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sábado, 14 de janeiro de 2023

LIÇÃO 04 - O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


Faço abertura de trimestre,
 como também o fechamento.
Fazemos Slides para fechamento
de Trimestre.


                    TEXTO ÁUREO

"Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor." (LC 4.14)


                VERDADE PRÁTICA

O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 4. 14-22


                    INTRODUÇÃO

 1. De lá Ele veio pela virtude do Espírito. O mesmo Espírito que o qualificou para o exercício de seu ofício profético, o inclinou fortemente a ele. O Senhor Jesus não iria esperar por um chamado dos homens, porque Ele tinha a luz e a vida em si mesmo. 2. Ali Ele ensinou em suas sinagogas, em seus lugares de culto público, onde eles se reuniam, não, como no templo, para serviços cerimoniais, mas para os atos morais de devoção, para ler, expor e aplicar a Palavra, para orar e louvar, e para a disciplina da congregação; estas coisas passaram a ser mais frequentes desde o cativeiro, quando o culto cerimonial estava próximo de expirar. 3. Ao agir desta forma, o Senhor alcançou uma elevada reputação. E a sua fama correu por todas as terras em derredor (v. 14), e foi uma boa fama; porque (v. 15) Ele era louvado por todos. Todos o admiravam, e o exaltavam; eles nunca tinham ouvido uma pregação como está em toda a sua vida. Agora, a princípio, Ele não enfrentou desprezo ou contradição; todos o glorificavam, e não havia ninguém que o difamasse.


                I.   JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1.   O Espírito Santo na vida de Jesus  -  No nascimento de Jesus Quando Jesus nasceu, o anjo Gabriel foi dar o anúncio a Maria, o que causou grande espanto a ela, pois era virgem, fazendo-a indagar como poderia aquilo acontecer se ela não era casada: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Na sua encarnação, Jesus fez-se homem, mas não deixou de ser Deus. Todavia, para tornar-se o Emanuel, o Espírito Santo exerceu o seu papel de executor divino do mistério da encarnação. No batismo de Jesus Na sua infância, criado pela sua mãe e pelo pai adotivo, José, Jesus foi um menino educado segundo a Lei de Moisés. Ao oitavo dia de nascido, foi apresentado no Templo, onde foi circuncidado (Lc 2.21-24). Na sua adolescência, certamente auxiliou o seu pai na carpintaria, pois, ao iniciar o seu ministério, ainda jovem, era conhecido como “o carpinteiro, filho de Maria” (Mc 6.3). Antes de começar a proclamar o seu evangelho, Jesus submeteu-se ao batismo para arrependimento, realizado por João Batista, no rio Jordão. Ao sair da água, “[...] viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Ali, houve uma manifestação indubitável da Trindade. O Pai, declarando Jesus como o seu “Filho amado”; Jesus, o Filho, saindo da água; e o Espírito Santo, materializado “como pomba”, descendo sobre Ele. Na tentação de Jesus Após o batismo em águas, Jesus foi conduzido “pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1– grifo acrescido). Ali experimentou o jejum “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” (4.2). Ele suportou e venceu as três investidas do Diabo contra a sua pessoa, começando pela área do instinto mais forte do ser humano: o da fome; depois no questionamento sobre a sua identidade: Filho de Deus; e, em seguida, na área do poder humano: em busca de glória terrena. Jesus foi vencedor em todas essas investidas satânicas e, usando a poderosa arma da Palavra de Deus a cada ataque, respondeu, dizendo: “Está escrito”; “Então, o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram” (ver Mt 4.1-11). Se Ele não tivesse a presença do Espírito Santo na condição humana, jamais teria vencido a terrível opressão e tentação malignas

2.   O Espírito Santo no ministério de Jesus  A missão singular de Jesus (Lc 4.17-21) Jesus recebe o livro do profeta Isaías e ele mesmo abre o livro no exato lugar onde estava definida a sua missão. Mais uma vez, é ressaltado que o Espírito Santo está sobre ele e o ungiu para cumprir essa sublime missão. Ao terminar a leitura, Jesus afirmou categoricamente que essa profecia de Isaías estava se cumprindo nele (Lc 4.21). Aqui ele se autoproclama o Messias de Deus. A missão de Jesus abrange cinco áreas.   Em primeiro lugar, evangelizar os pobres (Lc 4.18). A evangelização é a proclamação das boas novas de salvação, e os pobres não são apenas os desprovidos de bens materiais, mas os pobres que, não importando sua condição social, reconhecem sua total falência espiritual e desesperadamente se apegam à rica graça de Deus, a fim de serem salvos.    Em segundo lugar, proclamar libertação aos cativos (Lc 4.18). O ser humano, não importa sua condição política, económica e social, é prisioneiro da carne, do mundo e do diabo. Ele não pode libertar a si mesmo; precisa ser liberto. Não pode desvencilhar-se de suas próprias amarras; precisa ser colocado em liberdade. Jesus é o libertador. Aqueles que o conhecem verdadeiramente são livres.   Em terceiro lugar, restaurar a vista aos cegos (Lc 4.18). Jesus não apenas curou cegos, dando-lhes visão para verem as maravilhas da criação, mas também abriu os olhos dos cegos espirituais, para verem as maravilhas da graça de Deus. Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). O diabo cegou o entendimento dos incrédulos (2Co 4.4), mas Jesus é a luz que ilumina a todo o homem (Jo 1.9). O homem natural não consegue ver as maravilhas da lei de Deus nem se deleitar em seus preceitos. Só Jesus pode tirar as vendas dos olhos e arrancar o homem do império das trevas.   Em quarto lugar, libertar os oprimidos (Lc 4.18). Os judeus eram súditos de Roma. Estavam oprimidos política e economicamente. Mas Jesus veio para libertar os oprimidos do diabo. Nenhuma religião pode arrancar do coração humano essa opressão. Nenhum rito sagrado pode aliviar o homem desse peso esmagador. Nenhum esforço humano pode atenuar essa situação.   Em quinto lugar, apregoar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.19). O ano do jubileu era o tempo oportuno, quando as dívidas eram canceladas e as terras eram devolvidas aos donos originais. Esse ano do jubileu era uma demonstração da graça de Deus que, por meio de Cristo, trouxe aos pecadores o perdão de seus pecados e a vida eterna.



                        II.   JESUS E A ORAÇÃO EM SEU MINISTÉRIO

1.   O valor da oração  -  Jesus disse: “Portanto, vós orareis assim”. Seu padrão era louvar a Deus (6.9), interceder pela Sua obra no mundo (6.10), pedir a provisão das necessidades pessoais e diárias (6.11), e pedir auxílio para as lutas cotidianas (6.12,13). Esse padrão ajuda os crentes a compreenderem a natureza e o propósito das orações pessoais no seu relacionamento com o Pai.

A frase, Pai nosso, que estás nos céus, indica que Deus é santo e majestoso; Ele transcende tudo o que está na terra. Mas Ele também é uma pessoa e é amável. A primeira linha desse modelo de oração representa uma afirmação de louvor e um compromisso de honrar o santo nome de Deus. Os cristãos, que trazem o santo nome de Cristo, devem ser responsáveis por honrá-lo em todos os aspectos das suas vidas. Quando oramos para que o nome de Deus seja santificado, estamos orando para que o mundo honre o Seu precioso Nome, e aguardamos a volta de Cristo – a ocasião em que isso se tornará realidade.       6.10 O desejo, Venha o teu Reino se refere ao reinado espiritual de Deus, e não à libertação de Israel do domínio de Roma.      Deus anunciou o seu Reino no pacto com Abraão (8.11; Lc 13.28) e os judeus religiosos ainda estavam esperando por ele.         Os seguidores de Jesus reconhecem que o Reino começou com sua chegada na terra.    Os leitores de Mateus entenderam que o Reino deve estar presente no coração dos crentes, porque é lá que Cristo reina (Lc 17.21). Aguardar a vinda do reino de Deus é orar para que mais e mais pessoas façam parte dele. Essa oração também reafirma a crença de que Deus irá estabelecer o novo céu e a nova terra, e que a sua glória será conhecida por todas as nações (SI 110.1)       Orar dizendo seja feita a sua vontade não implica resignação ao destino, mas esta é uma oração para que o perfeito propósito de Deus seja realizado no mundo (na terra) da mesma forma como é realizado no céu.      Os versículo 11 e 12 são pedidos a favor de necessidades pessoais. Devemos confiar que Deus proverá, diariamente, aquilo que Ele sabe que precisamos. A palavra hoje sugere que não devemos nos preocupar com aquilo que Deus já sabe que precisamos (6.8). Os crentes devem confiar em Deus, que Ele concederá a cada um à Sua provisão, e não devem se preocupar. O fato de Deus nos dar o alimento cotidiano, não nega a responsabilidade que as pessoas têm de trabalhar. Na verdade, a atitude de orarmos deste modo é o reconhecimento de que Deus é Sustentador e Provedor.

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Um crente que compreende a grandeza do perdão que recebeu pode, sinceramente, estender esse perdão aos outros pelas ofensas que tenham feito. O outro aspecto desse versículo revela o egoísmo de uma pessoa que procura o perdão de Deus, mas que se recusa a perdoar os outros. Jesus explica isso melhor em 6.14,15.      A palavra grega traduzida como tentação não significa “atração para fazer o mal”, mas um “teste”. Às vezes, Deus permite que seu povo seja “testado” pela tentação. Mas esse teste sempre tem um propósito: Deus está sempre trabalhando para aperfeiçoar seu povo, ensiná-lo a depender dele, e fortalecer seu caráter para torná-lo mais parecido consigo. A maneira como o faz, é diferente na vida de cada pessoa. A oração, então, é para não cedermos à tentação.       Jesus queria que seus seguidores confiassem em Deus durante os momentos de provação, e que orassem para que Ele os livrasse do maligno e das suas artimanhas.     Todo cristão luta contra a tentação, e os crentes que oram utilizando estas palavras entendem sua natureza pecadora, e a sua necessidade de depender de Deus diante da tentação.

2.    Uma vida de oração  -   A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a Deus (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22). MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.   (1) Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.   (2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4).   Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).    (3) Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

(1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).   (2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.   Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor.    (3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).     (4) Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça. O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista”. Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17 nota). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33 nota; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO).  (5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 nota). A instrução de Jesus: “Pedi… buscai… batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 nota). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17 nota). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11 nota).    Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17.17-23).PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

(1) Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11; ver o estudo O LOUVOR A DEUS. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6). (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34; ver o estudo A INTERCESSÃO).  (2) Como devemos orar? Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 nota).  (3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).


                    III.   UMA VIDA NA UNÇÃO DO ESPÍRITO

1.   A unção do Espírito na vida do obreiro  -  Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecostes, Deus começou a chamar “pastores” para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.     Julgo que os pastores têm de ser pentecostais p a ra que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jama is viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. A medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar. A mensagem pentecostal, os dons do Espírito Santo e a pregação do Evangelho com sinais e maravilhas são absolutamente importantes para o século XXI.     Como pastores, precisamos tão-somente do poder do Espírito Santo para guiar-nos em qualquer esforço que vise libertar e dar direção às pessoas. Há duas razões para isso. A primeira é que, nesta altura da história, as pessoas enfrentam necessidades críticas. As vicissitudes nos lares e os males da sociedade são talvez maiores do que os de qualquer outra geração.     Paralelo a isso está a necessidade de a Igreja Pentecostal satisfazer as atuais demandas e exigências sem, todavia, comprometer a mensagem que lhe confiou o Senhor. Estamos envolvidos nas urgências sociais, mas nossa mensagem não deve tornar-se um evangelho social. Esta geração não pode diluir a mensagem que nos foi entregue. Se a igreja pôr em risco suas características pentecostais, frustrará o propósito pelo qual Deus a levantou.    Quando a Escritura diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9), Deus está falando com a igreja. Precisamos buscar a Deus para saber o que Ele tem reservado para nós e para os nossos ministérios. A credito que não temos começado sequer a arranhar a superfície desse desafio. Não devemos nos descuidar, pensando que só porque somos pentecostais já temos experimentado tudo o que Deus tem.    Muitas coisas tem Ele para nós, as quais iremos descobrindo à medida que porfiarmos por andar no Espírito. É minha oração que você se já continuamente cheio com o Espírito Santo, e experimente tudo o que Deus lhe tem reservado.

2.    A unção do Espírito na vida do crente  -  Que contraste (1 Pe 2.9) com os crentes! Mais uma vez Pedro enfatiza nossa posição privilegiada. Fazemos parte de uma geração escolhida, de um sacerdócio real (corpo de reis que exercem o ofício sacerdotal), de uma nação santa (incluindo judeus e gentios, Ef 2.12-20), e de um povo feito propriedade particular de Deus.  Tais expressões (1 Pe 2.9) faziam parte da promessa feita por Deus a Israel no Sinai. Se tivessem ouvido sua voz e guardado sua aliança, estas coisas seriam verdades para eles (Êx 19.5,6). Mas, devido a sua desobediência, estas relações e ministérios nunca chegaram a ser cumpridos na íntegra. Fez-se necessária a Nova Aliança para conduzir judeus e gentios a um novo corpo. Sob a Lei, somente algumas pessoas eram separadas como sacerdotes. A massa do povo, que não era descendente de Arão, não tomava parte no ministério do templo.  Mas sob a graça, todos os crentes fazem parte do sacerdócio.     O cristão não precisa de ninguém, somente de Jesus, para lhe dar acesso ao Santo dos santos, à presença de Deus (Hb 10.19,20).    Ao entrarmos de posse dos privilégios sacerdotais, proclamamos os louvores daquEle que nos tirou do reino das trevas à sua maravilhosa luz, revelada em Cristo e comunicada a nós, e através de nós por Ele (Is 9.2; 60.1; Jo 8.12; 9.5; 12.35,36).



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry  - Editora CPAD.

Comentário bíblico Lucas, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Raymond Carlson -Thomas E .Trask – Loren Triplett – Dick Eastman -Tommy Barnett Charles T. Crabtree – John Bueno – Zenas J. Bicket – Nancie Carmichael. Manual Pastor Pentecostal Teologia e Práticas Pastorais.

Comentário Bíblico I e II Pedro, Stanley M. Horton - Editora CPAD.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

LIÇÃO 03 - O AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II




                    TEXTO ÁUREO

"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva." (JO 4.10)


                    VERDADE PRÁTICA

A Palavra de Deus revela raízes de um verdadeiro avivamento espiritual, que perpassa a história.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: João 4. 7-15


                        INTRODUÇÃO

Houve muitos avivamentos no Antigo Testamento ou na antiga aliança. Todos eles, porém, tiveram, por assim dizer, um tempo de validade. Uns duraram mais, e outros, menos. No capítulo anterior, vimos um resumo dos momentos em que o Senhor Deus visitou o seu povo de forma extraordinária; sempre em resposta ao clamor do povo, tendo à frente um líder espiritual, um profeta, ou um rei, como foi no caso de Davi, Asa, Josafá, Josias e outros. No Novo Testamento, todavia, podemos constatar que os avivamentos tiveram períodos mais longos. O maior dos avivamentos na época da Igreja foi o trazido por nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Ele, sim, trouxe um avivamento não apenas para Israel, como acontecia no Antigo Testamento, mas também um avivamento para o mundo. Os judeus rejeitaram-no e perderam a maior e mais preciosa oportunidade de ter a sua nação apresentada ao mundo como o povo eleito para representá-lo em toda a terra: “Mas, agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu” (Is 43.1). O avivamento no Novo Testamento começa com Jesus, mas não termina com Ele. A sua mensagem ultrapassa os tempos e a história e é projetado para todos os séculos. A mensagem de Cristo não foi para um período determinado, em resposta a uma situação particular de um povo. A sua mensagem é a revelação de Deus para toda a humanidade: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,17). Neste capítulo, temos um panorama geral do avivamento no Novo Testamento. Em capítulos posteriores, veremos mais detalhadamente o avivamento trazido por Cristo, bem como momentos especiais, quando o Senhor usou homens chamados por Ele para proclamar a sua Palavra de salvação para Israel, para algumas pessoas e para o mundo. Na verdade, Jesus veio ao mundo para trazer a mensagem mais poderosa e impactante que os homens já ouviram: a mensagem do Reino de Deus.


                    I.  O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS

1.   O avivamento em João  -  Oito características ou ênfases principais destacam o Evangelho segundo João. (1) Jesus como “o Filho de Deus”. Do prólogo do Evangelho, com sua sublime declaração: “vimos a sua glória” (1.14), até à sua conclusão na confissão de Tomé: “Senhor meu, e Deus meu! ” (20.28), Jesus é Deus, o Filho encarnado. (2) A palavra “crer” ocorre 98 vezes, equivalente a receber a Cristo (1.12). Ao mesmo tempo, esse “crer” requer do crente uma total dedicação a Ele, e não apenas uma atitude mental. (3) “Vida eterna” em João é um conceito-chave, referindo-se não tanto a uma existência sem fim, mas à nova qualidade de vida que provém da nossa união com Cristo, a qual resulta tanto na libertação da escravidão do pecado e dos demônios, como em nosso crescimento contínuo no conhecimento de Deus e na comunhão com Ele. (4) Encontro de pessoas com Jesus. Temos neste Evangelho 27 desses encontros individuais assinalados. (5) O ministério do Espírito Santo, pelo qual Ele capacita o crente, comunicando-lhe continuamente a vida e o poder de Jesus após sua morte e ressurreição. (6) A “verdade”. Jesus é a verdade; o Espírito Santo é o Espírito da verdade, e a Palavra de Deus é a verdade. A verdade liberta (8.32); purifica (15.3). Ela é a antítese da natureza e atividade de Satanás (8.44-47, 51). (7) A importância do número sete neste Evangelho: sete sinais, sete sermões e sete declarações “Eu sou” dão testemunho de quem Jesus é (cf. a proeminência do número “sete” no livro de Apocalipse, do mesmo autor). (8) O emprego doutras palavras de destaque como: “luz”, “palavra”, “carne”, “amor”, “testemunho”, “conhecer”, “trevas” e “mundo”.

2.  O avivamento em Mateus  A apresentação de Mateus acerca do Espírito Santo é mais extensa que a de Marcos, mas não é tão desenvolvida quanto a de Lucas ou João. As características salientes de sua pneumatologia incluem o seguinte:

1) O Espírito Santo foi o agente da concepção de Jesus (Mt 1.18).  2) O batismo com o Espírito Santo e com fogo distingue o ministério de Jesus do de João Batista (Mt 3). O fogo é principalmente um batismo de julgamento. João Batista declara que Jesus é quem batiza para avisar os fariseus e saduceus que Ele fará justiça (Mt 3-11,12); Mateus indica aqui e em outro lugar (Mt 28.19) que o batismo com o Espírito Santo e o batismo de fogo são dois batismos diferentes. Os dois grupos endereçados na pregação de João Batista em Mateus são: (a) os verdadeiramente arrependidos; e (b) os fariseus e saduceus. Como está implícito na fórmula batismal em Mateus 28.19, o batismo com o Espírito Santo é para os crentes arrependidos. O fogo é para as árvores que não dão frutos (Mt 3-8-10).  3) Como em Marcos, a cena do batismo em Mateus identifica que Jesus é quem está associado com o Espírito Santo e que, portanto, é quem batiza. Nesta mesma ocasião, a voz do céu associa Jesus com o Messias, o Ungido (Mt 3.16,17).  4) O Espírito Santo guia Jesus (Mt 4.1).  5) O Espírito de Deus capacita Jesus a proclamar julgamento e levar a justiça à vitória. Mateus considera esta capacitação como cumprimento da profecia relativa à capacidade de jesus curar e/ou sua manifesta evitação de conflito com os fariseus. Mateus vê o Espírito como a fonte da autoridade de Jesus (Mt 12.15-21).  6) Os títulos “o Espírito”, “o Espírito Santo” e “o Espírito de Deus” são sinônimos (Mt 12).  7) O Espírito do Pai falará através dos crentes, quando eles forem confrontados pelas autoridades (Mt 10.19,20).  8) Falar contra as obras de Jesus é falar contra o Espírito Santo, que é pecado capital (Mt 12.22-32).  9) Como Marcos, o poder de Jesus fazer exorcismos e confrontar o Diabo é atribuído por Mateus à capacitação que Jesus recebeu do Espírito Santo (Mt 12.28).   10) Os profetas falaram pelo Espírito Santo (Mt 22.43).  11) Os discípulos de Jesus devembatizar emnome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Toda autoridade é dada a Jesus. Antes da ressurreição, Jesus opera pela autoridade do Espírito Santo. Jesus dispensa poder aos discípulos na Grande Comissão (Mt 28.18-20). O material de Mateus sobre o Espírito Santo serve a dois de seus interesses distintos: o papel da Igreja (eclesiologia) e a identificação de Jesus (cristologia). Mateus fala das questões da Igreja quando os outros escritores dos Evangelhos não o fazem (e.g., Mt 16.17-19; 18.15-20; 20.1-16; 28.18-20). Mateus vê o Espírito Santo como a fonte de inspiração e autoridade para a Igreja (Mt 10.19,20; 28.18-20), Seguindo a direção de Marcos, Mateus ressalta a ligação de Jesus com o Espírito Santo para demonstrar sua filiação. Ele mostra que embora Jesus tenha se humilhado, aceitando o batismo pelas mãos de João Batista, Jesus é maior que João Batista. A descida do Espírito Santo em resultado do batismo de Jesus comprova a profecia de João Batista, de que o que viria depois dele lhE seria superior no Espírito Santo (Mt 3.11-17).      O entendimento da obra do Espírito Santo, comum ao material paulino e joanino e a Lucas e Mateus, indica uma pneumatologia muito difusa e básica, que excede o conteúdo apresentado em Marcos (Shelton, 1991, pp. 7-9).

3.  O avivamento em Marcos  O martírio de Pedro por meio de crucificação foi predito por Jesus (Jo 21.18,19; 2Pe 1.14). H á autores cristãos do início da Era Cristã que afirmam que isso ocorreu em Roma, em conexão com a perseguição de Nero aos cristãos em 64 d.C. Mas esses autores expressam opiniões diferentes acerca de se Pedro estava vivo ou não quando Marcos escreveu esse evangelho. Clemente de Alexandria e Orígenes criam que Pedro ainda estava vivo, enquanto Ireneu e o autor do Prólogo anti-Marcião do evangelho de Marcos acreditavam que ele estava morto. Pode-se deduzir que essa também era a opinião de Papias, em bora ele não afirme isso categoricam ente.       Essa é a opinião mais defendida hoje, com a consequência de que se considere em geral que o evangelho de Marcos tenha sido escrito c. 65 d.C. Harnack, no entanto, tinha a opinião de que o evangelho foi escrito “durante a sexta década do século I, no mais tardar” (Date of the Acts and o f the Synoptic Gospels, 1911, p. 133), pois para ele não era fato incontestável que Pedro tivesse morrido antes de Marcos ter escrito o evangelho. Harnack achava que, em virtude de como termina o livro de Atos, não precisava de explicações o fato de esse livro ter sido escrito antes da morte de Paulo, e isso em 62 d.C., ou perto disso, e, nesse caso, o “primeiro livro” de Lucas (At 1.1), i.e., seu evangelho, teria sido escrito pouco antes disso, e o evangelho de Marcos, por consequência (muito evidentemente uma fonte do evangelho de Lucas), teria sido ainda antes. É difícil perceber qualquer razão convincente para se abandonar a argumentação de Harnack. N a sua referência ao relato de Marcos, T . W. Manson declarou: “A composição do evangelho pode ser datada vários anos antes da época comumente aceita” (Studies in the Gospels and Epistles, p. 45), sugerindo entre 58 e 65 d.C. (ibid., p. 5).

Características

O evangelho de Marcos é o mais breve dos evangelhos do cânon. E conciso e repleto de ação, uma característica que seria cativante para a m ente prática dos romanos, para quem, sem dúvida, foi originariam ente escrito. A parte dedicada aos atos de Jesus, em comparação com as suas palavras, é maior no evangelho de Marcos do que nos outros. Dezoito milagres são registrados, em contraste com apenas quatro parábolas completas. Nota-se um número excepcionalmente grande de relatos de expulsão de demônios por parte de Jesus (1.23-27,32-34; 3.11,22-27; 5.1-20; 7.25-30; 9.17-29). O evangelho fornece poucos comentários acerca desses acontecimentos, e em geral as ações falam por si mesmas.      Diferentemente de biografias comuns, o evangelho de Marcos não relata nada acerca do nascimento de Jesus, seu crescimento e aparência; tampouco especifica a duração do seu ministério público, nem sua idade na época da crucificação. Cerca de um terço do relato é dedicado à descrição dos oito dias entre a entrada de Jesus montado no jumento e sua ressurreição.

4.    O avivamento em Lucas  -  O Evangelho de Lucas é considerado pelos estudiosos “o Evangelho do Filho do Homem” (cf. Lc 19.10). Nenhum outro evangelista retrata tão bem a humanidade de Jesus. Enquanto Marcos começa a sua narrativa com os milagres de Jesus, e João inicia abordando a divindade dEle, Lucas, que era “o médico amado” (Cl 4.14), tem o interesse e o cuidado de buscar informações e detalhes de aspectos bem humanos de Jesus:  Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. (Lc 1.1-4 – grifos acrescidos)

Prenúncio do avivamento

Na condição de médico, exercendo a medicina do seu tempo, Lucas mostra que teve uma sensibilidade para inteirar-se de fatos bem característicos da humanidade de Jesus. Ele inicia narrando a experiência do sacerdote Zacarias, que teve a revelação de que ele, sendo avançado em idade, e a sua mulher, idosa e estéril, haveria de gerar um filho, a quem lhe poria o nome de João. O anjo era ninguém menos que Gabriel, assistente diante de Deus (Lc 1.5-25).  Depois de seis meses que Isabel ficou grávida, o anjo Gabriel foi enviado a Nazaré. Ali se dirigiu a uma jovem por nome Maria, que era noiva de um homem chamado José. A palavra do anjo Gabriel causou impacto em Maria quando o mensageiro celestial avisou que, mesmo virgem, seria mãe de um filho, a quem colocaria o nome de Jesus (Lc 1.26-30).

O avivamento com júbilo nos corações

Lucas relata impressionantemente como Jesus nasceu: como uma humilde criança num berço de palha. A partir do anúncio do nascimento de Jesus, o avivamento começou com louvores a Deus.  Maria entoou um hino de adoração ao Senhor, chamado pela literatura cristã de “Magnificat”. Depois do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias, também cantou um belo hino, exaltando a Deus. Cheio do Espírito Santo, proclamou grandes verdades, dizendo:  E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:  Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo, como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo, para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida (Lc 1.67-75).  Esse trecho de Lucas define bem o que foi o avivamento mandado por Deus mediante o nascimento de Jesus Cristo.

O avivamento com o nascimento de Jesus

Jesus nasceu em meio a uma viagem do seu pai adotivo e da sua mãe. José teve de deslocar-se de Nazaré a Belém numa distância de aproximadamente 150 quilômetros para alistar-se com Maria num recenseamento decretado por César Augusto, imperador romano, que dominava a Palestina. Nada que o Senhor Deus programa acontece por acaso. Por não haver lugar para o casal viajante, José teve de levar Maria para dar à luz ao seu filho numa estrebaria:  E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lc 2.6,7).  Naquela noite santa, um grupo de pastores estava no campo em Belém. De repente, em plena madrugada, o anjo do Senhor veio sobre eles e deu-lhes a maravilhosa notícia do nascimento do Salvador do homem: E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! (Lc 2.10-14).

Foi uma mensagem que anunciou o maior avivamento de que o mundo teve notícias.

Seguindo a orientação dos anjos, os pastores foram a Belém e descobriram o que nunca imaginavam:  E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita. E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito. (Lc 2.16-20).  Os pastores ficaram maravilhados com o que viram naquele lugar, onde os animais alimentavam-se, e saíram divulgando o que ouviram dos mensageiros celestiais e constatado por eles mesmos.  Era um novo tempo chegando para Israel e para o mundo. Era o avivamento enviado dos céus. Lucas relata a infância de Jesus e os fatos marcantes da sua vida e ministério. Quase na mesma sequência de Marcos, ele narra as curas e milagres que Jesus operou.

O avivamento do Salvador do Mundo

O evangelho de Lucas mostra Jesus como o grande salvador Todo-poderoso. Ele revela aos seus seguidores que haveria de pregar o evangelho, mas que haveria de sofrer e morrer para ser o grande vencedor (9.22). Certamente, a mensagem de Jesus, proferida na casa de Zaqueu, o publicano, pode resumir a sua grande missão ao fazer-se homem e habitar entre os homens: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (19.10).  Com toda a certeza, Lucas mostra Jesus como o Filho do Homem, mas também como o Filho de Deus, que trouxe ao mundo a mensagem poderosa do evangelho, como disse Paulo: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). A mensagem de Cristo é a mensagem do maior e mais poderoso avivamento que haveria de chegar para a humanidade. Não é teoria, nem filosofia, nem mesmo sabedoria humana. É salvação, cura, libertação, transformação de vidas — é comunhão com Deus. É o maior avivamento da história! Infelizmente, a maioria das pessoas não tem esse entendimento.


                II.   O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

1.  O avivamento na Igreja primitiva  -  Lucas escreve o livro, destinando-o a um homem chamado Teófilo, e poderia ser apenas uma longa carta pessoal ao seu ilustre amigo. O Espírito Santo, porém, identificou esse trabalho e fez com que essa mensagem, dirigida a uma pessoa de bem e interessada nos fatos sobre Cristo e a sua Igreja, fosse incluída no cânon do Novo Testamento. Logo no primeiro capítulo, Lucas registra a palavra de Jesus quando se despedira dos seus apóstolos: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At 1.4,5 – grifo acrescido) Os apóstolos já eram salvos desde que creram em Jesus e tornaram-se os seus seguidores fiéis, exceto o que o traiu. Poderiam ter continuado a evangelizar de imediato após a volta de Jesus aos céus, mas faltava-lhes algo de maior importância: o batismo no Espírito Santo, bênção de poder do alto, distinta da conversão: “[...] mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. O verbo ser está no futuro do presente: “sereis batizados”. Eles eram nascidos de novo, mas precisavam de poder para evangelizar após Jesus ausentar-se deles para os céus. Era a promessa do maior avivamento que a Igreja haveria de experimentar depois do retorno de Cristo aos céus. Lucas registra a preocupação dos discípulos sobre a restauração do reino a Israel. Parece que não perceberam a promessa de Jesus do batismo no Espírito Santo. Em resposta, Jesus disse-lhes que não deveriam preocupar-se com “os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (1.7). Ato contínuo, Jesus chamou-lhes a atenção para o que era mais importante naquele momento para eles e para a sua Igreja: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (1.8). Jesus reforçou e assegurou que, pelo seu Espírito Santo, a Igreja haveria de receber e experimentar o maior avivamento da história.

2.   A descida do Espírito Santo  -  O rei Davi planejou a edificação do Templo e reuniu os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr 29.1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt 16.18;18.17). Preparou os materiais humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40.34.35; 1 Rs 8.10.11; Ef 2.20,2). O dia de Pentecoste era o aniversário da Igreja, e o cenáculo, o local do seu nascimento.

I ־ O Dia

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…” O nome “Pentecoste” (derivado da palavra grega “cinquenta”) era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23.15-21). Observe sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa. Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino.    No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho de cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica Cristo, “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20). O Senhor foi o primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer. Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele creem segui-lo-ão pela ressurreição, entrando na vida eterna.   Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no quinquagésimo dia – o Pentecoste – eram movidos diante de Deus dois pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre o mundo. Depois, outros pães podiam ser assa- dos e comidos. O significado típico é que os 120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, ofereci- das diante do Senhor por meio do Espírito Santo, 50 dias após a ressurreição de Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19 séculos.   O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.   O Pentecoste era a habitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a fim de administrar, dali os assuntos de Cristo.


                        III.   O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE

1.   Nas epístolas Paulinas  -  O apóstolo Paulo escreveu treze dentre os vinte e sete livros do Novo Testamento. O antigo perseguidor dos cristãos foi apanhado por Cristo na estrada de Damasco e passou por uma radical transformação em toda a sua vida. Foi transformado em “[...] pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2 Tm 1.11). Ele escreveu nove cartas a sete igrejas. Há diversas classificações das epístolas paulinas, mas podemos aproveitar a divisão das epístolas de Paulo em três categorias. Cartas eclesiásticas Dirigidas a igrejas: Aos romanos (57 d.C.). Ele escreve a sua epístola mais longa e mais profunda, sendo considerada por analistas bíblicos o mais importante livro do Novo Testamento. O tema de Romanos é “a justificação pela fé” (5.1), com base em Habacuque 2.4. Ela traz esperança e avivamento aos que creem em Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (1.16,17). Em 1 e 2 Coríntios (55/56 d.C.) e Gálatas (49 d.C.), Paulo traz uma mensagem soteriológica, mostrando Cristo, o grande salvador, que, tendo sido “as primícias dos que dormem”, garante na sua vinda a ressurreição dos que são fiéis a Ele. Em 1 e 2 Tessalonicenses (51 e 52 d.C.), com o tema da volta de Cristo, a mensagem escatológica, plena de esperança e avivamento, com promessa de ressurreição dos salvos em Cristo e arrebatamento dos vivos e transformados na vinda do Senhor (1 Ts 4.16,17). Cartas da prisão Foram escritas quando Paulo esteve preso em meados do primeiro século da era cristã. São elas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (carta pessoal), todas por volta de 62 d.C. Não obstante a situação em que se encontrava Paulo, privado da sua liberdade, ele não se deixou abater. Do cárcere, o apóstolo mostrou a sua fé e fortaleza em Cristo e expressa inspiração e alegria, avivamento, vitória e gratidão por sofrer por amor a Ele. Em Filipenses, Paulo demonstra a sua profunda alegria, mesmo na prisão, sendo chamada a “Epístola da alegria” ou “Epístola do Sorriso”: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4). Cartas pastorais São as dirigidas a pastores ou líderes de igrejas, a saber, 1 e 2 Timóteo e Tito (65 a 67 d.C.). A carta a Timóteo foi escrita enquanto Paulo estava preso. Nessas cartas, o tema comum é a defesa da sã doutrina, o relacionamento dos líderes com todas as pessoas, o cuidado para não se deixar levar por falsos líderes. Paulo também dá ênfase às qualidades que devem ter os que desejam o ministério. Profundamente doutrinárias, essas cartas enfatizam as condições para que os líderes e as igrejas cumpram a vontade de Cristo e possam ser avivadas. Perto da sua morte, ele escreveu: Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. (2 Tm 4.6-8).

2.   Nas epístolas gerais (ou universais)  -  Essas epístolas são em número de oito. Os seus ensinos, aparentemente sem cunho avivalista, demonstram condições para que haja a verdadeira vida cristã. Incluem os seguintes livros:

 • Hebreus (67 a 69 d.C.), que revela a supremacia de Cristo em todos os aspectos, bem como a supremacia da nova aliança em relação ao Antigo Testamento, também alertando para o perigo da apostasia.

 • Tiago (45–49 d.C.) é uma carta que ressalta o valor da salvação e da fé acompanhadas de boas obras, sem as quais a fé é morta. 

• 1 e 2 Pedro (entre 60 e 68 d.C.) são cartas que ressaltam o valor da fé e do sofrimento por Cristo com esperança, amor e santidade, condições indispensáveis para o avivamento espiritual. 

• 1, 2 e 3 João (todas entre 85 a 95 d.C.) ensinam o cristão a ter uma vida santa diante de Deus, com justiça e alegria (1.4). Nelas o “apóstolo do amor” enfatiza o maior dos mandamentos, que é amar a Deus “e ao próximo como a si mesmo”, e declara que “quem aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos (1 Jo 2.11): “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida [...]” (3.15), ou seja: sem amor não há salvação; sem amor não pode haver avivamento. As cartas de 1, 2 e 3 João também alertam quanto aos falsos mestres. 

• E, por fim, Judas (70–80 d.C.), cuja mensagem é a batalha “pela fé que uma vez foi dada aos santos (1.3).

3.    No livro do Apocalipse  -  Apocalipse é uma palavra derivada do grego apokalypsis. No latim, é revelatio, que significa revelar, expor à vista e, metaforicamente, descobrir uma verdade que se achava oculta” (Dicionário da Bíblia, John D. Davis).   O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João mais ou menos no ano 96 d.C., logo após ter sido solto por Nerva, substituto de Domiciano, o imperador sob cuja crueldade ele foi exilado na Ilha de Patmos. Ao regressar a Éfeso, agora com liberdade, João passou ali os últimos dias de vida na Terra, onde escreveu esse livro.

O Espírito Santo divide o livro em três partes (1.19):

  1. “As coisas que viste”; as que João presenciou antes de escrever o livro (cap. 1).
  2. “As que são”; as existentes nas sete igrejas, no tempo em que João escreveu o Apocalipse (caps. 2 e 3).
  3. “As que hão de acontecer”; as constantes dos capítulos 4 a 22.

O Apocalipse é a revelação de Deus aos homens. É o esclarecimento sobre o juízo e a condenação dos ímpios e sobre a segurança e a garantia da vida eterna dos fiéis. O prefácio do livro deve ser considerado como um convite de Jesus aos seus servos, para receber as bênçãos no santuário do Senhor, a exemplo de Moisés, que tirou as sandálias dos pés para aproximar-se da sarça ardente. Assim deve ser a nossa atitude reverente ao entrarmos na presença de Deus.   “Revelação de Jesus” quer dizer Cristo revelando ou fazendo saber algo para a nossa instrução (1 Pe 1.7,13).   O segredo do Senhor é para os que o temem (SI 25.1; Mt 11.25; 13.10-13; 16.17). Quando temos um coração sincero e humilde, todas as parábolas e profecias nos são bem compreensíveis (Jo 15.15; leia Deuteronômio 29.29; Daniel 12.10; João 7.17; 1 Coríntios 2.9-16).


AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD

Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento, F. F. Bruce - Editora Vida

Livro Atos, E a Igreja se Fez Missões, Myer Pearlman -  Editora CPAD.

Livro Estudos Sobre O Apocalipse, Armando Chaves Cohen - Editora CPAD

https://professordaebd.com.br/3-licao-1-tri-23-o-avivamento-no-novo-testamento/

sábado, 31 de dezembro de 2022

LIÇÃO 02 - O AVIVAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


 

                    TEXTO ÁUREO

"Então, disse: Eis que eu faço um concerto; farei diante de todo o teu povo maravilhas que  nunca foram feitas em toda terra, nem entre gente alguma." (Êx 34.10a)


                VERDADE PRÁTICA

A Bíblia revela que Deus responde ao seu povo com muitos avivamentos como respostas às orações e súplicas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2CR 34.29-33



                    INTRODUÇÃO

De modo geral, esses movimentos eram provocados por Deus em resposta aos que a Ele clamavam por mudanças em situações de frieza espiritual, de pecaminosidade acentuada, ou de rebelião contra Deus, pela prática de atos contrários à sua Lei ou aos seus mandamentos. Podemos refletir sobre alguns desses momentos especiais em que a nação israelita deixou-se dominar por posturas estranhas que provocaram a ira de Deus e os seus castigos. Quando tudo parecia não ter saída ou solução, houve alguém com fé que, com humildade e quebrantamento, buscou a Deus, fazendo confissão pelos pecados do povo, e o Senhor ouviu as orações e enviou do Céu um avivamento como uma chuva serôdia. Vejamos alguns desses avivamentos na antiga aliança.


                I.   PANORAMA DOS AVIVAMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO

1.   O avivamento no tempo de moisés  -   Moisés, o libertador do seu povo (7.17-36).  O próximo a aparecer na cena é Moisés. Aqui, possivelmente, Estêvão se alongou um pouco mais, porque foi acusado de falar contra Moisés (6.11). Estêvão, portanto, não deixa seus juizes em dúvida quanto ao imenso respeito pela liderança de Moisés e sua lei. A vida de Moisés pode ser dividida em três períodos de quarenta anos cada.   No primeiro período (0-40 anos) Moisés pensa que é forte. Ele nasceu num tempo perigoso, pois foi exposto a um cruel destino; contudo, nesse cenário foi resgatado por uma extraordinária providência para ser educado na corte de Faraó. Moisés torna-se um homem douto em toda ciência do Egito, reconhecido como um indivíduo poderoso em palavras e obras. E na sua força que tenta ser o libertador do seu povo, mas seus irmãos o rejeitam como tal (7.23-28).   No segundo período (40-80 anos), Moisés reconhece que é fraco. Ao ser rejeitado como libertador do seu povo, foge para a terra de Midiã, onde se estabelece como peregrino, casa-se e tem filhos. Troca o trono do Egito pelo deserto, as carruagens pelo cajado e o conforto na corte pelo calor tórrido do deserto. E nesse deserto que Deus lhe aparece e lhe convoca para ser o libertador de Israel. O mesmo Moisés rejeitado pelos israelitas como autoridade e juiz é agora escolhido por Deus como chefe e libertador do seu povo, com a assistência do Anjo que lhe aparece na sarça (7.29-35).    No terceiro período (80-120), Moisés aprende que Deus é tudo. Já octogenário, Moisés vai ao Egito, libertando o povo de Israel da amarga escravidão. Deus manifesta na terra dos faraós o seu poder, através de portentosos milagres, triunfando sobre Faraó e o panteão de deuses adorados naquela terra (7.36).     Para os judeus, Moisés estava acima de todos os homens que haviam obedecido ao mandato de Deus. Era literalmente o homem que havia deixado um reino para responder ao chamado de Deus para conduzir seu povo. William Barclay corretamente destaca: “O homem de grandeza não é aquele que, como os judeus, está atado a seu passado e apegado aos seus privilégios; o homem verdadeiramente grande é aquele que está pronto a responder ao chamado: sai e deixa para trás toda a comodidade e tranquilidade que tinha”.

2.    O avivamento no tempo de Samuel  -  Samuel como Juiz (7.3-17).  Samuel havia sido reconhecido como profeta do Senhor há muito tempo. Agora ele assume o seu lugar na história sagrada como o último dos juízes. Estes eram líderes militares por cujas mãos o Senhor trouxe libertação para o seu povo. Também serviam em um trabalho civil, em razão do respeito que os seus companheiros tinham por eles. Embora não saibamos a idade de Samuel na época da captura da arca pelos filisteus, provavelmente estava na casa dos seus quarenta anos na época em que ocorreram os seguintes eventos.       Samuel convocou o povo de Israel para com todo o coração retornarem [converterem-se] ao Senhor (3). Os desastres dos últimos anos e a ocupação pelos filisteus tinham preparado o caminho para essa convocação, pois lamentava toda a casa de Israel após o Senhor (2). Converter-se ao Senhor é a expressão familiar do Antigo Testamento para descrever o genuíno arrependimento. Somente um afastamento sincero dos falsos deuses e um serviço decidido ao Deus verdadeiro poderia abrir caminho para a libertação divina das mãos de seus inimigos.     Os baalins e os astarotes (4) representam os deuses dos cananeus e de grande parte do Oriente Próximo daquela época. Baalins é a forma plural de baal, uma palavra que significa “senhor”, “possuidor” e “marido”. Originalmente um substantivo comum, a palavra passou a ser usada como um nome próprio para descrever as várias divindades locais que supostamente controlavam a fertilidade das terras e dos rebanhos. Também era usada para descrever o baal supremo ou senhor de um país. A adoração aos baalins era viciosa e depravada. Astarote era uma deusa também conhecida como Astarte, adorada pelos fenícios e pelos cananeus. Era correspondente à Vênus dos gregos, e era a deusa do sexo e da fertilidade.  O passo seguinte de Samuel foi reunir o povo em Mispa, quase treze quilômetros ao norte de Jerusalém, e não distante da cidade de Ramá, que era a sua terra natal e onde ele havia estabelecido a sua moradia (1.19; 7.17). Este era um local tradicional de encontro das tribos (Jz 20.1-3; 21.1,5,8; 1Sm 10.17). Ali o povo jejuava, confessava seus pecados e orava. Tiraram água, e a derramaram perante o Senhor (6) como uma libação. Esta não era uma forma comum de adoração entre os israelitas, mas provavelmente está indicada em 2 Samuel 23.16. Há várias suposições de que representa a oração, a absolvição, a purificação, o ato de fazer um voto, ou uma penitência.

3.   O avivamento no tempo de Josias  -  Josias, 640-608 a.C. (34.1—35.27). Nos relatos do reinado de Josias, o cronista difere do escritor de Reis ao separar as reformas iniciais daquelas que vieram após a descoberta da lei (cf. 2 Rs 22.1-23.30).  Ascensão (34.1,2). Josias era um ano mais velho do que Joás quando começou o seu reinado de trinta e um anos em Jerusalém. Ele andava por um caminho reto à medida que seguia ao Senhor.  A reforma (34.3-7,33). Josias promoveu sua reforma durante toda a sua vida. Estas reformas começaram no duodécimo ano (3) de seu reinado, quando ele tinha vinte anos de idade. Elas foram o resultado de sua atitude de começar a buscar o Deus de Davi quando tinha dezesseis anos de idade. Para liderar a outros, é necessário que o líder se aprofunde em sua vida espiritual. As reformas do rei consistiram em: (a) purificar a nação dos altos, bosques e imagens esculpidas e de fundição (3); (ò) destruir os altares de Baal e queimar os ossos dos sacerdotes sobre os seus altares (4,5); (c) estender a sua influência até o território que havia sido ocupado pelo Reino do Norte (6,7). A frase em seus lugares assolados (6) é traduzida em algumas versões como “no meio das suas ruínas”.


                    II.   CONFISSÃO DE PECADOS E RETORNO À PALAVRA DE DEUS

1.  O chamado de Neemias  -  Disseram-me. A Triste Sorte de Judá. O relatório de Esdras sobre as condições em Judá e em Jerusalém parece ter sido rósea demais. Os que residiam em Jerusalém falavam de uma realidade mais dura. O pcvo era pobre e miserável; vivia em estado de aflição; as muralhas da cidade tinham sido derrubadas, tornando-os vítimas fáceis de qualquer inimigo. Em breye veremos, no presente livro, que havia conflitos internos e oposição. A despeito dos decretos de Ciro (Esd. 1.1 ss.) e Artaxerxes (Esd. 7), havia muitos que não queriam ver Jerusalém e Judá restauradas, e faziam o que podiam para opor-se aos esforços dos judeus, embora o governo persa lhes fosse favorável.     “As condições em Jerusalém anunciadas pelos amigos de Hanani (vs. 3)… pareciam requerer uma calamidade recente de algum tipo… Neemias poderia ter ignorado ou esquecido esses relatórios, mas ele tinha uma imaginação suficientemente boa para perceber o que eles queriam dizer, e também tinha um senso de lealdade e de responsabilidade a fim de considerar esses relatórios com preocupação. A despeito de sua própria alta e afluente posição, ele sentia ‘a grande tribulação e a vergonha’ de seus compatriotas” (Charles W. Gilkey, in loc.).      Nossa história do período não é muito completa, de modo que não sabemos dizer que grande aflição tinha sobrevindo a Jerusalém. Mas uma série de eventos muito graves parece ter acontecido.    Adam Clarke, talvez corretamente, observou que as muralhas derribadas provavelmente significavam que uma parte tinha sido reconstruída sob a liderança de Esdras. Nesse caso, a referência primária não era ao que os babilônios tinham feito contra a cidade, em 587 A. C.       Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me e chorei. Cf. a aflição, as lamentações e o jejum de Neemias às mesmas reações de Esdras, antes dele (ver Esd. 9.3 ss.). Grandes emoções correspondem a uma grande preocupação pelo bem-estar do povo. Cl. Jó 2.8,12,13. Adam Clarke faz o tempo de lamentações ir do mês de quisleu (dezembro) até o mês de nisã (abril), cerca de quatro meses, a. Nee. 1.1 a 2.1.       Seja como for, Neemias, pensando constantemente no desastre que havia atingido Jerusalém, passou longo tempo profundamente preocupado. Isso tinha de transformar-se, finalmente, em ação. “Nem toda boa obra é efetuada as pressas. A oração e a vigilância são necessárias para que haja algo completo. Muitas boas obras têm sido arruinadas por atos apressados” (Adam Clarke, in loc.).

Em contraste com este versículo, comparado a Nee. 2.1, Josefo diz-nos que Neemias compareceu diante do rei persa imediatamente, ou seja, agiu de imediato.

2.   A confissão de pecados  Ele fez confissão de pecados,”…e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra ti; também eu e a casa de meu pai pecamos” (Ne 1.6b). Esse certamente foi um dos pontos altos da oração de Neemias. Ele tinha consciência do pecado de seu povo, de sua desobediência e rebeldia perante Deus. E, na condição de um intercessor, confessou que se incluía entre os pecadores, incluindo a casa de seu próprio pai. A partir desse momento lançou as sementes da vitória. Neemias não orou como certos crentes, inclusive obreiros, que encobrem os pecados do povo, de sua família e os dele próprio. Confessou mais: “De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo” (Ne 1.7).

O intercessor coloca-se no lugar daqueles por quem intercede. Neemias foi um intercessor exemplar. Sabia o valor da confissão verdadeira. Sabia que, diante de Deus, ninguém se esconde. Como Davi, entendia que Deus tudo sabe e tudo vê. “Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me escondem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa” (SI 139.8-12).   Ele era homem humilde e sabia o valor da confissão sincera. Diz a Bíblia: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

3.   O avivamento pelo ensino  -  A Leitura e Obediência à Lei de Deus. 8:1-18.  No primeiro dia do sétimo mês, Esdras leu a Lei para o povo. O povo chorou por causa do pecado, mas seus líderes fizeram-no se lembrar do caráter alegre desse dia. No dia seguinte os lideres descobriram na Lei que todos os judeus deviam celebrar a Festa dos Tabernáculos; por isso essa festa foi celebrada por todos e com grande solenidade.  O capítulo deveria começar com a última sentença de 7:73: “Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades”. Esdras 3:1 começa da mesma maneira, depois da lista daqueles que retomaram da Babilônia; mas a ocasião, é claro que é absolutamente outra. Na praça, diante da Porta das Águas. A praça ficava perto da extremidade sudeste do templo junto à Fonte de Giom no Vale do Cedrom. E disseram a Esdras, o escriba. Possivelmente Esdras estivera na Babilônia durante o período da construção do muro. Mas ele era a pessoa mais indicada para ler a Lei de Deus nesta ocasião, uma vez que Neemias era leigo.  Em o primeiro dia do sétimo mês. Esta era a Festa das Trombetas, a qual em 444 A.C. ocorreu a 27 de setembro. Só uma semana antes, o muro fora terminado (6:15). A Festa das Trombetas era a mais sagrada das luas novas, e começava no último mês dos festivais religiosos (Lv. 23:23-25; Nm. 29:1-6). Desde a alva até ao meio-dia. Deveria ser cerca de seis horas, com a leitura da Lei feita por Esdras, alternando-se com apresentações instrutivas sobre a Lei feitas pelos levitas (vs. 7, 8). Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira. Esta é a primeira menção de um púlpito na Bíblia. Por trás dele estavam seis (sacerdotes?) à sua direita e sete à sua esquerda (compare com o v. 7, onde treze levitas são mencionados participando). Leram . . . claramente (em hebraico, meporosh) sugere não apenas uma exposição da Lei, mas também, possivelmente, uma tradução dela para o aramaico (cons. Ed. 4:18). Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus … não pranteeis, nem choreis. A clara exposição da Palavra de Deus (provavelmente porções do Deuteronômio) poderosamente convenceu o povo do pecado e provocou lágrimas de arrependimento. Mas o único dia do ano que Deus tinha especificamente designado para lágrimas e tristeza era o Dia da Expiação (o décimo dia do sétimo mês). Portanto, a força deles se encontrava na alegria do Senhor (v. 10).

A regozijar-se grandemente. Observe a súbita mudança de emoções de 8:9 para 8:12! Também cons. Et. 9:19.


                III.   O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS

1.  A Palavra de Deus corrige Warren Wiersbe diz que podemos concluir esse capítulo sintetizando-o em três verdades básicas: Edificação (14.1-5,26b), entendimento (14.6-25) e ordem (14.26-40).  a) Edificação (14.1-5). Paulo diz que o propósito dos dons é a edificação da igreja. Quem fala em outra língua edifica a si mesmo, enquanto quem profetiza edifica a igreja.  Paulo corrige os equívocos da igreja de Corinto que dava mais valor ao dom de variedade de línguas do que ao de profecia; mais valor à edificação pessoal do que à edificação da igreja, mostrando que a profecia é superior às línguas, pois aquela edifica a igreja, enquanto quem fala em línguas edifica apenas a si mesmo.  b) Entendimento (14.6-25). Paulo passa agora a falar sobre a questão do entendimento espiritual. No culto público é preciso ter discernimento. Você precisa sair do culto público e poder dizer: Eu entendi. A minha mente foi clareada.  c) Ordem (14.26-40). No culto da igreja de Corinto não existia ordem. Há duas coisas fundamentais que precisam sempre estar juntas no culto público: seja tudo feito para edificação (14.26b), e também tudo seja feito com decência e ordem (14.40). Deve haver ordem no culto. Alegria e gozo na presença de Deus não são a mesma coisa que êxtase.  O culto que agrada a Deus não é extático, mas um culto em que a sua mente está em plena atividade, suas emoções estão sendo alcançadas, e sua vontade é desafiada. Paulo dá várias orientações de ordem à igreja.

2.  Cuidado com o formalismo  Formalismo “é a característica do que é formal; observância de regras, preceitos e métodos; rigor”. Em termos estritos, não é errado observar regras, preceitos e métodos. O formalismo, no entanto, assume uma característica negativa quando o cuidado e o zelo pelo que é formal supera o que é real e necessário. Nas igrejas, formalismo é a observância de normas estatutárias ou tradicionais com tanto exagero que não há lugar para a experiência legítima da unção de Deus no coração e na vida das pessoas. No que diz respeito à busca do avivamento, é interessante não deixar que o formalismo frio, seco e sem graça impeça a busca da presença gloriosa do Espírito Santo, que é expressa por demonstrações equilibradas de adoração a Deus, num ambiente onde pode haver manifestações espirituais, tais como línguas estranhas, interpretação, curas divinas, libertação de oprimidos, unção de enfermos, salvação de almas, tudo de forma sobrenatural. Quando o avivamento chega, a direção divina do culto sobrepõe-se à direção humana ou ministerial. Deus usa essa direção humana, só que de forma espiritual, de acordo com a Palavra de Deus. Um avivamento genuíno que afastou todo formalismo ocorreu quando Salomão levou a “arca do concerto” para o seu lugar, ou seja, na Casa do Senhor (2 Cr 5.2,7). A presença de Deus, com a glória do Senhor, foi tão grande que, enquanto os levitas, os cantores e os sacerdotes adoravam a Deus, cantando e tocando os instrumentos de música, “[...] a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor” (v. 13). Houve um avivamento glorioso no Templo na sua inauguração: e quando eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor, e quando levantavam eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos, para bendizerem ao Senhor, porque era bom, porque a sua benignidade durava para sempre, então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus. (2 Cr 5.13,14 – grifo acrescido) Que o Senhor Deus nos abençoe e que nos cultos pentecostais não haja desprezo à Palavra de Deus, com o excesso de cânticos e apresentações musicais, mas que a adoração seja equilibrada, com louvor, oração e ministração da santa Palavra de Deus.



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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 BIBLIOGRAFIA

Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Viva

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário bíblico Atos dos Apóstolos, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos

Comentário Bíblico Beacon I e II Samuel, M. A. T. Purkiser - Editora CPAD.
Comentário Bíblico Beacon I e II Cronicas, Sawyer Robert L. - Editora CPAD.

Comentário bíblico Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo, Russel N. Champlin - Editora Hagnos

Livro de Neemias, Integridade e coragem em tempos de crise, Elinaldo Renovato - Editora CPAD
Comentário Bíblico MOODY - Neemias - Editora Batista Regular. 

Comentário bíblico I Coríntios, Hernandes Dias Lopes -  Editora Hagnos.