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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

LIÇÃO 05 - O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II.

 

         


                TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (AT 2.4)


            VERDADE PRÁTICA

Ao longo dos anos, a Igreja experimenta avivamentos por meio do batismo no Espírito Santo e da atualidade dos dons espirituais.


LEITURA BÍBLICA: AT 2. 1-13



                        INTRODUÇÃO


A Igreja nos seus primórdios era grandemente avivada. Ao despedir-se dos discípulos antes da sua ascensão, Jesus determinou-lhes que não saíssem a pregar antes do recebimento de poder do alto: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At 1.4-5 – grifo acrescido) O judaísmo e as seitas que proliferaram no período interbíblico durante cerca de quatrocentos anos levaram o povo de Israel a um estado de letargia espiritual. Os fariseus, os saduceus, os zelotes, os essênios e outros grupos religiosos daquela época tinham uma mensagem vazia, às vezes radicalista, mas cheia de hipocrisia e desfaçatez. Além disso, grande parte dos líderes desses grupos, com apoio dos sacerdotes judeus, perseguiam a Igreja nascente. Se esta não tivesse poder e não experimentasse o avivamento do Espírito Santo, jamais teria sobrevivido. Jesus trouxe um novo tempo para o povo de Israel e para o mundo. Infelizmente, a maioria dos homens não compreendeu a mensagem dEle. Nesse contexto, Jesus determinou que os discípulos teriam que esperar “a promessa do Pai”, prevista por Joel (2.28,29), de um derramamento do seu Espírito “sobre toda carne”, ou seja, sobre toda a humanidade. Esse avivamento chegou no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os que se achavam no cenáculo orando a Deus, na expectativa do que aconteceria à Igreja após a volta de Jesus aos céus. Se com a presença de Jesus os discípulos experimentaram as evidências do poder de Deus nas suas vidas a ponto de verem curas, milagres e prodígios e os demônios expulsos no nome de Jesus depois do batismo no Espírito Santo, em Atos 2 houve uma verdadeira revolução espiritual no meio dos seguidores de Jesus. Na ocasião, houve sinais sobrenaturais de que o novo tempo havia chegado: Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (At 2.1-4) Dali em diante, aquele movimento espiritual de dimensão jamais vista deveria ser a marca impactante dos que faziam a Igreja de Jesus. No Novo Testamento, não existe a palavra “avivamento”, mas vemos que, em todos os dias da Igreja Primitiva, o que identificava os cristãos era um viver fiel, santo e dedicado a Deus, num clima de avivamento espiritual constante. Em Atos dos Apóstolos, o avivamento teve início, mas não parou nos primeiros dias — como entendem irmãos cessacionistas, de igrejas reformadas. Pelo contrário, prosseguiu na igreja neotestamentária e continua até os dias de hoje no meio dos crentes que aceitaram a Cristo como o seu Salvador e buscam uma vida de mais íntima comunhão com Ele. Meditemos nesse importante assunto do avivamento na vida da Igreja.

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                I.   O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O PÚBLCO-ALVO

1.  O chamado abrangente de Jesus  -   Ensinamentos Práticos

A essência do Evangelho. “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.    A palavra “evangelho” significa literalmente “boas novas” . Sua essência pode ser assim sumariada: Deus, na pessoa de Cristo, veio ao mundo para libertar a humanidade do jugo do pecado. E a sua substância é composta pelos ensinos que Jesus ministrou acerca de nossa salvação, e pelo que Ele fez para no-la obter.    Terminada a guerra civil americana, achavam-se uns soldados escondidos num bosque, sobrevivendo com frutinhas silvestres e água. Não sabiam que a guerra chegara ao fim. Mas para sair daquela situação, era mister crer nas boas notícias: A guerra chegara ao fim.     Milhões de homens, mulheres e crianças estão a viver amedrontados, alimentando-se dos detritos do mundo; acham que não existe nada de melhor para eles. Ainda não sabem que a guerra contra o pecado já foi vencida por Cristo e, que agora, podemos usufruir de uma paz singular.    Eles têm de saber que Jesus morreu para libertá-los do pecado!    Certa menina pobre ficou doente, e foi levada ao hospital, onde ouviu falar de Jesus. Jamais ouvira história tão linda! Certo dia, perguntou enfermeira: “A senhora já ouviu a história do nascimento de Jesus?”. “Sim” respondeu a enfermeira. Então a menina replicou: “Pela sua aparência pensei que ainda não a tivesse ouvido.” “Qual é a minha aparência?” perguntou a enfermeira. Oh, como a da maioria das pessoas, meio tristonha. Pensava que ninguém ficaria triste se conhecesse a história de Cristo’.   Sinos de alegria repicam nos corações dos que realmente “creem no evangelho”.    O arrependimento, precursor da fé. “João pregava o batismo do arrependimento”. O Evangelho são as Boas Novas; leva-nos a ver nossos pecados à luz da santidade divina. Se o pecado fosse uma enfermidade que pudesse ser tratada pela medicina, não necessitaríamos recorrer ao Evangelho. Quando, porém, vemos quão terrível julgamento aguarda os que se entregam ao pecado, conscientizamo-nos de que não há outro remédio senão aceitar a Cristo como nosso único e suficiente Salvador.    Reduzida a termos mais simples, a receita do Evangelho é: “Arrepende-te e crê; vê o teu pecado; aproxima-te de Cristo, Redentor nosso”.

2.   A promessa é para todos os salvos  -   “Vós recebereis o dom do Espírito Santo como nós o recebemos, pois esta é uma bênção geral. Alguns de vós recebereis estes dons externos, mas cada um de vós, se fordes sinceros na fé e no arrependimento, recebereis a sua graça e consolo internos, e sereis selados com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13).” Note que todos os que recebem o perdão dos pecados recebem o dom. do Espírito Santo (v. 38). Todos os que são justificados são santificados.     “Os vossos filhos ainda terão, como sempre, uma parte no concerto e um direito de posse ao seu selo externo.         Vinde a Cristo para receberdes esses benefícios inestimáveis, pois a promessa do perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo são para vós e para vossos filhos” (v. 39). Estava muito explícito: Eu derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade (Is 44.3). E: O meu Espírito […] e as minhas palavras […] não se desviarão […] da tua posteridade, nem |…] da posteridade da tua posteridade (Is 59.21). Quando Deus fez o concerto com Abraão, Ele disse: Eu estabelecerei o meu concerto entre mim, e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, […] para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti (Gn 17.7). Por conseguinte, todo israelita circuncida seu filho de oito dias de idade. Então era oportuno que o israelita que, pelo batismo, estivesse prestes a entrar em uma nova dispensação deste concerto, perguntasse:     “O que será de meus filhos? Eles devem ser rejeitados ou aceitos junto comigo?” Pedro responde: “Aceitos, sem dúvida, pois a promessa, essa grande promessa de Deus ser Deus para vós, é tanto para vós quanto para vossos filhos agora como sempre o foi.” (4) “Ainda que a promessa seja oferecida a vossos filhos como sempre o foi, contudo não está mais, como estivera, restrita a vós e a vossos filhos, mas diz respeito […] a todos os que estão longe (v.39)” e, acrescentaríamos, aos filhos destes, pois a bênção de Abraão vem sobre os gentios por meio de Jesus Cristo (G13.14).          Por muito tempo, a promessa pertencera exclusivamente aos israelitas (Rm 9.4), mas agora é enviada aos que estão longe, às mais remotas nações gentias e a cada uma delas em particular, a todos os que estão longe. E a esta generalidade que a limitação a seguir: a tantos quantos, tem de se referir, a tantas quantas pessoas em particular de cada nação que Deus, nosso Senhor, chamar eficientemente à comunhão de Jesus Cristo. Perceba que Deus faz que seu chamado alcance aqueles que estão muito longe e que ninguém vem senão aqueles a quem Ele chama.

3.   O engano dos cessacionistas  -  Eles creem e afirmam que o batismo no Espírito Santo, com sinais evidentes de línguas estranhas, bem como os outros sinais no dia de Pentecostes, foi “apenas para aqueles dias”, ou seja, para os dias apostólicos; e há outros que seguem teólogos e intérpretes da Bíblia que dizem que o batismo no Espírito Santo é a própria conversão. Já vimos em capítulo anterior que tal afirmação não corresponde à realidade dos fatos narrados no Novo Testamento. Os que se encontravam no cenáculo todos os dias orando e esperando “a promessa do Pai” não eram descrentes; muito pelo contrário, eram salvos e fiéis seguidores de Jesus. Participaram do seu ministério, que durou cerca de três anos, e continuaram crendo, ensinando o seu evangelho, que eram “boas novas” de poder, de unção e evidências de que o fenômeno do batismo com línguas estranhas não era uma mensagem qualquer, de natureza religiosa, filosófica ou retórica e passageira. Era, na verdade, a mensagem de Deus para os judeus, para a Igreja e para o mundo. Assim, nós, pentecostais, somos continuístas. Aceitamos que o batismo no Espírito Santo, com evidência do falar em línguas estranhas, e os dons espirituais são para todos os tempos desde que a Igreja foi inaugurada no Pentecostes.


                II.   O DINAMISMO DA IGREJA APOSTÓLICA

1.   A Igreja nasce avivada  -   Jesus comissionou os discípulos e conferiu autoridade a eles. Assim, desde o dia da ressurreição, eles estavam num novo relacionamento com Ele: já eram a Igreja, a Eclésia. Jesus não instituiu uma organização, mas, sim, um organismo. Momentos antes da ascensão, Cristo exortou os discípulos a permanecer na cidade de Jerusalém até que fossem revestidos com poder do alto (Lc 24.49; 1.4,8). No Dia de Pentecostes, os cento e vinte crentes que louvavam e bendiziam ao Senhor reunidos (Lc 24.53) receberam individualmente a promessa do Pai: o batismo no Espírito Santo. Este desceu para “dar vigor espiritual” à comunidade dos crentes a fim de tornar o Cristo ressurreto disponível em toda parte por meio de servos de Deus cheios do Espírito Santo. Esses servos de Deus abrasaram o mundo, abalaram o Império Romano, foram perseguidos e espalharam-se por todos os cantos, mas foram vencedores. 1. A Igreja Historicamente   Podemos dizer que a Igreja foi construída por Jesus durante o seu ministério terreno ao lado dos seus discípulos. Alguns aspectos são importantes a considerar. A maioria dos estudiosos — quer sejam os seus antecedentes pentecostais, quer evangélicos ou, ainda, modernistas — acredita que as evidências bíblicas são favoráveis ao Dia de Pentecostes, registrado em Atos 2, para a inauguração da Igreja. Outros, no entanto, reconhecem que a morte de Cristo efetivou a nova aliança (Hb 9.15,16). Por isso, entendem ser João 20.21-23 a inauguração da Igreja, como incorporação à nova aliança (cf. Jo 20.29, que demonstra já serem crentes os discípulos — já estavam dentro da Igreja antes de serem revestidos de poder pelo batismo no Espírito Santo). 2. A Inauguração da Igreja  Aceitamos a ideia de que a Igreja de Cristo veio a existir como tal no Dia de Pentecostes, quando foi consagrada pela unção do Espírito Santo. Assim como o Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êx 40.34), de igual modo os primeiros membros foram congregados no cenáculo e consagrados como Igreja pela descida do Espírito Santo. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da Shekinah (a glória manifesta no Tabernáculo e no Templo) que, havia muito, partira do Templo, cuja ausência era lamentada por alguns dos rabinos. E, naquele momento singular, Deus deu início ao maior avivamento da história de Israel e do mundo, ainda que grande parte dos homens não percebeu esse fato maravilhoso.

H. Turner assinalou que Atos se divide em seis seções e que cada uma delas termina com o que se poderia chamar um relatório dos progressos realizados.    As seis seções são as seguintes:    (a) 1:1—6:7: fala-nos da Igreja de Jerusalém e da pregação de Pedro; e finaliza com um resumo: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.”     (b) 6:8—9:31; descreve a divulgação do cristianismo através da Palestina e o martírio de Estêvão, que foi seguido pela pregação em Samaria. Finaliza com um resumo: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.”    (c) 9:32—12:24; inclui a conversão de Paulo, a extensão da Igreja ao Antioquia, e a aceitação de Cornélio, o gentio, na Igreja por meio de Pedro. Seu resumo é: “E a palavra de Deus crescia e se multiplicava.”     (d) 12:25—16:5; fala da propagação da Igreja na Ásia Menor e da viagem de pregação por Galácia. Finaliza: “Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número.”     (e) 16:6—19:20; relata a expansão da Igreja na Europa e a tarefa de Paulo nas grandes cidades gentis como Corinto e Éfeso. Seu resumo é: “Assim crescia e prevalecia poderosamente a palavra do Senhor.”      (f) 19:21—28:31; fala-nos da chegada de Paulo a Roma e de sua prisão ali. Termina com uma descrição de Paulo “pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo”.

Este plano nos explica a circunstância que parece enigmática em Atos. Por que termina assim? Finaliza com Paulo na prisão esperando ser julgado. Gostaríamos muito de saber o que aconteceu a Paulo, mas o fim está envolto no mistério. Mas Lucas se deteve ali porque tinha obtido seu propósito. Tinha mostrado como o cristianismo começou em Jerusalém e se estendeu até Roma. Um grande erudito do Novo Testamento disse que o título de Atos poderia ser: “Como chegaram as Boas Novas de Jerusalém a Roma.” O propósito de Lucas era mostrar aos homens algo da milagrosa divulgação do evangelho, e deixou sua pena quando já tinha mostrado ao cristianismo estabelecido na capital do mundo.

2.   A Igreja depois do Pentecostes  -   AS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA

Atos 2:42-47

Nesta passagem temos uma espécie de brilhante resumo das características da Igreja primitiva.    (1) Era uma Igreja que aprendia. A palavra doutrina no verso 42 não é passiva; é ativa. A frase significa que persistiam em ouvir os apóstolos enquanto ensinavam. Um dos grandes perigos da Igreja é uma religião estática que olhe para trás em vez de para frente. Justamente devido a que as riquezas de Cristo são inescrutáveis e intermináveis deveríamos partir sempre para frente. O cristão deve caminhar, não rumo ao entardecer mas rumo ao amanhecer. Deveríamos considerar um dia perdido aquele em que não aprendemos nada novo e quando não penetramos mais profundamente na sabedoria e na graça de Deus.    (2) Era uma Igreja em comunhão. Tinha o que alguém chamou a grande qualidade de estar juntos. Nelson explicava uma de suas grandes vitórias dizendo: “Tive a alegria de comandar um grupo de irmãos”. A Igreja só é uma verdadeira Igreja quando é um grupo de irmãos.   (3) Era uma Igreja que orava. Aqueles primeiros cristãos sabiam que não podiam enfrentar a vida com suas próprias forças e que não tinham necessidade de fazê-lo. Sempre falavam com Deus antes de fazê-lo com os homens; sempre iam a Deus antes de sair ao mundo; podiam enfrentar os problemas da vida porque primeiro encontravam a Deus.    (4) Era uma Igreja reverente. No versículo 43 a palavra corretamente traduzida temor encerra a idéia de temor reverencial. Diz-se de um grande grego que se movia no mundo como se o fizesse em um templo. O cristão vive com reverência porque sabe que toda a Terra é o templo do Deus vivente.     (5) Era uma Igreja na qual aconteciam coisas. Ocorriam maravilhas e sinais (versículo 43). Se esperamos grandes coisas de Deus e busquemos fazer grandes coisas para Ele, algo acontecerá. Quando a fé morre, morre a capacidade de obter. Mais coisas aconteceriam se crêssemos que juntos – Deus e nós – podemos fazer acontecer.   (6) Era uma Igreja que compartilhava (versículos 44-45). Aqueles primeiros cristãos tinham um intenso sentimento de responsabilidade um pelo outro. Diz-se que William Morris nunca via um homem ébrio sem sentir uma responsabilidade pessoal por ele. Um verdadeiro cristão não deveria suportar o ter tanto quando outros têm tão pouco.   (7) Era uma Igreja que adorava (versículo 46). Nunca esqueciam de visitar a casa de Deus. Devemos lembrar que “Deus não conhece a religião solitária”. A metade da emoção de um concerto ou de uma grande competição de atletismo é o ser um entre um grande número de pessoas. Quando nos reunimos podem acontecer coisas. O Espírito de Deus se move sobre os que juntos O adoram.     (8) Era uma Igreja alegre (versículo 46). A felicidade estava ali. Um cristão melancólico é uma contradição. A alegria de um cristão não é necessariamente algo de que deva gabar-se; mas na profundidade de seu coração há uma alegria que ninguém pode tirar.    (9) Era uma Igreja de gente que não podia deixar de ser querida por outros. Há duas palavras gregas para bom. Uma é agathos que descreve simplesmente um objeto como bom. A outra é kalos que significa algo que não somente é bom, mas sim tem aspecto de bom; há um atrativo nisso. O verdadeiro cristianismo é algo bonito. Há muita gente boa, mas há neles um traço de dureza. Nunca poderíamos ir e chorar em seu regaço. São o que alguém denominou cristãos de gelo.


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                    III.    UM  MINISTÉRIO UNGIDO PARA OS DIAS ATUAIS

1.   Na unção do Espírito Santo  -   No mundo, nunca houve tantas igrejas e ministérios como hoje. Em termos gerais, há milhares de igrejas no mundo. Cada uma com as suas doutrinas, ensinos e liturgias. Em grande parte delas, contudo, falta a verdadeira unção do Espírito Santo. E a razão é bem evidente: a falta do poder do Espírito Santo mediante o batismo pentecostal, a sã doutrina e o temor do Senhor em muitos ministérios. Para um ministério ser ungido, não há fórmulas nem métodos técnicos ou científicos, mas há o exemplo da igreja nos seus primórdios, como vimos no item anterior. 1. O que É um Ministério Ungido   Significa um ministério que ensina sobre o poder sobrenatural de Deus sobre os crentes e que aceita o batismo no Espírito Santo como atual para os dias de hoje, procurando cultivar a busca do “dom do Espírito Santo” (At 2.38); que ensina sobre os dons espirituais e estimula a sua busca; que experimenta a ocorrência dos dons espirituais nos dias de hoje. Sem os dons espirituais, como dissemos, uma igreja não passa de uma “associação de direito privado, de caráter religioso, sem fins econômicos” ou lucrativos. O que é, então, um ministério ungido? Tem a unção do Espírito Santo   O obreiro que exerce um ministério na unção do Espírito Santo demonstra ter uma vida de dedicação e amor à obra do Senhor, tudo fazendo para a honra e glória de Deus, e não em busca de reconhecimento humano ou ministerial. Com a unção do Espírito Santo, a pregação tem poder e é acompanhada com sinais autenticadores da bênção de Deus. Esses sinais podem ser a salvação de almas para Cristo; podem ser realizados em nome do Senhor Jesus, incluindo o expulsar demônios, falar em línguas, pegar em serpentes se for necessário, beber coisas mortíferas e não sofrerem consequências e pôr as mãos sobre os enfermos e estes serem curados, conforme Ele declarou quando da sua despedida dos seus seguidores: “E estes sinais seguirão aos que crerem [...]” (Mc 16.17).

2.    Autenticado por Deus  -   O grande interesse desta passagem reside na descrição que nos dá do dever da Igreja. Evidentemente, o homem que escreveu esta seção final acreditava que a Igreja tinha certas tarefas que Jesus lhe tinha encarregado.   (1) A Igreja tem a tarefa de pregar. É dever da Igreja, e isto quer dizer de cada cristão, contar a história das boas novas de Jesus àqueles que nunca a ouviram. O dever do cristão é ser arauto de Jesus Cristo.   (2) A Igreja tem uma tarefa curadora. Vimos este fato uma e outra vez. O cristianismo tem que ver com o corpo dos homens tanto como com sua mente. Jesus quis trazer saúde ao corpo e à alma.   (3) A Igreja era uma Igreja de poder. Não precisamos tomar tudo literalmente. Não precisamos acreditar que o cristão tem que ter literalmente o poder de levantar víboras venenosas e beber líquidos venenosos sem correr perigo. Mas no fundo desta linguagem pitoresca está a convicção de que o cristão está imbuído de um poder para enfrentar a vida e lidar com ela que outros não têm nem podem ter.  (4) A Igreja nunca seria deixada sozinha para trabalhar na realização de sua obra. Cristo sempre opera com ela e nela e por meio dela. O Senhor da Igreja está ainda nela e é ainda o Senhor de poder.

3.   Glorifica a Cristo  O Espírito Santo exerce o ministério do holofote (16.14,15). Um holofote é uma luz cuja finalidade é iluminar não a si mesma, mas um alvo específico. O Espírito Santo não vem para glorificar a si mesmo, mas para glorificar Jesus.

Se quisermos saber se uma pessoa está cheia do Espírito Santo, basta examinar se ela está vivendo uma vida Cristocentrica. O propósito do ministério do Espírito Santo é exaltar Jesus, anunciá-lo e torná-lo conhecido. Werner de Boor diz que, através do Espírito Santo, desenvolve-se a iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo (2Co 4.6). O Filho não deseja ter outra glorificação além dessa. Quando a glória de Deus for vista em sua face, então o Filho estará maravilhosamente glorificado.





AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Livro de  Marcos, O Evangelho do Servo de Jeová, Myer Pearlman - Editora CPAD.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico Atos, William Barclay 

Comentário Bíblico Marcos, William Barclay

Comentário bíblico João, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos.

https://professordaebd.com.br/5-licao-1-tri-23-o-avivamento-na-vida-da-igreja/

sábado, 14 de janeiro de 2023

LIÇÃO 04 - O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


Faço abertura de trimestre,
 como também o fechamento.
Fazemos Slides para fechamento
de Trimestre.


                    TEXTO ÁUREO

"Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor." (LC 4.14)


                VERDADE PRÁTICA

O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 4. 14-22


                    INTRODUÇÃO

 1. De lá Ele veio pela virtude do Espírito. O mesmo Espírito que o qualificou para o exercício de seu ofício profético, o inclinou fortemente a ele. O Senhor Jesus não iria esperar por um chamado dos homens, porque Ele tinha a luz e a vida em si mesmo. 2. Ali Ele ensinou em suas sinagogas, em seus lugares de culto público, onde eles se reuniam, não, como no templo, para serviços cerimoniais, mas para os atos morais de devoção, para ler, expor e aplicar a Palavra, para orar e louvar, e para a disciplina da congregação; estas coisas passaram a ser mais frequentes desde o cativeiro, quando o culto cerimonial estava próximo de expirar. 3. Ao agir desta forma, o Senhor alcançou uma elevada reputação. E a sua fama correu por todas as terras em derredor (v. 14), e foi uma boa fama; porque (v. 15) Ele era louvado por todos. Todos o admiravam, e o exaltavam; eles nunca tinham ouvido uma pregação como está em toda a sua vida. Agora, a princípio, Ele não enfrentou desprezo ou contradição; todos o glorificavam, e não havia ninguém que o difamasse.


                I.   JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1.   O Espírito Santo na vida de Jesus  -  No nascimento de Jesus Quando Jesus nasceu, o anjo Gabriel foi dar o anúncio a Maria, o que causou grande espanto a ela, pois era virgem, fazendo-a indagar como poderia aquilo acontecer se ela não era casada: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Na sua encarnação, Jesus fez-se homem, mas não deixou de ser Deus. Todavia, para tornar-se o Emanuel, o Espírito Santo exerceu o seu papel de executor divino do mistério da encarnação. No batismo de Jesus Na sua infância, criado pela sua mãe e pelo pai adotivo, José, Jesus foi um menino educado segundo a Lei de Moisés. Ao oitavo dia de nascido, foi apresentado no Templo, onde foi circuncidado (Lc 2.21-24). Na sua adolescência, certamente auxiliou o seu pai na carpintaria, pois, ao iniciar o seu ministério, ainda jovem, era conhecido como “o carpinteiro, filho de Maria” (Mc 6.3). Antes de começar a proclamar o seu evangelho, Jesus submeteu-se ao batismo para arrependimento, realizado por João Batista, no rio Jordão. Ao sair da água, “[...] viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Ali, houve uma manifestação indubitável da Trindade. O Pai, declarando Jesus como o seu “Filho amado”; Jesus, o Filho, saindo da água; e o Espírito Santo, materializado “como pomba”, descendo sobre Ele. Na tentação de Jesus Após o batismo em águas, Jesus foi conduzido “pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1– grifo acrescido). Ali experimentou o jejum “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” (4.2). Ele suportou e venceu as três investidas do Diabo contra a sua pessoa, começando pela área do instinto mais forte do ser humano: o da fome; depois no questionamento sobre a sua identidade: Filho de Deus; e, em seguida, na área do poder humano: em busca de glória terrena. Jesus foi vencedor em todas essas investidas satânicas e, usando a poderosa arma da Palavra de Deus a cada ataque, respondeu, dizendo: “Está escrito”; “Então, o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram” (ver Mt 4.1-11). Se Ele não tivesse a presença do Espírito Santo na condição humana, jamais teria vencido a terrível opressão e tentação malignas

2.   O Espírito Santo no ministério de Jesus  A missão singular de Jesus (Lc 4.17-21) Jesus recebe o livro do profeta Isaías e ele mesmo abre o livro no exato lugar onde estava definida a sua missão. Mais uma vez, é ressaltado que o Espírito Santo está sobre ele e o ungiu para cumprir essa sublime missão. Ao terminar a leitura, Jesus afirmou categoricamente que essa profecia de Isaías estava se cumprindo nele (Lc 4.21). Aqui ele se autoproclama o Messias de Deus. A missão de Jesus abrange cinco áreas.   Em primeiro lugar, evangelizar os pobres (Lc 4.18). A evangelização é a proclamação das boas novas de salvação, e os pobres não são apenas os desprovidos de bens materiais, mas os pobres que, não importando sua condição social, reconhecem sua total falência espiritual e desesperadamente se apegam à rica graça de Deus, a fim de serem salvos.    Em segundo lugar, proclamar libertação aos cativos (Lc 4.18). O ser humano, não importa sua condição política, económica e social, é prisioneiro da carne, do mundo e do diabo. Ele não pode libertar a si mesmo; precisa ser liberto. Não pode desvencilhar-se de suas próprias amarras; precisa ser colocado em liberdade. Jesus é o libertador. Aqueles que o conhecem verdadeiramente são livres.   Em terceiro lugar, restaurar a vista aos cegos (Lc 4.18). Jesus não apenas curou cegos, dando-lhes visão para verem as maravilhas da criação, mas também abriu os olhos dos cegos espirituais, para verem as maravilhas da graça de Deus. Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). O diabo cegou o entendimento dos incrédulos (2Co 4.4), mas Jesus é a luz que ilumina a todo o homem (Jo 1.9). O homem natural não consegue ver as maravilhas da lei de Deus nem se deleitar em seus preceitos. Só Jesus pode tirar as vendas dos olhos e arrancar o homem do império das trevas.   Em quarto lugar, libertar os oprimidos (Lc 4.18). Os judeus eram súditos de Roma. Estavam oprimidos política e economicamente. Mas Jesus veio para libertar os oprimidos do diabo. Nenhuma religião pode arrancar do coração humano essa opressão. Nenhum rito sagrado pode aliviar o homem desse peso esmagador. Nenhum esforço humano pode atenuar essa situação.   Em quinto lugar, apregoar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.19). O ano do jubileu era o tempo oportuno, quando as dívidas eram canceladas e as terras eram devolvidas aos donos originais. Esse ano do jubileu era uma demonstração da graça de Deus que, por meio de Cristo, trouxe aos pecadores o perdão de seus pecados e a vida eterna.



                        II.   JESUS E A ORAÇÃO EM SEU MINISTÉRIO

1.   O valor da oração  -  Jesus disse: “Portanto, vós orareis assim”. Seu padrão era louvar a Deus (6.9), interceder pela Sua obra no mundo (6.10), pedir a provisão das necessidades pessoais e diárias (6.11), e pedir auxílio para as lutas cotidianas (6.12,13). Esse padrão ajuda os crentes a compreenderem a natureza e o propósito das orações pessoais no seu relacionamento com o Pai.

A frase, Pai nosso, que estás nos céus, indica que Deus é santo e majestoso; Ele transcende tudo o que está na terra. Mas Ele também é uma pessoa e é amável. A primeira linha desse modelo de oração representa uma afirmação de louvor e um compromisso de honrar o santo nome de Deus. Os cristãos, que trazem o santo nome de Cristo, devem ser responsáveis por honrá-lo em todos os aspectos das suas vidas. Quando oramos para que o nome de Deus seja santificado, estamos orando para que o mundo honre o Seu precioso Nome, e aguardamos a volta de Cristo – a ocasião em que isso se tornará realidade.       6.10 O desejo, Venha o teu Reino se refere ao reinado espiritual de Deus, e não à libertação de Israel do domínio de Roma.      Deus anunciou o seu Reino no pacto com Abraão (8.11; Lc 13.28) e os judeus religiosos ainda estavam esperando por ele.         Os seguidores de Jesus reconhecem que o Reino começou com sua chegada na terra.    Os leitores de Mateus entenderam que o Reino deve estar presente no coração dos crentes, porque é lá que Cristo reina (Lc 17.21). Aguardar a vinda do reino de Deus é orar para que mais e mais pessoas façam parte dele. Essa oração também reafirma a crença de que Deus irá estabelecer o novo céu e a nova terra, e que a sua glória será conhecida por todas as nações (SI 110.1)       Orar dizendo seja feita a sua vontade não implica resignação ao destino, mas esta é uma oração para que o perfeito propósito de Deus seja realizado no mundo (na terra) da mesma forma como é realizado no céu.      Os versículo 11 e 12 são pedidos a favor de necessidades pessoais. Devemos confiar que Deus proverá, diariamente, aquilo que Ele sabe que precisamos. A palavra hoje sugere que não devemos nos preocupar com aquilo que Deus já sabe que precisamos (6.8). Os crentes devem confiar em Deus, que Ele concederá a cada um à Sua provisão, e não devem se preocupar. O fato de Deus nos dar o alimento cotidiano, não nega a responsabilidade que as pessoas têm de trabalhar. Na verdade, a atitude de orarmos deste modo é o reconhecimento de que Deus é Sustentador e Provedor.

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Um crente que compreende a grandeza do perdão que recebeu pode, sinceramente, estender esse perdão aos outros pelas ofensas que tenham feito. O outro aspecto desse versículo revela o egoísmo de uma pessoa que procura o perdão de Deus, mas que se recusa a perdoar os outros. Jesus explica isso melhor em 6.14,15.      A palavra grega traduzida como tentação não significa “atração para fazer o mal”, mas um “teste”. Às vezes, Deus permite que seu povo seja “testado” pela tentação. Mas esse teste sempre tem um propósito: Deus está sempre trabalhando para aperfeiçoar seu povo, ensiná-lo a depender dele, e fortalecer seu caráter para torná-lo mais parecido consigo. A maneira como o faz, é diferente na vida de cada pessoa. A oração, então, é para não cedermos à tentação.       Jesus queria que seus seguidores confiassem em Deus durante os momentos de provação, e que orassem para que Ele os livrasse do maligno e das suas artimanhas.     Todo cristão luta contra a tentação, e os crentes que oram utilizando estas palavras entendem sua natureza pecadora, e a sua necessidade de depender de Deus diante da tentação.

2.    Uma vida de oração  -   A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a Deus (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22). MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.   (1) Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.   (2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4).   Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).    (3) Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

(1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).   (2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.   Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor.    (3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).     (4) Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça. O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista”. Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17 nota). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33 nota; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO).  (5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 nota). A instrução de Jesus: “Pedi… buscai… batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 nota). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17 nota). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11 nota).    Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17.17-23).PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

(1) Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11; ver o estudo O LOUVOR A DEUS. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6). (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34; ver o estudo A INTERCESSÃO).  (2) Como devemos orar? Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 nota).  (3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).


                    III.   UMA VIDA NA UNÇÃO DO ESPÍRITO

1.   A unção do Espírito na vida do obreiro  -  Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecostes, Deus começou a chamar “pastores” para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.     Julgo que os pastores têm de ser pentecostais p a ra que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jama is viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. A medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar. A mensagem pentecostal, os dons do Espírito Santo e a pregação do Evangelho com sinais e maravilhas são absolutamente importantes para o século XXI.     Como pastores, precisamos tão-somente do poder do Espírito Santo para guiar-nos em qualquer esforço que vise libertar e dar direção às pessoas. Há duas razões para isso. A primeira é que, nesta altura da história, as pessoas enfrentam necessidades críticas. As vicissitudes nos lares e os males da sociedade são talvez maiores do que os de qualquer outra geração.     Paralelo a isso está a necessidade de a Igreja Pentecostal satisfazer as atuais demandas e exigências sem, todavia, comprometer a mensagem que lhe confiou o Senhor. Estamos envolvidos nas urgências sociais, mas nossa mensagem não deve tornar-se um evangelho social. Esta geração não pode diluir a mensagem que nos foi entregue. Se a igreja pôr em risco suas características pentecostais, frustrará o propósito pelo qual Deus a levantou.    Quando a Escritura diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9), Deus está falando com a igreja. Precisamos buscar a Deus para saber o que Ele tem reservado para nós e para os nossos ministérios. A credito que não temos começado sequer a arranhar a superfície desse desafio. Não devemos nos descuidar, pensando que só porque somos pentecostais já temos experimentado tudo o que Deus tem.    Muitas coisas tem Ele para nós, as quais iremos descobrindo à medida que porfiarmos por andar no Espírito. É minha oração que você se já continuamente cheio com o Espírito Santo, e experimente tudo o que Deus lhe tem reservado.

2.    A unção do Espírito na vida do crente  -  Que contraste (1 Pe 2.9) com os crentes! Mais uma vez Pedro enfatiza nossa posição privilegiada. Fazemos parte de uma geração escolhida, de um sacerdócio real (corpo de reis que exercem o ofício sacerdotal), de uma nação santa (incluindo judeus e gentios, Ef 2.12-20), e de um povo feito propriedade particular de Deus.  Tais expressões (1 Pe 2.9) faziam parte da promessa feita por Deus a Israel no Sinai. Se tivessem ouvido sua voz e guardado sua aliança, estas coisas seriam verdades para eles (Êx 19.5,6). Mas, devido a sua desobediência, estas relações e ministérios nunca chegaram a ser cumpridos na íntegra. Fez-se necessária a Nova Aliança para conduzir judeus e gentios a um novo corpo. Sob a Lei, somente algumas pessoas eram separadas como sacerdotes. A massa do povo, que não era descendente de Arão, não tomava parte no ministério do templo.  Mas sob a graça, todos os crentes fazem parte do sacerdócio.     O cristão não precisa de ninguém, somente de Jesus, para lhe dar acesso ao Santo dos santos, à presença de Deus (Hb 10.19,20).    Ao entrarmos de posse dos privilégios sacerdotais, proclamamos os louvores daquEle que nos tirou do reino das trevas à sua maravilhosa luz, revelada em Cristo e comunicada a nós, e através de nós por Ele (Is 9.2; 60.1; Jo 8.12; 9.5; 12.35,36).



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry  - Editora CPAD.

Comentário bíblico Lucas, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Raymond Carlson -Thomas E .Trask – Loren Triplett – Dick Eastman -Tommy Barnett Charles T. Crabtree – John Bueno – Zenas J. Bicket – Nancie Carmichael. Manual Pastor Pentecostal Teologia e Práticas Pastorais.

Comentário Bíblico I e II Pedro, Stanley M. Horton - Editora CPAD.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

LIÇÃO 03 - O AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II




                    TEXTO ÁUREO

"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva." (JO 4.10)


                    VERDADE PRÁTICA

A Palavra de Deus revela raízes de um verdadeiro avivamento espiritual, que perpassa a história.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 4. 7-15


                        INTRODUÇÃO

Houve muitos avivamentos no Antigo Testamento ou na antiga aliança. Todos eles, porém, tiveram, por assim dizer, um tempo de validade. Uns duraram mais, e outros, menos. No capítulo anterior, vimos um resumo dos momentos em que o Senhor Deus visitou o seu povo de forma extraordinária; sempre em resposta ao clamor do povo, tendo à frente um líder espiritual, um profeta, ou um rei, como foi no caso de Davi, Asa, Josafá, Josias e outros. No Novo Testamento, todavia, podemos constatar que os avivamentos tiveram períodos mais longos. O maior dos avivamentos na época da Igreja foi o trazido por nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Ele, sim, trouxe um avivamento não apenas para Israel, como acontecia no Antigo Testamento, mas também um avivamento para o mundo. Os judeus rejeitaram-no e perderam a maior e mais preciosa oportunidade de ter a sua nação apresentada ao mundo como o povo eleito para representá-lo em toda a terra: “Mas, agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu” (Is 43.1). O avivamento no Novo Testamento começa com Jesus, mas não termina com Ele. A sua mensagem ultrapassa os tempos e a história e é projetado para todos os séculos. A mensagem de Cristo não foi para um período determinado, em resposta a uma situação particular de um povo. A sua mensagem é a revelação de Deus para toda a humanidade: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,17). Neste capítulo, temos um panorama geral do avivamento no Novo Testamento. Em capítulos posteriores, veremos mais detalhadamente o avivamento trazido por Cristo, bem como momentos especiais, quando o Senhor usou homens chamados por Ele para proclamar a sua Palavra de salvação para Israel, para algumas pessoas e para o mundo. Na verdade, Jesus veio ao mundo para trazer a mensagem mais poderosa e impactante que os homens já ouviram: a mensagem do Reino de Deus.


                    I.  O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS

1.   O avivamento em João  -  Oito características ou ênfases principais destacam o Evangelho segundo João. (1) Jesus como “o Filho de Deus”. Do prólogo do Evangelho, com sua sublime declaração: “vimos a sua glória” (1.14), até à sua conclusão na confissão de Tomé: “Senhor meu, e Deus meu! ” (20.28), Jesus é Deus, o Filho encarnado. (2) A palavra “crer” ocorre 98 vezes, equivalente a receber a Cristo (1.12). Ao mesmo tempo, esse “crer” requer do crente uma total dedicação a Ele, e não apenas uma atitude mental. (3) “Vida eterna” em João é um conceito-chave, referindo-se não tanto a uma existência sem fim, mas à nova qualidade de vida que provém da nossa união com Cristo, a qual resulta tanto na libertação da escravidão do pecado e dos demônios, como em nosso crescimento contínuo no conhecimento de Deus e na comunhão com Ele. (4) Encontro de pessoas com Jesus. Temos neste Evangelho 27 desses encontros individuais assinalados. (5) O ministério do Espírito Santo, pelo qual Ele capacita o crente, comunicando-lhe continuamente a vida e o poder de Jesus após sua morte e ressurreição. (6) A “verdade”. Jesus é a verdade; o Espírito Santo é o Espírito da verdade, e a Palavra de Deus é a verdade. A verdade liberta (8.32); purifica (15.3). Ela é a antítese da natureza e atividade de Satanás (8.44-47, 51). (7) A importância do número sete neste Evangelho: sete sinais, sete sermões e sete declarações “Eu sou” dão testemunho de quem Jesus é (cf. a proeminência do número “sete” no livro de Apocalipse, do mesmo autor). (8) O emprego doutras palavras de destaque como: “luz”, “palavra”, “carne”, “amor”, “testemunho”, “conhecer”, “trevas” e “mundo”.

2.  O avivamento em Mateus  A apresentação de Mateus acerca do Espírito Santo é mais extensa que a de Marcos, mas não é tão desenvolvida quanto a de Lucas ou João. As características salientes de sua pneumatologia incluem o seguinte:

1) O Espírito Santo foi o agente da concepção de Jesus (Mt 1.18).  2) O batismo com o Espírito Santo e com fogo distingue o ministério de Jesus do de João Batista (Mt 3). O fogo é principalmente um batismo de julgamento. João Batista declara que Jesus é quem batiza para avisar os fariseus e saduceus que Ele fará justiça (Mt 3-11,12); Mateus indica aqui e em outro lugar (Mt 28.19) que o batismo com o Espírito Santo e o batismo de fogo são dois batismos diferentes. Os dois grupos endereçados na pregação de João Batista em Mateus são: (a) os verdadeiramente arrependidos; e (b) os fariseus e saduceus. Como está implícito na fórmula batismal em Mateus 28.19, o batismo com o Espírito Santo é para os crentes arrependidos. O fogo é para as árvores que não dão frutos (Mt 3-8-10).  3) Como em Marcos, a cena do batismo em Mateus identifica que Jesus é quem está associado com o Espírito Santo e que, portanto, é quem batiza. Nesta mesma ocasião, a voz do céu associa Jesus com o Messias, o Ungido (Mt 3.16,17).  4) O Espírito Santo guia Jesus (Mt 4.1).  5) O Espírito de Deus capacita Jesus a proclamar julgamento e levar a justiça à vitória. Mateus considera esta capacitação como cumprimento da profecia relativa à capacidade de jesus curar e/ou sua manifesta evitação de conflito com os fariseus. Mateus vê o Espírito como a fonte da autoridade de Jesus (Mt 12.15-21).  6) Os títulos “o Espírito”, “o Espírito Santo” e “o Espírito de Deus” são sinônimos (Mt 12).  7) O Espírito do Pai falará através dos crentes, quando eles forem confrontados pelas autoridades (Mt 10.19,20).  8) Falar contra as obras de Jesus é falar contra o Espírito Santo, que é pecado capital (Mt 12.22-32).  9) Como Marcos, o poder de Jesus fazer exorcismos e confrontar o Diabo é atribuído por Mateus à capacitação que Jesus recebeu do Espírito Santo (Mt 12.28).   10) Os profetas falaram pelo Espírito Santo (Mt 22.43).  11) Os discípulos de Jesus devembatizar emnome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Toda autoridade é dada a Jesus. Antes da ressurreição, Jesus opera pela autoridade do Espírito Santo. Jesus dispensa poder aos discípulos na Grande Comissão (Mt 28.18-20). O material de Mateus sobre o Espírito Santo serve a dois de seus interesses distintos: o papel da Igreja (eclesiologia) e a identificação de Jesus (cristologia). Mateus fala das questões da Igreja quando os outros escritores dos Evangelhos não o fazem (e.g., Mt 16.17-19; 18.15-20; 20.1-16; 28.18-20). Mateus vê o Espírito Santo como a fonte de inspiração e autoridade para a Igreja (Mt 10.19,20; 28.18-20), Seguindo a direção de Marcos, Mateus ressalta a ligação de Jesus com o Espírito Santo para demonstrar sua filiação. Ele mostra que embora Jesus tenha se humilhado, aceitando o batismo pelas mãos de João Batista, Jesus é maior que João Batista. A descida do Espírito Santo em resultado do batismo de Jesus comprova a profecia de João Batista, de que o que viria depois dele lhE seria superior no Espírito Santo (Mt 3.11-17).      O entendimento da obra do Espírito Santo, comum ao material paulino e joanino e a Lucas e Mateus, indica uma pneumatologia muito difusa e básica, que excede o conteúdo apresentado em Marcos (Shelton, 1991, pp. 7-9).

3.  O avivamento em Marcos  O martírio de Pedro por meio de crucificação foi predito por Jesus (Jo 21.18,19; 2Pe 1.14). H á autores cristãos do início da Era Cristã que afirmam que isso ocorreu em Roma, em conexão com a perseguição de Nero aos cristãos em 64 d.C. Mas esses autores expressam opiniões diferentes acerca de se Pedro estava vivo ou não quando Marcos escreveu esse evangelho. Clemente de Alexandria e Orígenes criam que Pedro ainda estava vivo, enquanto Ireneu e o autor do Prólogo anti-Marcião do evangelho de Marcos acreditavam que ele estava morto. Pode-se deduzir que essa também era a opinião de Papias, em bora ele não afirme isso categoricam ente.       Essa é a opinião mais defendida hoje, com a consequência de que se considere em geral que o evangelho de Marcos tenha sido escrito c. 65 d.C. Harnack, no entanto, tinha a opinião de que o evangelho foi escrito “durante a sexta década do século I, no mais tardar” (Date of the Acts and o f the Synoptic Gospels, 1911, p. 133), pois para ele não era fato incontestável que Pedro tivesse morrido antes de Marcos ter escrito o evangelho. Harnack achava que, em virtude de como termina o livro de Atos, não precisava de explicações o fato de esse livro ter sido escrito antes da morte de Paulo, e isso em 62 d.C., ou perto disso, e, nesse caso, o “primeiro livro” de Lucas (At 1.1), i.e., seu evangelho, teria sido escrito pouco antes disso, e o evangelho de Marcos, por consequência (muito evidentemente uma fonte do evangelho de Lucas), teria sido ainda antes. É difícil perceber qualquer razão convincente para se abandonar a argumentação de Harnack. N a sua referência ao relato de Marcos, T . W. Manson declarou: “A composição do evangelho pode ser datada vários anos antes da época comumente aceita” (Studies in the Gospels and Epistles, p. 45), sugerindo entre 58 e 65 d.C. (ibid., p. 5).

Características

O evangelho de Marcos é o mais breve dos evangelhos do cânon. E conciso e repleto de ação, uma característica que seria cativante para a m ente prática dos romanos, para quem, sem dúvida, foi originariam ente escrito. A parte dedicada aos atos de Jesus, em comparação com as suas palavras, é maior no evangelho de Marcos do que nos outros. Dezoito milagres são registrados, em contraste com apenas quatro parábolas completas. Nota-se um número excepcionalmente grande de relatos de expulsão de demônios por parte de Jesus (1.23-27,32-34; 3.11,22-27; 5.1-20; 7.25-30; 9.17-29). O evangelho fornece poucos comentários acerca desses acontecimentos, e em geral as ações falam por si mesmas.      Diferentemente de biografias comuns, o evangelho de Marcos não relata nada acerca do nascimento de Jesus, seu crescimento e aparência; tampouco especifica a duração do seu ministério público, nem sua idade na época da crucificação. Cerca de um terço do relato é dedicado à descrição dos oito dias entre a entrada de Jesus montado no jumento e sua ressurreição.

4.    O avivamento em Lucas  -  O Evangelho de Lucas é considerado pelos estudiosos “o Evangelho do Filho do Homem” (cf. Lc 19.10). Nenhum outro evangelista retrata tão bem a humanidade de Jesus. Enquanto Marcos começa a sua narrativa com os milagres de Jesus, e João inicia abordando a divindade dEle, Lucas, que era “o médico amado” (Cl 4.14), tem o interesse e o cuidado de buscar informações e detalhes de aspectos bem humanos de Jesus:  Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. (Lc 1.1-4 – grifos acrescidos)

Prenúncio do avivamento

Na condição de médico, exercendo a medicina do seu tempo, Lucas mostra que teve uma sensibilidade para inteirar-se de fatos bem característicos da humanidade de Jesus. Ele inicia narrando a experiência do sacerdote Zacarias, que teve a revelação de que ele, sendo avançado em idade, e a sua mulher, idosa e estéril, haveria de gerar um filho, a quem lhe poria o nome de João. O anjo era ninguém menos que Gabriel, assistente diante de Deus (Lc 1.5-25).  Depois de seis meses que Isabel ficou grávida, o anjo Gabriel foi enviado a Nazaré. Ali se dirigiu a uma jovem por nome Maria, que era noiva de um homem chamado José. A palavra do anjo Gabriel causou impacto em Maria quando o mensageiro celestial avisou que, mesmo virgem, seria mãe de um filho, a quem colocaria o nome de Jesus (Lc 1.26-30).

O avivamento com júbilo nos corações

Lucas relata impressionantemente como Jesus nasceu: como uma humilde criança num berço de palha. A partir do anúncio do nascimento de Jesus, o avivamento começou com louvores a Deus.  Maria entoou um hino de adoração ao Senhor, chamado pela literatura cristã de “Magnificat”. Depois do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias, também cantou um belo hino, exaltando a Deus. Cheio do Espírito Santo, proclamou grandes verdades, dizendo:  E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:  Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo, como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo, para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida (Lc 1.67-75).  Esse trecho de Lucas define bem o que foi o avivamento mandado por Deus mediante o nascimento de Jesus Cristo.

O avivamento com o nascimento de Jesus

Jesus nasceu em meio a uma viagem do seu pai adotivo e da sua mãe. José teve de deslocar-se de Nazaré a Belém numa distância de aproximadamente 150 quilômetros para alistar-se com Maria num recenseamento decretado por César Augusto, imperador romano, que dominava a Palestina. Nada que o Senhor Deus programa acontece por acaso. Por não haver lugar para o casal viajante, José teve de levar Maria para dar à luz ao seu filho numa estrebaria:  E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lc 2.6,7).  Naquela noite santa, um grupo de pastores estava no campo em Belém. De repente, em plena madrugada, o anjo do Senhor veio sobre eles e deu-lhes a maravilhosa notícia do nascimento do Salvador do homem: E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! (Lc 2.10-14).

Foi uma mensagem que anunciou o maior avivamento de que o mundo teve notícias.

Seguindo a orientação dos anjos, os pastores foram a Belém e descobriram o que nunca imaginavam:  E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita. E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito. (Lc 2.16-20).  Os pastores ficaram maravilhados com o que viram naquele lugar, onde os animais alimentavam-se, e saíram divulgando o que ouviram dos mensageiros celestiais e constatado por eles mesmos.  Era um novo tempo chegando para Israel e para o mundo. Era o avivamento enviado dos céus. Lucas relata a infância de Jesus e os fatos marcantes da sua vida e ministério. Quase na mesma sequência de Marcos, ele narra as curas e milagres que Jesus operou.

O avivamento do Salvador do Mundo

O evangelho de Lucas mostra Jesus como o grande salvador Todo-poderoso. Ele revela aos seus seguidores que haveria de pregar o evangelho, mas que haveria de sofrer e morrer para ser o grande vencedor (9.22). Certamente, a mensagem de Jesus, proferida na casa de Zaqueu, o publicano, pode resumir a sua grande missão ao fazer-se homem e habitar entre os homens: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (19.10).  Com toda a certeza, Lucas mostra Jesus como o Filho do Homem, mas também como o Filho de Deus, que trouxe ao mundo a mensagem poderosa do evangelho, como disse Paulo: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). A mensagem de Cristo é a mensagem do maior e mais poderoso avivamento que haveria de chegar para a humanidade. Não é teoria, nem filosofia, nem mesmo sabedoria humana. É salvação, cura, libertação, transformação de vidas — é comunhão com Deus. É o maior avivamento da história! Infelizmente, a maioria das pessoas não tem esse entendimento.


                II.   O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

1.  O avivamento na Igreja primitiva  -  Lucas escreve o livro, destinando-o a um homem chamado Teófilo, e poderia ser apenas uma longa carta pessoal ao seu ilustre amigo. O Espírito Santo, porém, identificou esse trabalho e fez com que essa mensagem, dirigida a uma pessoa de bem e interessada nos fatos sobre Cristo e a sua Igreja, fosse incluída no cânon do Novo Testamento. Logo no primeiro capítulo, Lucas registra a palavra de Jesus quando se despedira dos seus apóstolos: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At 1.4,5 – grifo acrescido) Os apóstolos já eram salvos desde que creram em Jesus e tornaram-se os seus seguidores fiéis, exceto o que o traiu. Poderiam ter continuado a evangelizar de imediato após a volta de Jesus aos céus, mas faltava-lhes algo de maior importância: o batismo no Espírito Santo, bênção de poder do alto, distinta da conversão: “[...] mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. O verbo ser está no futuro do presente: “sereis batizados”. Eles eram nascidos de novo, mas precisavam de poder para evangelizar após Jesus ausentar-se deles para os céus. Era a promessa do maior avivamento que a Igreja haveria de experimentar depois do retorno de Cristo aos céus. Lucas registra a preocupação dos discípulos sobre a restauração do reino a Israel. Parece que não perceberam a promessa de Jesus do batismo no Espírito Santo. Em resposta, Jesus disse-lhes que não deveriam preocupar-se com “os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (1.7). Ato contínuo, Jesus chamou-lhes a atenção para o que era mais importante naquele momento para eles e para a sua Igreja: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (1.8). Jesus reforçou e assegurou que, pelo seu Espírito Santo, a Igreja haveria de receber e experimentar o maior avivamento da história.

2.   A descida do Espírito Santo  -  O rei Davi planejou a edificação do Templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29.1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16.18;18.17). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40.34.35; 1 Rs 8.10.11; Ef 2.20,2). O dia de Pentecoste era o aniversário da Igreja, e o cenáculo, o local do seu nascimento.

I ־ O Dia

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…” O nome “Pentecoste” (derivado da palavra grega “cinquenta”) era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23.15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino.    No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho de cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Cristo, “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele creem segui-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna.   Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no quinquagésimo dia – o Pentecoste – eram movidos diante de Deus dois pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre o mundo. Depois, outros pães podiam ser assa- dos e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, ofereci- das diante do Senhor por meio do Espírito Santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos.   O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.   O Pentecoste era a habitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali os assuntos de Cristo.


                        III.   O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE

1.   Nas epístolas Paulinas  -  O apóstolo Paulo escreveu treze dentre os vinte e sete livros do Novo Testamento. O antigo perseguidor dos cristãos foi apanhado por Cristo na estrada de Damasco e passou por uma radical transformação em toda a sua vida. Foi transformado em “[...] pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2 Tm 1.11). Ele escreveu nove cartas a sete igrejas. Há diversas classificações das epístolas paulinas, mas podemos aproveitar a divisão das epístolas de Paulo em três categorias. Cartas eclesiásticas Dirigidas a igrejas: Aos romanos (57 d.C.). Ele escreve a sua epístola mais longa e mais profunda, sendo considerada por analistas bíblicos o mais importante livro do Novo Testamento. O tema de Romanos é “a justificação pela fé” (5.1), com base em Habacuque 2.4. Ela traz esperança e avivamento aos que creem em Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (1.16,17). Em 1 e 2 Coríntios (55/56 d.C.) e Gálatas (49 d.C.), Paulo traz uma mensagem soteriológica, mostrando Cristo, o grande salvador, que, tendo sido “as primícias dos que dormem”, garante na sua vinda a ressurreição dos que são fiéis a Ele. Em 1 e 2 Tessalonicenses (51 e 52 d.C.), com o tema da volta de Cristo, a mensagem escatológica, plena de esperança e avivamento, com promessa de ressurreição dos salvos em Cristo e arrebatamento dos vivos e transformados na vinda do Senhor (1 Ts 4.16,17). Cartas da prisão Foram escritas quando Paulo esteve preso em meados do primeiro século da era cristã. São elas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (carta pessoal), todas por volta de 62 d.C. Não obstante a situação em que se encontrava Paulo, privado da sua liberdade, ele não se deixou abater. Do cárcere, o apóstolo mostrou a sua fé e fortaleza em Cristo e expressa inspiração e alegria, avivamento, vitória e gratidão por sofrer por amor a Ele. Em Filipenses, Paulo demonstra a sua profunda alegria, mesmo na prisão, sendo chamada a “Epístola da alegria” ou “Epístola do Sorriso”: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4). Cartas pastorais São as dirigidas a pastores ou líderes de igrejas, a saber, 1 e 2 Timóteo e Tito (65 a 67 d.C.). A carta a Timóteo foi escrita enquanto Paulo estava preso. Nessas cartas, o tema comum é a defesa da sã doutrina, o relacionamento dos líderes com todas as pessoas, o cuidado para não se deixar levar por falsos líderes. Paulo também dá ênfase às qualidades que devem ter os que desejam o ministério. Profundamente doutrinárias, essas cartas enfatizam as condições para que os líderes e as igrejas cumpram a vontade de Cristo e possam ser avivadas. Perto da sua morte, ele escreveu: Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2 Tm 4.6-8).

2.   Nas epístolas gerais (ou universais)  -  Essas epístolas são em número de oito. Os seus ensinos, aparentemente sem cunho avivalista, demonstram condições para que haja a verdadeira vida cristã. Incluem os seguintes livros:

 • Hebreus (67 a 69 d.C.), que revela a supremacia de Cristo em todos os aspectos, bem como a supremacia da nova aliança em relação ao Antigo Testamento, também alertando para o perigo da apostasia.

 • Tiago (45–49 d.C.) é uma carta que ressalta o valor da salvação e da fé acompanhadas de boas obras, sem as quais a fé é morta. 

• 1 e 2 Pedro (entre 60 e 68 d.C.) são cartas que ressaltam o valor da fé e do sofrimento por Cristo com esperança, amor e santidade, condições indispensáveis para o avivamento espiritual. 

• 1, 2 e 3 João (todas entre 85 a 95 d.C.) ensinam o cristão a ter uma vida santa diante de Deus, com justiça e alegria (1.4). Nelas o “apóstolo do amor” enfatiza o maior dos mandamentos, que é amar a Deus “e ao próximo como a si mesmo”, e declara que “quem aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos (1 Jo 2.11): “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida [...]” (3.15), ou seja: sem amor não há salvação; sem amor não pode haver avivamento. As cartas de 1, 2 e 3 João também alertam quanto aos falsos mestres. 

• E, por fim, Judas (70–80 d.C.), cuja mensagem é a batalha “pela fé que uma vez foi dada aos santos (1.3).

3.    No livro do Apocalipse  -  Apocalipse é uma palavra derivada do grego apokalypsis. No latim, é revelatio, que significa revelar, expor à vista e, metaforicamente, descobrir uma verdade que se achava oculta” (Dicionário da Bíblia, John D. Davis).   O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João mais ou menos no ano 96 d.C., logo após ter sido solto por Nerva, substituto de Domiciano, o imperador sob cuja crueldade ele foi exilado na Ilha de Patmos. Ao regressar a Éfeso, agora com liberdade, João passou ali os últimos dias de vida na Terra, onde escreveu esse livro.

O Espírito Santo divide o livro em três partes (1.19):

  1. “As coisas que viste”; as que João presenciou antes de escrever o livro (cap. 1).
  2. “As que são”; as existentes nas sete igrejas, no tempo em que João escreveu o Apocalipse (caps. 2 e 3).
  3. “As que hão de acontecer”; as constantes dos capítulos 4 a 22.

O Apocalipse é a revelação de Deus aos homens. É o esclarecimento sobre o juízo e a condenação dos ímpios e sobre a segurança e a garantia da vida eterna dos fiéis. O prefácio do livro deve ser considerado como um convite de Jesus aos seus servos, para receber as bênçãos no santuário do Senhor, a exemplo de Moisés, que tirou as sandálias dos pés para aproximar-se da sarça ardente. Assim deve ser a nossa atitude reverente ao entrarmos na presença de Deus.   “Revelação de Jesus” quer dizer Cristo revelando ou fazendo saber algo para a nossa instrução (1 Pe 1.7,13).   O segredo do Senhor é para os que o temem (SI 25.1; Mt 11.25; 13.10-13; 16.17). Quando temos um coração sincero e humilde, todas as parábolas e profecias nos são bem compreensíveis (Jo 15.15; leia Deuteronômio 29.29; Daniel 12.10; João 7.17; 1 Coríntios 2.9-16).


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento, F. F. Bruce - Editora Vida

Livro Atos, E a Igreja se Fez Missões, Myer Pearlman -  Editora CPAD.

Livro Estudos Sobre O Apocalipse, Armando Chaves Cohen - Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/3-licao-1-tri-23-o-avivamento-no-novo-testamento/