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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

LIÇÃO 6 A SUTILEZA DAS IDEOLOGIAS CONTRÁRIAS À FAMÍLIA.

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


                        TEXTO ÁUREO

" E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele." (GN 2.18).


                    VERDADE PRÁTICA

Dentre os muitos perigos que a sociedade contemporânea enfrenta estão aqueles de natureza ideológica que planejam destruir a família.


            LEITURA BÍBLICA: GN 2. 18-24        


                                INTRODUÇÃO

Myer Pearlman, na cerimônia de casamento em seu Manual do Ministro, afirma o seguinte: “No jardim do Éden, Deus instituiu essa união a partir do primeiro casal humano, a fim de tomar feliz toda a humanidade. Desde então os seres humanos o têm praticado e, para dar-lhe consistência, o têm legalizado. Pode-se dizer que o casamento é o contrato jurídico de uma união espiritual”. Essa declaração é confirmada na Bíblia e na História.

As Escrituras Sagradas mostram que o casamento foi instituído por Deus no jardim do Éden (Gn 2.18-25) e sancionado pelo Senhor Jesus em sua presença nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2.1-11). O propósito, entre outros, é a felicidade, o companheirismo mútuo do casal e a procriação, a maneira legítima da multiplicação dos seres humanos sobre a Terra.


            I.  FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS

1. Uma instituição divina[…] o casamento é indissolúvel (19.6). O casamento deve ser para toda a vida. E uma união permanente. No projeto de Deus, o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que Deus uniu. Marido e mulher devem estar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte pode separá-los (Rm 7.2; lC o 7.39). O divórcio é uma coisa horrenda aos olhos de Deus. Não há divórcio sem dor, sem trauma, sem feridas, sem vítimas. É impossível rasgar o que marido e mulher se tornaram (uma só carne), sem muito sofrimento. Embora a sociedade pós-moderna esteja fazendo apologia do divórcio, os princípios de Deus não mudaram, não mudam e jamais mudarão. Somente a morte (lC o 7.2), a infidelidade conjugal (19.9) e o completo abandono (lC o 7.15) podem legitimar o divórcio e cancelar o pacto conjugal. O divórcio, portanto, não é apenas antinatural, mas, também, uma rebelião contra Deus e uma conspiração contra a sua lei.

2. A célula mater da sociedade O autor sagrado não nos encoraja a sermos negligentes no tocante a nossos pais. Continuemos a servi-los, na medida do possível. O amor filia! continuará rebrilhando. Mas ele diz: “Sai da casa de teus pais!”. Uma mãe é como a terra natal de um homem. Uma esposa é como um país para onde ele migrou. Ninguém pode viver em dois países ao mesmo tempo. Tal homem ama a ambos, mas sua presença física manifesta-se na sua nova pátria. “Por ordem de Deus, haverá uma conexão mais íntima, entre 0 homem e a mulher, do que pode subsistir até mesmo entre pais e filhos” (Adam Clarke, in loc.).

Uma só carne. Essa afirmação tem sido entendida de várias maneiras, como segue:

Marido e mulher devem ser tidos como um só corpo, em uma verdadeira comunhão de bens, onde nenhum tem direitos separados ou independentes, nem privilégios, nem cuidados, nem interesses: antes, compartilham de tudo, estão interessados pelas mesmas coisas e têm os mesmos alvos. Aristóteles dizia que os verdadeiros amigos são dois corpos com uma só mente; e esse sentimento aplica-se aqui. Vivem para a produção de uma carne, uma referência ao dever e privilégio que têm de se reproduzirem segundo a sua espécie. O termo pode expressar união espiritual. Os dois tornam-se uma única pessoa, embora possuidores de dois corpos. Sua união, pois, é uma união de almas. A união entre os dois é tão íntima que é como se fossem uma só pessoa, uma só alma, um só corpo, 0 que faz contraste com a poligamia, 0 divórcio ilegítimo, toda espécie de imundícia moral, fornicação e adultério” (John Gill, in loc.).

A esposa é o “ego-fémea” do esposo, a sua hetero-identificação.

Usos Deste Versículo no Novo Testamento. Jesus (Mat. 19.5) utilizou este versículo para combater o divórcio, pois quem pode separar aquilo que Deus juntou? Deus junta; o homem separa. Paulo (citando indiretamente) usou o sentimento do versículo a fim de proibir a prostituição, visto que o princípio de uma só carne que deve prevalecer no matrimônio é violado pela intrusão de uma terceira pessoa. Em Efésios 5.31, esse apóstolo citou diretamente o versículo. Primeiro usou o para indicar o casamento literal, e, em seguida, o casamento espiritual de Cristo com a Sua Igreja. Em ambos os casos, ele partiu do pressuposto de alguma espécie de comunhão mística, no âmbito da alma, que une os casais, bem como Cristo à Sua Igreja, o que o vs. 32 dá a entender por meio do termo mistério.


            II. FUNDAMENTOS DA FAMÍLIA CRISTÃ

1. O casamento monogâmico e heterossexual A monogamia declarada

Se no Antigo Testamento a poligamia foi tolerada por Deus, no Novo Testamento a monogamia é a regra doutrinária. Jesus em nenhum momento avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não fosse a monogamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou de forma clara e cristalina sobre esse tema. Escrevendo à igreja de Corinto, formada por judeus e gentios convertidos, deixou claro seu ensino a respeito das relações conjugais (1Co 7.1,2). Ele não disse: “cada um tenhas suas mulheres, ou cada uma tenha seus maridos”; ou, pior ainda: “cada um tenha seu homem, ou cada uma tenha sua mulher”. 

MONOGAMIA – A BASE DO CASAMENTO

A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamos (casamento), ou seja um único homem para uma única mulher. A monogamia é a forma de união prevista no plano original de Deus para o casamento e para a formação da família. Conforme Gênesis 2.24, esta é a síntese do pensamento de Deus acerca do casamento monogâmico: Deixará “o varão” os seus pais “e apegar-se-á à sua mulher” para se unirem sexualmente (“uma só carne”). Ele não previu “o varão” unir-se “às suas mulheres”. Assim, como a Bíblia registra tantos casos de bigamia e poligamia? Devemos lembrar que toda a prática de atos e fatos errôneos resultaram da rebelião contra Deus, induzida pelo Diabo e levada a efeito pelo primeiro casal. A Queda foi o princípio de todas as distorções, tanto no plano espiritual, como na esfera moral, matrimonial, sexual, social e de toda a ordem estabelecida pelo Criador.

2. O casamento indissolúvel e confessionalJá não são mais dois·. A expressão uma só carne indica a união total de duas personalidades à vista de Deus, mas talvez implique também numa verdade metafísica, isto é, que a personalidade humana não se completa enquanto não houver macho e fêmea, ou polos positivo e negativo.

Ê verdade que aqui o grego tem o que Deus ajuntou, e não ·quem*, e que este versículo se refere às relações matrimoniais, e não às próprias pessoas; mas a necessidade de não ser quebra da essa relação implica e exige a Krmanência dos cônjuges em sua união. Segundo o ensino deste versículo, é o criador e preservador da relação do casamento. O matrimônio não é somente uma instituição social e humana. Assim sendo, as regras que regulamentam o casamento não podem ter base nas ideias e preferências humanas, e nem nas exigências ou conveniências sócias. Deus tem— um propósito especial—nesse tipo de união, a qual deve ser também espiritual, e não somente física, ou seja, não deve ter o objetivo único da procriação. Desfazer essa relação é a trair más consequências, não somente para a sociedade, para a família e para os indivíduos envolvidos, mas também para a alma e para o seu progresso na transformação segundo a imagem de Cristo. Juntas, as duas pessoas procuram realizar parte de seus destinos. A negligência nos deveres matrimoniais, ou a rejeição total desses deveres através do divórcio, criam obstáculos ao progresso da alma. Ê óbvio. Pois, que a instituição do casamento é um instrumento usado por Deus para nos instruir. Devemos aprender a cooperar, a abafar nosso egoísmo, a praticar a compaixão, a simpatia, e a assumir responsabilidades. O estado matrimonial ensina, por sua própria natureza, todas essas lições. É possível que Deus tenha em mira outros propósitos metafísicos no matrimônio, isto é. propósitos que afetam o estado da alma neste mundo e no vindouro, mas nas Escrituras não temos muitas informações sobre essa possibilidade. Basta-nos afirmar que Deus põe grande ênfase sobre a permanência do estado matrimonial. Somente a dissolução da carne pode separar o casal, isto é. desfazer a união, com a exceção exclusiva apresentada no vs. 9. A juntou. No grego, literalmente, a palavra significa ungir, termo esse comumente usa do no grego clássico para expressar os laços matrimoniais. Talvez, tenhamos, nesta expressão, a ideia de união que visa cumprir determinados deveres e objetivos comuns, isto é. alvos, propósitos ou trabalhos que ambas as pessoas tomam a responsabilidade de cumprir como um casal-tal como dois animais jungidos cumprem juntamente o serviço que deles é exigido.


                III. A SUTILEZA DA NOVA CONFIGURAÇÃO FAMILIAR

1. Casamento entre pessoas do mesmo sexo Quando Paulo menciona “autoridades superiores” em Romanos 13.1, está referindo-se ao Estado, com seus representantes oficiais. Paulo não defende aqui nenhuma forma específica de governo, mas afirma que esse governo é uma instituição divina. E Deus quem levanta e depõe reis. E ele quem coloca no trono aqueles que governam e os tira do trono. Ele é quem governa o mundo e faz isso mediante as autoridades constituídas. Deus é Deus de ordem, e não de desordem. Ele instituiu o governo, e não a anarquia. Calvino diz que essas “autoridades superiores” não são as potestades soberanas que dominam um império ou ostentam um domínio soberano, mas as que têm alguma preeminência sobre os demais. Refere-se, por conseguinte, às pessoas chamadas magistrados, e não a uma comparação dos distintos magistrados entre si. Leenhardt diz que nossa obediência às autoridades não é servil, mas positiva e crítica. A igreja deve ser a consciência do Estado, alertando-o sempre de seu papel. A autoridade das autoridades possui limites. O Estado não pode ser absolutista, divinizado. Deve ser laico e jamais interferir no foro íntimo das pessoas para escravizar as consciências. A autoridade do Estado é delegada, e não uma autoridade absoluta.

Warren Wiersbe diz que apenas três organizações terrenas foram instituídas por Deus: a família, a igreja e o governo humano. Suas funções não se sobrepõem, e há confusão e problema quando isso acontece. No decorrer dos séculos a relação do Estado com a igreja tem sido notoriamente controvertida. Quatro modelos principais já foram tentados: o erastianismo (o Estado controla a igreja); a teocracia (a igreja controla o Estado); o constantinismo (compromisso pelo qual se estabelece que o Estado favorece a igreja e está se acomoda ao Estado a fim de garantir seus favores); e a parceria (a igreja e o Estado reconhecem e incentivam um ao outro nas distintas responsabilidades dadas por Deus, em um espírito de colaboração construtiva). O último parece o que melhor se encaixa no ensino de Paulo aqui em Romanos 13.

2. Sexualidade não-bináriaIsrael era proibido de pôr em prática os costumes abomináveis dos povos pagãos (vs. 30), e alguma forma de execução capital era o resultado para quem ignorasse as leis. “Na qualidade de um povo santo, separado para ter uma ligação especial com o Senhor, Israel não podia imitar as práticas de outros povos (vss. 24-29; 11.44,45)” (Oxford Annotated Bible, in ioc.). A Legislação Mosaica tinha por intuito separar o povo de Israel dos costumes e das atitudes dos pagãos. Ver as notas introdutórias em Êxo. 19.1, na parte chamada Pacto Mosaico.

“Natureza e Lei. Por muitas vezes têm-se pensado que ‘a volta à natureza’ significa repudiar todas as convenções e proibições quanto a questões sexuais. Mas de fato, povos primitivos tendem por ser excessivamente estritos quanto às regras e proibições atinentes ao casamento. Entre eles, o matrimônio é cercado de tabus. A promiscuidade não é natural para os seres humanos. As proibições deste capítulo seriam meras convenções e tabus, ou representam a lei de Deus? A lei de Deus não pode ser outra senão o cumprimento da natureza com que Deus nos brindou, e as convenções obrigatórias das sociedades primitivas devem ser reputadas como o esforço do homem por entender essa natureza. As proibições constantes neste capitulo abordam aquilo que é desnatural, ou seja, vícios” (Nathaniel Micklem, in ioc).


                IV. PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA UMA FAMÍLIA SÓLIDA

1. O papel dos paisHá três coisas que um pai ou mãe devem a seus filhos: exemplo, exemplo e exemplo. Sem isso, muitos anos de instrução religiosa formal redundam em fracasso.

O profeta Baha Ullah disse, com toda a verdade, que 0 pior erro que um pai pode cometer é conhecer algum ensinamento, mas não transmiti-lo a seus filhos. Existe tal coisa como um “crente-casulo”, ou seja, um crente que foi criado e educado somente na igreja, tal como a larva de um inseto é guardada em seu casulo fechado. Trata-se de uma espécie de “virtude infantil enclausurada”. Uma vez que a larva emerge do casulo, um mundo hostil logo a consome. E também há aquelas corrupções internas que nenhum acúmulo de educação formal é capaz de eliminar. Isso posto, a educação de uma criança precisa ser multifacetada, envolvendo instrução formal, exemplo vivo e muita oração. Ver no Dicionário os artigos Educação no Antigo Testamento e Educação e Moralidade. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo detalhado intitulado Ensino. Um Ensino Completo. A instrução deve ser levada a efeito no lar; quando caminhamos ou viajamos; quando nos deitamos para dormir; quando nos levantamos para começar um novo dia, conforme nos diz o texto. Eu mesmo ensinei disciplinas seculares, por algum tempo, em uma escola judaica. Essa escola (em Chicago) dedicava três horas a estudar disciplinas seculares, pela manhã, e três horas para estudos religiosos, à tarde. Mas quero informar a meu leitor que aquele foi um dos grupos de crianças mais difíceis de controlar que já conheci. Elas “colavam” nas provas, e eram mais difíceis de controlar do que os grupos gentios para quem já ensinei. No entanto, o filho do rabino, um de meus alunos, era um modelo de comportamento, além de destacar-se como líder intelectual. Na verdade, ele era um estudante modelo em todas as coisas, dotado de mui poderoso intelecto. A espiritualidade não se origina somente nos bancos escolares. Na verdade, é uma inquirição que dura a vida inteira. E nessa inquirição a escola desempenha somente um papel parcial. Também as atarás como sinal. Lembretes perpétuos deveriam ser empregados para ajudar na instrução, tanto de crianças quanto de adultos. Breves porções da lei eram postas em pequenas caixas, sobre a mão e sobre a testa. Este versículo talvez reflita uma prática posterior que foi formalizada nos chamados filactérios. Ver a respeito deles na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Antes dessa formalização, provavelmente 0 que os hebreus faziam era atar um pedaço de pergaminho em torno do pulso ou da testa, 0 qual continha um trecho da lei.

Esta passagem deve ser comparada com Deu. 11.21 e Êxo. 13.1-16. A porção escrita amarrada à mão e à testa era, mui provavelmente, 0 Shema (ver 0 vs. 5 deste capitulo), pelo menos na maioria dos casos. E as escreverás. Lembretes perpétuos também eram atados aos umbrais das portas e aos portões, para que ninguém pudesse entrar ou sair sem vê-los. O Targum de Jonathan descreve a prática usada em um tempo posterior. Pedaços de pergaminho com porções da lei eram fixados em três lugares: no dormitório; no umbral da porta; e no portão, no seu lado direito. A isso judeus chamam de Mezuzah. As palavras ali escritas eram o Shema, embora outras porções também pudessem ser usadas. A prática incluía tocar e beijar esses lembretes. Tais coisas, para os supersticiosos e outras pessoas como eles, funcionavam como amuletos e encantamentos, e toda espécie de poder era atrelada a eles. De fato, isso foi desenvolvendo certa variedade de idolatria, embora, presumivelmente, Yahweh fosse honrado por tal prática. É possível alguém usar de lembretes por toda parte, mas ter a lei inscrita no coração é coisa totalmente diferente.

2. O papel da igrejaEste versículo compara o privilégio e o destino dos crentes com os dos que não creem (descritos em 2.8). Os crentes são uma geração eleita, um grupo distinto do resto do mundo, unificado pelo Espírito Santo. Assim como a nação de Israel tinha sido o povo eleito de Deus, os cristãos tornaram-se o povo de Deus, não pelo nascimento físico em uma determinada raça, mas pelo novo nascimento espiritual na família de Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Os crentes também são o sacerdócio real, a nação santa de Deus (Êx 19.6). Ser parte de um “sacerdócio” é uma grande honra para os crentes. Os cristãos falam de “um sacerdócio de todos os crentes”. Na época do Antigo Testamento, as pessoas não se aproximavam diretamente de Deus. Em vez disto, um sacerdote agia como intermediário entre Deus e os seres humanos pecadores. Com a vitória de Cristo na cruz, este modelo mudou. Tora os crentes podem ir diretamente à presença de Deus sem temor (Hb 4.16). Além disto, eles receberam a responsabilidade de trazer outros a Ele (2 Co 5.18-21). Unidos com Cristo como membros do seu corpo, os crentes colaboram com o seu trabalho sacerdotal de reconciliar Deus e as pessoas. “Nação santa” refere-se aos cristãos como um povo que é diferente de todos os outros, devido à sua devoção a Deus. Os crentes são um povo de propriedade exclusiva de Deus (versão RA). Uma linguagem semelhante é encontrada em Êxodo 19.5 e em Malaquias 3.17. O povo de Deus é formado por aqueles que são fiéis a Ele; portanto, isto refere-se aos cristãos. O povo especial de Deus deve anunciar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Os cristãos foram redimidos com um objetivo especial – glorificar e louvar aquele que os tirou das trevas do pecado e do seu ambiente hostil para a luz da vida eterna.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                                        BIBLIOGRAFIA


Bíblia de estudo Viva

Bíblia de estudo King James Atualizada

Livro Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia. Esequias Soares, Editora CPAD.

Livro A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Elinaldo Renovado, Editora CPAD. 

Comentário bíblico Mateus, Hernandes dias Lopes, ed. Hagnos

Comentário bíblico Romanos, Hernandes dias Lopes, ed. Hagnos

Comentário N.T. Interpretado Versículo por versículo, Russel N. Champlin - ed. Hagnos

Comentário A.T. Interpretado Versículo por versículo, Russel N. Champlin - ed. Hagnos

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

https://professordaebd.com.br/6-licao-3-tri-22-a-sutileza-das-ideologias-contrarias-a-familia/



segunda-feira, 25 de julho de 2022

LIÇÃO 5 - A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO.

                    

Profº Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.


                TEXTO ÁUREO 

"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis." (RM 1.20)


                VERDADE PRÁTICA

Tanto o materialismo quanto o ateísmo são expressões máximas de um coração endurecido pelo pecado e de olhos cegados por Satanás.


        LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: RM 1. 18-23



                            INTRODUÇÃO

    Veja o que está acontecendo nos Estados Unidos.

Ali, surgiu um movimento de contra-ataque a essa onda liberal, demonstrando a cosmovisão cristã como (1) a alternativa mais coerente para entender a vida e (2) um movimento sadio de contra-cultura com um sólido arcabouço científico. Resultado? Os ateus e liberais, pegos de surpresa pelas fortes argumentações da cosmovisão cristã, têm se esforçado desesperadamente para esconder ou minimizar essas argumentações e desacreditar o cristianismo como nunca antes fizeram em toda a história daquele país. Já estão, inclusive, apelando, partindo para um ataque baixo, nervoso, emocional e intolerante. Vamos aos nomes. Recentemente, três cientistas norte-americanos de destaque internacional lançaram livros pedindo exatamente o fim da religião. Não que eles pensem, ingenuamente, que um dia não mais existirão religiões no mundo, mas seus ataques pretendem influenciar o aumento das mordaças sobre a fé, para que ela perca a sua relevância. Para esses cientistas, o maior mal do mundo atende pelo nome de “religião” ou “fé”. Principalmente “fé cristã”. O primeiro foi o zoólogo britânico Richard Dawkins, um dos mais conhecidos pesquisadores do evolucionismo. Ele publicou em setembro de 2006 o livro The GodDelusion (publicado no Brasil sob o título “Deus, um delírio”), com base em um documentário que fez para a tevê britânica.

Logo em seguida, ainda em 2006, o neurocientista norte-americano Sam Harris lançou Letter to a Christian Nation (Carta a uma Nação Cristã). Sua obra tenta desafiar a fé cristã, criticando-a com frágeis argumentos pró-ateísmo. O último, publicado em novembro de 2006 (e no Brasil em dezembro), é do filósofo norte-americano Daniel Dennett. Chama-se Breaking the Spell (Quebrando o encanto: a religião como fenômeno natural), e pretende explicar o surgimento da fé e o papel das religiões. Como define matéria publicada na revista Época, edição 443, de 13/11/06 (A igreja dos novos ateus), a mensagem central das três obras é que “a religiosidade faz mais mal do que bem à humanidade”.

Isto é, “Se não conseguimos vencê-los no debate, vamos eliminá-los!”

Bem “sadio”, não?

São essas ideias que têm sido propaladas hoje em dia, contando com todo o apoio da mídia, às vezes veladamente, às vezes não. Não estou dizendo com isso que creio que o mundo vai se tornar menos religioso devido a esses ataques. Não, o problema não é esse. A maioria dos seres humanos sempre será religiosa. O problema está na influência desse discurso anti-religioso nas decisões políticas que afetam a sociedade como um todo. Essas ideias liberais anti-religiosas estão embutidas em atos políticos, em omissões descabidas ou em projetos de lei que vez por outra aparecem propondo limites à liberdade religiosa e criando mecanismos inibidores da proclamação da mensagem do evangelho em sua integralidade.


                   I. COMPREENDENDO O MATERIALISMO E O ATEÍSMO

1. O materialismo - O materialismo é aquela doutrina filosófica que diz que as únicas coisas que existem são substâncias materiais. Os fenômenos mentais, a consciência, as sensações e os sentimentos são explicados como modificações da substância material-sem a introdução de substâncias mentais ou espirituais distintivas. Naturalismo. Esse é apenas um outro nome para a forma mais radical de materialismo. Todas as coisas são constituídas de matéria, e nada existe que não seja apenas átomos em movimento. O que existe é a matéria.

O que sucede é apenas matéria em movimento. Portanto, a existência consiste nos átomos em movimento. Naturalismo Critico. Esse sistema procura evitar o sobre naturalismo, afirmando que a verdade pode ser que não podemos reduzir tudo ao princípio material. Assim, temos de considerar a possibilidade da de coisas como a mente e alguma substância imaterial. Mas, se tal substância existe, então ela deve ser concebida como algo natural, e não sobrenatural, como parte integral do nosso próprio mundo, e não algo fora do mundo. Essa posição nega o substancialismo, uma ideia fundamental do problema corpo-mente, O substancialismo assevera que a alma é uma substância que não pertence à ordem natural das coisas, antes, ela teria vindo de longe, e, finalmente, volta para longe, para o mundo de luz. Segundo esse ponto de vista, o homem é um ser transcendental, embora cativo por algum tempo (principalmente por razões morais), a um corpo físico. Materialismo prático. Apesar de talvez existirem Deus, os espíritos, as almas, seres e acontecimentos imateriais, para os que assim pensam a única coisa que importa neste mundo são os eventos materiais. Até mesmo certos crentes são materialistas práticos.

2. O ateísmo - A palavra vem do grego a, «não», e theos, «Deus». Ê a descrença na existência de um deus, Deus ou deuses específicos, a descrença em conceitos que os homens têm de deus, Deus ou deuses. Ou então, é a negação de qualquer realidade sobrenatural.

  1. Descrença nos deuses populares. Sócrates, que pendia para o monoteísmo, era um ateu (ou talvez, um agnóstico), no tocante à multidão de deuses da sociedade ateniense. Outro tanto se dava com Platão. Os pagãos chamavam os primeiros cristãos de ateus.
  1. De modo geral, a descrença no tipo de deus, Deus ou deuses que os homens imaginam. Assim, alguém pode declarar-se ateu em relação ao Deus das batalhas, apresentado em alguns trechos do Antigo Testamento, mas não um ateu que não creia na existência de Deus, em alguma apresentação refinada.
  2. A rejeição dos deuses da superstição, incluindo o Deus do Antigo e do Novo Testamentos, quando se pensa estar Ele em foco. Xenófanes, Heráclito e outros, nos tempos antigos, assim diziam, sem incluírem o Deus da Bíblia. Freud achava que a origem da religião é a neurose das massas, e outros têm visto na religião um instrumento para controle das massas. Tais individuas, é óbvio, não têm conceito de um Deus vivo. Pode-se incluir o marxismo dentro dessa classificação geral.
  3. No positivismo logico. ~ tolice falar sobre a existência de Deus, de modo positivo ou negativo. Não temos percepção, e, portanto, não temos conhecimento de Deus. Ele pode existir ou não, mas não é. Um objeto de nosso conhecimento, pelo que é um desperdício de tempo participar da controvérsia do teísmo contra o ateísmo. Ambos afirmam-se conhecedores de informes que não possuem. O ateísmo diz que o conhecimento sobre Deus existe, mas é negativo. Portanto, Deus não existe. O teísmo, por sua vez, afirma que tal conhecimento existe, e é positivo. Portanto, Deus existe. O positivismo lógico diz que ambos estio equivocados, pois o conhecimento de Deus não é disponível. No positivismo temos um ateísmo prático, mas não te6rico. Deus não teria sentido para a vida, não sendo um fator que determina as ações, e assim sendo, para-todos os efeitos práticos, pode ser considerado inexistente.
  1. Ateísmo prático-moral. Admite-se a existência teórica de Deus, um postulado necessário para explicar causa, desígnio, etc. Mas a existência de Deus não exerce qualquer influência sobre a vida, não sendo um fator determinante na escolha e na ação. Deus não é uma força moral. As decisões são tomadas sobre outras bases. Até mesmo alguns cristãos professas são ateus práticos.
  1. Ateísmo panteísta: Deus é a alma do universo e o universo é o corpo de Deus. Tudo é Deus. Do ponto de vista judaico-cristão, o panteísmo é uma forma de ateísmo.
  2. Deus como o Espírito Absoluto, como dizia Hegel. Deus é um tipo de força cósmica, que une em tomo de si todas as coisas, sendo a fonte de todas as coisas, embora não seja uma pessoa, em qualquer sentido. Muito menos é uma pessoa em três: Pai, Filho e Espirito Santo. Essa forma de filosofia segue o ateísmo, a julgar pelos padrões cristãos, porquanto não reconhece o tipo de Deus que tem sentido para os cristãos. Porém, isso não nega que há discernimentos quanto à natureza de Deus, nessas especulações.
  3. Ateísmo naturalista. Não há tal coisa como algo fora da natureza, e na natureza não encontramos deus, Deus ou deuses. Não há o sobrenatural, pelo que não há Deus, em termos convencionais.
  4. Ateísmo politeísta, Se há uma multidão de deuses, então não há um verdadeiro Deus em contraste com deuses falsos. Pois, para nós, Deus indica um ser distinto de todos os outros seres, muito mais elevado.

O politeísmo destrói o caráter distinto de Deus, pelo que é uma forma de ateísmo.

  1. Ateísmo absoluto. Deus não existe, sob qualquer definição. Não há deus (ou Deus) na terminologia sofisticada da teologia ou da filosofia. Toda ideia de Deus é vã. Não há deus (ou Deus) conforme insistem que há tanto o judaísmo como o cristianismo, em suas respectivas doutrinas.



                    II. RAÍZES DO MATERIALISMO E ATEÍSMO

1. A consequência do pecado - Primeiro, volta-se ao v. 15: E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. O fato de a idéia retornar uma terceira vez no v. 23 mostra um interesse decidido da parte de Jesus em mostrar que, quando diz que os males vêm “de dentro” do homem, ele não está investindo contra malvados notórios, mas pensa em nós todos. Primeiro ele esclarece o que significa “de dentro do homem”: Porque de dentro, do coração. Trata-se do ser humano como tal. Já ali, no coração, o mal o ataca, não só depois, com alimentos e coisas. Já ali, na decisão fundamental, ele se alia ao mal e se torna parque de diversões de paixões e desvios egoístas. Nós não agimos com maldade depois de apertados, empurrados, atraídos de fora, antes, “sois maus”, diz o Senhor (Mt 12.34). “Maus” tem o sentido de dissonância gritante, de degeneração, comparada com a condição normal. Em nossa essência fomos criados para a dignidade, mas na verdade só produzimos todas as coisas feias imagináveis: Procedem os maus desígnios, que tomam posse dos olhos, das orelhas, das palavras, das mãos e dos pés, criando assim fatos da falta de liberdade e de pureza: a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Aqui está o problema: enquanto nós revolucionamos, reformamos e disciplinamos furiosamente, nosso coração continua longe de Deus e do nosso próximo. O fato de passarmos tão ao largo do problema, apesar de ele se manifestar de modo tão imediato e irrefutável, pode ser um sintoma da nossa negação irada e do desespero secreto. Praticamente tudo podemos mudar, só não o coração errado e incapaz de achegar-se a Deus. Não há quantidade de água que ajude, o muito lavar de mãos não fará o coração servir a Deus. Mas o fato de Jesus abordar este tema de modo tão franco é um sinal da sua autoridade transformadora: Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.

2. A cegueira espiritual - William MacDonald ilustra essa verdade dizendo que em nosso universo físico, o sol está sempre brilhando.

Contudo, nem sempre nós o vemos brilhar. A razão disso é que algumas vezes, nuvens densas se interpõem entre nós e o sol. Assim acontece com o evangelho. A luz do evangelho está sempre brilhando. Deus está sempre buscando resplandecer sua luz nos corações dos homens. Mas Satanás põe várias barreiras entre os incrédulos e Deus. Pode ser a nuvem do orgulho, da rebelião, da justiça própria ou centenas de outras coisas. O diabo ataca os incrédulos com a cegueira espiritual. Assim como os judeus tinham um véu sobre o coração que só era removido pela conversão (3.15,16), assim também, ainda hoje, o diabo que é o príncipe das trevas (Ef 2.2), mantém os incrédulos sob um manto de trevas para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Os que estão perdidos não são capazes de entender a mensagem do evangelho, pois Satanás os mantém em trevas. Warren Wiersbe diz que o mais triste é que Satanás usa mestres religiosos (como os judaizantes) para enganar as pessoas. Ray Stedman diz que o deus deste século conseguiu acostumar os incrédulos a viver com ilusões. Eles são levados a crer em fantasias e a considerar ilusões como sendo realidades. 


                    III. PRESSUPOSTOS DAS DOUTRINAS MATERIALISTAS E ATEÍSTAS

1. Negação da existência de Deus - A negação das pessoas em relação à sua própria consciência da existência de Deus é o que as deixa sem desculpas. Quando Paulo diz que elas conheciam a Deus [tendo conhecido a Deus], ele não estava descrevendo um conhecimento que podia salvá-las, mas um conhecimento que simplesmente reconhecia a existência de Deus. Ele estava descrevendo uma consciência da existência de Deus, que, se não suprimida, seria estimulada por Deus. Mas como os seres humanos, de fato, suprimiram a verdade sobre Deus, as seguintes calamidades se seguiram: (1) eles não o glorificaram como Deus; (2) eles não lhe deram graças; (3) nessa carência, começaram a ter ideias tolas a respeito de como Deus é; e (4) no final o seu coração insensato se obscureceu. Quando as pessoas se recusam a reconhecer Deus como Criador, elas também falham em glorificar ou agradecer a Ele pelas suas dádivas – alimento, roupa, abrigo e até mesmo, a própria vida. Quando elas negam a Deus, abrem a porta para o mal. Omitir o que é bom, inevitavelmente conduz a comprometer-se com o mal. A ingratidão pode parecer algo pequeno, mas ela dá início à espiral descendente que leva à depravação. Esquecer-se de agradecer a Deus por tudo que Ele é, e por tudo que Ele fez, revela um egoísmo perigoso. Isto causa pensamentos e planos fúteis, trevas, orgulho, cegueira, e finalmente a completa separação de Deus que irrompe em um dilúvio de pecados.

2. Negação de que o homem é um ser singular - À nossa imagem. Os animais foram criados “conforme a sua espécie”, Mas o homem foi criado ״conforme a espécie de Deus”, ou seja, de acordo com a Sua natureza, o que prevê a final participação do homem na natureza divina. Esse é o nosso mais elevado conceito religioso. Paulo foi quem o desenvolveu. Há muitos mistérios ligados a ele. A imagem (no hebraico, selem) fala sobre a imagem mental, moral e espiritual de Deus, O homem veio à existência compartilhando de algo da natureza divina: e em Cristo, essa imagem é grandemente fomentada, a ponto de os salvos virem a compartilhar da natureza divina, em um sentido finito, mas real. Os atributos de Deus como Sua veracidade, sabedoria, amor, santidade e justiça passam a ser atributos dos salvos, posto que parcialmente. Isso eleva o homem muito acima do reino animal.


                IV. RESPONDENDO AO MATERIALISMO E AO ATEÍSMO

1. Afirmando as verdades da Bíblia - O escritor divide a história em dois segmentos ou eras: antes de Cristo e depois de Cristo. Ele chama o tempo anterior a Cristo de antigamente. Durante aquela época, Deus usou profetas para revelar a sua mensagem ao povo. Os leitores judeus originais da carta teriam se lembrado de que Deus havia Mado muitas veres e de muitas maneiras aos seus pais, durante os tempos do Antigo Testamento. Deus havia falado a Isaías em visões (Is 6), a Jacó, em um sonho (Gn 28.10-22), e a Abraão e Moisés, pessoalmente (Gn 18; Êx 31.18). Deus havia ensinado Jeremias através de lições ilustrativas (Jr 13) e havia ensinado o povo através do casamento de um profeta (Os 1—3). Em outras passagens. Deus havia revelado a sua direção ao povo através de uma coluna de nuvem e uma coluna de fogo (Êx 13.21) e os havia guiado nas tomadas de decisão através do Urim e do Tumim (veja Êx 28.30; Nm 27.21). 1.2 O mesmo Deus que falou através dos profetas havia falado agora pelo Filho, ou seja, através de Jesus Cristo. Jesus completou e cumpriu a mensagem que foi originalmente trazida pelos profetas e pelos patriarcas. A frase “a quem Deus constituiu herdeiro de tudo” refere-se a Jesus como um herdeiro que assumirá a sua posição como príncipe do novo Reino. Referir-se a Cristo como o herdeiro lhe confere a mais elevada honra e posição. Agora Cristo está assentado à destra da Majestade, nas alturas. Citando Salmos 110.1 o escritor combinou dois pensamentos do Antigo Testamento, expressando a grandeza de Deus e a posição de Cristo. Assentar-se à destra de um monarca era ser o “segundo no comando” – literalmente, “o braço direito”.

Isto oferece um retrato do poder e da autoridade de Cristo sobre o céu e a terra (veja também Mc 16.19; Rm 8.34). Salmos 110.1 é um texto crucial e proporciona uma força condutora neste livro. E a única passagem na Bíblia Sagrada onde outra pessoa além de Deus é descrita como entronizada em poder. Este versículo tornou-se um dos textos principais para a igreja primitiva, que o utilizou como um argumento para a divindade de Cristo.

2. Fazendo uso correto da razão - A fé cega, que não raciocina, é uma violação da integridade da personalidade humana, que é uma unidade complexa. Uma das muitas capacidades da personalidade humana é a do raciocínio, e todas as capacidades humanas devem ser empregadas na busca pela verdade.

Embora a razão não crie revelações, estas devem ser examinadas pelo poder da razão.

  • A razão é uma guardiã da alma, capaz de anular um falso misticismo, falsas ideias e os exageros de pessoas religiosas imaturas.
  • A razão autêntica pesquisa humildemente em busca da verdade. A arrogância não é uma qualidade necessária da intelectualidade.
  • A razão é aliada da verdadeira fé. A razão e a fé são instrumentos de inquirição e descobrem as mesmas verdades. No caso de certas verdades, a razão pode encontrá-las com maior facilidade; por outra parte, a fé pode descobrir certas verdades com mais facilidade do que a razão. E também hâ verdades que requerem a utilização tanto da razão quanto da verdade.
  • A razão tem-se mostrado especialmente valiosa na busca por definições e provas de imortalidade, uma grande verdade religiosa. Ê bom crer, e ainda é melhor saber por qual motivo cremos.
  • Algumas mentes sentem-se mais à vontade com a razão do que com a fé, e, para elas, a razão é o melhor caminho.
  • A razão é especialmente eficaz em campos como a ética e metafísica. Sem algumas ideias verdadeiras (que precisam ser testadas), não podem subsistir nem a ética e nem a religião metafísica.
  • A fé (no caso de pessoas extremamente místicas) pode ser exagerada, manipulada por grande variedade de sistemas religiosos, alguns dos quais obviamente falsos, enquanto que outros sistemas contêm muitas ideias falsas. Pensemos sobre as muitas seitas cristãs que têm surgido com base em falsas reivindicações místicas A razão precisa dar sua contribuição, em algum ponto do caminho. Naturalmente, acima da razão precisamos testar empiricamente as ideias, sendo essa apenas uma outra maneira de obtermos conhecimentos. Ver o artigo geral intitulado Autoridade, quanto à teoria das fontes múltiplas da verdade.
  • Todos os dons de Deus são excelentes, e muito devem ser desejados e buscados. O poder da razão, que se origina no intelecto, é um dos preciosos dons de Deus. Desprezar esse dom é um absurdo. Aristóteles considerava Deus como o Intelecto. E todos os homens são intelectos, criados à imagem do Grande Intelecto. Isso faz parte da herança humana, que é uma pessoa espiritual. Ê um erro crasso desprezar essa herança divina que possuímos.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                        BIBLIOGRAFIA

Bíblia king James Atualizada.

Bíblia Almeida século 21.

A Sedução das Novas Teologias. Silas Daniel - Editora: CPAD.

Comentário Esperança Evangelho de Marcos, Adolf Pohl - Editora Evangélica Esperança.

Comentário bíblico  II Coríntios O triunfo de um homem de Deus diante das dificuldade, Hernandes Dias lopes - Editora Hagnos.

Comentário bíblico Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

https://professordaebd.com.br/5-licao-3-tri-22-a-sutileza-do-materialismo-e-do-ateismo/#comment-411

segunda-feira, 18 de julho de 2022

LIÇÃO 4 - A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO.

                                    

Pb. JUNIO - Congregação Boa Vista II.

 

                                TEXTO ÁUREO

 "Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem." (MT 19.6)

                                  VERDADE PRÁTICA

O padrão bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e indissolúvel.


    LEITURA BÍBLICO: MT 19.1-9



                    INTRODUÇÃO            


Isso não significa que a Igreja seja obrigada a admitir o divórcio por qualquer motivo, salvo no caso das pessoas que só conheceram a Jesus quando já estavam nessa situação (Jo 6.37). Nem tudo o que é legal é ético: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém” (ICo 6.12). As bases para o divórcio nas culturas judaica, grega e romana eram frouxas; entretanto, o Senhor Jesus e o apóstolo Paulo não se deixaram influenciar pela legislação vigente. Mas a Igreja precisa pronunciar-se sobre o assunto, uma vez que o Senhor Jesus lhe conferiu essa autoridade (Mt 16.19; 18.16-18). As igrejas, os ministérios ou as convenções devem estabelecer critérios embasados na Palavra de Deus. Resumindo o que vimos até agora, existem duas linhas opostas sobre o divórcio: uma que crê que Jesus revogou o divórcio previsto em Deuteronômio 24.1-4; outra que admite que o Novo Testamento permite o divórcio em situações excepcionais, já discutidas. Analisando o divórcio à luz da Bíblia, vimos que ele estava previsto na lei de Moisés e era realizado nos tempos do Antigo Testamento. Era uma prática comum nas comunidades judaica, grega e romana, nos dias do ministério terreno de Jesus e de seus apóstolos. Vimos também que o divórcio está amparado pelo Novo Testamento nos seguintes casos: prática de prostituição (Mt 5.31,32; 19.9) e impossibilidade de reconciliação entre os cônjuges em casais mistos, desde que a iniciativa seja da parte descrente (1 Co 7.15). Fora isso, o divórcio será adultério, caso o divorciado ou a divorciada contraia novas núpcias.


            I. O DIVÓRCIO NO CONTEXTO BÍBLICO

1. O divórcio no contexto do Antigo Testamento O clímax desses debates aconteceu pouco antes do nascimento de Cristo. Havia nos dias de Herodes, o Grande, dois rabinos que fundaram escolas: um deles chamava-se Shammai, extremamente radical, e o outro, Hillel, liberal. Eles discutiram sobre o assunto.

Shammai insistia dizendo que o divórcio seria legítimo somente em caso de adultério. A Mishná afirma que Shammai interpretava a expressão “coisa indecente” como pecado imoral (Gittin IX. 10). Ainda há muitos que pensam dessa maneira, acreditando que tal expressão diz respeito ao pecado pré-marital. O adultério era punido com a morte: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv 20.10); “Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel” (Dt 22.22). Se ambos, adúltera e adúltero, deviam ser apedrejados, logo não havia espaço para o divórcio. Visto que essa mesma lei se aplicava também ao pecado pré-marital: “Porém, se este negócio for verdade, que a virgindade se não achou na moça, então, levarão a moça à porta da casa de seu pai, e os homens da sua cidade a apedrejarão com pedras, até que morra; pois fez loucura em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai; assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 22.20,21), tal interpretação é inconsistente.

Hillel, por outro lado, insistia que o divórcio podia ser aprovado por qualquer razão apresentada pelo marido. Relacionava a expressão “coisa indecente” a qualquer coisa de que o marido não gostasse na mulher. O rabino Akiva (falecido em 132 d.C.) interpretava a referida “expressão” como tendo o homem direito de se divorciar de sua mulher, caso encontrasse outra mais bonita. Alfred Edersheim, citando a Mishná, diz que “coisa indecente” para Hillel era “no sentido mais amplo possível, e declarava que havia base para 0 divórcio, se uma mulher perdia o jantar do seu marido” (EDERSHEIM, vol. 2, 1989, p. 280). Por exemplo, continua Edersheim, se passasse a achar feia a sua mulher, isso era considerado “coisa indecente”. Se a comida preparada por ela já não 0 agradasse, era também tido como “coisa indecente”. Assim, o homem se divorciava quando quisesse.

2. O divórcio no contexto do Novo Testamento - O divórcio a que Jesus se refere é o mesmo da lei de Moisés (Dt 24.1-4), o que significa permissão para novas núpcias, pois ele disse: “E qualquer que casar com a repudiada comete adultério” (v. 32b). Considerava a existência do novo casamento. Ele repete essa observação na discussão com os fariseus (Mt 19.9). A lei não proíbe as novas núpcias da parte culpada no divórcio, pois a mulher em quem foi encontrada “coisa feia” tinha a mesma permissão para se casar outra vez (Dt 24.1,2). Jesus, contudo, não deixou a situação da mesma maneira que Moisés, já que a parte culpada estará em adultério se contrair novas núpcias, bem como o cônjuge, o seu novo cônjuge estará também em adultério (Mc 10.11,12). Não são poucos os que recusam a aceitar a autenticidade da cláusula de exceção: “a não ser por causa de prostituição”. Afirmam que se trata de interpolação posterior acrescentada por copistas ou escribas. Essa era a grande controvérsia das escolas rabínicas, principalmente das disputas entre os seguidores de Hillel e os de Shammai. Os fariseus queriam saber de qual deles Jesus seria partidário, porém o Mestre foi mais profundo, desconsiderou totalmente essas escolas rabínicas e reivindicou a Palavra de Deus. A pergunta era sobre a base para o divórcio, entretanto Jesus começou a sua resposta pelo casamento, levando as autoridades judaicas à Palavra de Deus. Nos w. 4-6 vemos que o Senhor Jesus foi além da letra, baseando-se no espírito da lei de Moisés. Ele recorreu aos propósitos originais de Deus com relação ao casamento estabelecido desde o princípio. Primeiro ele combinou as palavras de Gênesis 1.27, “macho e fêmea os criou”, com as de Gênesis 2.24, “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (w. 4, 5), mostrando com isso que Deus é o Criador também da sexualidade humana e que o casamento é uma ordem divina.

Ambos são de origem divina. Ele também afirmou que o texto sagrado da criação diz respeito à indissolubilidade do matrimônio, com as seguintes palavras: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (v. 6). A expressão de Jesus em foco diz respeito ao propósito divino e original para o casamento. Diante da resposta de Jesus, que provou nas próprias Escrituras dos judeus que Deus instituiu o casamento originalmente indissolúvel, perguntaram-lhe os fariseus: “Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?” (v.7; Mc 10.4). Jesus já havia dito que o divórcio nunca esteve no propósito divino e que Moisés não mandou nem estabeleceu esse repúdio, mas simplesmente o permitiu. Os fariseus queriam saber por que isso estava na lei de Moisés e Jesus respondeu: “Por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio” (v. 8). As autoridades judaicas eram incapazes de compreender entre a vontade absoluta de Deus (Gn 1.27; 2.4) e a provisão legal como concessão temporária ao pecado humano (Dt 24.1-4).

A palavra grega usada para “dureza de coração” é sklêrokardia, formada das palavras skleros, “seco, duro, áspero, dificultoso, exigente” que diz respeito ao homem extremamente obstinado, e kardia, “coração”. Essa combinação só aparece no grego bíblico, tanto no Novo Testamento grego como na LXX (Dt 10.16; Jr 4.4). Com isso Jesus dizia que o divórcio estava fora do plano de Deus desde o princípio. Ele mostrou que se trata de uma concessão ao pecado humano como provisão da misericórdia divina para limitar os danos procedentes da pecaminosidade humana. Podia servir, por exemplo, como saída honrosa numa situação de infidelidade (Mt 1.19). Uma vez que a mulher era considerada um objeto, que podia até ser comprada por alguém, o divórcio veio como válvula de escape, como proteção para ela. Jesus restaurou a posição da mulher, reconhecendo o seu direito de se divorciar do marido, conforme previam as legislações romana e grega (Mc 10.11,12). Assim, ele conferiu à mulher os mesmos direitos do homem, conforme o plano de Deus no princípio. O adultério é um dos efeitos da queda no Éden. Todo o adultério é pecado, mas nem todo o pecado é adultério. O segundo casamento depois do divórcio é adultério, são palavras do Senhor Jesus; portanto, é um risco muito grande alguém querer se aventurar nessa inglória empreitada. É um casamento que estará sob contínuo julgamento divino.


            II. A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO

1. O divórcio no seu aspecto legal - No Brasil, a partir da Constituição de 1967, com o advento da Emenda Constitucional de 28 de junho de 1977, foi permitido, de forma muito tímida e restrita, o instituto do divórcio. Para regulamentar o referido dispositivo constitucional foi editada a Lei n° 6.515/1977, que passou a disciplinar todos os procedimentos para a efetivação do divórcio, cujo pedido, à época, podia ser formulado por uma pessoa somente uma vez.

Só com o advento da Constituição Federal de 1988 é que a matéria foi institucionalizada, tendo o texto magno inserido este instituto de forma positiva no ordenamento jurídico nacional. A Constituição Federal vigente trata do divórcio no seu Art. 226, parágrafo 6.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu que a Lei n° 6.515/1977, com as modificações que lhes deram as Leis n° 7.841/1989 e n° 8.408/1992, foi admitida na atual ordem constitucional do país. O Código Civil vigente (Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002) também disciplinou a matéria a partir do Art. 1.571 até o Art. 1.582. Dando um passo em direção à celeridade processual, foi editada a Lei n° 11.441 /2007, a qual autoriza que a separação e o divórcio consensuais, assim como a partilha de bens, em que não haja interesse de menores, sejam feitos diretamente em cartório, desde que com a presença obrigatória de advogado.

2. O divórcio no seu aspecto moral - A CGADB só reconhece o Divórcio no âmbito ministerial de seus membros nos casos de infidelidade conjugal, previstos na Bíblia sagrada e expressos em Mt. 5:31-32; 19:9, devidamente comprovados. As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do Ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio. Esta CGADB não reconhece, no âmbito da vida ministerial de seus membros, a situação de União Estável. O Ministro, membro desta CGADB, divorciado nos termos do disposto no art. 1º. desta Resolução ou no caso onde a iniciativa do divórcio partir da sua esposa (1Co 7.15), poderá permanecer ou não, na função ministerial, decisão essa que ficará a cargo da Convenção Estadual da qual é filiado, facultando-se lhe o direito de recurso para Mesa Diretora e para o para o Plenário desta Convenção Geral. O Ministro, vítima de infidelidade conjugal por parte de sua esposa, poderá contrair novas núpcias, respeitados os princípios bíblicos que norteiam a união conjugal, nos termos da permissibilidade concedida por Cristo, em Mateus 5.31 e 32; 19.9, ficando cada caso a ser examinado e decidido pelas Convenções Estaduais. Quando o Ministro der causa ao divórcio, a sua permanência ou retorno ao ministério dependerá de exame e decisão da Convenção Estadual, facultando-se lhe ampla defesa, sendo-lhe também assegurado recurso para a Mesa Diretora e para o plenário da Convenção Geral. O Ministro, membro desta CGADB que acolher Ministro divorciado sem a observância do disposto na presente Resolução, será responsabilizado disciplinarmente, no âmbito desta Convenção Geral. Ficam os Presidentes de Convenções e demais membros desta CGADB autorizados a divulgar entre a membresia das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus em todo o território nacional, o inteiro teor desta Resolução.

Uma análise dessa resolução da CGADB demonstra pelo menos três coisas:

  1. O divórcio é permitido entre pastores no caso de infidelidade conjugal por parte da esposa;
  2. A decisão de o ministro continuar ou não no exercício da prática pastoral ficará a cargo de cada convenção regional/estadual da qual o ministro é membro;
  3. O reconhecimento ou não do direito a um novo casamento dependerá de aprovação da convenção regional da qual o ministro faz parte.

Esse documento mostra que, por não haver unanimidade em torno desse assunto na esfera convencional, a CGADB admitiu a possibilidade do divórcio entre pastores nos casos especificados, mas deixou a cargo das convenções regionais decidirem sobre o assunto. Isso porque enquanto algumas convenções são mais liberais em torno do divórcio, admitindo-o entre seus ministros, outras são bem mais conservadoras, não aceitando em seus quadros ministros divorciados. Um exemplo claro dessa última posição pode ser vista na resolução que a CEADEP, Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Piauí, que em 2019 publicou uma resolução sobre o assunto:

Esta Convenção não aceita o divórcio entre seus ministros em qualquer hipótese, e o que vier a se divorciar por qualquer motivo, será imediatamente suspenso de suas atividades e desligado da CEADEP.

Fica claro que essa resolução da CEADEP parte do princípio de que, mesmo sendo legal um ministro do evangelho se divorciar, contudo, não é moral a sua permanência à frente de uma igreja. Esse entendimento, entretanto, como já foi mostrado, não é unanimidade no Brasil assembleiano. Há convenções que acreditam que a resolução da CGADB concernente ao divórcio é inteiramente legal e mais justa e por isso a seguem. No que tange ao divórcio de pastores, a recomendação dada pela CGADB na sua resolução parece ser o melhor caminho a trilhar: “As Convenções Estaduais deverão esgotar todos os esforços possíveis no sentido de promover a reconciliação do ministro e sua esposa, antes de serem ajuizadas Ações de Divórcio”.


            III. O DIVÓRCIO E APRÁTICA PASTORAL

1. A pessoa do divorciado - Tristeza e depressão

Passar pelo divórcio provavelmente seja a coisa mais difícil que já tenha lhe ocorrido. Sejam quais forem as razões pelas quais se deu o seu divórcio, separar-se da pessoa com quem você planejou construir uma vida e uma família é absolutamente devastador. É normal sentir tristeza e rejeição nessa situação, e é fácil tais sentimentos transformarem-se em depressão. Seus filhos podem se sentir rejeitados, mesmo você tendo lhes garantido que o divórcio não é culpa deles. Os seus coraçõezinhos provavelmente estão tão despedaçados quanto o seu.

Jesus também sabe como é estar oprimido pela tristeza por causa da rejeição daqueles que ele amava. Na noite em que foi traído por um amigo, ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26.38). A traição de Judas foi somente o começo da traição que experimentou. Essa afirmação se dá enquanto Jesus agoniza sobre o horror da cruz que está prestes a enfrentar em favor daqueles que o traíram. Ele escolheu sofrer e ser oprimido pelo sofrimento para nos salvar. Quando nós meditamos sobre a angústia emocional que Jesus escolheu sofrer, não resta dúvidas de que ele é verdadeiramente o único homem de dores capaz de prover consolo para nós e nossos filhos. O amor demonstrado por meio de sua entrada voluntária em nossa dor é insondável e nos garante que ele compreende por completo a nossa dor.

Pense em quão terrível é a nossa própria dor e imagine escolher suportá-la.

À medida que você sofrer no decorrer dessa experiência, você passará a conhecer o amor do seu Salvador de forma mais profunda enquanto se apega a ele. Ele está muito perto de você e de seus filhos, e saber disso pode gerar grande alegria mesmo em meio à tristeza. O Salmo 31 é escrito a partir da perspectiva de alguém que conhece o sofrimento. Os olhos dele haviam sido consumidos pela tristeza, e sua alma e corpo, pela dor (vs. 9-10). Jesus cita o versículo 5 desse salmo pouco antes de morrer: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito”, demonstrando uma confiança maravilhosa em Deus durante uma experiência horrenda. No entanto, Jesus cumpre esse salmo não citando-o apenas, mas tornando-se o refúgio que o salmista busca. Deus provê refúgio para você e seus filhos ao lhes entregar o seu Espírito Santo por meio de Cristo (v. 20). Ele lhes demonstrou um amor maravilhoso ao adentrar a sua dor (v. 21), e vocês podem confiar nele (v. 14) por conta daquilo que ele fez na cruz. Você e os seus filhos podem refugiar-se nele porque vocês sabem o quanto ele os ama em vista do que fez por vocês em Jesus. Ataques de fúria, mau humor, acessos de raiva, portas batidas, rejeição, irritabilidade e impaciência podem fazer parte da sua vida após o divórcio. Como animais feridos, muitos de nós atacamos quando estamos magoados.

2. O divórciado como cristão - DIVÓRCIO NO CONTEXTO DO CASAL CRISTÃO

Ao tratar sobre a questão do divórcio, o apóstolo Paulo, basicamente, menciona duas situações distintas. A primeira delas é o divórcio no contexto de um casal cristão. É possível que algumas pessoas naquela igreja de Corinto, assim como nos nossos dias, pensassem no divórcio por não estarem satisfeitas com sua relação conjugal, sentindo-se incompletas ou incompatíveis com seu cônjuge. Entretanto, olhando para o contexto daquela sociedade, podemos imaginar também que eles questionavam se era razoável continuar casado ou ter relações sexuais agora que se tornaram renovados espiritualmente. Independentemente da razão que os levassem a considerar o divórcio, o apóstolo defende uma única posição, como lemos no versículo 10 da nossa passagem de estudo: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido.

Em Mateus 19.3-6, também é dito: Ele respondeu: Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” 4 Ele respondeu: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ 5 e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? 6 Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe”. Existiam entre o meio rabínico duas escolas predominantes. A escola de Shamai considerava o divórcio por algum motivo especial, enquanto que a de Hillel permitia o divórcio em qualquer situação. Frente a essas linhas de pensamento, os fariseus resolver questionar Cristo acerca dos motivos que podem ou não levar ao divórcio. Como lemos nos versículos acima, Jesus diz claramente que a ordem de Deus não está relacionada com as razões alguém pode ou não se divorciar.

A ordem de Deus é que, se alguém se uniu, não se separe.

Portanto, é com base nessas palavras do Senhor que o apóstolo Paulo afirma nos versículos 10 e 11: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. 11 …E o marido não se divorcie da sua mulher. Uma vez que o casamento foi idealizado e estabelecido por Deus, Ele deu todas as orientações e recursos necessários para que as pessoas possam viver conjugalmente da melhor maneira. O problema dos coríntios é que eles estavam sendo negligentes em sua espiritualidade. O fato de eles serem carnais e não levarem Deus a sério afetava não apenas a vida da comunidade, mas também o seu relacionamento conjugal. O propósito de Deus não é que se suportem dentro do casamento, mas que vivem dentro de um contexto conjugal que valha a pena.

QUANDO NÃO DÁ MAIS PARA AGUENTAR

É possível também, ainda dentro do contexto de um relacionamento entre um casal cristão, que ambos cheguem à conclusão de que não é possível continuar, que suas personalidades não estão de acordo ou que eles não se amam ou não são amados. Observe o que Paulo diz sobre isso nos versículos 10 e 11: Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. 11 Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. Há a probabilidade de isso acontecer. Eu já tive a oportunidade de tirar uma arma de um marido que estava bastante irado com sua esposa. Também já disse para um marido sair de casa, aconselhando-o a separar-se. Em algumas circunstâncias, a separação, ainda que não seja a melhor solução, é o menor mal. Porém, o que o apóstolo nos diz é que, mesmo que se separem, não deverão casar-se novamente. Sendo assim, uma das soluções, caso você reconheça que seja inevitável, é a separação, mas sem a possibilidade de um segundo casamento. A outra opção é a tentativa de reconciliação e restauração do casal. Pode parecer algo extremamente restritivo, os discípulos também acharam, mas é o que nos diz a palavra de Deus.


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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                                    BIBLIOGRAFIA


BIBLIA DE ESTUDO KING JAMES ATUALIZADA

BÍBLIA ALMEIDA SÉCULO 21

Livro Casamento, Divórcio E Sexo A Luz Da Bíblia, Esequias Soares-  Editora CPAD

Livro Os Ataques Contra a Igreja de Cristo. As Sutilezas de Satanás neste Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo, JOSÉ GONÇALVES - Editora CPAD.

Livro Filhos e divórcio ajuda quando a vida é interrompida, ANY BAKER - Editora Fiel.

Publicação do Ministério de Comunicação da Igreja Batista Cidade Universitária, FERNANDO LEITE

https://professordaebd.com.br/4-licao-3-tri-22-a-sutileza-da-normalizacao-do-divorcio/