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sábado, 18 de fevereiro de 2023

LIÇÃO 9 - O AVIVAMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II.

 


                    TEXTO ÁUREO

"E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam." (AT 19. 5,6)


                VERDADE PRÁTICA

Deus derramou o grande avivamento pentecostal no Brasil. Ele pode avivar mais uma vez o seu povo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: AT 19. 1-7


                                    INTRODUÇÃO

Em junho de 2001, tive o privilégio de participar, na acalorada e encantadora Belém do Pará, das comemorações dos noventa anos de fundação das Assembléias de Deus no Brasil. Em meio a tantos monumentos históricos e espaços de memória; em meio às recordações que os antigos diluíam entre os mais novos; em meio àquelas caravanas vindas do Sul, chegadas do Nordeste, procedentes do Centro-Oeste e do Sudeste; em meio àqueles homens, mulheres e crianças que marchavam pela cidade que, no início do Século XX, acolhera Daniel Berg e Gunnar Vingren, senti-me como se estivesse no Cenáculo quando da descida do Espírito Santo.

Durante aqueles dias de intensas celebrações, dei-me conta da grandeza, do alcance e da pujança do Avivamento Pentecostal. Aliás, que avivamento não é pentecostal? Noventa anos se haviam passado desde que Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém dispostos a implantar, em terras brasileiras, o Evangelho Pleno de Nosso Senhor, proclamando a todos que Jesus Cristo salva, batiza no Espírito Santo, cura os enfermos, opera maravilhas e, em breve, virá buscar a sua Igreja. Embora os historiadores seculares não o reconheçam, o Avivamento Pentecostal imprimiu novo ritmo ao Brasil. Desde aquele já distante junho de 1911, começamos a desvencilhar-nos das amarras do Catolicismo Romano, a fim de vivermos uma nova realidade espiritual. As raízes do Avivamento Pentecostal remontam ao cenáculo em Jerusalém. Ao contrário do que dizem os cessacionistas, o batismo no Espírito Santo, os dons espirituais e as maravilhas do Senhor não se limitaram ao período apostólico; são tão atuais hoje quanto há dois mil anos. O pentecostes jamais deixou de existir; são recursos que sempre estiveram à disposição da Igreja.


                I.  O MOVIMENTO DE ATOS SE REPETE NO BRASIL

1.  Pentecostes entre os salvos  -   Não sabemos exatamente o que instiga Paulo a fazer a pergunta. Os sermões e conversações em Atos são resumos, e o propósito de Lucas é enfocar o poder do Espírito em vez de apresentar relatos exaustivos. Presumivelmente a pergunta de Paulo a estes discípulos foi precedida por uma conversa mais longa. Em todo caso, a resposta que dão à pergunta de Paulo é negativa. Eles não ouviram falar do derramamento do Espírito no Dia de Pentecostes. Os discípulos efésios, sem dúvida, tinham ouvido falar do Espírito Santo, visto que Ele é discutido proeminentemente no Antigo Testamento e na pregação de João Batista. O que eles desconhecem é a unção específica do Espírito para o ministério subsequente à conversão. Influenciados pela tradição de João Batista, eles tinham ouvido falar de Jesus e creram nEle, mas não tinham sido cheios com o Espírito.   Paulo reconhece que os doze efésios carecem do dom carismático do Espírito. Como Paulo lhes explica, a pregação de João Batista foi um ministério salvador e estava de acordo com o plano de Deus. Ele chamava as pessoas ao arrependimento e à fé em Jesus, aquele que vem. O propósito desta pregação era que aqueles que a ouvissem cressem em Jesus, o mesmo foco e meta da pregação de Paulo. João administrou o batismo como símbolo da lavagem de pecados pelo Espírito Santo.

2.    A plenitude do Espírito Santo  Qual era a diferença entre o batismo de João e aquele que se realizava em nome de Jesus? Qualquer pessoa que leia os relatos da pregação de João (Mateus 3:7:12; Lucas 3:3-11) pode observar uma diferença radical entre ela e a pregação de Jesus. A pregação de João era uma ameaça; a de Jesus era as boas novas, era o evangelho. Ninguém podia considerar a pregação de João como boas novas por quanto ameaçava com morte e destruição. Mas se tratava de uma etapa no caminho. O mesmo sabia e tinha presente que estava anunciando àquele que havia de vir (Mateus 3:11; Lucas 3:16).  A pregação de João era um passo necessário, porque deve haver dois passos na vida religiosa. Primeiro, deve dar-se o momento em que despertamos à nossa insuficiência e ao nosso merecimento da condenação às mãos de Deus. Esta etapa está estreitamente relacionada com o momento em que tentamos nos comportar melhor e inevitavelmente fracassamos porque tentamos fazê-lo por nós mesmos. Segundo, há a etapa em que nos damos conta de que pela graça de Jesus Cristo deixamos de estar condenados. Bem ligado a este passo vem o momento em que encontramos que todos nossos esforços para melhorar ficam reforçados e fertilizados pela obra do Espírito Santo, através do qual podemos fazer o que não poderíamos nunca realizar por nós mesmos.  Aqueles cristãos incompletos conheciam a condenação; mas não a graça de Cristo nem a ajuda do Espírito Santo. Sua religião era inevitavelmente uma luta que não havia alcançado o momento da paz.  Todo este incidente nos mostra uma grande verdade: que sem o Espírito Santo não existe o cristianismo completo. Mesmo que vejamos o erro de nossos caminhos, e nos arrependamos e decidamos mudar, não poderemos obtê-lo nunca sem a ajuda que só o Espírito pode nos dar.

3.   Chamados por Deus   A chamada de Gunnar Vingren

Quando jovem, o sueco Adolph Gunnar Vingren teve o chamado de Deus para a sua obra e viajou para os Estados Unidos em 1903. Vingren trabalhou como foguista, porteiro e jardineiro. Lá nos Estados Unidos, fez curso num seminário teológico sueco da Igreja Batista, concluindo os seus estudos em 1909. O movimento pentecostal no Brasil é fruto do Avivamento da Rua Azusa em 1906, em Los Angeles. Chicago foi uma cidade onde o “fogo” do Pentecostes incendiou muitas vidas. Em 1909, Gunnar Vingren, ex-aluno do Seminário Teológico Batista Sueco, tornou-se pastor da Igreja Batista Sueca em Menominee, Michigan. A igreja decidiu que ele seria enviado como missionário para Assam, na Índia, mas ele não sentiu paz no coração.  Vingren comunicou que não poderia aceitar o chamado, porque não sentia ser da vontade de Deus. Por esse motivo, a sua noiva rompeu o noivado, e ele disse: “Seja feita a vontade do Senhor”. Indo a Chicago, foi a uma conferência da Primeira Igreja Batista Sueca, uma igreja histórica reformada. Ali, Vingren recebeu o batismo no Espírito Santo com evidência inicial de falar línguas estranhas. Em consequência, foi rejeitado pela igreja onde servia.

Em 1910, foi aceito pela Igreja Batista de South Bend, Indiana, que se transformou numa igreja pentecostal. Deus falou com Vingren que ele iria para um lugar de povo muito simples chamado Pará.  Fato interessante é que, nesse meio tempo, Deus também falou que ele iria casar-se com uma jovem chamada Strandberg. Anos depois, ele casou-se com Frida Strandberg. Isso é mais uma prova de que o Senhor dirige os passos de “um homem bom” (Sl 37.23).

A chamada de Daniel Berg

Gustaf Daniel Högberg, mais conhecido como Daniel Berg, era um jovem sueco cristão. Aos 18 anos, em 1902, emigrou da sua terra, a Suécia, para os Estados Unidos, por causa da crise econômica que assolou a Europa. A sua viagem fez com que passasse pela Inglaterra, onde tomou o navio em Liverpool em 11 de março de 1902. Foram 14 dias de viagem, chegando aos EUA em 25 de março. O seu primeiro emprego foi numa fazenda, onde cuidava de animais e carroças. Depois foi para a Pensilvânia, onde fez curso de fundidor e trabalhou numa fundição.   Durante oito anos, trabalhou como fundidor para a sua manutenção. As saudades do lar fizeram no voltar à Suécia por algum tempo. Ali encontrou um amigo crente, com quem ouviu sobre o batismo no Espírito Santo. Ambos conversaram sobre isso, oraram, mas Berg estava decidido a voltar aos Estados Unidos: “No ano de 1909, ao aproximar-se dos Estados Unidos, suas orações foram respondidas: recebeu o batismo com o Espírito Santo”. A sua vida mudou completamente. Cheio do Espírito Santo, passou a pregar com mais entusiasmo acerca da salvação em Cristo Jesus.

O encontro entre Vingren e Berg

Os dois jovens obreiros suecos encontraram-se na Igreja Batista de South Bend, onde se realizava uma conferência evangélica.   Compartilharam os seus anseios e projetos e entenderam que estavam sendo chamados por Deus para a sua obra; então, passaram a orar diariamente. Através do irmão Adolf Uldin, que já os conhecia, souberam que Deus iria enviá-los a um lugar chamado Pará, mas não sabiam onde se encontrava tal lugar. Foram a uma biblioteca pública e pesquisaram, constatando que o Pará era um Estado que ficava ao norte do Brasil, na América do Sul. Em oração, sentiram que essa era a vontade de Deus para as suas vidas. Ao comunicarem a sua decisão à igreja, não foram bem acolhidos.   A igreja comunicou que não tinha condições de enviá-los ao lugar indicado. Daniel Berg foi desestimulado pelo seu patrão a não ir para a missão, pois na cidade havia pessoas a ser evangelizadas. O que os dois tinham em dinheiro eram 90 dólares, que era o preço da passagem para o Pará. No entanto, de modo incompreensível, ouviram a voz de Deus que lhes ordenava que dessem os 90 dólares para um jornal pentecostal. Acharam estranho, mas obedeceram. E ficaram esperando o que o Senhor havia de fazer.

Para ir ao Brasil, precisavam deslocar-se até Nova Iorque. Na despedida, os irmãos deram-lhes oferta que permitia chegar ali.

A chegada ao Brasil

Ao chegarem a Belém em 19 de novembro de 1910, os dois missionários não conheciam ninguém e nem sabiam falar português.  Os dois com as suas respectivas malas caminharam e sentaram-se num banco na Praça da República, onde fizeram a primeira oração em terras brasileiras. Ali souberam que a cidade estava cheia de doentes, leprosos, portadores de febre bubônica, malária; eles viram a pobreza do povo que contrastava com a riqueza que viram na América.  Enquanto aguardavam na Praça da República uma resposta de Deus, passava por ali uma família que viera no navio e falava inglês.  Perguntaram se eles já tinham encontrado hotel, e eles responderam que não. Então, os dois foram convidados para ir ao hotel onde a família estava. Naquele hotel, encontraram outra pessoa que falava inglês e perguntaram se conheciam algum protestante na cidade. Indicaram-lhes o endereço de um pastor metodista, americano, e foram ao seu encontro. Era o irmão Justus Nelson. Este os apresentou ao pastor da Igreja Batista Brasileira.   Esse pastor permitiu que os missionários morassem no porão da igreja. Era um ambiente úmido, sem janelas, infestado de mosquitos, no intenso calor tropical. Nesse ínterim, conheceram o irmão Adriano Nobre, membro da Igreja Presbiteriana no Pará e comandante do Navio Port of Pará, que navegava pelo rio Amazonas. Como falava inglês, Adriano começou a conversar com os missionários e soube que vieram dos Estados Unidos.


                    II.    O NASCIMENTO DE UM NOVO MOVIMENTO

1.   A pregação do avivamento pentecostal  -  Um dos visitados, Celina Albuquerque, vinha há vários anos dedicando-se à escola dominical. Ela se encontrava agora presa à cama. Conforme os médicos, sua doença era incurável. Os remédios, que se encontravam ao lado da cama, não faziam efeito.   Gunnar perguntou-lhe se acreditava que Jesus podia curá-la. Ela respondeu que sim, e todos os presentes oraram ao Senhor, o grande Médico. O Senhor interveio, e a curou completamente. Seu ardente desejo agora era que o Senhor a batizasse com o Espírito Santo. Decidiu-se, então, junto com sua amiga Maria Nazaré, a não sair de casa até que o Senhor viesse ao seu encontro conforme a sua promessa (At 2.39).    Depois de cinco dias em jejum e oração, numa quinta-feira, há uma hora da madrugada do dia 9 de junho de 1911, ela recebeu o dom do Espírito Santo, e foi a primeira no Brasil a confirmar a mensagem dos missionários.     Logo ao amanhecer, a irmã Nazaré se dirigiu depressa na avenida São Jerônimo, 224, onde morava o irmão José Batista de Carvalho a fim de lhe contar a boa nova. Lá estavam vários irmãos reunidos. Entre eles Manoel Rodrigues, diácono da igreja batista. Ele mesmo diz: “Foi nesse momento que ouvi falar e cri no batismo do Espírito Santo. Nessa mesma noite haveria culto, como de costume, na igreja batista.  Os presentes já sabiam do batismo de Celina Albuquerque no Espírito Santo. Disputaram entre si, e se dividiram em dois grupos. No calor da disputa houve membros que até ameaçavam os partidários das novas ideias. Depois do encontro, a maioria dos membros resolveram ir à casa da irmã Celina para verificar o que tinha acontecido. Entre aqueles que foram à rua Siqueira Mendes estavam José Plácido da Costa, Antônio Marcondes Garcia e esposa, Antônio Rodrigues e Raimundo Nobre.

2.   Crescimento e perseguição   Esse título foi escrito pelo próprio Gunnar Vingren quando ele contou sobre a poderosa intervenção de Deus na vida de algumas pessoas, tanto para salvação como para juízo. Esse relato original, palavra por palavra, está sendo utilizado neste capítulo. É um testemunho poderoso de um grande e forte Deus e do que Ele pode fazer. Assim Vingren escreveu:   “Realizamos batismo certa vez num lugar chamado Rio de Ouro. Depois de concluído, um rapaz incrédulo queria zombar dos crentes e do batismo. Ele entrou na água, pôs as mãos sobre o seu peito e se lançou para trás, como se estivesse batizando a si mesmo, e desta maneira ele zombava desse ato santo e dos que o praticavam. O inesperado e horrível que aconteceu foi que após uma dessas imitações, o moço não apareceu mais na água. Depois de um certo tempo seu cadáver foi encontrado e levado para sua casa, para ser enterrado. Isto aconteceu no mês de junho de 1928”.   “Num outro lugar chamado São Pedro, um homem incrédulo quis também zombar dos crentes e do que eles faziam. Ele fingiu que estivesse dando a santa ceia para seus companheiros. Arrumou um prato com pão e começou a distribuí-lo entre os presentes. Porém, de repente sentiu-se terrivelmente mal, quase à morte. Quando melhorou um pouco, os seus amigos perguntaram outra vez se ele não queria dar-lhes a santa ceia como antes estava fazendo. Ele respondeu: ‘Nunca mais falarei contra este povo ou zombarei dele!   Um irmão que estava a caminho do culto, foi picado por uma cobra. Quando ele chegou ao local da reunião, a sua perna estava inchada e totalmente dormente. Ele sentia como se houvesse fogo no local da picada. Oramos por ele uma vez e a dor desapareceu. Oramos a segunda vez, e desapareceram todos os sintomas da picada da cobra. Aquele irmão está são até o dia de hoje”.   “O evangelista Archias de Oliveira tem sido usado por Deus de maneira maravilhosa em todos os lugares onde ele vai pregar o Evangelho. Deus tem realizado grandes milagres e manifestado o seu poder contra os inimigos do Evangelho através desse irmão.

Um jovem que estava à morte ouviu falar de Jesus pela sua própria mãe que lhe testificou. Quando a igreja orou por aquele moço e ele ficou completamente curado.

3.   Curas divinas  -  Mais ou menos seis meses após a nossa chegada, os diáconos da Igreja Batista me disseram: “Irmão Vingren, na próxima terça-feira o irmão dirigirá o culto de oração.” Isto foi em maio de 1911. Eu atendi o pedido. Li alguns versículos no Novo Testamento que falam sobre o batismo com o Espírito Santo, e disse algumas palavras. Durante todo o tempo os diáconos mantiveram suas Bíblias abertas para conferir se eu estava lendo e interpretando corretamente. Parece que ficaram satisfeitos com o que eu disse.        Durante aquela semana realizamos cultos de oração todas as noites na casa de uma irmã que tinha uma enfermidade incurável nos lábios. Ela não podia assistir aos cultos na igreja. A primeira coisa que fiz foi perguntar- lhe se cria que Jesus podia curá-la. Ela respondeu que sim. Dissemos-lhe então que deixasse de lado todos os remédios que estava tomando. Oramos por ela, e o Senhor Jesus a curou completamente!    Nos cultos de oração que se seguiram, aquela irmã começou a buscar o batismo com o Espírito Santo. O seu nome era Celina Albuquerque. Na quinta-feira, depois do culto, ela continuou orando em sua casa, juntamente com outra irmã. A uma hora da madrugada a irmã Celina começou a falar em novas línguas, e continuou falando durante duas horas. Foi, portanto, a primeira operação de batismo com o Espírito Santo feita pelo Senhor Jesus em terras brasileiras.      No dia seguinte, a outra irmã que presenciara tudo, foi e contou o que vira aos outros membros da igreja batista. O seu nome era Nazaré. Na sexta-feira, após o termino do culto na igreja, irmã Nazaré e outras irmãs vieram para o nosso culto de oração. Nessa mesma noite Jesus batizou-a com o Espírito Santo, e ela cantou um hino espiritual.


                    III.   A EXPANSÃO DO AVIVAMENTO PENTECOSTAL

1.   Um modelo centrífugo  -  Geziel Gomes

Quando Daniel Berg dormiu no Senhor, no ano de 1963, a geração pioneira da Assembleia de Deus no Brasil sentiu profundamente a ausência do inesquecível líder e companheiro que, durante mais de meio século, foi usado por Deus como um ganhador de almas incomum, o verdadeiro evangelista, que aprendera com o Mestre a procurar uma comida superior: fazer a vontade daquele que o enviou.      Os que aprenderam com Daniel Berg beberam de uma fonte cristalina e insuspeita. Ele nunca se queixava das provações que experimentava, nunca discutia assuntos de ordem política, nunca perdia tempo ou oportunidades, jamais negligenciou seus deveres de pai e de pastor.   O surgimento da terceira geração de pentecostais em nossa pátria induz-nos a uma meditação mais séria e profunda sobre o significado do estilo de vida dos que vieram antes de nós. Eles foram homens simples, sem afetações, ambições ou sutilezas. Sua visão era a da constante e interminável expansão do Reino de Deus na terra. Tais foram os caminhos que nos legaram, e que merecem ser seguidos.      Ao mesmo tempo que não poucos, desavisados e desorientados, começavam a predizer o declínio do movimento pentecostal no Brasil, em virtude de haver ultrapassado o seu primeiro cinquentenário, o Espírito do Senhor iniciava um novo movimento de poder, entusiasmo, ação evangelística e maravilhas, para demonstrar à sociedade que esta época, em seu caráter eminentemente escatológico, já não comporta flutuações em torno do avivamento, pois estamos a caminhos dos dias últimos, e devemos aguardar a chuva serôdia que ele enviará sobre a terra, na véspera feliz do arrebatamento da Eleita.     O que urge ressaltar, todavia, é que a continuação do avivamento não se firma em novas táticas, ou novas doutrinas, ou novo estilo, senão na manutenção firme e convicta dos princípios que foram lançados pelos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren.   Eles foram homens de oração e de poder, homens que liam a Bíblia diuturnamente para colher os ensinamentos preciosos para entregar à igreja que hoje enche as cidades de nossa pátria e começa a conquistar as terras mais distantes.    Homens como Daniel Berg não podem jamais ser esquecidos. Os filhos devem ouvir-lhe o nome através dos pais, para que a futura geração saiba que nos primórdios desta obra houve homens robustos na fé e gigantes na ação, que nunca puseram em segundo plano o cumprimento dos seus deveres para com Deus e sua santa Igreja.     A história dos últimos dias de Daniel Berg é a um tempo comovente e inspirativa. Estava ele hospitalizado em sua terra natal, quando se aproximaram os dias finais de sua peregrinação. Todos temos o nosso dia de partir.   O sol de nossa existência tem que se pôr um dia. Bem aventurados os que encontram, no crepúsculo da vida terrena, a aurora da existência com Deus, Daniel Berg mal podia mover-se, mas saía de enfermaria enfermaria para distribuir folhetos, espalhar literatura e orar pelos que se decidissem.

2.   Um crescimento acentuado  -  Ao longo da história das Assembleias de Deus no Brasil, a obra começou pequena, mas foi crescendo a olhos vistos; não apenas em termos numéricos, mas, acima de tudo, “em demonstração do Espírito e de poder” (cf. 1 Co 2.4). Esse é o modelo de crescimento assembleiano. Não cresce buscando ou “pescando” almas noutras igrejas.     Cresce porque evangeliza, discipula e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de Cristo, como dito no item 1. Um pouco da história do avivamento pentecostal através das Assembleias de Deus no Brasil mostra como se desenvolveu a nova igreja. Os dados não foram atualizados, mas o padrão de crescimento tem sido constante, sempre com base no modelo bíblico, ordenado por Jesus: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.15,16).      Segundo Burlton (pp. 232–234), em 1960, as Assembleias de Deus passaram a responder por 70% do evangelismo nacional, congregando 50% dos evangélicos brasileiros, principalmente no interior e entre as camadas mais humildes da população. A sua influência tem sido de tal monta que grande parte das igrejas históricas, tradicionais, voltou-se para a busca da fé pentecostal. Em 1970, as Assembleias de Deus contavam com 62,6% dos evangélicos brasileiros, que chegavam a 2,6 milhões (Kessler e outros, pp. 11,12). Em 1980, o censo do IBGE dava conta de que, no Brasil, havia 7.885.846 evangélicos. Os pentecostais participavam com cerca de 48%. Segundo os últimos dados do IBGE (dados ente 1991 e 2001), os evangélicos, em 2002, eram 26 milhões de adeptos, e as Assembleias de Deus constituíam-se, naquela época, na maior denominação evangélica do Brasil, passando de 2,4 para 4,5 milhões de fiéis; com 22 mil templos e 21 mil pastores. O jornal Mensageiro da Paz (Junho de 2002) informounos de que os assembleianos contavam com mais de 8 milhões (dados atualizados), somando 32% dos evangélicos ou 5% da população brasileira. Não devemos esquecer que tudo isso é fruto das raízes pentecostais, fincadas pelos pioneiros do Movimento Pentecostal no Brasil.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Livro Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento, Claudionor C. Andrade - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento - Editora CPAD.

Comentário Bíblico. Atos, William Barclay

Livro O Diário do Pinheiro: Gunnar Vingre, Ivar Vingre - Editora CPAD. 

Livro Enviado Por Deus. Daniel Berg; David Berg - A história de Daniel Berg, um simples aldeão que ajudou a deflagrar o maior movimento pentecostal da história da Igreja, as Assembleias de Deus no Brasil. Editora CPAD. 

3 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?
    Tivemos uma lição 8 rica em detalhes sobre a importância do avivamento.

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  2. Na Lição 9 estamos estudando o avivamento no Brasil. Veja a importância de conhecer a história da igreja, de conhecer quem foi a primeira pessoa a ser batizada no Espírito Santo.

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  3. #ebd #teologia #cpad #adbelemsp #adbelemsuzano #confradesp #cgadb #cristao #pregação

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