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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Lição 09 – Orando e Jejuando como Jesus Ensinou.



Lição 09 – orando e jejuando como jesus ensinou

TEXTO ÁUREO

“[...] Disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.” (AT 13.2,3).

VERDADE PRÁTICA

A oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do crente.

 

Leitura bíblica em Classe: MT 6.5-18 (comentário bíblico)

V.06 - Não é errado orar em público na congregação (1 Tm 2:1 ss), ao agradecer o alimento (Jo 6:11) ou, ainda, ao buscar auxílio de Deus (Jo 11:41, 42, At 27:35). Mas é errado orar em público se não temos o hábito de orar em particular. Aqueles que estão nos observando podem pensar que praticamos a oração em nossa vida particular. Assim, a oração pública que não tem não passa de hipocrisia. A palavra quarto também pode ser traduzida por "câmara particular" e se referir à despensa da casa. O relato bíblico mostra Jesus (Mc 1:35), Eliseu (2 Rs 4:32ss) e Daniel (Dn 6:1Oss) orando em particular.

V.07 - O fato de repetir um pedido não o torna uma "vã repetição", pois tanto Jesus quanto Paulo repetiram suas petições (Mt 26:36-46; 2 Co 12:7, 8). Um pedido torna-se "vã repetição" quando as palavras não refletem um desejo sincero de buscar a vontade de Deus. A prática de recitar orações memorizadas pode se transformar em vã repetição. Os gentios usavam orações em suas cerimônias pagãs (ver 1 Rs 18:26). Meu amigo Dr. Robert A. Cook costumava dizer que: "Todos nós temos uma oração rotineira à qual sempre voltamos; só quando nos livramos dela é que podemos começar a orar de fato!" Vejo isso não apenas em minhas orações particulares, mas também ao realizar reuniões de oração. Para alguns, orar é como colocar um CD no aparelho de som e deixar tocando enquanto vão fazer outra coisa. Deus não responde a orações insinceras.

Vv.9-13 - Essa oração, mais conhecida como "Pai nosso", poderia ser chamada mais apropriadamente de "oração dos discípulos". Jesus não deu essa oração para ser memorizada e recitada determinado número de vezes. Pelo contrário, deu essa oração para evitar que usássemos de vãs repetições. Jesus não disse: "orem com estas palavras", mas sim: "orem desta forma", ou seja, "usem esta oração como um modelo, não como um substituto". O propósito da oração é glorificar o nome de Deus e pedir ajuda para realizar sua vontade na Terra. Essa oração não começa com nossos interesses pessoais, mas sim com os interesses de Deus: o nome de Deus, seu reino e sua vontade. Nas palavras de Robert Law: "A oração é um instrumento poderoso não para realizar a vontade do homem no céu, mas para realizar a vontade de Deus na Terra". Não temos o direito de pedir a Deus qualquer coisa que desonre o nome dele, que impeça o avanço de seu reino, ou que seja um empecilho a sua vontade na Terra. É interessante observar que todos os pronomes da oração estão no plural, não no singular ("Pai nosso"). Ao orar, é preciso lembrar que somos parte da família de Deus, constituída de cristãos de todo o mundo. Não temos o direito de pedir qualquer coisa que prejudique outro membro desta família. Se estivermos orando segundo a vontade de Deus, de uma forma ou de outra, a resposta abençoará todo o povo de Deus. Se colocarmos os interesses de Deus em primeiro lugar, poderemos apresentar nossas necessidades pessoais. Deus se preocupa com nossas necessidades e as conhece antes mesmo de nós as levarmos a ele (Mt 6:8). Se ele já sabe, então por que orar? Porque a oração é o caminho que Deus determinou para suprir essas necessidades (ver Tg 4:1-3). A oração nos prepara para usar corretamente a resposta. Quando conhecemos nossa necessidade e a expressamos a Deus, confiando que ele a proverá, faremos melhor uso da resposta do que se Deus a impusesse sobre nós sem que a tivéssemos pedido. E correto orar pelas necessidades diárias, por perdão e por orientação e proteção contra o mal. "E não nos deixes cair em tentação" não significa que Deus tenta seus filhos (Tg 1:13-17). Com essas palavras, estamos pedindo a Deus para nos guiar de modo a não nos desviarmos de sua vontade nem nos envolvermos em situações de tentação (1 Jo 5:18), ou mesmo em situações em que tentaremos a Deus, levando-o a nos resgatar miraculosamente (Mt 4:5-7).

Vv. 14-15 - Neste "apêndice" da oração, Jesus expande a última frase de Mateus 6:12: "assim como nós temos perdoado aos nossos devedores", uma lição que repete a seus discípulos posteriormente (Mc 11:19-26). Jesus não está ensinando que os cristãos só merecem o perdão de Deus se perdoarem os outros, pois isso seria contrário a sua graça e misericórdia. No entanto, se experimentamos, verdadeiramente, o perdão de Deus, teremos a disposição de perdoar aos outros (Ef 4:32; Cl 3:13). Jesus ilustra esse princípio na parábola do Servo Incompassivo (Mt 18:21-35). Vim os que a verdadeira oração é um assunto de família ("Pai nosso"). Se não há entendimento entre os membros da família, com o podem querer ter um bom relacionamento com o Pai? 1 João 4 enfatiza que mostramos nosso amor a Deus ao amar nossos irmãos. Quando perdoamos uns aos outros, não estamos adquirindo o direito de orar, pois o privilégio de orar faz parte da nossa filiação (Rm 8:15, 16). O perdão diz respeito à comunhão: se não estou em comunhão com Deus, não posso orar efetivamente. Mas minha comunhão com Deus é influenciada pela com unhão com meu irmão; consequentemente, o perdão é parte importante da oração. Uma vez que a oração envolve a glorificação do nome de Deus, apressando a vinda do reino de Deus (2 Pe 3:12), e ajuda a realizar a vontade de Deus na Terra, aquele que ora não pode ter pecado em seu coração. Se Deus respondesse à oração de um cristão com um espírito rancoroso, estaria desonrando seu nome. De que maneira Deus usaria tal pessoa para realizar sua vontade na Terra? Se atendesse aos pedidos dela, Deus estaria encorajando o pecado! O mais importante numa oração não é simplesmente obter uma resposta, mas ser o tipo de pessoa a quem Deus pode confiar uma resposta.

Vv. 16-18 - O único jejum que Deus exigia do povo judeu era aquele da celebração anual do Dia da Expiação (Lv 23:27). Os fariseus jejuavam todas as segundas e quintas-feiras (Lc 18:12) e o faziam de modo visível para todos. Sem dúvida, seu objetivo era receber o louvor dos homens, e, com isso, perderam as bênçãos de Deus. Não é errado jejuar, se o fizermos da forma correta e pelos motivos certos. Jesus jejuava (Mt 4:3), e também os membros da Igreja primitiva praticavam o jejum (At 13:2). (Lc 21:34) e a manter nossas prioridades espirituais em ordem. No entanto, essa prática não deve jamais se tornar uma oportunidade para a tentação (1 C o 7:7). A privação de um benefício natural (como o alimento e o sono) não constitui, em si mesma, um jejum. É necessário que nos consagremos a Deus em adoração. Se não houver devoção sincera (ver Z c 7), não haverá qualquer benefício espiritual duradouro. Assim com o as ofertas e a oração, o verdadeiro jejum deve ser feito em particular, apenas entre o cristão e Deus. Aquele que "[desfigura] o rosto" (apresenta uma expressão abatida, a fim de suscitar piedade e receber elogios) contraria o propósito do jejum. Aqui, Jesus apresenta um princípio fundamental da vida espiritual: tudo o que é verdadeiramente espiritual nunca viola aquilo que Deus nos deu na natureza. Deus não destrói uma coisa boa para construir outra. Se alguém precisa parecer miserável para ser considerado espiritual, há algo de errado com seu conceito de espiritualidade.

                            Introdução

W. Tozer diz que ao “orarmos, deveríamos avaliar quem está agindo: o desejo do nosso coração ou o Espírito Santo”. Sua conclusão caminha no sentido de que, se a “oração tem sua origem no Espírito, então a luta espiritual pode ser bela e maravilhosa; mas, se somos vítimas de desejos alimentados em nosso coração, a nossa oração pode tornar-se tão carnal quanto qualquer outro ato”.2 Isso significa que propósitos egoístas podem estar escondidos sob uma aparente piedade ritualística. Uma voz melancólica, chorosa e que parece mais teatral que espontânea, longe de evidenciar um perfil piedoso, revela a perspectiva enganosa de alguns em relação a Deus. Não são a mera aparência ou a posição física, a tonalidade ou o timbre da voz, as palavras ou as expressões faciais que levam a oração a ser aceitável diante do Senhor, mas a disposição do coração, as intenções e a motivação com que nos dirigimos a Ele. E é exatamente isso que o Senhor quer ensinar aos seus discípulos, a oração na perspectiva da justiça superior.

 

I.            A oração é um diálogo com o pai

1.   1. A natureza da oração - Antes de buscarmos nossos interesses ou mesmo pleitearmos nossas necessidades, devemos nos voltar para Deus a fim de admirá-lo, adorá-lo e exaltá-lo. Três são os pedidos aqui apresentados, como vemos a seguir. Em primeiro lugar, 0 nome de Deus (6.9). Devemos orar pela santificação do nome de Deus. Deus é santo em si mesmo, e não podemos agregar valor à sua plena santidade. Mas devemos orar para que o nome de Deus seja reverenciado, honrado, temido e obedecido. Em segundo lugar, 0 reino de Deus (6.10). Devemos orar para que o reino de Deus venha a nós. O reino de Deus é o governo de Deus sobre os corações. Na medida em que o evangelho é anunciado e os pecadores se arrependem e creem, o reino de Deus vai alargando suas fronteiras. Orar, portanto, pela vinda do reino e acovardar-se no testemunho do evangelho é uma contradição. R. C. Sproul, citando Calvino, diz: “É tarefa da igreja dar visibilidade ao reino invisível”.17 Nossa vida precisa ser o palco da manifestação do reino de Deus neste mundo. Em terceiro lugar, a vontade de Deus (6.10). Devemos orar para que a vontade de Deus seja feita na terra como é feita nos céus. Citando Robert Law, Warren Wiersbe escreve: “A oração é um instrumento poderoso não para realizar a vontade do homem no céu, mas para realizar a vontade de Deus na terra”.18 Deus, e não o homem, é o centro do universo. Sua vontade é boa, perfeita e agradável e deve prevalecer na terra. Michael Green está correto quando diz que oração não é informar a Deus o que ele ainda não sabe, nem procurar mudar a mente de Deus. Oração é a adoração submissa da criatura ao seu criador.

2.      Como os homens de Deus viam a oração? O seu retiro, para a sua adoração em particular (v. 35). Ele orava, orava sozinho, para nos dar um exemplo de oração privativa. Embora, como Deus, as pessoas orassem a Ele, como homem, Ele orava. Embora Ele estivesse glorificando a Deus e fazendo o bem, no seu ministério público, Ele ainda encontrava tempo para ficar sozinho com o seu Pai, e lhe convinha “cumprir toda a justiça”. Agora observe:

A hora em que Cristo orou. (1) Foi pela manhã, na manhã seguinte ao sábado judeu. Observe que quando termina um “sábado”, nós não devemos pensar que podemos interromper a nossa adoração até o “sábado” seguinte.

Não. Ainda que não compareçamos à sinagoga, nós devemos ir ao “trono da graça”, todos os dias da semana; e na manhã seguinte ao “sábado”, em especial, para que possamos preservar as boas impressões desse dia. Essa manhã era a manhã do primeiro dia da semana, que Ele santificou posteriormente, e tornou extraordinária, por ter, também pela manhã, ressuscitado bem cedo. (2) Era muito cedo, ainda estava escuro. Quando os outros estavam dormindo em suas camas, Ele estava orando, como um genuíno Filho de Davi, que procura a Deus bem cedo e lhe dirige suas orações pela manhã; e à meia-noite se levanta para dar graças. Já foi dito: A manhã é amiga das musas – Aurora Musis amica; e também não é menos amiga das graças. E nas ocasiões em que o nosso espírito está mais revigorado e vivaz que devemos dedicar tempo aos exercícios de devoção. Aquele que é o primeiro e o melhor, deverá receber de nós o primeiro lugar e o melhor que tivermos.

O lugar onde Ele orou. Ele “foi para um lugar deserto”, um lugar fora da cidade ou algum jardim afastado ou, ainda, alguma construção isolada. Embora Ele não estivesse correndo o risco de se distrair ou de ser tentado a glórias vãs, ainda assim Ele se retirou, para nos dar um exemplo da sua própria regra: “Quando orares, entra no teu aposento” (Mt 6.6). As orações privativas devem ser realizadas em privado. Aqueles que tiverem mais atividades em público, e do melhor tipo, algumas vezes devem ficar sozinhos com Deus; devem se retirar, devem ficar a sós para conversar com Deus, e manter a sua comunhão com Ele.

3.  3.  A maneira de orar - É significativo que Jesus não faz menção de onde a oração deve ter lugar. Como apontado no capítulo anterior, a instrução de Jesus para "ir para o seu quarto interior" (6: 6) foi enfatizar a obstinação de oração, a necessidade de bloquear qualquer outra preocupação senão Deus. O próprio Jesus não tinha espaço interior para chamar de Seu durante Seu ministério terreno, e nós vê-lo Orando em muitos lugares e em muitas situações, tanto públicas como privadas. O desejo de Paulo foi para os fiéis a orar "em todo lugar" (1 Tim. 2: 8). Jesus também não especifica um tempo para orar. Jesus, assim como santos, tanto do Antigo e Novo Testamentos, orou a cada hora do dia e da noite. Eles podem ser vistos orando em horários regulares e habituais, em ocasiões especiais, quando em perigo especial, quando especialmente abençoado, antes das refeições e após as refeições, ao chegar a um destino e ao sair, e em todas as outras circunstâncias imagináveis e para todos os outros concebível bom propósito. Nem são vestimentas ou postura especificado. Como Jesus já havia enfatizado (6: 5-8), é a atitude e o conteúdo da oração que são de suprema importância, e as duas coisas são fundamentais para o padrão Ele agora prescreve. Em qualquer postura, em qualquer roupa, em qualquer momento, em qualquer lugar e sob qualquer circunstância oração é apropriado. A oração é para ser um modo de vida, uma comunhão aberta e constante com Deus (Ef 6:18; 1 Tessalonicenses 5:17). Porque é para ser um modo de vida, precisamos entender como orar; e que é precisamente por isso que Jesus deu a seus seguidores este modelo de oração.

II.    A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU

1.   1.  Jesus não condenou a oração em público - Destacamos a seguir algumas lições oportunas. Em primeiro lugar, um cristão é alguém que ora (6.5). Jesus não diz “se orardes...”, mas: quando orardes. Não há cristianismo verdadeiro sem oração. Quem nasce de novo, clama: “Aba, Pai”. Em segundo lugar, um cristão não ora para chamar a atenção para si (6.5). A oração ostentatória não é endereçada a Deus, mas é feita diante dos homens, para chamar a atenção dos homens, para receber recompensa apenas dos homens. Em terceiro lugar, um cristão não é um ator no palco, mas um pecador quebrantado longe dos holofotes (6.6). O quarto aqui mencionado era o lugar onde se guardavam as provisões da casa, um cômodo sem janelas, absolutamente fechado aos olhos dos expectadores. Nessa mesma toada, Robert Mounce diz que a palavra grega tameion pode referir-se a uma “despensa”, o único quarto da casa que não tem porta e, por isso mesmo, passível de privacidade. O Pai vê em secreto e recompensa em secreto. Oração não é um discurso de ostentação diante dos homens, mas um derramar do coração diante de Deus. Tasker tem razão ao dizer que o contraste aqui não é entre o caráter secreto da visão do Pai e o caráter público da sua recompensa, mas entre a maravilhosa recompensa que o Pai dá e a recompensa relativamente miserável da aprovação humana.

2.   2.  Jesus quer que sejamos discretos - O tameion (= câmara) é o quarto dos suprimentos, é o recinto escondido, secreto, a peça mais íntima da casa, porque os suprimentos precisam estar seguros de ladrões e animais selvagens. Essa câmara de suprimentos é a única peça na casa do agricultor palestino que pode ser trancada. Tampouco possui janelas. Portanto, é duplamente apropriada para ilustrar o sentido do “secreto”, porque ninguém pode entrar nem olhar para dentro. – Com que nitidez é caracterizada, assim, por Jesus, a diferença entre a natureza da oração em contraposição à prática da oração dos fariseus! Quantas vezes o próprio Jesus procurou a solidão da noite para orar. A pequena câmara de oração, da qual Jesus fala, também pode estar localizada no meio do alvoroço do mundo e no meio das pessoas. Mas estará lá somente quando primeiro temos o sagrado costume de nos retirarmos ao quarto secreto como Jesus aconselhou. É também excelente a maneira como a palavra do quartinho indica a posição de Deus diante de uma oração em segredo. Deus a recompensará, diz o texto bíblico. No grego o verbo “recompensar” significa “devolver o que se recebeu”, “saldar uma dívida”. Portanto, Deus considera a oração como nosso presente a ele, o qual ele nos devolve, como dívida que ele tem conosco e que ele salda a nós à maneira divina. Com a palavra da oração em local oculto, porém, Jesus jamais quis dizer que seus discípulos somente poderiam orar num quartinho. Jesus não interditou a oração comunitária na sinagoga. Ele próprio costumava ir à sinagoga. Além do perigo de “querer aparecer em público com a prática religiosa da oração”, Jesus chama atenção para outro, a saber, o mau costume de amontoar irrefletidamente palavras de oração.

3.     3Não useis de vãs repetições nas orações - Os exercícios de oração dos judeus naquele tempo estavam num nível tão exagerado, que a incessante repetição das palavras prescritas transformou-se em “tagarelice”: Exigia-se diariamente: • Recitar três vezes a oração das 18 petições, às 9 da manhã, às 3 da tarde e à noite (Essa oração era dez vezes mais extensa que o Pai Nosso: tinha 970 palavras). Veja algumas partes da oração das 18 petições, também chamada de tephilá:

 “Louvado sejas, Iavé, Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó, Deus Altíssimo, fundador do céu e da terra, nosso escudo e escudo de nossos pais. Louvado sejas, Iavé, escudo de Abraão. Tu és herói valoroso, o eternamente vivo, o vivo que nutre, o que vivifica os mortos. Louvado sejas, Iavé, que faz os mortos tornar à vida. Santo e terrível é o teu nome, e não há outro Deus além de ti. Louvado sejas, Iavé, Deus santo. Agrada-te, Iavé, nosso Deus, e mora em Sião, e teus servos em Jerusalém te servirão. Louvado sejas, Iavé, porque queremos servir-te com temor. Agradecemos-te, Iavé, nosso Deus, por todos os benefícios da bondade. Louvado sejas, Iavé, a quem convém agradecer. Derrama a tua paz sobre Israel, teu povo, e abençoa-nos a todos nós. Louvado sejas, Iavé, que és o construtor da paz” etc.

 Isso é apenas um extrato bem breve, para que possamos conhecer a natureza dessa grande oração de 18 petições.

• A confissão diária da fé, que devia ser recitada duas vezes.

Também é chamada de shemá. O shemá (confissão de fé), que devia ser proferido pela manhã em pé e à noite deitado, conforme Dt 6.7, era composto de 3 partes, tiradas de Dt 6.4-9, Dt 11.13-21 e Nm 14.37-41. Como revela o conteúdo das três passagens bíblicas citadas, o shemá não quer ser uma oração, e sim uma profissão de fé. É a confissão fundamental de Israel ao Deus único e seus mandamentos. – O shemá era emoldurado com elementos litúrgicos. O shemá matinal tinha duas introduções e duas finalizações. Uma destas introduções dizia, p. ex.: “Verdadeira e segura e firme e permanente e correta e confiável e amada e estimada e valiosa e fértil e gloriosa e justa e agradável e boa e bela é esta oração (o shemá)”, etc. – A recompensa de orar o shemá era que ele servia como um meio de proteção contra os maus espíritos, prolongava a vida da pessoa, garantia para a pessoa o mundo vindouro… Que diremos diante disso? Como neste caso a vida de oração tornou-se algo externo, igual a uma produção realizada! Quanto à preparação para a oração, é preciso esclarecer o seguinte: Quem ia orar costumava esperar uma hora, depois orar uma hora, e em seguida esperar mais uma hora.

 • A repetição das orações de mesa.

 • Em qualquer ocasião, a doxologia (exaltação de Deus).

 Com “tagarelar” ou orar de modo “irrefletido” ou “irreverente”, Jesus também se refere à idéia de que, com as muitas palavras, Deus seria constrangido a ceder aos desejos dos que oravam. A oração abundante em palavras seria, de certo modo, o método mágico para merecer o céu. É uma idéia pagã, diz o Senhor. O Senhor condena plena e cabalmente a oração vazia, irrefletida, verborrágica, supersticiosa. Por outro lado, não pensa de modo algum em interditar uma oração longa, fervorosa e confiante, a luta de oração que, em certas circunstâncias, pode durar até uma noite toda (cf. a oração de Jacó até o nascer do sol). O apóstolo Paulo diz: “Orai cem cessar”. Nisso ele está bem de acordo com o seu Mestre, para que essa oração persistente não seja desvirtuada em religiosidade mística, em fanatismo, mas permaneça sob a constante disciplina do Espírito e aconteça sempre na sobriedade bíblica.

   

     iii.  oração e jejum

1.  1.  Oração e jejum: uma combinação perfeita - John Charles Ryle diz que jejum é a abstinência ocasional de alimentos, a fim de levar o corpo em sujeição ao espírito.21 Patriarcas, profetas e reis jejuaram. Jesus, os apóstolos e os cristãos primitivos jejuaram. Jejuar é abster- -se do bom para alcançar o melhor. Quando comemos, alimentamo-nos do pão da terra, símbolo do Pão do céu; mas, quando jejuamos, alimentamo-nos não do símbolo, mas do simbolizado, ou seja, do próprio Pão do céu! Destacamos a seguir algumas lições preciosas. Em primeiro lugar, um cristão é alguém que não despreza a disciplina do jejum (6.16). Mais uma vez, Jesus não diz “se jejuares”, mas quando jejuares. Jesus pressupõe que um cristão é alguém que jejua. O único jejum que Deus exigia do povo judeu era aquele da celebração anual do Dia da Expiação (Lv 23.27). Os fariseus, porém, jejuavam duas vezes por semana (Lc 18.12) e o faziam de modo visível para todos. E óbvio que não é errado jejuar, se fizermos isso da forma certa, com a motivação certa. Os homens e as mulheres nos tempos do Antigo Testamento jejuaram. Jesus jejuou (Mt 4.3). Os crentes da igreja primitiva jejuaram (At 13.2). Em segundo lugar, um cristão entende que 0 jejum não é autopropaganda, mas auto quebrantamento (6.16,17). Se o hipócrita toca trombeta ao dar esmola, o falso espiritual desfigura o rosto quando jejua. Em ambas as situações, o propósito é o mesmo: ser visto e reconhecido pelos homens como uma pessoa espiritual e virtuosa. Não jejuamos para fazer propaganda de nossa espiritualidade, mas para nos humilharmos diante de Deus. Em terceiro lugar, um cristão pratica 0 jejum não para receber recompensa dos homens, mas para agradar a Deus (6.18). O jejum não é para ser visto pelos homens, com o fim de receber deles o reconhecimento, mas deve ser praticado na presença de Deus, que vê em secreto e recompensa em secreto. Concordo com Warren Wiersbe quando ele diz que o hipócrita coloca reputação no lugar do caráter, as palavras vazias no lugar da oração, o dinheiro no lugar da devoção sincera e o louvor superficial dos homens no lugar da aprovação eterna de Deus.

2.2.    O aspecto bíblico sobre o jejum - No tempo de Jesus os judeus observavam dois dias de jejum para todo o povo: o dia da expiação (Lv 16) e o 9º dia do mês abib. Esse último era promovido como recordação das duas destruições do templo (a primeira destruição sob Nabucodonosor em 586 a.C. e a segunda por Tito no ano 70). Agregavam-se ainda jejuns decretados em situações de grandes calamidades, p. ex., na falta de chuvas, em epidemias, guerras, pragas de gafanhotos etc. Nesses casos se definia como dias de jejum a segunda e a quinta-feira. Aconteciam celebrações públicas na rua. Mais severo era o jejum no dia da expiação: “Quem, no dia da expiação, comer a quantia de uma tâmara, ou beber tanto quanto cabe no seu gole, esse é culpado”. Nesse dia sequer era permitido lavar-se. Também se devia deixar de ungir o corpo. Pelo contrário, as pessoas se aspergiam com cinzas, andavam descalças e adotavam uma expressão facial triste. Queriam parecer insignificantes, no intuito de significar tanto mais perante os outros (Esse é o trocadilho feito no texto original grego com “ocultar – brilhar”). Normalmente o jejum durava do nascer ao pôr do sol. Alguns devotos espontaneamente se encarregavam de outros jejuns particulares. Esse jejum espontâneo era tido em altíssima consideração. Acreditava-se que, com o jejum se conquistaria, junto de Deus um mérito especial, e pensava-se que, através de jejum, se poderia alcançar a suspensão de decisões condenatórias divinas. Por isso se jejuava também pelos pecados do povo, a fim de afastar do povo a ira de Deus! Muitas vezes essa atividade do jejum era feita para chamar a atenção, para concentrar sobre si os olhares das pessoas. Jesus afirma: Um jejum desses é hipocrisia, e por isso condenável! O jejum correto é um pensamento íntimo de arrependimento e um coração curvado diante de Deus. Isso precisa ser exercido com pureza discreta. Para fora não se nota nada. Mas o que jejua revela ao próximo um “ânimo alegre” (cf. Mc 2.18).

3.3.   O ensino de Jesus sobre o jejum - Jesus disse aos que queriam jejuar: “Mas você, quando jejuar, ponha óleo na cabeça e lave o rosto, para não ficar evidente aos outros que você está jejuando, mas somente a seu Pai, que está em secreto; e seu Pai, que vê o que é secreto, recompensará você” (6.17,18). Jesus está dizendo a seus seguidores que eles devem agir normalmente quando jejuarem, de modo que ninguém saiba disso a não ser Deus. Eles devem sacudir as cinzas, lavar o rosto, usar desodorante ou talco, ou óleo, ou qualquer outra coisa, e agir normalmente. Nenhum ato voluntário de disciplina espiritual deve ser usado para autopromoção. Do contrário, qualquer valor que o ato possa ter estará invalidado. O golpe de Mateus 6.1-18 é humilhante. A exigência de justiça de Mateus 5 agora é complementada pela insistência em que essa justiça nunca deve ser confundida com ostentação de piedade, com fingimento de santidade. A pergunta se apresenta nos termos mais práticos possíveis: Quem eu estou tentando agradar com minhas práticas religiosas? A reflexão sincera sobre essa questão pode produzir resultados muito inquietantes. Se isso acontecer, grande parte da solução é começar a praticar piedade na intimidade secreta da presença do Senhor. Se suas “obras de justiça” não são feitas sobretudo em segredo, diante dele, talvez secretamente elas estejam sendo praticadas para agradar outros. As negativas desses versículos são de fato um bom meio de chegar ao que é supremo e positivo, a saber, a justiça transparente. Santidade genuína, virtude não fingida, piedade sincera — tudo isso é extremamente puro e atraente. A verdadeira beleza da justiça não deve ser manchada pela fraude.

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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Superintendente e Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 

                                   BIBLIOGRAFIA

Bíblia Almeida século 21

Bíblia de estudo King James Atualizada

Comentário bíblico Mateus, John Macarthur

O Sermão do Monte, D. A. Carson

Comentário bíblico Mateus, Moody

Comentário bíblico Mateus, D. A. Carson

Comentário bíblico Mateus, Esperança

O Sermão do Monte, César Moisés Carvalho

Comentário bíblico expositivo Mateus, Warren W. Wiersbe

Comentário bíblico expositivo Hagnos Mateus, Hernandes Dias Lopes

O Sermão do Monte, Sinclair Ferguson

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 

 


4 comentários:

  1. Paz do Senhor!
    Meus irmãos e amigos, tenham uma ótima semana...
    Muito obrigado pelo apoio.

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  2. Que o Senhor nos conceda uma aula abençoada...
    Se possível compartilhem com seus amigos.
    Deus vos abençoe!

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