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quinta-feira, 24 de março de 2022

LIÇÃO 01 - O SERMÃO DO MONTE: O CARÁTER DO REINO DE DEUS

TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MT 5.1-12 ( Explicação da leitura bíblica - Mateus William Barclay, PÁG.96-121)
V.3 - "Bem-aventurados os pobres de espírito." Há duas formas de entender o significado da palavra "pobres". Tal como nós as temos, as bem-aventuranças estão, originalmente, no idioma grego, e a palavra que se utiliza para dizer "pobres" é ptojói. Em grego há duas palavras que designam a pobreza. Uma delas é penés. Penem é o homem que tem que trabalhar para ganhá-la vida, aquele que se serve a si mesmo atendendo suas necessidades com suas próprias mãos (autodiákonos). Penés é o homem de trabalho, o operário, que não tem nada que o sobre, o homem que não é rico mas que tampouco sofre miséria. Mas, como já o vimos, na bem-aventurança não se usa a palavra penem, a não ser ptojós, que descreve a pobreza absoluta e total de que está fundo na miséria. Está relacionada com a raiz ptoséin que significa agachar-se ou encolher o corpo; descreve, portanto, a pobreza do que não pode levar a frente em alto e pede, ajoelhado, encolhido, que lhe ofereça uma esmola para aliviar sua situação. Como dissemos, penés descreve ao homem que não tem nada supérfluo; ptojós, em troca, descreve o homem que não tem nada. Tudo isto faz que a bem-aventurança seja até mais difícil de entender. O homem que não tem nada, diz-nos, que sofre a mais abjeta miséria, é um bem-aventurado. Bem-aventurado o homem que está na pobreza mais absoluta. Em hebreu as palavras que significam pobre são 'ani e ebion. Estas duas palavras sofreram, na evolução do idioma hebreu, uma quádrupla mutação de significado. (1) A princípio significavam simplesmente pobre, e portanto, sem poder, ou prestígio, e influência. (2) Portanto, porque se sofria de pobreza, carecia-se de influência, poder. ou prestígio. (3) Em terceiro lugar significaram carecer de poder, ou influência, e portanto, oprimido, explorado ou avassalado pelos capitalistas. (4) Por último deveram significar ao homem que, por não possuir nenhum recurso terrestre, coloca toda sua esperança e confiança em Deus. De maneira que em hebreu a palavra "pobre" designava ao homem humilde que põe toda sua confiança em Deus. É com este sentido que o salmista usa a palavra quando escreve: "Este pobre clamou, e lhe ouviu Jeová, e o livrou de todas suas angústias" (Salmo 34:6). Nos Salmos o que é pobre neste sentido recebe a misericórdia e o amor de Deus, "Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente" (Salmo 9:18). Deus liberta os pobres (Salmo 35:10). "Em tua bondade, ó Deus, fizeste provisão para os necessitados" (Salmo 68:10). "Salvará os filhos do necessitado, e esmagará ao opressor". (Salmo 72:4). "Levanta da miséria ao pobre, e faz multiplicar as famílias como rebanhos de ovelhas" (Salmo 107:41).Não devemos pensar que esta bem-aventurança é um elogio da pobreza material. A pobreza não é boa. Jesus nunca teria qualificado de "bem-aventurada" a condição de quem vive em vilas miseráveis ou tugúrios e não têm o suficiente para comer e são acossados constantemente pelas enfermidades, porque tudo está contra eles. O evangelho cristão tem como um de seus objetivos a eliminação desta classe de pobreza. A pobreza bem-aventurada é a do "pobre em espírito", a do espírito que reconhece sua própria falta de recursos para fazer frente às exigências da vida e encontra a ajuda e a fortaleza que necessita em Deus. De maneira que a primeira bem-aventurança significa: “Quão feliz é o homem que se deu conta de sua total destituição e pôs toda sua confiança em Deus, porque somente deste modo pode oferecer a Deus essa perfeita que o converterá em cidadão do Reino dos céus!”
V.04 - A primeira coisa que deve destacar-se ao estudar esta bem-aventurança é que a palavra grega que significa "chorar" é o termo mais forte que pode encontrar-se nesse idioma para denotar dor ou sofrimento. Usa-se para falar de quem chora a morte de um ser querido, para designar o lamento apaixonado de que amou a alguém que já não vive. Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, é a palavra que designa a lamentação de Jacó quando acreditou que José, seu filho, tinha morrido (Gênesis 37:34). Define-se como essa classe de dor que se apodera de um homem ao ponto em que este não pode escondê-lo ou contê-lo. Não se trata somente da dor que nos faz doer o coração, é a dor que faz subir até nossos olhos lágrimas incontidas.Há três maneiras de entender esta bem-aventurança: (1) Pode interpretar-lhe literalmente: Feliz é o homem que suportou a mais amarga tristeza que a vida pode trazer! Os árabes têm um provérbio que diz: "Se o sol sempre brilhar, teremos um deserto." A terra onde o sol sempre brilha depois de pouco tempo se converte em uma zona árida onde não cresce nenhum fruto. (2) Algumas pessoas interpretaram esta bem-aventurança com este significado: Bem-aventurados os que se sentem desesperadamente entristecidos por toda a dor e sofrimento que há no mundo. Quando estudávamos a primeira bem-aventurança vimos que sempre convém conceder pouca importância às coisas, mas nunca é bom conceder pouca importância aos seres humanos. Este mundo seria um lugar muito menos habitável se não houvesse tantos que estiveram profundamente preocupados com as tristezas e os sofrimentos de outros. (3) Sem lugar a dúvida as duas interpretações anteriores formam parte desta bem-aventurança, mas a principal idéia, a idéia central de seu conteúdo é indubitavelmente a seguinte: Bem-aventurado o homem que está desesperadamente triste por seu próprio pecado e indignidade. Como vimos, a primeira palavra da mensagem de Jesus era "Arrependei-vos". Ninguém pode arrepender-se a menos que esteja triste por seus pecados. A experiência que verdadeiramente transforma o homem é aquele momento em sua vida quando se encontra face a face com seu próprio pecado e se dá conta do que o pecado pode fazer nele. Um jovem ou uma jovem podem viver a vida sem preocupar-se com os efeitos ou conseqüências do que estão fazendo; mas chega o dia quando algo muito grave acontece e percebem pela primeira vez o gesto de dor no rosto de seu pai ou de sua mãe; e então, repentinamente, dão-se conta da magnitude de seu pecado. Isso é o que a cruz faz por nós. O verdadeiro significado da segunda bem-aventurança é: Quão feliz é o homem cujo coração sofre pelo sofrimento do mundo e por seu próprio pecado, porque é a partir deste sofrimento que encontrará a alegria de Deus!
V.05- Mas em grego a palavra praus (equivalente a "manso") era um dos termos mais elevados do vocabulário ético. Aristóteles fala extensamente sobre a virtude da mansidão (praotés). Uma das características metodológicas de Aristóteles, em sua ética, era definir cada virtude como o meio termo entre dois extremos. Por um lado estava o extremo por defeito e pelo outro o extremo por excesso. Em metade de caminho entre ambos se localizava a virtude, justamente o meio. Para dar um exemplo, em um extremo está o esbanjador, no outro o avarento, no meio está o homem generoso. Aristóteles define a mansidão como o justo meio entre a ira excessiva e a falta absoluta de ira, ou passividade. A mansidão é o meio termo entre o excesso de ira e a muito pouca ira. Portanto, a primeira tradução possível desta bem-aventurança é: Bem-aventurado o homem que sabe zangar-se na hora certa, e que nunca se zanga quando não é o caso. Mas a palavra praus tinha outro significado corrente em grego. Era o termo que se usava, como em português, para designar o animal domesticado, que tinha sido educado para que obedecesse a voz de seu dono, que respondeu às indicações das rédeas. É a palavra que corresponde ao animal que aprendeu a aceitar o controle do homem. Portanto a segunda tradução possível desta bem-aventurança é: Bem-aventurado o homem cujos instintos, paixões e impulsos estão sob controle; bem-aventurado o homem que aprendeu a dominar-se.Mas ainda há uma terceira via de acesso a esta bem-aventurança. Os gregos sempre contrastavam a mansidão com o orgulho. A mansidão é uma autêntica humildade que descarta por completo o orgulho. Sem humildade não pode aprender-se nada, porque o primeiro passo para a aprendizagem é a humildade em reconhecer nossa ignorância. Quintiliano, o grande mestre de oratória romano, disse a respeito de alguns eruditos, que "sem lugar a dúvida seriam excelentes meus alunos, se não estivessem tão convencidos de tudo o que sabem."Ninguém pode ensinar ao que pensa que sabe tudo. Sem humildade não pode haver amor, porque o princípio do verdadeiro amor é o sentimento de indignidade.Esta humildade, ou mansidão, diz Jesus, herdará a Terra. É um fato demonstrado pela história que os que podem exercer o controle de si mesmos, os que aprenderam a disciplinar seus instintos, paixões e impulsos, são aqueles que possuíam verdadeira grandeza. O livro de Números diz a respeito do Moisés, maior o líder e legislador que a história já viu: "e aquele varão Moisés era muito manso, mais que todos os homens que havia sobre a terra" (Números 12:3). Moisés não possuía um caráter submisso, não era servil, podia chegar a manifestar de maneira tremenda sua ira, mas exercia controle sobre esta paixão, e a manifestava só quando era o momento apropriado. O autor de Provérbios diz: "Melhor é o que demora para irar-se que o forte; e o que se domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade" (Prov. 16:32).
V.06- A verdade é que muito poucos, entre nós, dadas as condições modernas de vida, sabem o que significa ter fome ou sede. No mundo antigo era muito diferente. O salário de um operário, naquela época, era o equivalente a 8 centavos de dólar, e ainda considerando o maior valor aquisitivo do dinheiro naquela época, não havia muito que se pudesse fazer com essa soma. Na Palestina se comia carne somente uma vez por semana, e o operário estava permanentemente por um fio bordo da inanição ou seja da verdadeira fome, que pode chegar a ocasionar a morte. Muito mais grave era o problema da bebida. Na antiguidade a maioria das pessoas não dispunha de água corrente em suas casas. Quem saía de viagem podia a qualquer momento ser surpreendido por uma tormenta de ar quente. Não havia nada que pudesse fazer, exceto envolver a cabeça em seu turbante, dar as costas ao vento e esperar que passasse a tormenta, enquanto a areia entrava pelo nariz e a boca ao ponto em que só podia respirar e crescia nele uma imperiosa sede que não podia satisfazer. Nas condições da vida moderna, no mundo ocidental, não há paralelos que possam servir como comparação de situações como estas. Portanto a tradução correta desta parte da bem-aventurança seria: Bem-aventurados os que têm fome e sede de toda a justiça, da justiça total, da justiça absoluta. Isto é algo que em geral muito poucos experimentam. Contentam-se em ter alcançado um pouco de justiça. Alguém pode ser um homem bom no sentido que por mais que alguém o proponha e procure nele, não pode atribuir-lhe mal algum. Sua honestidade, sua moralidade, sua respeitabilidade estão além de qualquer questionamento; mas, ao mesmo tempo, ninguém pode ir a esse homem com tristeza e chorar sobre seu peito, porque imediatamente se retrairia. Pode haver justiça acompanhada de dureza, de um espírito de censura, de falta de simpatia. Esta justiça não é autêntica bondade moral, é uma justiça parcial. Por outro lado, possivelmente haja outro homem, suscetível a muitas formas de pecado; possivelmente beba, diga más palavras, jogue por dinheiro e perca as estribeiras co muita freqüência; e entretanto quando alguém junto a ele passa por um momento difícil, é capaz de lhe dar até o último centavo que tem em seu bolso, e de tirar o casaco para abrigá-lo. Mas esta também é uma justiça parcial. O que esta bem-aventurança afirma é que não basta satisfazer-se com uma justiça parcial. É bem-aventurado aquele que tem fome e sede de uma justiça total. Não basta a conduta moral impecável sem compaixão, nem a mais apaixonada solidariedade humana sem uma vida reta. De maneira que a tradução da quarta bem-aventurança, seria como segue: Quão feliz é o homem que deseja a justiça total do mesmo modo como o que tem fome deseja o alimento, ou o que morre de sede deseja a bebida, porque este receberá a satisfação de seu desejo!
V.08- Estamos perante a bem-aventurança que exige de todo o que a lê parar, pensar e auto-examinar-se. A palavra do idioma grego que significa puro é kázaros, e possuía vários significados e usos diversos, cada um dos quais adiciona um matiz à concepção da bem-aventurança que envolve a pureza na vida cristã. (1) Em seu sentido original, significava simplesmente limpo, e podia usar-se, por exemplo, em relação à roupa suja depois de ter sido lavada. (2) Era usada normalmente para designar o trigo que foi separado da palha. Com o mesmo significado, prega-se de um exército do qual se eliminaram todos os soldados descontentes, covardes, mal dispostos e pouco eficazes em sua missão, e que portanto constitui uma força militar integrada somente por combatentes de primeira qualidade. (3) Aparecia freqüentemente em companhia de outro adjetivo grego – akératos. Esta palavra pode ser empregada, por exemplo, para designar o vinho ou o leite que não foram adulterados mediante a adição de água, ou o metal puro, sem mescla de liga alguma. O significado de kázaros, portanto, é sem mescla, não adulterado, sem liga. É por isso que a bem-aventurança envolve uma exigência tão formidável. Poderia traduzir-se da seguinte maneira: Bem-aventurado é o homem cujas motivações são sempre integras e sem mescla de mal algum, porque este é o homem que verá a Deus. É muito raro que realizemos até nossas melhores ações a partir de uma motivação absolutamente pura. Se ofertarmos com generosidade e desinteresse a favor de alguma boa causa, é possível que no fundo de nosso coração estejamos sentido o prazer de nos sentir bem sob a luz de nossa própria aprovação, ao mesmo tempo que desfrutamos do prestígio e a gratidão a que nos conduz nossa "generosidade". Se fizermos algo belo, que exige algum sacrifício de nossa parte, é possível que não estejamos totalmente livres do sentimento de querer que outros homens vejam em nós algo de heróico ou que nos considerem como mártires. Até o ministro do Deus mais sincero não está totalmente livre do perigo de sentir-se satisfeito consigo mesmo ao ter pregado um bom sermão. Não foi João Bunyan quem ao dele se aproximar alguém um dia para lhe dizer que tinha pregado um bom sermão replicou: "O diabo já me disse isso, enquanto descia do púlpito"? Esta bem-aventurança nos exige a mais meticulosa vigilância e auto-exame. Que atitude guia nossas ações: a vontade de servir a outros, ou o desejo de receber uma retribuição? Oferecemos nossos serviços desinteressadamente, ou porque procuramos a melhor maneira de nos exibir? Trabalhamos na Igreja por amor a Cristo ou para manter nosso prestígio? Nossa fidelidade na assistência ao culto dominical, parte do desejo de ir ao encontro de Deus, ou é simplesmente o cumprimento de um costume ou a forma de obter a mais convencional das respeitabilidades? Até nossas orações e nossas leituras da Bíblia, são o resultado de um desejo sincero de andar em companhia de Deus, ou no fundo o que nos move é o prazer de nos sentir melhores que outros, que não manifestem tais demonstrações de piedade? É nossa religião algo no qual somos conscientes nada menos que da necessidade de ter a Deus em nosso coração, ou algo que nos permite pensar placidamente em nossa própria piedade? Levemos duas pessoas a um museu cheio de quadros antigos. Quem não tiver a formação necessária não será capaz de distinguir a obra autêntica da imitação fraudulenta, enquanto que o crítico de arte poderá distinguir entre muitas telas de menor importância artística aquela que, sendo obra de algum grande mestre, vale uma soma enorme. Há pessoas de mente suja que em qualquer situação vêem a oportunidade para debulhar uma anedota picante ou uma brincadeira suja. Em qualquer esfera da vida vemos somente aquilo que somos capazes de ver. É neste sentido que Jesus afirma que somente os limpos de coração verão a deus. É muito importante recordar, como advertência, que se mediante a graça de Deus conservamos limpos os nossos corações, ou mediante o pecado os enchemos de sujeira, estamos determinando nossa futura capacidade ou incapacidade para ver a Deus. Esta sexta bem-aventurança, portanto, poderia ler-se: Quão feliz é o homem cujas motivações são absolutamente puras, porque este homem algum dia será capaz de ver a Deus!
V.09- Tem-se buscado o significado desta bem-aventurança segundo três possíveis linhas de interpretação. (1) Alguns sugeriram que, sendo "paz" tudo aquilo que contribui ao bem-estar humano, "pacificador" é o homem que busca, de todas as maneiras possíveis, fazer com que o mundo seja um lugar onde todos os homens possam ser felizes. Abraão Lincoln disse em certa oportunidade: "Quando eu morrer gostaria que os homens dissessem de mim que ali onde vi uma erva má, arranquei-a, e plantei em seu lugar uma flor, se crer que uma flor poderia crescer nesse lugar." Esta, em tal caso, seria a bem-aventurança de todos os que têm feito algo, por pequeno que seja, a favor da condição humana. (2) A maioria dos primeiros eruditos da Igreja interpretavam esta bem-aventurança em um sentido puramente espiritual, e sustentavam que seu significado era: Bem-aventurado o homem que faz a paz em seu próprio coração e em sua alma. Em todos nós há um conflito interior entre o bem e o mal; sempre nos sentimos arrastados em duas direções opostas; cada ser humano é, pelo menos em certa medida, uma guerra civil ambulante. Verdadeiramente feliz é o homem que conquistou a paz interior, no qual terminou a luta interior e entregou todo o seu coração a Deus. (3) Mas há outro significado da palavra paz, ao qual os rabinos judeus davam ênfase e que, quase com certeza, é o que Jesus tinha em mente ao pronunciar a bem-aventurança, Os rabinos do judaísmo sustentavam que a tarefa mais elevada que qualquer homem podia realizar era o estabelecimento de relações justas entre seus semelhantes. Isto é o que Jesus quis dizer. Há pessoas que sempre são o centro de conflitos, tormentas e lutas. Em qualquer lugar que apareçam, serão vistos implicados em disputas, ou sendo a causa de lutas com outros. São briguentos. Há pessoas, deste tipo quase em toda sociedade e em toda igreja, e pode afirmar-se sem vacilação que servem ao diabo. Por outro lado, graças a Deus, há pessoas em cuja presença a inimizade não pode prosperar, que salvam os abismos, fecham as brechas e adoçam a amargura. Estes fazem a vontade de Deus, pois o plano divino consiste em estabelecer a paz entre o homem e Deus e entre o homem e seu semelhante. O homem que divide os homens é um agente do diabo; o homem que os une está fazendo a obra de Deus.De modo que esta bem-aventurança poderia ler-se: Quão feliz é aquele que cria relações justas e sadias entre os homens, porque sua ação é obra de Deus!
INTRODUÇÃO
As bem -aventuranças são promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus. Apeaar de Jesu s ter proferido essas palavras originalmente a Israel, não há que duvidar que ele queria que se aplicassem plenam ente ao Novo Israel, a igreja. O evangelho de Mateus foi escrito quando a era cristã jé tinha cinqüenta anos, e não tem sentido supor que não tencionava ser um documento inteiramente cristão » . Os discipulos de Cristo devem aprender a apegar-se a ele, aconfiar nele e em suas palavras explicitamente. Não pode haver reservas na dedicação a ele e às suas palavras. As bem -aventuranças—m ostram como seremos abençoados se fizermos disso a regra de nossas vidas. Os crentes seriam oprimidos pelo m undo (talvez um reflexo da perseguição deDomiciano, que a ig T e ja — sofria quando este evangelho foi escrito; ver a secção II da introdução, sobre a Data do livro). Mas os oprimidos haverá o de obter eventualmen te avitória. emboranunca sem uma clara lealdade ao seu Senhor. «.. .as bem-aventuranças mostram que para Jesus, a retidão é mais do que a súmula de seus mandamentos; é uma total atitude de mente, uma forma particular de caráter. Aqueles que são louvados no evangelho são homens e mulheres humildes, amorosos, confiantes, fiéis e corajosos Ainda não são perfeios, m as são convertidos. Seus interesses e desejos se voltam na direção do reino de Deus. Mateus aparentementeenumera nove bem -aventuranças. embora a oitava e a nona possam constituir uma só; e se for removido o vs. 5. teremos apenas sete. Lucas 6:20-23 contém quatro bem -aventuranças. todas as quais têm paralelos aqui. ( comentario bíblico Champlin NT, pág. 303).
I. A ESTRUTURA DO SERMÃO DO MONTE

1. Porque Sermão do Monte?

Subiu ao monte*. Provavelmente o autor tinha em mente alguma região particular, alguma localidade montanhosa ou algum monte em particular, algum lugar que Jesus freqüentava e onde ensinava ao povo, provavelmente tendo-a feito por muitas vezes. Há muitas idéias quanto a identificação desse monte. e é verdade que o grego diz aqui -o monte- (traduzido em RASVIBAA; ver explicação das traduções usadas como propótito de confronto, no comentário, nove em inglês e cinco em português, na introdução na lista de abreviações e assim , é bem possível que o autor visasse algum lugar realmente existente. Porém, hoje é impossível identificar tal . Talvez fosse alguma colina ou área montanhosa próxima de Cafarnaum, talvez perto da atual Saphel, posto que essa área caberia facilmente dentro dessa descrição. Alguns intérpretes crêem que nada de m ais específico está em vista anulo ser alguma zona de colinas, em contraste com as planicias que caracterizavam a região. Não obstante, esse é o Sinal do Novo Testamento, e esse -monte- figura com proeminencia entre outras importantes experiências em -montes», nas Escrituras, tais como o monte Sinai, no AT . , onde foi entregue a tábua da le i ( Ê x . 19). ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT PÁG. 302)
2. A EESTRUTURA DO SERMÃO DO MONTE
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Os primeiros 16 versículos de Mateus 5 descrevem o cristão verdadeiro e tratam do caráter. O resto do Sermão do Monte fala da conduta que brota do caráter. O caráter sempre antecede a conduta, porque o que somos determina como agimos. Em Mateus 5.1-16, Jesus mostra que a justiça verdadeira é interior e, em 5.17-48, menciona que o pecado também é interior. Por isso, ele expõe a falsa justiça dos Fariseus que ensina que a santidade consiste em atos de devoção, e que o pecado é o ato de devoção, e que o pecado é o ato exterior. Muitas pessoas cometem esse erro hoje! Para decidir o destino da vida, Deus considera o coração dos homens. ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT)
3. A QUEM SE DESTINA O SERMÃO DO MONTE?

Com o Mestre exemplar que foi, Jesus não com eça este sermão tão importante com uma crítica negativa aos escribas e fariseus. Antes, inicia seu discurso com uma ênfase positiva sobre o caráter idôneo e as bênçãos que dele decorrem para o cristão. O s fariseus ensinavam que a justiça era algo exterior, uma questão de obedecer a determinadas regras e preceitos. Poderia ser medida por orações, ofertas, jejuns etc. Jesus, nas bem-aventuranças e nas descrições do indivíduo temente a Deus, apresenta um caráter cristão que flui do ser interior. Podemos imaginar com o a atenção da multidão se aguçou quando jesus proferiu as primeiras palavras: "bem-aventurados" (em latim, beatus, de onde vem o termo beatítude). Essa palavra tinha significado muito forte para os que ouviam Jesus naquele dia, pois expressava a idéia de "alegria divina e perfeita". Não era um termo usado para os seres humanos, pois descrevia o tipo de alegria experimentado apenas por deuses ou por mortos. Essa "bem-aventu rança" sugeria satisfação e suficiência interiores que não dependiam das circunstâncias externas para ter alegria. É isso que o Senhor oferece aos que confiam nele! ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT PÁG. 305).
II. AS BEMAVENTURANÇAS E O CARÁTER DOS FILHOS DE DEUS
1. O que são as bem-aventuranças?
As bem-aventuranças não são simples afirmações, são exclamações enfáticas: "Que feliz é o pobre de espírito...!" Isto é muito importante, porque significa que as bem-aventuranças não são piedosas exclamações de esperança no que poderia chegar a ser; não são profecias brilhantes com um halo de glória futura em algum céu distante; são exclamações de alegria por algo que já é, que já existe. São felicitações. A bem-aventurança que recebe o cristão não é uma bem-aventurança posposta para um estado futuro de glória celestial, a não ser algo que já existe aqui e agora. Não é algo que o cristão receberá, mas algo que já recebeu. Certamente obterá a plenitude de cada dom quando puder gozá-lo na presença plena de Deus, mas enquanto isso cada dom é algo que já, aqui e agora, pode-se desfrutar. As bem-aventuranças, com efeito, dizem: "Que felicidade é ser cristão! Que alegria seguir a Cristo! Que alegria conhecer a Jesus como Mestre, Salvador e Senhor!" A forma mesma das bem-aventuranças nos indicam que são exclamações de gozosa surpresa e radiante felicidade pela realidade da vida cristã. Em face das bem-aventuranças se faz impossível toda interpretação do cristianismo como uma religião triste e carente de entusiasmo contente. A palavra "bem-aventurados", que se usa em cada uma das bem-aventuranças, merece uma atenção muito especial. Em grego é a palavra makários, que em geral se usa para descrever aos deuses. Na fé cristã há um prazer e alegria que são divinos. O significado de makários poderá entender-se melhor a partir de um de seus usos comuns na literatura daquela época. Os gregos sempre chamaram a ilha de Chipre "jemakária" (a ilha feliz) porque acreditavam que era uma terra tão bela, tão rica, tão fértil que ninguém precisava transpor suas linhas costeiras para viver uma vida feliz, posto que nela havia todo o necessário para uma existência perfeita. Tinha tal clima, tais flores, frutos e árvores, tais minerais, tais recursos naturais, que continha em si tudo o que era necessário para uma felicidade perfeita. Makários então descreve uma alegria auto-suficiente, que possui em si mesmo o segredo de sua própria irradiação, essa alegria sereno, intocável e autônomo que não é afetado pelas diferentes circunstâncias da vida. A felicidade humana depende das ocasiões e circunstâncias cambiantes da existência, algo que a vida pode dar ou pode tirar. A bem-aventurança cristã está livre de qualquer risco ou ardil. Nada pode tocá-la ou atacá-la. "Ninguém vos tirará vossa alegria", disse Jesus (João 16:22). As bem-aventuranças nos falam dessa alegria que sai a nosso encontro até no meio da dor, aquela alegria que não podem manchar nem o sofrimento, nem a tristeza, nem o desamparo, nem a perda de algo ou alguém que queremos muito. É a alegria que brilha através das lágrimas e que nada, nem na vida nem na morte, pode arrebatar. ( COMENTÁRIO BÍBLICO MATEUS, WILLIAM BARCLAY, PÁG. 96-97).

AUTOR: >Presbítero e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.

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BIBLIOGRAFIA
Bíblia de estudo Viva
Bíblia Almeida século 21
Comentário bíblico Penrecostal NT
Comentário bíblico William Barclay
Comentário expositivo Hagnos, Mateus
Comentário de Champlin NT, Vol.1

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica



TEXTO ÁUREO
"Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confisão." (Hb 4.14).

VERDADE PRÁTICA

Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua igreja.


Leitura bíblica: Hb 4.14-16; 5.1-14 ( explicação).

VV. (15-16) - Aproximemos-nos do trono da Graça. Temos um Sumo Sacerdote que conhece nossas fraquezas e as tentações que enfrentamos, pois passou pelos mesmos testes que nós passamos. Quando Jesus esteve aqui entre os homens, Ele "em tudo foi tentado", isto é, Ele passou a ser alvo das mesmas paixões que nós. Contudo, Ele nunca cedeu a uma só dessas paixões, nem por pensamentos e nem por atos, por cuja razão o escritor sagrado conclui dizendo: "... Ele em tudo foi tentado, mas sem pecado. A tentação sempre visa destruir a fé daquele que tem paz com Deus. ... Trono da Graça... Este é o lugar onde todo aquele que ali chega arrependido, encontra o favor de Deus. Por esta razão somos exortados a nos aproximar deste trono com inteira confiança. No topo da Arca da Aliança era uma caixa de madeira coberta com Ouro. No topo da arca, Moisés pôs um "propiciatório de ouro com um Querubim em cada onta, esse era o trono de Deus, em que Ele se asentava em Glória e governava a nação de Israel. Todavia , o propiciatório do Antigo testamento não era um trono de graça, pois a nação estava sob o jugo da escridão legal. Cristo é o nosso Propiciador. E vamos ao trono de graça quando nos dirigimos a Ele, não a um trono de julgamento, e ele se encontra conoscom fala conosco e nos fortalece. Lembre-se o progresso espiritual é resultado da disciplina espiritual.

VV. (5.1, 4-6) -  Cristo tem uma ordenação superior. Arão foi tirado de entre os homens e elevado à posição de Sumo Sacerdote. No entanto, a ordenação de Cristo foi superior. Pois ele não é apenas um homem; Ele é o Deus em carne, o Filho de Deuse do homem. Ele não tomou, de forma egoísta, essa honra do Sacerdócio para si mesmo. Em Hebreus 7-10, o tema principal é oSacerdócio de Melquisedeque, por isso não precisamos entrar em detalhes nesse momento. Cristo é um Sumo sacerdote superior porque seu sacerdócio é de uma ordem superior - a de Melquisedeque, não a de Arão. O nome "Melquisedeque" significa "rei da justiça". Ele também foi sacerdote de Salém, que significa "az". Arão nunca foi sacerdote-rei, porém Jesus é tanto Sacerdote como Rei. Ele é um Sacerdote sentado em um trono! E seu ministério é  de paz, o "descanso" discutido nos capítulos 3-4.

VV. 5.2-3, 7-8) - Cristo tem mais complacência. O Sumo sacerdote tem que ser complacente com o povo e capaz de ajudá-lo, além de ser escolhido por Deus. Os judeus menosprezavam Cristo e quesionavam sua divindade por causa dos sofrimentos por que passou. Entretanto, esses sofrimentos são a marca de sua divindade. Deus preparava seu filho para ser o solidário Sumo sacerdote de seu povo. O V.7 refere-se à oração que Ele fez no Getsêmane. Alguém pode perguntar: " Mas o Filho de Deus pode conhecer nossas provações melhor que outro homem, como, por exemplo, Arão?". Sim, pode! Cristo era perfeito e experimentou totalmente cada provação. Ele foi testado por inteiro e experimentou cada tentação que tanto o homem como Satanás têm a oferecer. Isso quer dizer que ele foi além do que qualuqer mortal pode suportar, já que a maioria de nós desiste antes da provação fique realmente difícil. Uma ponte que suportou 50 toneladas de peso foi mais testada que a que teve apenas 2 toneladas em cima dela.

                                 INTRODUÇÃO

O autor da epístola, após mostrar a fragilidade do sacerdócio, enfatiza que Cristo deveria ser considerado o grande Sumo Sacerdote porque, embora tivesse sido gerado em natureza humana, era superior aos demais sacerdotes por não possuir pecado, nem as fraquezas natas daqueles, pois à medida que os sacerdotes araônicos iam falecendo, eram substituídos por outras gerações, por isso eram constituídos em grandes numeros de sacerdotes, pois a morte natural os impedia de permanecer no oficío para sempre.
Uma característica singular do sacerdócio de Cristo é a sua completude. A sua justificação plena sem restrições é sufucientemente capaz de apagar todas as consequências oriundas do pecado. A sua natureza divina o habilitou a oferecer-se a Si mesmo como suficiente e definitivo sacrifício, muito superior aos oferecidos durante os ritos do Judaísmo. Com isso, conclui-se que Cristo sendo homem, porém sem pecado, foi o único capaz de restaurar por definitivo o homem a Deus através do seu sangue vertido na cruz do calvário, pois o seu sacrifício foi único e suficiente ara alcançar todos que aceitam e acreditam na obra redentora do Senhor Jesus Cristo.

       I. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO.


  1. Por representar melhor os homens diante de Deus v.(14-16) - Sua grandeza está imediatamente evidente por dois fatos:
  • Ele penetrou os céus na santa presença de Deus, na sala do trono a nosso favor, da mema maneira que o sumo sacerdote do Antigo Testamento passava através do véu no Santo dos Santos a favor do povo no Dia da Expiação. Lá, Ele continua seu ministério celestial de mediação e intercessão sacerdotal.
  • Nosso Sumo Sacerdote é Jesus, Filho de Deus. Ele é tanto imanente (conosco) quanto transcendente (acima denós); é tanto misericordioso quanto poderoso. Por esta razão, retenhamos firmemente a nossa confissão. O conhecimento da grandeza e da glória de Jesus como nosso Sumo Sacerdote é  a chave para entrarmos no repouso de Deus. 


2.  Por compreender melhor a condição humana v. (5.2,3) - Então, o autor mostra como Cristo preencheu estes requisitos de modo superior. vejamos:

  • O primeiro requisito horizontal para o sacerdote era que fosse "tomado dentre os homens", não dentre os anjos ou sere celestiais. Ele deveria estar sujeitos às mesmas fraquezas humanas, pressões e tribulações da vida como outros homens porque era constituído a favor dos homens, o povo da aliança diante de Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados. O que está primeiramente em vista aqui é o ministério do sumo sacerdote no Dia da expiação, quando ele ofereia sacrificios pelo pecado, por si mesmo e pelo povo. Em Hebreus 9-10 é enfatizado que Cristo cumpriu este ministerio sacerdotal.
A lei de Moisés não proporcionava a expiação pelas transgressões rebeldes e deliberadas. Aqueles que pecavam desafiadoramente deveriam ser excluídos do povo de Deus e de sua parte na expiação. Entretanto, o sumo sacerodte podia se compadecer e ter compaixão daqueles que erravam por ignorância, porque ele próprio estava sujeito às mesmas fraquezas.


3. Pela posição que exerceu. V (4) - Flávio Josefo nos informa que a honra sacerdotal era tão elevada, que até mesmo Moisés a desejou para si, dizendo: "... eu confesso que, se essa escolha tivesse dependido de mim, eu teria podido desejar essa honra, que porque todos os homens são naturalmente levados a desejar incumbência tão honrosa, quer porque vós não ignorais quantas dificuldades e trabalhos sofri por vosso bem e da república; mas Deus mesmo, que destinava Arão, há muito tempo, para esse sagrado ministário, conhecendo-o como o mais justo dentre vós, o mais digno de ser honrado, deu-lhe seu voto e julgou em seu favor. O segundo propósito para o sacerdote levítico era vertical; deveria ser "chamado por Deus". A bíblia registra que aqueles que tentaram tomar a honra de executar os deveres sacerdotais caíram sob o juízo de Deus - como nos csos de Corá (Nm 16); Saul (1Sm 13.8-14); Uzias (2Cr 26.16-21).


II. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO

Cristo possui todas as credenciais bíblicas do sumo sacerdócio. Ei-las relacionadas no texto em apreço: a- Cristo, à semelhança de Arão, foi comissionado pelo Pai para ser nosso Sumo Sacerdote ( Hb 5. 4,5 cf Sl 2.7; Hb 5.6; 6.20; 7. 17,21). O  próprio Deus, portanto, assumiu o sumo sacerdócio na Segunda Pessoa da ordem trina. b- Jesus é Rei–Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque que, sendo rei de Salém e sacerdote do Deus altíssimo – El Elyon -( cf Gn 14.18-20 ), era também sumo sacerdote ( Cf Sl 110.4 ). Cristo, igualmente, está assentado à direita de Deus, o Pai, como Rei e Sumo Sacerdote. c- Jesus, na agonia da paixão, ofereceu, na condição de Sumo Sacerdote, não da ordem araônica, mas de Melquisedeque, orações, clamores, súplicas e lágrimas a Deus ( Hb 5.7 ); e foi ouvido. Portanto, no auge da agonia, o Messias, que foi condenado por dizer-se Rei, colocava-se diante do Pai como Sumo Sacerdote, segundo a interpretação do autor de Hebreus. Nem todas as potências do mal, acionadas pelos homens e por Satanás, foram suficientemente fortes e poderosas para impedir a ação sumo sacerdotal do Filho de Deus. d- O Filho aprendeu exercer o ofício sacerdotal e regencial, por meio da irrestrita obediência no sofrimento; tornando-se nosso Rei, Sumo Sacerdote e Salvador ( Hb 5. 8, 9,10 ). Nossa redenção não veio de fora para dentro, mas saiu do âmago de nossa humanidade, onde o pecado nos alienava, por meio de nosso irmão, Jesus Cristo, o mais humano dos humanos.
7-10. A experiência humana de Cristo é a que está descrita aqui. Foi uma  experiência de aprendizado e imitações. Esta humilhação (Fp. 2:7) foi a Sua hora de aprender a obedecer dentro da esfera do homem. Com isto Ele tornou-se completo. Foi a Sua hora de estar na carne. A referência específica em Hb. 5:7,8 é às horas de agonia no Getsêmani. A passagem descreve angústia nas palavras forte clamor e lágrimas, orações e súplicas. O inimigo que Ele enfrentava era a morte - tanto a física como a espiritual, porque Ele foi o substituto que assumiu toda a ira de Deus reservada para os pecadores. Seu pedido de livramento foi plenamente garantido na ressurreição, com Sua proclamação de vitória sobre a morte. Por meio desta experiência Cristo aprendeu a obedecer, o que de outro modo não aprenderia. Literalmente, Ele aprendeu das coisas que sofreu (v. 8), que é um jogo de palavras extraído do provérbio grego emathen – epathen.


III. UM SACERDÓCIO SUPEIOR QUANTO à  IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA

1. Uma doutrina transcendente. V(11-14) - 1. A Negligência dos Imaturos (5.11-14)
O autor tem muitas coisas a dizer acerca deste pouco conhecido personagem do AT,

Melquisedeque, porque é uma figura-chave na compreensão do sumo sacerdócio de Cris-
to. No entanto, elas são de difícil interpretação, i.e., difíceis de explicar, porque estes

cristãos são negligentes para ouvir (11). Eles não estão se tornando preguiçosos no
seu apetite e compreensão espiritual; eles já se tornaram preguiçosos (tempo perfeito do

verbo), e seu estado presente é o resultado de alguma falha no passado. Ele os envergo-
nha: devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a

ensinar (12). Provavelmente, muitos deles consideravam-se mestres, mas não estavam
qualificados para tal (cf. 1 Tm 1.5-7). Eles tinham perdido o controle da realidade da fé

cristã de tal forma que precisavam de uma atualização no ABC do evangelho, os primei-
ros rudimentos das palavras de Deus.9 Eles voltaram ao estado primitivo de infân-
cia espiritual, em vez de tornarem-se pessoas maduras, a ponto de precisarem de leite e

não de sólido mantimento (“alimento sólido”, Mueller). Este estado vergonhoso não é
devido à falta de tempo, porque evidentemente não eram recém-convertidos, mas por
causa da falta de aplicação prática.


2. Uma doutrina essencial. V (13,14) - As marcas contrastantes da primeira infância e da fase adulta são resumidas de

maneira precisa nos versículos 13,14. Aquele cuja dieta está confinada ao leite natural-
mente não está experimentado na palavra da justiça, pela razão óbvia de ser um menino (13); e espera-se que meninos (“crianças”) espirituais sejam alunos e não mes-
tres. Apalavra da justiça pode significar o próprio evangelho ou o ensino do evangelho,
provavelmente o que foi mencionado em segundo lugar, visto que o versículo 12 já deixa
claro que deveriam ter alcançado o estágio de mestres. Mas o mantimento sólido é
para os perfeitos (14). As verdades cristãs — principalmente a perspectiva cristológica
do AT, que não pode ser encontrada na superfície — podem ser compreendidas e ensina-
das somente por cristãos maduros. Estas pessoas maduras são agora definidas como
aquelas que em razão do costume, têm os sentidos exercitados (plenamente trei-
nados) para discernir tanto o bem como o mal. Sentidos aqui refere-se à sua “per-
cepção interior” (Mueller). A habilidade no discernimento é, portanto, a marca da matu-
ridade. Bem e mal podem ser tanto éticos quanto doutrinários; provavelmente as duas
idéias estejam incluídas, embora o contexto sugira uma ênfase imediata na verdade e
erro em relação a Cristo e às Escrituras. Mas, duas coisas estão claras: 1) a perfeição
neste texto pode ser definida como maturidade; e 2) a “maturidade” confessada em que
não há percepção confiável entre o bem e o mal não é genuína.10
A frase em razão do costume (dia ten hexin) implica que maturidade é um conhe-
cimento gradual por meio da prática. Mas isto não está totalmente correto. Hexin como
substantivo significa “hábito” ou uma condição do corpo ou da mente. O significado pode-
ria ser: Os plenamente maduros são aqueles que, por causa do seu estado espiritual
avançado têm suas faculdades espirituais plenamente treinadas. Em outras palavras,
um nível mínimo de maturidade espiritual é um pré-requisito para a prática habitual. A
prática por sua vez evidencia a maturidade e a aumenta.



AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
Pastor na Congregação - Ev. Moacir Adilino
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
Contato (+5511) 98048-3304 (Oi Whatsapp).


BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA DE ESTUDO DAS PROFECIAS
COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO - WARREN W. WIERSBE, EDITORA CENTRAL GOSPEL.
COMENTÁRIO EPÍSTOLAS HEBREUS - SEVERINO PEDRO DA SILVA, CPAD.
COMENTÁRIO BÍBLICO PENTECOSTAL -editado por French L. Arrington e Roger Stronstad. CPAD.
http://www.ibanac.com/wp-content/uploads/2016/01/58Hebreus.pdf
Comentário Bíblico William Barclay
Comentário Bíblico Beacon.







quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Lição 4 - Jesus é Superior a Josué - O meio de entrar no Repouso de Deus.





TEXTO ÁUREO
“Procuremos, pois, entrar naquele repouso, par que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.” (Hb 4.11).
VERDADE PRÁTICA
O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é Celestial, eterno e completo.
Leitura bíblica: Hb 4.1-13 (explicação).
V.(1-8) – Deus prometeu descanso ao povo de Israel, mas ele não pode desfrutá-lo por causa da desobediência originada pela incredulidade. Hoje, Deus também promete descanso a seu povo – paz em meio à provação e vitória, apesar de problemas insolúveis. Lembre-se que os leitores de Hebreus atravessavam um período de provação (Hb 10.32-39; 12.3-14; 13.13) e estavam tentados, como o antigo Israel, a voltar à antiga vida. Deus prometera descanso da vitória, todavia eles corriam o risco de não atingir esse objetivo. O argumento do autor é este: Deus prometeu descanso ao seu povo, porém Israel fracassou em entrar nesse descanso.
V. (9-12) – Nestes versículos “obras” significa “ser diligente” – sejamos diligentes ara entrar nesse descanso. “Ser diligente” é exatamente o oposto de desviar-se. Ninguém amadurece na vida cristã sendo descuidado ou preguiçoso. Veja as três exortações de Pedro para que os crentes sejam diligentes em 2Pe 1.4-12 e 3.11-18. Repetiremos o fracasso de Israel e não entraremos no descanso nem na herança prometidos se não formos diligentes. Qual é o segredo para entrar nesse descanso? A palavra de Deus. Hb 4.12 é  a resposta para qualquer condição espiritual. Não deixaremos de herdar a bênção se permitirmos que a palavra nos julgue e exponha nosso coração.

                                    INTRODUÇÃO
              Enquanto Moisés liderou os israelitas em sua saída do Egito, Josué liderou-os a  entrar na terra da promessa e do descanso. Mas nem mesmo Josué poderia garantir aos israelitas o verdadeiro descanso de Deus. Nosso autor exorta seus leitores a entrarem no descanso superior que Deus prometeu, e que o Josué do Novo Testamento, Jesus Cristo, torna possível. Hebreus 4 é o primeiro capítulo na bíblia sobre o descanso prometido de Deus para seu povo. Ao interpretar esta passagem, devemos ter em mente que o nosso autor fala de três tipos de descanso:
1)   O descanso de Canaã, a que Josué liderou a segunda geração de israelitas;
2)   O próprio descanso de Deus que se seguiu à criação;
3)   O descanso espiritual em que os crentes devem entrar pela fé. Este último é mencionado repetidamente.
Há também três observações preliminares importantes a fazer sobre o caráter do descanso que Deus promete ao seu povo:
1)   O descanso em Canaã é um tipo ou símbolo do repouso espiritual que Deus promete a seu povo, em Cristo.
2)   Este repouso espiritual é prefigurado pelo descanso sabático de Deus.
3)   Este descanso espiritual – com outros aspectos do reino de Deus – envolve tanto a realidade presente quanto a esperança futura para o povo de fé.

I.         JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ

1.   Uma mensagem que deve ser recebido pela fé – Aqui, o escritor sagrado faz alusão à pregação das Boas-novas em ambos os Testamentos. A diferença, no entanto, é que, em nós, a fé cooperou, mas para eles a pregação não estava misturada com a fé, e sim, com a justiça de Deus. Tudo na lei dependia da justiça, ou seja, a ordem era: “Fazei e vivei”. A justificação pela fé antecipava o período da Lei. Por esta razão a escritura declara que Deus imputou a fé de Abraão como sendo justiça, que mais tarde a Lei vindicou.

2.   Uma mensagem que se fundamenta na obediência – Ao mencionar “alguns” que estão habilitados para entrar no repouso prometido por Deus, o autor sagrado se refere àqueles que aceitaram as Boas Novas do Evangelho de Cristo. O apóstolo Paulo descreve esta cegueira de Israel em Romanos 11, mostrando-nos que Israel buscava uma salvação pela sua própria justiça; no entanto, a salvação outorgada por Jesus é pela Graça. O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e outros foram endurecidos.

3.   Uma mensagem que conduz à contrição – Jó diz: “Antes, Deus fala uma e duas vezes, porém ninguém atenta para isso” (Jó 33.14). muitas vezes o homem se encontra tão distante de Deus e de seus propósitos, que se faz necessário que Deus insista em falar algumas vezes, até que o homem escute a sua voz. O mesmo se aplica à pessoa que está pervertida em seus sentimentos: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tito 3.10). Deus não contenderá para sempre com o homem que não escuta a sua voz, e chegará o momento em que Ele porá termo à sua misericórdia e entrará em juízo com ele.




II.        JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ

2.   Um descanso real – No entanto, quando Josué que é uma figura de Cristo – introduziu o povo na terra prometida, a nação começou a desfrutar um tipo de descanso, ainda que terreno. Mas o escritor sagrado nos mostra aqui que este era apenas uma figura daquele descanso que Deus deseja dar ao seu povo, o qual é encontrado em Cristo por meio da vida eterna. Evidentemente, qualquer repouso dedicado ao Cristão, no sentido religioso, seja ele na vida ou na morte, somente será encontrado em Cristo. Ele é "o Senhor do sábado” – portanto é o “Senhor do repouso”.
3.  Um descanso eterno – O paralelo real para o repouso dado por Jesus Cristo não é o repouso dado por Josué, mas o de Deus, referido aqui como “repouso sabático”. O “repouso de Deus” está relacionado ao sábado original, quando Deus terminou sua obra de criação e descansou no sétimo dia. O sábado terrestre é uma lembrança semanal do repouso de Deus. Isaias 58.13 indica que o repouso do sábado representou desistir de seu próprio caminho e deleitar-se no caminho do Senhor. A realidade espiritual do repouso de Deus no meu tempo presente envolve a entrega de nossa vontade a Deus, de forma que não façamos mais como bem nos aprouver, mas vivamos alegremente de acordo com a sua vontade; cessamos assim as nossas próprias obras e deixamos que Ele trabalhe em nós de acordo com sua vontade. Por um lado, o repouso de fé é um lugar de paz e segurança que vem quando se está completamente livre da incredulidade  de toda a insegurança que acompanha a incredulidade; por um lado, entrar no repouso de Deu envolve também uma interrupção nas lutas do ego, um repouso dos esforços de uma vida orientada pelas obras rendendo-se completamente a Deus.

III.       JESUS PROVEU  UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
Podemos entrar no repouso de Deus submetendo-nos à cirurgia da palavra dEle. A palavra de Deus é tudo aquilo que Deus fala, seja nas escrituras, seja através de seu Filho, pela pregação do evangelho ou pela voz do Espírito Santo. O texto aqui se refere especialmente ao Salmo 95.7-11. De um modo diferente das palavras humanas, a palavra de deus é onisciente e penetrante, e, incorpora o próprio caráter de Deus. É viva, ativa, penetrante e perspicaz. Além disso, possui o poder de realizar o propósito de Deus pelo qual é enviada e sempre exige resposta.
A palavra de Deus é como uma espada afiada, a espada do Espírito; e aqui é descrita como mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes. A imagem transmitida não é tanto a de um julgamento, como se referindo ao bisturi de um cirurgião que fere, corta e perfura a fim de nos curar.
A palavra de Deus penetra tão completamente em nosso interior que discerne e define a obscura linha divisória entra alma [psyche] e o espírito [pneuma]. Vários sentidos representam o valor desta espada de dois gumes: A palavra de Deus. O primeiro gume é retrospectivo – aponta para trás (antigo testamento). O segundo gume é prospectivo – aponta para frente (Novo testamento).
·         Ela ataca e defende;
·         Ela fere e cura;
·         Ela justifica o homem e também o condena;
·         Ela está na terra [palavra visível] e no céu [a palavra invisível];
·         Ela indica o caminho da vida e o caminho da morte;
·         Ela é doce e também amarga;
·         Ela prepara o homem como cidadão na terra e como cidadão do céu.
A bíblia diz que somos o templo de Deus. O templo consistia de átrio, lugar santo e lugar santíssimo. O átrio é o corpo, pois sua vida é visível a todos. O lugar Santo ( é visto a alma do homem), que constitui a sua vida interior e inclui sua emoção, vontade e mente, estão plenamente iluminados para que possa servir a Deus como o sacerdote do passado o fazia. O lugar Santíssimo (o espírito do homem), no interior, além d véu encontra-se o Santo dos Santos, o qual nenhuma luz humana jamais entrou e olho humano algum jamais penetrou. Este é o espírito do homem. Este espírito jaz além da consciência própria do homem e acima da sua sensibilidade. Aqui o homem une-se a Deus e tem comunhão com Ele, mas sempre por meio do corpo.

Todos estes servem como imagens e sombras ara uma pessoa regenerada. Seu espírito é como o Santo dos Santos habitado por Deus, onde tudo é realizado pela fé, além da vista, sentidos ou entendimento. A alma simbolizava o Lugar Santo, pois ela é amplamente iluminada com muitos pensamentos e preceitos racionais, conhecimento e entendimento concernente às coisas do mundo idealista e terreno. O corpo é comparado ao átrio exterior, claramente visível a todos.


AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
Pastor na Congregação - Ev. Moacir Adilino
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA DE ESTUDO DAS PROFECIAS
COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO - WARREN W. WIERSBE, EDITORA CENTRAL GOSPEL.
COMENTÁRIO EPÍSTOLAS HEBREUS - SEVERINO PEDRO DA SILVA, CPAD.
COMENTÁRIO BÍBLICO PENTECOSTAL -editado por French L. Arrington e Roger Stronstad. CPAD.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

LIÇÃO 3 - A Superioridade de Jesus em relação a Moisés.

TEXTO ÁUREO

“Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou”.



VERDADE PRÁTICA

Cristo em tudo foi superior a Moisés na casa de Deus, pois enquanto o legislador hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.


Leitura bíblica: Hb 3. 1-19 (explicação).

V.(1-2) CRISTO É MAIOR EM POSIÇÃO – Originalmente, Moisés era um profeta (Dt 18.15-19; At 3.22), embora tenha exercido a função de sacerdote (Sl 99.6) e até de rei (Dt 33.4-7). No entanto, Moisés foi chamado por Deus, mas Cristo foi enviado por ele. Ele é o “Apóstolo” ou o “Enviado”. Cristo também é o Sumo Sacerdote, posição que Moisés jamais ocupou. Além do mais, o ministério dele era uma “vocação celestial”, e não apenas o chamado terreno de Israel. Moisés ministrou a um povo terreno cujo chamado e cujas promessas eram principalmente terrenas; Cristo é o apóstolo e o Sumo Sacerdote de um povo celestial, povo estrangeiro e peregrino nesta terra.

V. (3-6) CRISTO É MAIOR EM SEU MINISTÉRIO – Deus afirma que Moisés foi fiel (Nm 12.7) como Cristo foi (V.2); porém a partir desse ponto, o ministério deles se separa. Moisés era o servo; Cristo é o filho. Moisés servia na casa; Cristo é o Senhor da casa. É óbvio que “a casa” significa a família de Deus, não o templo nem o tabernáculo. Moisés foi servo em Israel, a família de Deus do Antigo Testamento; Cristo é o Filho superior da família de Deus, que hoje é a igreja (Hb 3.6; 10.21; 1PE 2.5; 4.17; Ef 2.19). Vamos ver dois aspectos nessa comparação entre Moisés e Cristo:
A) MOISÉS ERA UM SERVO; CRISTO É O FILHO – Essa afirmação sugere que o ministério do Antigo Testamento era de sujeição e de servidão, e que o de Cristo, sob a nova aliança, era de liberdade e de alegria. A lei do Antigo Testamento é chamada de “escravidão” (Gl 2.4; 5.1). A antiga aliança não conhecia a bênção dos privilégios de filhos que desfrutamos na família do Senhor Deus.
B) MOISÉS MINISTROU POR MEIO DE SÍMBOLOS; CRISTO É O CUMPRIMENTO DESSES SÍMBOLOS – Hb 3.5, em Cristo, temos o brilho da verdadeira luz; em Moisés, estamos nas sombras. O fato de os leitores de Hebreus voltarem ao judaísmo quer dizer trocar o cumprimento por tipos de sombras.

V. (7-19) CRISTO É MAIOR NO DESCANSO QUE FORNECE – Os judeus eram escravos no Egito, da mesma forma que os pecadores o são no mundo. Deus redimiu Israel pelo sangue do cordeiro, como nos redime por intermédio do  sangue de Cristo. Ele prometeu uma terra de Bênçãos aos judeus, como prometeu aos seus uma vida de bênçãos, uma herança espiritual em Cristo. Depois que eles atravessaram o Mar vermelho, Israel caiu em descrença, rebelou-se e recusou-se a crer no Senhor. Os judeus vaguearam pelo deserto por 40 anos, um ano para cada dia que os espias ficaram em Canaã. Os capítulos 3, 4 referem-se a três tipos de descanso, todos associados ao plano de Deus: 1) o descanso da salvação; 2) o descanso da vitória em meio às provações, simbolizado pela terra prometida de Canaã; 3) o futuro descanso eterno, o celestial. Pode-se aplicar a advertência do V.12 aos Crentes? Sem dúvida que sim! A incredulidade é um pecado constante entre os cristãos, e o coração perverso que negligencia a palavra a gera. Uma coisa é crermos em Deus para salvação, e outra, bem distinta, entregar, todos os dias, nossa vontade e nossa vida à orientação e ao serviço dele. Muitos cristãos ainda andam errantes pelo deserto da derrota e da incredulidade; foram libertados do Egito, mas não entraram em Canaã para afirmar sua herança em Cristo.

INTRODUÇÃO

No capítulo 3, ocorre uma apologia em favor da Superioridade de Cristo sobre Moisés que em tudo foi fiel a Deus e adverte seus leitores sobre o perigo da incredulidade e da desobediência (Hb 3.1-6). Nesse texto o autor afirma que Moisés havia sido um servo de Deus com a função de testemunhar as coisas que seriam anunciadas e que Cristo era o Filho de Deus, portanto, um governante acima de Moisés e dos demais filhos de Deus. Por isso os destinatários da carta não deveriam endurecer seus corações como haviam feito os antigos israelitas, que mesmo tendo presenciado diversas obras de Deus no deserto, não tinham seguido o caminho da verdade e, consequentemente, não fariam parte do reino de Deus.

I.                     UMA TAREFA SUPERIOR

1.      Uma vocação superior -  Há dois aspectos do ministério sacerdotal de Cristo: o divino e o humano; o propiciatório e o pastoral.
Uma das tarefas principais do Sumo Sacerdote é propiciar o santo Deus ao lidar honesta e adequadamente com o problema do pecado. Este mediador entre Deus e os homens é Jesus. Seu primeiro oficio  como Sacerdote misericordioso e fiel é expiar os pecados do povo. Deus é propiciado (satisfeito) por esta expiação; portanto uma reconciliação pode estar baseada nela. Esta é uma referência clara à função justificadora do sacerdote e não ao ministério de santificação.


2.      Uma missão superior – No versículo 1, a palavra “confissão”, exprime duas idéias importantes para o cristianismo.
1º - Ela traz o sentido da formalidade de um voto, de um acordo legal, indicando, no vocabulário cristão, a solene lealdade que os homens devem a Cristo como seu Senhor e Salvador. Doravante, sempre envolverá mais do que mera aceitação de um credo, de uma confissão de determinadas doutrinas ou decretos preestabelecidos. Em sentido elementar, mas espiritual, é a entrega da alma a Cristo, naquela atitude dominada pela fé. 2º Em sentido Litúrgico, isso traz em si a idéia de um confessionário, onde o pecador arrependido busca perdão para seus pecados. No caso dos santos, esse confessionário são os pés de nosso Senhor Jesus Cristo.




3.      Uma mediação superior -






             AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
Pastor na Congregação - Ev. Moacir Adilino
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
Contato (+5511) 98048-3304 (Oi Whatsapp).


BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA DE ESTUDO DAS PROFECIAS
COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO - WARREN W. WIERSBE, EDITORA CENTRAL GOSPEL.
COMENTÁRIO EPÍSTOLAS HEBREUS - SEVERINO PEDRO DA SILVA, CPAD.

https://www.estudosdabiblia.net/2004413.htm