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sexta-feira, 19 de maio de 2023

LIÇÃO 09 - UMA FAMÍLIA NADA PERFEITA.

 

PB. Junio - Congregação Boa Vista II.



                            TEXTO ÁUREO

"Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (GL 6.7)


                    VERDADE PRÁTICA

Tudo o que os membros da família plantarem colherão. Essa é uma lei universal de Deus que pode ser constatada na própria natureza.


   LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2SM 3.2-5; 5. 13-15; 12. 10-13a



                                INTRODUÇÃO

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No livro de Levítico 18 o Senhor instrui Moisés a respeito dos casamentos ilícitos. Em Levítico 18.6, o Senhor disse a Moisés para ordenar a Israel: “Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez”. Em seguida, o ato de descobrir a nudez de alguém, tinha a ver com a união sexual, não só a nudez do pai, nem a da mãe, da irmã, da sobrinha, nora, tia ou tio. Esses mandamentos tinham um caráter moral, físico e espiritual. O Senhor deu a ordem a Moisés acerca dessa prática proibindo o incesto. Nos dicionários a palavra incesto deriva do latim incestum que se refere a uma prática considerada impura e suja. O termo pode ser entendido na sua etimologia, a começar pelo prefixo ins e o sufixo cestus que pode significar uma deformação de castus que quer dizer casto; puro. Por isso, incesto transmite a ideia de não casto.  Independentemente da definição dos dicionários, a simples união parental, como no caso de Abrão e Sarai, que eram irmãos, filhos do mesmo pai Tera e de mães diferentes, não fez com que perdessem a bênção de Deus sobre suas vidas. Pelo contrário, da união deles nasceu o filho da promessa de Deus.   Davi tinha agora cerca de 50 anos, talvez um pouco mais. Ele reinara aproximadamente 20 anos e se distinguira como um homem de Deus, compositor de salmos, pastor fiel, guerreiro valente no campo de batalha e líder do seu povo. Ele não só guiou o povo com justiça, como deu-lhe a música gloriosa dos salmos. Davi era um homem de paixão e compaixão.  Como acabamos de observar, foi ele que protegeu Mefibosete, mantendo a promessa feita a Jônatas e a Saul, demonstrando graça e dando honra. Ao examinarmos o próximo segmento da vida de Davi, compreenda que não estamos estudando a vida de um rebelde selvagem ou de um pervertido sexual. Ele caiu, porém, num período de pecado e esse pecado teve consequências desastrosas para a sua família, seu reino e sua nação. O pecado sempre traz consequências. E por isso que temos de cuidar para não cair, quer tenhamos cinquenta, sessenta, dez, vinte, trinta ou quarenta anos. Ninguém é jovem ou velho demais para isso.   A vida de Davi neste ponto era como uma onda que, perdendo o rumo, batia constantemente contra a barragem da maré, chocando-se contra as demais ondas num mar revolto. Desprevenido e num momento de fraqueza, ele desmoronou e pagou um preço terrível.

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                I.   O REI DAVI E SUA GRANDE FAMÍLIA

1.   Davi, o ungido por Deus   -  Davi é Ungido. O óleo santo (ver I Sam. 9.25; 10.1 e 16.1) foi
usado para ungir o segundo dos reis de Israel. Mediante esse ato, o reinado de Saul foi formalmente substituído, embora ele ainda continuasse no poder por algum tempo, a fim de cuidar do restante dos acontecimentos necessários em sua vida. Como no caso de Saul, o Espírito de Deus veio sobre Davi para capacitá-lo à missão. Ver I Sam. 10.6,10; 11.6.   
O Espírito, no tempo do Antigo Testamento, ia e vinha, ajudando e capacitando em tempos de crise e momentos especiais. O fraseado do versículo, “daquele dia em diante”, pode significar a presença contínua do Espirito, ou que a vinda do Espírito sobre Davi era constante, tendo havido muitos incidentes semelhantes. Através dessa unção espiritual, que se seguiu à unção com azeite, as qualidades necessárias para o reinado foram transmitidas a Davi.    Ό efeito da descida do Espírito do Senhor sobre Davi foi que o jovem pastor cresceu para tornar-se um herói, um estadista, um erudito, um sábio, um rei de profunda visão” (Ellicott, in loc.).  “Essa era a autenticação sobrenatural da vontade de Deus. Posteriormente, Davi foi ungido rei de Judá (ver II Sam. 2.4) e, mais tarde ainda, de todo Israel (ver II Sam. 5.3)” (Eugene M. Merrill, in loc.). Foi assim que o poder espiritual pousou sobre aqueles a quem Deus escolheu para Seu serviço. Cf. Juí. 3.10; 6.34; 14.6; I Sam. 10.10; 16.13.   Davi, filho de Jessé, era neto de Rute e Boaz (ver Rute 4.18-21) e estava na linhagem da promessa, descendendo de Abraão através de Isaque e Jacó. A dinastia real deveria vir através de Rute (4.11). Ver uma ilustração da linhagem de Davi em I Sam. 17.12.

2.   Davi, o homem de Deus    -   Por fim, Deus fez Davi o rei dos filhos de Israel. Quando [Saul] foi retirado (v. 22) por má administração, Ele lhes levantou como rei a Davi e estabeleceu um concerto de realeza com ele e sua descendência. Quando Deus retirava um rei, Ele não os deixava como ovelhas sem pastor, mas logo levantava outro. Ele levantou Davi, de condição social baixa e humilde, e o levantou ern altura (2 Sm 23.1).    Paulo cita o testemunho que Deus deu de Davi. Em primeiro lugar, que a escolha foi divina: Achei a Davi (v. 22; SI 89.20). O próprio Deus o escolheu. Achar implica em buscar, como se Deus tivesse rebuscado todas as famílias de Israel para achar um homem adequado aos seus propósitos, e Ele achou Davi. Em segundo lugar, que o caráter era divino: Davi é varão conforme o meu coração (v.22).    Deus escolheu alguém em quem a sua imagem estivesse impressa, sendo, portanto, alguém em quem Ele se agradava e a quem Ele aprovava. Este caráter foi dado a Davi antes de ele ser ungido: Já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração (1 Sm 13.14), e o homem é Davi. Em terceiro lugar, que o comportamento era divino e sob a orientação divina: Davi […] executará toda a minha vontade (v. 22). Ele desejou e se empenhou em fazer a vontade de Deus porque recebeu capacidade para isso, foi usado ao fazer isso e pôs isso em prática.    Tudo isso mostra o favor especial de Deus aos filhos de Israel (fato que o apóstolo deseja que reconheçam à força) e outros favores de outra natureza que Deus guardara para eles e que agora, pela pregação do evangelho, lhes eram oferecidos. A libertação do Egito e a conquista de Canaã eram sombra dos bens futuros (Hb 10.1).   As mudanças de governo davam a entender que as coisas não se aperfeiçoavam (Hb 7.19). Portanto, tinham de ceder lugar para o Reino espiritual do Messias, que estava sendo instalado e, caso os ouvintes de Paulo aceitassem esse Reino e se submetessem a ele, seria para glória do povo israelita (Lc 2.32). Não havia a menor necessidade de terem ciúme da pregação do evangelho, como se tivesse a mínima tendência a danificar as verdadeiras excelências da igreja judaica.

3.    A grande família de Davi   -   Davi, baseava sua vida sentimental na experiência dos reis ao seu redor, por isso, ele nunca conseguiu ser um homem de família, como seu pai Jessé. Ele teve, pelo menos, oito esposas, as quais cinco delas eram solteiras quando se casaram com ele, e três já haviam sido casadas. Estas três últimas foram Abigail, Ainoã e Bate-Seba. Pela sua história, o rei pouco pensava sobre os filhos gerados, por isso, sempre enfrentou crises com esses filhos.    Se voltarmos ao livro de Gênesis, iremos perceber que o Criador estabeleceu um modelo de união conjugal que só poderia acontecer entre um homem e uma mulher (Gn 2.18-25). O princípio que regia o casamento era a monogamia, mas séculos depois temos a história de Davi que, a despeito de ser um homem temente a Deus e gozar da sua bondade, não conseguia dominar sua concupiscência e valia-se de sua posição de rei para dar-se ao luxo de ter várias esposas e concubinas (1Sm 18.27; 1Cr 3.1-9; 1Cr 14.3). É difícil uma pessoa ser bem-sucedida e não se tornar segura e indulgente em relação à carne. A fraqueza de Davi foi o fato de que quando ele se estabeleceu em seu reino, tomou mais esposas (v. 3); mas a prole numerosa que ele teve aumentou a sua honra e força.   Ora, os filhos são uma herança do Senhor. Temos uma relação dos filhos de Davi, não só em Samuel, mas neste livro (cap). 3-lss.), e agora aqui novamente; porque era uma honra para eles o fato de terem um pai como este.


                II.   FILHOS E PARENTES NA CASA DE DAVI

1.   Tamar   -  No hebraico, “palmeira” ou “tâmara (palmeira)”

Uma filha de Davi com Maaca, irmã de Absalão e meia-irmã do depravado Amnom, o filho mais velho de Davi. Sua mãe era Ainoa, uma jezreelita (II Sam. 3.2). Depois de elaborado planejamento, ele conseguiu estuprar Tamar, cometendo fomicação, incesto e estupro ao mesmo tempo!   Depois foi a vez de Absalão fazer o planejamento de assassinato. Ele acabou matando Amnom, para constrangimento de Davi que, contudo, não tomou nenhuma atitude, o que combinou com sua inação no caso do estupro de Tamar. Ver a história toda contada em II Sam. cap. 13. A época foi em tomo de 980 a.C.

2.   Absalão   - ABSALÀO

No hebraico quer dizer «o pai é da paz», terceiro filho de Davi e seu único filho com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur (II Sam. 3:3), nascido em 1000 A.C. Era admirado por sua beleza sem defeito, distinguido por sua longa e vasta cabeleira. O peso inconveniente da mesma compelia-o a cortá-la a cada ano, orçando em cerca de 2 kg. Os registros a respeito variam. A Septuaginta fala em cerca de 1,1 kg.

A poligamia produziu seus frutos fatais, engendrando o ciúme entre as famílias das várias esposas, cada qual com seu próprio lar (II Sam. 13:8; 14:24). A lassidão sexual fomentou a paixão de Davi, que terminou em adultério e homicídio, além de muitos vexames sofridos. Absalão foi apenas uma dimensão dessa história.   A narrativa de Tamar. Com Maacá, Davi teve uma filha, Tamar, que se tornou uma bela mulher. Foi estuprada pelo filho mais velho de Davi, Amom (II Sam. 13:1,20), em cerca de 1050 A.C. Absalão, seu irmão, conservou-a reclusa em sua casa e planejou vingar-se. Esperou por dois anos inteiros, e então convidou todos os filhos de Davi para a festa da tosquia das ovelhas, em Baal-Hazor, perto de Efraim. Davi também foi convidado, mas não aceitou o convite, embora os demais convidados tivessem atendido. Houve comidas e bebidas, e os servos de Absalão, segundo orientações prévias, no momento em que menos se esperava, assassinaram Amom. Os restantes fugiram para Jerusalém e contaram o ocorrido a Davi, para sua grande consternação. Então Absalão foi para Gesur e ali, permaneceu por três anos com seu avô, o rei Talmai (Ver II Sam. 13:30-38).  A volta a Jerusalém. Absalão continuava muito amado por seu pai, e desejava poder voltar. Através da mediação de Joabe, Davi o chamou de volta. Porém, durante mais dois anos, não foi admitido à presença do rei. Finalmente, a reconciliação foi completa (ver II Sam. 14:21-33), em 1036 A.C.   Ambições de Absalão. Ele começou a traçar planos mais ousados. Amom, o irmão mais velho, estava morto. Restava ainda Quileabe; mas somente Absalão era de nobre nascimento, por meio de sua mãe, filha de um rei. Parece que seu irmão mais velho morreu cedo, pois após II Sam. 3:3 não há mais menção a seu respeito. Portanto, ali estava Absalão, o filho restante mais velho, e o pai ficando cada vez mais idoso. Todavia, se assim quisesse fazê-lo, o rei poderia rejeitar Absalão e escolher um dos filhos mais jovens. Tal direito foi eventualmente exercido por Davi, e Salomão veio a tornar-se rei, embora não fosse ele o herdeiro presuntivo, por questão de idade. O trecho de II Sam. 7:12 havia predito que o rei seria sucedido por um filho que na época da profecia, ainda não havia nascido. Muitos sabiam disso, talvez incluindo o próprio Absalão. Ele agiu astutamente, furtando a lealdade de muitos para a sua causa (ver II Sam. 15:6), insinuando que dispensaria a justiça melhor do que o seu pai estava fazendo (ver II Sam. 15:2-4).   A revolta. A campanha de Absalão foi ganhando vulto. Quatro anos depois de seu retorno de Gesur a Jerusalém, ele estava preparado para dar seu golpe. Retirou-se para uma antiga capital de Davi, Hebrom, e ali declarou-se rei. Contava com maciço apoio popular, pelo que Davi deixou Jerusalém e foi para Maanaim, do outro lado do Jordão (II Sam. 15:7-18), para proteger-se e para planejar a resistência.   Triunfo de Davi em Jerusalém. Absalão, ouvindo que Davi abandonara Jerusalém, para ali se dirigiu e apossou-se do poder sem qualquer oposição. Aitofel, ex-conselheiro de Davi, ajudava Absalão. A sabedoria desse homem era tão grande que suas opiniões eram tidas como oráculos, em Jerusalém (ver II Sam. 15:30,31). Isso fortaleceu ainda mais a causa de Absalão. Davi enviou Husai, para tentar fazer virar a maré. Aitofel aconselhou Absalão a perseguir imediatamente a Davi, antes que este tivesse tempo de recuperar-se do golpe recebido (ver II Sam. 17:1,2); mas Husai, procurando ganhar tempo, persuadiu Absalão a não arriscar uma possível derrota, mas a reunir forças de todo Israel tão superiores que garantisssem a vitória. Fatalmente para Absalão, ele ouviu esse conselho. Entrementes, Davi reuniu suas forças. Davi conseguiu reunir uma força poderosa, três divisões comandadas por Joabe, Abisai e Itai (ver II Sam. 18:2).   A batalha. Joabe era o comandante-em-chefe. Sua tática foi de atrair o adversário para os bosques, para então cercá-lo. Isso foi feito, e os homens de Absalão foram destruídos facilmente, — 20.000 deles, enquanto que os demais fugiram. Isso teve lugar na floresta de Efraim (II Sam. 18:3-6).  Morte de Absalão. Este montou em uma mula ligeira, mas enquanto fugia, os galhos de uma árvore enroscaram-se em seus longos cabelos e ele ficou suspenso no ar. Davi havia ordenado que não o matassem, mas Joabe apressou-se ao lugar e o transpassou com três dardos. Seu corpo foi arriado e lançado em uma cova, com um montão de pedras por cima (II Sam. 18:7-17) em cerca de 967 A.C.   A tristeza de Davi. O amor do rei por seu filho    Absalão não se abatera, e a notícia da morte de. Absalão causou amarga tristeza a Davi (II Sam. 18:24-33). Seu lamento era: «Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti. Absalão, meu filho, meu filho!» Essas palavras têm sido aproveitadas na composição de um breve mas lindo hino. Davi parece ter sido um pai amoroso, mas fraco, com seus favoritos, o que talvez tivesse sido um fator no desvio de Absalão. 

3.   Amnom   -   No hebraico significa fiel. É o nome de duas pessoas no Antigo Testamento.  O filho mais velho de Davi e Ainoã, a jezreelita (ver II Sam. 3:2 e I Crô. 3:1). Ele nasceu em Herom, em cerca de 1056 A.C. Estuprou sua própria meia-irmã Tamar, e dois anos depois foi assassinado por Absalão, irmão de Tamar, por causa desse ato. Ver a narrativa em II Sam. 13.

4.   Jonadabe   -  Algumas versões grafam esse nome com a forma de Jeonadabe.   Esse nome significa «Yahweh impele». Mas outros estudiosos interpretam-no como «Yahweh é nobre» ou «Yahweh é liberal».   Um sobrinho de Davi, filho de Siméria, irmão de Davi. Jonadabe era homem inescrupuloso e cheio de truques, pelo que causou muitas dificuldades. Ajudou a seu primo e amigo, Amom, filho de Davi, a obter satisfação para seus desejos incestuosos, o que resultou na violentação de Tamar. Tamar era meio irmã de Amom e irmã de Absalão.   Por causa disso, Amom acabou sendo assassinado por ordens de Absalão. Daí resultou uma guerra civil, com a consequente brecha política em Israel. Apesar de toda essa participação de Jonadabe, parece que, pelo menos durante algum tempo ainda, ele continuou a desfrutar de intimidade com a casa real (II Sam. 13:1-33).

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                    III.   O PROBLEMA  MORAL NA FAMÍLIA DE DAVI

1.  As consequências de sua falta de domínio próprio   -   Os Grandes Pecados de Davi. Nos países do Oriente, parte da glória de um monarca consistia no seu harém, recheado de mulheres de prestígio. O gráfico n° 1, sob o primeiro ponto, acima, ilustra o fato de que Davi praticava uma forma de franca poligamia. É difícil o homem moderno adaptar-se a certas práticas dos costumes antigos. Podemos estar certos de que Davi era admirado, em seus dias, por sua situação polígama. Seja como for, esse tipo de liberalidade sexual masculina não impedia ultrajantes casos de adultério. Assim, em momento de lazer, Davi observou Bate-Seba enquanto ela se banhava, e ele viu quão bonita ela era.   Acabou sentindo que deveria te-la como mulher. E mesmo quando, sob investigação soube que ela era casada com Urias, um militar hitíta de seu exército, Davi deu prosseguimento ao seu plano. Mandou chamá-la imediatamente. Tolamente, alguns intérpretes observam que ela não resistiu aos avanços dele, fazendo-a culpada também. Mas isso ignora dois importantes fatores: em primeiro lugar, quando um rei chamava, a pessoa atendia. Um monarca antigo era uma autoridade absoluta, e Davi era homem violento. Em segundo lugar, as mulheres não tinham direitos, e mesmo quando as leis as protegiam, essas leis geralmente eram ignoradas.   A fim de tentar ocultar o sem pecado, Davi resolveu livrar-se de Urias, e arranjou as coisas de modo que ele fosse morto em batalha, mediante o recuo das tropas israelitas, deixando-o em uma posição indefensível. Que Davi tenha conseguido isso, comprova o que acabo de dizer sobre o poder absoluto e a brutalidade dos reis da antiguidade. Esses eram pecados que não podiam ser remidos, quanto à lei da colheita segundo a semeadura. Portanto, a partir daquele instante, a vida de Davi começou a desintegrar-se. Ele havia mandado matar um homem inocente, a fim de tentar ocultar um grave pecado. Por essa razão, nunca mais a espada afastou-se de sua família (II Sam. 12:10).

2.   Incesto e morte na família   -   Amnom, queimando de desejo sexual, não quis ouvir nem esperar ou casar. Não escutou os gritos da moça nem os de sua própria consciência. A mulher era inocente, estava sendo forçada (Deu. 22.25-19); Amnom pagaria pelo crime de estupro (vero vs. 12) com a sua própria vida.      A experiência humana nos ensina que, freqüentemente, o amor rejeitado torna-se ódio. O amor criminoso de Amnom logo se tornou um ódio criminoso. Ele não se casaria com Tamar, mesmo se Davi, o rei, insistisse. “A gratificação de suas paixões violentas foi seguida por uma aversão igualmente violenta e irracional. A poesia de amor do mundo é cheia deste tipo de reação. As fontes do amor e do ódio se situam próximas” (George B. Caird, in loc.).   Ganse Little, in loc., fala corretamente sobre o fenômeno da reação da culpa. A culpa perverte o bom senso e o raciocínio e pratica muitos males. A paixão proibida tira a “tampa da lata de ódio”, e todo o seu conteúdo sai com força. Existe a maldição da consciência violada que inspira perversidades. A novela de Conrad, Lord Jim, ilustra bem como o homem assombrado por uma consciência violada continua praticando seus ultrajes contra outros. Pessoas que detestam a si mesmas são elementos perigosos na sociedade.    A possessão demoníaca é quase impossível sem o ambiente do ódio, que o Diabo usa para substituir o amor de Deus. O amor é a essência da espiritualidade (I João 4.8 ss.); o ódio é a “espiritualidade” do demônio.  Existe também o Odium Theologicum (também anotado no Dicionário) que pessoas “espirituais” praticam com entusiasmo. Qualquer tipo de ódio é uma doença da alma.   “É característica da natureza humana odiar alguém a quem se tem prejudicado” (Tácito).     O verdadeiro amor não se modifica, e muito menos torna-se ódio, mas paixão sexual não é amor. O caminho desse tipo de paixão para o ódio é curto. Amnom fez esta viagem em segundos. Levanta-te, e vai-te. Com estas palavras patéticas e cruéis, Amnom, com raiva, mandou a pobre Tamar embora. Para ele, ela tinha se tornado nada, e ele quis livrar-se dela para sempre. Semeou semente amarga e recolheria sua própria morte, a morte prematura que os hebreus tanto receavam.

 

O rei, presumivelmente, desapontou Absalão, recusando seu convite, mas, na realidade, o alegrou com sua “negligência”. Para suavizar, por sugestão de Absalão, ele mandou Amnom como seu representante. Logo a execução seria efetuada, para consternação do rei que de nada suspeitava. Para ser ainda mais generoso, o rei mandou outros filhos seus com Amnom. Absalão insistiu na presença de Amnom na festa, o que poderia ter levantado suspeitas sobre o motivo verdadeiro, mas o texto não dá nenhuma indicação de que o rei tivesse noção da farsa de Absalão. O próprio Amnom estava ansioso por encontrar-se em qualquer lugar onde houvesse vinho, canções e mulheres.   Absalão, de sua parte, mostrou ansiedade em ter todos os filhos do rei na festividade. Talvez ele já planejasse eliminar seus rivais para tomar o trono de Davi e reinar no seu lugar. Pouco depois, ele entraria em plena rebelião contra seu pai, procurando tornar-se rei.    As profecias de desastres feitas por Natã contra Davi e sua família estavam se realizando. Ver II Sam. 12.10.   A Septuaginta acrescenta, imediatamente antes deste versículo, “e Absalão fez uma festa de rei”, isto é, a festividade era tão elaborada que se tornou “real” e gloriosa; alguma coisa que somente um rei poderia realizar. No meio daquela festividade magnificente, Amnom, de súbito, perderia sua vida, e a vingança do estupro de Tamar seria realizada, brutalmente, do mesmo modo que Amnom tinha agido contra sua irmã.    Não temais. Absalão garantiu para seus homens que o ajudariam a matar Amnom, que eles não sofreriam nenhuma retaliação do rei. Teria sido “ele”, o grande Absalão, o futuro rei, quem teria dado ordens, pois na mente daquele homem, brevemente ele assumiria o poder como rei. Assim, a rebelião de Absalão contra Davi já estava florescendo.   Foi natural para os homens de Absalão obedecer, por ele ser um príncipe em Israel e um homem de autoridade. Provavelmente, já teria havido conversa entre eles sobre a “boa” possibilidade de que Absalão logo seria o rei. Matar pelo futuro rei era um privilégio para eles, não um crime.   O ato terrível foi realizado com facilidade surpreendente, e com brutalidade típica dos tempos. A maioria dos outros filhos do rei, se não todos, vendo o que estava acontecendo, fugiu, cavalgando seus asnos. O vs. 27 nos mostra que Absalão quis todos os filhos do rei na festividade, provavelmente com a intenção de matar todos. Se isto fosse parte de seu plano, então Absalão só frustrara, mas o objetivo principal de seu plano teve final esplêndido.  Ainda restavam alguns rivais, mas o sábio matador podia cuidar deles em outras ocasiões. De qualquer maneira, era procedimento comum em famílias reais do Oriente, em caso de matanças, determinar quem seria o sucessor do rei. Compare-se com os casos de Abimeleque, Jeú e Atalia. Ver Jui. 9.5; II Reis 19.1-7; 11.1. De fato, famílias reais do Oriente se comportavam como um bando de selvagens para obter e reter poder. Laços familiares tinham pouca importância.

3.    Vigilância, proximidade e exemplo    -   “fazei tudo para a glória de Deus”. Tudo o que o cristão fizer, qualquer decisão tomada, deve ser “para a glória de Deus” (v.31; cf. 6.20; Cl 3.17), não por presunção, auto- satisfação ou afirmação de seus “direitos”.

Paulo lança o seguir o princípio: Fazei tudo para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (10.31). O primeiro princípio é não escandalizar o irmão. O segundo é que Deus seja glorificado. Deus nunca é glorificado se com a minha liberdade eu estou causando escândalo e tropeço para o meu irmão.   A glória de Deus não é promovida onde uso minha liberdade para fazer o irmão tropeçar e cair. Não temos o direito de usar nossa liberdade cristã para ferir a comunhão fraternal.

O apóstolo aproveita a ocasião desse discurso para estabelecer uma regra geral para a conduta dos cristãos e aplicá-la a este caso particular (w. 31,32), a saber, que no comer e no beber, e em tudo o que fizermos, devemos ter por alvo a glória de Deus, em agradá-lo e honrá-lo. Este é o princípio fundamental da religiosidade prática. A grande finalidade de toda religião prática é dirigir-nos para onde são necessárias regras claras e particulares.   Nada deve ser feito contra a glória de Deus e contra o bem de nosso próximo, relacionado com ela. Além disso, a tendência de nosso comportamento para o bem comum, e o crédito de nossa santa religião, devem dar orientação para isso.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II, Warren W. Wiersbe   - Editora Central Gospel. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico 1 Corintios, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Atos a Apocalipse, Matthew Henry - Editora CPAD.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

BARCLAY. William. Comentário Bíblico Efesios, William Barclay.

Livro Davi, Um homem Segundo o Coração de Deus, Charles R. Swindoll - Editora Mundo Cristão. 

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sexta-feira, 12 de maio de 2023

LIÇÃO 08 - A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE NA VIDA DOS FILHOS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II




                        TEXTO ÁUREO

"E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor." (Ef 6.4)


                        VERDADE PRÁTICA

Quando o padrão divino para a criação de filhos é negligenciado, as consequências são terríveis para a família cristã.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I SAMUEL 2.12-17; 8.1-3


                            INTRODUÇÃO

 

Há um sentido verdadeiro a partir do qual você deve ensinar seus filhos a temerem a Deus, e, principalmente, a temerem desagradá-lo. Não pense que você está cumprindo as responsabilidades da paternidade simplesmente quando faz seu filho se submeter a você. Se você for coerente e firme em sua disciplina, seu filho poderá obedecer-lhe porque teme violar seus padrões. Essa é uma reação bastante fácil de conseguir, mas não é o objetivo adequado na criação dos filhos. Seu filho deve temer transgredir os padrões de Deus, não meramente os seus. Você é apenas um intermediário com a responsabilidade de ensinar seu filho a temer Deus. Se seus filhos crescerem temendo apenas desagradar a você, mas não a Deus, o que eles farão quando você não estiver presente?    Seus filhos precisam crescer com a consciência de que quando eles agirem mal, isso não irrita apenas a mamãe; isso não apenas vai contra o papai; isso não causa apenas perturbação na família. Quando eles desobedecem, eles se colocam contra um Deus santo que pune aqueles que transgridem seus princípios justos.   O meu objetivo como pai não foi meramente fazer com que meus filhos temessem ser castigados pelo papai. Eu quis que eles temessem ser castigados pelo Deus deles.   Desejei que eles também temessem minha disciplina, é claro, mas isso foi incidental. Eu sabia que não poderia estar sempre por perto para mantê-los responsáveis, mas que Deus estaria. E as consequências de transgredirem a vontade de Deus são infinitamente maiores que qualquer desobediência no nível humano. Infelizmente, poucas crianças hoje crescem com essa consciência. Elas não são mais ensinadas a temer Deus, e isso é evidente em todas as áreas da sociedade.   Desde a idade mais tenra, ensine seus filhos que o pecado é uma ofensa capital contra um Deus santo. Ensine-lhes que de Deus não se zomba, e que eles colherão as consequências amargas de todo pecado que semearem. Plante neles um temor saudável de Deus. Sem esse tipo de temor, o arrependimento genuíno não é sequer possível.   Além do mais, quando seus filhos temerem Deus, eles também irão temer o pecado.   Esse certamente é um temor saudável a ser cultivado. Isso lhes poupará muito sofrimento na vida ao mantê-los longe do mal (ver Provérbios 16:6). Isso também pode literalmente prolongar a vida deles. Provérbios 10:27 diz: “O temor do Senhor prolonga a vida, mas a vida do ímpio é abreviada.” Você quer dar a seu filho uma vida abundante e plena? Ensine-lhes o temor do Senhor. “O temor do Senhor é fonte de vida, e afasta das armadilhas da morte” (14:27). “O temor do Senhor conduz à vida: quem o teme pode descansar em paz, livre de problemas” (19:23). Temer o Senhor é mais proveitoso do que as riquezas. “É melhor ter pouco com o temor do Senhor, do que grande riqueza com inquietação” (15:16).

Aquele que teme ao Senhor possui uma fortaleza segura, refúgio para os seus filhos” (14:26).

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            I.     A PATERNIDADE DENTRO DA FAMÍLIA

1.    A primeira família    -    Na sociedade brasileira, o modelo patriarcal se tornou a base social do Brasil. Numa família patriarcal, o pai é o chefe da família. É o pai quem deve prover os alimentos para todos e o que cuida da segurança dos filhos e da esposa. A Bíblia apresenta muitos exemplos de famílias patriarcais, bons e maus exemplos. Antes de tudo, o sistema patriarcal foi criado por Deus para que Adão e Eva, o primeiro casal, que vivia no jardim do Éden, vivesse sob esse sistema criado por Deus.    O homem e a mulher foram criados por Deus com caraterísticas biológicas diferentes para se tornarem um casal, mas quando se deixaram enganar pela “antiga serpente” e pecaram contra Deus, Adão perdeu a noção de sua responsabilidade. Depois da Queda Adão e Eva geraram os dois primeiros filhos. A despeito da Queda, tanto Adão quanto Eva cumpriam o seu desígnio na formação da primeira família na terra.    Portanto, no princípio da existência da humanidade, a família patriarcal era o tipo mais excelente para a manutenção da família. A figura do pai definia-se como o líder dentro do lar. A mulher, tinha o seu papel procriativo no sistema patriarcal. Era a segunda pessoa mais importante com autoridade dentro de casa.    No caso dos sacerdotes, Eli e Samuel, o exercício sacerdotal era, para eles, mais importante do que se preocupar em exercer seu sacerdócio dentro de casa com a esposa e os filhos. Os dois sacerdotes, Eli e Samuel, a despeito da vida ilibada perante Deus e o povo, foram displicentes com a própria família, principalmente, com os filhos.

2.    A falta de autoridade no lar   -   Martinho Lutero comentou em certa ocasião: “Quando a Bíblia fala, Deus fala”. Com esse conceito, entendemos que a Bíblia tem, por si mesma, autoridade moral suficiente para que obedeçam aos seus princípios.   Eli e Samuel eram homens que exerciam autoridade no serviço sacerdotal, mas foram displicentes com a autoridade no lar. Ambos eram extremamente radicais quanto à observância da Lei, mas não perceberam que os seus filhos não obedeciam à Lei. No caso de Eli, a Bíblia chama Hofni e Fineias de “filhos de Belial”. Eles eram filhos do sacerdote e cabia-lhes o dever sacerdotal, que herdariam depois da morte do pai. Visto que o pai estava velho e cego, seus filhos já estavam fazendo alguns trabalhos sacerdotais, mas não eram dignos no que faziam, e o velho Eli não os acompanhava nesses serviços.   No caso de Samuel, que era juiz do seu povo, aos seus filhos, Joel e Abias, os constituiu juízes em Berseba (1Sm 8.1,2), mas eles se tornaram avarentos e perverteram o juízo (1Sm 8.3). Hoje, no contexto atual da liderança pastoral, a história se repete, pois, muitos pastores cuidam muito bem da igreja e das famílias da igreja, mas não cuidam dos próprios filhos, lançando o peso desse cuidado sobre as esposas.

Numa sociedade em que pais e filhos não são amigos, a depressão e outros transtornos emocionais encontram um meio de cultura ideal para crescerem. A autoridade dos pais e o respeito por parte de seus filhos não são incompatíveis com a mais singela amizade. Por um lado, você não deve ser permissivo nem um joguete nas mãos dos seus filhos, por outro, você deve procurar ser um grande amigo deles.   Estamos na era da admiração. Ou os seus filhos o admiram ou você não terá influência sobre eles. A verdadeira autoridade e o sólido respeito nascem através do diálogo. O diálogo é uma pérola oculta no coração. Ela é tão cara e tão acessível. Cara, porque ouro e prata não a compram; acessível, porque o mais miserável dos homens pode encontrá-la. Procure-a.

3.   Os problemas de uma paternidade ausente   -   […] ele deve governar bem a sua própria casa. A palavra “governar” significa uma administração misericordiosa, que traz direção e orientação (veja I Ts 5.12; 1 Tm 5.17), sem um controle rígido, cruel, tirânico, e autoritário. Este tipo de liderança familiar reflete a correspondência entre a igreja e o lar vista em Efésios 5.28-6.9.   Faz sentido que Paulo use este requisito, pois ninguém pode conduzir um lar eficientemente sem amor e firmeza, misericórdia e diretrizes. E, se os pais não exemplificam o que ensinam, dificilmente as crianças seguirão as diretrizes, exceto sob pressão. Existem dois pensamentos nesta frase: por um lado, embora seja verdade que os filhos devam respeitar e obedecer aos seus pais, o respeito e a obediência são subprodutos de uma liderança responsável em casa.   A melhor maneira de ver a capacidade de uma pessoa de lidar com uma grande responsabilidade é ver o seu desempenho com uma responsabilidade pequena. A capacidade de governar a sua casa é uma base de treinamento para a capacidade de um homem de administrar a família de Deus, que está reunida na igreja. O mesmo amor, compaixão, firmeza e misericórdia são necessários para as duas tarefas.

O primeiro rebanho do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar de sua casa, está desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do Senhor, não é capaz de exortar os filhos dos demais crentes. Se os próprios filhos não lhe obedecem nem o respeitam, dificilmente sua igreja lhe obedecerá e respeitará sua liderança.   John Stott diz corretamente que o pastor é chamado a exercer liderança em duas famílias, a dele e a de Deus, e a primeira é onde ele é treinado para poder atuar na segunda. Hans Bürki alerta que, se as famílias, mesmo as famílias nucleares de nosso tempo, não forem mais centros espirituais e locais de treinamento do amor experimentado de Deus, as igrejas se tornarão desertas, apesar de todo o ativismo. Por isso, cuidar das igrejas significa construir antes de tudo famílias saudáveis na fé.

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                II.   TIPOS DE PATERNIDADE EXTREMISTA

1.   A paternidade autoritária    -    Pais, não Provoqueis vossos

Filhos à Ira (6.4). Assim como a responsabilidade da esposa de se sujeitar é acompanhada pela responsabilidade do esposo de amar (5.22-33), aqui a obrigação que os filhos têm de obedecer é acompanhada pela responsabilidade dos pais em relação a seus filhos. Os pais são mencionados por causa de seu papel regulador como cabeças ou líderes da família (a responsabilidade da mãe está incluída nesta classificação),

A responsabilidade dos pais está definida em termos de comandos positivos e negativos:

1) No comando negativo, os pais não devem “provocar a ira a seus filhos” (6.4). Os pais terrenos são extremamente importantes na formação do conceito dos filhos a respeito do Pai celestial. Devem se lembrar que um relacionamento adequado com seus filhos é mais importante que o correto desempenho dos filhos. Os pais devem evitar irar, incitar ressentimentos ou desanimar seus filhos através da imposição de expectativas exageradas, ou de um severo ou injusto tratamento ou disciplina, e assim por diante. Isso não implica que os pais devam adotar uma política de não corrigir os seus filhos. Significa simplesmente que devem se conduzir de forma a não predispor seus filhos à desobediência ou rebelião.   2) Paulo dá aos pais uma ordem positiva: “Eduquem-nos” ou “criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. Os pais são responsáveis por tomar a iniciativa no lar de treinar e ensinar os filhos no que concerne ao Senhor. “Criar” significa sustentar ternamente ou dispensar amoroso cuidado e proteção. Essa tarefa é descrita mais detalhadamente de duas formas: (a) “Treinar” (paideia) significa criar e ensinar “principalmente porque se consegue pela disciplina e castigo” (BAGD, 608). Dessa forma, a expressão “criar” está relacionada ao desenvolvimento do caráter, enquanto (b) “ensinar” ou “instruir” (nouthesia) está relacionado a questões que envolvem o caminho da justiça.   No final do verso 4, a frase de Paulo, acompanhada de preposição “do Senhor”, pode ser interpretada de uma das duas seguintes maneiras. No caso do ablativo grego, ela significa “concernente ao Senhor”; no caso do genitivo, indica “o Senhor é o padrão ou a fonte que conduz”. Ambas as possibilidades são verdadeiras. Porque os filhos são uma “herança do Senhor” (Sl 127.3), “treinar” e “ensinar” são responsabilidades extremamente importantes dos pais e das mães. Embora o treinamento dos pais e a conduta dos filhos sejam muitas vezes menos que perfeitos, onde o relacionamento pai- filho é santo e correto, o resultado geralmente será correto e salutar (cf. Pv 22.6).

 2.   A paternidade permissiva   -   Ele observou que a sua prosperidade os obstinou em sua maldade, v. 11. E verdade a respeito de todos pecadores em geral, e particularmente dos governadores perversos, que, visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, eles pensam que nunca será executado, e, por essa razão, eles desobedecem à Lei e seus corações estão inteiramente dispostos para praticar o mal; eles se aventuram a praticar muita malícia, buscam um maior alcance em seus desígnios maus, e estão seguros e destemidos nele, e cometem iniquidade com a mão erguida. Observe:   (1) A sentença é passada contra as más obras e os maus trabalhadores pelo justo Juiz do céu e da terra, até mesmo contra as más obras dos príncipes e grandes homens, como também contra as pessoas inferiores.   (2) A execução desta sentença é frequentemente adiada por muito tempo, e o pecador prossegue, não apenas sem punição, mas também próspero e bem-sucedido.   (3) A impunidade endurece os pecadores em impiedade, e a paciência de Deus sofre vergonhosamente abusos por parte muitos que, em vez de se renderem por isso ao arrependimento, são confirmados por isso em sua impenitência.   (4) Os pecadores comentados aqui decepcionam a si mesmos, pois, embora o juízo não seja executado logo, ele será executado ao menos de forma mais severa. A vingança chega lentamente, mas certamente vem, e a ira está ao mesmo tempo entesourada para o dia da ira.

3.    Eli criou filhos que se tornaram profanos    -   Filhos de Belial. Esse nome próprio indicava o próprio Satanás, o principal adversário de Yahweh. Mas não sabemos dizer se, naquela data tão remota, esse nome já havia adquirido tal significado. Por isso mesmo, algumas versões, como a Revised Standard Version, dizem algo como “homens indignos”, dando ao termo uma força adjetivada.   Ofereço notas sobre isso em I Sam. 1.16. Sem importar se os filhos de Eli eram inspirados pelo diabo em pessoa, o fato é que aqueles homens eram absolutamente corruptos moral e espiritualmente, e chegaram a praticar iniquidades no próprio Lugar Santo. Eles “não tinham nenhuma consideração por Yahweh”.   Podemos estar certos de que Eli havia treinado seus dois filhos, mas eles rejeitaram os esforços do pai, seguindo sua própria vereda pervertida. Os Targuns dizem aqui que eles “não temiam Yahweh”. E Kimchi asseverou: “Eles não conheciam o caminho do Senhor”, ou seja, não o conheciam na prática, visto que teoricamente o tinham aprendido.   Condições nos Dias dos Juízes. Naqueles dias, havia completo caos moral e espiritual, e cada qual fazia o que lhe parecia melhor, em lugar de obedecer a Yahweh (ver Juí. 21.25). O próprio sacerdócio havia caído nessa armadilha, pelo que na pessoa de Samuel estava sendo preparado um juiz e um profeta que haveria de reverter tão indignas condições.  Em Samuel, o ofício profético haveria de substituir, em grande medida, o sacerdócio corrupto, servindo como nova e vital força na vida espiritual do povo de Israel.


                    III.    O FRACASSO DE DOIS PAIS RELAPSOS COM OS FILHOS

1.    Omissos para com os filhos    -    Os Filhos Problemáticos Eclesiastes 10:10, “Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir.” Há muitos os casos quando os pais aprendem o que a Bíblia ensina sobre a educação dos filhos depois que os filhos crescem além da idade melhor para corrigir.  De certo estes pais têm educado os seus filhos, só não conforme os princípios Bíblicos. Os hábitos formados só podem ser modelados com paciência mas há esperança se a sabedoria Bíblica for usada. Um entendimento claro do erro deve ser entendido pelos pais. Os pais devem saber exatamente onde e na qual medida foi a omissão de aplicar os princípios Bíblicos por eles.   Sabendo estes fatos é necessário deixar os filhos a par dos erros que os pais deixaram acontecer pela ignorância do que é certo. Os filhos podem ser contados os pontos específicos que os pais erraram e como os filhos foram privados de aspectos positivos nas suas vidas pelos erros dos pais. A maneira que os filhos podiam ser ajudados se a submissão à autoridade fosse estipulada como regra quando eles eram crianças deve ser revelado.   A procura de perdão dos filhos pela omissão dos pais deve ser estimulada. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confesse e deixa, alcançará misericórdia.” Provérbios 28:13 Para não continuar no erro mudanças por necessidade virão acontecer no lar. Tudo deve ser elaborado:   Quais mudanças devem acontecer, qual comportamento é aceitável e qual que não é aceitável, quais atitudes devem ser modificadas, etc. Explicações claras e bem objetivas devem ser feitas. Uma determinação de como o comportamento não aceitável vai ser tratado no futuro precisa ser decidido junto com os filhos.   Entendimento entre todas as partes é primordial. Consistência na conduta dos pais é necessária pois são os pais que estão se corrigindo também. Os pais precisam andar segundo princípios novos tanto quanto os filhos. Se o objetivo é só mudar os filhos, é melhor nem começar mudar os hábitos deles. 

2.    A isenção de responsabilidade de Eli e Samuel para com seus filhos   -   Deixar de cumprir com o cuidado básico e o sustento de um membro da família é a mesma coisa que negar a fé, pois ninguém pode afirmar amor e fidelidade a Deus e, ao mesmo tempo, negligenciar sua família (veja Mt 5.46,47). Fazer isto torna a pessoa pior do que o infiel, pois até mesmo os adoradores de ídolos sem fé em Cristo entendiam a responsabilidade de cuidar das necessidades da família. Existem algumas obrigações para com aqueles que nos deram a vida que simplesmente devem ser honradas.   As nossas famílias forneceram um espaço no qual nós podemos demonstrar a qualidade do nosso amor por Deus. João fez uma severa repreensão a qualquer crente que ousa declarar que ama a Deus, mas, como diz Paulo, não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família.   O crente que negligencia as responsabilidades humanas mais básicas, em efeitos práticos, negou a fé.

3.   Tratamento inadequado   -   Efésios 6:1-4

Se a fé cristã fez muito pela mulher fez muito mais pelos filhos. Sempre será verdade que em qualquer civilização ninguém pode menos que amar a seus filhos; mas também é verdade que nas civilizações pré-cristãs e pagãs podem existir uma dureza e uma crueldade impossíveis numa cultura em que os princípios cristãos alcançaram a supremacia. Na civilização romana da época de Paulo havia certas características que faziam perigosa a vida da criança.   (1) O pátrio poder romano constituía o poder do pai. Pelo pátrio poder o pai romano tinha um poder absoluto na família. Podia vender a seus filhos como escravos; fazê-los trabalhar em seus campos até em cadeias; podia dispor da Lei a seu desejo, porque esta estava em suas mãos; castigar como lhe agradasse até o extremo de infligir a pena de morte. Além disso o poder do pai romano era vitalício e durava durante toda a vida do filho. Um filho romano jamais chegava à maioridade mesmo quando tivesse crescido. Se viesse a ser um magistrado da cidade ou se fosse coroado pelo estado com honras bem merecidas, sempre estava submetido ao poder absoluto do pai.  “O grande engano” — escreve Becker — “consistia em que o pai romano considerava o poder conferido pela natureza aos mais velhos, de guiar e proteger a criança durante sua infância, como extensivo a sua liberdade, incluindo vida e morte, e continuando por toda sua existência”. É verdade que raramente o poder do pai era levado a extremo porque a opinião pública não o permitia; mas se dão exemplos rigorosamente históricos de pais romanos que condenaram à morte a seus filhos e os executaram. A realidade é que nos dias de Paulo o menino estava total e absolutamente sob o poder de seu pai.    (2) Existia o costume de abandonar a criança. Quando nascia uma criança era colocada aos pés do pai; se este se inclinava e o levantava significava que o reconhecia e queria retê-lo. Se dava meia volta e saía significava que se negava a reconhecê-lo; a criança podia ser literalmente descartada.   (3) A civilização antiga era desumana com respeito à criança doente ou disforme. Sêneca escreve, como se fosse o mais comum no mundo, como efetivamente o era: “Sacrificamos a um boi impetuoso, estrangulamos a um cão raivoso, afundamos a faca no gado doente para que não contagie a outros, afogamos as crianças que nascem fracas e disformes”. Uma criança doentia e disforme tinha pouca esperança de sobreviver.    Nestas circunstâncias Paulo escreve seus conselhos a filhos e pais. Se alguém perguntar qual é o bem que o cristianismo trouxe para o mundo a resposta inegável e absoluta é a mudança de situação da mulher e da criança.






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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Relacionamentos em Família, Elienai Cabral - Editora CPAD.

Comentário Bíblico N. T Interpretado versículo por versículo Russell N. Champlin- Editora Hagnos.

Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II, Warren W. Wiersbe   - Editora Central Gospel. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico 1 Timóteo, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

Livro Pais sábios, Filhos brilhantes, John MacArthur - Editora Thomas Nelson Brasil. 

Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão, Matthew Henry - Editora CPAD.

Livro O Que Diz a Bíblia Sobre a Educação dos Filhos no Lar, Calvin G. Gardner.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

BARCLAY. William. Comentário Bíblico Efesios, William Barclay.

https://professordaebd.com.br/8-licao-2-tri-23-a-importancia-da-paternidade-na-vida-dos-filhos/

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