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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

LIÇÃO 01 - O AVIVAMENTO ESPIRITUAL.

Profº PB. JUNIO - Congregação Boa Vista II

 



                        TEXTO ÁUREO

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (2CR 7.14)


                VERDADE PRÁTICA

Humilhar-se diante de Deus, buscar a face do Senhor em oração e converter-se de seus maus caminhos são atitudes que precedem o avivamento espiritual.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2CR 7. 12-15; AG 2. 5-9


                    INTRODUÇÃO


Nos dias presentes, mais do que nunca, a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo necessita de avivamento espiritual. Em muitos lugares no Brasil e no mundo, tem-se a impressão de que uma “frente fria” tem passado por muitas igrejas. As chamadas igrejas históricas, oriundas da Reforma Protestante do século XVI, de modo geral, nunca buscaram um avivamento com poder de Deus por intermédio do Espírito Santo. A Reforma foi um movimento extraordinário promovido por Deus para sacudir as bases das igrejas consideradas cristãs, que se haviam acomodado ao formalismo religioso. De modo especial, o Senhor levantou homens e mulheres, inclusive no seio da igreja católica, para promover mudanças marcantes na estrutura religiosa daquela igreja, que se dizia cristã, mas que se afastara da ortodoxia neotestamentária. As igrejas oriundas da Reforma tornaram-se formalistas e academicistas por terem ignorado ou se esquecido do papel maravilhoso do Espírito Santo. As proposições básicas e fundamentais da Reforma adotaram as expressões latinas para indicar o seu corolário de fé. Tais proposições foram denominadas Sola Fide, Sola Gratia, Solus Christus, Sola Scriptura e Soli Deo Gloria. Vê-se que tais declarações de fé honraram o Pai, o Filho, a Palavra, a fé e a graça, só que os reformadores esqueceram-se de um “Sola” tão importante quanto as outras. Esqueceram-se do Solus Spiritus! Não queremos dizer que eles não conheciam o Espírito Santo, mas, sim, que se esqueceram de contemplar e valorizar a sua pessoa no meio das proposições características da fé dos reformadores. O resultado dessa omissão ao valor, à necessidade e à importância do Espírito Santo para a Igreja do Senhor Jesus foi que, durante cerca de duzentos anos, as igrejas que adotaram os princípios da Reforma foram dominadas por um formalismo tal, misturado com academicismo teológico, que se tornaram formalistas e sem poder. As discussões teológicas causaram grande acirramento nas percepções que os reformadores tinham da Palavra de Deus. Divisões e fragmentação das igrejas causaram profundas diferenças no contexto eclesiástico pós-reforma na Europa e no mundo. Esse formalismo tem atravessado os séculos e manifesta-se até os dias atuais, causando frieza ou mornidão no meio de muitas denominações.

Entre 1330 e 1384, Deus levantou outra testemunha poderosa, cheia do Espírito Santo, para despertar os cristãos contra os ensinos heréticos do catolicismo romano. Esse homem foi John Wycliffe (1328–1384), que proclamou que a sua fé baseava-se no que está escrito na Palavra de Deus e na obediência aos ensinos de Cristo, nos Evangelhos, e dos seus apóstolos, nos Atos e nas epístolas. Depois de Wycliffe, Deus levantou Girolamo Savonarola (1452–1498), homem culto, Superior do Convento, que, conhecendo a Bíblia, protestou contra os desmandos, a corrupção e as orgias promovidas pelo clero desviado. Ele foi excomungado pelo Papa Alexandre VI e, em 1498, foi queimado vivo na fogueira, mas o seu testemunho não morreu, está queimando até hoje nas consciências dos que desejam ver a Igreja de Jesus no centro da sua santa vontade.

Neste comentário, nossa atenção estará em parte voltada ao texto de Ageu 2.1-9, que registra um período de grande frieza espiritual no meio do povo de Israel. O próprio Deus cobrou do seu povo a reconstrução do Templo, que fora destruído como consequência da desobediência aos seus mandamentos. O Senhor deu um grande incentivo ao povo quando este se pôs a trabalhar com afinco para a reconstrução do santuário. E Deus deu uma promessa gloriosa de avivamento para o seu povo: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.8,9).


                I.  O QUE É AVIVAMENTO ESPIRITUAL

1.  Avivamento espiritual  -   Pode haver avivamento em âmbito não espiritual, por exemplo: avivamento nas artes, na cultura e em outras áreas, embora o termo não seja usual nesse sentido. Avivamento espiritual é, porém, uma intervenção de Deus que só tem lugar quando o Espírito Santo encontra espaço no coração de uma pessoa, de um grupo, de uma cidade ou de uma nação e, mais ainda, quando uma igreja volta-se para Deus, buscando a sua presença de maneira intensa e profunda, visando alcançar mudanças e transformações na realidade espiritual. Quando o avivamento cessa depois de algum tempo, faz-se necessário nova busca pelo poder de Deus, provocando o que podemos chamar de reavivamento espiritual.

2.  A pré-condição para o avivamento  -  Deus disse a Salomão: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo” (2 Cr 7.13). Esses acontecimentos trágicos sempre aconteceram, perturbando Israel por causa do pecado e da desobediência aos mandamentos de Deus, o Senhor. Numa perspectiva espiritual, uma situação calamitosa leva a situações caóticas em termos humanos, morais e físicos, afetando todas as áreas na vida de um povo, de uma nação ou de uma igreja. Geralmente, é uma pré-condição para que haja um avivamento.


       II.  AS CONDIÇÕES PARA O AVIVAMENTO ESPIRITUAL (2CR 7. 13-17)

 1.   A crise  -  O avivamento não acontece “de qualquer maneira” e nem por qualquer movimento avivalista promovido por pregadores, mensageiros ou representantes de igrejas ou grupos ditos espirituais. Ninguém, por mais santo que seja, produz um avivamento espiritual. O avivamento vem de cima, dos céus e é produzido por Deus pelo seu Espírito Santo. Charles Finney (1792– 1875) disse sobre isso: “O avivamento é o uso correto dos meios adequados. Os meios que Deus prescreveu [...] produzem avivamento. Caso contrário, Deus não os teria prescrito.”2 Que meios são esses? São condições indispensáveis propiciadas por quem busca o avivamento segundo os princípios de Deus. Não se trata de técnica, nem de método, muito menos de estratégias humanas. Podemos tomar a promessa de Deus por ocasião da inauguração do Templo construído por Salomão em Jerusalém cerca de 1004 anos a.C., conforme registra 2 Crônicas, como referência ou requisitos para essas condições: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14). Nesse texto, vemos alguns aspectos importantes que antecedem um avivamento espiritual.

2.  Humilhação diante de Deus -  Diante de uma situação espiritual decadente, de um estado de frieza e letargia espiritual que clama por soluções efetivas, humilhar-se é a primeira condição para o avivamento: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome se humilhar [...].” Deus é soberano, altíssimo, onipotente, onisciente e onipresente. São atributos absolutos ou intransferíveis do seu Ser. Diante da sua grandeza e majestade, todos os seres do Universo, tanto nos céus quanto na terra, sejam anjos, sejam homens, todos devem encurvar-se aos seus pés e, prostrados, adorarem-no. “E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6; Sl 149.1,2). Na terra, todos são exortados a prostrarem-se diante do Deus Todo-poderoso: “Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, porque ele é santo” (Sl 99.5). Sempre que Israel humilhou-se e obedeceu ao Senhor, estando quebrantado na sua misericórdia, o Senhor abençoou-o, restaurou-o e deu vitória, mandando avivamento para o seu povo. Essa pré-condição não era requisito apenas para Israel; é pré-requisito para hoje, para todas as igrejas que sentem a necessidade de avivamento e desejam vê-lo acontecer nesses dias tão trabalhosos, como profetizou o apóstolo Paulo (2 Tm 3.1).

3.  Oração: “e orar [...]” -  A oração é a maneira mais comum de alguém se comunicar com Deus. Um velho ditado entre crentes antigos dizia: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”. Jamais haverá avivamento sem oração. Se, para Israel, a oração era o meio pelo qual o povo, humilhado e quebrantado diante de Deus, podia dirigir-se a Ele, suplicando a sua bênção e o seu perdão para resolver crises espirituais e morais que afligiam o seu povo, imaginem nos dias atuais quando grande parte dos que se dizem cristãos não dão valor à vida de oração e preferem ocupar o tempo precioso com coisas supérfluas, como entretenimentos, redes sociais, que, além de não ter valor para a vida cristã, são armadilhas para o seu afastamento da presença de Deus. A Bíblia diz: “remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Ef 5.16) e “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5). Está muito difícil haver avivamento em muitas igrejas hoje em dia. A maioria dos crentes, mesmo os pentecostais, não gosta de orar. Os cultos de festas, de eventos e comemorações especiais são superlotados, mas a frequência é bastante reduzida nos cultos de oração — com raras exceções, claro. Sem dúvida alguma, podemos dizer que essa é uma das razões mais fortes pelas quais Deus não manda um avivamento no seio das igrejas evangélicas. Buscar a face do Senhor: “[...] e buscar a minha face” No item anterior, temos o requisito da oração como indispensável para que haja avivamento. Nesta terceira condição, a estrutura gramatical da oração é diferente. É algo mais profundo. Orar pode ser tão somente expressar o que se quer obter de Deus por meio de palavras ditas com os lábios. O salmista orava a Deus: “Ó Senhor, ouve a minha oração! Inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade e segundo a tua justiça” (Sl 143.1; 84.8). Buscar a face do Senhor indica, porém, uma atitude mais profunda. O suplicante, além de orar, esforça-se mais para alcançar o que deseja. Desse modo, o avivamento requer oração e busca pela face de Deus, ou pela sua presença, de forma mais intensa.

4.  Conversão sincera dos pecados: “Se o meu povo [...] se converter dos seus maus caminhos”  -  Como dissemos acima, para que o avivamento seja enviado por Deus, há uma pré-condição, que é a existência de uma situação indesejável, uma realidade que indica a ausência de comunhão com Deus, de afastamento dEle, de desobediência a Ele, como aconteceu várias vezes com o povo eleito — e tem acontecido ao longo da história com muitas igrejas em todos os lugares. Os avivamentos no Antigo e no Novo Testamento sempre foram antecedidos de um estado espiritual decadente, pecaminoso e até de afronta contra o Senhor. Para que haja o avivamento espiritual, é indispensável que as pessoas reconheçam que estão vivendo de maneira errada e aceitem a submissão à Palavra de Deus: “E te darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome” (Is 45.3). Deus sara a terra: “[...] e sararei a sua terra” Quando um povo descuida-se de cumprir a vontade de Deus e passa a viver na pecaminosidade, na corrupção e, principalmente, na idolatria, é visto por Ele como um povo doente, acometido por enfermidades espirituais que precisam de tratamento e cura. E a cura só vem quando todos atendem às condições para ser recuperado por Deus, por meio da sua misericórdia e amor. Depois que o povo atende aos requisitos divinos, além de ouvir as suas orações e perdoar os seus pecados, o Senhor também sara a sua terra, ou seja, remove as consequências da “doença” espiritual e promove uma “cura” completa na nação, a começar pelos seus líderes. Essa referência bíblica diz respeito ao povo de Israel, mas pode ser aplicada em todos os seus aspectos ao povo de Deus, à sua Igreja, que se identifica como todos os crentes que se unem e que se reúnem nas igrejas cristãs. Há casos em que os desvios espirituais, morais e doutrinários são tão grandes que igrejas inteiras tornam-se doentes espiritualmente. E a terapia de Deus é a mesma. Ele só sara os crentes, os pastores e o ministério quando há arrependimento, confissão de pecados com sinceridade. Nos dias presentes, há nações que, outrora, foram exemplos para o mundo e conhecidas como povo abençoado por Deus, com prosperidade espiritual e material. Os Estados Unidos da América, por exemplo, foram uma nação com esse perfil; nação que nasceu debaixo da proteção de Deus quando os “peregrinos” fugiram da Inglaterra para escapar da perseguição religiosa. Tendo chegado à nova terra, fundaram uma nação com base na Palavra de Deus. Até mesmo a sua Constituição tomou como parâmetros princípios bíblicos a ser observados pelo seu povo. Deus operou maravilhosamente. A nação americana tornou-se a maior nação do mundo em termos espirituais, econômicos, financeiros e em todas as áreas. Infelizmente, porém, a riqueza material tomou o primeiro lugar nos corações do seu povo. Os seus líderes, eleitos, tornaram-se incrédulos e materialistas. As escolas expulsaram Deus do seu meio. O judiciário tornou-se a vanguarda na elaboração de leis contrárias à Lei de Deus. Como resultado, hoje a América não é mais uma nação cristã. Há poucas décadas, os evangélicos eram 60% da população; hoje são apenas 40%, com tendência a diminuir esse percentual. O fechamento de igrejas acentua-se. A grande nação do Norte está doente de enfermidade crônica em termos espirituais e morais. As abominações a Deus — o aborto, o casamento homoafetivo, a famigerada ideologia de gênero, as prostituições e tudo o que fere a Lei de Deus — são aprovadas ali. Oremos para que haja um reavivamento na grande nação, que já deu tantos missionários para o mundo, e que ela seja sarada pelo Médico Divino.



                    III.  A NECESSIDADE DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL ( AG 2. 5-9)

1.  A situação espiritual de Judá  -    Ageu foi um profeta pós-exílico contemporâneo de Esdras e Zacarias. A situação espiritual do Reino do Sul, sede em Judá, não estava nada boa. Por causa da sua desobediência nacional ao Senhor, profetas alertavam para a sua destruição, ainda que com previsão da misericórdia do Senhor (Am 2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7). Pela falta de temor de Deus, o povo continuou ignorando os alertas amorosos do Senhor. O resultado não poderia ser diferente, pois o Senhor vela pela sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12). O povo desprezou a eleição de Deus e os privilégios decorrentes dessa escolha e foi derrotado sucessivamente após cada desprezo a Deus, passando por dois grandes cativeiros: Judá, Reino do Sul, passou pelo cativeiro babilônico em 609 a.C., quando o Templo foi saqueado, e, em 587 a.C., houve nova deportação para aquele reino, e o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos. O Templo estava destruído O Templo em Jerusalém não era somente um santuário de culto e adoração a Deus, o Senhor. Era o centro espiritual, moral e social da nação. Não havia outro lugar para oferecer sacrifícios. Quando ele fora construído e inaugurado com grande solenidade no ano 1004 a.C., Deus mandou um grande avivamento no meio do povo com a oração de Salomão (2 Cr 6.1-3). O Senhor fez promessas grandiosas a Salomão se o povo “se [humilhasse], e [orasse], e [buscasse] a [sua] face, e se [convertesse] dos seus maus caminhos” (2 Cr 7.14). Como o povo não ouviu a voz do Senhor, o castigo veio dos céus, e o povo foi para o cativeiro, e o Templo foi destruído: “Um terço do povo morreu de fome e de peste, ao passo que outro terço foi morto pela espada (Ez 5.12; ver também 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1; 52.4;)”. Deus reclama da omissão do povo A situação espiritual do povo estava tão decaída que eles não sentiam falta de um lugar de reunião para adorar a Deus, o Senhor: Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta? [...] Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor. Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por quê? — disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de vós corre à sua própria casa. (Ag 1.2,7,8,9) Deus levanta homens para realizar a Obra O povo estava descuidado, sem dar valor à Casa do Senhor. Depois da repreensão dada por Deus, Ele resolveu levantar homens fiéis para reconstruírem o Templo: Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do Senhor, seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor, seu Deus, o tinha enviado; e temeu o povo diante do Senhor. (Ag 1.12) Deus tocou no coração de Zorobabel, de Josué e de todo o povo para ouvir a voz do Senhor e as palavras de Ageu, profeta do Senhor: Então, Ageu, o embaixador do Senhor, falou ao povo, conforme a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. E o Senhor levantou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo, e vieram e trabalharam na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês, no segundo ano do rei Dario. (Ag 1.13-15) Ao ouvir a voz do Senhor e do seu profeta, Ageu, o “resto de todo o povo” começou a obra da reconstrução do segundo Templo. Este já era o prenúncio do avivamento espiritual. Deus promete estar com os que trabalham O Senhor deu graças aos homens chamados por Ele para cuidar da construção do segundo Templo: No sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do Senhor pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: Fala agora a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos, comparada com aquela? Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor, e esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag 2.1-4 – grifo acrescido) Era o chamado de Deus aos líderes e a todo o povo para esforçarem-se em prol da obra do Senhor. O Desejado de todas as nações e a glória da segunda casa Conclamando o povo a levantar-se para construir o segundo Templo, Deus prometeu e descreveu como seria o avivamento: Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag 2.6-9 – grifo acrescido)

2.  Deus usa Ciro para libertar o povo do cativeiro  -   Ciro não era filho de Israel e nem servo de Deus em termos espirituais. Ele era rei da Pérsia (550–530 a.C.), mas foi chamado pelo Senhor para cumprir os planos dEle em relação ao povo de Israel, que se achava cativo em Babilônia. Promessas de Deus a Ciro Foi tão importante o papel de Ciro que Deus chamou-o de “seu ungido”. O Senhor fez-lhe promessas tão grandes à sua pessoa que só foram vistas em relação a homens verdadeiramente chamados para realizar os seus divinos propósitos: Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela sua mão direita, para abater as nações diante de sua face; eu soltarei os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos; quebrarei as portas de bronze e despedaçarei os ferrolhos de ferro. E te darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. (Is 45.1-3). Por amor de Israel Ciro, rei persa, jamais imaginaria ser chamado pelo Senhor, o Deus de Israel, o criador dos céus e da terra, com tamanha deferência e propósito. E não o chamou por amor ao seu povo, os persas, mas por amor a Israel. O amor de Deus é inigualável, “de tal maneira”, indefinido, incompreensível na sua dimensão divina e além da percepção da mente limitada do homem. Além de chamar Ciro por amor de Israel, Deus diz que chamaria o monarca persa pelo seu nome e pôs-lhe o sobrenome, mesmo sem Ciro ter conhecimento de Deus! Isso foi algo completamente fora da racionalidade ou lógica humanas: Por amor de meu servo Jacó e de Israel, meu eleito, eu a ti te chamarei pelo teu nome; pus-te o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim, não há deus; eu te cingirei, ainda que tu me não conheças. Para que se saiba desde o nascente do sol e desde o poente que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. (Is 45.4-6). Ciro liberta Israel do cativeiro Ciro conquistou a Babilônia no ano 539 a.C., fundou o Império Persa, que teve a duração de 200 anos. E, logo no início do seu reinado, ouviu o chamado do Deus que ele não conhecia, mas que o escolheu para a grande missão de libertar Israel em cumprimento às profecias que anunciavam o fim do cativeiro (Jr 25.12; 29.10). No ano primeiro de Ciro, 538 a.C., ele cumpriu o que o Senhor colocara no seu coração: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. (Ed 1.2,3) O Templo foi concluído Com a graça de Deus e por intermédio de Ciro, levas de israelitas voltaram a Jerusalém e começaram a reconstruir o Templo. Tempos depois, porém, a reconstrução do Templo foi parada por oposição dos inimigos de Israel (Ed 4.1-5), e, em 520 a.C., o Templo encontrava-se em ruínas. Esse período foi registrado pelo profeta Ageu, que é o ponto central deste comentário. É em Ageu que encontramos a promessa de Deus de que, apesar dos insucessos e apesar das oposições aos seus planos, “a glória desta última casa”, o segundo Templo, seria “maior do que a da primeira”. A construção foi questionada por inimigos da obra. O rei Dario, entretanto, consultando os registros do reino, autorizou o seu prosseguimento, proibiu que os judeus fossem importunados e mandou ajuda para a construção (Ed 5.6,7; 12) — prova de que, quando Deus abre a porta, ninguém a fecha (Ap 3.7). Com a bênção de Deus, o segundo Templo — “a última casa” — foi concluído em 516 a.C. A construção do Templo provocou tanta alegria no coração do povo que este voltou a realizar o culto a Deus no seu lugar, consagrado ao Senhor. Houve um grande avivamento como consequência da intervenção de Deus na história de Israel.

3.   A necessidade de um avivamento espiritual  -  Uma vez sabendo o que significa o avivamento espiritual, podemos concluir que é um movimento espiritual, que vem do alto e sublime trono de Deus mediante o Espírito Santo, para abalar, sacudir e mudar a realidade espiritual de pessoas, de grupos ou de igrejas que estão paralisadas na letargia e inanição espiritual. Essa necessidade pode ser resumida em alguns pontos. 1. Só com o Avivamento, ou Reavivamento, a Inércia das Igrejas Pode Ser Abalada Há uma tendência natural e histórica em relação a igrejas que se deixam dominar pela letargia espiritual. A decadência espiritual temse tornado cada vez mais evidente, quando a frieza ou a mornidão espiritual domina o coração de um povo ou de uma igreja. Lembremo-nos do exemplo dos Estados Unidos. Há poucas décadas, o percentual de cristãos e de igrejas era elevado. Nos últimos dez anos, esse percentual caiu para 40%. O fechamento de igrejas continua ocorrendo. Quase não há abertura de novas igrejas cristãs. Sem dúvida alguma, essa situação só poderá ser revertida caso haja um reavivamento espiritual no seio da grande nação americana, que já deu tantos missionários para o mundo. Oremos por essa grande nação amiga. 2. Só o Avivamento ou o Reavivamento Pode Superar a Visão e o Foco das Igrejas A História da Igreja registra diversos movimentos em todo o mundo com características pentecostais. Tanto na Europa como nos Estados Unidos, grupos de cristãos passaram a ansiar por uma mudança de caráter espiritual no seio das igrejas, ora em face da decadência doutrinária e comportamental, que as avassalava, ora pelo intenso desejo de ver o poder de Deus sendo operado de modo marcante e maravilhoso ante o formalismo e o liberalismo religiosos. Os relatos históricos demonstram quais eram as características que se verificaram nessa busca: 1. Um intenso desejo de buscar a presença de Deus; 2. Fervor na evangelização; 3. Retorno aos princípios bíblicos que norteiam a igreja cristã; 4. A busca dos dons espirituais, incluindo o de curar e o de operação de maravilhas; 5. A busca do batismo no Espírito Santo, com línguas estranhas; 6. A preocupação com a santidade em face da iminente vinda do Senhor Jesus. 3. Só o Avivamento ou o Reavivamento Podem Enfrentar as “Portas do Inferno” Sem o avivamento espiritual ou um reavivamento dessa natureza, “as portas do inferno”, ainda que não prevaleçam, como disse Jesus em Mateus 16.18, causam grande prejuízo à Igreja do Senhor. No tempo da Europa cristã, as igrejas acomodaram-se com o seu crescimento numérico, com as suas catedrais grandes e suntuosas, e descuidaram-se da busca permanente pelo poder de Deus. As “portas do inferno” atacaram as bases espirituais com as doutrinas materialistas, como o evolucionismo, e as novas gerações não estavam preparadas para confrontar a guerra espiritual contra as igrejas. Os pais descuidaram-se de criar os filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4) e foram passando, e os filhos foram derrotados pelas “portas do inferno”. A situação da Europa pós-cristã é tão grave, mas tão grave, que só um poderoso reavivamento pode diminuir os efeitos da mortalidade espiritual naquele continente. Oremos para que o Senhor Deus intervenha na Europa e salve milhões de pessoas para o seu Reino.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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                        BIBLIOGRAFIA

Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Viva

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.























segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

LIÇÃO 13 O SENHOR ESTÁ ALI.

Ptofº PB. Junio Congregação Boa Vista II.

 



                    TEXTO ÁUREO

" Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar." (IS 11.9)


        VERDADE PRÁTICA

O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó governa soberanamente o seu povo. Ele está no meio do seu povo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 48. 30-35


                        INTRODUÇÃO


Os capítulos 40-48 formam a seção final do livro e não há divisões verdadeiras entre eles. Todos trazem o mesmo tema augusto, a restauração de Israel, com o seu corolário principal, o templo ideal e seu culto. Parte da restauração de Israel se constituirá da possessão das velhas terras que serão divididas entre as tribos, embora de maneira diferente daquela de Josué. A Divisão dos Territórios Tribais (48.1-35) Este capítulo se divide naturalmente em quatro seções: 1. vss. 1-7; 2. vss. 8- 22; 3. vss. 23-29; 4. vss. 30-35. Cada seção é introduzida com um parágrafo como sumário. Ver a ilustração que acompanha este capítulo e ajuda a visualizar o que é descrito verbalmente. Outras seções anteciparam o presente capítulo de todo o Israel, norte e sul. Todo o Israel será salvo e restaurado (Rom. 11.26). Este capítulo final do livro apresenta um tipo de planta para governar a distribuição dos territórios. No jado ocidental, o território se estende até o mar Mediterrâneo, tendo o rio Jordão como limite a leste. Os vss. 1-7 dão as localidades de sete tribos ao norte desta área; os vss. 8-22 descrevem o distrito sagrado; os vss. 2 3 -29 fornecem as localidades das cinco tribos ao sul da área; os vss. 3 0 -35 falam das doze porções da cidade (Jerusalém) que têm os nomes das doze tribos. Estes versículos também dão as medidas gerais da cidade” (Theophile J. Meek, in loc.). As larguras dos territórios são iguais (isto é, as medidas do norte para o sul), mas seus comprimentos (as medidas do oeste para o leste) diferem, seguindo as características naturais da terra. Talvez haja algum valor sentimental em estar mais perto da área sagrada, mas o próprio autor não afirma isto. Notamos, de qualquer maneira, que as tribos que descendiam de Raquel e Lia se localizam mais perto da área sagrada, enquanto os descendentes das concubinas se situam mais distantes. 

Os vss. 15-17 fornecem as medidas da cidade e de suas terras adjacentes. As ilustrações nos capítulos 47 e 48 nos ajudam a visualizar os arranjos. A cidade e suas áreas laterais se situavam no meio das terras do príncipe. A velha cidade estava condenada por causa de sua idolatria-adultério-apostasia e foi destruída pelo ataque do exército da Babilônia. Os poucos sobreviventes foram transportados para aquele país e, assim, realizou-se o cativeiro babilónico. Mas o propósito de Deus, operando segundo as exigências do Pacto Abraâmico, não podia deixar Israel em estado perene de calamidade. Primeiro, houve uma restauração preliminar, com a volta do remanescente para Israel; segundo, no nosso tempo, houve a volta de Israel da diáspora romana; terceiro, haverá o Novo Dia da restauração de Israel (o tema principal dos capítulos 40- 48 de Ezequiel). Assim é que a vontade de Deus completará o ciclo de julgamento a restauração, uma operação grandiosa do amor de Deus. Todos os julgamentos divinos têm este mesmo propósito. Ver no Dicionário o artigo denominado Mistério da Vontade de Deus. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo denominado Restauração.


                    I.   SOBRE A CIDADE

1.   "E estas são as saídas da cidade" (V. 30)  -  Declaração Geral. Cada lado do quadrado da cidade mede 4.500 côvados, mais 250 de borda, dando um total de 5 mil côvados (= 2 km). Esta informação é dada nos vss. 16-17, onde o leitor deve examinar os detalhes. Este versículo repete a informação, mas menciona um lado só. Outros Detalhes. A cada lado da cidade haverá três portões, perfazendo um total de 12. Cf. os doze portões da Nova Jerusalém de Apo. 21. No presente texto, cada portão recebe o nome de uma das doze tribos de Israel. O autor do Apocalipse do Novo Testamento segue este exemplo, chamando os portões da Nova Jerusalém pelos nomes das doze tribos de Israel (Apo. 21.12). Em Ap. 21.14, os alicerces da cidade recebem os nomes dos doze apóstolos, combinando Israel com a igreja, no Novo Israel [a igreja).

2.   Formato da cidade (V. 31)  -  No norte, os portões recebem os nomes de Rúben, Judá e Levi. Os patriarcas em pauta eram filhos de Lia (Gên. 29.32-34) e foram naturalmente agrupados na mente hebraica. “O (único) portão da cidade do norte, em tempos pré e pós-exílicos, se chamava Benjamim (ver Jer. 37.13; 8.7; Zac. 14.10). Cf. o portão superior de Benjamim, de Jer. 20.2, e o portão moderno (chamado Damasco) do muro do norte de Jerusalém” (Theophile J. Meek, in loc.). “Talvez estes três portões fossem listados primeiro, por causa de suas posições proeminentes entre as tribos de Israel: Rúben era o primogênito dos doze filhos de Jacó; Judá era a tribo real; Levi era a tribo sacerdofa/” (Charles H. Dyer, in loc.). Levi tornou-se uma casta sacerdotal, deixando de ser uma tribo; não tinha uma herança de terra; mesmo assim, foi apropriado usar esse nome para designar um dos portões.

3.  As doze portas (Vv. 31-34)  -   A maneira pela qual a medida de cada lado é dada faz ecoar o v. 16.17 Mas a modificação na sequência - de norte-sul-leste-oeste - para o sentido do relógio - norte-leste sul-oeste - segue a inspeção das fronteiras da terra (47.15-20), sugerindo que a cidade está sendo considerada um microcosmo da terra.18 A imagem da cidade com doze portas (Sè^ãrim) distribuídas igualmente entre os quatro lados e nomeadas em homenagem às doze tribos de Israel é surpreendentemente não-convencional. Os muros da cidade eram, geralmente, projetados intencionalmente com apenas uma porta, embora a Jerusalém que Ezequiel conhecia tivesse pelo menos seis. Um notável análogo extrabíblico para o presente projeto é encontrado na torre do templo babilónico de Marduque, Etemenanki, cujo recinto sagrado era também projetado como um quadrado, acessível por meio de doze portas.20 Ao contrário da cidade de Ezequiel, entretanto, essas não eram distribuídas igualmente entre os quatro lados. Se Ezequiel estava familiarizado, ou não, com o Etemananki, suas doze portas ofereciam acesso irrestrito aos adoradores israelitas, a partir de todos os pontos da bússola,característica enfatizada expli­citamente pelo fato dele nomear as portas em homenagem às doze tribos de Israel. A ideia das portas nomeadas de acordo com as tribos israelitas não é nova, mas a base lógica de Ezequiel não fica completamente clara. O padrão pré-exílico de nomear as portas de acordo com os territórios tribais, em cuja direção elas se abriam, é seguido nos nomes das portas norte e sul, sendo que o restante (exceto Levi) foi distribuído entre as portas orientais e ocidentais. Apesar das entradas na lista territorial estarem baseadas na história e geografia passadas, os nomes das portas da cidade concordam mais de perto com as tradições genealógicas de Israel. Levi encontra, agora, seu lugar justo entre as tribos, forçando a inclusão de Efraim e Manassés sob José para preservar a cota de doze nomes. Ao contrário da ordem discutida dos territórios tribais, o arranjo dos nomes das portas é incerto. As descrições das fronteiras da terra de Israel (47.15-20) abrem um precedente para o arranjo no sentido do movimento dos ponteiros do relógio,23 mas a segunda opção se harmoniza mais intimamente com os lotes territoriais tribais, o antecedente mais próximo. Entretanto, os agrupamentos de nomes, os quais refletem, novamente, um conhecimento da tradição genealógica, são mais importantes do que sua sequência. Os nomes das três tribos mais importantes de Lia estão no lado norte, tendo Judá no centro (mais próximo do templo); os três nomes de Lia restantes estão opostos a eles, no lado sul. José e Benjamim, os dois filhos de Raquel, estão adequadamente ligados no lado oriental, e as duas tribos de Zilpa estão juntas no oeste, deixando apenas as tribos de Bila, Naftali e Dã, que ficam separadas para preencher as lacunas, nos lados leste e oeste, porém posicionadas uma defronte à outra (conforme a segunda opção).

4.  Origem do formato e das portas  -  Não se pode admitir que a visão do profeta Ezequiel se inspirou no templo pagão da babilônia, Se o projeto quadrado da cidade e o sistema de doze portas se assemelham ao recinto sagrado de Marduque, na Babilônia, a denominação de Ezequiel para as portas segundo os nomes das tribos de Israel se compara com a denominação das nove portas da Babilônia conforme as divindades babilônias. Nomeadas em homenagem às divindades padroeiras das cidades para as quais as estradas que passavam por meio delas conduziam, elas também designavam o ponto de entrada processional de cada um desses deuses na celebração anual do ano-novo, em honra a Marduque. Ezequiel pode ter passado por meio de algumas das portas babilónicas algumas vezes durante o seu exílio, e/ou ter se familiarizado com a planta da cidade, inclusive com a sequência de portas no muro. Se for assim, pode-se reconhecer em sua denominação das portas da cidade uma profunda mensagem ideológica. Se a nomeação das portas da Babilônia em homenagem às divindades reflete uma percepção da santidade da cidade, ao atribuir nomes tribais a essa cidade, Ezequiel dá testemunho concreto dela como a “cidade do povo”, acessível a cidadãos de todas as partes da nação.

À semelhança do templo, entretanto, a cidade está localizada no centro da faixa (urbana); ela é quadrada, também, e cercada por espaço aberto (m ig rã S ). Mas com esse novo nome, o implícito simbolismo do projeto se toma explícito: a cidade reflete a presença de Yahweh! Com esse novo nome, um lugar de trabalho “secular” e de produção agrícola, com uma população leiga mesclada, é convertido numa compensação cívica para a importância do templo no ambiente sagrado.32 A aura da presença divina vai emanar além da habitação sagrada, penetrando em toda a reserva, e transformando um símbolo de um simples igualitarismo cívico e social num portento da nova realidade espiritual. O nome celebra a cura do relacionamento entre divindade, povo e terra. Sob a nova ordem, onde o povo está, ali está Yahweh. Ele não só os convida para si mesmo no templo; ele vem para eles! Aestilização e o idealismo evidentes na descrição que Ezequiel faz do templo e da Torá permanecem em sua visão territorial. Isto se toma evidente em seis aspectos cartográficos, pelo menos. Primeiro, envolvidos pelas convicções igualitárias e destinados a corrigir as injustiças do passado, os territórios tribais aparecem como faixas de terra se estendendo ao longo da terra de leste a oeste sem respeitar - nào só, mas também desafiando - a natureza geográfica. Segundo, os lotes territoriais, com as tribos secundárias designadas para os territórios exteriores e Judá e Benjamim no centro, são governados mais por ideal do que pela realidade histórica. Terceiro, o centrífugo arranjo mosaico destinado a estender a influência do culto para todas as partes da nação, ao longo das cidades levíticas, é substituído por um paradigma centrípeto, no qual todo o pessoal cultual e administrativo vive próximo ao santuário central, e todo o Israel precisa vir até ele para adorar. Quarto, a terra separada para o príncipe e para os funcionários religiosos apresenta a mesma preocupação com equilíbrio e simetria evidente no próprio complexo do templo. Embora a reserva, como um todo, consista de uma faixa de terra de 25.000 cúbitos de largura, estendendo-se ao longo de toda a terra, paralela aos lotes tribais, ela se divide em três partes. As propriedades religiosas, no centro, são flanqueadas pelas terras do nãsV em ambos os lados. Quinto, o centro sagrado da terra consiste de idênticos lotes sacerdotais e levíticos (25.000 X 10.000 cúbitos), mas a adição da propriedade da cidade produz um quadrado perfeito, 25.000 X 25.000 cúbitos. Sexto, o projeto da cidade transcende a topografia, a história e os costumes. Ela está estabelecida num quadrado perfeito de 4.500 cúbitos, com doze portas, nomeadas em homenagem às tribos de Israel e distribuídas igualmente entre os quatro muros (para uma era de paz!). Além disso, essa “capital” pertence ao povo; ela não é a propriedade privada do rei nem a proteção de uma tribo. À luz de todas essas considerações, um cumprimento literal dessas condições não é, obviamente, antecipado.


                II.  SOBRE O NOME DAS DOZE TRIBOS 

1.  As doze tribos de Israel  -  Nesta lista, no entanto, Levi tem um lugar (31), e José (32) substitui a Efraim e Manassés a fim de manter o mesmo número. Isto não dá a entender uma autoria diferen­te para estes versículos; meramente ilustra a maneira do profeta elaborar seus esquemas intrincados. Não é tão fácil perceber o pensamento por detrás deste arranjo como o era no caso das divisões entre as tribos, mas emergem algumas indicações claras. No lado setentrional, que é o lado que olha para o santuário, as portas tomam os nomes de Rúben, o primogênito; de Judá, o ancestral davídico; e de Levi, o fundador do sacerdócio. Ao sul, acham-se Simeão, Issacar e Zebulom, e este padrão corresponde à sua localização geográfica no sul. A oeste ficam três tribos descendentes de concubinas: Gade, Aser e Naftali (34). Talvez o trio menos consistente seja o grupo de tribos no lado oriental, onde José e Benjamin, os dois filhos de Raquel, estão ligados a Dã, um filho da serva de Raquel.

2.   Critério da ordem dos nomes  -  Os filhos são arranjados de acordo com suas respectivas mães. Lia foi a primeira esposa de Jacó, e lhe deu seis filhos aqui mencionados, além de uma filha, Diná. Houve doze filhos de Jacó, ao todo (vs. 22). E esses tornaram-se conhecidos como os Doze Patriarcas, tal como Ismael teve doze filhos que se tornaram príncipes e patriarcas das nações árabes (Gên. 25.13-16).  Jesus escolheu doze apóstolos como seu círculo íntimo de discípulos, e esses tornaram-se, por assim dizer, os Doze Patriarcas da Igreja cristã. ‘Estritamente falando, houve treze tribos entre os hebreus, visto que Efraim e Manassés eram considerados tribos (Gên. 48.5,6). Porém, Levi não recebeu terras e, nas várias listas, um ou outro dos nomes é omitido, resultando nas doze tribos tradicionais. Ver Deu. 33; Eze. 48 e Apo. 7.

3.  Propósito dos nomes  -  No antigo mundo semítico, o significado de um nome sob os pontos de vista da religião, pessoal, familiar, histórico ou geográfico era muito maior do que em nossa cultura ocidental.

As extensas relações genealógicas das Escrituras indicam a importância histórica que os hebreus atribuíam às origens ancestrais e ao desenvolvimento relacionado aos nomes de indivíduos, tribos e nações; dessa forma, estabeleciam direitos de herança e substanciavam origens, linhagens e sucessões reais, especialmente no caso do Messias Davídico (por exemplo, Gn 5; 10; 11; 46; 1 Cr 1-9; Mt 1.1-17; Lc 3.23-38).


                        III.   O SENHOR ESTÁ ALI

1.  Os nomes da cidade  -  A localização da cidade santa foi dada em 45.6; agora as suas medidas são dadas, junto com um relato das suas portas — três portas em cada lado, 12 no total, cada um a denominada segundo uma das tribos d e Israel, com o as 12 portas da nova Jerusalém d e João (Ap 21.12,13). Ezequiel, talvez propositadamente, se abstém de chamar a nova cidade de Jerusalém: daquele momento em diante, o nome da cidade será (Yahweh-shammah) o Senhor está aqui (v.35) — e isso é razão suficiente para chamá-la d e cidade santa.

Jeová a moldou em sangue,

O sangue do seu Filho encarnado;

Ali habitam os santos, antes inimigos de Deus,

Os pecadores que ele chama de seus.

Ali, embora cercados por todos os lados,

Mas muito amados e bem protegidos,

De era em era eles negaram

A maior força da terra e do inferno.

Que a terra se arrependa e o inferno se desespere,

Essa cidade tem uma defesa segura;

O seu nome é chamado “O Senhor está aqui”,

E quem tem o poder de expulsá-lo daí?

Com o William Cowper reconheceu nessas linhas, a profecia de Ezequiel faz parte da Bíblia cristã, e como tal dá testemunho de Cristo. As lições cristãs da nova com unidade de Ezequiel são desenvolvidas completamente em Apocalipse. João retrata a “Cidade Santa, a nova Jerusalém” que é a comunidade glorificada do povo de Deus. Visto que essa comunidade como tal é a habitação de Deus entre os homens (Ap 21.2,3), não há necessidade de um templo separado. Se, como Ezequiel diz, “ O Senhor está aqui ” , então aos olhos de João “o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo” (Ap 21.22).   Na ordem atual de acordo com o evangelho, o novo templo, a nova com unidade e a nova cidade de Ezequiel são todos concretizados de forma semelhante naquela “morada de Deus por seu Espírito” (E f 2.22) que antecipa a realização do eterno propósito quando, na plenitude dos tempos, todas as coisas são unidas debaixo d e Cristo com o a sua verdadeira cabeça (Ef 1.9,10; 3.9,10).

2.  O nome divino  -  Compreendendo o Nome

O livro de Gênesis é a história dos princípios. Durante um breve período de tempo, ele retrata uma tranquila intimidade entre Deus e o homem e a mulher que Ele criou. Mas tão logo o pecado entra em cena, essa intimidade é destruída.                   Pressentindo que o pecado os havia deixado inapropriados para a presença de Deus, Adão e Eva tentam se esconder. Mas Deus os encontra, e os expulsa do Paraíso, proibindo a sua volta. No entanto, Ele não abandona inteiramente a humanidade pecadora. Em vez disso, Deus começa a restabelecer o seu relacionamento com eles. Ele começa escolhendo um povo para si. A seguir, liberta o seu povo da sua escravidão no Egito, como diz Deuteronômio 4.37, “diante de si, com a sua grande força”. Deus habita com o seu povo, primeiramente na forma de uma coluna de nuvem e fogo, depois no Tabernáculo móvel, no deserto, e, posteriormente, no Templo de Jerusalém.                   Mas o povo de Deus continua pecando. Tragicamente, o profeta Ezequiel testemunha a glória de Deus deixando o Templo, devido à contínua infidelidade do povo. Deus não mais está ali. Apesar da ausência de Deus, o livro de Ezequiel termina com uma nota de tremenda esperança, predizendo uma época de restauração, quando o nome da cidade desde aquele dia será “O Senhor Está Ali.”          Charles Spurgeon, pregador britânico, disse certa vez que “sempre que se puder dizer, a respeito de uma congregação ‘O Senhor está ali’, a unidade será criada e promovida. Mostrem-me uma igreja que contende, que disputa, uma igreja que está dividida em facções, uma igreja que é dividida por ambições pessoais, doutrinas contrárias e esquemas opostos, e estou certo de que o Senhor não está ali”. Como você vivencia a unidade como um sinal da presença de Deus, tanto na igreja em que serve ao Senhor como no seu lar?

Quais são os outros sinais da presença de Deus?

Qual é a conexão entre obedecer às leis de Deus e viver na sua presença?

Como você sente a presença de Deus na sua vida?

3.  Yahweh Shammah  -  O nome dado a esta cidade: A partir desse dia, quando ela será erguida novamente conforme este modelo, o nome dela não será, como antes, Jerusalém – A visão da paz, mas aquele do qual se originou, que é mais do que equivalente a isso: Jeová Shamá – O Senhor está ali, v. 35. Isto indicava: (1) Que os cativos, após seu retorno, teriam sinais claros da presença de Deus junto a si e de sua habitação entre si, tanto nos regulamentos com nas providências dele.                 Eles não terão razões para perguntar, como fizeram seus pais: Está o Senhor no meio de nós, ou não? Pois verdadeiramente verão e dirão que Ele está entre eles. E então, embora as suas tribulações fossem muitas e ameaçadoras, eles eram como a sarça que queimava, mas não se consumia, porque o Senhor estava ali. Porém, quando Deus se afastou do templo deles, quando disse: Migremus hinc – Vamo-nos daqui a casa deles logo ficou assolada. Já não sendo mais a casa dele, em breve também não seria mais a casa deles. (2) Que a igreja do Evangelho teria, em si, da mesma forma, a presença de Deus, embora não na Shekiná, como antigamente, mas ainda assim em um sinal seguro e glorioso dela, que seria a presença do Seu precioso Espírito. Onde o Evangelho é fielmente pregado, as Suas ordenanças são devidamente aplicadas, e Deus é adorado em nome de Jesus Cristo, somente. Então pode ser dito, em verdade: O Senhor está ali. Pois fiel é Aquele que disse e que cumpre a Sua palavra: Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (Mt 28.20).                  O Senhor está ali, em sua igreja, para dirigi-la e governá-la, para protegê-la e defendê-la, e para aceitar e reconhecer graciosamente os seus adoradores sinceros, e estar próximo a eles todas as vezes que a Ele clamarem. Isto deveria fazer com que nos esforçássemos para nos mantermos unidos na comunhão dos santos, pois o Senhor está ali. E então para onde devemos ir para nos aprimorarmos? Além do mais, isso vale para todo bom cristão. Ele vive em Deus, e Deus nele.                A respeito de qualquer alma que tenha em si o princípio vivo da graça, pode, em verdade, ser dito: O Senhor está Ali. (3) Que a glória e a alegria do céu devem consistir principalmente nisto: que o Senhor esteja ah. A representação que o apóstolo João faz desse estado abençoado, com certeza supera nosso pensamento em muitos aspectos. Embora tudo seja ouro, pérolas e pedras preciosas, a presença de Deus é muito maior do que isso e muito mais resplandecente, pois ali a luz do sol não é necessária. Mas as duas representações estão de pleno acordo em fazer da presença de Deus o principal motivo de sua bem-aventurança.                  Ali, a alegria dos santos glorificados será o fato do próprio Deus estar com eles (Ap 21.3). Aquele que se assenta no trono habitará entre eles, Apocalipse 7.15. E aqui está bênção é usada para coroar a bem-aventurança desta cidade santa: o Senhor está ali. Vamos nos esforçar ao máximo para assegurarmos para nós um lugar nessa cidade, para que possamos estar para sempre com o Senhor.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

HENRY. Matthew.Livro Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia, Tenney C. Merrill - Editora Cultura Cristã.

Livro Orando Com Os Nomes De Deus, Ann. Spangler -  Editora CPAD

Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento, F. F. Bruce - Editora Vida

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe, Charles F. Pfeiffer -  Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/13-licao-4-tri-22-o-senhor-esta-ali/



sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

LIÇÃO 12 - IMERSOS NO ESPÍRITO NOS ÚLTIMOS DIAS.

Profº PB Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." (JO 7.38)


                    VERDADE PRÁTICA

O rio da vida, que representa o fluir do Espírito Santo, passa no meio do povo de Deus.


LEITURA BÍBLICA: EZ 47.1-12 ____ ( COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY)

1) A Torrente que Proporciona Vida e Sai do Templo. 47:1-12. O profeta é levado do átrio externo (46:21) ao vestíbulo do Templo (40:48, 49). Ali ele vê uma torrente brotando de sob a soleira do Templo, vinda do leste, passando ao sul do altar (v. 1) e ao sul do portão oriental externo

 (v. 2). A 1.000 côvados do portão, as águas já davam pelos artelhos

 (v. 3), mas aos 4.000 côvados já tinham se transformado em um rio (nahal), bastante profundo para se nadar nele

 (vs. 4, 5). Ao longo das margens do rio cresciam árvores sempre verdes

 (v. 7) que davam novos frutos todos os meses e cujas folhas serviam de remédio (v. 12). As águas desciam para o Arabá, a depressão do Vale do Jordão que vai até o Golfo de Ácaba, transformando-o, e entram no Mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis

 (v. 8) e cheias de vida 

(v. 9), tal como o Mar Mediterrâneo

 (v. 10). Junto a ele se acharão pescadores (junto ao Mar Morto), desde En-Gedi (fonte do cabrito, no meio da praia ocidental do Mar Morto, um oásis de fertilidade por causa de suas abundantes águas; Cons. Cantares 1:14) até En-Eglaim (v. 10); "fonte dos dois bezerros"?), possivelmente perto da atual Ain Feshka, cerca de 3,2 quilômetros ao sul de Khirbet Qumran, onde se encontraram os Códices do Mar Morto. Os seus charcos . . . não serão feitos saudáveis, isto é, continuarão salgados

 (v, 11). A transformação da terra será devida à presença de Deus (cons. 34:26-30; 36:8-15, 30-36; 37:26- 28). Observe a influência desta visão sobre os outros escritores: Joel 3:18; Zc. 13:1; 14:8; João 4:14; 7:37, 38; Ap. 22:1, 2; também Sir. 24:34, 35; Enoque 26:2, 3. Para o crente cristão, ela fala de vida, cura, paz e prosperidade, tudo ao seu alcance através do Espírito Santo.


                            INTRODUÇÃO

Os w . 1-7 são essencialmente narrativos na forma, ao passo que os vv. 8-12 são tomados inteiramente com o discurso divino, formalmente introduzido com wayyõ 'm er 'elay, “E ele me disse”, no v. 8. Como um todo, 47.1-12 pode ser classificado como um relato de visão, completo com um relato da própria visão e sua interpretação. Mas tem mais. A interpretação de Yahweh transforma a visão numa “profecia de salvação”. Entretanto, a natureza gradativa dos procedimentos (incluindo visão e interpretação), combinada com a natureza fantástica das figuras, sugere outra caricatura literária, a qual, como o oráculo de Gogue (caps. 38-39), consiste de oito estruturas, quatro em cada parte.


                I.   SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO

1.  A nascente do rio (v.1)  -  O quadro do rio que flui abaixo do limiar do templo e que fertiliza as áreas estéreis do vale do mar Morto é um claro exemplo de simbolismo e expressa as bênçãos que fluirão da presença de Deus no Seu santuário para outras partes da terra. Procurar tomar isto literalmente, conforme alguns têm feito, é perder completamente a lição que está sendo ensinada. Não precisamos, portanto, perder tempo com as tradições que sugerem que o monte Sião, sobre o qual o templo foi edificado, ocultava debaixo do seu exterior rochoso “uma fonte inexaurível de águas e represas subterrâneas” (cf. a Carta de Aristéias). Nenhuma hidroscopia confirmará Ezequiel . O fato de que isto representa uma idealização das bênçãos abundantes de Deus é confirmado por passagens tais como Salmos 46:4; 65:9; Isaías 33: 20-21. A bênção, a fertilidade, e a água são idéias quase intercambiáveis no Antigo Testamento. O comentarista, no entanto, é justificado em procurar paralelos e antecedentes para este tipo de simbolismo, e deve voltar-se para a narrativa da criação em Gênesis 2. O paraíso original regado pelo rio com quatro braços (Gn 2:10) agora tem seu paralelo na nova criação, com seu rio e suas árvores (7). Se acrescentarmos a isto o fato que já foi observado (sobre 28:1-19), de que, possivelmente, Ezequiel conhecia uma tradição do paraíso ligado ao “monte santo de Deus” (28:14, 16), bem como do “jardim de Deus,” o paralelo com nossa presente passagem torna-se quase completo.

2.  O guia celestial (Vv. 2,3a)  - Havendo permitido que Ezequiel observasse o rio fluindo do limiar do santuário, o guia o conduz para fora do complexo do templo pela porta norte para o lado de fora da porta oriental. A rota mais direta desse ponto seria passar pela própria porta oriental, mas ela estava impedida para a passagem de pessoas (44.1,2). Chegando do lado de fora da porta, Ezequiel observa a água escoando devagar debaixo da parede, no lado sul da estrutura da porta. Ele escreve a ação de escoamento da água com um hapax, m èp a kkim , uma formação onomatopaica de p a k , “garrafa”, expressando o som do líquido borbulhando num frasco. A escolha da expressão é intencional, realçando o tamanho modesto do rio na sua fonte - não é maior que o fluir da água que sai da boca de uma vasilha pequena.

3.  Os novos frutos (v. 12)  -  Nascerá toda sorte de árvore. Muitas árvores, nos dois lados do rio, que produzem abundância de vários tipos de frutos. Além disto, as árvores são perenes, nunca perdem suas folhas e nunca param de produzir. O rio transmite a elas superpoderes de produção. O autor informa que as árvores recebem a ajuda de Yahweh, tornando-se milagrosas. A linguagem florida do auto nos impressiona com os poderes incomuns das árvores. A bênção de Deus não admite limites nem fraquezas. Cf. Sal. 1.3: “Ele (o justo) é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto" e Apo. 22.2: “A árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. O seu fruto servirá de alim ento e a sua folha de rem édio. Isto quer dizer que a justiça vencerá e anulará o pecado e seus resultados, afinal. Os literalistas, insistindo no seu literalismo, vêem árvores que produzem remédios materiais para doenças físicas. O poder de Deus está por trás de curas físicas e espirituais, portanto deixe-se esse poder fluir. Ver sobre as folhas que curam, em Apo. 22.2. “O santuário é o centro e a fonte de saúde e prosperidade para a comunidade” (Theophile J. Meek, in ioc.).


                    II.   SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA

1.  As águas (Vv. 3-6)  -  Mediu mais m il... Novas medidas foram tiradas a cada mil côvados, e a água continuava aumentando divinamente, impressionando ao profeta, que nunca tinha visto coisa semelhante. Na segunda medida, depois de mais mil côvados de distância do templo, verificou-se que as águas já tinham atingido a altura dos joelhos de um homem. Depois de mais mil côvados, a água atingiu a cintura; depois de mais mil côvados, a água havia subido tanto, que impedia qualquer passagem. O pequeno riacho tornou-se um poderoso rio. Lições Simbólicas. Pesquisando as coisas divinas, entendemos algumas facilmente; mas suas propriedades se complicam e, logo, ficamos mergulhados no Mysterium Tremendum que é Deus (ver Rom. 11.33).  A abundância das águas representa as incomparáveis bênçãos que vêm do Deus Todo-poderoso. As águas sagradas são miraculosas e transformam tudo o que tocam: aquele que precisa de prosperidade, prospera; aquele que precisa de uma cura, é curado; aquele que precisa de portas abertas para servir, encontra muitas portas de acesso; aquele que carece de transformação espiritual, é transformado. Cada um recebe segundo suas necessidades e anelos. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! As Águas do Homem. De cada homem flui um riacho; alguns deles são poluídos; a poluição provoca doenças em outros; homens abastecidos ignoram as necessidades dos outros e a fome mata. Alguns mandam de si riachos fortes de benefícios para os outros, e a vida floresce. Cada homem é um riacho. De qual tipo é você? Abre agora a fonte cristalina Donde fluem águas que saram. (William Williams)  47.6 Viste isto, filho do hom em ? Uma lição maravilhosa foi proporcionada pelo anjo-guia. Chamando o profeta por seu título comum (anotado em Eze. 2.1), ele correu para mostrar ainda mais ante os olhos atônitos do profeta. O anjo guiou o profeta ao longo da margem do rio. Ele ficou em pé ali, observando a natureza da água, seu caminho, a grande quantidade de peixes que se movimentava na água limpa e saudável, as árvores ao longo da margem, todas floridas, produzindo os frutos da estação. Tudo era um toque divino para os homens na terra. Yahweh colocou Seu dedo naquele lugar e o transformou.

3.  Imerso nas águas e no Espírito (Vv. 3-6)  -  Na terceira cena, o guia do passeio assume, agora, um papel inteiramente familiar, simbolizado pelo instrumento de medida em sua mão. Se ele pegou, ou não, um instrumento diferente, o uso de um novo termo, q a w, alerta o leitor para uma possível mudança na significação. A primeira medição do templo e de seus arredores realçou sua planta simétrica e as graduações de santidade, à medida que se ia para o lado de dentro, em direção à habitação sagrada de Yahweh. Mas, agora, as intenções do guia mudaram. Ezequiel o observa andando, com dificuldade, rio abaixo, medindo a distância do templo à medida que caminha. A terceira estrutura é, na verdade, subdividida em quatro cenários, que descrevem, em termos visuais vívidos, o aumento do volume do rio à medida que ele flui em direção ao leste. O estilo repetitivo dos três primeiros cenários reflete a maneira metódica do guia, mas a saída do padrão, no quarto cenário, sinaliza a fase culminante.


                    III.   SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO

1.  A abundância de árvores ( v. 7)  -  O acompanhante que mostra tudo isto a Ezequiel e que mede com seu cordel de medir (3; cf. 40:3) explica que o rio flui para a região oriental, à campina (8, “à Arabá,” RV, RSV), que é “a depressão” (árabe ’elGhôr) do vale do Jordão, do Mar Morto e do Wadiel-’Arãbâ, que de lá corre para o sul. Embora o rio seja descrito nos w . 5-9 como sendo um nahal (ou “uádi,” que é seco durante boa parte do ano), é óbvio que é um rio perpétuo e que traz consigo a fertilidade permanente. As águas estagnadas do Mar Morto tomam-se doces e os peixes as enchem (8, 9), e as árvores florescem nas suas ribanceiras, produzindo frutos frescos todos os meses (12). Até mesmo suas folhas terão propriedades medicinais, e a razão dada para tudo isto é porque as suas águas saem do santuário (12). O templo será a fonte da vida, da cura e da frutificação. Por meio milagrosos o impossível será realizado.

2.  O Mar Morto (v. 8)  -   Primeira, o rio flui’el-haggèlilâ haqqadmônâ (lit. “o circuito oriental”), uma vaga referência à região entre Jerusalém e o rio Jordão. Segunda, o rio desce até a Arabá. Atualmente, o nome identifica, geralmente, a depressão sul do Mar Morto, que termina no golfo de Aqabah, mas no AT o nome era usado, também, mais genericamente para o vale que vai do lago Tiberíades (Galileia), no norte, para o golfo de Aqabah, no sul. Ezequiel tem em mente a extremidade sul do vale do Jordão. Terceira, é mencionado que a água flui para o mar (hayyãm m â). Ainda que y ã m tenha, anteriormente, feito referência ao mar ocidental, viz., o Mediterrâneo, aqui, obviamente, significa o mar Morto. Quarta, o destino é definido mais precisamente como hayyãmmâhammü sã 'im , o mar de águas estagnadas. A expressão é textualmente problemática, mas o contexto apoia uma referência à natureza estagnada do mar Morto. hammüsã ^ m é uma descrição apropriada para o mar Morto. A superfície dessa notável massa de água é de, aproximadamente, 400 m abaixo do nível do mar, tomando-a não só o ponto mais baixo no vale da calha do rio, mas, também, o mais baixo na superfície da terra. Com uma salinidade atualmente de 26-35 por cento, essa massa de água é, também, justificadamente, conhecida como “o mar de sal”. Três fatores contribuem para essa qualidade especial: os incomuns ribeiros salinos afluentes, que emergem de fontes sulfurosas e fluem ao longo do solo salitroso; a ausência de uma saída, o que significa que todos os seus minerais ficam presos; a atmosfera quente, seca, que produz uma taxa de evaporação igual, se não maior que o influxo da água dos rios e ribeiros tributários. Após milênios de acúmulo, as elevadas quantidades de sódio, magnésio, cálcio, potássio, e outras substâncias químicas deixaram o mar Morto virtualmente sem vida. Com exceção de alguns oásis, a vegetação ao longo de suas margens se limita a algumas espécies halófitas (apreciadoras do sal).  O mensageiro parece absorto pelos problemas geográficos que o curso desse rio apresenta. Para que a água flua de Jerusalém para o vale do Jordão, ela precisa descer para o Cedrom, subir para o monte das Oliveiras, e, depois, atravessar uma série de vales e cadeias de montanhas antes de alcançar seu destino. Se ele prevê, ou não, uma rachadura nas barreiras, como a que foi prevista em Zc 14.4, a cena clama por um ato miraculoso, o inverso daquilo que foi experimentado pelos israelitas no mar Vermelho. Em vez de criar uma passagem seca pelo mar, esse rio sagrado produz um curso de água pelo meio do deserto. 

 No momento em que o rio do templo alcança o “mar salgado”, suas águas são miraculosamente curadas, rã p ã ’ normalmente se refere à cura de um corpo doente, mas, neste caso, o milagre envolve a neutralização das perniciosas substâncias químicas existentes na água, de modo que ela se torna doce e a vida já não é mais impedida. O kol quádruplo, “todo”, e a repetição de uma oração inteira, kol-’ãSery ãbô1 Sãm[mâ] nahãlayim , “onde quer que o rio fluir”, no v. 9, enfatizam a inteireza da “cura”. Em linguagem reminiscente de Gn 1.20,21, os “enxames” (Sãras) do mar com “toda criatura vivente” (kol-nepeShãyâ) em “todos os lugares por onde o rio fluir”. A oração causal, kibã’üsãm mâham mayim hã^êlleh, “porque estas águas chegaram ali”, não deixa dúvidas quanto à fonte da cura. A chegada das águas vivificadoras do templo revive o mar Morto, que resulta na profusa multiplicação de peixes (wèhãyâhaddãgâ rabbâ méod ).

3.  Vida no Mar Morto ( Vv. 9,10)  -  Onde as águas da vida fluem, a vida floresce, mesmo nos lugares desérticos. O próprio rio enxameia com vida de muitos tipos, e o que suas águas tocam também vive abundantemente. A água cria vida onde dominava a morte. O mar Morto tinha (tem) uma concentração seis vezes maior de sal do que o oceano e não pode suportar vida alguma, mas o poder miraculoso de Yahweh entra em cena e faz o mar viver; suas águas, por sua vez, dão vida a tudo ao redor. Como as águas são “curadas”, assim os homens também são curados de sua morte espiritual. O velho mundo ímpio será transformado pelas águas do Novo Dia. Até a segunda morte deve findar pelo poder restaurador da Era do Reino, o dia escatológico de Yahweh.

 Em todo o redor do mar Morto, desde En-gedi até En-eglaim, os pescadores estão trabalhando, estendendo suas redes e puxando sua pesca. En-gedi (‘Ain Jidi moderno) é um oásis florescente na margem ocidental do mar Morto, no lado contrário ao rio Arnon, em Moabe, cujas águas emergem de uma nascente permanente no alto de uma escarpa de 1.800 metros acima do lago e produzem uma faixa verde ao longo do rio em direção ao mar. En-eglaim é mais difícil de localizar, mas uma identificação com Eglate-Selísia, mencionado em Is 15.5 e Jr 48.34 em associação com Zoar, aponta para um lugar no lado oriental do mar Morto. Consequentemente, En-gedi e En-eglaim, localizados nos lados opostos do mar Morto, representam um merismus topográfico, realçando a totalidade da “cura” das águas. De leste a oeste, em toda a volta do lado, os pescadores estenderão suas redes para apanhar seus peixes. A presente expressão, miêtôahla hârãmim , “um lugar para estender as redes”, expressa um sentido diferente de hãrãmim em 26.5, 14. No texto anterior, a imagem das redes estendidas havia servido como um aviso de julgamento para Tiro; a cidade será reduzida a uma rocha desnuda onde os pescadores secarão suas redes. Aqui, a figura simboliza bênção. Mas essas águas revividas são renovadas não só para a abundância da vida que elas sustentam, mas, também, para a variedade de suas espécies. De fato, o número de “suas espécies” (m in ã h ) vai rivalizar com o mar Grande (hayyãm haggãdôl), isto é, o Mediterrâneo. Pode-se vagamente imaginar um contraste maior do que esse entre o mar Morto e o mar Mediterrâneo.

4.   Sobre os charcos lamaceiros com sal que não serão restaurados (v. 11)  -  Mas o guia informa Ezequiel a respeito das exceções desse notável quadro de vida. De acordo com o v. 11, a água nos pântanos (bissõ^aw ) e nos charcos (gèbã’ãyw ) não se tomará doce. A região de pântanos da Lashon (Lisan, no árabe) que tem a forma de língua, a península saliente no mar, a partir da margem oriental, onde a água é pantanosa demais para os peixes, apresenta-se como o candidato mais provável para tais obscuros reservatórios de água. A preservação de alguns bolsòes de salinidade é intencional, reconhecendo-se o benefício econômico de alguns minerais encontrados tanto no mar Morto como ao redor dele. O sal (melah ) não é apenas um valioso tempero e um agente preservador; a palavra funciona genericamente para uma ampla cadeia de substâncias químicas extraídas do mar.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão