Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

LIÇÃO 12 - IMERSOS NO ESPÍRITO NOS ÚLTIMOS DIAS.

Profº PB Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." (JO 7.38)


                    VERDADE PRÁTICA

O rio da vida, que representa o fluir do Espírito Santo, passa no meio do povo de Deus.


LEITURA BÍBLICA: EZ 47.1-12 ____ ( COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY)

1) A Torrente que Proporciona Vida e Sai do Templo. 47:1-12. O profeta é levado do átrio externo (46:21) ao vestíbulo do Templo (40:48, 49). Ali ele vê uma torrente brotando de sob a soleira do Templo, vinda do leste, passando ao sul do altar (v. 1) e ao sul do portão oriental externo

 (v. 2). A 1.000 côvados do portão, as águas já davam pelos artelhos

 (v. 3), mas aos 4.000 côvados já tinham se transformado em um rio (nahal), bastante profundo para se nadar nele

 (vs. 4, 5). Ao longo das margens do rio cresciam árvores sempre verdes

 (v. 7) que davam novos frutos todos os meses e cujas folhas serviam de remédio (v. 12). As águas desciam para o Arabá, a depressão do Vale do Jordão que vai até o Golfo de Ácaba, transformando-o, e entram no Mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis

 (v. 8) e cheias de vida 

(v. 9), tal como o Mar Mediterrâneo

 (v. 10). Junto a ele se acharão pescadores (junto ao Mar Morto), desde En-Gedi (fonte do cabrito, no meio da praia ocidental do Mar Morto, um oásis de fertilidade por causa de suas abundantes águas; Cons. Cantares 1:14) até En-Eglaim (v. 10); "fonte dos dois bezerros"?), possivelmente perto da atual Ain Feshka, cerca de 3,2 quilômetros ao sul de Khirbet Qumran, onde se encontraram os Códices do Mar Morto. Os seus charcos . . . não serão feitos saudáveis, isto é, continuarão salgados

 (v, 11). A transformação da terra será devida à presença de Deus (cons. 34:26-30; 36:8-15, 30-36; 37:26- 28). Observe a influência desta visão sobre os outros escritores: Joel 3:18; Zc. 13:1; 14:8; João 4:14; 7:37, 38; Ap. 22:1, 2; também Sir. 24:34, 35; Enoque 26:2, 3. Para o crente cristão, ela fala de vida, cura, paz e prosperidade, tudo ao seu alcance através do Espírito Santo.


                            INTRODUÇÃO

Os w . 1-7 são essencialmente narrativos na forma, ao passo que os vv. 8-12 são tomados inteiramente com o discurso divino, formalmente introduzido com wayyõ 'm er 'elay, “E ele me disse”, no v. 8. Como um todo, 47.1-12 pode ser classificado como um relato de visão, completo com um relato da própria visão e sua interpretação. Mas tem mais. A interpretação de Yahweh transforma a visão numa “profecia de salvação”. Entretanto, a natureza gradativa dos procedimentos (incluindo visão e interpretação), combinada com a natureza fantástica das figuras, sugere outra caricatura literária, a qual, como o oráculo de Gogue (caps. 38-39), consiste de oito estruturas, quatro em cada parte.


                I.   SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO

1.  A nascente do rio (v.1)  -  O quadro do rio que flui abaixo do limiar do templo e que fertiliza as áreas estéreis do vale do mar Morto é um claro exemplo de simbolismo e expressa as bênçãos que fluirão da presença de Deus no Seu santuário para outras partes da terra. Procurar tomar isto literalmente, conforme alguns têm feito, é perder completamente a lição que está sendo ensinada. Não precisamos, portanto, perder tempo com as tradições que sugerem que o monte Sião, sobre o qual o templo foi edificado, ocultava debaixo do seu exterior rochoso “uma fonte inexaurível de águas e represas subterrâneas” (cf. a Carta de Aristéias). Nenhuma hidroscopia confirmará Ezequiel . O fato de que isto representa uma idealização das bênçãos abundantes de Deus é confirmado por passagens tais como Salmos 46:4; 65:9; Isaías 33: 20-21. A bênção, a fertilidade, e a água são idéias quase intercambiáveis no Antigo Testamento. O comentarista, no entanto, é justificado em procurar paralelos e antecedentes para este tipo de simbolismo, e deve voltar-se para a narrativa da criação em Gênesis 2. O paraíso original regado pelo rio com quatro braços (Gn 2:10) agora tem seu paralelo na nova criação, com seu rio e suas árvores (7). Se acrescentarmos a isto o fato que já foi observado (sobre 28:1-19), de que, possivelmente, Ezequiel conhecia uma tradição do paraíso ligado ao “monte santo de Deus” (28:14, 16), bem como do “jardim de Deus,” o paralelo com nossa presente passagem torna-se quase completo.

2.  O guia celestial (Vv. 2,3a)  - Havendo permitido que Ezequiel observasse o rio fluindo do limiar do santuário, o guia o conduz para fora do complexo do templo pela porta norte para o lado de fora da porta oriental. A rota mais direta desse ponto seria passar pela própria porta oriental, mas ela estava impedida para a passagem de pessoas (44.1,2). Chegando do lado de fora da porta, Ezequiel observa a água escoando devagar debaixo da parede, no lado sul da estrutura da porta. Ele escreve a ação de escoamento da água com um hapax, m èp a kkim , uma formação onomatopaica de p a k , “garrafa”, expressando o som do líquido borbulhando num frasco. A escolha da expressão é intencional, realçando o tamanho modesto do rio na sua fonte - não é maior que o fluir da água que sai da boca de uma vasilha pequena.

3.  Os novos frutos (v. 12)  -  Nascerá toda sorte de árvore. Muitas árvores, nos dois lados do rio, que produzem abundância de vários tipos de frutos. Além disto, as árvores são perenes, nunca perdem suas folhas e nunca param de produzir. O rio transmite a elas superpoderes de produção. O autor informa que as árvores recebem a ajuda de Yahweh, tornando-se milagrosas. A linguagem florida do auto nos impressiona com os poderes incomuns das árvores. A bênção de Deus não admite limites nem fraquezas. Cf. Sal. 1.3: “Ele (o justo) é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto" e Apo. 22.2: “A árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. O seu fruto servirá de alim ento e a sua folha de rem édio. Isto quer dizer que a justiça vencerá e anulará o pecado e seus resultados, afinal. Os literalistas, insistindo no seu literalismo, vêem árvores que produzem remédios materiais para doenças físicas. O poder de Deus está por trás de curas físicas e espirituais, portanto deixe-se esse poder fluir. Ver sobre as folhas que curam, em Apo. 22.2. “O santuário é o centro e a fonte de saúde e prosperidade para a comunidade” (Theophile J. Meek, in ioc.).


                    II.   SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA

1.  As águas (Vv. 3-6)  -  Mediu mais m il... Novas medidas foram tiradas a cada mil côvados, e a água continuava aumentando divinamente, impressionando ao profeta, que nunca tinha visto coisa semelhante. Na segunda medida, depois de mais mil côvados de distância do templo, verificou-se que as águas já tinham atingido a altura dos joelhos de um homem. Depois de mais mil côvados, a água atingiu a cintura; depois de mais mil côvados, a água havia subido tanto, que impedia qualquer passagem. O pequeno riacho tornou-se um poderoso rio. Lições Simbólicas. Pesquisando as coisas divinas, entendemos algumas facilmente; mas suas propriedades se complicam e, logo, ficamos mergulhados no Mysterium Tremendum que é Deus (ver Rom. 11.33).  A abundância das águas representa as incomparáveis bênçãos que vêm do Deus Todo-poderoso. As águas sagradas são miraculosas e transformam tudo o que tocam: aquele que precisa de prosperidade, prospera; aquele que precisa de uma cura, é curado; aquele que precisa de portas abertas para servir, encontra muitas portas de acesso; aquele que carece de transformação espiritual, é transformado. Cada um recebe segundo suas necessidades e anelos. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! As Águas do Homem. De cada homem flui um riacho; alguns deles são poluídos; a poluição provoca doenças em outros; homens abastecidos ignoram as necessidades dos outros e a fome mata. Alguns mandam de si riachos fortes de benefícios para os outros, e a vida floresce. Cada homem é um riacho. De qual tipo é você? Abre agora a fonte cristalina Donde fluem águas que saram. (William Williams)  47.6 Viste isto, filho do hom em ? Uma lição maravilhosa foi proporcionada pelo anjo-guia. Chamando o profeta por seu título comum (anotado em Eze. 2.1), ele correu para mostrar ainda mais ante os olhos atônitos do profeta. O anjo guiou o profeta ao longo da margem do rio. Ele ficou em pé ali, observando a natureza da água, seu caminho, a grande quantidade de peixes que se movimentava na água limpa e saudável, as árvores ao longo da margem, todas floridas, produzindo os frutos da estação. Tudo era um toque divino para os homens na terra. Yahweh colocou Seu dedo naquele lugar e o transformou.

3.  Imerso nas águas e no Espírito (Vv. 3-6)  -  Na terceira cena, o guia do passeio assume, agora, um papel inteiramente familiar, simbolizado pelo instrumento de medida em sua mão. Se ele pegou, ou não, um instrumento diferente, o uso de um novo termo, q a w, alerta o leitor para uma possível mudança na significação. A primeira medição do templo e de seus arredores realçou sua planta simétrica e as graduações de santidade, à medida que se ia para o lado de dentro, em direção à habitação sagrada de Yahweh. Mas, agora, as intenções do guia mudaram. Ezequiel o observa andando, com dificuldade, rio abaixo, medindo a distância do templo à medida que caminha. A terceira estrutura é, na verdade, subdividida em quatro cenários, que descrevem, em termos visuais vívidos, o aumento do volume do rio à medida que ele flui em direção ao leste. O estilo repetitivo dos três primeiros cenários reflete a maneira metódica do guia, mas a saída do padrão, no quarto cenário, sinaliza a fase culminante.


                    III.   SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO

1.  A abundância de árvores ( v. 7)  -  O acompanhante que mostra tudo isto a Ezequiel e que mede com seu cordel de medir (3; cf. 40:3) explica que o rio flui para a região oriental, à campina (8, “à Arabá,” RV, RSV), que é “a depressão” (árabe ’elGhôr) do vale do Jordão, do Mar Morto e do Wadiel-’Arãbâ, que de lá corre para o sul. Embora o rio seja descrito nos w . 5-9 como sendo um nahal (ou “uádi,” que é seco durante boa parte do ano), é óbvio que é um rio perpétuo e que traz consigo a fertilidade permanente. As águas estagnadas do Mar Morto tomam-se doces e os peixes as enchem (8, 9), e as árvores florescem nas suas ribanceiras, produzindo frutos frescos todos os meses (12). Até mesmo suas folhas terão propriedades medicinais, e a razão dada para tudo isto é porque as suas águas saem do santuário (12). O templo será a fonte da vida, da cura e da frutificação. Por meio milagrosos o impossível será realizado.

2.  O Mar Morto (v. 8)  -   Primeira, o rio flui’el-haggèlilâ haqqadmônâ (lit. “o circuito oriental”), uma vaga referência à região entre Jerusalém e o rio Jordão. Segunda, o rio desce até a Arabá. Atualmente, o nome identifica, geralmente, a depressão sul do Mar Morto, que termina no golfo de Aqabah, mas no AT o nome era usado, também, mais genericamente para o vale que vai do lago Tiberíades (Galileia), no norte, para o golfo de Aqabah, no sul. Ezequiel tem em mente a extremidade sul do vale do Jordão. Terceira, é mencionado que a água flui para o mar (hayyãm m â). Ainda que y ã m tenha, anteriormente, feito referência ao mar ocidental, viz., o Mediterrâneo, aqui, obviamente, significa o mar Morto. Quarta, o destino é definido mais precisamente como hayyãmmâhammü sã 'im , o mar de águas estagnadas. A expressão é textualmente problemática, mas o contexto apoia uma referência à natureza estagnada do mar Morto. hammüsã ^ m é uma descrição apropriada para o mar Morto. A superfície dessa notável massa de água é de, aproximadamente, 400 m abaixo do nível do mar, tomando-a não só o ponto mais baixo no vale da calha do rio, mas, também, o mais baixo na superfície da terra. Com uma salinidade atualmente de 26-35 por cento, essa massa de água é, também, justificadamente, conhecida como “o mar de sal”. Três fatores contribuem para essa qualidade especial: os incomuns ribeiros salinos afluentes, que emergem de fontes sulfurosas e fluem ao longo do solo salitroso; a ausência de uma saída, o que significa que todos os seus minerais ficam presos; a atmosfera quente, seca, que produz uma taxa de evaporação igual, se não maior que o influxo da água dos rios e ribeiros tributários. Após milênios de acúmulo, as elevadas quantidades de sódio, magnésio, cálcio, potássio, e outras substâncias químicas deixaram o mar Morto virtualmente sem vida. Com exceção de alguns oásis, a vegetação ao longo de suas margens se limita a algumas espécies halófitas (apreciadoras do sal).  O mensageiro parece absorto pelos problemas geográficos que o curso desse rio apresenta. Para que a água flua de Jerusalém para o vale do Jordão, ela precisa descer para o Cedrom, subir para o monte das Oliveiras, e, depois, atravessar uma série de vales e cadeias de montanhas antes de alcançar seu destino. Se ele prevê, ou não, uma rachadura nas barreiras, como a que foi prevista em Zc 14.4, a cena clama por um ato miraculoso, o inverso daquilo que foi experimentado pelos israelitas no mar Vermelho. Em vez de criar uma passagem seca pelo mar, esse rio sagrado produz um curso de água pelo meio do deserto. 

 No momento em que o rio do templo alcança o “mar salgado”, suas águas são miraculosamente curadas, rã p ã ’ normalmente se refere à cura de um corpo doente, mas, neste caso, o milagre envolve a neutralização das perniciosas substâncias químicas existentes na água, de modo que ela se torna doce e a vida já não é mais impedida. O kol quádruplo, “todo”, e a repetição de uma oração inteira, kol-’ãSery ãbô1 Sãm[mâ] nahãlayim , “onde quer que o rio fluir”, no v. 9, enfatizam a inteireza da “cura”. Em linguagem reminiscente de Gn 1.20,21, os “enxames” (Sãras) do mar com “toda criatura vivente” (kol-nepeShãyâ) em “todos os lugares por onde o rio fluir”. A oração causal, kibã’üsãm mâham mayim hã^êlleh, “porque estas águas chegaram ali”, não deixa dúvidas quanto à fonte da cura. A chegada das águas vivificadoras do templo revive o mar Morto, que resulta na profusa multiplicação de peixes (wèhãyâhaddãgâ rabbâ méod ).

3.  Vida no Mar Morto ( Vv. 9,10)  -  Onde as águas da vida fluem, a vida floresce, mesmo nos lugares desérticos. O próprio rio enxameia com vida de muitos tipos, e o que suas águas tocam também vive abundantemente. A água cria vida onde dominava a morte. O mar Morto tinha (tem) uma concentração seis vezes maior de sal do que o oceano e não pode suportar vida alguma, mas o poder miraculoso de Yahweh entra em cena e faz o mar viver; suas águas, por sua vez, dão vida a tudo ao redor. Como as águas são “curadas”, assim os homens também são curados de sua morte espiritual. O velho mundo ímpio será transformado pelas águas do Novo Dia. Até a segunda morte deve findar pelo poder restaurador da Era do Reino, o dia escatológico de Yahweh.

 Em todo o redor do mar Morto, desde En-gedi até En-eglaim, os pescadores estão trabalhando, estendendo suas redes e puxando sua pesca. En-gedi (‘Ain Jidi moderno) é um oásis florescente na margem ocidental do mar Morto, no lado contrário ao rio Arnon, em Moabe, cujas águas emergem de uma nascente permanente no alto de uma escarpa de 1.800 metros acima do lago e produzem uma faixa verde ao longo do rio em direção ao mar. En-eglaim é mais difícil de localizar, mas uma identificação com Eglate-Selísia, mencionado em Is 15.5 e Jr 48.34 em associação com Zoar, aponta para um lugar no lado oriental do mar Morto. Consequentemente, En-gedi e En-eglaim, localizados nos lados opostos do mar Morto, representam um merismus topográfico, realçando a totalidade da “cura” das águas. De leste a oeste, em toda a volta do lado, os pescadores estenderão suas redes para apanhar seus peixes. A presente expressão, miêtôahla hârãmim , “um lugar para estender as redes”, expressa um sentido diferente de hãrãmim em 26.5, 14. No texto anterior, a imagem das redes estendidas havia servido como um aviso de julgamento para Tiro; a cidade será reduzida a uma rocha desnuda onde os pescadores secarão suas redes. Aqui, a figura simboliza bênção. Mas essas águas revividas são renovadas não só para a abundância da vida que elas sustentam, mas, também, para a variedade de suas espécies. De fato, o número de “suas espécies” (m in ã h ) vai rivalizar com o mar Grande (hayyãm haggãdôl), isto é, o Mediterrâneo. Pode-se vagamente imaginar um contraste maior do que esse entre o mar Morto e o mar Mediterrâneo.

4.   Sobre os charcos lamaceiros com sal que não serão restaurados (v. 11)  -  Mas o guia informa Ezequiel a respeito das exceções desse notável quadro de vida. De acordo com o v. 11, a água nos pântanos (bissõ^aw ) e nos charcos (gèbã’ãyw ) não se tomará doce. A região de pântanos da Lashon (Lisan, no árabe) que tem a forma de língua, a península saliente no mar, a partir da margem oriental, onde a água é pantanosa demais para os peixes, apresenta-se como o candidato mais provável para tais obscuros reservatórios de água. A preservação de alguns bolsòes de salinidade é intencional, reconhecendo-se o benefício econômico de alguns minerais encontrados tanto no mar Morto como ao redor dele. O sal (melah ) não é apenas um valioso tempero e um agente preservador; a palavra funciona genericamente para uma ampla cadeia de substâncias químicas extraídas do mar.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304 


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

LIÇÃO 11 A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II

 

AME SUA BÍBLIA!!!!!!



                        TEXTO ÁUREO

"E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (IS 6.3)


                    VERDADE PRÁTICA

O ultraje à santidade divina traz destruição espiritual. A santidade de Deus é a expressão máxima de sua glória.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 43.1-9 ( comentário bíblico MOODY)


V. 1. À porta que olha para o oriente o profeta viu a manifestação visível da presença do Senhor do modo pelo qual a vira quando Ele viera destruir a cidade (v. 3; cons. caps. 8-11) e em sua visão inaugural junto ao rio Quebar (1:28; 3:12, 23).

 V. 4. A glória do SENHOR entrou pelo portão oriental e o Espírito o levantou (v. 5; cons. 2:2; 3:12-14; 8:3) e o levou ao átrio interior. O profeta não consegue atravessar o portão oriental depois que o Senhor passa por ele (cons. 44:2). Quanto à glória do Senhor enchendo o Tabernáculo e o Templo, veja Êx. 40:34, 35; I Reis 8:11. 

 b) A Exortação de Deus a Israel de dentro do Santuário Interno. 43:6-12. 

 O Senhor (não o homem ao seu lado, v. 6) fala a Israel através de Ezequiel relativamente à santidade do Templo (vs. 7-9). Sua exortação forma uma conclusão aos capítulos 40-42; e os regulamentos do templo (vs. 10-12) formam uma introdução ao capítulo 44 e os capítulos seguintes.

V. 7. O Templo de Jerusalém está aqui representado como o trono de Deus (veja também Jr. 3:17; 14:21; 17:12. Quanto ao céu como o trono de Deus, veja Is. 66:1; Sl. 2:4; 11:4; Mt. 5:34; 23:22). Ezequiel descreve o céu descendo à terra (cons. 37:26-28). Prostituições do templo (II Reis 23:7); ou idolatria (cap. 8). Cadáveres dos seus reis. Os sepulcros reais ficavam na mesma elevação do Templo, separadas deles apenas por uma parede (II Reis 21:18, 26).

 V. 8. Anteriormente o Templo e o palácio eram contíguos (I Reis 7:8; II Reis 20:4, corrigido). Limiar e ombreira talvez se refiram às sepulturas dos reis com feitio de casas (Is. 14:18; Jó 17:13). Os versículos 10-27 constituem o haphtarah da Sinagoga para o Êx. 27:20 – 30:10.



                    INTRODUÇÃO

Já havia dezenove anos que Ezequiel recebera a visão da glória do Senhor deixando Seu templo (10:18-22; 11:22-24). Agora, vê a Sua volta, para ocupar e consagrar este novo edifício para ser Seu santuário. Sua aparência era a mesma de antes, junto ao rio Quebar (ainda outra ligação que esta visão final tem com o escrito anterior de Ezequiel) e induziu a mesma resposta de reverente temor e adoração. O acompanhante angelical ainda está com Ezequiel, e continuará a dar explicações e instruções sobre a lei do templo, mas a esta altura há uma palavra especial da parte do Senhor, de dentro do templo, que é virtualmente uma declaração de consagração.


                    I.  SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO

1.  A porta oriental do Templo ( v. 1)  -  Então me levou à porta... que olha para o oriente. A glória de Yahweh (ver em Eze. 1.28) entrou pelo mesmo portão do qual tinha saído, o Portão Oriental, onde o sol se levanta e dá vida ao mundo inteiro. Este versículo ensina que reversos são possíveis, até mesmo os de situações consideradas impossíveis. Quando o Espírito de Deus toma parte em uma situação, todas as impossibilidades são anuladas. Oh, Senhor, concedenos tal graça! “A glória Shekinah era a distinção especial do velho templo e, assim, também do novo, mas se realizará em grau muito mais elevado no segundo” (Fausset, in loc).

2.  Três observações importantes (v. 2)  -  Eis que do cam inho do oriente vinha a glória do Deus de Israel. Como o sol se levanta no oriente e ilumina o céu, de horizonte a horizonte, assim a glória de Yahweh, o Sol da alma, iluminará todos os homens. A chegada da presença divina é anunciada universalmente, e o grito de triunfo é como o som de muitas águas, ouvido por todos os homens da terra. Todo o globo terrestre brilha com a Sua glória que vem depois de uma noite escura de sofrimentos, quando o povo desiste de praticar sua idolatria-adultério-apostasia. A luz de um novo dia brilha sobre o povo renovado. 

Ó Dia de descanso e júbilo, Ó Dia de alegria e luz, O unguento que cura todas as feridas, Tão belo e brilhante. (C. Wordsworth) 

Ver a figura das muitas águas em Eze. 1.24; 19.10; 31.4; Apo. 1.15; 14.2; 17.1; 19.6. “A terra brilhando com Sua glória reflete o simbolismo solar da glória de Yahweh. Cf. Isa. 60.1-3; Deu. 33.2; Hab. 3.3-4; Luc. 2.9” (Theophile J. Meek, in loc).

3.   As reminiscências (v. 3)  -  Este versículo interrompe a narrativa com a observação da reação do profeta. As ligações entre as visões anteriores subentendidas pelas expressões usadas nos vv. 2 e 4 são agora expressadas explicitamente, embora na ordem inversa da experiência do profeta. Primeira, essa teofania o faz lembrar da visão da partida de Yahweh, de seu templo, nos caps. 8-11. Numa irônica guinada, entretanto, o profeta agora interpreta a visão anterior em termos não do abandono divino, mas de sua chegada para destruir Jerusalém. O infinitivo de finalidade, Sahêt, “destruir”, fornece uma ligação específica com a resposta horrorizada do profeta, em 9.8: “Ah! Senhor Yahweh! Estás destruindo (m ah,S't) todo o remanescente de Israel derramando tua fúria sobre Jerusalém?” Outros ecos dessa visão anterior aparecem nos versículos seguintes. Segunda, o aparecimento da kãbôd remete a mente de Ezequiel ainda mais longe, no passado, até seu primeiro encontro teofanico com Yahweh (1.4-28), nas ribanceiras do rio Quebar. Embora a carruagem celeste e seus servos querubins tenham dominado o relato anterior, aqui o foco é a própria kãbôd. A resposta física do profeta, prostrando-se sobre sua face, indica que nem os anos de reflexão, nem as décadas de serviço divino haviam embotado seu senso de respeito e temor à vista da glória de Deus.


                II.  O TEMPLO DO MILÊNIO

1.  Um templo diferente - Significado do Templo. Qual é o significado do Templo de Ezequiel? Isto está expresso na “lei do templo” (Ez 43.12) de que sobre o “cimo do monte, todo o seu limite ao redor será santíssimo; eis que esta é a lei do templo”. Era uma expressão da santidade de Yahweh através do complexo que é revelado no processo de medida, e deste complexo o povo deve medir “o modelo” (cp. o caminho da santidade) para que eles possam se envergonhar “das suas iniquidades” (43.10; BS, 106:58).

Considerando que a visão ocorre no final da profecia de Ezequiel, deve-se observá-la como a culminação da obra do profeta. A santidade de Deus foi o ponto principal do seu ministério. A santidade de Deus foi ultrajada pela iniquidade persistente de Israel. O livro servia como o processo de revelação, acusação e julgamento de Israel (cap. 1-26), o julgamento das nações circundantes para que o nome de Yahweh fosse vindicado em toda a terra (cap. 25-32), seguido pelo renascimento e restauração do povo pródigo (cap. 33-39), que incluiria o último grande ataque ao povo de Deus, concluindo com a revelação de Deus habitando entre o povo (cap. 40-48; BS, 106:57). O Templo (cp. Ml 3.1) deve tomar-se o lugar de habitação da glória divina (cp. Ez 43.1-6): “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre” (43.7).

2.  Uma dispensação diferente  -  Identidade do Templo. Que Templo é este? E completamente separado do Templo anterior em Jerusalém? E um complexo de construções completamente novo? Um estudo da sequência de eventos ajuda a responder essa questão. Israel, em todas as suas tribos, participou do cativeiro; a destruição do seu Templo simbolizou o julgamento de Deus sobre ele devido ao seu pecado. Ele tinha a restauração prometida depois do arrependimento (Dt 3 0.1 ss.). A partida do Shekinah (“glória” Ez 11.22,23) significou a queda de Jerusalém. O retorno desta glória (43.1 ss.) significava a restauração de Israel ao favor e bênção de Deus.           Contudo, se um Templo fosse muito diferente do Templo que Nabucodonosor destruiu, como ele poderia trazer alguma segurança ao povo? Visto que o Lugar Santo e o Santo dos Santos são do mesmo tamanho que os do Templo de Salomão, e considerando outras semelhanças, a conclusão é que o Templo de Ezequiel é basicamente o Templo de Salomão, mas com modificações na estrutura do átrio e na organização. Ele não é meramente um templo “ideal”, pois ao descrever o uso do altar, Yahweh (43.18ss.) descreve sua santificação (w. 18-27) e as ofertas feitas pelos sacerdotes (44.1531) dizem respeito ao que deveria ser feito por um povo restaurado ao seu Deus.           Porém o que foi mencionado acima não responde à questão — o Templo de Ezequiel existiu realmente? A ênfase sobre o ritual e a eliminação do ritual no NT indica que este templo serve a outro propósito.            Deve-se lembrar que Israel passou por deportação devido à idolatria e rejeição da Aliança de Yahweh (Dt 4.27,28; 28.64-68), mas se em sua aflição eles procurassem o Senhor de todo o coração, ele os ouviria e os restaurariam a sua terra (Dt 4.29-31; Jr 29.10-14). O propósito era aperfeiçoar um povo recalcitrante e relapso, e criar uma nação santa (Ez 37.21-23,26-28) que, como povo santo, retomaria verdadeiramente à sua terra. Ezequiel 40-48 apresenta em palavras quadros da consequente união íntima de Yahweh com seu povo, e transmitiu ao remanescente de Israel a segurança do retomo a sua herança. A organização dos átrios impressionou o povo sobre a necessidade de santidade pessoal; mas também, a presença de Yahweh ali (43.1 -12) demonstrou sua acessibilidade por parte do povo. O ritual, sendo restaurado, transmitiu a Israel que ele foi verdadeiramente aceito, e por isso poderia esperar que se tomasse um povo purificado e restaurado.             Portanto, o Templo de Ezequiel era uma “ajuda visual” para a fé. Visto que os exilados que retomaram aderiram à forma do Templo anterior e não à do Templo de Ezequiel, parece que seu Templo deveria ser entendido simbolicamente. A verdadeira restauração de Israel ainda está por vir, quando Deus, pela segunda vez (Is 11.11), salvará Israel do cativeiro, quando será dado ao povo de Israel um novo coração (Ez 36.26) e a nação nascerá em um dia (Is 66.8-10). Isto se refere ao milênio e ao renascimento de Israel, pois todos os gentios devem esperar para que eles também possam ser renovados e participar das bênçãos da casa de Deus (Is 56.7).

3.  Um ritual diferente  -  Quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra. Sem dúvida, a arca da aliança estava entre as coisas que os babilônios levaram para a terra deles, na época do cativeiro de Judá. Mas não temos nenhum registro específico sobre isso e nenhuma indicação do que aconteceu a essas coisas na Babilônia. O povo de Israel sentia falta da arca unicamente por ser o lugar onde se manifestava a presença do Senhor Deus (uma espécie de trono de Deus na terra), o lugar de contato de Yahweh com Seu povo em aliança com Ele. O povo de Israel anelava por ver a arca da aliança de alguma maneira “recuperada”.              Mas esse anelo se reduziria a nada quando uma restauração todo-poderosa substituísse a antiga restauração por uma restauração nova e muito mais satisfatória. Outra arca não seria manufaturada; pelo contrário, a própria Jerusalém se tornaria o trono de Deus, o lugar onde se manifestaria Sua presença e Seu poder, e isso mais do que compensaria a perda (vs. 17). Cf. Eze. 43.7. Ver também Jer. 14.21; 17.12; Isa. 2.2-4 e Miq. 4.1-4.             Quanto a outros particulares, o novo também seria superior ao antigo: todas as nações se concentrariam em torno de Jerusalém e seu culto, e não apenas uma minúscula nação e sua arca da aliança. Torna-se evidente aqui a promessa do Reino. As nações chegar-se-ão dotadas de elevada espiritualidade, abandonando seus antigos caminhos de idolatria e rebelião. Cf. Zac. 14.16-19. Em tais circunstâncias de redenção universal, ninguém mais lembrará os “dias áureos antigos”, quando a arca estava no templo, antes do cativeiro babilónico. Cf. Isa. 2.2-3; 60.3-5. A arca era um dos principais sinais do antigo pacto. Substituí-la por algo melhor fala do Novo Pacto, que lhe é superior (ver Jer. 31.32). Cf. Heb. 8.13.

4.   Como explicar os sacrifícios no Milênio?  Isto diz respeito ao altar neste templo místico, que também é místico. Porque Cristo é o nosso altar. Os judeus, depois do seu retorno do cativeiro, tiveram um altar muito tempo antes de terem um templo, Esdras 3.3. Mas este era um altar que estava no templo. Aqui temos:     I As medidas do altar, v.13. Tinha cerca de seis metros quadrados na parte superior e sete metros na parte inferior. Tinha cerca de quatro metros e meio de altura. Ele possuía um assento ou prateleira inferior, aqui chamado de banco, há quase um metro do chão (no qual alguns dos sacerdotes ficavam de pé para ministrar) e aproximadamente dois metros acima deste (no qual ficavam outros sacerdotes), e cada um deles tinha cerca de meio metro de largura e possuía listras dos dois lados, para que eles pudessem permanecer firmes sobre elas. Os sacrifícios eram mortos na mesa mencionada anteriormente, Ezequiel 40.39. O que fosse queimado no altar era repassado para aqueles no banco de baixo, e entregues por eles àqueles que ficavam no banco de cima, os quais o colocavam sobre o altar. Assim no serviço a Deus devemos ajudar uns aos outros.    II As ordenanças do altar. Aqui são dadas instruções: 1. No que diz respeito, primeiramente, à consagração do altar. Sete dias deveriam ser dedicados à sua consagração e em todos os dias sacrifícios deveriam ser oferecidos sobre ele, particularmente um bode para a expiação do pecado (v.25), além de um bezerro para a expiação do pecado no primeiro dia (v.19) – isto nos ensina a termos Cristo (a grande oferta para a expiação do pecado) em vista em todos os nossos serviços religiosos. Nem nós nem as nossas ações podem ser aceitas por Deus, a menos que o pecado seja removido.       E este só pode ser removido pelo sangue de Cristo, que tanto santifica o altar (porque Cristo entrou no Santuário por seu próprio sangue, Hebreus 9.12), como a oferta que estiver sobre o altar. Também deveriam ser oferecidos em holocausto um bezerro e um carneiro (v.24), o que tinha puramente o propósito de glorificar a Deus, para nos ensinar a observarmos isto em todos os nossos serviços. Nós devemos nos apresentar a Cristo como sacrifícios vivos e também as nossas devoções como sacrifícios espirituais, para que nós e nossos sacrifícios possamos ser para Ele “por nome, e por louvor, e por glória”. A consagração do altar é chamada aqui de purificação e expiação, w.20,26. Cristo, o nosso altar, embora não tivesse nenhuma mancha de que precisasse ser purificado, santificou-se a si mesmo (Jo17.19). E quando consagramos os altares dos nossos corações a Deus, tendo o fogo santo sempre queimando neles, devemos nos certificar que eles sejam purificados e expiados do amor pelo mundo e das paixões da carne. Deve-se observar que há várias diferenças entre os ritos da consagração mencionados aqui e aqueles que foram determinados em Êxodo 29, sugerindo que os estatutos cerimoniais eram coisas mutáveis e as mudanças neles eram sinais do período de Cristo. Somente aqui, conforme a lei geral, são dadas ordens específicas (v. 24) para que todos os sacrifícios sejam temperados com sal (Lv 2.13).      A graça é o sal com o qual todas as nossas ações religiosas devem ser temperadas, Colossenses 4.6. Uma aliança eterna é chamada de aliança de sal, porque ele é incorruptível. A glória reservada para nós é incorruptível e pura. E a graça operada em nós está no “homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto”. 2. No que diz respeito ao uso constante que deveria ser feito do altar, quando foi consagrado: “Prepararão os sacerdotes sobre o altar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios pacíficos” (v.27), porque ele foi santificado para que pudesse santificar a oferta oferecida sobre ele. Observe, além disso: (1) Quem deveria servir no altar: Os sacerdotes “da semente de Zadoque”, v. 19. Esta família foi substituída por Salomão, ficando no lugar de Abiatar e Deus confirma isto.         O nome Zadoque significa justo – eles são a semente de justos, são os sacerdotes de Deus, através de Cristo o Senhor, justiça nossa. (2) Como eles deveriam se preparar para este serviço (v. 26): Eles consagrarão o altar, encherão as mãos com as ofertas, como sinal da sua entrega com as suas ofertas a Deus e ao seu serviço. Observe que antes de ministrarmos ao Senhor nas coisas santas devemos nos consagrar enchendo as nossas mãos e os nossos corações com estas coisas. (3) Como eles se beneficiariam dele (v. 27): “Eu me deleitarei em vós”. E se Deus aceitar as nossas obras, se nossos serviços lhe forem agradáveis, isto é o bastante, não precisamos de nada mais. Aqueles que se entregarem a Deus serão aceitos por Ele. Primeiro suas pessoas e então as suas ações, através do Mediador.


                III.  SANTIDADE E GLÓRIA

1.   A glória de Deus volta ao Templo (v. 5)  -  Eis que a glória do Senhor enchia o tem plo. A glória de Yahweh era tão grande que encheu o templo inteiro, não meramente o Santo dos Santos. Cf. Isa. 6.1-3; I Reis 8.11; II Crô. 5.14. A mesma glória encheu o tabernáculo (Êxo. 40.34-38; Lev. 9.23). No fim, a própria Terra será o templo que Yahweh encherá com Sua glória. Cf. Isa. 11.9 e Ageu 2.7,9.0 profeta foi sujeito a uma experiência mística, visionária, de grandes proporções. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo denominado Misticismo. A experiência do presente versículo é atribuída à presença e atuação do Espírito. O Espírito é o principal fator do misticismo bíblico. Ver no Dicionário o detalhado artigo denominado Espírito Santo.   Yahweh Fala do Santuário Interior (43.6-12) 

O templo restaurado pode ter somente atividades espirituais, como ordenadas por Deus; nenhuma influência política será tolerada (capítulo 8; I Reis 7.11 -12; 11.33; Amós 7.13). O novo templo será o Trono de Yahweh, onde Ele manifestará Sua glória para sempre em Israel (vs. 7). Cf. Eze. 5.9.0 trono de Yahweh é o Santo dos Santos (hebraico, debhir). A presença divina enfatiza a divisão radical entre o sagrado e o profano, como projetado em Eze. 42.20. Yahweh combina divindade e realeza, restaurando a teocracia, o governo ideal para Israel. O deus-rei era um conceito comum nas nações pagãs, e Yahweh-Rei era a versão desse conceito em Israel. “O templo servirá como a habitação terrestre de Deus e um meio de comunhão entre o divino e o humano. Israel nunca mais profanará o santo nome (cf. Eze. 20.39 e 39.7), adorando ídolos mortos e inúteis e trazendo desastres para a nação (Eze. 43.7- 8)" (Charles H. Dyer, in loc).

2.  A identidade do guia celestial (vv. 6,7)  -  A abertura do discurso, w ayyõ ’m er ‘êlay ben- ’ã d ã m , “E ele me disse: ‘Filho do homem’”, não é só tipicamente ezequielense, é precisamente a maneira pela qual foi introduzido o primeiro discurso de Yahweh para Ezequiel, em 2.1. A mensagem, propriamente dita, começa com um anúncio formal: “Este é o lugar do meu trono, o lugar para as solas de meus pés”. A linguagem é, obviamente, da realeza; por meio dela Yahweh está declarando que o templo é seu palácio e afirmando sua reivindicação de domínio sobre Israel. Embora a tradição do templo como palácio de Yahweh tenha uma longa história, a própria descrição que Ezequiel faz do templo, mais do que da arca do concerto como o trono de Yahweh, é impressionante. Na visão inaugural do profeta, foram vistos querubins carregando o trono de Deus ( 1.24-28), porém, o presente discurso nada diz a respeito do papel da arca ou dos querubins, sugerindo, talvez,  o cumprimento da profecia de Jeremias, em 3.16,17: naqueles dias... não dirão mais: ‘a arca da aliança do Senhor’. Ela não lhes virá à mente nem será lembrada, não sentirão falta dela; nem se fará outra. Quando Jerusalém for chamada o trono do Senhor, e todas as nações se reunirem nela, para honrar a presença do Senhor em Jerusalém”. A menos que se assuma a presença da arca no templo, Ezequiel, aparentemente, não vê necessidade de tais símbolos do governo divino. A existência da própria cidade será evidência da eterna presença de Yahweh (cf. 48.35).36 A imagem da realeza divina é concretizada com a descrição do templo como “o lugar para as solas de meus pés” (mêqôm kappôt raglay). Esta frase é uma variação de hãdõm raglãyw, “seu escabelo”, que identifica literalmente o objeto sobre o qual uma pessoa descansa os pés e, por extensão, funciona como uma expressão de domínio. A combinação que Ezequiel faz do trono de Yahweh com seu escabelo no templo remete a lCr 28.2, em que Davi explicitamente associa o hãdõm com a arca da aliança, e vários textos adicionais identificam Sião/o templo como o escabelo de Yahweh (SI 99.5; 132.7; Lm 2.1), especialmente Is 60.13, que emparelha mêqôm miqdãS’, “o lugar do meu santuário”, com mêqôm raglay, “o lugar dos meus pés”.

3.   Santidade para sempre  (vv. 8,9)  -  Contaminaram o meu santo nom e com as suas abom inações. Aquele homens reprovados poluíram o santo nome, colocando seu limiar e sua ombreira junto aos Dele. Esta referência obscura talvez possa significar que túmulos (que pareciam grandes casas) foram construídos perto do templo, tomando-o imundo. Ver no Dicionário o artigo denominado Limpo e Imundo. Talvez a referência seja aos monumentos (construções idólatras) que os reis misturaram com os edifícios sagrados, e que corresponderia à palavra "abominações” aqui. Normalmente, os túmulos eram construídos fora da cidade para evitar impureza cerimonial (I Sam. 25.1; I Reis 2.34). Os profanos faziam peregrinações aos túmuios dos reis, em vez de visitar o templo de Jerusalém, não separando o profano do sagrado e até preferindo o profano. Apenas uma parede (não muro) separava o templo de Yahweh das construções imundas dos idólatras, e essa era uma separação inadequada. A ira de Deus (ver a respeito no Dicionário) acabaria com aqueles ímpios, o que aconteceu no ataque e cativeiros babilónicos.  Lancem eles para longe de mim a sua prostituição... A limpeza das poluições devia incluir dois princípios essenciais: 1. A idolatria seria eliminada. 2. Os monumentos de ídolos (ou mausoléus dos reis) seriam afastados da área sagrada. Se o povo fizesse estas coisas (que representavam uma purificação geral), então Yahweh habitaria entre o Seu povo. “Davi foi sepultado na cidade de Davi, perto do monte Sião, próximo ao lugar onde o templo foi construído; a mesma situação se apiicou aos túmulos dos outros reis. Deus exigiu que a vizinhança do templo fosse libertada daquele ultraje” (Adam Clarke, in loc.)

. ... e os cadáveres de dos seus reis. Como no vs. 7, “cadáveres” podem ser “monumentos”, ou casas de ídolos. Ver as notas naquele versículo.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304 


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

HENRY. Matthew.Livro Comentário Antigo Testamento Isaías a Malaquias, Matthew Henry - Editora CPAD

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia, Tenney C. Merrill - Editora Cultura Cristã.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

LIÇÃO 10 - A RESTAURAÇÃO NACIONAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.

 


                        TEXTO ÁUREO

"E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades." (RM 11.26).


                    VERDADE PRÁTICA

A chamada divina à restauração tem a ver com o restabelecimento espiritual e social de quem se arrepende.


LEITURA BÍBLICA: EZ. 37.1-14 ( explicação comentário bíblico Warren Wiersbe)


V. 01 -  Ele me levou pelo Espírito. A mão de Yahweh agiu para dar ao profeta a visão dos ossos secos. Ver no Dicionário o artigo chamado Mão, e em Sal. 81.14. Ver sobre mão direita, em Sal. 20.6, e sobre braço, em Sal. 77.15 e 98.1. A mão poderosa do Senhor levou Ezequiel para certo vale, em visão, naturalmente. Cf. o vale de Eze. 3.23, que talvez estivesse na mente do autor quando compôs este texto. Aquele vale tornou-se um lugar de revelação. O profeta enfrentou uma cena horripilante da morte. Desastres tinham tomado conta de Judá quando o exército babilónico a aniquilou. Uma nação inteira tornou-se uma massa de ossos secos sob os raios do sol implacável que os secava e branqueava. Os ossos estavam mortos, em todos os sentidos da palavra 

V. 02 -  E me fez andar ao redor deles. Ezequiel fez um circuito no vale. Os ossos secos não foram empilhados, mas espalhados sobre uma área considerável. Assim, o profeta levou algum tempo para atravessar aquela área. O que ele viu foi uma coisa só: morte e destruição, inumeráveis ossos dos mortos ressecados e branqueados pelo sol. O desespero reinava naquele lugar miserável. Não havia nenhum potencial de vida. Os ataques e cativeiros da Babilônia haviam conseguido a quase extinção de Judá, e o profeta, vendo o vale, teria dito que a extinção do povo fora absoluta. Somente a obra especial da graça de Deus poderia reverter aquela situação. Afinal, a salvação provém da graça, embora exija a cooperação do homem para aceitá-la. Conduza, Luz Gentil, dentre a negra escuridão Conduza-me à frente. A noite está escura e longe de casa estou, Conduza-me à frente. Mantenha os meus pés; não peço para ver A distante cena; Um passo apenas, o bastante para mim. (John H. Newman)

V. 03Acaso poderão reviver estes ossos? Todos nós, de vez em quando, nos encontramos em armadilhas, como aquele pequeno remanescente cativo na Babilônia. Judá estava absolutamente impotente. As circunstâncias eram desesperadoras. Às vezes, nós nos vemos em circunstâncias totalmente além do nosso potencial de modificação. Sim, às vezes, entramos no vale de ossos secos, um limbo de desolação, sem nenhum raio de luz. Então, Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) entra em cena e opera um milagre que nos surpreende. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! Este titulo divino é usado 217 vezes neste livro, indicando que há um Soberano que age neste mundo, modificando as coisas que, supostamente, não podem ser mudadas. A Providência de Deus é capaz de tudo. O Criador não abandonou Sua criação, mas está presente para intervir. Realizar obras inesperadas é a Sua especialidade.

V. 04Profetiza a estes ossos. Yahweh mandou Ezequiel “profetizar sobre os ossos” (o hebraico literal), significando “o que vai acontecer com eles”. A profecia carregava com ela o poder do Senhor e, certamente, seria cumprida. Os ossos secos (Judá na Babilônia) ouviriam logo a palavra de poder que os entregaria à sua “morte viva”. A Vida que Vem da Morte. A seção de abertura deste capitulo figura entre as mais importantes da Bíblia. O pregador voltará a ela repetidamente, porque é rica em sugestões e porque a inspiração de Deus brilha nela. O que o profeta falou, aconteceu e pode ser comprovado historicamente, embora na época de seu pronunciamento esperar a realização da profecia fosse ato de uma imaginação ativa. Mas o fato é que o Poder de Deus entrou na história e mudou seu curso. “Por causa do poder inerente da Palavra Divina para cumprir seus propósitos, os profetas, pronunciando aquela palavra, eram capazes de efetuar maravilhas (Jer. 1.10)” (Fausset, n loc.)

V. 05 Assim diz o Senhor Deus:... Farei entrar o espírito em vós, e vivereis. AdonaiYahweh (o Soberano Eterno Deus) coloca Sua força todo-poderosa por trás de Suas palavras. Como Soberano, no dia da criação, soprou no barro e fez uma criatura viva, assim agora, soprando sobre os ossos secos, os fará viver. Um novo ato criativo animará os ossos mortos. O Criador intervém na Sua criação, um fator principal da doutrina do teísmo (ver a respeito no Dicionário). Em contraste, o deísmo ensina que o Criador (uma força pessoal ou impessoal) abandonou Sua criação ao governo das leis naturais. Cf. Gên. 2.7; 6.17 e 7.22. Ver Eze. 37.14, onde a palavra hebraica ruah (sopro, espírito) refere-se ao Espírito de Deus. Nova vida é o trabalho do Espírito. Ver também Sal. 104.30

Vv. 06 - 08 -  A Notável Lição Espiritual. Os mortos podem ser reanimados pela palavra de poder de Yahweh, e isto se aplica a nações e indivíduos. Estes versículos não falam diretamente sobre a imortalidade da alma, nem sobre o tema geral da ressurreição, mas o milagre no Vale de Ossos Secos apóia ambas as doutrinas. Há vida depois da morte biológica. Ver no Dicionário os artigos chamados Alma, Ressurreição e Imortalidade. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete intitulado Imortalidade. . Sabereis que eu sou o Senhor. Yahweh ficou conhecido pelo milagre da ressurreição. Este tema se repete 63 vezes no livro, normalmente associado à idéia de julgamento, mas, às vezes, como aqui, à restauração. Cf. Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11 e o vs. 13 do presente capítulo. Então profetizei segundo me fora ordenado. Ezequiel obedeceu às ordens de Yahweh e Ele deu o comando da vida, através de sua profecia. Imediatamente, o profeta ouviu o ruído dos ossos chocalhando e, quando olhou, todos se tinham ajuntado, formando esqueletos perfeitos. Ao mesmo tempo, a carne voltou aos esqueletos e logo houve, em toda parte, espécimes maravilhosos de seres humanos. Ainda não eram animados, mas a obra se completaria em breve. Foi um milagre magnificente, mas não mais do que aquilo tipificado: a restauração dos ossos secos (exílios) no cativeiro babilónico. Idéias sobre o Ruído. 1. O barulho de um terremoto; 2. os gritos dos judeus ao ouvir o decreto de Ciro que os liberou para voltar a Jerusalém; 3. Uma grande voz dos céus comandando a ressurreição; 4. a voz de anjos, agentes de vida; 5. a trombeta de Deus. Melhor, o 

barulho era, simplesmente, o som dos ossos se ajuntando para fazer esqueletos viáveis.

V. 09 Bem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes m ortos, para que vivam. Foi necessário outro milagre para completar o processo da revivificação. O ruah do Espírito entrou nos corpos e os animou. Alguns intérpretes preferem a tradução vento, e acham que os quatro ventos, à ordem de Yahweh, restauraram srael. Os exilados voltaram dos quatro cantos da terra e se reuniram em Jerusalém. Houve restauração total. Cf. Zac. 2.6, Mas a alusão principal é ao capítulo 1 de Gênesis, o ato criativo de Deus. Por Seu sopro, Yahweh deu vida ao barro, fazendo do inanimado animado. Cf. também Eze. 36.27 e os vss. 4 e 5 do presente capítulo. “Eles recebem o sopro e tornam-se criaturas vivas como em Gên. 1.20-21,24 e 2.7, onde se encontra a mesma expressão” (Ellicott, in loc.). Dos quatro ventos. O autor mistura as metáforas. O ruah agora se origina dos quatro ventos, não da boca de Yahweh, como em Gên. 1. Aqueles ventos falam da restauração dos israelitas de todos os lugares onde foram exilados ou vaguearam. Cf. Isa. 43.5-6 e Jer. 31.8. Foram espalhados para as quatro direções pelos ventos (Eze. 5.10; 12.14; 17.21; Apo. 7.14) e era justo que os mesmos ventos os trouxessem de volta para casa.

V. 10 -  Profetizei como ele me ordenara. Este versículo repete, essencialmente, as declarações do vs. 9: o que foi ordenado naquele versículo é efetuado neste. A profecia que dá vida se mostrou efetiva. Os esqueletos, juntamente com seus corpos perfeitos, de súbito se tomaram seres vivos, e os ossos secos foram assim revivificados. Os cativos se animaram e transformaram-se num vasto exército, pronto a marchar de volta para Jerusalém. O Novo Israel (histórico) recomeçou tudo e tomou-se um antegozo de maiores acontecimentos no dia escatológico. O poder revolucionário de Deus criou e contínua criando. A restauração nacional de Israel apóia as doutrinas de imortalidade e ressurreição. Cf. Isa. 25.8; 26.10; Dan. 12.2; Osé. 6.2 e 13.14.

V. 11 -  Estes ossos são toda a casa de Israel. A casa de Israel (ver Eze. 3.1,3,5; 4.3) era uma grande massa de ossos secos espalhados em toda a parte do vale, isto é, a Babilônia. Não houve mais vida; toda a esperança se perdeu; a nação inteira foi “cortada fora”, isto é, morreu violentamente. Os babilônios, mais uma vez, tinham cometido genocídio. Estamos de todo exterminados. “Os sobreviventes sabiam que suas esperanças nacionais tinham sido esmagadas. A nação inteira morreu nas chamas do ataque babilónico e não houve esperança de ressurreição” (Charles H. Dyer, in loc.). Cf. Sal. 141.7 e Isa. 49.14. A árvore cortada foi separada das suas raízes e, assim, caiu e morreu.

V. 12 -  Eis que abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair delas. Neste trecho, o autor utiliza uma nova figura. Os ossos do vale tornam-se esqueletos nos seus sepulcros. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno Deus) emprega Seu poder imenso para abrir os sepulcros e chamar para fora os esqueletos. No processo de sair, eles se animam e tomam-se criaturas vivas. Uma restauração nacional foi realizada pelo milagre da graça que somente o poder de Deus podia efetuar. Através da ressurreição, o povo que vagueava volta para ser o povo escolhido de Deus, florescendo na sua Terra, no seu Lar. Um novo ciclo da história se iniciou, antegozando acontecimentos que serão ainda mais espetaculares nos últimos dias, no Reino do Messias. Afinal, Israel tornar-se-á um povo realmente distinto entre as nações (ver este ideal em Deu. 4.4-8). A renovação é completa: fisica, moral e espiritual. O sopro do Espírito era (é) o agente desta revolução de vida. Cf. Eze. 36.24-28 e João 5.25,28-29. A fidelidade de Yahweh estava vinculada aos pactos por Ele firmados. Sem sua Terra, a nação de Israel não poderia continuar existindo. Ó povo meu. ... Estou com eles e eles são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Eze. 34.30). Cf. Eze. 11.20; 36.27 e Jer. 30.22.

V. 13 -  Sabereis que eu sou o Senhor. Pela restauração nacional, Israel-Judá conhecerá Yahweh melhor, de uma maneira nova e especial. Este tema se repete 63 vezes neste livro, normalmente associado ao julgamento, mas, às vezes, como aqui, à idéia de restauração. Ver Eze. 16.62; 28.25-26; 34.30; 36.11. Ver no Dicionário o artigo chamado Providência de Deus. Ó povo meu. Ver as notas sobre esta frase no vs. 12

V. 14 -  Poreis em vós o meu Espírito, e vivereis. O poder que dá vida, que efetuou a ressurreição nacional, é identificado como o Espírito de Deus. Assim devemos equiparar o ruah (vento) dos vss. 5 e 9 ao ruah (Espírito). Este versículo mostra que a renovação foi espiritual, não meramente física. O povo recebeu de volta a sua Terra, mas também foi transformado para ter um andar digno de sua chamada, obedecendo à lei de Moisés. Cf. Eze. 36.27. “A ressurreição moral do povo e a restauração à sua Terra foram intimamente associadas, Cf, esta idéia a uma associação semelhante (o espirito com o físico) em João 5.21-29” (Elíicott, in te.).


                            INTRODUÇÃO

Mas a chave para entender este capítulo corretamente é vê-lo pelo seu contexto. Ezequiel estava prometendo ao seu povo uma mudança para sua sorte, uma nova liderança, uma terra restaurada, cidades reedifica* das, e muitos dos aspectos da era messiânica. Não é de se admirar que foi tratado com ceticismo: a queda de Jerusalém significara o colapso da fé nacional, e não iria ser restaurada tão facilmente assim. Os israelitas olhavam para as sobras espatifadas do seu povo no exílio, e somente podiam dizer: “os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança. Acaso poderão reviver estes ossos?” A resposta parece ser, inconfundivelmente: “Não.” Ezequiel, no entanto, acreditava que assim poderia acontecer. Se o propósito de Deus era restaurar Israel, Ele o faria, não importa quão grande fosse o milagre necessário. Tanto a visão quanto o oráculo dos dois pedaços de pau transmitiam esta mensagem. No caso da visão (1-14), foi demonstrado à nação que o Espírito de Deus tinha o poder de transformar o que parecia ser uma hoste de esqueletos num exército eficaz de homens, um quadro de Israel restaurado de novo à vida e cheio do Espírito. No oráculo (15-28), Ezequiel demonstra que as antigas divisões entre Israel e Judá passarão e a nova nação unirá os remanescentes dos dois povos numa só terra sob um só rei, sem sua animosidade tradicional.


            I.  SOBRE O SIGNIFICADO DO VALE DE OSSOS SECOS

1.  Os ossos secos (vv. 1,2) -  Na visão, o profeta se encontra arrebatado e colocado num vale (habbiqqíâ), não identificado, mas presumivelmente bem conhecido por Ezequiel, se não pela audiência, também. A partir da perspectiva de Deus, esse não era, certamente, um vale qualquer, escolhido aleatoriamente. Mais importante que a sua localização é a visão que recepciona o profeta ali: uma imensa coleção de ossos brancos, resplandecendo ao sol. Como que para assegurar o total impacto da visão sobre o profeta, Yahweh o conduz para frente e para trás ao redor dos ossos. A cena é impressionante por três aspectos. Primeiro, a oração circunstancial no final do v. 1 e a frase wèhinneh rabbôt mè ’õd realçam a perplexidade de Ezequiel ante o número extremamente alto de ossos. A importância do número deles não se tomará aparente senão posteriormente (v. 10), mas a visão sugere os restos de uma grande catástrofe. Segundo, os ossos estão na superfície do vale, à semelhança de cadáveres aos quais foi negado um sepultamento adequado e que, por isso, foram deixados para desprezíveis abutres. Na qualidade de israelita e especialmente de sacerdote, Ezequiel sabia quão importante era o tratamento adequado dos cadáveres humanos, e a imagem alterada das sepulturas nos comentários interpretativos do v. 12 iria certamente ter sido melhor recebida pelo profeta. Terceiro, o profeta fica surpreso diante da extrema secura dos ossos, a qual indica que as pessoas cujos restos eles representam deveriam ter morrido há muito tempo. A figura concretiza a falta de esperança expressa no v. 11; nenhuma força vital permanece neles. A narrativa não deixa qualquer sugestão a respeito de a quem os ossos poderiam pertencer, mas a figura é de morte com todo o seu horror, intensidade e finalidade.

2.  O significado -  O comentário do povo é um lamento, emitido em forma rítmica tripartite, consistindo, cada declaração, de duas palavras e concluindo com rimas -ênül-ãnü. ( 1) yãbèSü ‘’asmôtênü, Nossos ossos estão secos, é uma declaração metafórica, associando dois elementos comuns nas expressões de lamento dos salmos. (2) wè'ãbèdâ tiqwãtênú, nossa esperança se desvaneceu, interpreta a metáfora. A mesma expressão de desesperança foi usada a respeito da leoa, em 19.5, na perda de seu filhote. (3) nigzarnü lãnü, nós estamos destruídos, reflete o pessimismo deles. O impacto emocional de serem exterminados é pungentemente expressado no SI 88.6-15 (v. port. 3-12). O desalento dos israelitas é óbvio na presente citação. Eles haviam contado com as imutáveis promessas de Yahweh para sua segurança, mas ele os havia abandonado. As sucessivas calamidades de 732, 722, 597 e 586 haviam destruído qualquer resquício de esperança. 12-14 Embora Ezequiel jamais tenha traído seus próprios sentimentos com relação ao desalento dos exilados, a visão dos vv. 1-10 representa a resposta de Yahweh. O v. 12 insinua, pela primeira vez, que essa mensagem de esperança é para os compatriotas de Ezequiel. Ele havia profetizado fielmente aos ossos e ao espírito; agora, ele é ordenado a entregar aos seus companheiros de exílio uma mensagem de esperança da parte de Yahweh. A reação de Yahweh ao lamento se divide em duas partes, correspondendo à refutação e à tese contrária de seus discursos de contestação. Conquanto haja alguma justaposição de ideias, o v. 14 adianta as noções levantadas nos vv. 12,13. Mas o foco permanece, por todo o trecho, em Yahweh, que é o único capaz de trazer esperança a um povo desesperado

3.  As promessas de Deus -  O oráculo dos dois pedaços de pau. Mais uma vez, o profeta fala com a ajuda de uma ação simbólica (cf. 4 :1; 5:1). O Senhor ordena-lhe tomar dois pedaços de pau e neles marcar: Para Judá e Para José. Estes representam os dois reinos dos dias anteriores, antes da Samaria ser tomada pelos assírios sob a liderança de Sargom II (722/1 a.C.) e Israel, o reino do norte, perder a sua identidade. Deve tomar um deles na sua mão direita escondendo uma extremidade no seu punho cerrado. Depois, deve tomar o outro pedaço e juntá-lo ao primeiro, extremidade contra extremidade. Com o punho cerrado, então, segurará a parte onde os do pedaços de pau se unem, e parecerá estar segurando uma longa vara pelo meio. Compreendida a ação, não será necessário pedir qualquer tipo de milagre para aquele ato simbólico. O significado da ação é que, no Israel restaurado, as antigas divisões do norte e do sul serão abolidas e as nações serão unidas na mão de Deus. A sua interpretação, no entanto, levanta certo número de questões controvertidas. Se os habitantes de Israel/Samaria foram espalhados por todo o Império Assírio, há qualquer perspectiva de seus descendentes serem literalmente trazidos de volta, com os exilados de Judá, para a terra prometida? Ou devemos entender que “Israel” consistia simplesmente de homens originários das tribos do norte que se associaram com Judá de tempos em tempos? Ou alegorizamos tudo e o vemos simplesmente como um quadro da igreja, o novo Israel, unido ao reino futuro de Deus? Os problemas se tomam especialmente agudos quando o leitor aborda a passagem com a seguinte pergunta ocupando o primeiro lugar na sua mente: “Esta profecia foi cumprida?” O cumprimento da profecia é uma questão secundária para ser conside: rada depois de solucionada a questão da exegese correta. O que, então, Ezequiel está dizendo?


                II.  SOBRE A DISPERSÃO DOS JUDEUS ENTRE AS NAÇÕES

1.  As diásporas de Israel e Judá  -  Alguns estudiosos fazem a distinção entre os cativeiros e a diáspora. No entanto, filhos de Israel que ficaram nas terras onde eles estiveram exilados por certo contam-se entre os partícipes da diáspora, e muitos autores não estabelecem essa delicada distinção. Seja como for, o termo diáspora refere-se originalmente aos judeus dispersos fora da Palestina, durante os períodos grego e romano. Pequenas comunidades judaicas têm existido fora da Palestina desde que Judá e Israel tornaram-se reinos separados, após a época de Salomão. Atualmente, alguns eruditos usam esse termo para aludir aos judeus dispersos a partir do século IV A.C., quando eles se estabeleceram em Alexandria, no Egito, ou em Antioquia da Síria. Por volta do século II A.C., a diáspora já se estendia por uma vasta área, incluindo a Ásia Menor, o norte da África e Roma. Cícero refere-se a judeus que haviam adotado a cidadania romana, em Roma. Havia comunidades judaicas na Europa, antes mesmo do começo do cristianismo, antes da destruição do segundo templo de Jerusalém. Prolongando-se até os tempos modernos, a dispersão tem envolvido a maioria das nações, entre as quais se destacam a Espanha, Portugal, a França, a Inglaterra, a Alemanha, a Polônia, a Rússia, porções da índia e da China, e, posteriormente, muitos lugares do hemisfério ocidental, incluindo as Américas. Na América do Norte encontramos a maior colônia judaica do mundo, fora da Palestina. Na América do Sul as maiores colônias judaicas acham-se, respectivamente, na Argentina e no Brasil. Apesar de tão disperso, o povo de Israel de algum modo consegue permanecer um elemento distinto na cultura para onde ele emigra, mantendo a sua própria cultura e fé religiosa. O movimento sionista tem feito muitos judeus voltarem para Israel, estado criado em 1948, sob a égide das Nações Unidas. Todavia, há mais judeus vivendo fora da Palestina do que ali, o que significa que continua havendo uma grande diáspora, até os nossos próprios dias.

2.  Renasce Israel   Prossegue Ezequiel: “… um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso”. Aqui temos o movimento [ou reboliço] dos ossos, ou seja, a preparação e a viagem à Terra Santa dos primeiros colonos israelitas, que tiveram de enfrentar grandes dificuldades.    O ajuntamento dos “ossos” vem ocorrendo como segue. Em 1917, ano da Proclamação Balfuor, havia 25 mil judeus na Palestina. Esse número aumentou para 83 mil em 1922 e para trezentos mil em 1935, ano em que Hitler se fortalecia na Alemanha e não escondia o seu anti-semitismo.     Em 1937, a população israelita da Palestina já era de 430 mil. Dois anos depois a Inglaterra proibiu a entrada dos judeus na Terra Santa, deixando-os, dessa forma, à mercê dos nazistas. Em 1945, havia quinhentos mil, e três anos mais tarde, quando Israel proclamou sua independência, número chegava a oitocentos mil. Em 1956, já eram 1,9 milhão [quando ocorreu a segunda guerra árabe-israelense]; em 1967,2,8 milhões. Em 1973,3,3; em 1983, mais de quatro milhões, e no final de 1998, cerca de seis milhões.     “Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito” [v. 8, ARA], Os “tendões” [ou nervos] indicam alianças políticas, militares, o renascimento da língua hebraica e a recuperação econômica, principalmente através dos kibutzim. Kibutzvem da mesma raiz do verbo hebraico “congregar”, usado por jeremias no versículo 10 do capítulo 31 de seu livro.       As “carnes” indicam as estruturas políticas que deram forma à nação em 1948, da mesma maneira como o reboco dá forma à parede.      A “pele” indica proteção e acabamento. Em 1948, faltava a Israel um exército organizado. Hoje, as forças armadas israelenses estão entre as mais bem treinadas e equipadas do mundo. Basta dizer que na guerra-relâmpago de 1967 havia quarenta soldados árabes para cada soldado israelense, e Israel venceu! É evidente que as palavras divinas de Amós 9.15 se cumpriram:  “Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus” [ARA].     Embora todos esses ossos estejam unidos, com tendões, carnes e pele, falta-lhes ainda a vida espiritual, prometida no versículo 14: “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor”[ARA].      Note que a palavra “Espírito” aqui, com inicial maiúscula, refere-se ao Espírito Santo, conforme Joel 2.28,29 e Atos 2.17,18. O povo de Israel somente será cheio do Espírito Santo quando se converter a Jesus no final do “dia da vingança do nosso Deus” [Is 61.2], ou seja, da Grande Tribulação, do “tempo da angústia para Jacó” etc., que culminará com a batalha do Armagedom no final do reinado do anticristo. [Veja estas passagens: Jeremias 30.7; João 3.36; Apocalipse 3.10; 7.14; 11.18].

3.  Restauração nacional (vv. 6-8)  -  Como foi desenvolvido aqui, o processo pelo qual Yahweh irá cumprir sua promessa envolve quatro estágios discretos: ele vai religar os ossos com tendões, cobrir os ossos com carne, revestir a carne com pele, e infundir-lhes fôlego. A sequência, envolvendo ossos, tendões, carne e pele, reflete uma compreensão de anatomia disponível para qualquer um que tenha testemunhado a matança de um animal;' inverte, também, o processo de decomposição. A fórmula de reconhecimento conclusiva dá a este segmento a qualidade de uma declaração de comprovação, realçando que o alvo de Yahweh, ao reviver esses ossos, não é simplesmente uma reconstituição químico-biológica do corpo ou até mesmo a restauração da vida física. Ele deseja reavivamento espiritual: um novo reconhecimento dele e, ao mesmo tempo, um novo relacionamento com ele. 7,8 Estes versos descrevem a submissão do profeta para com a ordem divina e seus efeitos. A sintaxe de Enquanto eu estava profetizando, houve um barulho, um som de chocalho, é deselegante, mas enfatiza a conexão entre a palavra profética e o evento. A declaração, anunciada como a Palavra de Yahweh (v. 4), sinaliza-o para a ação. A construção cria, também, a impressão de que a reconstrução se procedeu rapidamente; osso batendo no osso até que cada um estava no seu devido lugar. O profeta fica perplexo à medida que observa a promessa de Yahweh se cumprindo diante de seus olhos. Num momento crítico, entretanto, o processo parece abortar. A oração circunstancial, no fim do v. 8, identifica o problema - não há fôlego ( rü a h ) nos ossos - e prepara o caminho para a segunda fase da atividade divina


                III.  SOBRE O MILAGRE DO SÉCULO XX

1.  O testemunho de Deus para o mundo -  Porque eu estou contigo, diz o Senhor, para salvar-te. Yahweh está com Seu servo, Seu povo, Seu amado; e salvará a todos eles, individual e nacionalmente (Rom. 11.26). Isso será acompanhado pela temível destruição dos inimigos que os oprimiram. Grandes e revolucionários levantes serão experimentados entre as nações, o que significará a ruina total. Eles terminarão, mas o mesmo não acontecerá ao povo de Israel, embora tantos povos se tenham esforçado para isso. Será aplicada a correção a Israel; haverá intensos sofrimentos, como meio de restauração, e não de destruição. Haverá salvação por meio da dor, e não evitando a dor. Contudo, Yahweh não os exterminará (ver Jer. 4.27; 5.10,18). A punição terá por finalidade corrigir, e não exterminar. Ver Jer. 10.24. Mas o pecado será punido (ver Jer. 25.29; 49.12).      Aceitar que o julgamento divino consiste apenas em retribuição é condescender com uma teologia inferior. Os julgamentos divinos sempre são remediais, e tão severos quanto a necessidade, para que exerçam seu efeito restaurador. Muitas nações desapareceram definitivamente, mas isso não acontece às almas. O plano divino tem permitido que certas nações continuem atravessando séculos. E também há a imortalidade da alma, a provisão superior de Deus.

2.  O status de Jerusalém entre as nações   A Destruição de Jerusalém (21.20-24). Estes versículos se referem ao vindouro julgamento de Jerusalém, e não à Segunda Vinda de Jesus (cf. Lc 19.43,44). Aqui, Jesus enfatiza o perigo que os crentes experimentarão na calamidade. A narrativa de Lucas não inclui todos os detalhes providos em Mateus e Marcos. Nada é dito, por exemplo, sobre “a abominação da desolação” (Mt 24.15; Mc 13.14) e sobre esses dias de julgamento serem encurtados por causa do povo de Deus (Mt 24.22; Mc 3.20). No versículo 6, Jesus predisse a destruição do templo; esta seção enfoca o fim violento da cidade.    Como o crente saberá que a destruição de Jerusalém está próxima? Quando eles virem a cidade sendo cercada por exércitos hostis, eles perceberão que o tempo da devastação está perto. Os exércitos invasores serão o sinal para os fiéis que estiverem dentro e ao redor da cidade fugirem para as montanhas. Seus muros e torres não servirão de proteção contra as forças inimigas. Esse julgamento vindouro será “dias de vingança” (v. 22) pela incredulidade e pecados da cidade contra o evangelho, também cumprindo as advertências de Jeremias e Miquéias contra a deslealdade da nação (Jr 7.14-26; 16.1- 9; Mq 3-12).     A captura de Jerusalém trará sofrimento a todos, sobretudo às mulheres grávidas e novas mães. A destruição será terrível, e a ira (orge, “furor, punição, castigo”) de Deus virá sobre “este povo”, os judeus. Quando Jerusalém cair nas mãos dos gentios, alguns dos defensores da cidade morrerão na batalha, ao passo que outros serão levados como prisioneiros a países estrangeiros. A cidade permanecerá sob controle de estrangeiros “até que os tempos dos gentios se completem”. Deus ordenou quanto tempo os gentios governarão sobre Jerusalém. Quando esse tempo terminar, a cidade será devolvida à custódia dos judeus. Esta profecia de Jesus já foi cumprida parcialmente em nossos dias, pois os judeus repossuíram a cidade. Mas só Deus sabe quando “os tempos dos gentios” terminarão. Quando isto ocorrer, Cristo virá e estabelecerá seu Reino sobre a terra.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do PIX 11980483304 


EU AGRADEÇO OS IRMÃOS QUE TEM CONTRIBUIDO COM ESTA OBRA, DEUS RECOMPENSE À CADA UM DE VOCÊS!!!



                                             BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo viva

Bíblia de Estudo Macthur

Comentário bíblico Antigo Testamento, Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico AT Vol.5, Russel N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Expositivo Warren Wiersbe - editora Geográfica

Comentário bíblico Ezequiel Vol.2, Daniel Block - editora cultura cristã

Comentário bíblico Antigo Testamento Moody

Comentário bíblico Ezequiel, John B. Taylor - editora Mundo Cristão

Enciclopédia de bíblia e filosofia, Russell N. Champlin - editora Hagnos

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Livro Israel, Gogue e o Anticristo, Abraão Almeida - editora CPAD