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sexta-feira, 8 de março de 2024

LIÇÃO 11 - O CULTO DA IGREJA CRISTÃ.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." (1Co 14.26)


                        VERDADE PRÁTICA  

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.


    Leitura Bíblica em Classe: Ef. 5. 15-21



                                            INTRODUÇÃO                


O termo "culto" é definido pelos léxicos como "adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas" ou figuradamente "adoração, veneração e reverência".' De uma forma simples, podemos dizer que o culto está relacionado com nossa atitude, forma e maneira como expressamos nossa adoração ao Deus a quem servimos. No hebraico bíblico, o culto é visto como um serviço a Deus (Dt 6.13). Nesse aspecto, é posto em realce a ação ritual e a atitude interior como o culto é prestado. O Antigo Testamento também põe em destaque o "culto como sacrifício e como obediência à Palavra de Deus".1 2 Nesse contexto, o aspecto ético se sobressai ao ritualístico. "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar" (1 Sm 15.22). No contexto do Novo Testamento, o termo grego leitourgeo é usado para expressar a adoração como um serviço que se presta a Deus. De acordo com Renato de Zan,3 esse termo expressa duas categorias de significados: o culto espiritual cristão (Rm 15.16) e o culto como ato ritual do cristão (At 13.2).4 No primeiro sentido, o culto é visto como o cumprimento da própria vocação cristã e, no segundo, expressa a celebração como ato ritual. Em o Novo Testamento, a centralidade do culto é a pessoa de Cristo (Jo 2.18-22; Mt 26.61).


                        I.   A NATUREZA DO CULTO 

1.  O culto como serviço a Deus    -    Há uma grande diferença entre o culto no Antigo versus no Novo Testamento. Enquanto que naquela Aliança havia um rico manual de procedimentos cúlticos, nesta há apenas parcos e gerais princípios de adoração. “A religião do judeu era repleta de tipos, símbolos e figuras; a religião de Cristo contém apenas dois símbolos: o Batismo e a Ceia do Senhor. A religião do judeu alcançava o adorador principalmente por meio dos olhos; a religião do Novo Testamento apela diretamente ao coração e a consciência… Os Judeus podiam abrir os escritos de Moisés e achar rapidamente os itens de sua adoração; os cristãos podem apenas indicar alguns textos e passagens isolados que devem ser aplicados a cada igreja, de acordo com as circunstâncias”.  

Este princípio geral resume a maneira pela qual a indecência e a desordem são evitadas: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14:40).
Embora as duas palavras, “decência e ordem”, tenham uma aplicação tanto individual como coletiva, “decência” visa mais o indivíduo, enquanto que “ordem” tem mais afinidade com o coletivo. A decência (εὐσχημόνως) tem relação com a reverência e respeito devidos ao culto a Deus prestado pelo indivíduo. De igual modo, a ordem (κατὰ τάξιν) indica a organização como um todo: essa expressão é também usada para descrever a formação militar. De forma resumida, a reunião da igreja deve ser conduzida com a reverência do indivíduo e sincronia do coletivo.


2.   O culto deve ser solene    -  Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.- Levíticos 10.1-2 -

No cenário de absoluta paganização da igreja, o culto solene de Deus também foi pervertido. Introduziram elementos bizarros na adoração. Colocaram fogo estranho perante a face do Senhor. Transformaram o culto em cultura, substituíram a pregação por coreografias. Paganizaram o sagrado, sacralizaram o paganismo, fizeram do momento solene uma arena de entretenimentos para não convertidos. Como bem afirmou Charles Spurgeon, “O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.”  Vejo muita gente fazendo confusão sobre esse ponto. E isso se dá, em especial pelo conflito que se faz entre vida cristã e Assembleia Solene do povo de Deus.      “Minha vida é um culto a Deus”, dizem. É obvio que nossa vida toda deve ser uma liturgia ambulante, um culto vivencial. No entanto, não podemos esquecer que desde o Antigo Testamento Deus fez uma clara distinção entre vida cristã como culto e as assembleias solenes do povo de Deus. Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração (Salmo 146.1-2), mas vale lembrar que existe o culto solene, no qual Deus convoca seu povo à adoração pública e coletiva (Is 1.13; Lm 1.4; Joel 1.14; Joel 2.15). É a este culto que o autor de Hebreus se refere quando diz, “não deixemos de congregar...” (Hb 10.25).   Não podemos confundir culto com cultura geral: Cultura são os costumes e hábitos de um povo. Culto é ato de adorar a Deus conforme Ele mesmo estabeleceu em sua palavra

 

3.  O culto é santo    -   Os hebreus estavam acostumados com a palavra qadosh (santo, separado) para referirem-se ao relacionamento com Deus. Embora esse vocábulo seja comum nas línguas semíticas, ele reveste-se de um sentido especial quando aplicado à ideia de moralidade no contexto do judaísmo antigo. Deus é santo; dessa forma, a santidade de Deus está intimamente ligada à sua glória. Sem santidade, ninguém pode aproximar-se dEle, e isso valia para todos os povos e em todas as épocas, sendo, portanto, princípios de uma ética universal. Assim sendo, Kinlaw (2007, p. 45) destaca que as exigências de culto estão muitas vezes misturadas com as exigências éticas.6 Os profetas não estavam preocupados com o culto em si, mas com os princípios ético-morais que o fundamentavam. O padrão moral de Israel é um elemento diferenciador das demais culturas à sua volta (Kinlaw, 2007, p. 45). Em vez de ter um padrão de julgamento fundamentado na lei natural, como eram as demais nações, Israel tinha na Lei de Deus o padrão de comportamento exigido. Observa-se que Israel, como um povo eleito de Deus, possuía uma responsabilidade moral muito grande perante os outros povos. Mesmo vivendo em meio a uma cultura diversificada e paganizada, ele deveria espelhar e refletir um padrão moral diferente.

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                    II.   O PROPÓSITO DO CULTO 

1.  Glorificar a Deus   -  Dessa forma, precisamos destacar que o culto visto como uma expressão de adoração a Deus acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa, o culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais. No primeiro âmbito, da vocação, o cristão adora a Deus quando o serve de modo digno perante um mundo perdido. Aqui não há ritos, mas o testemunho de vida. As atitudes demonstram que o cristão é um adorador. Ele cultua a Deus com sua vida em toda a sua extensão. Nesse caso, o culto não é visto apenas como um ato litúrgico realizado, por exemplo, em um templo ou em qualquer espaço físico, mas como a expressão de um modo de vida que reflete o caráter de Cristo em todos os aspectos. O apóstolo Paulo chamou atenção para essa expressão do culto na esfera vocacional na sua carta ao Romanos: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1,2).  Paulo lembra que tanto o corpo como a mente são expressões de uma autêntica adoração a Deus. Ele roga aos cristãos que se "apresentem diante de Deus" como sacrifícios. Não há dúvida de que Paulo tinha em mente o sistema de sacrifício quando disse que o cristão precisa apresentar-se diante de Deus como um sacrifício vivo. Ele tinha em mente o livro de Levítico quando escreveu essas recomendações de Romanos 12.1,2. Assim como um animal inocente era ofertado em sacrifício na Antiga Aliança, da mesma forma o cristão devia apresentar o seu corpo a Deus. A diferença era que lá a oferta era apresentada morta, e aqui a oferta é apresentada viva. Ao contrário do pensamento grego, que via o corpo como a prisão da alma, Paulo dá grande importância à nossa dimensão corpórea.


2.   Quando não se cultua a Deus   -   Não podemos esquecer, que mesmo quando o verdadeiro Deus é adorado, podem existir problemas que tornam está adoração desagradável e mesmo inaceitável para Ele. Isto é o que podemos chamar de cultuar de forma errada o Deus verdadeiro ou praticar o culto que não cultua a Deus. Existem formas de culto que em vez de agradar a Deus o entristece: vossas solenidades, a minha alma aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer (Is.1:14).De acordo com Isaías 1:10-17, a maior queixa contra o povo é que este desobedecia continua e abertamente ao Senhor, mas continuava a lhe oferecer sacrifícios e ofertas, cultuando como se nada tivesse acontecido, como se fosse o povo mais santo da terra. Deus diz que aquilo era abominável (v.13), porque ele não podia suportar a iniqüidade associada ao ajuntamento solene.

O povo vinha até a presença de Deus, cultuava mas não mudava de vida. Apresentava-se diante de Deus coberto de pecados e sem arrependimento, pensando, talvez, que bastava cumprir os rituais e tudo estaria resolvido. Esse povo aparentemente participava com animação de todos os trabalhos religiosos, fossem festas, convocações, solenidades etc. E ainda era um povo muito dado à oração. Uma oração altamente emotiva, pois eles  estendiam as mão e multiplicavam as orações (v.15). Mas Deus disse que em hipótese alguma ouviria, pois eram mãos contaminadas e, certamente, orações vazias. Eram hipócritas.   O culto hipócrita que foi denunciado era causado pelo apego a mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável ao Senhor. Assim o Senhor condenou o povo de Israel pela boca do profeta Isaías, dizendo:  “este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que por questões de costume aprenderam…(Is.29:13). Ou seja, o que está nos lábios é correto, mas as motivações do coração são erradas. No fundo, todas essas expressões hipócritas não passam de atos mecânicos. São invenções humanas que não se importam com a vontade de Deus. O resultado final, é que o formalismo, associado à corrupção doutrinária, produzira um tremendo desvio do Senhor e um afastamento do verdadeiro culto que devemos a Deus. Infelizmente, esse é o tipo de culto que temos atualmente em grande parte das igrejas cristãs, um culto mecânico que desonra Deus, pois, não demonstra amá-Lo de todo coração, de toda alma, com todas as forças e com todo entendimento (Lc.10:27). Com propriedade, podemos dizer que esse é um culto que não cultua a Deus.


3.   Edificar a Igreja   -  Os coríntios tinham muitos problemas relacionados com o uso dos dons espirituais. Em resposta, Paulo observou que os dons eram temporários, durando até completar a revelação do Novo Testamento (13:8-13). Ele também lhes disse como usar esses dons durante a era na qual eles ainda estavam em vigor.

   Tudo para edificação (14:1-19). A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia. Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.   O culto não é apenas um ritual morto, mas uma celebração dinâmica onde o Espírito Santo opera. Em oitavo lugar, Paulo mostra que o culto tem um propósito — que é a edificação da igreja. "Seja tudo feito para edificação."

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                        III.   A LITURGIA DO CULTO

1.   A exposição da Bíblia   -   As motivações (a inspiração) para a exposição bíblica encontram-se na própria Bíblia.        Quando estudamos a Bíblia aprendemos que os mensageiros de Deus aqui na terra tinham a preocupação de passar para os seus ouvintes ou leitores a mensagem de Deus com fidelidade, clareza, de maneira prática e poderosa espiritualmente falando.        No Antigo Testamento o pregador da Deus era conhecido como profeta. O profeta de Deus tinha como missão revelar a vontade de Deus para a vida das pessoas através da proclamação da Palavra do Senhor com toda a fidelidade.    Na exposição bíblica a mensagem começa com o texto bíblico, se desenvolve com o texto bíblico e termina com o texto bíblico.      A exposição bíblica é relevante, é muito importante, porque ela tem a ver com o valor da Palavra de Deus e o Deus da Palavra, valor inestimável, valor incalculável no tempo e na eternidade.      A Exposição Bíblica nos ensina que precisamos ouvir menos a voz do homem ou a palavra do homem, e mais a voz de Deus, a Sua Palavra; pois a Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito Santo (I Tm. 3:16; I Pd. 1:23-25; II Pd. 1:20—21).      Por mais de 1200 vezes nós encontramos na Bíblia: Deus (ou o Senhor) falou (Êx. 20:1). E por mais de 400 vezes nós encontramos na Bíblia: Deus (ou o Senhor) disse (Gn. 1:3). Sem mencionar as vezes que encontramos no Novo Testamento as frase: E disse Jesus, e falou Jesus, e respondeu Jesus, e ensinava Jesus, e pregava Jesus (Mt. 4:4, 7, 10, 17, 19, 21, 23; 5:2, etc.).            A exposição bíblica é muito importante, mas ela não deve ser apresentada de maneira fria, mecânica: precisa ter mente, coração, alma, poder, unção do Espírito Santo.     Aquele que faz a exposição precisa comer a Palavra, buscar vive-la, e anuncia-la como servo da Palavra de Deus, fiel à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra.


2.   A adoração entusiástica    -   A referência de Paulo aos cristãos cheios do Espírito que se reuniam para adorar, conforme registrado em Efésios 5.18-20, é uma confirmação dessa adoração entusiástica. A experiência do Espírito Santo na vida dos crentes impulsionava-os a adorar a Deus com alegria, gratidão e fervor. Essa adoração entusiástica é uma expressão da fé viva e vibrante dos primeiros cristãos, que reconheciam o poder e a bondade de Deus em suas vidas.   Sua adoração não era apenas uma formalidade religiosa, mas sim um ato de entrega total a Deus, permeado pelo Espírito Santo e fundamentado na Palavra de Deus.  Portanto, na liturgia do culto cristão, a adoração entusiástica deve ocupar um lugar de destaque. Devemos nos reunir como igreja com corações cheios de gratidão e louvor, prontos para exaltar o nome do Senhor com toda nossa alma, mente e força. Que possamos marcar nossa adoração com fervor espiritual, alegria contagiosa e profundo amor por Deus, refletindo assim a beleza e glória do nosso Criador e Redentor.   Que cada momento de adoração seja uma oportunidade para nos aproximarmos mais de Deus, experimentarmos Sua presença e sermos transformados à Sua semelhança.


3.  O lugar da adoração no culto pentecostal   -  Conforme observado pelo renomado teólogo pentecostal William W. Menzies, os pentecostais são conhecidos em todo o mundo por suas reuniões de culto vibrantes e ruidosas. Essa vibração é evidente nas reuniões de oração, onde todos os presentes se unem em fervorosa adoração, derramando seus corações diante de Deus em oração e louvor. A manifestação física, como o levantar das mãos em resposta à percepção da presença de Deus, é comum e incentivada como uma expressão de entrega e rendição a Ele.     Na liturgia pentecostal, louvar a Deus em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto também são aspectos fundamentais.    Os crentes são encorajados a expressar sua adoração audivelmente e a se abrir para a manifestação dos dons do Espírito Santo, como profecia, línguas e interpretação de línguas, conforme o Espírito os guia.    Essa ênfase na adoração pentecostal reflete a convicção de que a presença de Deus é real e tangível na vida da igreja e que Ele habita nos louvores de Seu povo (Salmo 22.3). Portanto, a adoração não é apenas um componente do culto, mas sim uma experiência de encontro com o Deus vivo e poderoso, que transforma vidas e traz renovação espiritual.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.ipbdeparauapebas.com.br/blog-noticias/54-a-verdade-sobre-o-culto-solene

https://teologiabrasileira.com.br/o-culto-e-os-seus-principios/

https://discernimentocristao.wordpress.com/2010/12/26/o-culto-que-nao-cultua-a-deus-3/

https://estudosdabiblia.net/1cor10.htm#:~:text=Tudo%20para%20edifica%C3%A7%C3%A3o%20(14%3A1%2D19).&text=A%20profecia%20edificava%20os%20cor%C3%ADntios,o%20que%20estava%20sendo%20dito.

https://www.igrejabatistasiaospa.com.br/sermoes-estudos/uma-breve-reflexao-sobre-exposicao-biblia#:~:text=A%20Exposi%C3%A7%C3%A3o%20B%C3%ADblica%20nos%20ensina,1%3A20%E2%80%9421).

https://conhecerapalavra.com.br/o-culto-da-igreja-crista/


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sábado, 2 de março de 2024

LIÇÃO 10 - A CEIA DO SENHOR - A SEGUNDA ORDENANÇA DA IGREJA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO  

"Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha." (1Co 11.26)


                    VERDADE PRÁTICA  

A Ceia do Senhor, como uma ordenança, celebra a comunhão do crente com o Senhor ressuscitado. 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1Co 11.17-34



                        INTRODUÇÃO  

 Isso significa dizer que a Ceia do Senhor não se reveste de "poderes mágicos" capazes de conferir benefício espiritual independentemente da condição espiritual de quem parücipa dela. Nesse aspecto, a Ceia não pode ser vista como uma "vacina" que o cristão toma regularmente para provar que é um membro ativo da igreja. Em outras palavras, a Ceia não é para dar comunhão a quem não está em comunhão, mas para celebrar a comunhão de quem tem comunhão. Por outro lado, ela não é um rito vazio de significado que deve ser praticado somente porque se trata de uma ordem dada à igreja por Jesus. A Ceia, assim como o batismo em águas, é um símbolo visível que expressa uma realidade espiritual invisível. É, portanto, a celebração de nossa comunhão com o Cristo vivo. Dessa forma, ela não pode ser vista simplesmente como um rito opcional que pode ser praticado ou não. Nela, Cristo não se encontra fisicamente presente, contudo, espiritualmente, sim.


                I.  A NATUREZA DA CEIA DO SENHOR NA TRADIÇÃO CRISTà

1.  Na tradição romana    -  A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho…

A tradição da Igreja Católica além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma, já é uma aberração teológica, consegue embutir nela mais algumas heresias, quais sejam: ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis (hóstia); essa mesma doutrina diz preservar dos pecados o comungante e também tem o poder de ajudar os mortos e…pasmem….ELA, A HÓSTIA, PODE SER ADORADA!!! Tais Heresias não têm o mínimo fundamento bíblico, entretanto, é de vital importância dentro da dogmática do catolicismo romano e por isso ainda está de pé.

É preciso salientar ainda que a confecção da hóstia teve sua origem no paganismo, onde, de modo vergonhoso, foi plagiada e entrou para o bojo doutrinário da igreja romana.

É interessante observar que a hóstia veio substituir o pão da ceia somente no ano de 1200. É algo impar, toda especial fabricada com trigo, sempre redonda, e quando na época da festa de Corpus Christi, o “Santíssimo Sacramento” é levado às ruas em procissão dentro de uma patena de ouro representando um sol. Nisto se pode constatar uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade. Conta-se que a deusa Ceres era adorada como a “descobridora do trigo”, era representada com uma espiga de trigo nas mãos que correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres que se encarnara no trigo era o deus Sol. Compare com a doutrina católica que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol cujo ostensório também tem um desenho com raios solares.


2.  Na tradição protestante    -  Na época da Reforma Protestante, os reformadores entenderam que o conceito da transubstanciação estava errado. Porém, também é verdade de que eles não chegaram a uma conclusão unânime sobre esse assunto. Na verdade foi justamente essa questão que causou a primeira divergência teológica dentro da teologia reformada.                 Os teólogos de linha luterana entenderam que a presença de Cristo conforme explicado na doutrina da transubstanciação não era um conceito bíblico. Porém eles ainda acreditavam que em certo aspecto, algo da presença física de Cristo está presente nos elementos da Ceia do Senhor.                    Em outras palavras eles defendiam que Cristo está presente fisicamente na Ceia, mas não ocorre nenhuma transubstanciação dos elementos. O que ocorre na verdade é uma espécie de sacralização dos elementos. O pão e o vinho continuam sendo os mesmos, mas de certa forma junto deles estão a carne e o sangue de Jesus. Essa doutrina foi chamada de consubstanciação.


3.   A posição pentecostal     -   Jesus apresentou os elementos que simbolizariam o seu sacrifício: o pão e o vinho. O pão simboliza seu corpo partido, e o cálice simboliza seu sangue derramado como nova aliança.    Como já foi dito, algumas tradições cristãs interpretam os elementos da Santa Ceia de forma equivocada. A Igreja Reformada não aceita tal interpretação, pois não existe base bíblica para defendê-la. Assim, na celebração da Santa Ceia do Senhor o pão continua sendo pão e o vinho continua sendo vinho.    Porém, simbolicamente o pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Cristo. Ao comer do pão e tomar do cálice, pela fé o cristão participa da comunhão em Jesus e se alimenta espiritualmente d’Ele.





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                        II.   O PROPÓSITO DA CEIA DO SENHOR  

1.  Celebrar a expiação de Cristo   -   O contexto é bastante claro em dizer que havia individualismo, egoísmo e até mesmo quem se embriagasse durante a cerimônia. Os coríntios não estavam discernindo o propósito da Ceia, pois participavam como se estivessem participando de uma refeição qualquer. O escritor Warren Wiersbe (1919-2019) observa que o cristão deve olhar em quatro direções ao participar da Ceia. Em primeiro lugar, ele deve olhar para trás. Esse olhar é o que nos fará lembrar o motivo da morte de Jesus — carregar nossos pecados. Lembrará também que Ele morreu de forma voluntária, demonstrando, assim, o seu amor por nós. Em segundo lugar, o crente deve olhar para frente. Fazendo isso, ele lembrará o sacrifício do Senhor "até que ele venha". Trata-se de um olhar escatológico, rumo ao futuro da igreja. Em terceiro lugar, o crente deve olhar ao seu redor. Esse olhar fará com que ele enxergue o outro e não seja um egoísta espiritual. De fato, esse é o verdadeiro propósito da Ceia, que é celebrar uma festa em família. Em quarto lugar, o cristão deve olhar para dentro. Esse olhar para dentro fará com que se examine a si mesmo: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo" (1 Co 11.28). Ao fazer esse olhar introspectivo, o crente deve ter o cuidado para não se abster desnecessariamente da Ceia do Senhor. Muitos crentes deixam de participar da Ceia por motivos banais. Essa não é a atitude correta. 


2.  Proclamar a segunda vinda de Cristo   -   A Ceia do Senhor é escatologicamente orientada. Com isto, o que se quer dizer é que a mesa do Senhor além do significado sacrificial que aponta para o sacrifício absoluto de Jesus em nosso lugar, também expressa o caráter escatológico da vinda do Reino de Deus. O estabelecimento do reino de Deus e a nova aliança estão indissoluvelmente ligadas no significado da Ceia do Senhor. Nesse sentido, Oscar Cullmann tem razão quando lembra que o culto cristão eucarístico “nos reconduz para trás, ao Crucificado e ao Ressuscitado, e nos transporta, em seguida para aquele que virá no fim dos tempos.   Em todos os relatos, tanto no de Paulo, como nos relatos sinóticos, o elemento escatológico está conectado indissoluvelmente ao significado sacrificial da Ceia.  Hendriksen lembra acertadamente que “a comunhão não somente aponta para o passado, para o que Cristo fez, mas também para adiante, para o que ele ainda vai significar para nós.”49  Deve-se lembrar que pão e vinho, no contexto da refeição sacrificial, estão sempre acompanhadas pela maravilhosa promessa de Cristo: “em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino.” (Mc 14.25).


3.  Celebrar a comunhão cristã     É um ato de comunhão com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17). Nessa ceia, com o Senhor ressurreto, Ele, como anfitrião, faz-se presente de modo especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35)3. Futuro. É um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14). Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade".(Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. p.1753)

 Sem dúvida alguma, a essência da Santa Ceia é a comunhão. Comunhão significa ter algo em comum com alguém. No âmbito espiritual, é indispensável que a Igreja, como Corpo de Cristo, possua algumas características em comum, tais como: "um só corpo, um só espírito, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." (Ef 4.4-6).Jamais deveríamos nos esquecer de que a Igreja de Cristo é um lugar onde, embora se manifeste uma diversidade de características físicas e culturais, a unidade é fundamental. Unidade na diversidade. Diversidade de dons, ministérios, talentos, mas unidade na doutrina, na fé e no Espírito.

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                        III.  O MODO DE CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR 

1.  O que é participar "indignamente"?    -   No livro de minha autoria Defendendo o Verdadeiro Evangelho,4 fiz uma exegese desse texto à luz do texto grego. Mostrei que a palavra grega anaksiôs, traduzida em português como "indignamente", é um advérbio, e não um adjetivo. Como sabemos, os advérbios indicam "modo" ou "maneira", enquanto os adjetivos indicam "estado" ou "qualidade". Se Paulo tivesse usado o adjetivo "indigno" (anaksiós) no lugar do advérbio "indignamente" (anaksiós), então ninguém, de fato, poderia participar da Ceia do Senhor, pois ninguém é ou será digno.5 A salvação é pela graça, e não por meio de nosso mérito ou dignidade. Da mesma forma, a participação da Ceia do Senhor por parte dos crentes também é uma manifestação da graça de Deus. Os escritores Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave dizem isso com outras palavras: Há necessidade de uma explicação sobre a advertência contra "comer ou beber indignamente" (1 Co 11.27-29). Muitos crentes, por não entenderem bem essas advertências, abstiveram-se desnecessariamente da Ceia do Senhor. Deve ser notado que "indignamente" é um advérbio que modifica os verbos "comer" e "beber", e está ligado à "maneira" de participar, e não à indignidade das pessoas. A advertência referia-se à atitude ávida e descontrolada dos coríntios, descrita em 1 Coríntios 11.20-22. Ninguém é digno, por si mesmo, de ter comunhão com Jesus, mas possuímos esse privilégio em virtude da obra expiatória que os elementos simbolizam. Todavia, os participantes precisam examinar a si mesmos com relação ao modo como tomam a ceia e à sua atitude para com os outros crentes; além disso, devem verificar se estão discernindo o corpo do Senhor, sem demonstrar irreverência ou frivolidade em suas maneiras. A participação com fé pode resultar em grandes bênçãos e até na cura espiritual e física (1 Co 11.29,30).


2.  Uma celebração reverente     A razão para examinar a si mesmo é para determinar se nós estamos participando de uma maneira digna, em vez de um indigno de forma. No contexto Isto envolveria se comportando de uma maneira amorosa e altruísta para com nossos irmãos cristãos, bem como ser capazes de apreciar a importância do corpo e do sangue do Senhor. Precisamos examinar a nós mesmos para que o Senhor não terá disponível para examinar e julgar-nos por não participar dignamente (v. 31).

Na sequência desta breve auto-exame deve o crente, em seguida, proceder para participar. Um cristão extraordinariamente sensíveis podem hesitar em participar reflexão cuidadosa após se sentindo sobrecarregado por sua indignidade pessoal. No entanto ninguém é digno de participar. Se alguém pensa que é, eu não. Estamos apenas digno Porque Cristo nos tornou dignos. Precisamos participar sentir-se indigno de fazê-lo. Esta atitude é parte do que significa participar de uma maneira digna.

Esta única reflexão e participação estão na própria raiz da motivação para viver uma vida que glorifica a Deus. A igreja tem inventado muitas maneiras de motivar os cristãos a colocar Jesus Cristo em primeiro lugar em suas vidas.


3.  Celebração festiva   -    Quando lemos a Palavra conjuntamente, oramos conjuntamente, cantamos conjuntamente, é-nos dada a oportunidade de adorar o Deus Triúno. Uma vez que a adoração tem a ver com atitudes e motivações, dois indivíduos podem estar sentados juntos no mesmo culto, ouvindo as mesmas palavras lidas e proferidas em oração, e cantando as mesmas músicas, e um adorar enquanto o outro não. Porém a oportunidade (para adoração) é apresentada a cada indivíduo, e cada um deles deve aproveitá-la. Uma vez que um crente deixa de estar preocupado consigo mesmo e, em vez disso, se concentre em Cristo, vemos a adoração dirigida à Divindade acontecer de formas sublimes.

O Senhor Jesus Cristo é o centro da Ceia do Senhor: é a Sua ceia, por Ele instituída. Nós lembramo-nos da Sua vida, morte e ressurreição, e ao fazê-lo, adoramo-Lo como Ele nos pediu. Quando adoramos o Senhor Jesus Cristo, o Filho, neste culto, Deus Pai é glorificado. O plano predeterminado do Pai levou o Filho a encarnar, sofrer e morrer em nosso lugar. Nós oramos ao Pai, louvando-O por ter enviado o Seu Filho, por ter dado o Seu Filho unigénito até ao ponto de morrer, e Ele ouve as nossas orações e recebe a nossa adoração. O Espírito Santo opera de modo semelhante no culto. Ele guia o nosso pensamento e a leitura das Escrituras, convence-nos do pecado, dota-nos para nos encorajarmos e edificarmos uns aos outros e, em tudo, magnifica o Senhor Jesus Cristo como o unigénito de Deus. Assim, no nosso culto de adoração, cada pessoa da Trindade está ativamente envolvida nas múltiplas e diversas formas, operando em nós, entre nós, e através de nós, na edificação do “um só corpo” de Cristo.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.cacp.app.br/a-transubstanciacao/

https://estiloadoracao.com/transubstanciacao-e-consubstanciacao/

https://estiloadoracao.com/santa-ceia-estudo-sobre-a-ceia-do-senhor/

http://www.avivamentonosul21.comunidades.net/teologia-sistematica-a-ceia

https://teologiabrasileira.com.br/a-perspectiva-de-paulo-sobre-a-ceia-do-senhor-parte-2/

https://iqc.pt/edificacao/ensino/doutrinal/12949-o-valor-duradouro-da-ceia-do-senhor-participativa



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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 09 - O BATISMO - A PRIMEIRA ORDENANÇA DA IGREJA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                        TEXTO ÁUREO 

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."  (Mt 28.19)


                    VERDADE PRÁTICA  

O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo e, por isso, deve ser uma prática obedecida pela igreja. 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm 6.1-11



                            INTRODUÇÃO 

O batismo nas águas é uma ordenança do Senhor Jesus para sua Igreja. O significado do batismo aponta para o relacionamento pactual do homem com Deus em sua nova vida em Cristo; é um símbolo de que o crente pertence à comunidade da fé. Nesse sentido, o batismo é um selo da justiça mediante a fé em Jesus Cristo.                  Todas as igrejas cristãs observam a prática do batismo nas águas, visto que de fato foi Jesus quem o ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19).                  No Novo Testamento, o primeiro batismo registrado foi aquele praticado por João Batista. Inclusive, João ficou conhecido como “o Batista” justamente em referência ao fato de que ele batizava pessoas. Então muitas pessoas acabam confundindo o batismo de João e o batismo ordenado por Jesus aos cristãos. Mas o que acontece é que o batismo de João e o batismo cristão não são os mesmos. Eles diferem em propósito e significado.


                    I.  PRESSUPOSTOS BÍBLICO-DOUTRINÁRIOS DO BATISMO

1.   O Batismo visto como sacramento     -   E somente no início do período medieval que a crença do batismo como um sacramento vai ganhar novas nuances. Isso acontece no contexto dos debates que Agostinho (354-430), bispo de Hipona, vai ter com os donatistas e pelagianos. Agostinho acreditava que o batismo concedia graça a quem era conferido independentemente de quem realizasse o rito. Dessa forma, até mesmo um herege podia realizar o batismo que, segundo ele, não retiraria a sua validade. Isso porque "o sacramento opera por sua própria natureza (ex opere operato - independente do ato realizado). Sua validade em nada depende da fé do recipiente: basta que não haja impedimento de sua parte". Essa compreensão sacramentalista, conforme entende o catolicismo, teve importantes desdobramentos sobre o rito do batismo. Agostinho, que posteriormente ajudou a consolidar a compreensão sacramentalista católica, vivenciou esse rito em Milão. Não há dúvidas de que a compreensão sacramentalista no batismo em águas conduziu a ensinos heréticos e práticas contrárias ao ensino bíblico. Isso fez com que alguns deixassem de dar o devido valor para essa ordenança de Cristo. Se, por um lado, é errado supervalorizar o batismo, por outro, é igualmente errado minimizar o seu valor. Geralmente, o texto que relata a conversão do ladrão na cruz (Lc 23.39-42) é usado para fundamentar esse ponto de vista. Se não houve necessidade de o ladrão ser batizado, então deduzem que essa prática não é importante ou necessária. Nesse caso, a exceção vira regra. Convém dizer que tanto um posicionamento como o outro são extremos e devem ser evitados. Se, por um lado, não é bíblico ensinar que o batismo tem poder salvífíco, isto é, que não há regeneração batismal, por outro lado, também é igualmente errado não ver valor nenhum nesse importantíssimo rito cristão. O batismo foi ordenado por Cristo, e isso por si só já o faz revestir-se de grande importância. Se, por um lado, o batismo não significa a erradicação da natureza pecaminosa, por outro lado, não é meramente um rito destituído de significação alguma.


2.  O Batismo não é sacramento, mas ordenança de Cristo     -   Em o Novo Testamento, o batismo aparece como uma ordenança de Cristo, e não como um sacramento. Jesus ordenou que os seus discípulos batizassem aqueles que respondessem positivamente à mensagem do evangelho: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19); "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Gregg Alisson observa que um sacramento é "um sinal externo que tem o poder inerente de comunicar a graça divina necessária para a salvação".1 Essa crença que enxerga o batismo como um sacramento e não como uma ordenança foi primeiramente defendida por Tertuliano (160-230 d.C). O termo sacramento foi a princípio usado em referência a um juramento feito por um soldado do Império Romano. Tertuliano também via o batismo como um tipo de juramento que o cristão fazia e, assim, tomou de empréstimo o seu sentido sacramentalista em relação ao batismo.


3.  O Batismo deve ser administrado aos adultos     -   Um importante desdobramento da teoria sacramentalista agostiniana pode ser vista no batismo infantil. Convém dizer, em primeiro lugar, que o batismo infantil não é um ensino do Novo Testamento. Tertuliano, um dos Pais da Igreja, desaprovou essa prática. Por outro lado, Cipriano de Cartago defendia o batismo infantil. É, contudo, no início da Idade Média que Agostinho, bispo de Hipona, vai defender com fervor o batismo de crianças. Isso aconteceu por conta do seu conflito com os pelagianos. Celésio, discípulo de Pelágio, acreditava que o pecado de Adão só prejudicou o próprio Adão e a mais ninguém. Da mesma forma, defendia que as crianças recém-nascidas eram iguais a Adão antes da Queda, isto é, não tinham pecados. Dessa forma, Celésio entendia que as crianças poderia, sim, ser batizadas, mas não por conta do pecado original que elas não haviam herdado. Por outro lado, Agostinho defendia que a igreja deveria batizar as crianças "para a remissão dos pecados — não, de fato, dos pecados que elas cometeram, imitando o exemplo do primeiro pecador, mas dos pecados que contraíram por seu próprio nascimento, dada a corrupção de sua origem

Os anabatistas foram os primeiros, portanto, a batizar adultos. Ao fazerem isso, rompiam não somente com o catolicismo, mas, sobretudo, com os reformadores protestantes do século XVI. Alisson observa que, para os anabatistas, "somente quem é capaz de entender o evangelho de modo consciente, arrepender-se de seus pecados e crer em Jesus Cristo para a salvação deve ser batizado." Eles pagaram caro por isso. Muitos deles foram expulsos das suas terras, e muitos outros foram executados.   O primeiro mártir anabatista a ser morto por praticar o batismo de adultos foi Félix Manz. Ele foi afogado no rio Fimmat perante Zuínglio e uma multidão que assistia à execução. Os anabatistas posicionaram-se contra o batismo infantil pelo seguintes aspectos: 1. Não há justificativa bíblica para a prática do batismo infantil. 2. Não havia um único relato no Novo Testamento mostrando a prática do batismo infantil. 3. Se o batismo era um sinal de "iniciação", isto é, o recebimento do Espírito, início da fé e início de uma nova vida, como defendia Zuínglio, ele deveria ser imediatamente suspenso, já que nenhum desses requisitos é cumprido numa criança.

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                    II.   O SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO 

1.  Símbolo do Batismo: Identificação com Cristo   -  Biblicamente, o batismo é um símbolo visível de uma realidade invisível. O teólogo sistemático Augustus Hopkins Strong (1836-1921) escreveu sobre o que seria um Símbolo, um Rito e uma Ordenança: Quero estabelecer bem uma distinção entre cada uma das três palavras símbolo, rito e ordenança. 1. Símbolo é o sinal, ou representação visível, de uma verdade ou ideia invisível; por exemplo, o leão é símbolo da força e da coragem; o cordeiro, da mansidão; o ramo de oliveira, da paz; o cetro, do domínio; a aliança, do casamento; e a bandeira, do país. Os símbolos podem ensinar grandes lições [...] a lavagem dos pés dos discípulos de Jesus ensinava a sua descida do céu para purificar e salvar, e o serviço humilde requerido dos seus seguidores. 2. Rito é o símbolo que se emprega com regularidade e intenção sagrada. Os símbolos tornam-se ritos quando empregados desta forma. A imposição de mãos na ordenação, e o cumprimento apertando a mão direita em sinal de companheirismo são exemplos de ritos autorizados na igreja cristã. 3. Ordenança é um rito simbólico que destaca as verdades centrais da fé cristã, e é de obrigação universal e perpétua. O batismo e a ceia do Senhor são ritos que se tornaram ordenanças através da determinação específica de Cristo e através do relacionamento delas com as verdades essenciais do reino de Cristo.


2.  O Propósito do Batismo: Testemunho público da fé cristã    -    Para quem é o batismo? A explicação anterior responde esta indagação: para todo aquele que se identifica pela fé com o sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ter reconhecido por fé a obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar apta para o batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida cristã para poder se batizar?

A Bíblia responde com clareza estas questões. Em Atos 8.30 a 39, lemos acerca do primeiro batismo cristão apresentado em maiores detalhes na Bíblia. Neste texto, temos um modelo para a forma de batismo, e ali vemos que já na evangelização o batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz saber que ninguém deve demorar para se batizar após ter feito sua decisão de servir a Jesus.

Além disso, vemos também qual é o critério para que alguém se batize; quando o etíope pergunta: “Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?” a resposta de Felipe vem trazendo luz sobre o requisito básico para o batismo: “É lícito, se crês de todo coração” (At 8.36,37).

Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e não só a pessoa) redentora de Jesus Cristo, e crê de todo o coração (sem dúvida acerca disto), ela está pronta para ser batizada.


3.   Não há espaço para indecisão    -   A única condição que a Bíblia impõe é que a pessoa creia e se arrependa dos seus pecados para ser batizado (Atos dos Apóstolos 2:38). Isso significa que a pessoa deve ter consciência que pecou e decidir que quer mudar, aceitando o sacrifício que Jesus fez por ela. Por isso, não é certo batizar bebês, porque ainda não têm essa consciência nem podem tomar essa decisão. Claro que é importante pedir a proteção e a bênção de Deus sobre a vida da criança, mas o batismo deve ser uma escolha pessoal feita com entendimento. Assim que alguém chega a esse entendimento, pode ser batizado, mas se for muito jovem deve antes pedir a permissão dos pais e da sua igreja, para ver se acham bem e deixam.

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                    III.   A FORMULA E O MÉTODO DO BATISMO 

1.   Fórmula trinitária do Batismo     -    Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como JESUS ordenou em Mt 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO". No original grego, tal expressão é eis to onoma tou patros kai tou hyou kai tou hagiou pneumatos, significando "para uma relação com o nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO".

Segundo Horton (p. 570), "os crentes neotestamentários eram batizados 'para dentro' do nome do Senhor JESUS (At 8.16)". Isto porque a preposição eis, no grego, quer dizer "para dentro de", podendo significar, também, "em relação a". Assim, o batizando é introduzido em CRISTO, no seu nome, ficando debaixo de seu senhorio. Para tanto, necessária se faz uma profissão de fé autêntica, mediante a qual a pessoa a ser batizada confirma sua convicção de ser um verdadeiro discípulo de CRISTO.

Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de JESUS, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como At 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de JESUS CRISTO" (epi toi onomai Iesou Christou) e At 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor" (en onomati Kyriou Iesou). Em At 8.16, vemos novos convertidos que "somente eram batizados em nome do Senhor JESUS"; em At 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS".

Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de JESUS". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém-convertidos, ou referência ao batismo já realizado.

As seitas unicistas utilizam esses textos bíblicos para defender a ideias do batismo "só no nome de JESUS", pois eles pregam que a fórmula ditada por JESUS não inclui "o nome", e sim, "as funções diferentes de DEUS", como Pai, como Filho e como ESPÍRITO SANTO, o que é uma heresia absurda. Segundo o Pastor Esequias Soares (p. 37), as passagens bíblicas invocadas pelos unicistas "não tratam da fórmula batismal, e sim de atos ou eventos de batismo...Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram batizadas na autoridade do nome de JESUS". Desse modo, entendemos que a fórmula trinitária, ditada por JESUS, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e adequada para a ministração do ato batismal.     -    


3.   Imersão: o método bíblico do batismo    -   Antes da era cristã os judeus batizavam seus prosélitos por imersão. Os essênios de Qumran observavam a prática de imergir tanto os membros quanto os conversos. A Bíblia ensina que existe apenas um tipo de batismo e este foi ensinado por Jesus e praticado por todos os apóstolos e pela igreja cristã primitiva (Efésios 4:5; Mateus 28:19, 20 ; Romanos 6:1-6; Atos 8:38). O próprio termo  “batismo” provém do gregobaptizo e significa mergulhar, imergir e não aspergir.

As descrições de batismos na Bíblia indicam que as pessoas entravam na água (Atos 8:38) e dela saíam (Mateus 3:16). Os batismos eram realizados em locais em que havia abundância de água para que as elas pudessem ser submergidas e serem batizadas por imersão (Mateus  3:6). Jesus Cristo nos deu o exemplo e, mesmo não tendo nenhum pecado, João Batista o batizou por imersão no rio Jordão (Mateus 3:13-17; Hebreus 4:15). A Bíblia ensina o batismo por imersão.

Na carta de Romanos, capítulo 6, Paulo explica de forma muito clara o profundo significado do batismo. Quando a pessoa é “sepultada com Cristo” por ocasião do batismo, é um símbolo de morte para o pecado. Simboliza o sepultamento do pecado e da velha vida de pecados. Ao ressurgir das águas batismais a analogia se torna completa, porque Cristo também ressurgiu da sepultura da morte para a vida. O sair das águas representa o novo nascimento para uma “vida nova”, pelo poder de Cristo (Romanos 6:4). Essa analogia requer que o batismo seja por imersão.     Se Paulo ensinou o batismo por imersão, podemos concluir que ele foi batizado dessa maneira, pois só existe um batismo (Efésios 4:5), o batismo exemplificado e ensinado por Cristo, e este foi por imersão (Mateus 3:13-17; Mateus 28:19).

A própria expressão de Paulo “sepultados com Ele [Cristo] no batismo” (Romanos 6:4) só tem significado se o batismo for por imersão.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo das Profecias

Livro de Apoio, O Corpo de Cristo - Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. Editora CPAD.

https://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-aguas-por-luciano-subira/

https://estiloadoracao.com/batismo-nas-aguas/

https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/qual-a-forma-correta-de-batismo-por-imersao-ou-aspersao/




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