aos povos em que, muitas vezes, há barreiras sociais. 

Barreiras culturais (v.9) 

Para conseguir a atenção dos perdidos, precisamos nos despir de qualquer barreira cultural (alimentação, vestimentas, modo de vida, etc.) que possa haver para que eles ouçam a verdade do evangelho. O conhecido missionário Hudson Taylor foi um dos primeiros a entender a importância disto. Ele insistiu em se vestir, comer e viver como os chineses para os quais foi chamado por Deus. Quando criou uma sociedade missionária, instituiu essa prática a todos os seus membros.

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube







                    III.   VISÃO GLOBAL DO EVANGELHO NO MUNDO

1.   Evangelização e Discipulado     -     A ênfase cumulativa parece clara. Ela é colocada na pregação, testemunho e discipulado, e muitos deduzem disso que a missão da igreja, de acordo com as especificações do Senhor ressurreto, seja exclusivamente uma missão de pregação, conversão e ensino. Realmente, confesso que defendi essa posição no Congresso Mundial de Evangelização em Berlim, em 1966, quando tentava expor as três versões principais da Grande Comissão.  Entretanto, hoje me expressaria de forma diferente. Não significa apenas que a Comissão inclui a tarefa de ensinar aos convertidos tudo o que Jesus havia ordenado previamente (Mt 28.20), e que a responsabilidade social está entre as coisas que Jesus ordenou. Agora vejo mais claramente que, não apenas as consequências da Comissão, mas também a própria Comissão inclui em si a responsabilidade social assim como a evangelística, a menos que queiramos ser acusados de distorcer as palavras de Jesus.  O que a Grande Comissão significa para você? Significa que Jesus chamou você para ser alguém que faz discípulos. Ele convoca você tanto a evangelizar os incrédulos como a discipular os crentes. Você deve estar fazendo isso pessoalmente; em casa, no trabalho, no seu bairro, entre os seus amigos. Você deve estar fazendo isso em e por meio da sua igreja.

2.   Arrependimento e capacitação   -   É preciso ir, pois somos o “transporte” do Espírito Santo. Sem Ele é impossível ocorrer o arrependimento e a conversão dos perdidos. Jesus disse: “… Ele… convencerá o mundo” (Jo 16.8). Portanto nosso trabalho se limita a ir, falar e até interceder, mas convencer e salvar é papel exclusivo da terceira pessoa da Divindade.

                Todo aquele que não se esforça é desobediente. Devemos ir onde for possível, e contribuir com a intercessão e o dinheiro para os que vão aos confins da terra (veja Romanos 10.13-15). Jesus afirmou que os filhos da paz estão à nossa espera (Lucas 10.6), pois como eles vão crer se não ouvirem (Romanos 10.14,15).

                Em nossa ida, temos a garantia de que o Senhor vai conosco e nos ajudará: “.. .tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais que se seguiam” (Mc 16.20).

                Jesus declara o alcance da missão em “todas as nações”; isto revela que não há mais fronteiras, não se restringe a nação israelita (10.6). O rebanho de Cristo deve ser completado com outros: povos, tribos, línguas e nações; pois Ele mesmo disse: “… tenho outras ovelhas” (Jo 10.16). 

 1. “Fazei discípulos”; fazei aponta para o por que do ir. O mandamento de fazer ou produzir seguidores vai além da evangelização, é na verdade sua continuidade (veja João 13.35). Era desejo de Jesus que o perdido visse, e não apenas ouvisse a proposta do evangelho, e isso só seria possível pelo convívio, pela comunhão. Em Lucas 10.3-9, temos um belo exemplo disso. -Apalavra discípulo no grego é mathetes, que significa aprendiz, seguidor, e seu sentido aponta para alguém que segue os ensinos e os exemplos de seu mestre. O discipulador, portanto, deve ter vida consagrada, honesta e compromissada com Deus, para que o discipulando se empenhe com seriedade para viver em novidade de vida, exercitar a oração, demonstrar amor pelo estudo bíblico, e encarnar a santificação.

       De forma geral, esse primeiro ponto da grande comissão tem a ver com todo o processo da evangelização local e mundial (veja Atos 1.8), a comunicação das boas novas em Cristo a todos que ainda não tiveram oportunidade de ouvir, e o discipulado vem logo a seguir.

       2. “Batizando-os”. Neste ponto, o novo discípulo faz sua profissão pública de fé; é a evidência inicial do seu desejo de continuar no caminho da vida. O batismo é na verdade o enterro simbólico do velho homem, bem como a ratificação da ressurreição final para a vida eterna (veja Romanos 6.3-5).

       Quem se batiza consciente, entende o que é morrer com Cristo (veja Gálatas 2.20) e ressuscitar com Ele para uma vida completamente nova (2Coríntios 5.17). A palavra nova no grego é kainé e significa novo, que nunca foi usado, feito recentemente. Isso se refere não à mudança do passado (tempo), mas de posição – pois agora nós estamos em Deus – de futuro (além do túmulo) e de qualidade (de natureza).

       Pelo batismo, o novo crente passa a fazer parte da família de Deus, pois o Espírito Santo o “mergulha” no corpo místico de Cristo que é a sua Igreja (veja ICoríntios 12.13). Essa imersão espiritual em Cristo faz referência também à comunhão que desfrutamos com Deus e principalmente uns com os outros, comunhão essa que precisa ser aprofundada na continuação de nossa vida cristã.

       3. “Ensinando-os a guardar todas as coisas…”. É o processo de acompanhamento, a fim de inculcar as doutrinas de Cristo, pela Palavra, é o aprofundamento (comida sólida) da nossa compreensão da vontade ou propósito de Deus para a nossa vida. E também a restauração da alma(veja Tiago 1.21), a exortação para o crescimento (Hebreus 10.25), é o galgar de uma glória a outra (2Coríntios 3.18) até a completa medida de Cristo (Efésios 4.12,13). Em outras palavras, nesse ponto, tem início o discipulado cristão, onde Deus vai trabalhar a imagem de seu Filho Jesus em cada um de nós.


Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube


Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil




AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

CANAL YOUTUBE.:  https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178       Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do        PIX 11980483304        

Chave do PIX
Banco Mercantil do Brasil





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Até os confins da terra - Pregando o Evangelho a todos os Povos até a volta de Cristo, Wagner Gaby - Editora CPAD.

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/11/grande-comissao-todos-devem-ir/

https://estiloadoracao.com/ide-e-fazei-discipulos/#:~:text=Antes%20subir%20ao%20c%C3%A9u%2C%20Jesus,o%20assunto%20%C3%A9%20a%20evangeliza%C3%A7%C3%A3o.

https://missiologando.wordpress.com/2015/04/25/barreiras-na-obra-missionaria-transcultural/




Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






quinta-feira, 14 de setembro de 2023

LIÇÃO 13 - O MUNDO DE DEUS NO MUNDO DOS HOMENS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO

"Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco)." (Mt 1. 23)


                    VERDADE PRÁTICA

Na dispensação da graça, a Igreja deve refletir os valores do Reino de Deus no mundo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mt 1. 21-23; Gl 4. 3-7


                        INTRODUÇÃO  

O conceito do Reino de Deus pode ser trabalhado tanto de forma mais ampla quanto mais restrita; tanto em seu significado mais geral quanto mais específico. Como foi dito, seu significado geral fala do reinado eterno e soberano de Deus sobre tudo. Do começo ao fim a Bíblia mostra Deus como o rei supremo que governa todas as coisas (cf. Salmos 103:19; 113:5; Daniel 4:34,35; Mateus 5:34; Efésios 1:20; Colossenses 1:16; Hebreus 12:2; Apocalipse 7:15; etc.).  Já o Reino de Deus em seu significado mais restrito fala de tudo o que envolve a ação soberana de Deus na redenção de seu povo. Por isso inclui-se no conceito de “Reino de Deus” a obra de Cristo, a realidade presente da Igreja e as bênçãos da salvação, e a consumação de todas as promessas na bem-aventurança eterna no universo redimido.   Nesse sentido é impossível dissociar a ideia de salvação do conceito de Reino de Deus. 

 Desde o início da história do mundo os ímpios têm se levantado em rebelião contra o Reino de Deus. Mas isso um dia isso chegará ao fim. O Reino de Deus durará para sempre e toda oposição a ele caíra em ruína.  Mas segundo as Escrituras, tudo isso envolve um longo processo histórico. O compromisso com o Reino de Deus foi primeiramente guardado na linhagem piedosa de Sete, que culminou na obediência de Noé. Depois, num novo estágio, ele foi mantido com Abraão e sua descendência. Então é possível dizer que no Antigo Testamento a revelação do Reino de Deus limitava-se ao povo de Israel. Enquanto isso, as demais nações estavam em trevas e em completa rebelião contra Deus.  Quando Cristo encarnou neste mundo, Ele inaugurou o estágio final do Reino de Deus. Ele é o Messias davídico, o Rei escolhido que trouxe o Reino de Deus à terra de uma forma inédita. Por isso João Batista, o arauto do Messias, e o próprio Jesus, anunciaram firmemente que o Reino dos Céus havia chegado, trazendo graça e juízo (Mateus 3:2-12; 4:17). 

Falar do Reino de Deus é falar da própria mensagem das Escrituras. Em seu Comentário do Novo Testamento, W. Hendriksen sintetiza o conceito bíblico do Reino de Deus no ensino de Jesus de uma forma bem didática a qual reproduzo abaixo com algumas adaptações:

  • O Reino de Deus é o domínio ou a soberania reconhecida de Deus (Mateus 6:10).
  • O Reino de Deus envolve a completa salvação. Em outras palavras, o Reino de Deus inclui todas as bênçãos materiais e espirituais que acontecem quando Deus é reconhecido e obedecido como o Rei do nosso coração (Mateus 10:25,26).
  • Igreja é a comunidade de pessoas em cujos corações Deus é reconhecido como Rei e Senhor. Então há um sentido específico em que o Reino de Deus e a Igreja são expressões quase que equivalentes. Isso explica a promessa de Jesus ao falar sobre a liderança e o fundamento apostólico na edificação da Igreja: “Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus” (Mateus 16:19).
  • O Reino de Deus também fala da bem-aventurança eterna; fala da vida no novo céu e nova terra com toda sua glória. Esse é o sentido futuro do Reino que expressa a realização final do poder salvador de Deus (Mateus 25:34).
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






                    I.    O REINO DE DEUS NO MUNDO

1.   A   encarnação de Cristo   -    David R. Nichols (apud HORTON, 1997, p. 324, 325) descreve que:   A união hipostática descreve a união entre as naturezas humana e divina na Pessoa única de Jesus. [...] O ensino bíblico acerca da humanidade de Jesus revela-nos que, na encarnação, Ele tornou-se plenamente humano em todas as áreas da vida, menos na prática de um eventual pecado. [...] Na experiência que Jesus teve da morte, temos uma das comprovações mais poderosas de que sua humanidade foi completa. Ele era tão humano que sofreu a morte de um criminoso. [...] Jesus era capaz de sentir em profundidade as emoções humanas. Conforme vemos nos evangelhos, Ele sentia dor, tristeza, alegria e esperança. Assim acontecia porque Ele compartilhava conosco a realidade da alma humana. [...] Finalmente Jesus possuía um corpo humano, igual ao nosso. [...] Era igual a nós em todos os aspectos, exceto que nunca pecou.   E, quanto a divindade de Cristo, acrescenta que: Os escritos do Novo Testamento atribuem divindade a Jesus em vários textos importantes. [....] As informações do Novo Testamento a respeito desse assunto levam-nos a reconhecer que Jesus não deixou de ser Deus durante a encarnação. Pelo contrário, abriu mão apenas do exercício independente dos atributos divinos. Ele ainda era plena Deidade no seu próprio ser, mas cumpriu o que parece ter sido imposto pela encarnação: limitações humanas reais, não artificiais. [...] Certamente, a Bíblia apresenta amplas evidências de suas afirmações sobre a humanidade e a divindade de Jesus.

2.   A mensagem do Reino   -    O arrependimento é uma chave para nos achegarmos a Deus. Arrepender dos pecados é estar dizendo para Deus, que quero ser santo, imitador de Cristo, o pecado não vale mais nada pra mim, porque sei que sua presença é melhor do qualquer coisa que o diabo e o mundo oferecer. Jesus se agrada de quem verdadeiramente se arrepende, lembra do ladrão da cruz, um homem que aos nossos olhos estava totalmente errado, mas onde ele acertou? Reconheceu que Jesus, o mestre, estava ali ao lado e ele podia ao menos lembrar-se dele, ele agarrou essa chance, se arrependeu, falou com o mestre e ainda repreendeu o outro ladrão que zombava de Jesus, ISSO É ARREPENDER-SE! Ser humilde, reconhecer que errou e se tem que pagar um preço pelo erro, paga, ainda que sofra. Na cruz, em sua última chance, recebeu o perdão e foi salvo. Jesus o salvou, sabe por quê? Porque ele se arrependeu e recebeu a Graça e Misericórdia de Deus! Graça que nos perdoa os pecados e misericórdia que não deixa que a conseqüência dos nossos erros nos alcance, ou que não nos pune como deveríamos ser punidos! Não podemos fingir que nos arrependemos, pois quando fazemos isso, lá na frente iremos cair no mesmo erro, simplesmente porque tentamos encobri-lo, fingido tê-lo vencido, mas na verdade, só estava à espera de uma nova oportunidade para errar.

 A mensagem que diz que é chegado o Reino de Deus possui dos aspectos. Por um lado essa mensagem aponta para as bênçãos da salvação que alcançam aqueles que, pela graça de Deus mediante a fé, se arrependem de seus pecados e reconhecem em seus corações o reinado de Deus. Mas, por outro lado, essa mensagem fala do juízo divino que é derramado sobre os pecadores impenitentes que vivem em rebelião contra o reinado de Deus.

3.    Os valores do Reino   -  Justiça
  1. “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.” Romanos 14:17,18
  2. “Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.” 1 Timóteo 6:11
  3. “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33
  4. “Quem segue a justiça e a lealdade encontra vida, justiça e honra.” Provérbios 21:21

Amor

  1. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
    E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”
     Marcos 12:30,31
  2. “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.” 1 Coríntios 13:4-6

Respeito pelo próximo

  1. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” Marcos 12:30,31
  2. “Não planeje o mal contra o seu próximo, que confiantemente mora perto de você.” Provérbios 3:29

Gratidão

  1. “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” 1 Tessalonicenses 5:18
  2. “não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas orações.” Efésios 1:16
  3. “Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.” Salmos 107:1

Obediência

  1. “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” Efésios 6:1-3
  2. “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.” João

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

LIÇÃO 12 - SENDO A IGREJA DO DEUS VIVO.

 




                        TEXTO ÁUREO

"Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da Igreja." (Ef 5.32)


                    VERDADE PRÁTICA

A noiva de Cristo não pode ser mundana, pois ela é a guardiã da verdade revelada e suas vestes devem se manter imaculadas para as Bodas do Cordeiro.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Tm 3. 14-16; Ef 5. 25-27, 32

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube




                              



                                                  INTRODUÇÃO


Como podemos esperar, a Palavra de Deus tem muito a dizer sobre os assuntos mundanismo e separação. Com a ajuda de Deus, gostaria de explorar ambos os tópicos em profundidade. Começaremos tentando definir a palavra "mundanismo". É o substantivo do adjetivo "mundano" e o Dicionário Aurélio define assim: "Vida mundana; hábito daqueles que só procuram gozos materiais". A partir dessa definição, vemos que não é absolutamente uma palavra que seria usada para descrever um cristão. Ser mundano é aderir e seguir aquilo que caracteriza as atitudes e ações das massas; dos incrédulos — aqueles que estão perdidos. Além disso, precisamos compreender que é uma coisa extremamente fácil de fazer. Tudo o que precisamos é "seguir as massas", seguir o caminho da mínima resistência. A natureza humana nos predispõe para o mundanismo. Antes de sermos salvos, o mundanismo era um modo de vida. Após a salvação, ganhamos uma nova natureza, mas a velha natureza pecaminosa não foi erradicada. Por isso, estamos em uma situação que garante uma vida de conflito contínuo! 

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."

Creio que cada um de nós pode ver nesses versos que o amor ao mundo é um perigo muito real para o cristão. Nossa natureza caída, que está conosco desde o nascimento, está naturalmente inclinada e preparada para as atrações que nos rodeiam. Nunca antes em toda a história humana isso foi mais problemático do que atualmente e está ficando cada vez pior! Os historiadores dizem que uma das principais razões para a queda do Império Romano foi que a maior parte da população desenvolveu um apetite insaciável pelos prazeres e divertimentos. Enquanto as pessoas se divertem, esquecem-se das coisas que realmente são importantes na vida. Esse tipo de comportamento é uma forma de fuga, para não enfrentar as realidades da vida diária. Como os cristãos não são imunes à doença do mundanismo, precisamos reconhecê-la como sendo uma lepra espiritual e evitá-la. (A lepra, freqüentemente mencionada na Bíblia, sempre é retratada como sendo típica do pecado.)

Em toda a Bíblia, os cristãos são constantemente exortados a buscar sabedoria — a pensar, a agir de uma maneira responsável o tempo todo — para nosso próprio bem e para o bem dos outros. Uma das tragédias da vida cristã é ver aqueles que professam o nome de Cristo chafurdarem na imundície deste mundo e depois tentarem "testemunhar" para ele! As atitudes falam mais alto que as palavras e cada um de nós precisa entender que estamos em cena e nossas ações estão sendo observadas o tempo todo. Depois que tomamos o primeiro passo de identificação com Cristo (o batismo), tornamo-nos homens e mulheres, meninos e meninas marcados — pois o mundo está apenas aguardando a primeira oportunidade para nos chamar de hipócritas! Satanás é o deus deste mundo e tenta explorar cada deslize nosso. Amar as atitudes e filosofias prevalecentes na nossa cultura é garantia de ruína para nosso testemunho como filhos de Deus.

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






                    I.   A NATUREZA DA IGREJA DO DEUS VIVO

1.   A casa do Deus vivo   -  Nessa direção, William Hendriksen (2013, p. 170) esclarece que: Além de ser a pedra angular de um edifício parte do fundamento, e, portanto, suporte da superestrutura, ela determina sua forma final, visto que, ao estar colocada na esquina formada pela junção de duas paredes primárias, fixa a posição de duas paredes e das que cruzam no resto do edifício. Todas as demais pedras devem ajustar-se a ela. Desse modo, John Stott (2007, p. 73) pondera queAssim como um edifício depende, para sua coesão e para o seu desenvolvimento, de ser seguramente vinculado a uma pedra angular, assim também Cristo, a pedra angular, é indispensável para a união e o crescimento da igreja. A não ser que esteja constante e seguramente relacionada com Cristo, a união da Igreja desintegrar-se-á e seu crescimento cessará ou será desordenado.

2.   A coluna e firmeza da verdade   -   O Comentário Bíblico Pentecostal (2003, p. 1.465) discorre que: É aconselhável que a congregação saiba como se comportar, pois a igreja é o povo de Deus, “a coluna e firmeza da verdade”. A confiança sagrada da igreja é verdadeira, se a verdade for comprometida, a própria igreja estará em risco. Os falsos mestres, por exemplo, já abandonaram a verdade (1 Tm 6.5; 2Tm 2.18; 3.8; 4.4). É crucial que Timóteo não somente silencie os falsos mestres (1 Tm 1.3-11), mas também coloque a igreja novamente sobre o seu correto alicerce. Nesse aspecto, Matthew Henry (2008, vol. 2, p. 692) esclarece que: Não que a autoridade das Escrituras dependa da autoridade da Igreja, como os papistas querem, porque a verdade é a coluna e fundamento da Igreja; mas é a Igreja que anuncia as Escrituras e a doutrina de Cristo, como a coluna à qual uma proclamação é afixada. [...] Quando a Igreja deixa de ser a coluna e o fundamento da verdade, vamos acabar abandonando-a; porque nosso respeito pela verdade deve ser maior do que o nosso respeito pela Igreja; já não somos mais obrigados a continuar na Igreja quando ela deixa de ser a coluna e o fundamento da verdade.

3.   O mistério da piedade   -    O Comentário Bíblico Beacon (2014, vol. 9, p. 477) elucida que: Aqui, como em outras ocasiões, supomos que o apóstolo está usando o fragmento de um hino cristão primitivo que, a seu modo, esboça o drama do evento-Cristo. [...] No conjunto, é melhor reconhecermos uma progressão cronológica no hino (supondo que o seja), e propormos que diz respeito a: 1) a encarnação, 2) a ressurreição, 3) a ascensão, 4) a pregação do Evangelho, 5) a resposta dada ao Evangelho e 6) a vitória final de Cristo. “Justificado em espírito” [...], quer dizer, ressuscitado pelo poder do Espírito Santo. Este é, então, o mistério da piedade ou, como traduz certa versão, “a verdade revelada da nossa religião” (NTLH). E esta mensagem da qual a igreja coletivamente e cada cristão individualmente é “coluna e baluarte”. Em síntese, o mistério da piedade é o conjunto das doutrinas elementares do cristianismo. Por esse motivo, ratifica-se, então, que: (i) “Deus manifestou-se em carne”, isto é, Cristo fez-se carne; (ii) “foi justificado no Espírito”, ou seja, Cristo morreu e ressuscitou; (iii) foi “visto dos anjos”, isto é, Cristo foi adorado nos céus na ascensão; (iv) “pregado aos gentios”, ou seja, indica que Cristo foi anunciado; (v) “crido no mundo”, isto é, Cristo foi aceito como Salvador; e (vi) “recebido acima na glória”, o que aponta que Cristo ascendeu em triunfo ao Céu de glória e assentou-se à destra do Pai. Aleluia! A Igreja é a fiel portadora dessa verdade (2 Co 2.17).

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






                    II.   CRISTO E O RELACIONAMENTO COM A IGREJA

1.   Santificação e pureza   -   No Antigo Testamento, a palavra hebraica qadash, traduzida por “ser santo”, possui o significado básico de separação do uso comum para a dedicação a Deus e ao seu serviço. O Novo Dicionário de Teologia (2009, p. 892) leciona que “santificação” apresenta a ideia tanto de limpeza (Êx 19.10,14) quanto de consagração, além de dedicação ao serviço de Deus (Êx 19.22; Dt 15.19; 2 Sm 8.11; Is 13.3). Contudo, o significado de santificação e santidade estende-se além do ritual para a esfera moral. No Novo Testamento, o termo grego mais comum traduzido por santo é hagios. No singular, é usado com o adjetivo para descrever Deus e o seu Espírito. No plural, é empregado como substantivo para referir-se ao povo de Deus. O verbo hagiazo é utilizado no sentido ritual de separar algo dentre o que é comum para a utilização com propósitos sagrados (Mt 6.9; Jo 10.39; 1 Pe 3.15). A expressão hagnos refere-se particularmente à pureza no sentido ético. Em termos gerais, “a obra da santificação é a separação de tudo que é contrário à pureza do Espírito”. Esse processo de santificação da Igreja é contínuo e prossegue até a glorificação final no dia de Cristo (Rm 6.22; 8.30; Fp 3.21).

2.   Gloriosa e irrepreensível   John Stott (2017, p. 171) descreve que: A santificação parece referir-se ao processo presente de torná-la santa no caráter e na conduta pelo poder do Espírito que nela habita, ao passo que a apresentação é escatológica e ocorrerá quando Cristo voltar para tomá-la para si mesmo. Ele a apresentará a si mesmo gloriosa (endoxon). [...] “Glória” (doxa) é o irradiar de Deus, o brilho e a manifestação do seu ser, doutra forma ficaria oculto. Assim, também, a natureza verdadeira da Igreja se tornará aparente. Na terra, frequentemente está em trapos e farrapos, manchada e feia, desprezada e perseguida. Um dia, porém, será vista pelo que ela é, nada menos do que a noiva de Cristo, “sem mácula, sem ruga, sem qualquer deformação”, santa e sem defeito, bela e gloriosa. É com esse fim construtivo que Cristo tem trabalhado e continua trabalhando. A noiva não se torna apresentável; é o noivo que trabalha para embelezá-la, a fim de apresentá-la a si mesmo.  

  3.   O Mistério de Cristo e da Igreja   -   William Hendriksen (2013, p. 305) ratifica que: Evidentemente Paulo quer dizer que o mistério é a comparação do matrimônio com a união entre Cristo e a Igreja. A união de Cristo com a Igreja, que do eterno deleite na presença do Pai de tal maneira arrastou o unigênito Filho de Deus para submergir-se nas pavorosas trevas e terríveis angustias do Calvário, salvando seu povo rebelde, eleito dentre todas as nações, e chegando ainda a habitar em seus corações por meio do Espírito Santo com a finalidade de apresentá-lo – embora um povo inteiramente indigno – a si mesmo como sua própria esposa, com quem chegou a ter uma comunhão tão intima que não existe no mundo uma metáfora sequer que lhe pudesse fazer jus, tal união é em e por si mesmo um mistério.  O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2009, vol. 2, p. 349) corrobora que: O quadro que vivenciamos no casamento é uma analogia do relacionamento entre Cristo e os crentes. [...] Quando Paulo contemplou o amor e a lealdade mútuos, a liderança afetuosa do marido e a submissão amorosa da esposa, as riquezas guardadas, a intimidade e a unidade, e o auto sacrifício que devem caracterizar todo casamento, ele viu nestes um retrato de Cristo e sua Igreja. Desse modo, ratifica-se que o matrimônio é empregado como uma imagem da Igreja e a sua relação com Cristo. Essa união somente é possível como resultado do amor e sacrifício de Cristo pela sua noiva (Ef 5.25). A expressão “grande é este mistério” refere-se, portanto, a uma importante e profunda verdade que está sendo revelada. A ênfase dessa revelação é a comunhão entre a Igreja e o Senhor Jesus que culminará com as bodas do Cordeiro (Ap 19.7).

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






                    III.    AS ARMAS DA IGREJA DO DEUS VIVO

1.   O zelo pela verdade   -   O evangelho de Cristo é a única verdade (Jo 14.6). John Higgins (apud HORTON, 1997, p. 107) reitera que “a inspiração verbal e plenária eleva o conceito da inspiração até à plena infalibilidade, posto que todas as palavras são, em última análise, palavra de Deus. A Escritura é infalível porque é a Palavra de Deus, e Deus é infalível”. Por essa razão, a Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18; Jo 10.35). A Teologia Sistemática Pentecostal (2013, p. 24) corrobora que: Os ortodoxos afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. Dessa forma, colocamo-la no lugar em que ela tem de estar como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Escritura diz, é a nossa obrigação ser-lhe obediente sem quaisquer questionamentos. Ela é soberana! Os cristãos jamais deixaram de ser dogmáticos quanto à origem divina da Bíblia Nossa Declaração de Fé (2017, p. 26) é enfática ao afirmar que: A inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática, a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus: “a lei do SENHOR é perfeita” (Sl 19.7). É a Palavra de Deus, que não pode ser anulada: “e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35 – ARA).

2.   O ensino da verdade   -   Paulo deixa claras exortações quanto a esse compromisso: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2). O Comentário Bíblico Beacon (2019, vol. 9, p. 531, 532) explica que: Por a palavra o apóstolo quer dizer a mensagem relativa a Cristo como Redentor, Salvador e Senhor. É o que o Novo Testamento quer dizer por querigma ou proclamação. Este deve ser o teor da pregação cristã. Nenhum sermão é realmente sermão, a menos que deixe explícita a verdade bíblica. Instes a tempo e fora de tempo pode ser traduzido por “insista em todas as ocasiões, convenientes ou inconvenientes” (NEB; cf. BJ, BV, CH, NTLH). Esta determinação nos mostra o senso de urgência que deve caracterizar nossa pregação. Isso acarreta necessariamente a responsabilidade de corrigir e repreender (redarguas e repreendas; cf. BAB, BV, RA), e o dever mais positivo de animar (exortes; cf. CH, NTLH). Temos de provocar em todos que nos ouvem a disposição de reagir em total obediência à Palavra de Deus. Acima de tudo, o servo de Deus deve cultivar a graça da paciência (longanimidade; cf. BJ, CH, NTLH, NVI) em seus esforços de levar as pessoas a Cristo e ministrar-lhes o ensino segundo a verdade cristã (doutrina; cf. AEC, CH, NTLH).

 3.    A defesa da verdade   -   A Palavra de Deus adverte a Igreja a não ensinar outra doutrina (1 Tm 1.1-7), ratifica que há um só Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5) e assevera que não há salvação fora de Cristo (At 4.12). Essa verdade é inamovível (Ap 22.18,19). Por conseguinte, a defesa da fé decorre do zelo e do ensino da verdade, mas também da oposição às heresias. Os falsos ensinos são propagados por aqueles que têm a consciência e o entendimento corrompidos pelo erro, e esses falsos mestres precisam ser desmascarados (Tt 1.11,15). O meio mais eficaz para refutar a mentira é confrontar o engano com a verdade (2 Co 13.8). Não ensinar a igreja equivale a deixá-la perecer. Não obstante, a verdade das Escrituras não deve ficar restrita à liturgia do culto no templo. Embora o secularismo e o laicismo acuem a igreja no espaço privado, Cristo ordenou que a mensagem fosse pregada em todo o mundo (Mt 28.19,20). O líder que não está apto para defender a fé conduzirá um rebanho doente e suscetível a todo vento herético. A Bíblia diz que não tem a Deus quem ensina falsas doutrinas, não concorda com a sã doutrina e nela não permanece (1 Tm 6.3; 2 Jo 1.9). Quem tolera ou justifica tal atitude faz-se cúmplice das suas obras más (2 Jo 1.10,11). Por isso, a Igreja não pode temer o patrulhamento ideológico e nem o politicamente correto. Somos o baluarte da verdade, compelidos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd v. 3).

Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube






Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube


Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil




AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

CANAL YOUTUBE.:  https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178       Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do        PIX 11980483304        

Chave do PIX
Banco Mercantil do Brasil





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

https://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-evangelico-diversos/mundanismo-a-lepra-espiritual.html





Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube