1. a) “E como o anunciarão, se não forem enviados? Como está escrito: ‘Como são belos os pés dos que anunciam boas notícias!’ Mas nem todos obedeceram ao evangelho” (Rm 10,15-16a). Paulo adapta o texto de Is 52,7, escrito pelo grupo de “Segundo Isaías”, que exerceu suas atividades entre os desterrados na Babilônia. O evangelho do grupo assegura a todos a vida pela partilha e pela solidariedade (Is 55,1-3), o que Paulo anuncia como “boas-novas”.
      b) “Tal serviço será para eles uma prova: e eles agradecerão a Deus pela obediência que vocês professam ao evangelho de Cristo e pela generosidade com que vocês repartem os bens com eles e com todos” (2Cor 9,13). Paulo deixa a evidência de que ser fiel ao evangelho é praticar a fé em Jesus de Nazaré: caridade, solidariedade e partilha em favor dos necessitados.
     c) “Pois Cristo me enviou não para batizar, mas para anunciar o evangelho […]. Os judeus pedem sinais e os gregos buscam sabedoria, ao passo que nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,17.22-23). O evangelho de Jesus Cristo é contrário ao evangelho de César Augusto Senhor. Enquanto o imperador privilegia seus aliados, ricos e poderosos em busca de bens, poder e a paz do império, ou seja, a “pax romana”, o evangelho de Jesus Cristo se alia à classe marginalizada, subvertendo o valor, o conceito e o poder do império: “Deus escolheu o que é insignificante e sem valor no mundo, coisas que nada são, para reduzir a nada as coisas que são. E isso para que nenhuma criatura se glorie diante de Deus” (1Cor 1,28-29).