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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Lição 3 – JESUS, O DISCIPULO E A LEI



Lição 3 – jesus, o discípulo e a lei

TEXTO ÁUREO

“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.” (MT 5.20)

VERDADE PRÁTICA

Os seguidores de Jesus são chamados a viver a justiça do Reino de Deus. Essa justiça, baseada na Nova Aliança em Cristo, nasce no interior do crente e reflete no exterior da vida.

LEITURA BÍBLICA: MT 5.17-20 (comentário da leitura bíblica, Mateus – Hernandes Dias Lopes).

V.17 – O Antigo Testamento traz a revelação da lei e dos profetas, e o Novo Testamento apresenta Jesus e o evangelho. Não há conflito nem contradição entre a antiga e a nova dispensações. Jesus não veio para deitar por terra a lei e os profetas. Veio para cumprir tudo que a lei simbolizava e tudo o que os profetas disseram. A lei é a promessa; Jesus é o cumprimento da promessa. A lei era a sombra; Jesus é a realidade. Jesus não veio para desautorizar a lei, mas para cumpri-la. Não veio para refutar os profetas, mas para ser a essência de tudo o que eles disseram. Jesus cumpriu a lei em seu nascimento, em seus ensinamentos e em sua morte e ressurreição. Nessa mesma linha de pensamento, John Charles Ryle escreve: Jesus, o cumprimento da lei tomemos cuidado para não desprezar o Antigo Testamento, sob nenhum pretexto. A religião do Antigo Testamento é o embrião do cristianismo. O Antigo testamento é o evangelho em botão; o Novo Testamento é evangelho aberto em flor. O Antigo testamento é o evangelho brotando; o Novo Testamento é o evangelho já em espiga formada. Os santos do Antigo Testamento enxergaram muitas coisas como que por um espelho, obscuramente. Porém, todos contemplavam pela fé o mesmo salvador e foram guiados pelo mesmo Espírito Santo que hoje nos guia. Warren Wiersbe diz corretamente que Jesus cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento para que esses não fossem mais necessários ao povo de Deus (Hb 9-10). Colocou de lado a antiga aliança e firmou uma nova.1 Nessa mesma linha de pensamento, A. T. Robertson explica que a palavra “cumprir” significa “encher por completo”. Foi o que Jesus fez com a lei cerimonial, que apontava para ele. Jesus também guardou a lei moral. “Ele veio completar a lei, revelar a total profundidade do significado que estava ligado a quem a guardava”.6 Resta claro que Jesus não contradiz o que foi dito, mas o coloca em foco ético mais nítido, numa espécie de intensificação radical das exigências da lei.

V.18 - A infalibilidade da lei e dos profetas (5.18) Os opositores de Jesus insinuavam que ele estava sabotando a revelação de Deus dada a Moisés. Porém, longe disso, Jesus afirmou categoricamente que nem um i ou um til da lei jamais passarão até que tudo se cumpra. A Palavra de Deus é inerrante e infalível. A mente que a produziu não é humana, mas divina. A verdade nela contida não caduca com o tempo, mas é eterna. A lei apontava para Cristo. Os profetas falaram de Cristo. A lei cerimonial era uma sombra da realidade que é Cristo. Ele é o fim da lei (Rm 10.4). Os profetas anunciaram o nascimento, a vida, o ministério, as obras, a morte, a ressurreição e o senhorio de Cristo. Tudo isso, rigorosamente, se cumpriu nele.

V.19 - Tanto a lei cerimonial como a lei moral são expressões da santidade de Deus. A lei precisa ser corretamente entendida para que seu propósito seja corretamente alcançado. Os escribas e fariseus torciam a lei em nome da lei. Eles deturpavam seu sentido para ostentarem uma espiritualidade de faixada. Vangloriavam-se ao mesmo tempo que violavam a lei e ensinavam ao povo preceitos de homens, em vez de ensinar com fidelidade a lei. Violar a lei é quebrá-la. Ensinar a lei de maneira errada é ser falsa testemunha de Deus. Violar a lei traz consequências graves para o transgressor. Ensinar esses desvios traz desdobramentos terríveis para quem ouve esse falso ensino. A lei não é para ser quebrada, mas obedecida. Não é apenas para ser guardada, mas também para ser transmitida. Com isso, Jesus está mostrando que a prática deve preceder a pregação. O mestre deve viver a doutrina antes de ensiná-la aos outros. Os escribas e fariseus falavam, mas não praticavam; pregavam, mas não faziam (23.3). Se a quebra da lei e o ensino errado da lei trazem um apequenamento ao transgressor travestido de mestre, a observância da lei e de seu ensino fiel proporcionam grande honra: ... esse será considerado grande no reino dos céus (5.19).

V.20 - Jesus deixa claro que os escribas e fariseus, que torciam a lei e oprimiam o povo com um discurso legalista, ostentando uma santidade aparente e uma justiça apenas exterior, estavam fora do reino dos céus. Para entrar no reino dos céus, é necessário não ostentar, mas ser humilde de espírito. E necessário não se gabar de sua justiça, mas chorar pelos seus pecados. E necessário não defender seus direitos, mas ser manso. E necessário ter fome não de prestígio, mas de justiça. E necessário não oprimir os órfãos e as viúvas, mas ser misericordioso. E necessário não agasalhar hipocritamente toda sorte de imundícia no coração, mas ser limpo de coração. E necessário não ferir as pessoas com seu legalismo pesado, mas ser pacificador. E necessário não criar contendas e odiar as pessoas em nome de Deus, mas se dispor a sofrer por causa da justiça. Essa é a justiça que excede em muito a justiça dos escribas e fariseus.


                            INTRODUÇÃO

A que se referia Jesus, então, quando falava de "a Lei"? Disse que não tinha vindo para destruir a lei e sim para cumpri-la. Quer dizer, veio para pôr de manifesto o verdadeiro significado da Lei. Qual era o verdadeiro significado da Lei? Mesmo por trás da lei oral dos escribas e fariseus, havia um grande princípio de crucial importância, que estes não compreendiam a não ser de maneira equivocada e imperfeita. Este grande princípio fundamental é que em todas as coisas o homem deve procurar a vontade de Deus e que uma vez que a conhece deve dedicar toda sua vida a obedecê-la. Os escribas e fariseus tinham razão ao procurar a vontade de Deus, e não se equivocavam ao dedicar a vida a sua obediência; mas se equivocavam ao acreditar que suas centenas e milhares de insignificantes normas legalistas eram a vontade de Deus. Qual é, pois, o verdadeiro princípio, que respalda a Lei em sua totalidade, esse princípio que Jesus deveu cumprir, esse princípio cujo verdadeiro significado veio a nos mostrar? Quando examinamos os Dez Mandamentos, que são a essência e o fundamento de toda a Lei, podemos nos dar conta que todo o seu significado pode resumir-se em uma só palavra – respeito, ou até mais adequadamente, reverência. Reverência para com Deus e para o nome de Deus, reverência pelo dia de Deus, respeito aos pais, respeito à vida, respeito à propriedade, respeito à personalidade, respeito à verdade e ao bom nome de outros, a respeito a si mesmo, de tal modo que jamais possam chegar a nos dominar os maus desejos. Estes são os princípios fundamentais que resumem o significado dos Dez Mandamentos. Os princípios fundamentais dos Dez Mandamentos são a reverência para com Deus e o respeito a nossos semelhantes e a nós mesmos. Sem esta reverência e este respeito fundamentais não pode haver Lei. Sobre estas atitudes se apoia toda lei. E é esta reverência e este respeito o que Jesus deveu cumprir. Veio para demonstrar aos homens, em sua própria vida concreta de cada dia, o que é a reverência para com Deus e o respeito para com o homem. A justiça, diziam os gregos, consiste em dar a Deus e aos homens o que merecem. Jesus veio para mostrar, na vida, o que significa a reverência que Deus merece e o respeito que o homem merece. Essa reverência e esse respeito não consistiam na obediência de uma multidão de meticulosas regras e estatutos. Não exigia o sacrifício, a e sim a misericórdia; não era um legalismo e sim o amor; não era uma série de proibições que estipulavam detalhadamente o que não se devia fazer, e sim uma série breve de mandamentos fundamentais que levavam o crente a modelar sua vida a partir do mandamento positivo: o do amor. A reverência e o respeito que constituem o fundamento dos Dez Mandamentos jamais passarão. São a própria substância da relação de cada indivíduo com Deus e com o seu próximo. (Comentário bíblico Mateus, William Barclay).

I.               JESUS CUMPRIU TODA A LEI

1.   1.   Um compromisso com o passado - Depois de ouvir a descrição do tipo de caráter que Deus abençoa, sem dúvida alguns na multidão disseram: "É impossível cultivar um caráter como esse. Como ser justos assim? De onde vem essa justiça?" Para eles, era difícil entender de que maneira esses ensinamentos se relacionavam àquilo que haviam aprendido desde a infância. E quanto a Moisés e à lei? Na lei de Moisés, Deus certamente revelou seus padrões para uma vida de santidade. Os fariseus defendiam a lei e procuravam lhe obedecer. Mas Jesus afirmou que a verdadeira justiça agradável a Deus deve exceder aquela dos escribas e fariseus - e, para o povo em geral, os escribas e fariseus eram as pessoas mais santas da comunidade! Se e/es não haviam conseguido encontrar essa justiça, que esperança haveria para o restante do povo? Jesus explica a própria atitude com respeito à lei descrevendo três relacionamentos possíveis. É possível procurar destruir a lei (v. 17a). Para os fariseus, era justamente isso o que Jesus fazia. Em primeiro lugar, a autoridade de Jesus não era proveniente de nenhum líder ou escola rabínica conhecida. Em vez de ensinar os preceitos das autoridades no assunto, como os escribas e fariseus, Jesus ensinava com autoridade. Jesus parecia desafiar a lei não apenas com sua autoridade, mas também com suas ações. Curava pessoas no sábado e não fazia caso das tradições dos fariseus. Seus relacionamentos também pareciam opor-se à lei, pois era amigo de publicanos e de pecadores. No entanto, eram os fariseus que destruíam a lei! Por meio de suas tradições, privavam as pessoas da Palavra de Deus, e por meio de uma vida hipócrita, desobedeciam às leis que afirmavam proteger. Os fariseus pensavam estar guardando a Palavra de Deus, quando, na verdade, reprimiam a Palavra de Deus, sufocando-a com seus preceitos humanos e acabando com sua vitalidade! O fato de terem rejeitado Cristo quando veio à Terra comprovou que a verdade interior da lei não havia penetrado o coração desses homens. Jesus deixou claro que veio para honrar a lei e ajudar o povo de Deus a amá-la, apren­der dela e colocá-la em prática. Recusou a justiça artificial dos líderes religiosos, que não passava de uma farsa. Para eles, a religião era um ritual morto, não um relacionamento vivo. Uma vez que era falsa, não se reproduzia em outros de maneira viva e eficaz. Promovia apenas o orgulho, não a humildade; conduzia à escravidão, não à liberdade. (Comentário bíblico Warren W. Wiersbe)

3. Jesus cumpriu e aperfeiçoou a Lei - Jesus Cristo cumpriu a lei de Deus em todos os aspectos de sua vida. Cumpriu-a em seu nascimento, pois foi "nascido sob a lei" (Gl 4:4). Seus pais realizaram todos os rituais prescritos para um menino judeu. Por certo, também cumpriu a lei em sua vida, pois ninguém nunca foi capaz de acusá-lo de qualquer pecado. Jesus obedeceu a todos os mandamentos de Deus na lei sem, no entanto, se sujeitar às tradições dos escribas e fariseus. O Pai expressou sua aprovação declarando: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17; 17:5). Jesus também cumpriu a lei em seus ensinamentos, e foi isso o que o levou a entrar em conflito com os líderes religiosos. Quando começou seu ministério, encontrou a Palavra viva de Deus recoberta de tradições e de interpretações humanas. Jesus rompeu essa "casca de religiosidade" e guiou o povo de volta à Palavra de Deus. Em seguida, revelou-a com a nova forma de viver para uma gente acostumada com a "letra" da lei, não com a "essência" da vida. Foi, porém, em sua morte e ressurreição que Jesus cumpriu a lei de maneira especial, pois levou sobre si a maldição da lei (Gl 3:13). Ele cumpriu os tipos e as cerimônias do Antigo Testamento para que não fossem mais necessários ao povo de Deus (ver Hb 9 - 10). Colocou de lado a antiga aliança e firmou uma nova aliança. A fim de destruir a lei, Jesus não lutou contra ela; ele a cumpriu! Talvez possamos esclarecer esse fato com uma ilustração. Há duas maneiras de destruir uma semente: esmagando-a em pedaços ou plantando-a para que cumpra seu propósito e se transforme numa árvore. Quando Jesus morreu, rasgou o véu do templo e abriu o caminho para a santidade (Hb 10:19). Derrubou o muro de separação entre judeus e gentios (Ef 2:11-13). Uma vez que a lei foi cumprida em Jesus, não precisamos mais de templos construídos por mãos humanas (At 7;48ss) nem de rituais religiosos (Cl 2:10-13). Com o é possível cumprir a lei? Entregando-nos ao Espírito Santo e deixando que opere em nossa vida (Rm 8:1-3). O Espírito Santo permite que experimentemos "a justiça da lei" em nossa vida diária. Isso não significa que temos uma vida perfeita e sem pecado, mas sim que Cristo vive em nós pelo poder do Espírito Santo (GF2:20). Quem lê as bem-aventuranças, vê ali retratado o caráter perfeito de Jesus Cristo. Apesar de nunca ter se entristecido com seu pecado, pois jamais pecou, ainda assim foi um "homem de dores e que sabe o que é padecer" (Is 53:3). Nunca precisou sentir fome nem sede de justiça, pois era o santo Filho de Deus, mas se agradou da vontade do Pai e encontrou saciedade nessa obediência (Jo 4:34). A única forma de experimentar a justiça das bem-aventuranças é por meio do poder de Cristo. (Comentário bíblico Warren W. Wiersbe).

II.               A LETRA DA LEI, A VERDADE DO ESPÍRITO

1.    1. O que a expressão “letra da lei” significa? - Aos Romanos, Paulo disse: "Pois Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê" (Rom. 10: 4), e aos Gálatas, ele escreveu: "Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estão nos termos da lei "(Gl. 5:18). Mas ele tinha apenas deixou claro que os cristãos não são, no mínimo livre de padrões morais de Deus. "Pois a carne define seu desejo contra o Espírito, eo Espírito contra a carne, porque estes estão em oposição um ao outro, de modo que você não pode fazer as coisas que você, por favor" (v. 17). A lei que já foi "o nosso tutor para nos conduzir a Cristo" (Gal. 3:24) agora nos leva como "filhos de Deus em Cristo Jesus", a ser vestido com Cristo (vv. 26-27), e sua roupa é a roupa de justiça prática. Se a própria justiça de Cristo nunca diminuída ou desobedeceu a lei moral de Deus; como pode Seus discípulos ser livre para fazê-lo? Paulo harmonizada a ideia quando ele falou de si mesmo como sendo "sem a lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo" (1 Cor. 09:21). Em Cristo somos nada sem lei. A lei de Cristo é totalmente diferente da lei judicial e cerimonial judaica e diferente da lei moral do Antigo Testamento; com as suas penas e maldições para a desobediência. Mas não é diferente no menor dos santos, normas justas que a lei do Velho Testamento ensinou. A lei do Antigo Testamento ainda é um guia moral, como em revelar o pecado (Rom. 7: 7). Mesmo quando ele provoca o pecado (v. 8), ele nos ajuda a ver a maldade de nossa própria carne e nosso desamparo à parte de Cristo E mesmo quando vemos a condenação da lei (vv. 9-11), deve lembrar-nos que nosso Salvador tomou essa condenação sobre si mesmo na cruz (5:18; 8: 1; 1 Pe 2.24; etc.)..Sempre que um cristão olha para a lei moral de Deus com humildade, mansidão, e um sincero desejo de justiça, a lei irá, invariavelmente, apontá-lo para Cristo como foi sempre a intenção de fazer. E para os crentes a viver por ela é para eles para se tornar como Cristo. Não poderia ser de outra forma, porque é a lei de Deus, e reflete o caráter de Deus. "Assim, pois," Paulo tem o cuidado de nos lembrar, "a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom" (v. 12). Paulo conclui Romanos 7, agradecendo "a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor" que, apesar de sua carne ser servido "a lei do pecado", sua mente a ser servido "a lei de Deus" (7:25). A sanção da lei foi paga por nós, Jesus Cristo, mas também nele a justiça da lei é "cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rom. 8: 4; cf. Gal. 5: 13-24). (Comentário bíblico John MacArthur NT).

2.    2. A perspectiva teológica da Lei - Mas o mais importante, como o Espírito certamente pretende enfatizar aqui, Jesus cumpriu o Antigo Testamento por ser o seu cumprimento. Ele não simplesmente ensiná-la totalmente e exemplificar isso totalmente Ele era totalmente. Ele não veio simplesmente para ensinar a justiça e para modelar a justiça; Ele veio como a justiça divina. O que Ele disse e o que ele fez refletiu quem Ele é. (Comentário bíblico John Macarthur)

Jesus cumpriu a Lei Moral - A lei moral foi código fundamental de Deus. Como já mencionado, Jesus cumpriu essa lei por Sua justiça perfeita. Todo mandamento Ele obedeceu, cada requisito Ele conheceu, cada padrão Ele viveu até. Como guardar o sábado é um dos Dez Mandamentos, ele pode ser útil para comentar sobre essa parte da lei moral. A essência da observância do sábado foi a santidade, não descansando ou se abstenha de trabalho. Foi uma disposição destinada a remover o coração de empreendimentos terrestres e transformá-lo em direção a Deus. Porque Cristo cumpriu toda a justiça e tornou-se a nossa justiça, a propósito da observância do sábado terminou na cruz. Os cristãos possuem a realidade, e assim não precisar mais do símbolo. Todos os crentes tenham entrado em permanente resto salvação, como o escritor de Hebreus aponta cuidadosamente out (4: 1-11). Todos os dias se tornou consagrado ao Senhor Na demonstração de que o fato de a igreja primitiva, reuniram-se todos os dias para a adoração (Atos 02:46). Mas em pouco tempo foram realizadas as reuniões de adoração primárias no primeiro dia da semana (ver 1 Cor. 16: 2), que veio a ser chamado o Dia do Senhor (Ap 1:10) por causa de sua associação com a ressurreição de Jesus. Aquele dia foi para estimulá-los à santidade a cada dois dias, bem como (Hb. 10: 24-25). Como Paulo deixou claro, no entanto, não há mais qualquer dia especial de adoração (Rom. 14: 5-6; Colossenses 2: 16-17). Culto na terça-feira, quinta-feira, ou em qualquer outro dia da semana não é menos bíblica ou espiritual de adoração no Dia do Senhor. O domingo não é o "sábado cristão", como alguns dizem, mas é simplesmente o dia de adoração a maioria dos cristãos têm observado desde os tempos do Novo Testamento, um momento especial reservado para exercícios espirituais. O aspecto moral inerente à lei do sábado é o coração da verdadeira adoração.

 Jesus cumpriu a lei Judicial - Lei judicial de Deus foi dada para fornecer identidade única para Israel como uma nação que pertencia a Jeová. As leis relacionadas com a agricultura, a resolução de litígios, a dieta, limpeza, vestido, e tais coisas eram normas especiais pelos quais seu povo escolhido foi viver diante do Senhor e à parte do mundo. Essa lei judicial Jesus cumpriu na cruz. Sua crucificação marcada apostasia de Israel final na rejeição final de seu Messias (27:25 ver Mt; João 19:15) e a interrupção do tratamento de Deus com que as pessoas, como uma nação. Com isso a lei judicial faleceu, porque Israel não serviu como Sua nação escolhida. Antes de sua crucificação Jesus advertiu os judeus ", eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado de você" (Mat. 21:43). Louvado seja Deus, Ele um dia vai resgatar e restaurar Israel (Rm 9-11.), Mas enquanto isso a igreja é o Seu corpo escolhido de pessoas na terra (1 Ped. 2: 9-10). Todos ossos resgatados que recebem o trabalho da sua cruz-são seus eleitos.

Jesus cumpriu a lei cerimonial - A lei cerimonial governado a forma de adoração de Israel. Quando Jesus morreu na cruz, Ele cumpriu essa lei, bem como a judicial. O sacrifício era o coração de toda a adoração do Antigo Testamento, e como o sacrifício perfeito, Jesus trouxe todos os outros sacrifícios para atingir um fim. Enquanto Ele estava na cruz "o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" (Mat. 27:51). O próprio Cristo foi a maneira nova e perfeita para o Santo dos Santos, em que qualquer homem poderia vir pela fé. "Uma vez que, pois, irmãos, temos confiança para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que Ele inaugurou para nós através do véu, isto é, pela sua carne, e uma vez que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé "(Hb. 10: 19-22). O levítico, sacerdotal, sistema de sacrifício terminou. Embora o templo não foi destruído até AD 70, toda a oferta feita lá depois que Jesus morreu foi desnecessária. Simbolicamente eles não tinham mais importância. Tabernáculo e no templo sacrifícios, mesmo antes da morte de Cristo nunca teve o poder de purificar do pecado. Eles eram apenas imagens da obra de Messias-Salvador de limpeza, imagens que apontavam para que a suprema manifestação da misericórdia e da graça de Deus. "Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros, Ele entrou através de uma maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, e não pelo sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção "(Hebreus 9: 11-12.). A lei cerimonial terminou porque foi cumprida. Porque a realidade havia chegado, as imagens e os símbolos não tinham mais lugar ou propósito. Na noite da Páscoa final da vida de nosso Senhor, Ele instituiu novos símbolos para comemorar a sua morte. (O Profeta Ezequiel aponta para um tempo futuro no reino quando os símbolos do Antigo Testamento será uma parte renovada de adoração pelos redimidos; 40-48 ver Ez) Aaron foi o primeiro e acima de tudo sumo sacerdote da Antiga Aliança, mas ele não podia se comparar com o grande Sumo Sacerdote da Nova Aliança. Aaron entrou no tabernáculo terreno, mas Cristo entrou no celestial. Aaron entrou uma vez por ano, Cristo uma vez por todas. Aaron entrou além do véu, Cristo rasgou o véu em dois. Aaron ofereceu muitos sacrifícios, um só Cristo. Aaron sacrificado por seu próprio pecado, Cristo apenas para os pecados dos outros. Aaron ofereceu o sangue de touros, Cristo o seu próprio sangue. Aaron era um sacerdote temporária, Cristo é um eterno. Aaron era falível, Cristo infalível. Aaron era mutável, Cristo imutável. Aaron era contínua, Cristo é final. O sacrifício de Aaron era imperfeito, de Cristo foi perfeito. Sacerdócio de Arão foi insuficiente, de Cristo é todo-suficiente. Nem poderia o Tabernáculo e no Templo comparar com Cristo. Cada um deles tinha uma porta, enquanto que Cristo é a porta. Eles tinham um altar de bronze, mas Ele é o altar. Eles tinham uma pia, mas Ele mesmo purifica do pecado. Eles tinham muitas lâmpadas que continuamente necessários enchimento; Ele é a luz do mundo que brilha eternamente. Eles tinham pão que tinha de ser reabastecido, mas Cristo é o pão da vida eterna. Eles tinham incenso, mas próprias orações de Cristo ascender para os Seus santos. Eles tinham um véu, mas o Seu véu era seu próprio corpo. Eles tinham um lugar de misericórdia, mas Ele é agora o propiciatório. (Comentário bíblico John MacArthur).

 

III.          A JUSTIÇA DO REINO DE DEUS

1.    1Quem é grande no Reino de Deus? O contraste entre o menor e o maior no reino provavelmente suporta graduação na classificação do reino (como em 11.11, embora a palavra para “menor” seja diferente lá; cf. 18.1-4). E provável que não seja uma forma semítica de se referir à dualidade exclusão-inclusão (contra Bonnard). Quem desobedecer “a um desses mandamentos, ainda que dos menores” não é excluído do reino — o uso linguístico vai contra essa interpretação (veja Meier, Law [Lei], p. 92-95) — mas é muito pequeno ou muito sem importância no reino (considerando elochistos no sentido elativo). A ideia de graduações de privilégio ou de desonra no reino ocorre em outras passagens dos evangelhos sinóticos (20.20-28; cf. Lc 12.47,48). As distinções não são feitas só de acordo com a extensão em que alguém obedece ao “menor” desses mandamentos, mas também de acordo com a fidelidade com que os ensina. Mas o que são “estes mandamentos”? É difícil justificar a restrição dessas palavras para o ensino de Jesus (como em Banks, Jesus, p. 221-23), embora o verbo cognato de “mandamento” (entolôn) seja usado para o ensino de Jesus em 28.20 (entellom ai); pois, em Mateus, o substantivo nunca se refere às palavras de Jesus, e o contexto argumenta contra isso. A restrição aos Dez Mandamentos (TDNT, 2:548) é igualmente estranha aos interesses do contexto. Também não podemos dizer que “estes mandamentos” se refere à antítese que se segue, pois, em Mateus, houtos (“este”, pl. “estes”) nunca aponta adiante. Então, parece que a expressão deve se referir aos mandamentos das Escrituras do Antigo Testamento. Toda a Lei e os Profetas não são descartados pela vinda de Jesus, mas cumpridos. Portanto, os mandamentos dessas Escrituras — até mesmo o menor deles (em distinções na lei, veja comentário sobre 22.36; 23.23) — devem ser praticados. Mas a natureza da prática já foi afetada pelos versículos 17 e 18. A lei apontava para Jesus e seu ensinamento; portanto, ela é obedecida de forma apropriada por meio do se conformar à palavra dele. Como a lei aponta para Jesus, também ele, ao cumpri-la, estabelece qual é a continuidade dela, a verdadeira direção em que ela aponta e a forma como tem de ser obedecida. Assim, a graduação no reino visa o grau de conformidade ao ensino de Jesus à medida que esse ensino cumpre a revelação do Antigo Testamento. O ensino dele, em direção ao qual o Antigo Testamento apontava, deve ser obedecido. (Comentário bíblico D.A. Carson).

2.   2.  A justiça do Reino de Deus - E esse ensino, longe de ser mais brando, não é nada menos que a perfeição (veja comentário sobre 5-48). Os fariseus e os mestres da lei (veja comentário sobre 2.4; 3.7; e Introdução, seção ll.f ) estavam entre os mais meticulosos da terra. A crítica de Jesus não diz respeito ao fato de “que eles não eram bons, mas que não eram bons o bastante” (Hill, Matthew \Mateus\). Embora as múltiplas regulamentações deles pudessem gerar uma sociedade “boa”, domesticaram a lei e perderam a exigência radical por santidade absoluta ordenada pelas Escrituras. O que Jesus exigia é a justiça à qual a lei verdadeiramente aponta, exemplificada na antítese que segue (w. 21-48). Contrário a Flender (p. 45s.), o versículo 3 (pobre em espírito) e o 20 (exigência de justiça radical) não se contrapõem em clara contradição. O versículo 20 não estabelece como a justiça deve ser alcançada, desenvolvida nem capacitada; ele simplesmente apresenta a exigência. O Messias desenvolveria um povo que seria chamado “carvalhos de justiça [...] para manifestação da sua [Iavé] glória” (Is 61.3). O termo “superior” sugere que a nova justiça excede a antiga qualitativa e quantitativamente (Bonnard) (veja comentário sobre 25.31-46). Nada menos que isso não entra no reino. (Comentário bíblico D.A. Carson).

 



AUTOR: >Presbítero e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.

Pastor Setorial - Pr. Davi Fonseca
Pastor na Congregação - Ev. Antônio Sousa
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP
Contato (+5511) 98048-3304 (Oi Whatsapp)


                                        BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA DE ESTUDO VIVA

BÍBLIA ALMEIDA SÉCULO 21

COMENTÁRIO BÍBLICO WILLIAM BARCLAY

COMENTÁRIO BÍBLICO WARREN W. WIERSBE

COMENTÁRIO BÍBLICO D. A. CARSON

COMENTÁRIO BÍBLICO JOHN MACARTHUR

COMENTÁRIO EXPOSITIVO MATEUS, HERNANDES DIAS LOPES.

 

domingo, 3 de abril de 2022

LIÇÃO 02 – SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO

LIÇÃO 02 – SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO>
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TEXTO ÁUREO>
“Vós sois o sal da terra;[…] Vós sois a luz do mundo.” (MT 5.13,14)>
VERDADE PRÁTICA>
A influência dos cristãos na sociedade é inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos verdadeiros seguidores de Cristo.>
strike>LEITURA BÍBLICA EM CLASSE MT 5.13-16 ( comentário da leitura bíblica)>
V.13 - Quando Jesus pronunciou estas palavras usou uma expressão que depois se tornou o maior elogio que se pode oferecer a homem algum. Se desejamos sublinhar a solidez, utilidade e valor de alguém podemos dizer: "Pessoas assim são o sal da Terra." Na antiguidade o sal possuía um valor muito grande. Os gregos costumavam dizer que o sal era divino. Os romanos, em uma frase que em latim era algo como uma das rimas comerciais da atualidade, diziam: "Nada é mais útil que o sol e o sal" (Nil utilius sole et sale).>
V.14 - Ao usar esta expressão, Jesus estava dizendo algo que devia ser familiar a seus contemporâneos judeus. Costumava-se dizer que Jerusalém era "a luz dos gentios", e havia um rabino famoso cujo apelido era "a lâmpada de Israel". Mas a forma em que os judeus usavam esta expressão pode nos dar a chave do que Jesus quis dizer ao usá-la. De uma coisa os judeus estavam seguros – ninguém era capaz de acender sua própria luz. Jerusalém podia ser a luz dos gentios, mas "Deus tinha aceso a lâmpada de Israel". A luz com que brilhavam a nação ou o homem de Deus era luz emprestada. Do mesmo modo seria com o cristão. A exigência de Jesus não é que nós produzamos nossa própria luz. Devemos brilhar com o reflexo da Sua luz. O resplendor que emana do cristão foi aceso pela presença de Cristo em seu coração. Com frequência dizemos que uma noiva "está radiante". Mas essa "radiação" é a que nasce de seu coração aceso em uma chama viva pelo amor que sente com relação ao seu noivo.
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V.15 - O “alqueire” era antiga unidade de medida de capacidade para secos, equivalente a nove litros. A questão é se deve ou não pôr luzes em lugares de máxima visibilidade, como numa luminária. Os cristãos devem ser visíveis. Mateus deixa isto claro com seu termo preferido: “assim”. A luz dos discípulos é as boas obras que eles fazem. Não só os discípulos são luz, mas eles fazem a luz.
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V.16 - Aqui há duas coisas de suma importância:
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(1) Os homens devem ver nossas boas ações. No idioma grego há duas palavras que designam o bem: a palavra agazós, mediante a qual se define a bondade direta de alguma coisa; kalós, que quer dizer que algo não somente é bom mas também belo, atrativo, elegante. A palavra que se usa neste versículo é kalós. As boas ações do cristão não devem ser somente boas; também devem ser atrativas. Deve haver uma certa superioridade na bondade cristã. O mal de muitas pessoas que acreditam ser boas, é que sua atitude se apresenta fria, dura e excessivamente austera. Há uma bondade que atrai e uma bondade que repele. Há na bondade cristã certo encanto que a torna bonita. (2) Mas também deve notar-se que nossas boas ações não têm o propósito de atrair a atenção de outros sobre nós, e sim sobre Deus. Estas palavras de Jesus são uma proibição absoluta do que alguém chamou "a bondade teatral". Em uma conferência a qual tinha sido convidado D.L. Moody havia também um grupo de jovens que tomavam muito a sério sua fé cristã. Uma noite realizaram uma vigília de oração que durou a noite inteira. Na manhã seguinte, quando se retiravam, encontraram-se com Moody, quem lhes perguntou o que estiveram fazendo. Eles lhe disseram, agregando: "Não se dá conta de como brilham nossos rostos?" Ao qual o grande pregador replicou: "Moisés não estava tão ansioso como vocês de que seu rosto brilhasse." A bondade teatral, ou seja aquela bondade que se anda exibindo, não é uma bondade cristã. Um dos antigos historiadores escreveu com respeito a Henrique Depois da batalha do Agincourt: "Nem tampouco permitiu que os trovadores cantassem estrofes de louvor por sua gloriosa vitória, porque queria que todo o louvor e gratidão fossem dadas a Deus." O cristão nunca pensa no que tem feito, e sim no que Deus lhe permitiu fazer. Nunca procura fazer que o olhar dos homens se concentre nele, mas sim o conduz para Deus. Enquanto alguém passe todo o tempo pensando no louvor, na gratidão ou no prestígio que obterá por suas boas ações, nem sequer começou a transitar pelo caminho de Crist0.
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> > INTRODUÇÃO O “sal” é valorizado por dois atributos principais: gosto e conservação. Não perde sua salinidade se é cloreto de sódio puro. Isto nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer quando disse com os discípulos deixariam de ser discípulos se eles perdessem o caráter de sal. O sal não refinado extraído do mar Morto continha mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer lixiviação em consequência da umidade, tornando-o imprestável (Jeremias, 1972, p. 169). O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida por “nada mais presta” tem “tolo” ou“ louco” como seu significado radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo de ambos. No Antigo Testamento “luz” está associada com Deus (Sl 18.28; 27.1), e o Servo do Senhor e Jerusalém também estão revestidos com a luz de Deus. O Servo será luz para os gentios, e todas as nações virão à luz de Jerusalém (Is 42.6; 49.6; 60.1-3). É neste sentido de ser luz para as nações que Jesus identifica os discípulos como luz. Esta idéia antecipa a conclusão do Evangelho de Mateus: “Portanto, ide, ensinai todas as nações [ou fazei discípulos]” (Mt 28.19). No capítulo anterior, Mateus identificou Jesus como a ‘ grande luz” de Isaías na Galiléia gentia (Mt 4.15,16). Agora os discípulos são chamados para serem portadores da luz. O “mundo” (kosmos) se levanta em contraste com o Reino dos Céus e é paralelo à palavra “terra” (ge) do versículo 13. Diz respeito ao lugar da habitação dos seres humanos. Pode ter sentido negativo (Mt 18.7) e se referir à presente era em relação à próxima. A expressão: “Uma cidade edificada sobre um monte” pode ter sido inspirada pela descrição que Isaías fez de Jerusalém estar vestida com a luz de Deus como farol das nações (Is 60). O monte Sião também é paralelo à referência ao monte. Os discípulos devem levar a cabo a comissão de Jerusalém no esquema maior da história de salvação.

O SAL TEMPERA E CONSERVA

1. Definição
I. - Tasker está coberto de razão ao dizer que a mais evidente característica geral do sal é que ele é essencialmente diferente do meio em que é posto. Seu poder está precisamente nessa diferença. Como o sal da terra, a igreja possui várias funções importantíssimas, as quais passamos a descrever a seguir.

2. A importância do sal - Em primeiro lugar, o sal é antisséptico e inibe a decomposição (5.13). Quando Jesus proferiu esse discurso, não havia refrigeração. A única maneira de preservar os alimentos da decomposição era o uso do sal. O sal impede a putrefação dos alimentos, preservando-os da corrupção. Plutarco diz que a carne é um corpo morto e forma parte de um corpo morto. Se abandonada a si mesma, logo perde seu frescor, mas o sal a preserva e impede sua corrupção. O sal é como uma nova alma enxertada no corpo morto. Ainda hoje apreciamos a carne de sol. O sal a preserva e lhe dá sabor. A presença da igreja no mundo refreia o mal. A igreja tem um papel antisséptico no mundo. Sua influência impede que o mundo deteriore em sua galopante corrupção. Concordo com as palavras de Robert Mounce: “A conduta correta dos crentes impede que a sociedade fique rançosa completamente”.

Em segundo lugar, 0 sal é condimento e dá sabor (5.13). Uma comida insossa é intragável. O sal tem o papel de dar sabor aos alimentos. Torna o alimento apetitoso, agradável ao paladar. O mundo está cansado de seu próprio pecado. O pecado cansa. O pecado adoece. O pecado escraviza. A presença da igreja no mundo, refletindo nele a glória de Deus, revela às pessoas uma qualidade de vida superlativa. Mostra ao mundo que a vida com Deus é deleitosa. Demonstra ao mundo que só na presença de Deus tem pienitude de alegria e delícias perpetuamente.
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Em terceiro lugar, o sal provoca sede (5.13). O sal tem a capacidade de provocar sede. Vivemos num mundo caído, onde as pessoas não têm sede pelas coisas espirituais nem apetência pelo pão do céu. A presença da igreja no mundo provoca esse interesse pelas coisas de Deus. A igreja como sal se insere, se infiltra e, assim, provoca nas pessoas o desejo de conhecer Deus. Sem a presença da igreja, o mundo se tornaria um ambiente insuportável onde viver.
Em quarto lugar, 0 sal para ser útil precisa conservar sua salinidade (3.13). A eficácia do sal é condicional. Ele precisa conservar sua salinidade. Stott afirma corretamente que 0 cloreto de sódio é um produto químico muito estável, resistente a quase todos os ataques. Não obstante, pode ser contaminado por impurezas, tornando-se, então, inútil e até mesmo perigoso. O que perdeu a sua propriedade de salgar não serve nem mesmo para adubo.10 E óbvio que a salinidade do cristão é o seu caráter transformado pela graça, conforme descrito nas bem-aventuranças. Segue-se que, se os cristãos forem assimilados pelo m undo em vez de influenciarem o mundo, perderão complemente sua utilidade. Concordo plenamente com Stott quando ele escreve: “A influência dos cristãos na sociedade e sobre a sociedade depende da sua diferença, e não da sua identidade”.

II. A LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS

1. Conceito físico e metafórico - William Barclay diz que a luz tem três funções primordiais: ser vista por todos, servir de guia e servir como advertência.13 John Charles Ryle reforça que, entre todas as coisas criadas, a luz é a mais útil. A luz fertiliza o solo. A luz guia. A luz reanima. A luz foi a primeira coisa que Deus trouxe à existência. Sem a luz, este mundo seria um vazio obscuro.14 Se a igreja influencia ao inserir-se no mundo como sal, ela é vista como a luz. Sua mensagem aponta o caminho a seguir, e seu testemunho adverte acerca dos perigos ao longo do caminho. A igreja exerce um papel positivo de transformação no mundo. A vida da igreja é sua primeira mensagem. A igreja só tem uma mensagem, se ela tem realmente vida. Sem testemunho, não há proclamação. A vida precede o trabalho. O exemplo é mais importante do que a atividade. O apóstolo Paulo diz que devemos resplandecer como luzeiros no mundo (Fp 2.15). Essa luz inclui o que o cristão diz e faz, ou seja, o seu testemunho verbal e as suas boas obras. Concordo com Stott quando ele diz que essas obras são obras da fé e do amor. Expressam não apenas a lealdade a Deus, mas também nosso interesse por nossos semelhantes. Sem as obras, o nosso evangelho perderia sua credibilidade; e Deus, a sua honra.

2. O cristão como luz - A metáfora da luz enseja-nos algumas lições oportunas, como vemos a seguir.
Em primeiro lugar, a luz é símbolo da verdade. O mundo jaz no maligno, e o diabo é o pai da mentira. Seu reino é reino de trevas. Mentiras filosóficas, morais e espirituais mantêm as pessoas prisioneiras do engano. A verdade é luz. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não podem prevalecer contra ela. A igreja é a luz do mundo e, onde a igreja chega com sua benfazeja influência, aí as trevas da ignorância, do engano e da mentira são dissipadas. Em segundo lugar, a luz é símbolo da pureza. As trevas escondem a sujeira do pecado. O pecado é imundo. A iniquidade se aninha sob as asas da escuridão. Adultérios, roubos, assassinatos, mentiras, maldades e promiscuidades são maquinados e praticados debaixo do manto das trevas. A escuridão é lôbrega. As trevas escondem a podridão repugnando pecado. Em terceiro lugar, a luz é símbolo de vida. Não há vida sem luz. Não houvera luz, e não haveria o fenômeno da fotossíntese. Sem fotossíntese, não haveria plantas e, sem elas, não haveria a oxigenação e, sem a oxigenação, não sobreviveríamos. Logo, a presença da igreja no mundo é que mantém no mundo a vida. Sem a igreja no mundo, este pereceria em seu pecado. Para influenciar o mundo, a igreja precisa ser antes de fazer, pregar aos olhos antes de pregar aos ouvidos, ter a vida certa, e não apenas a doutrina certa. Há muitas pessoas que são ortodoxas de cabeça e hereges de conduta. São ortodoxas na teoria e liberais na prática. Defendem doutrinas certas e vivem uma vida errada. São zelosas das tradições da igreja, mas vivem na prática do pecado. Pregam o que não vivem. Exigem dos outros o que não praticam. Coam um mosquito e engolem um camelo. Em quarto lugar, a luz é símbolo de direção. Nos aeroportos do m undo inteiro, as pistas são iluminadas e circunscritas pela luz, a fim de que o piloto possa pousar com segurança. A luz aponta a direção certa a seguir. Quem anda na luz, sabe para onde vai. Quem anda na luz, não tropeça. Jesus é a luz do m undo, pois tem luz própria. Ele é o sol da justiça. A igreja, mesmo não tendo luz própria como a lua, reflete no mundo a luz de Cristo, o sol da justiça. Em quinto lugar, a luz é símbolo de alerta. A luz é colocada nas estradas sempre que um perigo jaz à frente. A luz alerta sobre o perigo e avisa aos viajantes sobre a necessidade de cautela.

3. A luz em lugares de trevas - Como foi dito com grande acerto, "Não pode haver tal coisa como um discipulado secreto, porque ou o segredo destrói o discipulado, ou o discipulado destrói o segredo." O cristianismo de uma pessoa deve ser perfeitamente visível para todos os que a rodeiam. Mais ainda, deve ser uma profissão de fé que não somente fique de manifesto na Igreja. Um cristianismo cuja influência se detém na porta da igreja, não tem grande valor para ninguém. Deve ser mais visível até nas atividades mundanas que na Igreja. É dever do cristão iniciar a ação justa e boa que seus irmãos mais fracos possam imitar, erigir-se no guia que os menos valorosos possam seguir. O mundo necessita luzes que guiem seu caminho. Há multidões que desejam ver alguém disposto a dirigi-los naquelas coisas que eles mesmos não se animariam a realizar por conta própria. Quando há algum perigo no caminho, e é de noite, acende-se uma luz para nos advertir e fazer com que nos detenhamos. Muitas vezes o dever do cristão é advertir a outros do perigo que os espreita. Isto é muito delicado, e às vezes é tremendamente difícil saber como transmitir a advertência para que produza o bem desejado; mas uma das tragédias mais amargas é quando um jovem, especialmente, aproxima-se de nós e nos diz: "Eu nunca teria me encontrado na situação em que estou se alguém me tivesse advertido a tempo do perigo."

AUTOR: >Presbítero e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Davi Fonseca
Pastor na Congregação - Ev. Antônio Sousa
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP
Contato (+5511) 98048-3304 (Oi Whatsapp)


BIBLIOGRAFIA
Bíblia de estudo NTLH
Bíblia almeida século 21
Comentário bíblico Mateus, William Barclay
Comentário bíblico pentecostal NT, vol.1
Comentário bíblico expositivo, Hagnos – Mateus, Hernandes dias Lopes.

quinta-feira, 24 de março de 2022

LIÇÃO 01 - O SERMÃO DO MONTE: O CARÁTER DO REINO DE DEUS

TEXTO ÁUREO
VERDADE PRÁTICA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MT 5.1-12 ( Explicação da leitura bíblica - Mateus William Barclay, PÁG.96-121)
V.3 - "Bem-aventurados os pobres de espírito." Há duas formas de entender o significado da palavra "pobres". Tal como nós as temos, as bem-aventuranças estão, originalmente, no idioma grego, e a palavra que se utiliza para dizer "pobres" é ptojói. Em grego há duas palavras que designam a pobreza. Uma delas é penés. Penem é o homem que tem que trabalhar para ganhá-la vida, aquele que se serve a si mesmo atendendo suas necessidades com suas próprias mãos (autodiákonos). Penés é o homem de trabalho, o operário, que não tem nada que o sobre, o homem que não é rico mas que tampouco sofre miséria. Mas, como já o vimos, na bem-aventurança não se usa a palavra penem, a não ser ptojós, que descreve a pobreza absoluta e total de que está fundo na miséria. Está relacionada com a raiz ptoséin que significa agachar-se ou encolher o corpo; descreve, portanto, a pobreza do que não pode levar a frente em alto e pede, ajoelhado, encolhido, que lhe ofereça uma esmola para aliviar sua situação. Como dissemos, penés descreve ao homem que não tem nada supérfluo; ptojós, em troca, descreve o homem que não tem nada. Tudo isto faz que a bem-aventurança seja até mais difícil de entender. O homem que não tem nada, diz-nos, que sofre a mais abjeta miséria, é um bem-aventurado. Bem-aventurado o homem que está na pobreza mais absoluta. Em hebreu as palavras que significam pobre são 'ani e ebion. Estas duas palavras sofreram, na evolução do idioma hebreu, uma quádrupla mutação de significado. (1) A princípio significavam simplesmente pobre, e portanto, sem poder, ou prestígio, e influência. (2) Portanto, porque se sofria de pobreza, carecia-se de influência, poder. ou prestígio. (3) Em terceiro lugar significaram carecer de poder, ou influência, e portanto, oprimido, explorado ou avassalado pelos capitalistas. (4) Por último deveram significar ao homem que, por não possuir nenhum recurso terrestre, coloca toda sua esperança e confiança em Deus. De maneira que em hebreu a palavra "pobre" designava ao homem humilde que põe toda sua confiança em Deus. É com este sentido que o salmista usa a palavra quando escreve: "Este pobre clamou, e lhe ouviu Jeová, e o livrou de todas suas angústias" (Salmo 34:6). Nos Salmos o que é pobre neste sentido recebe a misericórdia e o amor de Deus, "Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente" (Salmo 9:18). Deus liberta os pobres (Salmo 35:10). "Em tua bondade, ó Deus, fizeste provisão para os necessitados" (Salmo 68:10). "Salvará os filhos do necessitado, e esmagará ao opressor". (Salmo 72:4). "Levanta da miséria ao pobre, e faz multiplicar as famílias como rebanhos de ovelhas" (Salmo 107:41).Não devemos pensar que esta bem-aventurança é um elogio da pobreza material. A pobreza não é boa. Jesus nunca teria qualificado de "bem-aventurada" a condição de quem vive em vilas miseráveis ou tugúrios e não têm o suficiente para comer e são acossados constantemente pelas enfermidades, porque tudo está contra eles. O evangelho cristão tem como um de seus objetivos a eliminação desta classe de pobreza. A pobreza bem-aventurada é a do "pobre em espírito", a do espírito que reconhece sua própria falta de recursos para fazer frente às exigências da vida e encontra a ajuda e a fortaleza que necessita em Deus. De maneira que a primeira bem-aventurança significa: “Quão feliz é o homem que se deu conta de sua total destituição e pôs toda sua confiança em Deus, porque somente deste modo pode oferecer a Deus essa perfeita que o converterá em cidadão do Reino dos céus!”
V.04 - A primeira coisa que deve destacar-se ao estudar esta bem-aventurança é que a palavra grega que significa "chorar" é o termo mais forte que pode encontrar-se nesse idioma para denotar dor ou sofrimento. Usa-se para falar de quem chora a morte de um ser querido, para designar o lamento apaixonado de que amou a alguém que já não vive. Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, é a palavra que designa a lamentação de Jacó quando acreditou que José, seu filho, tinha morrido (Gênesis 37:34). Define-se como essa classe de dor que se apodera de um homem ao ponto em que este não pode escondê-lo ou contê-lo. Não se trata somente da dor que nos faz doer o coração, é a dor que faz subir até nossos olhos lágrimas incontidas.Há três maneiras de entender esta bem-aventurança: (1) Pode interpretar-lhe literalmente: Feliz é o homem que suportou a mais amarga tristeza que a vida pode trazer! Os árabes têm um provérbio que diz: "Se o sol sempre brilhar, teremos um deserto." A terra onde o sol sempre brilha depois de pouco tempo se converte em uma zona árida onde não cresce nenhum fruto. (2) Algumas pessoas interpretaram esta bem-aventurança com este significado: Bem-aventurados os que se sentem desesperadamente entristecidos por toda a dor e sofrimento que há no mundo. Quando estudávamos a primeira bem-aventurança vimos que sempre convém conceder pouca importância às coisas, mas nunca é bom conceder pouca importância aos seres humanos. Este mundo seria um lugar muito menos habitável se não houvesse tantos que estiveram profundamente preocupados com as tristezas e os sofrimentos de outros. (3) Sem lugar a dúvida as duas interpretações anteriores formam parte desta bem-aventurança, mas a principal idéia, a idéia central de seu conteúdo é indubitavelmente a seguinte: Bem-aventurado o homem que está desesperadamente triste por seu próprio pecado e indignidade. Como vimos, a primeira palavra da mensagem de Jesus era "Arrependei-vos". Ninguém pode arrepender-se a menos que esteja triste por seus pecados. A experiência que verdadeiramente transforma o homem é aquele momento em sua vida quando se encontra face a face com seu próprio pecado e se dá conta do que o pecado pode fazer nele. Um jovem ou uma jovem podem viver a vida sem preocupar-se com os efeitos ou conseqüências do que estão fazendo; mas chega o dia quando algo muito grave acontece e percebem pela primeira vez o gesto de dor no rosto de seu pai ou de sua mãe; e então, repentinamente, dão-se conta da magnitude de seu pecado. Isso é o que a cruz faz por nós. O verdadeiro significado da segunda bem-aventurança é: Quão feliz é o homem cujo coração sofre pelo sofrimento do mundo e por seu próprio pecado, porque é a partir deste sofrimento que encontrará a alegria de Deus! V.05- Mas em grego a palavra praus (equivalente a "manso") era um dos termos mais elevados do vocabulário ético. Aristóteles fala extensamente sobre a virtude da mansidão (praotés). Uma das características metodológicas de Aristóteles, em sua ética, era definir cada virtude como o meio termo entre dois extremos. Por um lado estava o extremo por defeito e pelo outro o extremo por excesso. Em metade de caminho entre ambos se localizava a virtude, justamente o meio. Para dar um exemplo, em um extremo está o esbanjador, no outro o avarento, no meio está o homem generoso. Aristóteles define a mansidão como o justo meio entre a ira excessiva e a falta absoluta de ira, ou passividade. A mansidão é o meio termo entre o excesso de ira e a muito pouca ira. Portanto, a primeira tradução possível desta bem-aventurança é: Bem-aventurado o homem que sabe zangar-se na hora certa, e que nunca se zanga quando não é o caso. Mas a palavra praus tinha outro significado corrente em grego. Era o termo que se usava, como em português, para designar o animal domesticado, que tinha sido educado para que obedecesse a voz de seu dono, que respondeu às indicações das rédeas. É a palavra que corresponde ao animal que aprendeu a aceitar o controle do homem. Portanto a segunda tradução possível desta bem-aventurança é: Bem-aventurado o homem cujos instintos, paixões e impulsos estão sob controle; bem-aventurado o homem que aprendeu a dominar-se.Mas ainda há uma terceira via de acesso a esta bem-aventurança. Os gregos sempre contrastavam a mansidão com o orgulho. A mansidão é uma autêntica humildade que descarta por completo o orgulho. Sem humildade não pode aprender-se nada, porque o primeiro passo para a aprendizagem é a humildade em reconhecer nossa ignorância. Quintiliano, o grande mestre de oratória romano, disse a respeito de alguns eruditos, que "sem lugar a dúvida seriam excelentes meus alunos, se não estivessem tão convencidos de tudo o que sabem."Ninguém pode ensinar ao que pensa que sabe tudo. Sem humildade não pode haver amor, porque o princípio do verdadeiro amor é o sentimento de indignidade.Esta humildade, ou mansidão, diz Jesus, herdará a Terra. É um fato demonstrado pela história que os que podem exercer o controle de si mesmos, os que aprenderam a disciplinar seus instintos, paixões e impulsos, são aqueles que possuíam verdadeira grandeza. O livro de Números diz a respeito do Moisés, maior o líder e legislador que a história já viu: "e aquele varão Moisés era muito manso, mais que todos os homens que havia sobre a terra" (Números 12:3). Moisés não possuía um caráter submisso, não era servil, podia chegar a manifestar de maneira tremenda sua ira, mas exercia controle sobre esta paixão, e a manifestava só quando era o momento apropriado. O autor de Provérbios diz: "Melhor é o que demora para irar-se que o forte; e o que se domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade" (Prov. 16:32). V.06- A verdade é que muito poucos, entre nós, dadas as condições modernas de vida, sabem o que significa ter fome ou sede. No mundo antigo era muito diferente. O salário de um operário, naquela época, era o equivalente a 8 centavos de dólar, e ainda considerando o maior valor aquisitivo do dinheiro naquela época, não havia muito que se pudesse fazer com essa soma. Na Palestina se comia carne somente uma vez por semana, e o operário estava permanentemente por um fio bordo da inanição ou seja da verdadeira fome, que pode chegar a ocasionar a morte. Muito mais grave era o problema da bebida. Na antiguidade a maioria das pessoas não dispunha de água corrente em suas casas. Quem saía de viagem podia a qualquer momento ser surpreendido por uma tormenta de ar quente. Não havia nada que pudesse fazer, exceto envolver a cabeça em seu turbante, dar as costas ao vento e esperar que passasse a tormenta, enquanto a areia entrava pelo nariz e a boca ao ponto em que só podia respirar e crescia nele uma imperiosa sede que não podia satisfazer. Nas condições da vida moderna, no mundo ocidental, não há paralelos que possam servir como comparação de situações como estas. Portanto a tradução correta desta parte da bem-aventurança seria: Bem-aventurados os que têm fome e sede de toda a justiça, da justiça total, da justiça absoluta. Isto é algo que em geral muito poucos experimentam. Contentam-se em ter alcançado um pouco de justiça. Alguém pode ser um homem bom no sentido que por mais que alguém o proponha e procure nele, não pode atribuir-lhe mal algum. Sua honestidade, sua moralidade, sua respeitabilidade estão além de qualquer questionamento; mas, ao mesmo tempo, ninguém pode ir a esse homem com tristeza e chorar sobre seu peito, porque imediatamente se retrairia. Pode haver justiça acompanhada de dureza, de um espírito de censura, de falta de simpatia. Esta justiça não é autêntica bondade moral, é uma justiça parcial. Por outro lado, possivelmente haja outro homem, suscetível a muitas formas de pecado; possivelmente beba, diga más palavras, jogue por dinheiro e perca as estribeiras co muita freqüência; e entretanto quando alguém junto a ele passa por um momento difícil, é capaz de lhe dar até o último centavo que tem em seu bolso, e de tirar o casaco para abrigá-lo. Mas esta também é uma justiça parcial. O que esta bem-aventurança afirma é que não basta satisfazer-se com uma justiça parcial. É bem-aventurado aquele que tem fome e sede de uma justiça total. Não basta a conduta moral impecável sem compaixão, nem a mais apaixonada solidariedade humana sem uma vida reta. De maneira que a tradução da quarta bem-aventurança, seria como segue: Quão feliz é o homem que deseja a justiça total do mesmo modo como o que tem fome deseja o alimento, ou o que morre de sede deseja a bebida, porque este receberá a satisfação de seu desejo! V.08- Estamos perante a bem-aventurança que exige de todo o que a lê parar, pensar e auto-examinar-se. A palavra do idioma grego que significa puro é kázaros, e possuía vários significados e usos diversos, cada um dos quais adiciona um matiz à concepção da bem-aventurança que envolve a pureza na vida cristã. (1) Em seu sentido original, significava simplesmente limpo, e podia usar-se, por exemplo, em relação à roupa suja depois de ter sido lavada. (2) Era usada normalmente para designar o trigo que foi separado da palha. Com o mesmo significado, prega-se de um exército do qual se eliminaram todos os soldados descontentes, covardes, mal dispostos e pouco eficazes em sua missão, e que portanto constitui uma força militar integrada somente por combatentes de primeira qualidade. (3) Aparecia freqüentemente em companhia de outro adjetivo grego – akératos. Esta palavra pode ser empregada, por exemplo, para designar o vinho ou o leite que não foram adulterados mediante a adição de água, ou o metal puro, sem mescla de liga alguma. O significado de kázaros, portanto, é sem mescla, não adulterado, sem liga. É por isso que a bem-aventurança envolve uma exigência tão formidável. Poderia traduzir-se da seguinte maneira: Bem-aventurado é o homem cujas motivações são sempre integras e sem mescla de mal algum, porque este é o homem que verá a Deus. É muito raro que realizemos até nossas melhores ações a partir de uma motivação absolutamente pura. Se ofertarmos com generosidade e desinteresse a favor de alguma boa causa, é possível que no fundo de nosso coração estejamos sentido o prazer de nos sentir bem sob a luz de nossa própria aprovação, ao mesmo tempo que desfrutamos do prestígio e a gratidão a que nos conduz nossa "generosidade". Se fizermos algo belo, que exige algum sacrifício de nossa parte, é possível que não estejamos totalmente livres do sentimento de querer que outros homens vejam em nós algo de heróico ou que nos considerem como mártires. Até o ministro do Deus mais sincero não está totalmente livre do perigo de sentir-se satisfeito consigo mesmo ao ter pregado um bom sermão. Não foi João Bunyan quem ao dele se aproximar alguém um dia para lhe dizer que tinha pregado um bom sermão replicou: "O diabo já me disse isso, enquanto descia do púlpito"? Esta bem-aventurança nos exige a mais meticulosa vigilância e auto-exame. Que atitude guia nossas ações: a vontade de servir a outros, ou o desejo de receber uma retribuição? Oferecemos nossos serviços desinteressadamente, ou porque procuramos a melhor maneira de nos exibir? Trabalhamos na Igreja por amor a Cristo ou para manter nosso prestígio? Nossa fidelidade na assistência ao culto dominical, parte do desejo de ir ao encontro de Deus, ou é simplesmente o cumprimento de um costume ou a forma de obter a mais convencional das respeitabilidades? Até nossas orações e nossas leituras da Bíblia, são o resultado de um desejo sincero de andar em companhia de Deus, ou no fundo o que nos move é o prazer de nos sentir melhores que outros, que não manifestem tais demonstrações de piedade? É nossa religião algo no qual somos conscientes nada menos que da necessidade de ter a Deus em nosso coração, ou algo que nos permite pensar placidamente em nossa própria piedade? Levemos duas pessoas a um museu cheio de quadros antigos. Quem não tiver a formação necessária não será capaz de distinguir a obra autêntica da imitação fraudulenta, enquanto que o crítico de arte poderá distinguir entre muitas telas de menor importância artística aquela que, sendo obra de algum grande mestre, vale uma soma enorme. Há pessoas de mente suja que em qualquer situação vêem a oportunidade para debulhar uma anedota picante ou uma brincadeira suja. Em qualquer esfera da vida vemos somente aquilo que somos capazes de ver. É neste sentido que Jesus afirma que somente os limpos de coração verão a deus. É muito importante recordar, como advertência, que se mediante a graça de Deus conservamos limpos os nossos corações, ou mediante o pecado os enchemos de sujeira, estamos determinando nossa futura capacidade ou incapacidade para ver a Deus. Esta sexta bem-aventurança, portanto, poderia ler-se: Quão feliz é o homem cujas motivações são absolutamente puras, porque este homem algum dia será capaz de ver a Deus! V.09- Tem-se buscado o significado desta bem-aventurança segundo três possíveis linhas de interpretação. (1) Alguns sugeriram que, sendo "paz" tudo aquilo que contribui ao bem-estar humano, "pacificador" é o homem que busca, de todas as maneiras possíveis, fazer com que o mundo seja um lugar onde todos os homens possam ser felizes. Abraão Lincoln disse em certa oportunidade: "Quando eu morrer gostaria que os homens dissessem de mim que ali onde vi uma erva má, arranquei-a, e plantei em seu lugar uma flor, se crer que uma flor poderia crescer nesse lugar." Esta, em tal caso, seria a bem-aventurança de todos os que têm feito algo, por pequeno que seja, a favor da condição humana. (2) A maioria dos primeiros eruditos da Igreja interpretavam esta bem-aventurança em um sentido puramente espiritual, e sustentavam que seu significado era: Bem-aventurado o homem que faz a paz em seu próprio coração e em sua alma. Em todos nós há um conflito interior entre o bem e o mal; sempre nos sentimos arrastados em duas direções opostas; cada ser humano é, pelo menos em certa medida, uma guerra civil ambulante. Verdadeiramente feliz é o homem que conquistou a paz interior, no qual terminou a luta interior e entregou todo o seu coração a Deus. (3) Mas há outro significado da palavra paz, ao qual os rabinos judeus davam ênfase e que, quase com certeza, é o que Jesus tinha em mente ao pronunciar a bem-aventurança, Os rabinos do judaísmo sustentavam que a tarefa mais elevada que qualquer homem podia realizar era o estabelecimento de relações justas entre seus semelhantes. Isto é o que Jesus quis dizer. Há pessoas que sempre são o centro de conflitos, tormentas e lutas. Em qualquer lugar que apareçam, serão vistos implicados em disputas, ou sendo a causa de lutas com outros. São briguentos. Há pessoas, deste tipo quase em toda sociedade e em toda igreja, e pode afirmar-se sem vacilação que servem ao diabo. Por outro lado, graças a Deus, há pessoas em cuja presença a inimizade não pode prosperar, que salvam os abismos, fecham as brechas e adoçam a amargura. Estes fazem a vontade de Deus, pois o plano divino consiste em estabelecer a paz entre o homem e Deus e entre o homem e seu semelhante. O homem que divide os homens é um agente do diabo; o homem que os une está fazendo a obra de Deus.De modo que esta bem-aventurança poderia ler-se: Quão feliz é aquele que cria relações justas e sadias entre os homens, porque sua ação é obra de Deus!
INTRODUÇÃO As bem -aventuranças são promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus. Apeaar de Jesu s ter proferido essas palavras originalmente a Israel, não há que duvidar que ele queria que se aplicassem plenam ente ao Novo Israel, a igreja. O evangelho de Mateus foi escrito quando a era cristã jé tinha cinqüenta anos, e não tem sentido supor que não tencionava ser um documento inteiramente cristão » . Os discipulos de Cristo devem aprender a apegar-se a ele, aconfiar nele e em suas palavras explicitamente. Não pode haver reservas na dedicação a ele e às suas palavras. As bem -aventuranças—m ostram como seremos abençoados se fizermos disso a regra de nossas vidas. Os crentes seriam oprimidos pelo m undo (talvez um reflexo da perseguição deDomiciano, que a ig T e ja — sofria quando este evangelho foi escrito; ver a secção II da introdução, sobre a Data do livro). Mas os oprimidos haverá o de obter eventualmen te avitória. emboranunca sem uma clara lealdade ao seu Senhor. «.. .as bem-aventuranças mostram que para Jesus, a retidão é mais do que a súmula de seus mandamentos; é uma total atitude de mente, uma forma particular de caráter. Aqueles que são louvados no evangelho são homens e mulheres humildes, amorosos, confiantes, fiéis e corajosos Ainda não são perfeios, m as são convertidos. Seus interesses e desejos se voltam na direção do reino de Deus. Mateus aparentementeenumera nove bem -aventuranças. embora a oitava e a nona possam constituir uma só; e se for removido o vs. 5. teremos apenas sete. Lucas 6:20-23 contém quatro bem -aventuranças. todas as quais têm paralelos aqui. ( comentario bíblico Champlin NT, pág. 303).
I. A ESTRUTURA DO SERMÃO DO MONTE

1. Porque Sermão do Monte?

Subiu ao monte*. Provavelmente o autor tinha em mente alguma região particular, alguma localidade montanhosa ou algum monte em particular, algum lugar que Jesus freqüentava e onde ensinava ao povo, provavelmente tendo-a feito por muitas vezes. Há muitas idéias quanto a identificação desse monte. e é verdade que o grego diz aqui -o monte- (traduzido em RASVIBAA; ver explicação das traduções usadas como propótito de confronto, no comentário, nove em inglês e cinco em português, na introdução na lista de abreviações e assim , é bem possível que o autor visasse algum lugar realmente existente. Porém, hoje é impossível identificar tal . Talvez fosse alguma colina ou área montanhosa próxima de Cafarnaum, talvez perto da atual Saphel, posto que essa área caberia facilmente dentro dessa descrição. Alguns intérpretes crêem que nada de m ais específico está em vista anulo ser alguma zona de colinas, em contraste com as planicias que caracterizavam a região. Não obstante, esse é o Sinal do Novo Testamento, e esse -monte- figura com proeminencia entre outras importantes experiências em -montes», nas Escrituras, tais como o monte Sinai, no AT . , onde foi entregue a tábua da le i ( Ê x . 19). ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT PÁG. 302) 2. A EESTRUTURA DO SERMÃO DO MONTE
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Os primeiros 16 versículos de Mateus 5 descrevem o cristão verdadeiro e tratam do caráter. O resto do Sermão do Monte fala da conduta que brota do caráter. O caráter sempre antecede a conduta, porque o que somos determina como agimos. Em Mateus 5.1-16, Jesus mostra que a justiça verdadeira é interior e, em 5.17-48, menciona que o pecado também é interior. Por isso, ele expõe a falsa justiça dos Fariseus que ensina que a santidade consiste em atos de devoção, e que o pecado é o ato de devoção, e que o pecado é o ato exterior. Muitas pessoas cometem esse erro hoje! Para decidir o destino da vida, Deus considera o coração dos homens. ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT) 3. A QUEM SE DESTINA O SERMÃO DO MONTE?

Com o Mestre exemplar que foi, Jesus não com eça este sermão tão importante com uma crítica negativa aos escribas e fariseus. Antes, inicia seu discurso com uma ênfase positiva sobre o caráter idôneo e as bênçãos que dele decorrem para o cristão. O s fariseus ensinavam que a justiça era algo exterior, uma questão de obedecer a determinadas regras e preceitos. Poderia ser medida por orações, ofertas, jejuns etc. Jesus, nas bem-aventuranças e nas descrições do indivíduo temente a Deus, apresenta um caráter cristão que flui do ser interior. Podemos imaginar com o a atenção da multidão se aguçou quando jesus proferiu as primeiras palavras: "bem-aventurados" (em latim, beatus, de onde vem o termo beatítude). Essa palavra tinha significado muito forte para os que ouviam Jesus naquele dia, pois expressava a idéia de "alegria divina e perfeita". Não era um termo usado para os seres humanos, pois descrevia o tipo de alegria experimentado apenas por deuses ou por mortos. Essa "bem-aventu rança" sugeria satisfação e suficiência interiores que não dependiam das circunstâncias externas para ter alegria. É isso que o Senhor oferece aos que confiam nele! ( COMENTÁRIO BÍBLICO CHAMPLIN, NT PÁG. 305). II. AS BEMAVENTURANÇAS E O CARÁTER DOS FILHOS DE DEUS
1. O que são as bem-aventuranças?
As bem-aventuranças não são simples afirmações, são exclamações enfáticas: "Que feliz é o pobre de espírito...!" Isto é muito importante, porque significa que as bem-aventuranças não são piedosas exclamações de esperança no que poderia chegar a ser; não são profecias brilhantes com um halo de glória futura em algum céu distante; são exclamações de alegria por algo que já é, que já existe. São felicitações. A bem-aventurança que recebe o cristão não é uma bem-aventurança posposta para um estado futuro de glória celestial, a não ser algo que já existe aqui e agora. Não é algo que o cristão receberá, mas algo que já recebeu. Certamente obterá a plenitude de cada dom quando puder gozá-lo na presença plena de Deus, mas enquanto isso cada dom é algo que já, aqui e agora, pode-se desfrutar. As bem-aventuranças, com efeito, dizem: "Que felicidade é ser cristão! Que alegria seguir a Cristo! Que alegria conhecer a Jesus como Mestre, Salvador e Senhor!" A forma mesma das bem-aventuranças nos indicam que são exclamações de gozosa surpresa e radiante felicidade pela realidade da vida cristã. Em face das bem-aventuranças se faz impossível toda interpretação do cristianismo como uma religião triste e carente de entusiasmo contente. A palavra "bem-aventurados", que se usa em cada uma das bem-aventuranças, merece uma atenção muito especial. Em grego é a palavra makários, que em geral se usa para descrever aos deuses. Na fé cristã há um prazer e alegria que são divinos. O significado de makários poderá entender-se melhor a partir de um de seus usos comuns na literatura daquela época. Os gregos sempre chamaram a ilha de Chipre "jemakária" (a ilha feliz) porque acreditavam que era uma terra tão bela, tão rica, tão fértil que ninguém precisava transpor suas linhas costeiras para viver uma vida feliz, posto que nela havia todo o necessário para uma existência perfeita. Tinha tal clima, tais flores, frutos e árvores, tais minerais, tais recursos naturais, que continha em si tudo o que era necessário para uma felicidade perfeita. Makários então descreve uma alegria auto-suficiente, que possui em si mesmo o segredo de sua própria irradiação, essa alegria sereno, intocável e autônomo que não é afetado pelas diferentes circunstâncias da vida. A felicidade humana depende das ocasiões e circunstâncias cambiantes da existência, algo que a vida pode dar ou pode tirar. A bem-aventurança cristã está livre de qualquer risco ou ardil. Nada pode tocá-la ou atacá-la. "Ninguém vos tirará vossa alegria", disse Jesus (João 16:22). As bem-aventuranças nos falam dessa alegria que sai a nosso encontro até no meio da dor, aquela alegria que não podem manchar nem o sofrimento, nem a tristeza, nem o desamparo, nem a perda de algo ou alguém que queremos muito. É a alegria que brilha através das lágrimas e que nada, nem na vida nem na morte, pode arrebatar. ( COMENTÁRIO BÍBLICO MATEUS, WILLIAM BARCLAY, PÁG. 96-97).

AUTOR: >Presbítero e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.

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BIBLIOGRAFIA
Bíblia de estudo Viva
Bíblia Almeida século 21
Comentário bíblico Penrecostal NT
Comentário bíblico William Barclay
Comentário expositivo Hagnos, Mateus
Comentário de Champlin NT, Vol.1

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica



TEXTO ÁUREO
"Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confisão." (Hb 4.14).

VERDADE PRÁTICA

Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua igreja.


Leitura bíblica: Hb 4.14-16; 5.1-14 ( explicação).

VV. (15-16) - Aproximemos-nos do trono da Graça. Temos um Sumo Sacerdote que conhece nossas fraquezas e as tentações que enfrentamos, pois passou pelos mesmos testes que nós passamos. Quando Jesus esteve aqui entre os homens, Ele "em tudo foi tentado", isto é, Ele passou a ser alvo das mesmas paixões que nós. Contudo, Ele nunca cedeu a uma só dessas paixões, nem por pensamentos e nem por atos, por cuja razão o escritor sagrado conclui dizendo: "... Ele em tudo foi tentado, mas sem pecado. A tentação sempre visa destruir a fé daquele que tem paz com Deus. ... Trono da Graça... Este é o lugar onde todo aquele que ali chega arrependido, encontra o favor de Deus. Por esta razão somos exortados a nos aproximar deste trono com inteira confiança. No topo da Arca da Aliança era uma caixa de madeira coberta com Ouro. No topo da arca, Moisés pôs um "propiciatório de ouro com um Querubim em cada onta, esse era o trono de Deus, em que Ele se asentava em Glória e governava a nação de Israel. Todavia , o propiciatório do Antigo testamento não era um trono de graça, pois a nação estava sob o jugo da escridão legal. Cristo é o nosso Propiciador. E vamos ao trono de graça quando nos dirigimos a Ele, não a um trono de julgamento, e ele se encontra conoscom fala conosco e nos fortalece. Lembre-se o progresso espiritual é resultado da disciplina espiritual.

VV. (5.1, 4-6) -  Cristo tem uma ordenação superior. Arão foi tirado de entre os homens e elevado à posição de Sumo Sacerdote. No entanto, a ordenação de Cristo foi superior. Pois ele não é apenas um homem; Ele é o Deus em carne, o Filho de Deuse do homem. Ele não tomou, de forma egoísta, essa honra do Sacerdócio para si mesmo. Em Hebreus 7-10, o tema principal é oSacerdócio de Melquisedeque, por isso não precisamos entrar em detalhes nesse momento. Cristo é um Sumo sacerdote superior porque seu sacerdócio é de uma ordem superior - a de Melquisedeque, não a de Arão. O nome "Melquisedeque" significa "rei da justiça". Ele também foi sacerdote de Salém, que significa "az". Arão nunca foi sacerdote-rei, porém Jesus é tanto Sacerdote como Rei. Ele é um Sacerdote sentado em um trono! E seu ministério é  de paz, o "descanso" discutido nos capítulos 3-4.

VV. 5.2-3, 7-8) - Cristo tem mais complacência. O Sumo sacerdote tem que ser complacente com o povo e capaz de ajudá-lo, além de ser escolhido por Deus. Os judeus menosprezavam Cristo e quesionavam sua divindade por causa dos sofrimentos por que passou. Entretanto, esses sofrimentos são a marca de sua divindade. Deus preparava seu filho para ser o solidário Sumo sacerdote de seu povo. O V.7 refere-se à oração que Ele fez no Getsêmane. Alguém pode perguntar: " Mas o Filho de Deus pode conhecer nossas provações melhor que outro homem, como, por exemplo, Arão?". Sim, pode! Cristo era perfeito e experimentou totalmente cada provação. Ele foi testado por inteiro e experimentou cada tentação que tanto o homem como Satanás têm a oferecer. Isso quer dizer que ele foi além do que qualuqer mortal pode suportar, já que a maioria de nós desiste antes da provação fique realmente difícil. Uma ponte que suportou 50 toneladas de peso foi mais testada que a que teve apenas 2 toneladas em cima dela.

                                 INTRODUÇÃO

O autor da epístola, após mostrar a fragilidade do sacerdócio, enfatiza que Cristo deveria ser considerado o grande Sumo Sacerdote porque, embora tivesse sido gerado em natureza humana, era superior aos demais sacerdotes por não possuir pecado, nem as fraquezas natas daqueles, pois à medida que os sacerdotes araônicos iam falecendo, eram substituídos por outras gerações, por isso eram constituídos em grandes numeros de sacerdotes, pois a morte natural os impedia de permanecer no oficío para sempre.
Uma característica singular do sacerdócio de Cristo é a sua completude. A sua justificação plena sem restrições é sufucientemente capaz de apagar todas as consequências oriundas do pecado. A sua natureza divina o habilitou a oferecer-se a Si mesmo como suficiente e definitivo sacrifício, muito superior aos oferecidos durante os ritos do Judaísmo. Com isso, conclui-se que Cristo sendo homem, porém sem pecado, foi o único capaz de restaurar por definitivo o homem a Deus através do seu sangue vertido na cruz do calvário, pois o seu sacrifício foi único e suficiente ara alcançar todos que aceitam e acreditam na obra redentora do Senhor Jesus Cristo.

       I. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO.


  1. Por representar melhor os homens diante de Deus v.(14-16) - Sua grandeza está imediatamente evidente por dois fatos:
  • Ele penetrou os céus na santa presença de Deus, na sala do trono a nosso favor, da mema maneira que o sumo sacerdote do Antigo Testamento passava através do véu no Santo dos Santos a favor do povo no Dia da Expiação. Lá, Ele continua seu ministério celestial de mediação e intercessão sacerdotal.
  • Nosso Sumo Sacerdote é Jesus, Filho de Deus. Ele é tanto imanente (conosco) quanto transcendente (acima denós); é tanto misericordioso quanto poderoso. Por esta razão, retenhamos firmemente a nossa confissão. O conhecimento da grandeza e da glória de Jesus como nosso Sumo Sacerdote é  a chave para entrarmos no repouso de Deus. 


2.  Por compreender melhor a condição humana v. (5.2,3) - Então, o autor mostra como Cristo preencheu estes requisitos de modo superior. vejamos:

  • O primeiro requisito horizontal para o sacerdote era que fosse "tomado dentre os homens", não dentre os anjos ou sere celestiais. Ele deveria estar sujeitos às mesmas fraquezas humanas, pressões e tribulações da vida como outros homens porque era constituído a favor dos homens, o povo da aliança diante de Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados. O que está primeiramente em vista aqui é o ministério do sumo sacerdote no Dia da expiação, quando ele ofereia sacrificios pelo pecado, por si mesmo e pelo povo. Em Hebreus 9-10 é enfatizado que Cristo cumpriu este ministerio sacerdotal.
A lei de Moisés não proporcionava a expiação pelas transgressões rebeldes e deliberadas. Aqueles que pecavam desafiadoramente deveriam ser excluídos do povo de Deus e de sua parte na expiação. Entretanto, o sumo sacerodte podia se compadecer e ter compaixão daqueles que erravam por ignorância, porque ele próprio estava sujeito às mesmas fraquezas.


3. Pela posição que exerceu. V (4) - Flávio Josefo nos informa que a honra sacerdotal era tão elevada, que até mesmo Moisés a desejou para si, dizendo: "... eu confesso que, se essa escolha tivesse dependido de mim, eu teria podido desejar essa honra, que porque todos os homens são naturalmente levados a desejar incumbência tão honrosa, quer porque vós não ignorais quantas dificuldades e trabalhos sofri por vosso bem e da república; mas Deus mesmo, que destinava Arão, há muito tempo, para esse sagrado ministário, conhecendo-o como o mais justo dentre vós, o mais digno de ser honrado, deu-lhe seu voto e julgou em seu favor. O segundo propósito para o sacerdote levítico era vertical; deveria ser "chamado por Deus". A bíblia registra que aqueles que tentaram tomar a honra de executar os deveres sacerdotais caíram sob o juízo de Deus - como nos csos de Corá (Nm 16); Saul (1Sm 13.8-14); Uzias (2Cr 26.16-21).


II. UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO

Cristo possui todas as credenciais bíblicas do sumo sacerdócio. Ei-las relacionadas no texto em apreço: a- Cristo, à semelhança de Arão, foi comissionado pelo Pai para ser nosso Sumo Sacerdote ( Hb 5. 4,5 cf Sl 2.7; Hb 5.6; 6.20; 7. 17,21). O  próprio Deus, portanto, assumiu o sumo sacerdócio na Segunda Pessoa da ordem trina. b- Jesus é Rei–Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque que, sendo rei de Salém e sacerdote do Deus altíssimo – El Elyon -( cf Gn 14.18-20 ), era também sumo sacerdote ( Cf Sl 110.4 ). Cristo, igualmente, está assentado à direita de Deus, o Pai, como Rei e Sumo Sacerdote. c- Jesus, na agonia da paixão, ofereceu, na condição de Sumo Sacerdote, não da ordem araônica, mas de Melquisedeque, orações, clamores, súplicas e lágrimas a Deus ( Hb 5.7 ); e foi ouvido. Portanto, no auge da agonia, o Messias, que foi condenado por dizer-se Rei, colocava-se diante do Pai como Sumo Sacerdote, segundo a interpretação do autor de Hebreus. Nem todas as potências do mal, acionadas pelos homens e por Satanás, foram suficientemente fortes e poderosas para impedir a ação sumo sacerdotal do Filho de Deus. d- O Filho aprendeu exercer o ofício sacerdotal e regencial, por meio da irrestrita obediência no sofrimento; tornando-se nosso Rei, Sumo Sacerdote e Salvador ( Hb 5. 8, 9,10 ). Nossa redenção não veio de fora para dentro, mas saiu do âmago de nossa humanidade, onde o pecado nos alienava, por meio de nosso irmão, Jesus Cristo, o mais humano dos humanos.
7-10. A experiência humana de Cristo é a que está descrita aqui. Foi uma  experiência de aprendizado e imitações. Esta humilhação (Fp. 2:7) foi a Sua hora de aprender a obedecer dentro da esfera do homem. Com isto Ele tornou-se completo. Foi a Sua hora de estar na carne. A referência específica em Hb. 5:7,8 é às horas de agonia no Getsêmani. A passagem descreve angústia nas palavras forte clamor e lágrimas, orações e súplicas. O inimigo que Ele enfrentava era a morte - tanto a física como a espiritual, porque Ele foi o substituto que assumiu toda a ira de Deus reservada para os pecadores. Seu pedido de livramento foi plenamente garantido na ressurreição, com Sua proclamação de vitória sobre a morte. Por meio desta experiência Cristo aprendeu a obedecer, o que de outro modo não aprenderia. Literalmente, Ele aprendeu das coisas que sofreu (v. 8), que é um jogo de palavras extraído do provérbio grego emathen – epathen.


III. UM SACERDÓCIO SUPEIOR QUANTO à  IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA

1. Uma doutrina transcendente. V(11-14) - 1. A Negligência dos Imaturos (5.11-14)
O autor tem muitas coisas a dizer acerca deste pouco conhecido personagem do AT,

Melquisedeque, porque é uma figura-chave na compreensão do sumo sacerdócio de Cris-
to. No entanto, elas são de difícil interpretação, i.e., difíceis de explicar, porque estes

cristãos são negligentes para ouvir (11). Eles não estão se tornando preguiçosos no
seu apetite e compreensão espiritual; eles já se tornaram preguiçosos (tempo perfeito do

verbo), e seu estado presente é o resultado de alguma falha no passado. Ele os envergo-
nha: devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a

ensinar (12). Provavelmente, muitos deles consideravam-se mestres, mas não estavam
qualificados para tal (cf. 1 Tm 1.5-7). Eles tinham perdido o controle da realidade da fé

cristã de tal forma que precisavam de uma atualização no ABC do evangelho, os primei-
ros rudimentos das palavras de Deus.9 Eles voltaram ao estado primitivo de infân-
cia espiritual, em vez de tornarem-se pessoas maduras, a ponto de precisarem de leite e

não de sólido mantimento (“alimento sólido”, Mueller). Este estado vergonhoso não é
devido à falta de tempo, porque evidentemente não eram recém-convertidos, mas por
causa da falta de aplicação prática.


2. Uma doutrina essencial. V (13,14) - As marcas contrastantes da primeira infância e da fase adulta são resumidas de

maneira precisa nos versículos 13,14. Aquele cuja dieta está confinada ao leite natural-
mente não está experimentado na palavra da justiça, pela razão óbvia de ser um menino (13); e espera-se que meninos (“crianças”) espirituais sejam alunos e não mes-
tres. Apalavra da justiça pode significar o próprio evangelho ou o ensino do evangelho,
provavelmente o que foi mencionado em segundo lugar, visto que o versículo 12 já deixa
claro que deveriam ter alcançado o estágio de mestres. Mas o mantimento sólido é
para os perfeitos (14). As verdades cristãs — principalmente a perspectiva cristológica
do AT, que não pode ser encontrada na superfície — podem ser compreendidas e ensina-
das somente por cristãos maduros. Estas pessoas maduras são agora definidas como
aquelas que em razão do costume, têm os sentidos exercitados (plenamente trei-
nados) para discernir tanto o bem como o mal. Sentidos aqui refere-se à sua “per-
cepção interior” (Mueller). A habilidade no discernimento é, portanto, a marca da matu-
ridade. Bem e mal podem ser tanto éticos quanto doutrinários; provavelmente as duas
idéias estejam incluídas, embora o contexto sugira uma ênfase imediata na verdade e
erro em relação a Cristo e às Escrituras. Mas, duas coisas estão claras: 1) a perfeição
neste texto pode ser definida como maturidade; e 2) a “maturidade” confessada em que
não há percepção confiável entre o bem e o mal não é genuína.10
A frase em razão do costume (dia ten hexin) implica que maturidade é um conhe-
cimento gradual por meio da prática. Mas isto não está totalmente correto. Hexin como
substantivo significa “hábito” ou uma condição do corpo ou da mente. O significado pode-
ria ser: Os plenamente maduros são aqueles que, por causa do seu estado espiritual
avançado têm suas faculdades espirituais plenamente treinadas. Em outras palavras,
um nível mínimo de maturidade espiritual é um pré-requisito para a prática habitual. A
prática por sua vez evidencia a maturidade e a aumenta.



AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
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End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA DE ESTUDO DAS PROFECIAS
COMENTÁRIO BÍBLICO NOVO TESTAMENTO - WARREN W. WIERSBE, EDITORA CENTRAL GOSPEL.
COMENTÁRIO EPÍSTOLAS HEBREUS - SEVERINO PEDRO DA SILVA, CPAD.
COMENTÁRIO BÍBLICO PENTECOSTAL -editado por French L. Arrington e Roger Stronstad. CPAD.
http://www.ibanac.com/wp-content/uploads/2016/01/58Hebreus.pdf
Comentário Bíblico William Barclay
Comentário Bíblico Beacon.