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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

LIÇÃO 03 - O AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II




                    TEXTO ÁUREO

"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva." (JO 4.10)


                    VERDADE PRÁTICA

A Palavra de Deus revela raízes de um verdadeiro avivamento espiritual, que perpassa a história.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 4. 7-15


                        INTRODUÇÃO

Houve muitos avivamentos no Antigo Testamento ou na antiga aliança. Todos eles, porém, tiveram, por assim dizer, um tempo de validade. Uns duraram mais, e outros, menos. No capítulo anterior, vimos um resumo dos momentos em que o Senhor Deus visitou o seu povo de forma extraordinária; sempre em resposta ao clamor do povo, tendo à frente um líder espiritual, um profeta, ou um rei, como foi no caso de Davi, Asa, Josafá, Josias e outros. No Novo Testamento, todavia, podemos constatar que os avivamentos tiveram períodos mais longos. O maior dos avivamentos na época da Igreja foi o trazido por nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Ele, sim, trouxe um avivamento não apenas para Israel, como acontecia no Antigo Testamento, mas também um avivamento para o mundo. Os judeus rejeitaram-no e perderam a maior e mais preciosa oportunidade de ter a sua nação apresentada ao mundo como o povo eleito para representá-lo em toda a terra: “Mas, agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu” (Is 43.1). O avivamento no Novo Testamento começa com Jesus, mas não termina com Ele. A sua mensagem ultrapassa os tempos e a história e é projetado para todos os séculos. A mensagem de Cristo não foi para um período determinado, em resposta a uma situação particular de um povo. A sua mensagem é a revelação de Deus para toda a humanidade: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,17). Neste capítulo, temos um panorama geral do avivamento no Novo Testamento. Em capítulos posteriores, veremos mais detalhadamente o avivamento trazido por Cristo, bem como momentos especiais, quando o Senhor usou homens chamados por Ele para proclamar a sua Palavra de salvação para Israel, para algumas pessoas e para o mundo. Na verdade, Jesus veio ao mundo para trazer a mensagem mais poderosa e impactante que os homens já ouviram: a mensagem do Reino de Deus.


                    I.  O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS

1.   O avivamento em João  -  Oito características ou ênfases principais destacam o Evangelho segundo João. (1) Jesus como “o Filho de Deus”. Do prólogo do Evangelho, com sua sublime declaração: “vimos a sua glória” (1.14), até à sua conclusão na confissão de Tomé: “Senhor meu, e Deus meu! ” (20.28), Jesus é Deus, o Filho encarnado. (2) A palavra “crer” ocorre 98 vezes, equivalente a receber a Cristo (1.12). Ao mesmo tempo, esse “crer” requer do crente uma total dedicação a Ele, e não apenas uma atitude mental. (3) “Vida eterna” em João é um conceito-chave, referindo-se não tanto a uma existência sem fim, mas à nova qualidade de vida que provém da nossa união com Cristo, a qual resulta tanto na libertação da escravidão do pecado e dos demônios, como em nosso crescimento contínuo no conhecimento de Deus e na comunhão com Ele. (4) Encontro de pessoas com Jesus. Temos neste Evangelho 27 desses encontros individuais assinalados. (5) O ministério do Espírito Santo, pelo qual Ele capacita o crente, comunicando-lhe continuamente a vida e o poder de Jesus após sua morte e ressurreição. (6) A “verdade”. Jesus é a verdade; o Espírito Santo é o Espírito da verdade, e a Palavra de Deus é a verdade. A verdade liberta (8.32); purifica (15.3). Ela é a antítese da natureza e atividade de Satanás (8.44-47, 51). (7) A importância do número sete neste Evangelho: sete sinais, sete sermões e sete declarações “Eu sou” dão testemunho de quem Jesus é (cf. a proeminência do número “sete” no livro de Apocalipse, do mesmo autor). (8) O emprego doutras palavras de destaque como: “luz”, “palavra”, “carne”, “amor”, “testemunho”, “conhecer”, “trevas” e “mundo”.

2.  O avivamento em Mateus  A apresentação de Mateus acerca do Espírito Santo é mais extensa que a de Marcos, mas não é tão desenvolvida quanto a de Lucas ou João. As características salientes de sua pneumatologia incluem o seguinte:

1) O Espírito Santo foi o agente da concepção de Jesus (Mt 1.18).  2) O batismo com o Espírito Santo e com fogo distingue o ministério de Jesus do de João Batista (Mt 3). O fogo é principalmente um batismo de julgamento. João Batista declara que Jesus é quem batiza para avisar os fariseus e saduceus que Ele fará justiça (Mt 3-11,12); Mateus indica aqui e em outro lugar (Mt 28.19) que o batismo com o Espírito Santo e o batismo de fogo são dois batismos diferentes. Os dois grupos endereçados na pregação de João Batista em Mateus são: (a) os verdadeiramente arrependidos; e (b) os fariseus e saduceus. Como está implícito na fórmula batismal em Mateus 28.19, o batismo com o Espírito Santo é para os crentes arrependidos. O fogo é para as árvores que não dão frutos (Mt 3-8-10).  3) Como em Marcos, a cena do batismo em Mateus identifica que Jesus é quem está associado com o Espírito Santo e que, portanto, é quem batiza. Nesta mesma ocasião, a voz do céu associa Jesus com o Messias, o Ungido (Mt 3.16,17).  4) O Espírito Santo guia Jesus (Mt 4.1).  5) O Espírito de Deus capacita Jesus a proclamar julgamento e levar a justiça à vitória. Mateus considera esta capacitação como cumprimento da profecia relativa à capacidade de jesus curar e/ou sua manifesta evitação de conflito com os fariseus. Mateus vê o Espírito como a fonte da autoridade de Jesus (Mt 12.15-21).  6) Os títulos “o Espírito”, “o Espírito Santo” e “o Espírito de Deus” são sinônimos (Mt 12).  7) O Espírito do Pai falará através dos crentes, quando eles forem confrontados pelas autoridades (Mt 10.19,20).  8) Falar contra as obras de Jesus é falar contra o Espírito Santo, que é pecado capital (Mt 12.22-32).  9) Como Marcos, o poder de Jesus fazer exorcismos e confrontar o Diabo é atribuído por Mateus à capacitação que Jesus recebeu do Espírito Santo (Mt 12.28).   10) Os profetas falaram pelo Espírito Santo (Mt 22.43).  11) Os discípulos de Jesus devembatizar emnome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Toda autoridade é dada a Jesus. Antes da ressurreição, Jesus opera pela autoridade do Espírito Santo. Jesus dispensa poder aos discípulos na Grande Comissão (Mt 28.18-20). O material de Mateus sobre o Espírito Santo serve a dois de seus interesses distintos: o papel da Igreja (eclesiologia) e a identificação de Jesus (cristologia). Mateus fala das questões da Igreja quando os outros escritores dos Evangelhos não o fazem (e.g., Mt 16.17-19; 18.15-20; 20.1-16; 28.18-20). Mateus vê o Espírito Santo como a fonte de inspiração e autoridade para a Igreja (Mt 10.19,20; 28.18-20), Seguindo a direção de Marcos, Mateus ressalta a ligação de Jesus com o Espírito Santo para demonstrar sua filiação. Ele mostra que embora Jesus tenha se humilhado, aceitando o batismo pelas mãos de João Batista, Jesus é maior que João Batista. A descida do Espírito Santo em resultado do batismo de Jesus comprova a profecia de João Batista, de que o que viria depois dele lhE seria superior no Espírito Santo (Mt 3.11-17).      O entendimento da obra do Espírito Santo, comum ao material paulino e joanino e a Lucas e Mateus, indica uma pneumatologia muito difusa e básica, que excede o conteúdo apresentado em Marcos (Shelton, 1991, pp. 7-9).

3.  O avivamento em Marcos  O martírio de Pedro por meio de crucificação foi predito por Jesus (Jo 21.18,19; 2Pe 1.14). H á autores cristãos do início da Era Cristã que afirmam que isso ocorreu em Roma, em conexão com a perseguição de Nero aos cristãos em 64 d.C. Mas esses autores expressam opiniões diferentes acerca de se Pedro estava vivo ou não quando Marcos escreveu esse evangelho. Clemente de Alexandria e Orígenes criam que Pedro ainda estava vivo, enquanto Ireneu e o autor do Prólogo anti-Marcião do evangelho de Marcos acreditavam que ele estava morto. Pode-se deduzir que essa também era a opinião de Papias, em bora ele não afirme isso categoricam ente.       Essa é a opinião mais defendida hoje, com a consequência de que se considere em geral que o evangelho de Marcos tenha sido escrito c. 65 d.C. Harnack, no entanto, tinha a opinião de que o evangelho foi escrito “durante a sexta década do século I, no mais tardar” (Date of the Acts and o f the Synoptic Gospels, 1911, p. 133), pois para ele não era fato incontestável que Pedro tivesse morrido antes de Marcos ter escrito o evangelho. Harnack achava que, em virtude de como termina o livro de Atos, não precisava de explicações o fato de esse livro ter sido escrito antes da morte de Paulo, e isso em 62 d.C., ou perto disso, e, nesse caso, o “primeiro livro” de Lucas (At 1.1), i.e., seu evangelho, teria sido escrito pouco antes disso, e o evangelho de Marcos, por consequência (muito evidentemente uma fonte do evangelho de Lucas), teria sido ainda antes. É difícil perceber qualquer razão convincente para se abandonar a argumentação de Harnack. N a sua referência ao relato de Marcos, T . W. Manson declarou: “A composição do evangelho pode ser datada vários anos antes da época comumente aceita” (Studies in the Gospels and Epistles, p. 45), sugerindo entre 58 e 65 d.C. (ibid., p. 5).

Características

O evangelho de Marcos é o mais breve dos evangelhos do cânon. E conciso e repleto de ação, uma característica que seria cativante para a m ente prática dos romanos, para quem, sem dúvida, foi originariam ente escrito. A parte dedicada aos atos de Jesus, em comparação com as suas palavras, é maior no evangelho de Marcos do que nos outros. Dezoito milagres são registrados, em contraste com apenas quatro parábolas completas. Nota-se um número excepcionalmente grande de relatos de expulsão de demônios por parte de Jesus (1.23-27,32-34; 3.11,22-27; 5.1-20; 7.25-30; 9.17-29). O evangelho fornece poucos comentários acerca desses acontecimentos, e em geral as ações falam por si mesmas.      Diferentemente de biografias comuns, o evangelho de Marcos não relata nada acerca do nascimento de Jesus, seu crescimento e aparência; tampouco especifica a duração do seu ministério público, nem sua idade na época da crucificação. Cerca de um terço do relato é dedicado à descrição dos oito dias entre a entrada de Jesus montado no jumento e sua ressurreição.

4.    O avivamento em Lucas  -  O Evangelho de Lucas é considerado pelos estudiosos “o Evangelho do Filho do Homem” (cf. Lc 19.10). Nenhum outro evangelista retrata tão bem a humanidade de Jesus. Enquanto Marcos começa a sua narrativa com os milagres de Jesus, e João inicia abordando a divindade dEle, Lucas, que era “o médico amado” (Cl 4.14), tem o interesse e o cuidado de buscar informações e detalhes de aspectos bem humanos de Jesus:  Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. (Lc 1.1-4 – grifos acrescidos)

Prenúncio do avivamento

Na condição de médico, exercendo a medicina do seu tempo, Lucas mostra que teve uma sensibilidade para inteirar-se de fatos bem característicos da humanidade de Jesus. Ele inicia narrando a experiência do sacerdote Zacarias, que teve a revelação de que ele, sendo avançado em idade, e a sua mulher, idosa e estéril, haveria de gerar um filho, a quem lhe poria o nome de João. O anjo era ninguém menos que Gabriel, assistente diante de Deus (Lc 1.5-25).  Depois de seis meses que Isabel ficou grávida, o anjo Gabriel foi enviado a Nazaré. Ali se dirigiu a uma jovem por nome Maria, que era noiva de um homem chamado José. A palavra do anjo Gabriel causou impacto em Maria quando o mensageiro celestial avisou que, mesmo virgem, seria mãe de um filho, a quem colocaria o nome de Jesus (Lc 1.26-30).

O avivamento com júbilo nos corações

Lucas relata impressionantemente como Jesus nasceu: como uma humilde criança num berço de palha. A partir do anúncio do nascimento de Jesus, o avivamento começou com louvores a Deus.  Maria entoou um hino de adoração ao Senhor, chamado pela literatura cristã de “Magnificat”. Depois do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias, também cantou um belo hino, exaltando a Deus. Cheio do Espírito Santo, proclamou grandes verdades, dizendo:  E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:  Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo, como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo, para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida (Lc 1.67-75).  Esse trecho de Lucas define bem o que foi o avivamento mandado por Deus mediante o nascimento de Jesus Cristo.

O avivamento com o nascimento de Jesus

Jesus nasceu em meio a uma viagem do seu pai adotivo e da sua mãe. José teve de deslocar-se de Nazaré a Belém numa distância de aproximadamente 150 quilômetros para alistar-se com Maria num recenseamento decretado por César Augusto, imperador romano, que dominava a Palestina. Nada que o Senhor Deus programa acontece por acaso. Por não haver lugar para o casal viajante, José teve de levar Maria para dar à luz ao seu filho numa estrebaria:  E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lc 2.6,7).  Naquela noite santa, um grupo de pastores estava no campo em Belém. De repente, em plena madrugada, o anjo do Senhor veio sobre eles e deu-lhes a maravilhosa notícia do nascimento do Salvador do homem: E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! (Lc 2.10-14).

Foi uma mensagem que anunciou o maior avivamento de que o mundo teve notícias.

Seguindo a orientação dos anjos, os pastores foram a Belém e descobriram o que nunca imaginavam:  E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita. E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito. (Lc 2.16-20).  Os pastores ficaram maravilhados com o que viram naquele lugar, onde os animais alimentavam-se, e saíram divulgando o que ouviram dos mensageiros celestiais e constatado por eles mesmos.  Era um novo tempo chegando para Israel e para o mundo. Era o avivamento enviado dos céus. Lucas relata a infância de Jesus e os fatos marcantes da sua vida e ministério. Quase na mesma sequência de Marcos, ele narra as curas e milagres que Jesus operou.

O avivamento do Salvador do Mundo

O evangelho de Lucas mostra Jesus como o grande salvador Todo-poderoso. Ele revela aos seus seguidores que haveria de pregar o evangelho, mas que haveria de sofrer e morrer para ser o grande vencedor (9.22). Certamente, a mensagem de Jesus, proferida na casa de Zaqueu, o publicano, pode resumir a sua grande missão ao fazer-se homem e habitar entre os homens: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (19.10).  Com toda a certeza, Lucas mostra Jesus como o Filho do Homem, mas também como o Filho de Deus, que trouxe ao mundo a mensagem poderosa do evangelho, como disse Paulo: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). A mensagem de Cristo é a mensagem do maior e mais poderoso avivamento que haveria de chegar para a humanidade. Não é teoria, nem filosofia, nem mesmo sabedoria humana. É salvação, cura, libertação, transformação de vidas — é comunhão com Deus. É o maior avivamento da história! Infelizmente, a maioria das pessoas não tem esse entendimento.


                II.   O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

1.  O avivamento na Igreja primitiva  -  Lucas escreve o livro, destinando-o a um homem chamado Teófilo, e poderia ser apenas uma longa carta pessoal ao seu ilustre amigo. O Espírito Santo, porém, identificou esse trabalho e fez com que essa mensagem, dirigida a uma pessoa de bem e interessada nos fatos sobre Cristo e a sua Igreja, fosse incluída no cânon do Novo Testamento. Logo no primeiro capítulo, Lucas registra a palavra de Jesus quando se despedira dos seus apóstolos: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At 1.4,5 – grifo acrescido) Os apóstolos já eram salvos desde que creram em Jesus e tornaram-se os seus seguidores fiéis, exceto o que o traiu. Poderiam ter continuado a evangelizar de imediato após a volta de Jesus aos céus, mas faltava-lhes algo de maior importância: o batismo no Espírito Santo, bênção de poder do alto, distinta da conversão: “[...] mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. O verbo ser está no futuro do presente: “sereis batizados”. Eles eram nascidos de novo, mas precisavam de poder para evangelizar após Jesus ausentar-se deles para os céus. Era a promessa do maior avivamento que a Igreja haveria de experimentar depois do retorno de Cristo aos céus. Lucas registra a preocupação dos discípulos sobre a restauração do reino a Israel. Parece que não perceberam a promessa de Jesus do batismo no Espírito Santo. Em resposta, Jesus disse-lhes que não deveriam preocupar-se com “os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (1.7). Ato contínuo, Jesus chamou-lhes a atenção para o que era mais importante naquele momento para eles e para a sua Igreja: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (1.8). Jesus reforçou e assegurou que, pelo seu Espírito Santo, a Igreja haveria de receber e experimentar o maior avivamento da história.

2.   A descida do Espírito Santo  -  O rei Davi planejou a edificação do Templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29.1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16.18;18.17). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40.34.35; 1 Rs 8.10.11; Ef 2.20,2). O dia de Pentecoste era o aniversário da Igreja, e o cenáculo, o local do seu nascimento.

I ־ O Dia

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…” O nome “Pentecoste” (derivado da palavra grega “cinquenta”) era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23.15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino.    No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho de cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Cristo, “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele creem segui-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna.   Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no quinquagésimo dia – o Pentecoste – eram movidos diante de Deus dois pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre o mundo. Depois, outros pães podiam ser assa- dos e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, ofereci- das diante do Senhor por meio do Espírito Santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos.   O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.   O Pentecoste era a habitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali os assuntos de Cristo.


                        III.   O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE

1.   Nas epístolas Paulinas  -  O apóstolo Paulo escreveu treze dentre os vinte e sete livros do Novo Testamento. O antigo perseguidor dos cristãos foi apanhado por Cristo na estrada de Damasco e passou por uma radical transformação em toda a sua vida. Foi transformado em “[...] pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2 Tm 1.11). Ele escreveu nove cartas a sete igrejas. Há diversas classificações das epístolas paulinas, mas podemos aproveitar a divisão das epístolas de Paulo em três categorias. Cartas eclesiásticas Dirigidas a igrejas: Aos romanos (57 d.C.). Ele escreve a sua epístola mais longa e mais profunda, sendo considerada por analistas bíblicos o mais importante livro do Novo Testamento. O tema de Romanos é “a justificação pela fé” (5.1), com base em Habacuque 2.4. Ela traz esperança e avivamento aos que creem em Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (1.16,17). Em 1 e 2 Coríntios (55/56 d.C.) e Gálatas (49 d.C.), Paulo traz uma mensagem soteriológica, mostrando Cristo, o grande salvador, que, tendo sido “as primícias dos que dormem”, garante na sua vinda a ressurreição dos que são fiéis a Ele. Em 1 e 2 Tessalonicenses (51 e 52 d.C.), com o tema da volta de Cristo, a mensagem escatológica, plena de esperança e avivamento, com promessa de ressurreição dos salvos em Cristo e arrebatamento dos vivos e transformados na vinda do Senhor (1 Ts 4.16,17). Cartas da prisão Foram escritas quando Paulo esteve preso em meados do primeiro século da era cristã. São elas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (carta pessoal), todas por volta de 62 d.C. Não obstante a situação em que se encontrava Paulo, privado da sua liberdade, ele não se deixou abater. Do cárcere, o apóstolo mostrou a sua fé e fortaleza em Cristo e expressa inspiração e alegria, avivamento, vitória e gratidão por sofrer por amor a Ele. Em Filipenses, Paulo demonstra a sua profunda alegria, mesmo na prisão, sendo chamada a “Epístola da alegria” ou “Epístola do Sorriso”: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4). Cartas pastorais São as dirigidas a pastores ou líderes de igrejas, a saber, 1 e 2 Timóteo e Tito (65 a 67 d.C.). A carta a Timóteo foi escrita enquanto Paulo estava preso. Nessas cartas, o tema comum é a defesa da sã doutrina, o relacionamento dos líderes com todas as pessoas, o cuidado para não se deixar levar por falsos líderes. Paulo também dá ênfase às qualidades que devem ter os que desejam o ministério. Profundamente doutrinárias, essas cartas enfatizam as condições para que os líderes e as igrejas cumpram a vontade de Cristo e possam ser avivadas. Perto da sua morte, ele escreveu: Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2 Tm 4.6-8).

2.   Nas epístolas gerais (ou universais)  -  Essas epístolas são em número de oito. Os seus ensinos, aparentemente sem cunho avivalista, demonstram condições para que haja a verdadeira vida cristã. Incluem os seguintes livros:

 • Hebreus (67 a 69 d.C.), que revela a supremacia de Cristo em todos os aspectos, bem como a supremacia da nova aliança em relação ao Antigo Testamento, também alertando para o perigo da apostasia.

 • Tiago (45–49 d.C.) é uma carta que ressalta o valor da salvação e da fé acompanhadas de boas obras, sem as quais a fé é morta. 

• 1 e 2 Pedro (entre 60 e 68 d.C.) são cartas que ressaltam o valor da fé e do sofrimento por Cristo com esperança, amor e santidade, condições indispensáveis para o avivamento espiritual. 

• 1, 2 e 3 João (todas entre 85 a 95 d.C.) ensinam o cristão a ter uma vida santa diante de Deus, com justiça e alegria (1.4). Nelas o “apóstolo do amor” enfatiza o maior dos mandamentos, que é amar a Deus “e ao próximo como a si mesmo”, e declara que “quem aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos (1 Jo 2.11): “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida [...]” (3.15), ou seja: sem amor não há salvação; sem amor não pode haver avivamento. As cartas de 1, 2 e 3 João também alertam quanto aos falsos mestres. 

• E, por fim, Judas (70–80 d.C.), cuja mensagem é a batalha “pela fé que uma vez foi dada aos santos (1.3).

3.    No livro do Apocalipse  -  Apocalipse é uma palavra derivada do grego apokalypsis. No latim, é revelatio, que significa revelar, expor à vista e, metaforicamente, descobrir uma verdade que se achava oculta” (Dicionário da Bíblia, John D. Davis).   O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João mais ou menos no ano 96 d.C., logo após ter sido solto por Nerva, substituto de Domiciano, o imperador sob cuja crueldade ele foi exilado na Ilha de Patmos. Ao regressar a Éfeso, agora com liberdade, João passou ali os últimos dias de vida na Terra, onde escreveu esse livro.

O Espírito Santo divide o livro em três partes (1.19):

  1. “As coisas que viste”; as que João presenciou antes de escrever o livro (cap. 1).
  2. “As que são”; as existentes nas sete igrejas, no tempo em que João escreveu o Apocalipse (caps. 2 e 3).
  3. “As que hão de acontecer”; as constantes dos capítulos 4 a 22.

O Apocalipse é a revelação de Deus aos homens. É o esclarecimento sobre o juízo e a condenação dos ímpios e sobre a segurança e a garantia da vida eterna dos fiéis. O prefácio do livro deve ser considerado como um convite de Jesus aos seus servos, para receber as bênçãos no santuário do Senhor, a exemplo de Moisés, que tirou as sandálias dos pés para aproximar-se da sarça ardente. Assim deve ser a nossa atitude reverente ao entrarmos na presença de Deus.   “Revelação de Jesus” quer dizer Cristo revelando ou fazendo saber algo para a nossa instrução (1 Pe 1.7,13).   O segredo do Senhor é para os que o temem (SI 25.1; Mt 11.25; 13.10-13; 16.17). Quando temos um coração sincero e humilde, todas as parábolas e profecias nos são bem compreensíveis (Jo 15.15; leia Deuteronômio 29.29; Daniel 12.10; João 7.17; 1 Coríntios 2.9-16).


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento, F. F. Bruce - Editora Vida

Livro Atos, E a Igreja se Fez Missões, Myer Pearlman -  Editora CPAD.

Livro Estudos Sobre O Apocalipse, Armando Chaves Cohen - Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/3-licao-1-tri-23-o-avivamento-no-novo-testamento/

3 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Irmãos e amigos tudo bem?
    Quê lição 2 abençoada tivemos.

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  2. Vimos Deus usando sempre um servo dEle como instrumento para trazer o avivamento ao povo e a Nação.

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  3. Iremos ver na lição 3, o avivamento vindo através do Filho de Deus, o Verbo encarnado. Irmãos leiam à lição, se possível leia os evangelhos....

    Se possível compartilhem com seus amigos. Tenham uma ótima semana.

    ResponderExcluir

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