Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

LIÇÃO 6 - A JUSTIÇA DE DEUS.

Profº PB Junio - Congregação Boa Vista II

 


                            TEXTO ÁUREO

"Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável." (SL 18.26)


                    VERDADE PRÁTICA

Os agentes do juízo divino revelam que a responsabilidade humana é pessoal.


LEITURA BÍBLICA: EZ 14.21-21 (EXPLICAÇÃO LEITURA BÍBLICA - Comentário bíblico MOODY)


V. 13. O profeta declara que quando uma terra pecar, e Deus enviar um dos seus quatro juízos (cons. 5:16, 17) contra ela – fome (vs. 12-14), feras (vs. 15, 16), espada e guerra (vs. 17, 18), pestilência (vs. 19, 20) – ainda que, Noé, Daniel e Jó, os justos da antiguidade, estivessem na terra, só poderiam salvar-se a si mesmos. A aplicação a Jerusalém (vs. 21-23) não encontra nela pessoas justas. E que sobreviventes perversos escaparão a todos os quatro juízos, em aparente exceção ao princípio acima enunciado, será uma prova desagradável aos exilados de Deus, do justo juízo de Jerusalém. Cometendo graves transgressões. Uma tradução mais exata é traiçoeiramente cometendo traições. Veja também 15:8; 17:20; 18:24; 20:17; 39:26; Lv. 5:15; 6:2.

V. 14. Noé, Daniel e Jó são citados como exemplos de homens justos, não hebreus, da antiguidade. Cons. Gn. 6:8; 7:1; Jó 42:7-10. Virolleaud, Devaux e outros acham que o Daniel de Ezequiel é o Daniel. "justo juiz da causa das viúvas e dos órfãos", mencionado no texto de Rash Shamra em cerca de 1400 A. C. (Aqht, 170; 2 Aqht, V; 7, 8. Para um comentário mais detalhado, cons. Ginsberg, BA 8 1 1945), pág. 50; Pére deVaux, RB (1937), págs. 245, 246; W.H. Morton, "Ras Shamra" – Ugarita e Exegese do Velho Testamento", Review and Expositor, 45, (1948), págs. 70.72). 

 V. 15. Bestas-feras. Literalmente, uma besta ruim (cons. 5:17; Lv. 26:22 ). E elas (lit. ela, sing. coletivo) a assolarem, ou a despojarem. Cons. Jr. 9:10, 12. 

 V. 16. Esses três homens. Cons. 18:10-13; Jr. 15:1-4. 

 V. 17. A espada. Veja também 5:12; 6:3; 11:8; 21:3, 4; 29:8; 33:2; Lv. 26:25. 19, 20. A peste. Cons. 5:17; 38:22. 

V.  21-23. Aplicação a Jerusalém.

 V. 21. Os meus quatro maus juízos. Cons. Jr. 15:2, 3; Lv. 26:22-26. Quatro dá idéia de inteireza, totalidade .

V.  22. Eis que alguns restarão. Quaisquer sobreviventes que conduzam os filhos e as filhas. (LXX, Sir. , Sym., Vulg.). Quando esses maus figos (Jr. 24:8-10; 29:16-20) virão a vós outros na Babilônia, ficareis consolados ou reconciliados pela justiça do castigo divino sobre Jerusalém.


                                            INTRODUÇÃO

Vários dos oráculos de Ezequiel lidar com as questões de culpa e de responsabilidade ( 3: 16-21 , 18: 1-32 , 33: 1-20 ). Estes oráculos indicam que uma comunidade não pode escapar do julgamento a culpa por confiar na justiça de alguns de seus membros. Uma sociedade corrupta não pode esperar para ser isento em virtude de ter alguns santos no meio deles. Também não se pode expiar as faltas de uma família que tem um ancestral piedosa corrompido ( 16 , 18 , 20 ). Ezequiel avisa Jerusalém não cometer tal erro. Sua vingança estava chegando, embora alguns seriam salvos. A Oracle tem os "quatro julgamentos terríveis" que afligem a terra; fome ( 13 , 14 ), os animais prejudiciais ( 15 , 16 ) espada ( 17 , 18 ) e a febre ( 19 , 20 ). Tais desastres estavam relacionados. A guerra traria com ela debilitante fome, doenças e comedores. Tem havido muito debate sobre se os desastres modernos têm uma conexão direta com o julgamento de Deus. A mensagem do horrendo de Ezequiel é que alguns desastres naturais são castigo diviNúmeros Note, no entanto, que a tarefa de Ezequiel não é para se alegrar, mas para avisar, para que as pessoas possam se converter dos seus caminhos. 12 -23 O Senhor diz a Ezequiel, em outras palavras, "Se eu punir a terra por sua infidelidade enviarei contra ela fome, mesmo aqueles com caráter exemplar só poderia salvar-se ( 13 , 14 ). Se os animais nocivos eles foram enviados para perseguir a terra, ou se a guerra é declarada contra o país, ou se a febre se espalhou por todo o país, as de caráter exemplar só poderia salvar-se. Mesmo seus filhos seriam salvos ( 15-20 ). Assim será a Jerusalém, embora alguns serão salvos ( 21 , 22 ) ". Notas. 14 Noé, Daniel e Jo: estes três são visados por sua justiça excepcional. O nome de Daniel está escrito de forma diferente do habitual ( cf. também 28: 3 ) e pode se referir a um herói da literatura ugarítico. A maioria dos comentaristas acreditam que o Daniel de AT ainda não estabeleceu a sua reputação. 21 Quatro ensaios: os mesmos quatro são utilizados em Apocalipse. 6: 8 . 


                I. SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO

1.  O discurso profético -  Na resposta de Ezequiel aos inquiridores, intencional e ironicamente se aprofundou no poço da tradição legal sagrada de Israel. Os anciãos de Israel vieram a ele procurando uma palavra divina, provavelmente um novo oráculo de reafirmação quanto ao futuro da nação. Yahweh, na verdade, não responde, mas dá uma antiga palavra tradicional, bem diferente daquela que esperavam. A inquirição dos anciãos pode parecer nobre e ortodoxa, mas está de acordo com suas ofertas ilegítimas e com o comer do sangue. Portanto, em vez de oferecer encorajamento, Ezequiel conclama toda a nação ao arrependimento de seus compromissos religiosos sincretistas; caso contrário, enfrentariam certo julgamento do Senhor da aliança. Yahweh tem um caso capital contra eles, e seu julgamento é certo.

2.  A primeira parte do oráculo (v.13) -   A reação de Yahweh a tal infidelidade é descrita primeiro em uma afirmação geral: estendi minha mão contra ela (nãtatti yãdi cãlêhã).29 Ezequiel já tocou no assunto dos efeitos devastadores da mão estendida de Yahweh em dois textos anteriores (sobre a nação, 6.14; sobre o indivíduo, 14.9). Aqui, outro exemplo da exposição redentiva, ele oferece uma exposição do assunto ao citar quatro cenários diferentes, em cada caso envolvendo um agente diferente de julgamento. Estes casos são apresentados em painéis paralelos (quadro 4). Porque não há progressão evidente nos quatro painéis, pode-se examiná-los ao comparar e contrastar suas características respectivas sob uma série de título.

3.  Descrição dos agentes do juízo divino (vv. 17,21) -   Espada, passa pela terra iníqua. Adonai-Yahweh (Senhor Soberano) manda Sua espada à terra para aniquilá-la. Está historicamente confirmado que o exército babilónico não poupou nem os animais. Os homens e os animais de Judá foram praticamente obliterados, tamanha foi a destruição. É terrível quando a guerra é ordenada por Deus e tudo Lhe é oferecido, como um holocausto (ver a respeito no Dicionário). Para os quatro meios clássicos do julgamento divino, a espada, a fome, as bestas-feras e a peste (não há relevância na variação da ordem, comparada com os w . 13:19), ver a nota sobre 5:17. Muilenburg nota que na Épica Babilónica de Gilgames, que contém a famosa versão paralela do Dilúvio, depois de as águas terem baixado e Utnapistim ter oferecido sacrifícios aos deuses, a deusa-mãe E a zombou do deus Enlil que enviara o dilúvio e perguntou-lhe por que não enviara o leão, o lobo, uma fome ou uma pestilência.56 Isto sugere que estes quatro julgamentos correspondiam às desgraças que eram universalmente temidas em todas as partes do antigo Oriente Próximo.



                    II.   SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE

1.  Exemplos de intercessão pelo pecador -   Agora, porém, Abraão chegava ao fim de sua intercessão. O número de justos foi baixado para um ridículo dez. Antigos intérpretes judeus supõem aqui que Abraão tinha boas razões para esperar encontrar esses dez entre os familiares de Ló. Sem dúvida, entre seus familiares e seus escravos, poderiam ser achadas dez pessoas razoavelmente justas. A narrativa, porém, é interrompida, sem dizer-nos o resultado de uma suposta investigação. Mas 0 capitulo dezenove fornece-nos a resposta. Yahweh não permitiu que Sodoma escapasse ao castigo. Antes, as poucas pessoas razoavelmente retas foram removidas da cidade, deixando ali, como é presumível, somente as pessoas pecaminosas, para receberem 0 merecido castigo. Nesse caso, a intercessão de Abraão foi um completo sucesso, embora não da maneira exata como ele havia planeja- do. E assim sucede, com frequência, com a vontade de Deus. Pensamos que certa coisa tem de ser feita de certo modo, mas ignoramos a soberana vontade de Deus. Ele pode responder às nossas petições, mas de uma maneira inesperada e melhor. E, de outras vezes, Ele não responde às nossas preces, porque isso é melhor para nós. Seja como for, há evidências esmagadoras em favor da suposição de que Deus responde às nossas orações, e que a oração é, realmente, eficaz. Todas as pessoas que trilham pela vereda espiritual recebem provas disso. Ver no Dicionário os verbetes Oração e Intercessão.

2.   Um castigo inevitável -    Irrevogabilidade. A fuga desejada da mão de Yahweh é expressa na raiz nsl, “salvar, livrar”, que, com suas sete ocorrências nos vs. 14-20, funciona como uma Leitwort na passagem. A palavra é com frequência associada com a libertação de Israel da escravidão egípcia operada por Yahweh, mas num tom irônico, o agente do resgate anterior agora se apresenta como inimigo de quem a libertação é necessária. Mas a libertação não virá. Nem mesmo a presença das pessoas mais retas na História mudarão a mente de Deus. Para concretizar a irrevogabilidade desta realidade dura, o profeta nomeia três pessoas, paradigmas de virtude, cuja presença em Israel não convenceria Yahweh de retirar a sua mão: Noé, Daniel e Jó.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã.

3.  Quando Deus não atende à oração intercessória de um justo  Que quando o pecado de um povo atingisse o seu auge, e a sua destruição fosse promulgada, a piedade e as orações dos melhores homens não prevaleceriam para dar um fim à controvérsia. Isto é declarado aqui, repetidas vezes, pois, ainda que esses três homens estivessem no meio de Jerusalém, “nem filho nem filha eles livrariam”. Os pequeninos não seriam livrados por causa deles, tanto quanto os pequenos de Israel não foram livrados pela oração de Moisés, Números 14.31. Não. A terra seria desolada, e Deus não ouviria as orações por ela, ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante dele, Jeremias 15.1. Observe que quando se abusa da paciência, ela se converte em ira inexorável. E parece que Deus seria mais inexorável no caso de Israel do que em qualquer outro (v. 6), porque, além da paciência divina, eles tinham desfrutado de mais privilégios do que qualquer outro povo, e isto agravava o seu pecado.


                    III.  SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ 


Além desse texto, o nome Noé ocorre somente em Gênesis 5-10, Isaías 54.9, e 1 Crônicas 1.4, os últimos dois ligados a Gênesis. Figuras semelhantes a Noé aparecem em várias tradições antigas do oriente próximo,38 mas não há necessidade de olhar além da própria herança literária hebraica de Ezequiel para uma base sobre a referência que faz. De acordo com Gênesis 6.9-12, Noé se distinguiu como uma pessoa reta (’issaddiq), um homem sem culpa na época em que vivia (tãm ím hãyâ bèdõrõtãyw), e alguém que andou com Deus (’et-hã’êlõhim hithallek), em contraste com uma corrupta (sãhat) e violenta (hãmãs) sociedade na qual viveu. Como alguém que não trouxe benefícios de justiça para os seus contemporâneos, serve como um perfeito exemplo para o que Ezequiel está defendendo. Mas a determinação de Yahweh é até mesmo mais firme aqui do que foi antes do dilúvio. Se Noé estivesse presente agora como a única pessoa reta, seus filhos não sobreviveriam ao julgamento vindouro. 

Jó, o terceiro paradigma de retidão de Ezequiel, é conhecido somente do livro bíblico que leva o seu nome. De acordo com o prólogo em prosa do livro de Jó, o homem, um patriarca de Uz, foi destacado por sua piedade. O narrador compartilha que Deus reconhece esse homem como reto (tã m ), justo {yãsãr), e temente a Deus (yêrê’ ’êlõhim), e que se afastava da impiedade (sãr mêrãc) (Jó 1.1,8; 2.3). O peso do coração poético do livro é explorar se essa piedade era genuína (observe Satanás acusando-o em 1.9). Argumentando com base em seu sofrimento e buscando uma causa, os “três amigos” de Jó insistiram que seu sofrimento era a punição pelo seu pecado. Mas o herói mantém sua retidão (sêdãqâ, 27.6), alcançando o clímax de sua autodefesa com uma recitação apologética de seu código de honra (cap. 31), uma longa exposição da definição israelita de justiça. No final, Jó é vindicado e ordenado a interceder a favor de seus “amistosos” acusadores (42.8).

 No meio dos dois nomes está Daniel. Embora o Daniel de Ezequiel tenha tradicionalmente sido identificado com o Daniel do livro bíblico,39 esta interpretação levanta várias questões. Como um contemporâneo mais jovem que Ezequiel ganha o direito de se colocar ao lado de paradigmas tradicionais de piedade como Noé e Jó dentro de um período tão curto. O que faz Daniel, o contemporâneo hebraico, em companhia de dois heróis não israelitas do passado? Por que Ezequiel escreve seu nome dn7, em vez de dnyT! 

Que tipo de figura o Daniel de Ezequiel precisa ser? O único denominador comum entre os três homens nesta tríade é o caráter, definido aqui pelo termo reto (sédãqâ, vs. 14, 20). Assim como em 3.17-2l,sédãqâ se refere à fidelidade moral e espiritual mostrada em conformidade com a vontade divina (cf. 18.5-9) - a antítese de “agir enganosamente” (m ãcal m acal, v. 13). O texto não exige que sejam indivíduos de um passado comum. Ao contrário, Noé e Jó representam milênios à parte. O primeiro foi de uma era antediluviana e o segundo de um período dos patriarcas. Contrário aos conceitos comuns, nenhum desses homens é conhecido principalmente por seu poder intercessor. Noé e Jó eram simplesmente dois homens piedosos que sobreviveram a desastres indescritíveis por causa de sua retidão. Ezequiel não estava visualizando o intercessor como Abraão clamando a Yahweh a favor de Sodoma e Gomorra, mas uma pessoa reta dentro destas cidades cuja presença poderia segurar a mão do Juiz de toda a Terra. Uma pessoa como Abraão teria a atitude de esperar que Deus encontrasse alguém justo naquelas cidades.4* Baseado na evidência do livro de Daniel, um contemporâneo de Ezequiel tem o critério interno. Tendo sido levado à Babilônia como um prisioneiro político na primeira visita de Nabucodonosor a Jerusalém, em 604 (Dn 1.1), este jovem hebreu rapidamente se distinguiu como um homem de virtude extraordinária e fé. 

 Ezequiel assim afirma que mesmo se Noé ou Jó ou os próprios contemporâneos dos exilados que são modelos de retidão estivessem em Jerusalém, a cidade não seria poupada. Esses indivíduos justos seriam libertos, e ninguém mais, nem mesmo as crianças, escaparia com eles. Ao apresentar esses quatro casos hipotéticos, o profeta criou uma poderosa, e talvez hiperbólica, forma para comunicar que a salvação não pode ser alcançada por procuração. Para aqueles na audiência que talvez duvidassem da sinceridade da ameaça de Yahweh, em cada um dos três últimos painéis, a força retórica é fortalecida pela adição da fórmula de juram ento, seguida pela fórmula signatária. De fato, Yahweh declara: “assim como eu vivo, certamente vocês morrerão”. Nem mesmo crianças podem confiar na retidão de uma pessoa virtuosa no meio delas. E se filhos e filhas são excluídos, muito mais o restante da família, a casa de Israel. O princípio da responsabilidade individual para o destino de alguém, que será desenvolvido em detalhes no capítulo 18, deve ser aplicado com rigor sem precedente. A família de Noé havia escapado do grande dilúvio com ele, mas nenhuma esperança como aquela é mantida aqui. A salvação será determinada pela retidão da própria pessoa somente, nem por laços de família, e muito menos pela cidadania israelita. No entanto, ainda que estivesse falando sobre a responsabilidade individual, o interesse de Ezequiel é corporativo: os pecados de Israel são tão monstruosos que o dilúvio da fúria divina sobre a nação não pode ser impedido.




AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304  ______


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão




Comentário bíblico AT, Matthew Henry - editora CPAD

https://professordaebd.com.br/6-licao-4-tri-22-a-justica-de-deus/

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

LIÇÃO 5 - CONTRA OS FALSOS PROFETAS.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


                        TEXTO ÁUREO

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição." (2Pe 2.1)


                       VERDADE PRÁTICA

Os falsos profetas contrapõem a Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do seu povo.


    LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EZ 13.1-10 ( explicação comentário bíblico MOODY)


V. 1 . O termo falsos profetas não está no V.T., mas a perspectiva histórica acertou em designá-los assim. Havia duas classes de falsos profetas: aqueles que eram representantes de algum objeto de culto, outro que não o verdadeiro Deus, como, por exemplo, Baal, Moloque (cons. o desafio de Elias aos profetas de Baal, I Reis 18:19 e segs.); e aqueles que falsamente se propunham a falar em nome de Jeová (cons. a oposição de Micaías aos profetas de Acabe, I Reis 22:5-28). A mais forte acusação desses enganadores foi feita por Jeremias, que se lhes opôs com base moral, pessoal e política (Jr. 23:9-32). Durante os últimos suspiros de Jerusalém, Hananias se opôs a Jeremias na pátria (Jr. 28) e Acabe, Zedequias e Semaías se lhe opuseram na Babilônia (Jr. 29:15- 32). Ezequiel neste capítulo também denuncia os falsos profetas e as falsas profetizas. (Veja A.B. Davidson, "The False Prophets", O.T. Prophecy, págs. 285-308).

V. 2. Ezequiel aqui se refere sarcasticamente aos profetas de Israel, falsos profetas que profetizando dizem o que lhes vem do coração, isto é, suas emoções e desejos. Ele desmascara a fonte (v. 3), o conteúdo (vs. 4, 5) e o resultado de sua mensagem (vs. 6, 7) e o destino dos falsos profetas (vs. 8, 9). 

V. 3. Profetas loucos. Um jogo de palavras: nebi'îm nebalîm, algo assim como "profetas infrutuosos". A loucura é mais uma deficiência moral que intelectual. No livro de Provérbios, por exemplo, a sabedoria é apresentada como o "temor do Senhor", e a loucura como o desprezo por Ele e Seus preceitos. A força que impetra esses profetas era seu próprio espírito, não o Espírito do Senhor. 

 V. 4. As ruínas lhes eram tão familiares como às raposas saltitantes, e eles promoviam a devastação.

V. 5. Falhavam em permanecer nas brechas, para impedir o desastre da invasão (cons. 22:30; Sl. 106:23). Nem edificavam muros de conselho moral e espiritual para Israel enfrentar a crise iminente. O dia do SENHOR. Cons. coment. sobre 7:7. 

 V. 6. Adivinhação mentirosa. Adivinhar significa obter um oráculo de um deus tirando a sorte (cons. 21:21). Receber o conhecimento das coisas secretas através de meios supersticiosos era proibido a Israel (Êx. 22:18; Nm. 23:23; Dt. 18:10, 11) e a adivinhação era considerada desdouro (cons. Ez. 13:7, 9, 23; 21:29; 22:28; Mq. 3:6, 7, 11). Que dizem : O Senhor disse. Oráculo do Senhor (ne'um Yahweh ), a fórmula da verdadeira inspiração (cons. Amós, que a usa 21 vezes, 2:11,16, etc.). Esperam o cumprimento da palavra. Não havia critério externo para a verdadeira profecia. "Enquanto o verdadeiro profeta tinha em si próprio o testemunho de ser verdadeiro, o falso profeta podia não estar cônscio de que era falso" (Jr. 23:21, 31; A. B. Davidson, op. cit.).

V. 9. Predição de castigo triplo para os falsos profetas. No momento tinham prestígio e influência, mas no novo reino não estarão no conselho do meu povo (cons. Gn. 49:6; SI. 89:7; 111:1, nem serão inscritos nos registros (isto é, na lista) da casa de Israel (cons. Ed. 2; Ne. 7; Êx. 32:32, 33; Is. 4:3; Ml. 3:16), nem entrarão na terra de Israel (cons. Ez. 20:38; Jr. 29:32). 

V. 10. Os falsos profetas anunciaram paz, quando não há paz. Veja Mq. 3:5; Jr. 6:14; 8:11; 23:17. A seção seguinte diz, literalmente, e ele (o povo) está construindo uma parede-meia (hayis, só aqui nesta passagem; uma parede de pedras simplesmente colocadas umas sobre as outras sem nenhuma liga), e eis que os profetas as rebocam com barro amargoso, ou cal. Os profetas concordavam com a tentativa do povo de defender a cidade, escondendo sua fraqueza por meio de profecias mentirosas.


                                            INTRODUÇÃO

Primeiramente, a frieza espiritual é geralmente expressa no cinismo para com Yahweh e seu porta-voz. Em todas as eras pessoas têm questionado a eficácia da palavra divina. Nos dias de Malaquias a questão era: “onde está o Deus da justiça?” (2.17); na igreja primitiva, “onde está a promessa de sua vinda?” Pedro respondeu à igreja primitiva ao relembrar seus leitores que deveriam continuar a levar seriamente não somente as palavras dos santos profetas, mas também os mandamentos do Senhor e Salvador, apresentados pelos apóstolos (2Pe 3.12). Levando-se em consideração que as afirmações do pregador proclamam a mensagem dos profetas e dos apóstolos, a injunção ainda permanece. Segundo, a última palavra é de Deus. Respondendo aos cínicos de seu dia, Pedro primeiramente relembrou a eficácia da palavra divina na criação do mundo num passado distante. Mas também avisou seus leitores que essa mesma afirmação é destinada para o julgamento escatológico final do universo, quando aqueles sem Deus serão destruídos (2Pe 3.3-7). Enquanto isto, nós precisamos lembrar que os métodos de Deus de estimar o tempo são diferentes dos nossos, e podemos estar muito mais próximos do dia do que imaginamos. Mas este não é o argumento que Ezequiel usou. A certeza do cumprimento da palavra divina é baseada na pessoa e no caráter de Deus. Os desafios feitos pelo povo arrogante e rebelde não mudarão o fato de que quando Deus fala, ele age. Dentro de alguns anos, a partir desta afirmação, os cínicos seriam silenciados pela terrível verdade de sua palavra. 


                I.  SOBRE OS PROFETAS

1.  O termo "profeta" -  A palavra hebraica para «profeta» é nabi, que vem da raiz verbal naba. Essa palavra significa «anunciador», «declarador», e, por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, frequentemente recebidas por alguma revelação ou discernimento intuitivo. Ademais, os profetas usavam vários meios de adivinhação e envolviam-se em oráculos. Os termos hebraicos roeh e hozeh também são usados. Ambos significam «aquele que vê», ou seja, «vidente». Todas as três palavras aparecem em I Crô. 29:29. Os eruditos procuram estabelecer distinções entre elas, mas talvez sejam meros sinônimos, usados para emprestar variedade literária às composições escritas. Nabi é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Alguns poucos exemplos são Gên. 20:7; Exo. 7:1; Núm. 12:6; Deu. 13:1; Juí. 6:8; I Sam. 3:20; II Sam. 7:2; I Reis 1:8; II Reis 3:11; Esd. 5:1; Sal. 74:9; Jer. 1:5; Eze. 2:5; Miq. 2:11.   É possível que essa palavra também fosse usada para designar a missão profética. Um título comumente aplicado aos profetas era «homem de Deus», que ocorre por cerca de setenta e seis vezes no Antigo Testamento. Cerca de metade dessas ocorrências é usada em referência a Eliseu, e outras quinze dizem respeito a um profeta cujo nome não é dado (I Reis 13).  Além disso, a expressão é usada para designar Moisés, Elias, Samuel, Davi e Semaías. Por sua vez, roeh figura por doze vezes no Antigo Testamento: I Sam. 9:11,18,19; II Sam. 15:27; I Crô. 9:22; 26:28; 29:29; II Crô. 16:7,10; Isa. 30:10. Sete dessas ocorrências aplicam- se a Samuel. Hozeh figura por dezenove vezes: I Crô. 21:9; 25:5; 29:29; II Crô. 9:29; 12:2,15; 19:2; 29:25,30; 33:18,19; 35:15; II Sam. 24:11; II Reis 17:13; Isa. 29:10; Amós 7:12; Miq. 3:7. Ainda outros títulos dados aos profetas são: Atalaia (no hebraico, sophim): Jer. 6:16; e Eze. 3:17; e pastor (no hebraico, raah): Zac. 11:5,16.

2.  Outros termos para designar os profetas de Deus -   Essas palavras derivam-se do grego pro, «antes*, «em favor de», e phemi, «falar», ou seja, «alguém que fala por outrem», e, por extensão, «intérprete», especialmente da vontade de Deus. Tais palavras gregas, naturalmente, estão por detrás do termo português «profeta».

3.   Os falsos profetas -   FALSO PROFETA O Falso Profeta (Ap 19.20; 20.10), também chamado “a segunda besta” ou, ainda, “a outra besta” (Ap 13.1118), é um líder religioso que é associado à primeira Besta, o líder político do período da Tribulação, como seu subordinado. Ele aparece no poder no meio da Tribulação, no momento em que a primeira Besta, ou o Anticristo {q.v.), assume o poder político mundial (Ap 13.7) e ele, o poder religioso.      Talvez seja um judeu, uma vez que Apocalipse 13.11 pode indicar que ele surge “da terra”, ou da Palestina. (Em gr. a palavra ge pode significar “mundo” ou “terra”). Ele move-se no reino religioso, pois aparece como um cordeiro (Ap 13.11), E capacitado por Satanás, recebendo o seu poder da primeira Besta (Ap 13.12). Ele promove a adoração à primeira Besta, e força a terra a adorá-la (Ap 13.12). Seu ministério e autoridade são autenticados por milagres e sinais que ele opera através do poder satânico (Ap 13.13,14).    O mundo incrédulo é enganado por ele e adora a primeira Besta como se esta fosse o próprio Senhor Deus (Ap 13.14,15). Ele detém o poder da vida e da morte para forçar a adoração à primeira Besta (Ap 13.15). Sua autoridade estende-se ao reino económico, e ele usa este poder económico para impor a sua vontade (Ap 13.16,17). Se houver algum crente naquele dia, poderá reconhecê-lo por causa do sinal que foi dado para identificá-lo (Ap 13.18).     O Falso Profeta, junto com Satanás e a primeira Besta, formam um triunvirato do mal, a obra-prima do engano de Satanás. O mundo será dominado por eles durante a última metade do período da Tribulação nos âmbitos político, religioso e económico, como uma imitação do governo mundial que Deus exercerá sobre a terra no Milénio, por intermédio de Jesus Cristo, o Messias. J. D. P. 


                    II.  SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

1.  Os dois lados -   "O conflito entre profetas verdadeiros e falsos foi dramatizado pelo incidente que envolveu Micaías, filho de Inlá. Ele fez oposição aos 400 profetas de Baal e contra Acabe e Jezabel. Ver I Reis 22.8-26; houve também o conflito entre Jeremias e Hananias, o terrível (Jer. 28). Amós recusou identificar-se com os falsos profetas de seu tempo (Amós 7.14). Tanto Miquéias como Isaías participaram do conflito (Miq. 2.11; Isa. 9.15). Os falsos profetas guiaram o povo para a destruição, afirmando que tudo estava bem, enquanto tudo estava muito ruim” (Theophile J. Meek, in loc.). O povo era enganado com falsas esperanças. Corrupções internas facilitaram o trabalho dos falsos profetas. As pessoas foram “vítimas contentes” da liderança corrupta da época; quiseram ouvir mentiras, porque a verdade lhes perturbava a vida. A Pesquisa Moderna. Estudos realizados por cientistas dos fenômenos psíquicos têm demonstrado que a psique humana é perfeitamente capaz de produzir wsões totalmente independentes de Deus ou de demônios. Tais visões podem ser meramente sonhos no estado acordado, ou puras invenções psíquicas que não têm nada que ver com a realidade. Mas, para os inventores, são absolutamente reais. Podem existir fontes demoníacas, mas as experiências místicas podem ser naturais e humanas, não divinas ou demoníacas. Além disso, os mentirosos gostam de glorificar-se, afirmando ser líderes espirituais que têm visões do alto. Sempre encontram discípulos ingênuos que acreditam em suas mitologias.

2.   Apresentação (v.2) -  A primeira delas é: são chamados projetas de Israel (nèbVê yisrã’êl), uma frase única em Ezequiel (também no v. 16 e 3 7 .1 8 ). Esta designação não somente distingue os endereçados de Ezequiel em relação aos profetas babilónicos profissionais,' mas também abre a porta para uma aplicação maior para os seus amigos exilados e para os profetas israelitas em todos os lugares. De fato, os versículos 10-16 parecem ter em mente os seus equivalentes naqueles que moram em Jerusalém especificamente. Segundo, eles são descritos tautologicamente como profetas... que estão profetizando. A redundância é sarcástica: “eles profetizaram sem limites: suas bocas sempre estavam cheias de ‘assim diz o Senhor”’. Aparentemente, o povo levou estas palavras a sério. Terceiro, são caracterizados como profetas autoinspirados. Aqui a palavra lêb é usada de forma intercambiável com a palavra rüah (cf. v. 3) para a base do pensamento e a fonte do discurso. Antecedentes a esta referência da autoinspiração aparecem em outros pontos no Antigo Testamento, mas o uso que Ezequiel faz da expressão reflete a influência de seu contemporâneo Jeremias, que havia denunciado os falsos profetas com a expressão: hâzôn libbãm yèdabbêrü, “pronunciam uma visão de seus próprios corações” (Jr 2 3 .16). O que Ezequiel quer dizer é que a inspiração deles não era maior do que a sabedoria de um homem comum. Seus pronunciamentos não eram nada mais que tramas próprias, baseadas em suas próprias avaliações da situação e em seus próprios julgamentos. Opiniões particulares estavam sendo declamadas como pronunciamentos divinos. Tragicamente, seus ouvintes eram ingênuos para fazer a distinção.

3.  O desserviço dos falsos profetas (v.3) -  O pronunciamento de ai em si mesmo mostra três problemas com os profetas profissionais como uma classe. Primeiro, são tolos. O adjetivo nãbãl é usado na literatura de sabedoria quanto a um tipo especial de tolo: aquele que é arrogante (Pv 30.32), cruel na palavra (Pv 17.7), obtuso espiritualmente e moralmente (Jó 2.10), um salafrário (Jó 30.8). Nos salmos nãbãl nega (14.1; 53.2 [em português, 1]) e blasfema Deus (74.22). Atos tolos que dão culpa incluem pecados sexuais e irreverência cúltica (Js 7.15). Isaías 32.5-6 (NRSV) fornece a descrição total de um nãbãl: Um tolo (nãbãl) nunca mais será chamado nobre (nãdib), nem um vilão (kilay) será honrado (sôac). Pois tolos (nãbãl) falam tolices (nèbãlâ), e suas mentes (libbô) armam iniquidades: para praticarem impiedades, declararem o erro (tôcá) em relação ao Senhor. A caracterização de Ezequiel quanto aos profetas como nêbãlim enfatiza o caráter ímpio e perverso deles. Segundo, sua função autônoma: seguem seus próprios impulsos. Assim como lêb no versículo 2, rúah denota a fonte da inspiração profética. Embora a frase hãlak ’ahar, “andar de acordo com”, difira um pouco da expressão mais comum, hãlak ’ãhêrê, “seguir, andar segundo” (e.g., 20.16; 33.31), convida os ouvintes a pensarem sobre a conduta pessoal dos profetas em geral, mas a ênfase neste contexto refere-se a afirmações proféticas. Longe de receber orientações de Yahweh, esses profetas estavam meramente ventilando as próprias imaginações enganosas. Terceiro, eles não têm inspiração divina: não viram coisa alguma. A expressão lèbilti rã’ú é estranha, mas o sentido deve ser algo como “sem visão”. Porque os profetas são também identificados como rõím , “videntes”, e os cognatos rõ’eh (ls 28.7) e m ar’eh serviram como designações para visões proféticas, esta afirmação se junta a outra negação da genuinidade. Entretanto, pode-se entender a afirmação como a acusação mais geral de ignorância espiritual. No entanto, os falsos profetas “olham” para si mesmos, ou para a situação atual, suas respostas não representam a perspectiva de Deus.

4.  As "raposas do deserto" (v.4) -   O âmago desta denúncia é a frase como raposas entre as ruínas, figura que sugere que os profetas não têm nenhuma real preocupação para com o povo entre o qual vivem. Vão cavando entre os alicerces sem qualquer respeito para com o bem-estar do local, resolutos apenas em fazer covis para si próprios, ou, mudando de metáfora, em puxar a brasa para a sua sardinha. Tal atuação não é apenas estulta e irresponsável, como também é moralmente repreensível, e Ezequiel emprega uma palavra mais enfática para descrever sua estultícia. O profeta emprega duas figuras de linguagem para descrever uma maneira perversa na qual seus profetas levaram avante seus trabalhos. A primeira maneira é comparando-os com chacais no meio das ruínas. A imagem é perfeita dada a frequente associação desses animais, de bando, noturnos e carniceiros e com as cidades devastadas e as civilizações devastadas. Ezequiel não dá uma interpretação da símile, mas a figura convida os ouvintes a imaginar Israel como uma sociedade em ruínas. Em vez de ajudar a reconstruir a nação, os falsos profetas enfatizam sobre a devastação. A segunda figura oferece uma imagem diferente de destruição: as fortificações ao redor da casa de Israel se deteriorarão. A metáfora compara Israel a uma vinha, ou um campo, que normalmente seria protegida de saqueadores humanos e anim ais por uma parede (gãdêr). Quer construído de pedras soltas quer com argamassa, pelo abandono, a parede rapidamente se deterioraria. Quando apareciam brechas (pèrãsôt), uma ou duas reações eram requeridas daqueles responsáveis pela segurança da propriedade: ou ir e ficar em pé na brecha, afastando qualquer intruso, ou reparar o muro.

                   

                         III.    SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

1.  O profeta no Antigo Testamento -   No dia de Yahweh. Num estilo característico ezequieliano, o profeta sacode sua audiência ao mudar a nuança da parede. No versículo 5b, Israel não é mais a vinha protegida por uma cerca de pedras; ela é uma cidade cercada. Isto pode ser boa-nova; as más notícias são que o inimigo não é somente o exército de algum reino terreno, mas o próprio Yahweh. Essas imagens lidam com o entendimento comum que o papel do profeta era de manter as defesas espirituais da comunidade de Israel. De acordo com 20.29-30 isto deveria ter sido feito ao rogar por uma revitalização espiritual e moral. Mas esses profetas, que se autosserviam, negligenciavam suas responsabilidades sociais. Em vez de se colocarem em pé na brecha ao anunciar o mal, e reconstruírem o muro ao rogar pela renovação das relações do pacto no qual a verdadeira segurança deveria ser encontrada, ficavam remexendo as ruínas com intenção de tirar o maior proveito possível para eles. Como resultado, Yahweh, o Deus patrono de Israel, tornou-se o inimigo mais terrível deles.

2.  Os portadores de mensagens falsas ( vv. 6-8) -  13.6 Tiveram visões falsas e adivinhação mentirosa. A variedade de enganos: 1 .0 que eles falavam era falso, às vezes mentiras desgraçadas e propositais. 2.  Eles tinham falsas visões que consideravam mensagens de Yahweh. 3. Sabiam que as falsas visões eram fruto de sua imaginação. 4. Falaram de visões que eram meramente produtos de “desejo”, como o são a maioria dos sonhos humanos. O que nós realmente queremos, nossos sonhos nos dão, no nosso mundo imaginário da noite. 5. Suas visões eram “esperanças” de seu coração, não realidades do mundo objetivo. Suas palavras facilmente enganaram o povo que quis ser enganado. Judá já era uma nação perdida na idolatria-adultérío-apostasia. Eram ovelhas do diabo que não resistiram aos profetas do diabo. Em alguns casos, os falsos profetas eram vítimas de auto-engano, e seus discípulos se tornaram cópias dos mestres. 13.7 Não tivestes visões falsas... quando dissestes: O Senhor diz, sendo que eu tal não falei? Para certos intérpretes, este versículo afirma que algumas visões dos falsos profetas eram reais. Aqueles profetas, realmente, sob certas circunstâncias, receberam uma previsão do futuro. Suas visões eram pervertidas e mal aplicadas e terminaram prejudicando o povo, em vez de ajudá-lo. Outros intérpretes vêem aqui simplesmente mais uma referência às visões falsas e enganadoras, desprovidas de qualquer valor. Yahweh, de toda a maneira, não os intuiu em suas visões, verdadeiras ou falsas. Sincretismo Doentio. Aqueles falsos líderes religiosos desenvolveram um sincretismo doente, no qual Yahweh era misturado a outros deuses, em uma “salada nojenta”. Eles abandonaram as velhas tradições, produzindo sua “nova religião”. Ilusão e Auto-engano. Estudos psíquicos têm derríonstrado claramente que a psique humana é capaz de produzir ilusões visuais e auditivas. O cérebro-mente produz um mundo ilusório, que é perfeitamente real para seu criador. Um experimento colocou uma pessoa em uma cápsula, dentro de água. As percepções dos sentidos ficaram severamente limitadas. Dentro de 24 horas, as pessoas sujeitas a esta privação das percepções alucinam, criando um mundo mental. Este mundo é perfeitamente real para seus criadores. Tais pessoas podem facilmente acreditar em suas próprias profecias e visões falsas, e logo passam a ter discípulos que fielmente acreditam naquilo tudo. Ver II Tes. 2.11. 13.8 Eu sou contra vós outros, diz o Senhor Deus. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno) declara-se contra a farsa e as falsificações dos falsos profetas. O julgamento divino irá abatê-los e isto acontecerá com todos os homens reprovados de Judá. Eles gritavam “paz e prosperidade", mas seus gritos não funcionariam como defesa no dia da calamidade. Suas falsas profecias de paz não os protegeriam no dia da crise; eles seriam vítimas do exército babilónico. Seriam mortos na matança generalizada. Cf. Apo. 2.16. Eles ajudaram a promover a desintegração moral e espiritual do povo, que traria o fim da nação. O exército babilónico cometeria genocídio. Senhor Deus. O título divino utilizado aqui implica que Yahweh tinha a capacidade e a vontade de acabar com a raça dos falsos líderes religiosos. Yahweh faria uma intervenção. Adonai-Yahweh, o Soberano, é o título mais comum de Deus, usado 217 vezes neste livro, enquanto no restante do Antigo Testamento ocorre somente 103 vezes

3.   A ira de Deus contra os falsos profetas (v.10) -   Para ilustrar os efeitos enganadores de suas atividades, Ezequiel introduz uma nova metáfora. O que está acontecendo na casa de Israel pode ser comparado com a maneira como algumas pessoas constroem casas. Primeiro, as paredes são fracas, talvez por causa do barro usado nos tijolos, um barro de baixa qualidade, ou os tijolos não têm fibra suficiente para segurar o barro, a argamassa é deficiente. Mas em vez de corrigir os defeitos dos fabricantes do tijolo e dos pedreiros, tão logo os muros se erguiam, outros trabalhadores vinham e cobriam todas as evidências da baixa qualidade usando massa. A palavra para massa, tãpêl, é rara e tem sido interpretada principalmente como “saliva”, “qualquer coisa que careça de um ingrediente essencial”, neste exemplo argamassa sem o ingrediente orgânico essencial para dar liga; uma variante de tãpal, “rebocar, espalhar”, que se encaixa com o verbo tüah, “rebocar, cobrir, espalhar sobre”, associado com tãpêl por toda essa passagem (vs. 10-12, 14-15) e a afirmação paralela em 22.28;72 um cognato de tiplâ “vaidade”. Enquanto os profetas do século 6° encontraram especialmente na palavra tpl uma expressão apropriada para falsos profetas, aqui Ezequiel parece ter se baseado em Jeremias, que condenou os profetas enganadores de Samaria usando tiplâ, porque “levaram meu povo para lugares errados” ao profetizarem por Baal. É de especial ensino o texto de lamentações 2.14, que, talvez sobre influência de Ezequiel, fala de profetas tendo visões (hãzú) “vazias” (saw’) e “futilidades” (tãpêl). Ezequiel oferece sua própria explicação do termo em 22.28: “eles espalharam (tãhü) tãpêl para eles, vendo o vazio (sõw’) e adivinhando falsidade (qõsèmim kãzãb) para eles”. Em 13.10-14 o profeta não está descrevendo uma visão que teve dos homens cobrindo as paredes de uma casa; antes, está desenvolvendo uma metáfora comum quanto à hipocrisia em geral. O que é espalhado nas paredes, tãpêl, é uma abstração negativa, denotando “futilidade” ou “vaidade”. A audiência de Ezequiel não perderia o jogo com as palavras com tpl, “rebocar”, mas tãpêl funciona como um correlativo semântico de sãw \ “vazio”, e kãzãb, “engano”. No português contemporâneo, o efeito retórico equivalente pode ser atingido por meio da tradução de tãpêl como “discurso ridículo”, um termo de gíria para “besteira”, que faz um jogo com a tradução tradicional de “água caiada”, mas com uma nuança maior. Ezequiel ainda não identifica aqueles que participam desse projeto figurativo de construção. No entanto, pensando em 22.28, que claramente reconhece os “rebocadores” como os profetas, os construtores das paredes devem ser o povo, especialmente a comunidade dos líderes. Em vez de exporem as fraquezas do muro, os falsos profetas foram manipulados pelas mãos dos construtores. Com suas predições autoinspiradas de paz, cobriram as deficiências fundamentais na sociedade israelita e encorajaram um sentimento ilusório de bem-estar.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304  ______


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão.

Dicionário Bíblico Wycliffe, Charles Pfeiffer - editora CPAD.






























 

sábado, 8 de outubro de 2022

LIÇÃO 04 - QUANDO SE VAI A GLÓRIA DE DEUS.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.



                        TEXTO ÁUREO

"E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sore o monte que está ao oriente da cidade." (EZ 11.23)


                    VERDADE PRÁTICA

Deus abandona o Templo e retira a sua glória por causa das abominações do povo.


LEITURA BÍBLICA: EZ 9.3; 10.4, 18, 19; 11. 22-25 ( explicação - Comentário Bíblico Moody).


V. 3. A glória do Deus de Israel se levantou do Querubim. Alguns dizem: dos querubins no lugar santíssimo no Templo. O texto implica em que Jeová se aproximou da soleira (9:3), enquanto os querubins e o trono vazio aguardaram (10:3) até que o Senhor voltou a se assentar e partiu (10:18). 

V. 18. A glória do SENHOR (afastou-se) da entrada da casa (cons. 9:3), e parou sobre os querubins, preparando-se para partir. 

V.  19. O carro-trono dirigiu-se para a porta oriental, ao que parece do pátio externo, parou rapidamente sobre o das Oliveiras "ao oriente da (11:23), e foi-se de todo. Mais tarde visão profética, Ezequiel viu a retornar pelo mesmo portão (43:1-4). 

V.  23. Do meio da cidade. O Templo ficava na fronteira oriental da cidade, mas era o foco da vida da cidade :O monte que está ao oriente da cidade, do outro lado do vale do Cedrom, ou vale de Josafá, era o Monte das Oliveiras (cons. II Sm. 15:30; Zc. 14:24). Nesse monte Jesus chorou pela cidade condenada (Lc. 19:37-44). Cons. Ez. 10:19; 43:1-4.

V.  24. O Espírito . . . me levou na sua visão à Caldéia, para os do cativeiro, veja comentário referente a 8:3.

 V.  25. O profeta contou aos anciãos assentados diante dele (8:1), todas as coisas que o SENHOR me havia mostrado.



                                INTRODUÇÃO

Nesse ponto, a glória shekinah3 que havia se assentado no "trono-carruagem" (Ez 8:2, 4) moveu-se do trono para a entrada do templo, preparando-se para deixá-lo. É interessante que a glória de Deus seja associada ao juízo de uma cidade profanada, mas é por causa de sua glória que Deus julga o pecado.4 Também é por causa de sua glória que Deus, em sua graça, salva aqueles que depositam nele sua fé (Ef 1:6, 12, 14). O povo judeu, que possuía a glória de Deus habitando em seu meio, não procurou glorificá-lo obedecendo à sua vontade, de modo que Deus foi glorificado ao castigá-lo por seu pecado Ordenou-se ao anjo-escriba que percorresse a cidade e colocasse um sinal no povo, que se lamentava e se entristecia com os pecados da cidade. Mesmo nos dias mais sombrios, Deus sempre teve um remanescente fiel, obediente a ele, que confiou nele para livrá-lo, e Ezequiel fazia parte desse grupo (Ez 6:11; 21:6; ver SI 12:5; 119:53; 136; Is 66:2; Jr 13:17; Am 6:6; Ml 3:16). O ato de colocar um sinal nas pessoas também fará parte do fim dos tempos (Ap 7:3; 9:4; 13:16, 1 7; 20:4). O s cristãos de hoje têm o "sinal" do Espírito de Deus (Ef 1:13-14) e devem ser marcados por uma vida de santidade que glorifique a Cristo



                I. SOBRE A GLÓRIA DE DEUS

1. O significado de "glória" -   GLORIA Um conceito importante da Bíblia, a palavra “glória” é a tradução de uma variedade de palavras hebraicas e gregas, sendo a mais comum kabod, no Antigo Testamento, e doxa, no Novo Testamento. Originada do conceito hebraico de “peso, dignidade, excelência”, a palavra “glória”, em sentido doutrinário, é usada referindo-se a Deus nos Salmos 19.1 e 63.2, falando de como Ele é magnífico, tremendo, inigualável. ________    Essencial ao uso da palavra no Antigo Testamento é a ideia da glória do Senhor (Is 6.3). Nesse sentido, a glória está ligada à revelação, e consiste na manifestação da natureza de Deus. O assunto específico de Isaías 6 é a revelação da santidade, e a majestosa santidade e glória de Deus, que estão intimamente relacionadas. Algumas vezes, no Antigo Testamento, esta manifestação aproxima-se de uma aparição física irresistível de glória, esplendor ou brilho (Lv 9.23; Ex 33.18ss.). Teologicamente, isto é representado pelos termos “presença”, ou “glória Shekina”. ________     No Novo Testamento, a glória do Senhor é vista em conexão com Jesus Cristo de várias maneiras. A narrativa do nascimento no relato de Lucas mostra que o primeiro advento do Messias foi marcado pela aparição da glória do Senhor (Lc 2.9,14,32). Esta glória, a soma de toda a perfeição da Trindade, esteve velada durante o ministério terreno do Cristo encarnado, exceto por um breve lampejo durante a transfiguração (Lc 9.28ss.), e em momentos cruciais do ministério de Cristo (Jo 2.11; 11.40). Em Hebreus 1.3, delineia-se Jesus Cristo como o resplendor ou a radiação da glória de Deus. ________  Pela graça soberana, o crente do Novo Testamento é visto compartilhando essa glória até certo ponto (Rm 8.30; 2 Co 4.6). Na ressurreição, o crente será transformado e assim será semelhante ao Salvador glorificado, em uma condição muito superior àquela que ele percebe ou imagina agora, e irá compartilhar a glória escatológica de Cristo (1 Pe 5.4; Ap 21.23). Cada crente estará livre da natureza pecadora e decaída, e terá um corpo ressuscitado.

2. A glória de Deus  -  Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu. Os vss. 1-3 são comentários do cronista, material que não se encontra no trecho paralelo de I Reis. E, naturalmente, os críticos supõem que sejam ornamentos imaginários do autor sagrado, que se afastou de sua fonte informativa a fim de destacar o drama da narrativa. Cf. Lev. 9.23,24 quanto a um relato similar a respeito dos sacrifícios oferecidos por Arão. ________  Orar. Aqui a referência é à oração eloquente de Salomão (II Crô. 6.12-21). Salomão orou para que o templo cumprisse o propósito para o qual fora construído ser um lugar de adoração e justiça para todos os povos. O caráter distintivo da nação de Israel seria provado desse modo. Ver Deu. 4.4-8 sobre essa distinção. Mas Israel também seria a fonte de uma bênção universal, em antecipação à era do evangelho (II Crô. 6.33). _______  “Todo ato de adoração era acompanhado por sacrifícios. A língua preternatural de fogo acendeu a massa de carne e foi um sinal da aceitação, por parte do Ser divino, da oração de Salomão (ver Lev. 9.24 e I Reis 18.38). A glória do Senhor encheu a casa com o que era símbolo da presença e da majestade de Deus (ver Èxo. 40.35)” (Jamieson, in Ioc.). Era a glória da Shekinah do Senhor, conforme explica o Targum. Cf. I Reis 8.10,19 e ver no Dicionário o artigo intitulado Shekinah. _______ Os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor. A glória de Yahweh fechou temporariamente o acesso ao templo. Nem os próprios sacerdotes que tinham autorização para ministrar ali podiam entrar. O templo abriria uma nova avenida de acesso, mas, pelo momento, o povo deveria ficar boquiaberto diante da majestosa presença de Deus. Naturalmente, a própria estrutura do templo falava sobre a limitação do acesso. Mas quando o crente se tomou o templo do Espírito (I Co. 3.16) e a Igreja se tomou, coletivamente falando, o lugar da manifestação da presença de Deus, o Seu templo (ver Efé. 2.20-22), então essas limitações foram eliminadas. ________   Quando passou o momento de terror, então os sacerdotes procederam com seus sacrifícios necessários, a fim de santificar a ocasião (vss. 5 ss.). _______   Cf. o vs. 2 com II Crô. 5.14 e I Reis 8.11. O autor sagrado queria que reconhecêssemos a presença manifestada nas ocasiões próprias e que houve contatos com o Ser divino. Isso reflete o teísmo. O toque místico é parte necessária de nossa espiritualidade e um agente poderoso que facilita nosso crescimento espiritual.


                II.  SOBRE A RETIRADA DA GLÓRIA DE DEUS

1.  O querubim e a nuvem (9.3; 10.4)  -  Então se levantou a glória do S enhor. A glória de Yahweh pairava sobre os querubins e depois parou à entrada do templo. Isto repete a primeira parte de Eze. 9.3. Note-se o singular aqui, o querubim, provavelmente um coletivo, para os seres que fizeram parte do trono-carro, ou em referência ao querubim do Santo dos Santos. Neste caso, a glória de Yahweh partiu daquele lugar, indo para a entrada do templo, para logo desaparecer. Deixando a presença divina o templo, o lugar ficará desolado e desprotegido, tornando-se uma pilha de escombros. Querubim é a forma plural hebraica, mas a tradução portuguesa confunde a questão, usando querubim para o singular.  A glória de Deus de Israel se levantou do Querubim. Lá em cima, Yahweh andava no seu trono-carro, atravessando o céu como um cometa. Através de Seu anjo e, às vezes, Ele mesmo, o Senhor guiava o profeta no circuito da cidade, para que visse a vasta expressão de corrupções daquele lugar (capítulo 8).

2.  A retirada da presença de Deus (10.18)  -  Após ter terminado a seção a respeito da carruagem e dos querubins que a conduziam, a narrativa principal começa com o anúncio da segunda fase da partida, em estágios, de Yahweh do templo. O profeta assiste ao kãbôd se levantar da porta, mover-se para onde a carruagem-trono estava parada, e a vê descer em cima dos querubins. Com a carga divina no lugar, os querubins se levantam e se transportam para o portão leste do templo, provavelmente o portão do átrio exterior. Durante todo o tempo, o profeta é capaz de observar a glória de Deus de Israel flutuando sobre os querubins, aguardando sua viagem final. Vale a pena observar que pela primeira vez desde o capítulo 8 versículo 16 o templo é referido como A casa de Yahweh (bêt-yhwh). A designação mais simples, habbayit, “a casa”, usada na narrativa do meio, reflete a alienação sobre a relação Yahweh e o templo. Difamado pelas abominações, descritas no capítulo 8, e destruído pela matança de 9.7, havia por tudo isto cessado de ser sua residência. A expressão bêt-yhwh ocorre mais uma vez em 11.1, mas a partida da glória sinaliza o fim de um relacionamento que existiu por quase quatro séculos. O rei divino abandonou sua residência.

3.  Por fim a glória de Deus se pôs sobre o Monte das Oliveiras (11.23)  -   Era de se esperar um episódio final, com a glória divina deixando o Monte das Oliveiras e desaparecendo no céu oriental. Mas o final da atual visão reflete sua preocupação principal: a partida de Yahweh do templo. De qualquer modo, em relação a uma pessoa dentro da cidade, o Monte das Oliveiras representa o horizonte oriental. Ezequiel não fornece maior informação quanto às viagens do merkabah ou seu destino final. Será que a glória tomou o rumo da Babilônia em cumprimento à promessa de Yahweh de ser miqdãs m êcat, “um santuário limitado”, para os exilados (v. 16), oferecendolhes assim o mesmo conforto que Ezequiel havia recebido no momento de sua inauguração?3 Parece que não, pois esta solução conecta a visão inaugural do profeta muito de perto com esta visão do templo, que aconteceu mais de um ano mais tarde. Devemos, no entanto, visualizar a carruagem-trono transportando a glória de volta a seu lugar eterno e real nos céus. Ezequiel não oferece confirmação alguma desta interpretação,4 mas uma tradição posterior parece entender isto assim, incluindo a visão de Daniel dos Dias Antigos em 7.9-10 e 13-14,5 e a visão de João do Senhor entronizado em Apocalipse 4.1 -11. Os dois textos colocam o merkabah nos céus.6 De qualquer maneira, Ezequiel viu a glória sair do templo e ir em direção ao oriente. Ela não reaparece novamente em 20 anos, quando numa maravilhosa visão da esperança futura de Israel a história é invertida e a glória retorna da mesma direção de onde havia saído (43.1-5).


                III.  SOBRE O SEGUNDO TEMPLO

1.  O segundo Templo  -   Além disso, literatura e tradições orais falavam a respeito. Cf. Esd. 3.12. Muita gente ridicularizava a ideia do segundo templo, emitindo opiniões desfavoráveis acerca da pobreza relativa do segundo templo. Em primeiro lugar, não existiam os mesmos recursos que Davi e Salomão tiveram. Em segundo lugar, faltavam os artífices especialistas que Salomão contratou. O produto terminado do segundo templo seria um substituto triste para o templo de Salomão, construído durante a época áurea da nação de Israel. ______   De fato, na estimativa de muita gente, seria como nada. A pergunta que essa gente Ofazia, era: “Nesse caso, para que continuar construindo?” Por outra parte, qualquer templo decente certamente seria melhor que nenhum templo. Yahweh não estava solicitando que aqueles judeus empobrecidos duplicassem a obra magnificente de Salomão. Simplesmente, esperava que eles fizessem o melhor ao seu alcance. Era óbvio que, por meio do que já fora construído do segundo templo, este não se compararia à glória do templo da época áurea de Israel; e alguns críticos insistiam em dizer aos outros precisamente isso. Suas críticas idiotas estavam desencorajando os trabalhadores e adiando o término do projeto.

2.   O Templo de Herodes  -   Informações sobre esse templo derivam principalmente dos escritos de Josefo. Há algumas informações no Talmude. A arqueologia adiciona um pouco mais, porém não temos descrições detalhadas, como acontece no caso do templo de Salomão. Rigorosamente falando, o templo de Herodes foi o Terceiro Templo, tendo essencialmente substituído o segundo sem derrubá-lo (obviamente). Um templo de Deus não poderia ser derrubado, mas poderia ser substituído, se tal substituição fosse feita por meio de adição ou alteração. Herodes, o Grande, tinha um ego enorme e não havia como deixar o Segundo Templo humilde como era. De fato, ele ultrapassou a glória até mesmo do Templo de Salomão. O trabalho começou no 18° ano do reino de Herodes (em tomo de 20 ou 21 a.C.). Levou apenas cerca de um ano e meio para terminar o próprio templo, mas para terminar as cortes foram necessários outros oito anos. Prédios subsidiários foram então adicionados e o trabalho estendeu-se pelos reinos dos sucessores de Herodes. A tarefa toda foi completada na época de Agripa II, quando Albino era o procurador (64 d.C.), totalizando 46 anos de trabalho. Josefo conta- nos que as cortes do templo de Herodes ocupava 500 cúbitos. A área do templo era construída em terraços, uma corte sobre a outra, com o templo localizado no nível superior. Isso deixava o templo facilmente visível de Jerusalém e suas redondezas. A aparência era, assim, bastante impressionante, como podemos inferir também em Mar. 13.2, 3. Esse templo ocupava mais espaço do que os outros, assim era necessário fazer mais plataformas para a fundação. Para realizar isso, o Vale de Cedrom teve de ser parcialmente aterrado, o que também ocorreu em parte com o vale central (chamado de Tiropaeon). O monte do templo foi estendido, assim, a uma largura de 280 m. Enormes rochas foram empregadas para fazer os muros do leste e do oeste, muitas delas com 1,5 m de altura e de 1 a 3 m de comprimento. Uma delas media 12 m por 4 m! No canto sudeste foi construído um muro gigante que subiu 48 m acima do Vale de Cedrom. Um pórtico ou varanda foi construído ao redor de todos os quatro lados. Ele tinha colunas de mármore de 25 cúbitos de altura. ________   O pórtico real, na extremidade sul, possuía quatro fileiras de colunas. Josefo (Ant. 20.9.221) conta- nos que o pórtico ao longo do lado leste foi construído por Salomão. Cf. João 10.23 e Atos 3.11 e 5.12.0 próprio templo era cercado por um muro de 3 cúbitos de altura que separava o local sagrado da corte dos gentios. Era nesse muro que havia advertências que proibiam a entrada dos gentios em qualquer área além de sua corte, tendo como penalidade a morte. A corte dos gentios ficava, por assim dizer, na extremidade do templo; depois havia a corte das mulheres e então a corte de Israel (aberta a homens judeus apenas), a corte dos sacerdotes e finalmente o naos, o próprio templo com o lugar sagrado e com o santo dos santos. ________   Esse naos ficava em uma plataforma ainda mais alta. Apenas os sacerdotes podiam entrar no local sagrado e no santo dos santos e, ainda assim apenas no Dia da Expiação. Oito portões levavam ao monte do templo (Josefo, Ant. 15.11.38). O Misna estabelece o número de portões em cinco (Mid. 1.3) O magnífico templo de Herodes foi destruído em 70 d.C. como resultado da contínua agressão aos judeus por Roma, tendo por principal objetivo a independência. Tito comissionou Josefo para convencer os judeus a render-se para que o templo fosse preservado, mas ninguém deu ouvidos. Ampla agressão e massacre daí resultaram e tudo dentro do templo e ao redor dele que pudesse ser queimado, o foi. Curiosamente, isso ocorreu no décimo dia do 15o mês (AB), o mesmo dia no qual o rei da Babilônia destruiu o templo de Salomão. _______  Jesus, o Cristo, havia sido crucificado, e a glória do Senhor havia partido de Jerusalém e de seu templo. A justiça foi feita em 70 d.C. O sistema sacrificial nunca foi reativado, sendo que o Grande Sacrifício, o Cordeiro do Senhor, havia cumprido Sua missão de sofrimento e trazido o perdão para os pecados do povo.

3.   A presença do Filho de Deus  -    De que maneira “o Verbo se fez carne”?

Pelo milagre do nascimento virginal (Is 7:14; Mt 1:18-25; Lc 1:26-38). Assumiu uma natureza humana sem pecado e se identificou conosco em todos os aspectos da vida, desde o nascimento até a morte. “O Verbo” não era um conceito abstrato nem uma filosofia, mas uma Pessoa real, que podia ser vista, tocada e ouvida. O cristianismo é Cristo, e Cristo é Deus. _____   A revelação da glória de Deus é um tema importante no Evangelho. Jesus revelou a glória de Deus em sua Pessoa, em suas obras e em suas palavras. João relata sete sinais maravilhosos (milagres) que declararam publicamente a glória de Deus (Jo 2:11). A glória da antiga aliança era passageira, mas a glória da nova aliança em Cristo é crescente (ver 2 Co 3). A Lei podia revelar o pecado, mas não removê-lo. Jesus Cristo veio com plenitude de graça e verdade, e essa plenitude encontra-se à disposição de todos os que crerem nele (Jo 1:16).


                IV.  SOBRE O SENHOR JESUS E O TEMPLO

1.  Explicação teológica  -   Da mesma maneira como as obrigações dos sacerdotes no Templo superam os regulamentos do sábado a respeito do trabalho, também o ministério de Jesus transcende o Templo. Os fariseus estavam tão preocupados a respeito dos rituais da religião que se esqueceram do propósito do Templo — trazer as pessoas a Deus. Como Jesus Cristo é maior do que o Templo, Ele pode trazer as pessoas a Deus de uma forma muito melhor. O nosso amor e a nossa adoração a Deus são muito mais importantes do que os instrumentos de adoração criados pelos homens.

2.   O fim do Templo  -   […] uma profecia dramática de Jesus (23.38,39). Toda a casa dos judeus foi desolada quando Jesus se retirou deles; e o templo, a santa e bela casa, tornou-se uma desolação espiritual quando Cristo finalmente o deixou. Jerusalém foi longe demais para ser resgatada da destruição que buscou para si mesma, diz Spurgeon. A rejeição do reino da graça implica a exclusão do reino da glória. Os judeus, tão arrogantes e soberbos ao rejeitarem Cristo, o Messias, veriam sua casa ficar deserta. Eles, que rejeitaram o convite da graça encarnado na pessoa de Jesus em sua primeira vinda, só voltariam a vê-lo no julgamento final, em sua gloriosa segunda vinda, quando então seria tarde demais! Quando uma nação ou um homem persiste em rejeitar Cristo, o fim é inevitável. Sua casa ficará deserta. Deus já não habita mais ali: essa é a desgraça final.  Soa, então, terrível esta frase: Tendo Jesus saído do templo ia-se retirando (24.1).

3.   A presença de Deus hoje  -  Eles (as pessoas da Trindade) vêm fazer moradia com ele, e não meramente com o crente: em outras palavras, encontram uma comunidade, um lugar onde o Deus trino pode manifestar-se—·e essa comunidade forma um contraste com o mundo. Ele forma uma comunidade de crentes a igreja. Dessa forma ele edifica a casa espiritual para o crente individual (e uma casa espiritual no indivíduo) …,essa é a concretização neotestamentaria do fato de que Deus veio armar seu tabernáculo entre o seu próprio povo. (Ver Lev.26:11 e a profecia em Eze. 37:26). _______   A resposta esclarece que a manifestação, sendo de cunho espiritual, deve ser dada a indivíduos, e esses quando espiritualmente preparados». (Dods. in loc.). ______  Se o Espírito Santo ‘habita (menei. ver o vs. 17) em alguém, então esse coração se torna templo (naos) do Espírito Santo. (Ver I Cor. 3:16), tornando-se assim habitação apropriada para o Pai e para o Filho, uma realidade gloriosa e elevadora». (Robertson, in loc.). _______   Portanto, posto que ele Deus dessa maneira entra em forma invisível na região da alma, preparemos esse lugar, da mesma maneira que o caso admitir, a fim de que seja uma morada digna de Deus; pois se assim não o fizermos, ele, sim que disse tenhamos consciência, nos deixará e migrará para alguma outra habitação que lhe pareça mais excelentemente preparada.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304  ______


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia almeida século 21

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.1, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Comentário Bíblico Mateus, Hernandes Dias Lopes - editora Hagnos.

https://professordaebd.com.br/4-licao-4-tri-22-quando-se-vai-a-gloria-de-deus/