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segunda-feira, 20 de junho de 2022

LIÇÃO 13 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DO CRISTÃO

Profº Pb. Junio - AD belém setor 13. Congregação
Boa Vista II. 

LIÇÃO 13 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DO CRISTÃO

TEXTO ÁUREO

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (MT 7.21).

 

VERDADE PRÁTICA

No Reino de Deus, não basta ouvir para se identificar com o Salvador, é preciso praticar o que se aprendeu.

 

LEITURA BIBLICA EM CLASSE: MT 7. 21-27 (comentário bíblico)

 

Vv. 21-23 – Se os versículos 15-20 lidam com falsos profetas, os versículos 21-23 tratam de falsos seguidores. Talvez alguns seguidores tenham se tornado falsos por causa dos falsos profetas. O clamor deles: “Senhor, Senhor” (v. 21), reflete veemência. Na época de Jesus, é duvidoso que o termo “Senhor” para se referir a ele representasse mais que “mestre” ou tratamento de respeito. Mas no período pós-ressurreiçao, o termo tornou-se designação de adoração e confissão da divindade de Jesus. Por isso, alguns suspeitam de anacronismo aqui. Dois fatores sustentam a autenticidade: (1) o paralelo em Lucas 6.46 (cf. também Jo 13.12-16); (2) e o fato de que durante todo o ministério de Jesus, ele referiu-se a si mesmo em categorias relativamente veladas cujo pleno sentido só pôde ser apreendido após a ressurreição. O versículo 23 pressupõe cristologia implícita da mais alta ordem. Jesus mesmo não só decide quem entrará no reino no último dia, mas também quem será banido da sua presença. O fato de que ele nunca conheceu esses falsos pretendentes levanta uma nota bíblica comum, viz., o quão próximo alguém pode chegar da realidade espiritual enquanto não sabe nada a respeito de sua realidade fundamental (e.g, Balaão; Judas Iscariotes; Mc 9.38,39; ICo 13.2; Hb 3.14; ljo 2.19). “Contudo, nem todos que falam em espírito são profetas, a não ser que se comporte como o Senhor” (D idaquê 11.8). Pode-se fazer duas observações finais. A primeira, embora a declaração: “Nunca os conheci” seja a mais branda das maldições rabínicas (SBK, 4:293), as palavras usadas aqui são claramente finais e escatológicas em um contexto solene referente a “naquele dia” e à entrada no reino. A segunda, a frase: “Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”, é uma citação de Salmos 6.8 (cf. Lc 13.27). No salmo, o sofredor, vindicado por Iavé, diz aos praticantes do mal para que se afastem. Mais uma vez é difícil evitar a conclusão de que Jesus mesmo liga a autoridade do Rei messiânico com a do Sofredor justo, por mais velada que seja a alusão (veja comentário sobre 3.17).

Vv. 24-27 - 24-27 O sermão de Lucas termina com a mesma nota (Lc 6.47-49). Provavelmente, os evangelistas adaptaram a parábola para a situação de seus leitores. Os versículos 21-23 contrastam “dizer” e “fazer”; esses versículos contrastam “ouvir” e “fazer” (Stott, p. 208), o que nao é distinto de Tiago 1.22-25; 2.14-20 (cf. Ez 33.31,32). Além disso, a vontade do Pai (v. 21) torna-se definitiva no que Jesus chama de “estas minhas palavras” (v. 24): seu ensinamento é definitivo (veja comentário sobre 5.17-20; 28.18-20). A luz da escolha radical dos versículos 21-23, “portanto” (v. 24), as duas posições podem estar ligadas aos dois construtores e suas casas. No tempo bom, cada casa parece segura. Mas a Palestina é conhecida pelas chuvas torrenciais que transformam uádis secos em correntes caudalosas. Apenas a tempestade revela a qualidade da obra dos dois construtores. O pensamento lembra-nos a parábola do semeador na qual a semente plantada em solo rochoso dura apenas um curto período de tempo, até que “surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra” (13.21). A maior tempestade é escatológica (cf. Is 28.16,17; Ez 13.10-13; cf. Pv 12.7). Mas as palavras de Jesus sobre as duas casas não precisam ser restritas dessa forma. O ponto é que o homem sábio (termo repetido em Mt; cf. 10.16; 24.45; 25.2,4,8,9) constrói uma casa para resistir a tudo. Está claro do que consiste a sabedoria (phronimos', o termo não ocorre em Marcos e há duas ocorrências dele em Lucas [12.42; 16.8]). A pessoa sábia representa aqueles que praticam as palavras de Jesus; eles também constroem para que sua construção resista a tudo. Os que fingem ter fé, que têm apenas um compromisso intelectual ou que desfrutam de Jesus em pequenas doses são construtores insensatos. Quando as tempestades da vida chegam, as estruturas deles não enganam ninguém, muito menos a Deus (cf. Ez 13.10-16). O sermão termina com o que esteve implícito do início ao fim dele — a exigência de submissão radical ao senhorio exclusivo de Jesus, que cumpre a Lei e os Profetas e adverte o desobediente de que a alternativa à obediência total, à verdadeira justiça e à vida no reino é a rebelião, egocentrismo e condenação eterna.

 

                              INTRODUÇÃO

 

Aqui Cristo mostra que não bastará reconhecê-lo como nosso Amo somente de palavra e língua. É necessário para nossa felicidade que acreditem os em Cristo, que nos arrependam os do pecado, que vivam os uma vida santa, que nos amemos uns aos outros. Esta é sua vontade, nossa santificação. Tenham os cuidado de não apoiar-nos nos privilégios e obras externas, não seja que nos enganem os e pereçam os eternam ente com um a mentira a nossa direita, com o o fazem multidões. Que cada um que invoca o nome de Cristo se afaste de todo pecado. Existem outros cuja religião descansa no puro ouvir, sem ir além; suas cabeças estão cheias de noções vazias. Essas duas classes de ouvintes estão representados pelos dois construtores. Esta parábola nos ensina a ouvir os ditados do Senhor Jesus: alguns podem parecer duros para carne e sangue, m as devem ser feitos. Cristo está colocado com o fundamento e toda outra coisa fora de Cristo é areia. Alguns constroem suas esperanças na prosperidade mundana; outros, num a profissão externa de religião. Sobre estas se aventuram, m as estas são só areia, demasiado fracas para suportar uma trama com o nossas esperanças do céu. Há uma tormenta que vem e provará a obra de todo homem. Quando Deus tira a alma, onde está a esperança do hipócrita? A casa desabou na tormenta, quando mais a necessitava o construtor, e esperava que lhe servisse de refúgio. Caiu quando era demasiado tarde para edificar outra. O Senhor nos faça construtores sábios para a eternidade. Então, nada nos separará do amor de Cristo Jesus. As multidões ficavam atônitas ante a sabedoria e o poder da doutrina de Cristo. Este sermão, tão freqüentemente lido, sempre resulta novo. Cada palavra prova que seu Autor é divino. Sejamos cada vez mais decididos e fervorosos, e façam os de um a ou de outra destas bem -aventuranças e graças cristãs o tem a principal de nossos pensamentos, por semanas seguidas. Não descansem os em desejos gerais e confusos, pelos quais possamos captá-lo tudo, porém sem reter nada.

 

I.             A CONDENAÇÃO DOS FALSOS SEGUIDORES DE JESUS

 

Depois da ilustração dos dois caminhos e das duas árvores, Jesus encerra sua mensagem descrevendo dois construtores e duas casas. Os dois caminhos ilustram o começo da vida de fé, e as duas árvores ilustram o crescimento e os resultados dessa vida de fé aqui e agora. As duas casas, por sua vez, ilustram o fim dessa vida de fé, quando Deus julgará todas as coisas. Há falsos profetas junto à porta que conduz para a estrada espaçosa, facilitando a entrada de todos. Mas, no final desse caminho, há destruição. O teste final não é o que pensamos de nós mesmos, ou o que os outros pensam de nós, mas sim: o que Deus dirá? Com o se preparar para esse julgamento? Fazendo a vontade de Deus. A obediência a sua vontade é a prova da verdadeira fé em Cristo. Tal prova não consiste em palavras, não é dizer: "Senhor, Senhor" e não obedecer a suas ordens. Com o é fácil aprender um vocabulário religioso, até memorizar versículos bíblicos e canções, e ainda assim não obedecer à vontade de Deus. Quem é, verdadeiramente, nascido de novo tem o Espírito de Deus habitando dentro de si (Rm 8:9), e o Espírito permite que conheça a vontade do Pai. O amor de Deus em seu coração (Rm 5:5) motiva-o a obedecer a Deus e a servir aos outros. Nem palavras nem atividades religiosas substituem a obediência. A pregação, a expulsão de demônios e a operação de milagres podem ter inspiração divina, mas não garantem a salvação. É bem possível que até mesmo Judas tenha participado de algumas ou talvez de todas essas atividades, mas, mesmo assim, não era um cristão verdadeiro. Nos últimos dias, Satanás usará "prodígios da mentira" para enganar as pessoas (2 Ts 2:7-12).

2.  Os milagres não transformam o caráter - verdadeiro é conhecido não apenas pelas suas obras (7.22,23). Esses falsos crentes pieitearão, no dia do juízo, o reconhecimento de suas obras portentosas: profecia, expulsão de demônios e muitos milagres. Todas as obras aqui mencionadas são sobrenaturais. Não se questiona a realidade delas, mas se reprovam todas, porque a vida daqueles que as praticaram estava imiscuída em iniquidade. Deus não está interessado apenas no que fazemos, mas também, e sobretudo, em como o fazemos. Deus requer obra certa e motivação certa. Ele quer verdade no íntimo. Concordo com A. T. Robertson quando ele diz que naquele dia Jesus lhes arrancará a pele de ovelha e exporá o lobo voraz.16 Em terceiro lugar, um crente verdadeiro é conhecido pela obediência (7.21). Quem vai entrar no reino dos céus não são aqueles que fazem profissões de fé ortodoxas e emocionantes, nem aqueles que fazem obras milagrosas, mas os que obedecem à vontade do Pai. Não é possível substituir obediência por performance. Tasker tem razão ao dizer que Jesus afirma aqui com grande ênfase que a conduta correta, o fazer a vontade do Pai, e não a adoração de lábios, é que constitui o passaporte para a travessia da porta que conduz à vida e que resulta num veredito de absolvição naquele dia do juízo.

3. Fazendo a vontade do Pai - O que significa: fazer a vontade do Pai? Significa que a mais bem sucedida atividade em favor do Senhor pode cair, apesar de tudo, sob a condenação dele se o discípulo não perseguiu com todo coração e empenho a santificação pessoal. Pois essa é a vontade de Deus, a “vossa santificação” (1Ts 4.3; cf. 2Co 7.1; Hb 12.14). A discrepância entre o sucesso de suas realizações e a conduta pessoal na santificação será a sua condenação. Com que seriedade Paulo entendeu essa exortação do seu Senhor, quando falou, em 1Co 9.24-27, de sua luta pessoal pela santificação nas três imagens da luta na corrida, da luta de boxe e da luta corporal, um testemunho que ele encerra com as palavras: “… para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. Quando meninos muito provavelmente dissemos a nossa mãe: "Mãe, gosto de você." E é muito provável, também, que nossas mães nos olhassem com muito carinho e um pouco de tristeza, e nos dissessem: "Queria que você o demonstrasse um pouco em seu comportamento." Com muita freqüência confessamos a Deus com nossos lábios e o negamos em nossas vidas. Não é difícil recitar um credo, mas sim é difícil viver uma vida cristã. A fé sem uma vida que a expresse é uma contradição de termos. O amor sem obediência é uma impossibilidade.

 

II.           EM QUEM ESTAMOS ALICERÇADOS?

 

1.   1. O alicerce começa pelo ouvir - O que significa construir sua casa sobre um fundamento sólido? Significa mais do que ouvir a Palavra de Deus ensinada e ser familiarizado ou até concordar com ela. Podemos fazer tudo isso e ainda sermos tolos espirituais (v. 26). Obediência à Palavra de Cristo distingue o homem sábio de seu vizinho tolo. Assim como a diferença entre o verdadeiro e o falso profeta é que o profeta verdadeiro “faz a vontade do meu Pai que estás no céus” (v. 21), a diferença entre verdadeiro e o falso cristão é que o verdadeiro cristão coloca em prática o que ele tem ouvido de seu Mestre neste Sermão. Termos escolhas diante de nós: é para que escolhamos. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos hoje é que com muita freqüência os homens não sabem o que Jesus ensinou, ou o que a Igreja prega. Pior ainda, têm idéias muito erradas do que Jesus ensinou ou do que prega a Igreja. Um dos deveres importantes de toda pessoa honesta consiste em não condenar a uma pessoa ou a uma instituição sem antes tê-la escutado – e isto, precisamente, é o que hoje a maioria não faz. O primeiro passo para uma vida cristã é dar a Jesus uma oportunidade para nos falar. É preciso ouvir a Palavra de Deus e praticála (ver Tg 1:22-25). Não se deve apenas ouvir (ou estudar) o que está escrito. O ouvir deve redundar em ações. É isso o que significa construir a casa na rocha. Não se deve confundir esse símbolo com a "rocha" de 1 Coríntios 3:9ss. Ao pregar o evangelho e ganhar almas para Cristo, Paulo fundamentou a igreja local de Corinto em Jesus Cristo, pois ele é o único alicerce verdadeiro da igreja local.

2. 2.  A importância do bom alicerce - O conhecimento só se torna importante e real para nós quando o traduzimos em ação. Seria perfeitamente possível aprovar com altas distinções um exame de ética cristã na universidade, sem ser cristão. O conhecimento deve transformar-se em ação; a teoria deve passar à prática; a teologia deve chegar a ser vida. Não tem sentido ir ao médico se não estamos dispostos a fazer as coisas que nos vai dizer que façamos. De pouco vale ir a um especialista de qualquer tipo se não estamos preparados para agir segundo suas recomendações. E entretanto, há milhares de pessoas que todos os domingos ouvem os ensinos de Jesus nas Iglesias, e que conhecem perfeitamente bem o que Jesus ensinou, e entretanto, não fazem nem o mais insignificante intento de pôr todo isso em prática. Se tivermos que ser seguidores de Jesus, nossas duas obrigações primeiras são ouvir e fazer. O alicerce da parábola em questão é a obediência à Palavra de Deus - obediência que comprova a fé verdadeira (Tg 2:14ss). O s dois homens da história tinham vários aspectos em com um . Ambos desejavam construir uma casa e ambos a fizeram de forma a parecer bela e forte. Porém, quando veio o julgamento (a tempestade), uma delas caiu. Qual era a diferença? Por certo, não era a aparência exterior. A diferença estava no alicerce: o construtor bem-sucedido "cavou, abriu profunda vala" (Lc 6 :4 8 ) e alicerçou sua casa numa fundação sólida.

3.  3.  A relevância do praticar -  Há alguma palavra na qual se resuma o significado de ouvir e fazer? Essa palavra existe, é obvio, e é obediência. Aprender a obedecer é o mais importante na vida. Faz algum tempo pôde ler-se nos jornais a notícia de um marinheiro da Armada Real Inglesa que foi severamente castigado por ter quebrantado importantes disposições regulamentares de sua arma. O castigo foi severo ao ponto que muitos civis pensaram que se exagerou a nota, e assim o manifestaram de diversas maneiras. Um dos periódicos pediu a seus leitores que escrevessem cartas expressando sua opinião sobre o assunto. Um dos que reagiram foi alguém que tinha servido durante muitos anos. Segundo sua opinião, o castigo não era muito severo. Sustentava que a disciplina era absolutamente essencial, pois seu propósito era condicionar o homem a obedecer incondicionalmente e de maneira automática, e desta obediência podia depender até a própria vida do interessado. E citava um caso ocorrido em sua própria experiência. Em certa oportunidade estava a bordo de uma lancha, que rebocava outro navio muito maior e pesado. Este navio estava atado à lancha por meio de um cabo de aço. De repente, no meio do vento e as ondas, ouviu-se a voz do oficial encarregado: "Corpo a terra!" Todos os homens que estavam sobre coberta imediatamente se lançaram ao piso. Nesse mesmo momento estalou o cabo de reboque e seus pedaços açoitaram a coberta como uma serpente de aço enlouquecida. Se algum homem tivesse estado de pé, teria morrido instantaneamente pelo golpe. Mas toda a tripulação obedeceu automaticamente e ninguém saiu machucado. Se alguém parasse para discutir a ordem ou tivesse pedido esclarecimentos, teria sido homem morto. A obediência pode salvar a vida. Esta é a classe de obediência que Jesus exige. Ele afirma que a obediência a suas palavras é o único fundamento firme para a vida; e sua promessa é que toda vida cimentada na obediência a Ele está segura, por fortes que sejam as tormentas que a açoitem.

 

 III. JESUS: A NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE

1. Jesus, nosso maior pregador - Se até os ninivitas arrependeram-se, não deveriam ter feito o mesmo os judeus?

Entretanto, os ninivitas se arrependeram; a maioria dos israelitas não (Jo. 1:11; 12:37). Gente com menos luz obedeceu uma pregação menos iluminada, mas gente mais iluminada se nega a obedecer a Luz do mundo. Faz-se a pergunta: “Mas, foi genuíno este arrependimento dos ninivitas, isto é, para salvação?” A resposta que se dá é que não, de outro modo Nínive não teria sido destruída. Objeção: a destruição de Nínive ocorreu ao redor do ano 612 a.C., isto é, quase um século e meio depois da pregação de Jonas. Portanto, é injusto acusar os ninivitas do tempo de Jonas dos pecados de uma geração muito posterior.

A Escritura não diz em nenhum lugar que o arrependimento de todos os ninivitas fora genuíno, mas tampouco deixa a impressão de que nenhum deles fora salvo; antes, o contrário. Que houve certamente conversões genuínas em Nínive, e possivelmente muitas, parece estar implícito tanto no livro profético como aqui em Mt. 12:41. A ideia de que o arrependimento dos ninivitas não foi genuíno, e que era somente do vício à virtude, está sujeito a outras três objeções: a. se ao falar da necessidade de arrependimento em Mt. 4:17 Jesus estava pensando num genuíno pesar pelo pecado, por que não podia ser assim aqui em 12:41? b. em 11:20–24 (cf. Lc. 10:13–15; 11:30) Nínive não se inclui na lista de cidades impenitentes do Antigo Testamento; e c. se o arrependimento a que se faz referência em Mt. 12:41 não é genuíno, é difícil explicar a declaração: “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão”. É preciso destacar que a respeito destes “ninivitas” não se diz, como no caso dos de Sodoma e Gomorra, Tiro e Sidom, que no juízo será mais passível para eles (10:15; 11:22, 24), mas sim, como a rainha do sul (12:42), eles se levantarão no juízo e condenarão “esta” geração, isto é, a geração dos escribas, fariseus e seguidores deles. Visto que é ensino das Escrituras (Dn. 7:22; Mt. 19:28; 1Co. 6:2; Ap. 15:3, 4; 20:4) que os filhos de Deus vão participar do juízo final (por exemplo, louvando a Deus em Cristo por seus juízos), esta declaração de Jesus a respeito do papel de certos ninivitas na sessão do Grande Tribunal é compreensível se o arrependimento deles é genuíno.

Novamente, em palavras similares às de 12:6 (veja-se sobre essa passagem) os fariseus e escribas recebem um aviso da grandeza do pecado deles ao rejeitar e blasfemar a Cristo: E eis aqui está quem é maior do que Jonas. Esta grandeza superior foi explicada um pouco antes; veja-se a comparação, pontos a, b, c, e d, p. 561.

2. A autoridade do ensino de Cristo -  A grande declaração

Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Cf. Dn. 7:14; Mt. 16:28; 24:30; 26:64. Jesus aqui reclama para Si todo o poder e o direito para exercê-lo. Quando diz, “me foi dada”, naturalmente interpretamos isto como a alusão a um dom que Ele recebeu como Mediador ressuscitado. Poderia acrescentar-se: “como uma recompensa pela realização de sua obra mediadora, a expiação efetuada”. Mas não fez Ele uma declaração um tanto parecida muita antes de Sua morte e ressurreição? Veja-se Mt 11:27. Não só isto, acaso não exerceu também durante os dias da Sua humilhação poder sobre todas as enfermidades, incluindo a lepra, sobre a fome, demônios, ventos e ondas, corações humanos e até a morte? Acaso não demonstrou isto em muitas ocasiões? Certo, mas existe uma importante diferença. Antes de Seu triunfo sobre a morte o uso desse dom estava sempre restringido de algum modo. Por exemplo, teve que dizer ao leproso que não desse a conhecer que tinha sido curado (Mt 8:4). Os homens cegos a quem foram abertos os olhos recebem uma ordem parecida (Mt 9:30). Ele Se abstém de pedir ao Pai que envie legiões de anjos para resgatá-Lo (Mt 26:53). Claro que Ele mesmo não deseja esta ajuda, mas a autorrestrição também é restrição. Sim, levanta da morte a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, e a Lázaro. No momento de Sua morte alguns santos ressuscitam. Mas embora tudo isto seja certamente assombroso, não é o mesmo que exercer realmente um poder ilimitado sobre céu e terra, fazendo-o proclamar por todas as partes sem nenhuma restrição, e logo no fim do século levantar todos os mortos e julgar todos os homens. É a investidura do Cristo ressuscitado com esta soberania sem restrições e universal o que Jesus agora reclama para Si e que especialmente dentro de uns poucos dias, depois de Sua ascensão ao céu, começa a exercer. Esse é o galardão por Sua obra (Ef. 1:19–23; Fp. 2:9, 10; Ap. 5; etc.).

Por que faz Jesus esta declaração? Resposta: para que quando agora comissiona a Seus discípulos para proclamar o evangelho através do mundo, eles saibam que cada momento, cada dia, podem contar com Ele. Acaso não é este o claro ensino de passagens tão preciosas como Jo. 16:33; At. 26:16–18; Fp. 4:13; e Ap. 1:9–20? Não só isto, mas também todos estes discípulos e aqueles que mais tarde os seguirem devem exigir que cada um, em todas as esferas da vida, reconheça com alegria a Jesus como “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Ap. 17:14).

3. Jesus como nossa identidade - O tempo da revelação dos filhos de Deus em seu estado e glória próprios é determinado; e isso ocorrerá quando seu irmão mais velho vier para chamar e reunir a todos: “Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele”. A partícula ean, geralmente traduzida por se, é aqui traduzida por quando; pois se observa que a partícula hebraica ‘am (à qual se pensa que ela corresponde) significa isso, como o Dr. Whitby notou aqui; e não somente ean é às vezes usada para otan, mas alguns manuscritos até mesmo trazem aqui otan, quando. E, dessa forma parece apropriado traduzi-la dessa forma em João 14.3, em que lemos: “…se eu for e vos preparar lugar…”\ porém mais natural e propriamente: “…quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, ou paralepsomai – eu vos levarei comigo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”.

Quando a Cabeça da igreja, o Filho unigénito do Pai, aparecer, os seus membros, os adotados de Deus, aparecerão e serão manifestados juntamente com Ele. Eles podem então esperar na fé, esperança e desejo intenso, pela revelação do Senhor Jesus; assim como também a criação aguarda pela sua perfeição e “…a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 7.19). Os filhos de Deus serão conhecidos e manifestos pela semelhança com a Cabeça da igreja: “…seremos semelhantes a ele” – semelhantes a Ele em honra, poder, e glória. Seus corpos desprezíveis serão feitos como o corpo glorioso de Jesus Cristo; serão preenchidos com vida, luz e bem-aventurança a partir dele. “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória” (Cl 3.4).


 AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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 BIBLIOGRAFIA

O Sermão do Monte, Sinclair Ferguson

Comentário Bíblico Mateus, Esperança

Comentário Expositivo Mateus, Hernandes Dias Lopes

Comentário Bíblico Mateus, D. A. Carson

Comentário Expositivo Mateus, Warren. W. Wiersbe

Comentário Bíblico Mateus, Matthew Henry

Comentário Bíblico Mateus, William Barclay

 HENDRIKSENWilliam. Comentário do Novo Testamento. Mateus. 1 Ed 2001. Editora Cultura Cristã.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. 

 

 


segunda-feira, 13 de junho de 2022

Lição 12 – A Bondade De Deus Em Nos Atender.

                     


Lição 12 – a bondade de deus em nos atender

 

TEXTO ÁUREO

“Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (MT 7.11).

 

VERDADE PRÁTICA

Deus é um Pai Amoroso que concede aos seus filhos aquilo que realmente é bom para eles.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MT 7.7-20 (comentário bíblico)

Vv. 7-11 - Por que Jesus fala sobre a oração neste ponto de sua mensagem? Estes versículos dão a falsa impressão de ser uma interrupção. Todos somos humanos e falíveis; todos com e temos erros. Apenas Deus julga com perfeição. Portanto, é preciso orar e buscar a sabedoria e orientação de Deus. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus" (Tg 1:5). O jovem rei Salomão sabia que não possuía a sabedoria necessária para julgar Israel, de modo que orou a Deus, e o Senhor, em sua graça, respondeu à sua oração (1 Rs 3:3ss). Se queremos discernimento espiritual, devemos sempre pedir a Deus, buscar sua vontade e bater à porta que conduz a ministérios mais elevados. Deus supre a necessidade de seus filhos.

V. 12 - É a famosa "Regra de Ouro", uma das declarações bíblicas mais mal-interpretadas. Não se trata de um resumo de toda a verdade cristã, tampouco do plano redentor de Deus. Assim com o não é possível desenvolver todo o estudo da astronomia com base na canção infantil "Brilha, Brilha Estrelinha", também não podemos construir nossa teologia com Essa grande verdade é um princípio que deve governar nossas atitudes para com os outros. Aplica-se somente aos cristãos e deve ser praticada em todas as áreas da vida. A pessoa que pratica a regra de ouro recusa-se a dizer ou a fazer qualquer coisa que prejudique a si mesma ou os outros. Nosso julgamento em relação aos outros deve ser governado por esse princípio, pois, do contrário, tornamo-nos orgulhosos e críticos, e nosso caráter espiritual se degenera. A prática da regra de ouro libera o amor de Deus em nossa vida e nos capacita a ajudar os outros, mesmo os que querem nos prejudicar. No entanto, é importante lembrar que a prática dessa regra tem um preço. Se desejamos o melhor de Deus para nós e para os outros, mas os outros resistem à vontade de Deus, sem dúvida sofreremos oposição. Somos o saí que queima a ferida aberta, e a luz que mostra a sujeira.

Vv. 13-20 - Uma vez que existem falsos profetas pelo mundo afora, devemos ter cuidado para não ser enganados. O maior perigo, porém, é enganar a si mesmos. Os escribas e fariseus haviam se convencido de que eram justos e de que os outros eram pecadores. É possível conhecer a linguagem correta, acreditar intelectualmente nas doutrinas, obedecer às regras e, ainda assim, não ter a salvação. Jesus emprega duas ilustrações para nos ajudar a julgar a nós mesmos e aos outros. As duas portas e os dois caminhos (vv. 13, 14). Trata-se, evidentemente, do caminho para o céu e do caminho para o inferno. Todos gostam da porta larga e do caminho espaçoso. No entanto, a fé não pode ser julgada por estatísticas, pois nem sempre a maioria tem razão. Só porque "todos fazem" alguma coisa, não quer dizer que estão fazendo o que é certo. Na verdade, é justamente o contrário: o povo de Deus sempre foi um remanescente, uma minoria neste mundo, e não é difícil descobrir por quê: a porta que conduz à vida é estreita, e o caminho é solitário e penoso. É possível andar no caminho espaçoso e levar conosco "bagagens" de pecado e de desejos mundanos. Mas, se tomarmos o caminho estreito, teremos de abrir mão de todas essas coisas. Eis, portanto, o primeiro teste: nossa profissão de fé em Cristo custou alguma coisa? Caso a resposta seja negativa, não foi uma profissão verdadeira. Muitas pessoas que "crêem" em Jesus Cristo nunca deixam o caminho largo e tudo o que ele oferece. Têm uma vida cristã fácil que não exige coisa alguma. Jesus diz que o caminho estreito é difícil. Não se pode escolher duas estradas e tomar dois rumos diferentes ao mesmo tempo. As duas árvores (w. 15-20). Esta ilustração mostra que a verdadeira fé em Cristo transforma a vida e produz frutos para a glória de Deus. Tudo na natureza se reproduz segundo sua espécie, e o mesmo princípio também vale para o reino espiritual. O bom fruto vem de uma boa árvore, enquanto o fruto ruim vem de uma árvore ruim. A árvore que produz frutos podres será cortada e lançada no fogo. "Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20). Eis o segundo teste: Minha decisão por Cristo mudou minha vida? Os falsos profetas que ensinam doutrinas falsas só podem produzir falsa justiça (ver At 20:29). Seus frutos (o resultado de seu ministério) são falsos e não duram. Eles mesmos são falsos; quanto mais perto chegamos, mais vemos a falsidade de sua vida e de suas doutrinas. Exaltam a si mesmos, não a Jesus Cristo, e em vez de edificar as pessoas, procuram explorá-las. O que acredita em falsas doutrinas ou segue um falso profeta nunca experimentará mudança de vida. Infelizmente, alguns só percebem isso quando é tarde demais.

 

                    INTRODUÇÃO

Jesus tinha sido educado no amor da oração. Nesta passagem nos oferece a carta fundamental cristã da oração. O raciocínio de Jesus é muito simples. Um dos rabinos judeus perguntava se haveria algum homem que fosse capaz de odiar a seus filhos. O argumento de Jesus era que se os homens não são capazes de odiar a seus filhos, Deus, o Pai celestial, não se negará jamais a ouvir as orações de suas criaturas. Jesus escolhe seus exemplos com cuidado. Escolhe três, porque Lucas acrescentará mais um aos dois que temos em Mateus. Se o filho pedir pão, seu pai lhe dará uma pedra? Se o filho pedir um peixe, o pai lhe dará uma serpente? Se o filho pedir um ovo, o pai lhe dará um escorpião? (Lucas 11:12). É importante que nos três exemplos, os dois objetos mencionados são de aparência semelhante. As pedras arredondadas que cobriam a costa do mar eram exatamente da forma, do tamanho e da cor de pequenas migalhas de pão. Se um filho pedir pão a seu pai, acaso este se rirá dele, oferecendo-lhe uma pedra, que possa confundir-se com um pão, porque seu aspecto é similar, mas que não se pode comer? Se o filho pede peixe, poderá o pai lhe dar uma serpente? A serpente, neste caso, provavelmente seja uma enguia. Segundo as leis judias a enguia não se podia comer, porque era um peixe impuro por não ter barbatanas nem escamas (Levítico 11:12). Se o filho pede peixe a seu pai, este lhe dará um peixe, mas um peixe que está proibido comer, e que é inútil para isso? Zombará um pai deste modo da fome de seu filho? E se o filho pede um ovo, seu pais lhe dará um escorpião? O escorpião é um animal pequeno e perigoso. Em movimento, parece-se com uma lagosta de mar, aferra-se a seu vítima com duas pinças que tem nas extremidades de suas patas dianteiras. Tem o aguilhão na cauda e levantando-a rapidamente crava o aguilhão por cima do lombo; a picada pode ser muito dolorosa, e às vezes fatal. Quando o escorpião descansa, recolhe as patas, pinças e cauda e há uma espécie de escorpião pálido que pode confundir-se muito facilmente com um ovo. Se o filho pedir um ovo, há de seu pai enganálo, oferecendo-lhe, em seu lugar, um escorpião venenoso? Jesus nos diz que devemos persistir na oração; diz-nos que não devemos desanimar. É evidente que nisto reside a prova de nossa sinceridade. Queremos realmente o que estamos pedindo? É algo de tal natureza que podemos voltar a levá-lo, uma e outra vez, ao trono da graça divina? Porque a prova do valor de qualquer desejo, sempre será se posso pedir a Deus por ele, em oração. Jesus estabelece, nesta passagem, a dupla realidade de que Deus sempre responderá nossas orações a sua maneira, em sabedoria e amor; e que devemos levar ante Deus uma vida de infatigável oração, que demonstre a validez das coisas pelas quais pedimos, e a validez de nossa sinceridade ao pedi-las.

I.                A BONDADE DE DEUS

 

1.    Definição de bondade - BONDADE Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, dois elementos aparecem em particular: uma bondade que se baseia na misericórdia (hesed, chrestotes), e uma que se baseia na bondade moral de Deus (tob, agathosune). Desta maneira, em algumas ocasiões, a bondade de Deus é manifesta: “A terra está cheia da bondade do Senhor” (Sl 33.5; cf. Sl 52.1; 107.8); “Desprezas tu as riquezas da sua benignidade [bondade]… ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” (Rm 2.4). Em outras ocasiões, a perfeição e a bondade de Deus vêm à tona (Nm 10.32; Sl 16.2; 23.6; G1 5.22; 2 Ts 1.11).

Um dos frutos do Espírito é a bondade (agathosune) no sentido da santidade e da justiça cristã (G1 5.22). Isto está de acordo com o objetivo da nossa vida cristã, que é o de sermos semelhantes ao nosso Pai Celestial, tanto em caráter quanto em atitudes, assim como Cristo nos ensinou no Sermão do Monte (Mt 5.48).

2.   A bondade de Deus no aspecto bíblico -  Por que me perguntas acerca do que é bom?·Os mss mais antigos, como Aleph e B D L trazem as palavras tais como são citadas aqui. Diversas traduções, como AC e KJ. dizem «Por que me chamas bom?» Essas versões seguem os mss CE FG H KM SUV, Delta e Fam Pi. Mas essa frase representa uma harmonização feita pelos escribas, baseada no texto de Marc. 10:17. O original do evangelho de Mateus é: «Por que me perguntas acerca do que é bom?». Todavia, o logos original provavelmente é aquele que se encontra em Marcos: «Por que me chamas bom?» O autor do evangelho de Mateus, portanto, modificou o «logos» original para evitar a impressão de que Jesus não se considerava bom, ou pelo menos não tão bom quanto Deus, pois isso poderia ser interpretado como sugestão contrária à divindade de Cristo.

3.    A bondade de Deus no aspecto teológico - Os recursos dados por Deus Por que Jesus fala sobre a oração neste ponto de sua mensagem? Estes versículos dão a falsa impressão de ser uma interrupção. Todos somos humanos e falíveis; todos cometemos erros. Apenas Deus julga com perfeição. Portanto, é preciso orar e buscar a sabedoria e orientação de Deus. “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus” (Tg 1:5). O jovem rei Salomão sabia que não possuía a sabedoria necessária para julgar Israel, de modo que orou a Deus, e o Senhor, em sua graça, respondeu à sua oração (1 Rs 3:3ss). Se queremos discernimento espiritual, devemos sempre pedir a Deus, buscar sua vontade e bater à porta que conduz a ministérios mais elevados. Deus supre a necessidade de seus filhos.

II.           HÁ DOIS CAMINHOS PARA ESCOLHER

 

1.    A porta e o caminho no aspecto bíblico - 

As duas portas

O comando não é para admirar ou para refletir sobre o portão, mas para entrar nele. Muitas pessoas admiram os princípios do Sermão da Montanha, mas nunca siga esses princípios. Muitas pessoas respeito e louvor a Jesus Cristo, mas nunca recebê-Lo como Senhor e Salvador. Porque eles nunca recebem o Rei e nunca entrar no reino, eles são o máximo separado do Rei e, tanto fora do seu reino, como é o ateu ou pagão rankest mais antiético. Mandamento de Jesus não é simplesmente para entrar algum portão, mas para entrar pela porta estreita. Cada pessoa entra em um portão ou outro; que é inevitável. Jesus pede para os homens a entrar no direito porta , portão de Deus, a única porta que leva a vida e para o céu. Jesus tem mostrado repetidamente a estreiteza do padrão interno da justiça de Deus, em contraste com as normas gerais e externos da tradição judaica. O caminho para esse caminho estreito da vida no reino é através da porta estreita do próprio Rei. "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14: 6). A porta estreita exige arrependimento. Muitos judeus acreditavam que simplesmente sendo um judeu, um descendente físico de Abraão, foi suficiente para a entrada no céu. Muitas pessoas hoje acreditam que ser em uma igreja qualifica-los para o céu. Alguns até acreditam que o simples facto de um ser humano qualifica-los, porque Deus é muito bom e gentil excluir ninguém. Deus não oferecem o caminho para todos, e seu maior desejo é que todo mundo entrar, porque Ele não deseja "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pe. 3: 9). Paulo pregou "arrependimento para com Deus" (Atos 20:21), como Jesus havia pregado ele (Marcos 1: 14-15). João Batista preparou um povo para o Senhor por arrependimento (Lucas 3: 1-6). O caminho do arrependimento, de transformar a partir de nosso próprio caminho e nossa própria justiça para Deus, é a única maneira de entrar em Seu reino e, portanto, a única maneira de manter-se de perecer. Charles Spurgeon disse: "Você e seus pecados deve separar ou você e seu Deus nunca vão se reunir Ninguém pecado podem lhe manter;. Todos eles devem ser abandonados, eles devem ser levados para fora como reis cananeus da caverna e ser enforcados ao sol. " Aqueles que pregam um evangelho de auto-indulgência pregar um evangelho totalmente diferente do que Jesus pregou. O portão de orgulho, de auto-justiça, e auto-satisfação é a porta larga do mundo, e não o portão estreito de Deus. A maioria das pessoas passam a vida correndo por aí com as multidões, fazendo o que todo mundo faz e acreditar que todo mundo acredita. Mas, tanto quanto a salvação está em causa, não há segurança em números. Se cada pessoa em um grupo é salvo é porque cada um deles vem individualmente no reino por sua própria decisão, energizado pelo Espírito Santo, a confiar em Cristo.

Dois Caminhos

As duas portas levar a dois caminhos. O portão que é ampla leva a da maneira que é amplo ; e a porta estreita , que é pequena , leva a da maneira que é estreita. O caminho estreito é o caminho dos justos, e o caminho largo é o caminho dos ímpios e essas são as duas únicas formas em que os homens podem viajar . A pessoa piedosa se deleita "na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. E ele será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo", enquanto o ímpio "são como a palha que o vento vai embora "(Sl 1: 2-4.). A maneira que é amplo é o caminho mais fácil, atraente, inclusive, indulgente, permissivo, e auto-orientado do mundo. Existem algumas regras, poucas restrições, e alguns requisitos. Tudo que você precisa fazer é professam Jesus, ou pelo menos ser religioso, e que são prontamente aceitas nesse grupo grande e diversificada. Pecado é tolerado, a verdade é moderado, e humildade é ignorado. A Palavra de Deus é elogiado, mas não estudou, e Seus padrões são admirados, mas não seguiu. Desta forma, não requer maturidade espiritual, sem caráter moral, sem compromisso, e não sacrifício. É a maneira mais fácil de flutuar rio abaixo, em "o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef. 2: 2). É a maneira trágica "que parece certo ao homem," mas cuja "final é o caminho da morte" (Prov. 14:12). A maneira que é estreita , no entanto, é a maneira mais difícil, o caminho exigente, o caminho da abnegação e da cruz. Stenos ( estreito ) vem de uma raiz que significa "a gemer", como de estar sob pressão, e é usada figurativamente para representar uma restrição ou constrição. É a palavra de que cheguemos a estenografia, por escrito, que é abreviado ou comprimido. O fato de que poucos são aqueles que encontram o caminho de Deus implica que está a ser procurado diligentemente. "E você vai procurar-me e encontrar-me, quando você procura por mim de todo o vosso coração" (Jer. 29:13). Ninguém jamais tropeçou no reino ou vagou pela porta estreita por acidente. Quando alguém perguntou a Jesus: "Senhor, são apenas alguns que se salvam?" Ele respondeu: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois muitos, eu lhe digo, procurarão entrar e não poderão" (Lucas 13: 23-24). O termo agōnizomai ("esforçar-se") indica que entrar na porta ao reino de Deus exige esforço consciente, intencional, e intenso. Esse é o prazo a partir do qual obtemos agonizar, e é a mesma palavra que Paulo usa para descrever um atleta que agoniza ("compete") para ganhar uma corrida (1 Coríntios 9:25). E o cristão que "combate o bom combate da fé "(literalmente," luta a boa luta ", 1 Tm. 6:12). Os requisitos para a cidadania reino são grandes, exigente, claramente definido, e permitir a nenhum desvio ou partida. Lucas 16:16 diz: "Toda a gente está forçando seu caminho para [o reino]", o que implica conflito e esforço (cf. Atos 14:22).

2.   O que as duas portas e os dois caminhos ilustram para nós?  | 3.  A escolha entre os dois caminhos - Para aqueles que já entraram, pela fé, em relação com Cristo (como também aos outros que estavam ouvindo; v. 28) nosso Senhor descreve a impopularidade relativa de sua nova posição. A ordem de porta e caminho sugerem a porta como entrada para o caminho, símbolo da experiência crucial do crente com Cristo, a qual introduz à vida piedosa. Os cristãos primitivos eram chamados de aqueles "do Caminho" (Atos 9:2; 19:9, 23; 22:4; 24:14, 22). Enquanto a grande massa de humanidade está sobre o caminho espaçoso que conduz à perdição (ruína eterna), a outra porta e o outro caminho são ao estreitos que precisam ser procurados. Mas o mesmo Deus que providenciou Cristo, a porta e o caminho (Jo. 14:6), também leva os homens a encontrarem a porta (João 6: 44). Vida. Contrastando aqui paralelamente com perdição e assim uma referência ao estado de bemaventurança no céu, ainda que esta vida eterna comece na regeneração. Há aqui duas lições solenes a considerar, como vemos a seguir. Em primeiro lugar, 0 caminho da perdição é a estrada das liberdades sem limites (7.13,14). O mundo oferece prazeres, diversões, riquezas, sucesso, fama, e nada exige em troca. Nessa estrada das facilidades, é proibido proibir. Nesse caminho espaçoso, o homem é convidado a beber todas as taças dos prazeres. Nessa jornada de prazeres imediatos, nada é sonegado ao homem. Mas esse caminho congestionado conduz à perdição. Em segundo lugar, 0 caminho da vida é a estrada da renúncia (7.13,14). O caminho estreito é sinuoso, íngreme e apertado. Exige renúncia, sacrifício e esforço. Poucos são aqueles que o encontram, mas o seu final é a glória, a vida eterna.

III.         A MENTIRA DOS FALSOS PROFETAS  

1.    Cuidado com as falsas aparências -  Em primeiro lugar, os falsos profetas parecem inofensivos (7.15). Os falsos profetas são lobos, mas se apresentam como ovelhas. São assassinos da verdade, mas andam com a Bíblia na mão. Têm a voz sedosa, mas seus dentes são afiados. Parecem inofensivos, mas são “lobos devoradores”. Os falsos profetas já existiam nos tempos do Antigo Testamento. Jesus prediz a vinda de falsos cristos e falsos profetas, que desviarão muitos (24.24). No tempo determinado, eles surgirão como se fossem anjos de luz. Entre eles, haveria os judaizantes (2Co 11.13-15), os protognósticos (lTm 4.1; ljo 4.1). Por fora, parecem “ovelhas”, mas por dentro são “lobos devoradores”. Vale destacar que os lobos são mais perigosos do que cães e porcos.14 Em segundo lugar, os falsos profetas são conhecidos por sua doutrina e suas obras (7.16-18). Um falso profeta não é apenas um lobo, mas também uma árvore má. A seiva que o alimenta vem do maligno. A mensagem que está em sua boca é a mentira. Por ser uma planta venenosa, nenhum fruto nutritivo pode ser colhido dele. Uma árvore má não pode produzir bons frutos, apenas frutos maus, pois essa é sua natureza. Tanto sua doutrina como sua vida são pervertidas. Tanto suas palavras como suas obras são carregadas de veneno.

2.   Como detectar os falsos profetas ? - Como, então, podemos reconhecer esses lobos em pele de cordeiro? Muitas sugestões para desmascará-los estão distribuídas ao longo das Escrituras, mas apenas duas estão em consideração aqui. A primeira se baseia em uma observação contextual. No contexto do Sermão do Monte, o falso profeta só pode ser alguém que não defende o caminho estreito apresentado por Jesus. Ele pode não ser desatinadamente herético em outras áreas; na verdade, pode se mostrar um firme defensor da ortodoxia. Mas o caminho que esse falso mestre recomenda não é estreito nem perturbador e, por isso, ele pode ganhar muitos ouvintes. Essas pessoas me fazem lembrar certos profetas político-religiosos da época de Jeremias, a respeito de quem Deus diz: “Porque são todos gananciosos, do menor ao mais rico deles, e todos eles agem com falsidade, do profeta até o sacerdote. Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz! Mas não há paz. Por acaso se envergonharam da abominação que praticaram? Não, de maneira alguma; nem mesmo sabem o que é envergonhar-se” (Jr 6.13-15; cf. Jr 8.8-12). Não há nada na pregação deles que promova a pobreza de espírito, nada que sonde a consciência e faça as pessoas clamarem a Deus por misericórdia, nada que condene todas as formas de hipocrisia religiosa, nada que promova retidão de conduta e atitude a ponto de tornar inevitável algum tipo de perseguição. É até possível que, em algumas circunstâncias, tudo o que esses falsos profetas digam seja verdade. Contudo, como omitem as partes difíceis, não dizem a verdade completa, e a mensagem toda deles é falsa. O segundo teste não se baseia em observações contextuais, mas no argumento explícito do texto. Jesus diz: “Vocês os conhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de cardos? Do mesmo modo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim produz frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins nem a árvore ruim, dar frutos bons. Toda árvore que não produz fruto bom é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos frutos vocês os reconhecerão” (7.16-20). Esse modo semítico de dizer as coisas (isto é, tanto afirmativa quanto negativamente: toda árvore boa dá bons frutos, nenhuma árvore boa dá frutos ruins etc.) deixa o teste muito seguro. Na época de Jesus, todos sabiam que o espinheiro tinha pequenas bagas pretas que podiam ser confundidas com uvas e que havia um cardo cuja flor, a certa distância, podia ser confundida com um figo. Mas ninguém acharia que o fruto do espinheiro era uva quando começasse a usar a fruta para fazer vinho. Ninguém se enganaria com as flores do cardo quando chegasse a hora de comer figos no jantar. Em outras palavras, de certa perspectiva os falsos profetas podem parecer profetas verdadeiros, e seus frutos podem até parecer genuínos. Mas a natureza do falso profeta não pode ser escondida para sempre: cedo ou tarde ele revelará quem realmente é. Da mesma forma que ele não defende o caminho estreito de Jesus, também não consegue viver segundo esse caminho. Um dia isso ficará patente a todos os que amam o caminho estreito. Assim, Mateus 7.15-20 serve como uma ponte entre 7.13,14 e 7.21-23. O texto de Mateus 7.13,14 fala dos dois caminhos; a passagem de 7.21-23 (como veremos) retrata um homem que tem toda a aparência exterior de um discípulo de Jesus, mas não se caracteriza pela obediência a Jesus. A ponte (7.15-20) mostra os falsos profetas que não ensinam o caminho estreito nem o praticam. A falsidade do ensino deles se revela na desobediência de sua vida.

3.   Uma análise criteriosa - Quando Moisés foi chamado, ele disse: "Por favor, Senhor, eu nunca fui eloqüente, nem recentemente nem no tempo passado, nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua". E o Senhor disse-lhe: "Quem fez a boca do homem? Ou quem lhe faz mudo ou o surdo, ou ver ou cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, em seguida, ir, e eu, eu mesmo, será com a boca e ensinar-lhe o que você está a dizer "" (Ex. 4: 10-12). A característica mais perigosa de falsos profetas, porém, é que eles, também, a pretensão de ser de Deus e para falar em Seu nome. "Uma coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra", Deus disse a Jeremias. "Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes se pronunciar sobre a sua própria autoridade, e meu povo assim o deseja!" (Jer. 5: 30-31). Mais uma vez ele disse: "Os profetas profetizam mentiras em meu nome eu nem enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles, pois eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes." (14: 14). E ainda novamente Ele disse: "Também entre os profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios", andam com falsidade; e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que ninguém se desviou de sua maldade. "... Assim diz o Senhor dos Exércitos," Não dê ouvidos às palavras dos profetas que vos profetizam. Eles estão levando-os a futilidade; falam da visão de sua própria imaginação, não da boca do Senhor .... Não mandei esses profetas, mas eles correram. Eu não falei com eles, mas eles profetizaram. "(23:14, 16, 21). Cuidado sempre alerta para perigo. Não é uma chamada simplesmente de perceber ou sentir alguma coisa, mas para estar em guarda contra ela, porque é tão prejudicial. A palavra transmite a idéia de manter a mente longe. Os falsos profetas são mais do que errado; eles são perigosos, e não devemos expor nossas mentes a eles. Pervertem pensando e envenenar a alma. Eles são mais perigosos do que uma cobra ou um tigre, porque esses animais só pode prejudicar o corpo. Os falsos profetas são bestas espirituais e são infinitamente mais mortal do que as físicas. Ambos Pedro e Judas chamá-los de "animais irracionais". Pedro passa a avisar que "enganar as almas inconstantes, atraindoas para suas mandíbulas através da concupiscência da carne" (2 Pe 2:12;. Cf. Jude 10).

Escritura fala de três tipos básicos de falsos mestres: hereges, apóstatas e enganadores. Os hereges são aqueles que rejeitam abertamente a palavra de Deus e ensinar aquilo que é contrário à verdade divina.Professores apóstatas são aqueles que uma vez seguiu a verdadeira fé, mas se afastaram dele, rejeitou-a, e estão tentando levar os outros para longe. Esses dois tipos de falsos mestres, pelo menos, têm a virtude de uma certa honestidade. Eles não dizem representar ortodoxo, cristianismo bíblico.

 

AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO


 BIBLIOGRAFIA

 

Bíblia Almeida século 21

Bíblia de estudo King James Atualizada

Comentário bíblico Mateus, John Macarthur

O Sermão do Monte, D. A. Carson

Comentário bíblico Mateus, William Barclay

Comentário bíblico Mateus, Moody

Comentário bíblico expositivo Mateus, Warren W. Wiersbe

Comentário bíblico expositivo Hagnos Mateus, Hernandes Dias Lopes

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. 

 


segunda-feira, 6 de junho de 2022

Lição 11 – Sendo Cautelosos Nas Opiniões.

Escola Dominical Boa Vista II - Prof. Pb. Junio


Lição 11 – sendo cautelosos nas opiniões

TEXTO ÁUREO

“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso pai é misericordioso.” (LC 6.36)

VERDADE PRÁTICA

Quando julgamos as pessoas, nos colocamos em uma posição que não compete a nós, seres imperfeitos e falhos.

 

Leitura bíblica: MT 7.1-6 ( comentário da leitura bíblica)

V. 01 - O verbo krinô (“julgar”) possui uma vasta gama semântica: “julgar” (judicialmente), “condenar”, “discernir”. Aqui, ele não pode se referir à corte legal, ainda mais que 5.33-37 proíbe juramento judicial. E, ainda menos, esse versículo proíbe que seja feito qualquer tipo de julgamento, pois as distinções morais esboçadas no sermão do monte exigem que julgamentos decisivos sejam feitos. Jesus mesmo fala de algumas pessoas comparando-as com cães e porcos (v. 6) e adverte contra falsos profetas (w. 15-20). Em outras passagens, ele exige que as pessoas “façam julgamentos justos” (Jo 7.24; cf. ICo 5.5; G1 1.8,9; Fp 3.2; ljo 4.1). Tudo isso pressupõe que algum tipo de julgamento não só é legítimo, mas também obrigatório. A exigência de Jesus aqui é que seus discípulos não sejam inclinados a julgar e a censurar. O verbo krinô tem a mesma força em Romanos 14.10-13 (cf. Tg 4.11,12). A firmeza do compromisso dos discípulos com o reino de Deus e a justiça exigida deles não os autoriza a adotar uma atitude julgadora. Os que “julg[am]” assim serão “julgados” não pelos homens (o que traria pouca consequência), mas por Deus (o que se adéqua ao tom solene do discurso). O discípulo que toma sobre si a tarefa de julgar o que o outro faz usurpa o lugar de Deus (Rm 14.10) e, por isso, tem de responder a ele. Assim, o hina m ê (“para que [...] não”; NVI, “ou”) deve receber toda força télica: “Não assuma o lugar de Deus decidindo que você tem o direito de julgar a todos — não faça isso, digo-lhe, a fim de que não seja chamado para prestar contas a Deus, cujo lugar usurpa” (cf. b Shabbath 127b; M Sotah 1.7; b Baba M etzia 59b).

V. 02 – O intenso jogo de palavras no grego sugere que esse é um dito proverbial. Formalmente, é muito próximo de M Sotah 1.7; mas o uso feito dele em cada caso é, antes, distintivo (cf. Dalman, p. 223s.). Na verdade, precisamente por ser um provérbio, Jesus mesmo, em outra passagem, faz outro uso dele (cf. Mc 4.24). O ponto é semelhante ao já estabelecido (5.7; 6.12,14,15): a pessoa que julga, por não ser perdoadora e amorosa, testifica a própria arrogância e impenitência, pelo que exclui a si mesma do perdão de Deus (cf. Manson, Sayings \Ditos\, p. 56). _ « . „ . . , . De acordo com alguns rabis, Deus tem duas “medida[s]” — misericórdia e justiça (Lev R 29.3). Provavelmente, Jesus usou essa linguagem, adaptando-a para seu próprio objetivo. Aquele que posa de juiz não pode alegar desconhecimento da lei (Rm 2.1; cf. Tg 3.1); aquele que insiste na justiça genuína para os outros raramente está aberto para a misericórdia (Tg 2.13; 4.12). O problema retoma na passagem 18.23-35; aqui, “a ordem para não ju lga r não é uma exigência para ser cego, mas, antes, um pedido para ser generoso. Jesus não nos pede que deixemos de ser homens (suspendendo nosso poder de crítica que ajuda a nos distinguir dos animais), mas que renunciemos à presunçosa ambição de ser Deus (arvorando-nos em juiz)” (Stott, p. 177).

Vv. 03 – 05 -  O karphos (“cisco”) pode ser qualquer pedacinho de matéria estranha (v. 3). E óbvio que a dokos (“viga” ou “cepo”) é uma vívida hipérbole. Jesus não diz que é errado ajudar seu irmão (para “irmão” veja comentário sobre 5.22; Jesus está aparentemente referindo-se à comunidade de seus discípulos) a tirar um cisco do olho, mas que é errado a pessoa com uma “viga” no olho oferecer ajuda. Essa é uma hipocrisia absoluta do segundo tipo (veja comentário sobre 6.2). Segundo Samuel 12.1-12 é um exemplo impactante do Antigo Testamento (cf. também Lc 18.9). Isso não quer dizer que nessa perícope as palavras de Jesus têm o “sentido de excluir toda condenação dos outros” (Hill, M atthew [Mateus]), pois fazer isso exigiria nao levar a sério o versículo 5 e excluir o que diz o versículo 6. Na irmandade dos discípulos de Jesus, a censura crítica não tem serventia. Mas quando um irmão, com espírito manso e de autojulgamento (cf. ICo 11.31; G1 6.1), tira a viga de seu olho, ele ainda tem a responsabilidade de ajudar seu irmão a tirar o cisco de seu olho (cf. 18-15-20).

V. 06 -  6 Esse dito, embora tenha sido usado depois para excluir pessoas não batizadas da eucaristia (D idaquê3.5), não é esse o objetivo dele. Ele também não está conectado com os versículos precedentes ao lidar, agora, com pessoas que, embora devidamente confrontadas a respeito do “cisco” em seu olho, recusam-se a lidar com o assunto, como em 18.12-20 (como em Schlatter). O versículo, antes, adverte contra a conversa perigosa. Os discípulos, exortados a amar seus inimigos (5.43-47) e a não julgar (v. 1), podem falhar em considerar as sutilezas do argumento e se tornar pessoas simplórias e sem discernimento. Esse versículo adverte contra essa possibilidade. Os “porcos” não só são animais impuros, mas também são selvagens e maldosos, capazes de atos selvagens contra a pessoa. Não se deve pensar nos “cães” como animais caseiros, nas Escrituras, eles, em geral, são selvagens e associados com o que é impuro e desprezado (e.g., lSm 17.43; 24.14; lRs 14.11; 21.19; 2Rs 8.13; Jó 30.1; Pv 26.11; Ec 9.4; Is 66.3; M t 15.27; Fp 3.2; Ap 22.15). Os dois animais juntos servem como um retrato do que é malévolo, impuro e abominável (cf. 2Pe 2.22). As quatro linhas do versículo 6 formam um quiasma do padrão A-B-B-A (Turner, Syntax [Sintaxe], p. 346-47). Os porcos pisam as pérolas (talvez por desapontamento com o fato de não serem bocados de alimento), e os cães ficam tão desgostosos com “o que é sagrado” que se voltam contra quem lhes deu isso. O problema está no to hagion (“o que é sagrado”). Como isso faz paralelo com “pérolas” e qual realidade é almejada para fazer a história “funcionar”?

1. Alguns sugerem que to hagion se refere a “alimento santo” oferecido em conexão com os cultos do templo (cf. Êx 22.31; Lv 22.14; Jr 11.15; Ag 2.12). Mas essa é uma forma estranha de se referir a alimento sagrado e não fica óbvio por que os cães o rejeitariam.

 2. Outra sugestão é que to hagion é uma tradução errônea da palavra aramaica qedasa (heb. Nezem, “anel”), referindo-se a Provérbios 11.22 (cf. Black, Aramaic Approach [Abordagem aramaica], p. 200ss.). Contudo, apelar para erro de tradução nao deve ser a abordagem de primeira linha; e aqui o paralelismo de pérolas e porcos, obviamente pérolas sendo confundida com alimento, é destruído.

 3. P. G. Maxwell-Stuart (‘“Do no give what is holy to the dogs’ [Mt 76]” [“‘Não deem o que é sagrado aos cães’ (Mt 7-6)”], ExpT 90 [1978-79], p. 341) oferece uma retificação textual.

4. Contudo, parece mais sábio reconhecer que, como em 6.22,23, a interpretação da metáfora já está sugerida na própria metáfora. Em Mateus, “o que é sagrado” é o evangelho do reino; portanto, o aforismo proíbe proclamar o evangelho para determinadas pessoas designadas como cães e porcos. Em vez de pisar o evangelho, tudo deve ser “vendido” na busca por ele (13.45,46). O versículo 6 não é uma ordem contra evangelizar os gentios, em especial em um evangelho cheio de várias sustentações para isso, e não menos importante 28.18-20 (10.5, entendido de forma apropriada não é exceção). “Cães” e “porcos” não podem se referir a todos os gentios, mas, como Calvino percebeu corretamente, apenas as pessoas de qualquer raça que dão clara evidência de rejeitar o evangelho com maldoso escárnio e duro desprezo. Depois, os discípulos recebem uma lição similar (10.14; 15.14), e os cristãos posteriores ao evento da ressurreição também aprenderam bem essa lição (cf. At 13.44-51; 18.5,6; 28.17-28; Tt 3-10,11). Assim, quando os versículos 1-5 e o 6 são tomados juntos transformam o evangelho em algo análogo ao provérbio; “Não repreenda o zombador, caso contrário ele o odiará; repreenda o sábio, e ele o amará” (Pv 9.8).

 

                            INTRODUÇÃO

Juntamente com os muitos outros pecados gerados por sua justiça própria, os escribas e que não fazia parte do seu sistema de elite. Eles estavam sem misericórdia, implacável, cruel, de censura, e total falta de compaixão e graça. A sua avaliação de outros, como todos os outros aspectos do seu sistema hipócrita, foi baseada em aparências, no exterior e superficial (João 7:24; 8:15). Eles viviam de justificar-se aos olhos de outros homens; mas Jesus disse-lhes que o seu julgamento era totalmente contrário à vontade de Deus e era detestável diante dele (Lucas 16:15). O retrato clássico de julgamento hipócrita é dado na parábola do fariseu e do publicano que foi ao templo para orar. "O fariseu, de pé e estava orando, assim, para si mesmo:" Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas; roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana;. Eu pago o dízimo de tudo que eu tenho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! "" Avaliação das duas orações de Jesus é clara: "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado" (Lucas 18: 11-14). Um corolário indissociável de justificar a si mesmo é condenar os outros. Quando alguém se eleva, todo mundo está reduzido em conformidade. Os fariseus estavam fazendo todo o possível para levantar-se em seus próprios olhos, inclusive atuando como juízes espirituais ao condenar os outros. Note-se que esta passagem erroneamente tem sido usado para sugerir que os crentes nunca devem avaliar ou criticar ninguém por nada. Nosso dia odeia absolutos, especialmente absolutos teologais e morais, e tal interpretação simplista fornece uma fuga conveniente do confronto. Os membros da sociedade moderna, incluindo muitos cristãos professos, tendem a resistir dogmatismo e convicções fortes sobre o certo eo errado. Muitas pessoas preferem falar de amor com tudo incluído, o compromisso, o ecumenismo, e unidade. Para a pessoa religiosa moderna esses são os únicos "doutrinas" vale a pena defender, e eles são as doutrinas de que todas as doutrinas conflitantes devem ser sacrificados.

 

I.            NÃO DEVEMOS JULGAR O OUTRO

1.   1.  Aprendendo a se relacionar com os outros - Nunca conhecemos todos os fatos nem a totalidade da pessoa que julgamos. Faz muito, o famoso rabino Hillel disse: "Não julguem a ninguém até não ter conhecido a sua situação e circunstâncias." Ninguém conhece a força das tentações que outros devem suportar. O homem de temperamento plácido não conhece a tentação daqueles a quem ferve o sangue e se inflamam de paixão ante o menor motivo. O homem que foi bem educado, em um lar decente, não conhece as tentações de quem se criou em um tugúrio, ou em um lugar onde o mal caminha pela rua cotidianamente. Quem tem a bênção de pais cristãos não conhece as tentações de quem leva sobre si a tara de uma herança pecaminosa. O fato é que se fôssemos capazes de conhecer todas as circunstâncias, ficaríamos surpresos de que tantas pessoas tenham podido ser tão boas, apesar do que tiveram que suportar. Tampouco conhecemos a totalidade da pessoa. Em determinada situação, alguém pode ser terrivelmente insuportável, mas em outras ocasiões poderá constituir-se em uma torre de poder espiritual e beleza. Há um tipo de cristal que se chama "pedra do Lavrador". À primeira vista é uma pedra opaca, feia, que não chamaria a atenção de ninguém, mas se lhe damos volta, repentinamente, em certa posição, vista de certo modo, estala um brilho muito bonito. Há muitas pessoas que são como esta pedra. Pareceriam ser difíceis de amar, mas é porque não as conhecemos na totalidade de suas facetas. Todos têm algo bom. Nossa responsabilidade não é julgar e condenar a outros, atendo-nos ao conhecimento superficial que temos deles, mas sim a procurar a beleza oculta que nos fará amá-los. Isso é o que esperaríamos de outros com respeito a nós e é o modo em que devemos agir com respeito a outros.

2.  2.  Ninguém deve ser julgado? Vejamos como Jesus esclarece essa questão. Ele escolhe o olho como ilustração, pois é uma das partes mais sensíveis do corpo humano. A cena de um homem com uma trave no olho tentando remover um cisco do olho de outro homem é, de fato, ridícula! Quem não encara os próprios pecados com honestidade e não os confessa, torna-se cego e não pode ver claramente para ajudar seus semelhantes. Os fariseus viam os pecados dos outros, mas não conseguiam enxergar as próprias transgressões. Em Mateus 6:22, 23, Jesus usou o olho como ilustração para nos ensinar a ter uma perspectiva espiritual da vida. Não devemos julgar as motivações dos outros. Podemos examinar suas ações e atitudes, mas não julgar suas motivações, pois somente Deus conhece o coração de cada um. É possível fazer uma boa ação por motivos errados. Também é possível falhar numa tarefa e ainda assim ter motivações sinceras. Quando estivermos perante o tribunal de Cristo, ele examinará os segredos de nosso coração e nos recompensará de acordo (Rm 2:16; Cl 3:22-25). A ilustração do olho ensina ainda outra verdade: deve-se usar de grande amor e cuidado ao procurar ajudar os outros (Ef 4:15). Certa vez, tive de fazer um exame oftalmológico e uma cirurgia para remover uma partícula de metal da vista e apreciei muito o cuidado dos médicos que me trataram. Como os oftalmologistas, deveríamos ministrar com amor às pessoas a quem desejamos ajudar. Abordar os outros com impaciência e insensibilidade pode causar mais estrago do que um grão de areia no olho.

3. 3.  O julgamento defendido por Jesus - Krino (para julgar ) significa, basicamente, para separar, escolher, selecionar, ou determinar, e tem uma dúzia ou mais nuances de significado que deve ser decidido a partir do contexto. Em nossa presente passagem Jesus está se referindo ao julgamento dos motivos, que um mero ser humano pode saber de outro, e ao julgamento das formas externas. Paulo diz: "Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão" (Rom. 14:13). A Bíblia consistentemente proíbe justiça individual ou vigilante que assume para si as prerrogativas de um tribunal devidamente comprovada de direito. Também proíbe consistentemente julgamentos precipitados que não têm pleno conhecimento do coração ou dos fatos. "Aquele que dá uma resposta antes de ouvir, é estultícia e vergonha" (Prov. 18:13). Às vezes o que parece ser errado é nada do tipo. É significativo que, se Deus é onisciente, Ele nos dá muitos exemplos do que nós mesmos cuidados devem tomar antes de fazer julgamentos, especialmente aqueles que envolvem consequências graves. Antes de julgar aqueles que estavam a construir a torre de Babel, "O Senhor desceu para ver a cidade ea torre que os filhos dos homens edificavam" (Gn 11: 5). Antes que Ele destruiu Sodoma e Gomorra Ele disse: "Eu descerei agora, e ver se eles têm feito inteiramente de acordo com o seu clamor, que é vindo até mim; e se não, eu vou saber" (Gen. 18:21). O que Jesus aqui proíbe é o julgamento hipócrita, oficioso, apressada, sem misericórdia, prejudicado, e a condenação indevida com base em padrões e do conhecimento humano. Ele dá três razões pelas quais tal julgamento é pecaminoso: revela uma visão errônea de Deus, uma visão errônea dos outros, e uma visão errônea de nós mesmos.

 

II.           DEVEMOS PRIMEIRAMENTE OLHAR PARA NÓS MESMOS

1.   1.  Cuidado com o juízo exagerado sobre os outros -  A maioria das pessoas se sentem livres para julgar os outros como este, porque eles erroneamente pensam que são de alguma forma superior aos outros. Os fariseus pensaram que eram isentos de julgamento, porque eles acreditavam que eles perfeitamente medido até os padrões divinos. O problema era que esses eram meros padrões humanos que eles, e outros como eles, tinham estabelecido muito aquém da lei santa e perfeita vontade de Deus Jesus diz que Deus nos julgará com o mesmo tipo de julgamento com o qual julgamos os outros. Quando assumimos o papel de último juiz, onisciente, que implica que estamos qualificados para julgar-que sabemos e entender todos os fatos, todas as circunstâncias, e todos os motivos envolvidos. Portanto, quando afirmamos o nosso direito de juiz , que será julgado pelo padrão de conhecimento e sabedoria nós reivindicamos é nosso. Se nos colocamos como juiz sobre os outros, não podemos alegar ignorância da lei em referência a nós mesmos quando Deus nos julga. Tiago tem o mesmo princípio em mente quando ele adverte: "Não muitos de vocês se tornarem professores, meus irmãos, sabendo que, como tal, será punido com julgamento mais severo" (Tiago 3: 1). A pessoa que está qualificado para ensinar é julgado de forma mais estrita do que os outros, porque como professor, ele tem uma maior compreensão e influência. "De todos os que muito foi dado muito que ele deve exigido" (Lucas 12:48). Estamos especialmente culpado se não praticar o que nos ensinar e pregar. "Portanto, és inescusável, cada um de vocês que passa o julgamento, no que julgas a outro, você se condena;. Para você que julgam praticar as mesmas coisas E nós sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas "(Rom. 2: 1-2). Deus não tem padrões duplos. Ao criticar injustamente ou condenar sem piedade, jogamos a Deus e dar a impressão de que nós mesmos somos acima de qualquer crítica e julgamento. Mas Deus coloca nenhum de nós como juiz final acima dos outros, e não nos atrevemos a nos definir como juiz acima dos outros. Outras pessoas não estão sob nós, e para pensar assim é ter a visão errada deles. Para ele fofoqueiro, fofoca, crítica e julgamento é viver sob a falsa ilusão de que aqueles a quem nós assim juiz são de alguma forma inferior a nós. Na antiga Pérsia um certo juiz corrupto que aceitou um suborno para prestar um falso veredicto foi condenada executado pelo rei Cambises. A pele do juiz foi então usada para cobrir o tribunal. Juízes subsequentes foram obrigados a tornar seus julgamentos ao sentar-se na cadeira, como um lembrete das conseqüências de perverter a justiça.

2.  2.  A inconsistência dos que possuem espírito de crítica -  uma justificativa clara (7.1b).... para que não sejais julgados. Quem julga, será julgado. Quem se assenta na cadeira do juiz, assentar-se-á no banco dos réus. A seta que você lança contra o outro volta-se contra você. Robertson acredita que Jesus esteja aqui citando um provérbio semelhante a “quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado dos outros”. Quando o homem exerce o juízo temerário, está não apenas usurpando um julgamento que só pertence a Deus, mas também estabelecendo o critério para seu próprio julgamento. A mesma régua que a pessoa usa para medir o outro, a fim de julgá-lo, será usada para seu próprio julgamento. Warren Wiersbe diz que os fariseus faziam o papel de Deus ao condenar os outros, mas não levavam em consideração que, um dia, eles próprios seriam julgados.

3.  3.  O que fazer para não julgarmos precipitadamente os outros? Alguns rabinos diziam que Deus tem duas medidas com que avalia as pessoas, a medida da justiça e a medida da misericórdia. É possível que em 7.2 Jesus esteja usando essa crença para esclarecer sua afirmação — dessas duas medidas, a que usarmos também será aplicada a nós. Suponhamos, por exemplo, que encontremos um mentiroso desprezível. O que pensamos dele? Se o medirmos apenas pela justiça, seremos muito críticos e condenadores. Mas esse critério será usado conosco: até que ponto somos verdadeiros? Com que frequência inventamos dados e histórias para nos beneficiar ou ganhar uma discussão? Quem sabe apliquemos o padrão de justiça ao adúltero ou à prostituta. Como nos sairemos quando o mesmo padrão for aplicado a nós, sobretudo diante de Mateus 5.27-30? Ou, ainda, talvez apliquemos o padrão de justiça de Deus aos ricos que exploram os pobres com práticas injustas e pela ganância. Mas quantas vezes temos sido gananciosos? Quantas vezes diminuímos o valor de outras pessoas por dinheiro (até no trabalho, por exemplo)? Queremos mesmo que o padrão da justiça de Deus seja aplicado a nós da mesma forma que o aplicamos aos outros?

 

III.      E SE FÕSSEMOS JULGADOS PELA SEVERIDADE DE DEUS

1.    Deus é severo? «…severidade…» porque pode haver a perda dessas bênçãos, bem como pode haver um julgamento, parcialmente evidenciado agora no endurecimento judicial imposto por Deus (ver os versículos sétimo a décimo deste mesmo capítulo), mas o qual julgamento se concretizará plenamente quando do juízo eterno, com a perda da vida eterna. Ora, tais coisas só podem ser aplicadas verdadeiramente a «indivíduos», e não a grupos, comunidades e nações, porquanto tais advertências se dirigem especificamente a indivíduos. Qual é a verdade mais insistentemente pregada nas igrejas atuais do que aquela que afirma que a salvação e a fé são questões eminentemente pessoais? Como, pois, poderíamos interpretar desonestamente estes versículos, aplicando-os somente como características de nações e povos, mas não de indivíduos? Falar de «bondade» aqui, sem a ideia da bondade de Deus, que proporciona a salvação por meio de Cristo, é negar o conteúdo inteiro desta secção. Por igual modo, falar da «severidade» de Deus, sem incluir a cegueira judicial e os seus resultados naturais, no juízo vindouro, é distorcer a mensagem de todo o contexto, e, de fato, a mensagem da secção inteira dos capítulos nono a décimo primeiro dessa epístola aos Romanos.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. 

2.   Como Deus nos julga? Deus derrama as bênçãos de Sua aliança, Sua fidelidade e Seu amor, sobre aquele que são obedientes. Suas bênçãos se estendem a tudo que pertence a tais pessoas, de modo que Israel se multiplicará como povo, enquanto que suas colheitas e rebanhos produzirão abundantemente.

Doenças como as que afligiam os egípcios seriam removidas do meio dos israelitas e transferidas para seus inimigos.

Nesta passagem, como em muitas outras no Velho Testamento, retrata-se um relacionamento muito íntimo entre o povo e a terra. Um povo obediente desfruta as bênçãos de Deus em sua terra, ao passo que os desobedientes descobrem que as maldições alcançam sua terra, suas colheitas e seus rebanhos. Uma comparação desta breve lista de maldições e bênçãos com as encontradas em 27:11 — 28:68 e Levítico 26 é instrutiva. As maldições e bênçãos mencionadas nessas passagens fazem lembrar listas semelhantes encontradas em antigos tratados de suserania do Oriente Próximo, no período entre 2500 e 650 AC.

3. O exemplo da justiça de Deus na vida de Davi - Natã apresenta um vínculo de juízos sobre a sua família por causa desse pecado (v. 10): “não se apartará a. espada jamais da- tua casa, nem durante a tua vida nem depois, mas, na maior parte do tempo, tu e tua posteridade estareis engajados em guerra”. Ou essa palavra aponta para a matança que ocorrerá entre os seus filhos, Amnom, Absalão e Adonias, todos caindo pela espada. Deus tinha prometido que sua benignidade não se apartaria dele e de sua casa (cap. 7.15); no entanto, aqui, Ele ameaça que a espada não se apartaria dele. Podem a benignidade e a espada concordar uma com a outra? Sim, elas podem estar debaixo de grandes e prolongadas aflições, sem serem excluídas da graça e da aliança. O motivo apresentado é: porquanto me desprezaste. Observe: Esses que desprezam a palavra e a lei de Deus desprezam o próprio Deus e serão levados em pouca estima. E particularmente intimidador:

[1] Que seus filhos serão a sua tristeza: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti. O pecado traz dificuldade para a família, e um pecado se torna, com freqüência, o castigo de outro. [2] Que suas mulheres seriam sua vergonha, que por meio de ações perversas sem paralelos elas seriam publicamente profanadas diante de todo Israel (w. 11,12). Não lemos se isso seria feito pelo seu próprio filho, com receio de que o cumprimento fosse impedido pelo fato de a predição ser tão clara; mas foi feito por Absalão, de acordo com o conselho de Aitofel (cap. 16.21,22). Aquele que profanar a esposa do próximo, terá sua própria profanada, porque essa era a forma de o pecado ser castigado, como aparece na imprecação de Jó: então, moa minha mulher para outro (Jó 31.10), bem como a ameaça (Os

4.14). O pecado foi secreto, e diligentemente ocultado, mas o castigo seria aberto, e diligentemente proclamado, para a vergonha de Davi, cujo pecado em relação a Urias, embora cometido muitos anos antes, seria então lembrado e comentado naquela ocasião. Como um rosto é refletido em um espelho, assim o castigo, com freqüência, se reflete no pecado; aqui é sangue por sangue e imundícia, por imundícia. E, assim, Deus mostraria o quanto odeia o pecado, mesmo que ele ocorra em seu próprio povo, e que, sempre que o encontrar, não o deixará impune.

 

AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

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                                   BIBLIOGRAFIA

Bíblia Almeida século 21

Bíblia de estudo King James Atualizada

Comentário bíblico Mateus, John Macarthur

O Sermão do Monte, D. A. Carson

Comentário bíblico Mateus, William Barclay

Comentário bíblico Mateus, D. A. Carson

Comentário bíblico expositivo Mateus, Warren W. Wiersbe

Comentário bíblico expositivo Hagnos Mateus, Hernandes Dias Lopes

A. Thompson. Comentário Bíblico Deuteronômio. Editora Vida Nova.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.