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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

LIÇÃO 03 - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                        TEXTO ÁUREO

"Disse mais: Pouco é que sejais o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra."(Is 49.6)


                    VERDADE PRÁTICA

O amor de Deus para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que militam pela salvação das almas perdidas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1RS 17. 8, 9, 17-22; JN 1. 1, 2



                            INTRODUÇÃO                                           

Parabéns professor(a)


O povo de Israel, desde as suas origens até o período do exílio (VI séc.), não mostrou nenhuma tendência a difundir o conteúdo e a prática da sua fé entre os outros povos. Somente no período pós-exílio, o povo de Israel começou a desenvolver uma visão mais universal, que já estava presente em tradições mais antigas e que também incluía as nações com o destinatárias do mesmo projeto de salvação do Deus de Israel. J. H. Bavinck (1895-1964), um holandês erudito em missões que foi durante muitos anos missionário na Indonésia, observa: À primeira vista, o Antigo Testamento parece oferecer poucas bases para a ideia de missões [...]. Mas, se nós investigarmos o Antigo Testamento completamente, tornar-se-á claro que o futuro das nações é um ponto de grande interesse [...]. De fato, não poderia ser de outro modo, pois, desde a primeira página até a última, a Bíblia tem o mundo todo em vista, e seu plano divino de salvação é revelado com o pertencente ao mundo todo. {An Introduction to the Science of Missions) No dizer de George W. Peters, na sua importante obra Teologia Bíblica de Missões (CPAD)0 Antigo Testamento não contém missões; ele é por si “missões” no mundo. Com o uma voz solitária no deserto, o Antigo Testamento proclama ousadamente o monoteísmo ético revelador em protesto ao enoteísmo grego, egípcio e, mais primitivo, hindu — os vários sistemas de politeísmos e o monismo incipiente filosófico do Ocidente. Por seu turno, vemos que Deus, de uma forma gloriosa e miraculosa, preservou tanto a essência dos livros do Antigo Testamento e o povo como o seu portador (Israel). Peters conclui afirmando que, de fato, o Antigo Testamento é um livro missionário, e Israel, um povo missionário. É bom lembrar, no entanto, que o Antigo Testamento não fala explicitamente de “missão” em sentido atual.

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                    I.   ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

1.   O plano de Deus   -   O livro de Gênesis, capítulos 1 a 11, trata da origem e desenvolvimento da raça humana com o um todo. O período compreendido nesses capítulos é conhecido com o “ Universalismo” , enquanto no capítulo 12, nos versículos 1 a 3, o período narrado denomina-se de “Particularismo” , haja vista que Deus trabalha por meio de uma nação chamada Israel. Esta foi chamada para ser uma “ nação missionária” . Os israelitas deveríam ser servos de Deus, as suas testemunhas, os seus sacerdotes e mediadores diante das nações (Is 42.5-7; 43.10-13). O Antigo Testamento contém aproximadamente três quartos da Bíblia Sagrada, mais de trinta autores, cuja ênfase está centrada na história do homem e, principalmente, no êxito do povo hebreu, que foi escolhido como nação sacerdotal e porta-voz da verdade espiritual para o mundo. Para alguns estudiosos da Missiologia, o período do Antigo Testamento foi conhecido com o um período de “missões pátrias” . Os profetas, sem dúvida, foram missionários no sentido mais verdadeiro. Apesar de que houve convertidos entre os antigos hebreus, principalmente entre estrangeiros, que, por várias razões, tinham fixado residência nos territórios ocupados por Israel, incluindo cativos de guerra e habitantes de territórios conquistados, dificilmente poderiamos chamar Israel de uma nação missionária. O judaísmo posterior tornou-se mais missionário, algo sobre o que o Senhor Jesus comentou de forma negativa (Mt 23.15). Contudo, no Antigo Testamento, o livro de Jonas aparece, de forma surpreendente, com o um livro evangelístico, pois esse profeta tornou-se missionário no estrangeiro (Nínive) — embora relutante. Por essa razão, esse livro tem sido chamado de “o João 3.16 do Antigo Testamento” . O seu fim é tão incomum que os eruditos liberais têm sentido necessidade de conferir-lhe uma data mais recente a fim de que se ajuste à atmosfera mental de séculos mais tarde.

2.    A falha de Israel     Vejamos abaixo um Salmo que apresenta a vocação sacerdotal do povo de Israel:   “Seja Deus gracioso para conosco e nos abençoe, e faça resplandecer O seu rosto sobre nós, para que se conheça na terra o seu caminho, e entre todas as nações a sua salvação. Louvem-te, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.” (Sl 67.1) ARA.      Este Salmo faz uma releitura teológica da bênção sacerdotal de Aarão, Números 6.24-26. O salmista compreendeu que o sacerdócio não deveria ser desenvolvido em um âmbito exclusivista, isto é, somente para abençoar Israel. Alguns hebreus nacionalistas entendiam a bênção de Aarão nos seguintes termos “O Senhor abençoe e guarde apenas os israelitas”. O salmista se opõe a essa interpretação e afirma que o objetivo da bênção de Deus é levar a salvação “entre todas as nações”. O caráter missionário deste salmo pode ser visto no fato de que ele aplica a todos os povos aquilo que alguns relacionavam somente aos filhos de Israel. O Antigo Testamento mostra que o povo de Israel não cumpriu sua vocação missionária. Diversos textos Bíblicos mostram que, lamentavelmente, os israelitas não obedeceram aos propósitos de Deus.  De um modo geral, as atitudes do povo de Deus foram marcadas pelo egoísmo, em vez de agirem com justiça e honestidade, preferiram satisfazer seus próprios interesses, em vez de ser um canal de bênçãos para os demais, optaram por levar vantagem em tudo o que faziam. Deus não aprovou as ações de Israel e julgou seu povo.   O centro das mensagens dos profetas é o de que a justiça, o amor e a misericórdia de Deus se estendessem por intermédio do povo de Israel a todas as nações, Habacuque, Miquéias, Joel, Sofonias, Obadias etc. Todos enfatizam a mensagem missionária, a responsabilidade do povo de Deus em ser uma nação missionária. Mas Israel não cumpriu sua vocação então em cumprimento da aliança feita com Javé o juízo era iminente. É triste notar que Israel falhou em executar o plano de Deus. No entanto, convém ressaltar que a falha humana não atrapalhou os propósitos do Senhor. O Messias enviado por Deus haveria de cumprir plenamente a vontade divina. Ao contrário do que muitos pensam, obtemos no Antigo Testamento uma sólida base para a obra missionária.

3.   A contribuição de Israel para o mundo   -     Como escreveu o escritor e viajante Mark Twain (1835-1910):

“Se as estatísticas estão corretas, os judeus são apenas 1% da humanidade – uma faísca insignificante no brilho da Via Láctea. Normalmente não se deveria ouvir falar dos judeus, mas ouvimos no passado e ouvimos ainda hoje falar deles. Na questão de popularidade e do sucesso, eles podem concorrer com qualquer povo da terra, e seu significado na economia e no comércio não está em razão proporcional ao número de seus integrantes. Sua contribuição na lista dos grandes nomes da literatura, ciência, arte, música, finanças, medicina e erudição profunda é igualmente surpreendente. Israel impressionou grandemente o mundo durante os séculos – e isso com as mãos amarradas às costas. Israel poderia estar orgulhoso de si mesmo com razão. Os egípcios, babilônios e persas chegaram ao poder, tomaram o mundo com seu brilho, e entraram em declínio. Seguiram-se os gregos e romanos, fizeram muito barulho, e, depois, desapareceram. Outros povos se levantaram, sua tocha brilhou por algum tempo, depois se apagou, e hoje eles se encontram na penumbra ou desapareceram por completo. O judeu viu a todos eles, derrotou a todos e é hoje o que sempre foi, sem mostrar decadência ou apresentar sinais de velhice, sem fraquezas, sem uma redução em sua energia, sem ofuscar seu espírito vivo e dinâmico. Todas as coisas são mortais, menos os judeus; todas as outras forças se vão, eles ficam. Qual é o mistério de sua imortalidade?” (apud. LIETH, 1999, p.17).

Minha única resposta a pergunta de Twain é: DEUS!

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                II.    O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES                          

Parabéns professor(a)

1.   Os olhos de Deus sobre todos os povos    -   Porém Deus não só se revela, mas também salva, e sobre salvação no Velho Testamento, podemos falar um pouco da vida de Moisés, o homem que Deus usou para libertar o povo de Israel do Egito. Êxodo 3:1-12 diz que enquanto Moisés apascentava o rebanho do seu sogro, Deus apareceu para ele e deus a missão de libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. O curioso é que a história de Moisés é a sombra da história de Cristo, de um Deus que viria para nos salvar. Pois Mateus 2 diz que José e Maria tiveram que fugir para o Egito com Jesus, para que não o matassem em uma carnificina, e foi de lá que o salvador veio, cumprindo assim uma das profecias que haviam feito sobre o salvador (Oséias 11:1, Mateus 2:15).  Poderíamos colocar também muitos outros profetas como os primeiros missionários, mas vale lembrar que o conceito de céu ou de uma vida após a morte veio apenas depois do período dos profetas. É no Novo Testamento que isso fica mais claro e podemos entender o plano de salvação de uma forma mais ampla. Contudo, apesar de sabermos que o plano de salvação começou com Abraão, e que Moisés teve uma missão, assim como muitos outros profetas, não podemos chamar estes de missionários ou pregadores, como conhecemos hoje, pois apesar de haver convertidos entre os judeus daquela época, apenas o judaísmo posterior é que se tornou um pouco mais missionário. 

2.    A viúva de Sarepta e o profeta Elias   -   Sarepta é uma antiga cidade fora dos limites de Israel pertencente à Sidônia, na costa mediterrânea do Líbano. Atualmente, o sítio de Sarepta localiza-se no distrito libanês de Sarafande. Tratava-se de um território fenício a uns 18 km ao sul de Sidom. O termo Sarepta significa “fornalha de fundição” , “ fundir” , “ refinar” e “ cadinho” , provavelmente devido à atividade de fundição de metais existente naquele local à época do relato bíblico. Enquanto a liderança real estava comprometida com a adoração a Baal, Elias, através das suas mensagens e milagres, tinha a responsabilidade de lembrar aos israelitas que eles eram o povo de Deus. O pai de Jezabel, sogro do rei Acabe, era o controlador do território fenício. Quando Elias profetizou a grande seca que havería na terra e castigaria Israel, o Senhor enviou-o justamente à cidade de Sarepta, na casa de uma viúva.  Enquanto a princesa de Sidom negava as evidências e tentava acabar com a fé do povo de Israel, uma mulher pobre e humilde, cidadã do mesmo país, converteu-se a Deus. Ela foi ricamente abençoada, enquanto a princesa Jezabel morreu e foi comida por cães (2 Rs 9.30-37).

3.    A missão de Jonas em Nínive   -   O capítulo 1 descreve a chamada de Jonas e a sua desobediência inicial, que redundou no castigo divino. O capítulo 2, por sua vez, revela a oração feita no ventre do “ grande peixe” , quando ele agradece ao Senhor Deus por ter-lhe poupado a vida e promete obedecer à sua chamada. O capítulo 3 registra a segunda oportunidade que  Jonas recebe de ir a Nínive e ali pregar a mensagem divina ao povo daquela cidade. A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), ao comentar o capítulo 3, destaca ter sido um dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, quando o rei conclama todos ao jejum e à oração, sendo que o juízo não recaiu sobre eles. O Senhor teve compaixão até dos animais daquele país! Nesse caso, não admira que a mensagem do evangelho foi dirigida a todos os homens de todos os lugares, com um convite para quem quiser vir. Com o a cidade não foi condenada em razão do arrependimento do povo, o profeta ficou profundamente indignado. Todavia, o Senhor fez Jonas ver que Ele ama a humanidade: “ E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” (Jn 4.11).

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                    III.    ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

1.   Alianças de Deus    Quando observamos as alianças bíblicas, precisamos primeiramente considerar a terminologia que as Escrituras usam para aliança. No Antigo Testamento, a palavra hebraica para aliança é berith. Ela é usada 285 vezes. A palavra grega no Novo Testamento para aliança é diatheke. Ela aparece 30 vezes. Portanto, o significado central de aliança é um laço ou relacionamento entre duas partes na forma de um contrato. Em nosso mundo moderno, um contrato é a coisa mais próxima que seja semelhante a uma aliança bíblica. Nas alianças bíblicas entre Deus e a humanidade, o Senhor, soberanamente, impõe os termos desses arranjos de acordo com Sua própria vontade e prazer. Pense no seguinte: o Deus que não pode mentir escolhe se comprometer legalmente com as promessas que Ele fez para a humanidade.  Existem oito alianças na Bíblia, feitas entre Deus e a humanidade:

  • A Aliança Edênica (Gn 1.28-30; 2.15-17)
  • A Aliança Adâmica (Gn 3.14-19)
  • A Aliança Noaica (Gn 8.20-9.17)
  • A Aliança Abraâmica (Gn 12.1-3; etc.)
  • A Aliança Mosaica (Êx 20-23; Dt)
  • A Aliança Davídica (2Sm 7.4-17)
  • A Aliança da Terra de Israel (Dt 30.1-10)
  • A Nova Aliança (Jr 31.31-37)

2.    Aliança incondicional e condicional   -  Aliança Incondicional: É uma Aliança em que Deus Se obriga a cumprir as promessas da Aliança, independentemente da resposta do homem. É uma Aliança cujo cumprimento não depende de o homem cumprir certas condições. Fórmula: “Eu farei isto, eu farei aquilo” (Êx 6:3-8; Gn 9:11).      Aliança Condicional: É uma Aliança em que Deus Se obriga a cumprir as promessas da Aliança, somente com a obediência do homem com as condições apresentadas por Deus. É uma Aliança, cujo cumprimento depende de o homem cumprir certas condições. Fórmula: “Se... então...” (Êx 19:5; Dt 28:58,59).



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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Até os confins da terra - Pregando o Evangelho a todos os Povos até a volta de Cristo, Wagner Gaby - Editora CPAD.

https://www.teologiaeducacaoefilosofia.com.br/2020/06/a-missao-no-antigo-testamento.html

https://www.gospelprime.com.br/brasil-e-israel-bencao-ou-maldicao/



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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

LIÇÃO 02 - MISSÕES TRANSCULTURAIS: A SUA ORIGEM NA NATUREZA DE DEUS.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações." (Gn 17.4)


                    VERDADE PRÁTICA  

O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 12. 1-3; 17. 1-8



                                INTRODUÇÃO 

A missão transcultural implica estender-se a todos os grupos étnicos da terra, cuidando dos diferentes aspectos da vida das pessoas. Quando falamos sobre missão transcultural, falamos primeiro sobre a missão de Deus. O Senhor é um missionário. A missão existe simplesmente porque Ele ama as pessoas e quer resgatar a humanidade da sua desumanização nas áreas moral, espiritual, física, intelectual, social, econômica, política e cultural. O estabelecimento do seu Reino é a missão dEle. Missões transculturais implicam o esforço de a igreja transpor fronteiras, ir além do seu campo de atuação, cruzar barreiras geográficas, línguas, costumes, religiões, etnias, etc., tornar a igreja acessível para cada um dos povos não alcançados e permitir que eles entendam a mensagem e nossa missão enquanto igreja. A tarefa mais importante da Igreja neste tempo é a evangelização transcultural, visto que, pode-se dizer que, ainda hoje, 25% da população mundial nunca ouviu falar do evangelho sequer uma vez. É preciso entender o que são missões transculturais e saber que, ainda que os tempos sejam de crise, o “ide” do Senhor não pode parar, e Ele designa cada um para o lugar que Ele mesmo escolheu, para que assim a salvação possa ser alcançada por todos.  Ronaldo Lidório ensina que o evangelho de Deus é: supracultural, pois define o ser humano, e não o contrário; multicultural, pois atrai ao Senhor Jesus pessoas de toda tribo, língua e nação; intercultural, pois a igreja é viva e deve viver em comunhão; cultural, pois o próprio Senhor Jesus revela-se em nossos dias, em nossa história, mas sem pecar nosso pecado; transcultural, pois deve ser levado de uma cultura para outra pela obra missionária; e, por fim, contracultural, pois alcança o ser humano onde ele está e transforma-o.

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                    I.    A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS

1.   A natureza missionária de Deus no  chamado de Abrão  (Gn 12. 1-3)  -   A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos. Observe Gênesis 18.19. Dessa família surgiria uma nação escolhid, de pessoas que se separessem das práticas ímpias de outras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa naçao viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente de mulher (Gn 3.15). O chamado de Abrão ocorreu juntamente com uma aparição de Deus8. Embora Moisés só mencione essa aparição quando Abrão já estava em Canaã (12:7), Estêvão nos diz que Deus apareceu a ele ainda em Ur (Atos 7:2). Mesmo com todas as objeções que poderiam ser levantadas por Abrão, essa aparição não devia ser incomum. Deus também apareceu a Moisés na época do seu chamado (Êxodo 3:2, etc).   Em certo sentido, a ordem de Deus a Abrão foi muito específica. Ele recebeu instruções detalhadas do que precisava deixar pra trás. Ele precisava deixar sua terra, seus parentes e a casa de seu pai. Deus ia formar uma nova nação, não só dar um jeito em alguma já existente. Quase nada da cultura, religião ou filosofia do povo de Ur faria parte daquilo que Deus planejava fazer com Seu povo, Israel.    Por outro lado, a ordem de Deus também foi deliberadamente vaga. Enquanto o que precisava ser deixado pra trás ficou muito claro, o que estava por vir era dolorosamente desprovido de detalhes: “... para a terra que eu te mostrarei”.    Abrão não sabia nem mesmo onde se estabeleceria. Como o escritor de Hebreus coloca: “...e partiu sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8).  A fé à qual somos chamados não é em algum plano, mas em uma pessoa. Mais importante do que onde ele estava, Deus estava interessado em quem ele era, e em Quem confiava. Deus não Se preocupa tanto com geografia quanto com santidade.

2.   A missão como atividade de Deus   -   Deus se apresentou a Abrão dizendo: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito” (Gênesis 17:1). Essa auto-designação de Deus como o Todo-Poderoso enfatiza o Seu domínio absoluto sobre todas as coisas. Na sequência Ele também indica que diante de Suas promessas Abrão deveria demonstrar uma resposta obediente.

Em Gênesis 17 mais uma vez a aliança de Deus com Abrão é reafirmada. Ele diz: “Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente” (Gênesis 17:2). O texto hebraico enfatiza o conceito de “minha aliança”; ou seja, uma aliança unilateral de Deus com Abrão. Contudo, isso não significa que Abrão e sua descendência como beneficiários dessa aliança estivessem isentos de responsabilidades (Gênesis 17:7-9; cf. Gênesis 12:1-3; 15:18-21). 

3.    O nosso modelo missionário   -  2. NOSSO DEUS É DEUS MISSIONÁRIO.

(1) É Deus que tem compaixão do pecador. Ele sofre por causa da “ovelha perdida” que ainda não retornou ao lar. Para que cada crente seja um missionário precisa ter compaixão dos perdidos.
(2) Deus quer que todos se salvem (1 Tm 2:1-4). O amor de Deus não tem limites. Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2:11). O ser humano é alvo do amor de Deus.
(3) Deus comissionou sua igreja para fazer sua obra missionária (Mt 28:19-20)

3. NOSSO DEUS AINDA TEM UM PROJETO MISSIONÁRIO.
(1) O projeto missionário existe no coração de Deus antes mesmo da fundação do mundo (Ef 1:3-5).
(2) O projeto missionário de Deus foi centralizado na pessoa de Cristo (2 Co 5:19) em quem tudo converge (Ef 1:11).
(3) A Igreja, hoje, continua fazendo o trabalho de Cristo na salvação do ser humano. No texto de 2 Co. 5:18-20 Paulo diz que nós recebemos o ministério da reconciliação.

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                    II.   AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO

1.   O amor de Deus    -   A Bíblia diz que o amor é um dos atributos de Deus. Aqui é importante entender que quando falamos em “atributos” não estamos nos referindo a algum tipo de qualidade que possa ser acrescentada ao ser de Deus. Ao contrário disto, os atributos de Deus são àquelas características que descrevem a própria pessoa de Deus. Portanto, é impossível separar o ser de Deus de seus atributos.  A Bíblia fala do amor de Deus para com todos os homens, indicando sua preocupação com as suas criaturas. Isso indica a bondade que o Criador sente para com suas criaturas. Sob esse aspecto, Ele ama os povos, guarda os peregrinos e ampara os órfãos e as viúvas (Deuteronômio 10:18; 33:3 Salmos 68:5; 146:9).  Esse cuidado de Deus é comum a todas as pessoas. Isso significa que Ele é bom para todos, por isso Ele faz com que o sol se levante sobre maus e bons, e a chuva caia sobre justos e injustos (Mateus 5:45; Salmos 145:9,15,16).   No entanto, a Bíblia também enfatiza que Cristo é a manifestação especial e particular do amor de Deus (João 3:16; Romanos 5:8; 8:31-39). O apóstolo Paulo escreve que “Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:4-6).

2.     A Redenção no Antigo Testamento    -   Um preço era pago em dinheiro, em conformidade com a Lei, para comprar novamente uma propriedade que necessitasse ser liberta ou resgatada (Nm.3.51; Ne.5.8). E a partir deste uso, o termo no Antigo Testamento foi usado normalmente com um senso de libertação, embora a idéia de pagamente sempre estivesse presente.  Nesse mesmo sentido levantado, Deus é visto como o Redentor de Israel, pois é aquele que provê Libertação para seu povo. Em Dt.9.26 temos uma bela demonstração desse fato: “Ó Soberano Senhor, não destruas o teu povo, tua própria herança! Tu o redimiste com tua grandeza e tiraste da terra do Egito com mão poderosa‘. Como podemos observar, Deus é visto por Moisés como “Aquele que Liberta“. Redenção aquilo é vista exatamente neste sentido, e a história da saída do povo do Egito é a prova definitiva desse fato. Observe:    E quem é como Israel, o teu povo, a única nação da terra que tu, ó Deus, resgatastes para dela fazerdes um povo para ti mesmo, e assim tornaste o teu nome famoso, realizaste grandes maravilhas ao expulsar nações e seus deuses de diante desta mesma nação libertaste do Egito? (2Sm.7.23).

3.   A Redenção no Novo Testamento   -   A palavra grega se deriva do verbo que significa “libertar ante o recebimento de um resgate”. O redentor é Jesus Cristo, o parente remidor dos eleitos de Deus — “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1.68). O preço que Jesus pagou em favor da redenção de seu povo foi o seu próprio sangue, derramado em sua morte, no lugar dos eleitos — “o Filho do Homem… veio para… dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E o Redentor é também, Ele mesmo, a redenção — “Cristo Jesus, o qual se nos tornou… redenção” (1 Co 1.30). Cristo redimiu seu povo do pecado e de tudo o que a ele se associa.    Cristo nos redimiu do poder do pecado — o domínio do pecado sobre os pecadores. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).    Cristo obteve eterna redenção para aqueles aos quais ela estava prometida, mas ainda não outorgada nos dias do Antigo Testamento (v. 15). “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados” (v. 15). Por essa razão, Jacó profetizou a respeito de Cristo como o “Anjo que me tem livrado de todo mal” (Gn 48.16). E Jó pôde exclamar: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).

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                    III.    VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL

1.    Um Deus Missionário   -   A Bíblia revela um Deus missionário em cada página das Sagradas Escrituras. Por vezes, pensamos erroneamente que o movimento missionário começou no Novo Testamento e que Deus não tinha preocupações missionárias antes disso. Esse, porém, é um grande erro. O Senhor é um Deus missionário. Todavia, quando olhamos um pouco mais atentamente, vemos que Ele primeiramente criou toda a raça humana. Aprouve a Ele escolher um povo para ser o “seu povo” , para torná-lo conhecido a todas as nações; isso, todavia, não exclui as demais nações, os demais povos do plano salvílico. Em Abraão, Deus renova o seu chamado missionário: “ De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.1-4, ARA). Salmos 2.8 aponta o Senhor com o um Deus missionário: “Pede- -me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão” .

2.   A escolha de Israel e sua missão    -   Na verdade, a Bíblia nos revela porque Deus escolheu os Judeus. Ele escolheu Israel para ser luz para as nações, para abrir os olhos aos cegos e para libertar os cativos. Quando Ele veio a Abraão no norte da Síria, Ele disse a ele para deixar seu pai e sua mãe e ir para a terra que Ele mostraria. Então, Deus deu a ele  três promessas: a promessa da Terra, a promessa da descendência e a promessa de ser bênção para todas as famílias da Terra. É por isso que Deus escolheu Abraão e a sua descendência para sempre. Não há outra promessa em toda a Escritura que aparece tantas vezes como a promessa que Deus fez a Abraão, Isaque, Jacó, e à descendência de Israel. A promessa de multiplicação da descendência, a promessa de ser uma bênção para todas as nações da terra, e a promessa de que Ele daria a terra de Canaã a Israel e à sua descendência para sempre, aparecem vinte vezes em Gênesis.

3.   A escolha da Igreja    -   Jesus Cristo deu à Sua Igreja uma responsabilidade e uma missão específica em cumprimento de Seu plano. O que isso implica? Alguns, por entender mal o plano global de Deus, também não compreendem o que a Igreja está fazendo. Qual é a missão especial da Igreja?  Jesus Cristo entregou à Sua Igreja—esse corpo de crentes espiritualmente transformado—a responsabilidade de realizar essa tarefa. A missão da Igreja é pregar o evangelho do Reino de Deus e fazer discípulos em todo o mundo, ensinando-lhes exatamente o que Jesus ensinou (Marcos 16:15, Mateus 24:14; 28:19-20).  Veja a finalidade para a qual Jesus Cristo enviou o apóstolo Paulo às pessoas no mundo: “Para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (Atos 26:18, ACF).   Paulo descreve a responsabilidade da Igreja como “o ministério da reconciliação”, porque “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2 Coríntios 5:18-19) .  O propósito final de Deus é ajuntar—reconciliar—toda a humanidade para Si mesmo. A Igreja desempenha um papel importante nesse nobre esforço. Deus a comissionou para pregar como vai ocorrer essa reconciliação. E para batizar aqueles que acreditem nessa mensagem.    Sim, apenas alguns estão dispostos a seguir todos os ensinamentos de Jesus Cristo quando os ouve e compreende-os. Assim, Jesus confortou Seus discípulos: “Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino” (Lucas 12:32). Deus revela que Seu povo seria um pequeno rebanho nesta época. Ele está chamando apenas alguns para serem exemplos vivos do Seu modo de vida para o resto do mundo.   Jesus diz aos seus verdadeiros discípulos: “Vós sois a luz do mundo . . . Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:14-16).  Deus comissionou a Igreja a dar o exemplo de Seu modo de vida para o mundo. Deus está expondo os Seus caminhos para humanidade através da Igreja. Pedro exorta aos membros da Igreja: “A conduta de vocês entre os pagãos deve ser boa, para que, quando eles os acusarem de criminosos, tenham de reconhecer que vocês praticam boas ações, e assim louvem a Deus no dia da Sua vinda” (1 Pedro 2:12, BLH).


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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Até os confins da terra - Pregando o Evangelho a todos os Povos até a volta de Cristo, Wagner Gaby - Editora CPAD.

https://bible.org/seriespage/o-chamado-de-abr%C3%A3o-g%C3%AAnesis-1131-199

https://ejesus.com.br/deus-missionario/

https://ministeriofiel.com.br/artigos/a-eterna-redencao/

https://portugues.ucg.org/ferramentas-de-estudo-da-biblia/guias-de-estudo/a-igreja-que-jesus-edificou/a-responsabilidade-e-a-missao-da-igreja




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