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quinta-feira, 20 de julho de 2023

LIÇÃO 05 - A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II.




                        TEXTO ÁUREO

"E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus." (Lc 1.31)


                        VERDADE PRÁTICA

A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a Vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte infantil intrauterina do presente século.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 1. 26-33; 39-45 ( explicação Comentário Aplicação Pessoal Vol. 2 - Editora CPAD)


 Vv. 26-27   -  ... Desposada com um varão chamado José - Nos antigos tempos os casamentos judeus, a palavra DESPOSADA ou COMPROMETIDA tinha um significado diferente do de hoje. Em primeiro Lugar, as duas famílias concordavam com a união e negociavam o noivado, que incluía um preço pela noiva, que deveria ser feito um comunicado público. A esta altura o casal já estava COMPROMETIDO entre si. A esta altura, mesmo que o casal não estivesse oficialmente casado, o seu relacionamento só poderia ser dissolvido por meio da morte ou do divórcio. As relações sexuais ainda não eram permitidas.

Vv. 30-33    -  ... Será grande e será chamado Filho do Altíssimo  - Jesus, uma forma grega do nome hebreu Josué, era um nome comum que significa YAHWEH (jeová Salva). Da mesma maneira como Josué tinha conduzido Israel até a terra prometida.; Jesus também iria conduzir o seu povo à vida eterna. Em nome de Jesus as pessoas seriam curadas, os demônios seriam expulsos e os pecados seriam perdoados.

Vv. 42-45   -   Isabel ainda não tinha nem mesmo ouvido a notícia de que Maria estava grávida. Ela pronunciou palavras que lhe foram transmitidas pelo Espírito quando reconheceu a condição Bendita de Maria, sabendo que Maria tinha sido especialmente escolhida por Deus, tanto quanto tinha ela tinha sido. A saudação de Isabel certamente fortaleceu sua fé. A gravidez de Isabel pode ter parecido impossível, mas ela como uma sábia prima acreditou na fidelidade de Deus e alegrou-se com a condição de Maria. O Espírito também mostrou a Isabel a identidade do Filho de Maria, pois ela soube que esta criança também era bendito - o Filho de Deus, o Messias prometido, com uma identidade única e um papel a desempenhar.

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                                            INTRODUÇÃO

De acordo com a Bíblia, a vida começa na concepção; como o Salmo 139:13-16 nos diz:  Pois você criou meu ser mais íntimo; tu me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque fui feito de forma espantosa e maravilhosa; seus trabalhos são maravilhosos, eu sei muito bem disso. Minha estrutura não estava escondida de você quando fui feito no lugar secreto, quando fui tecido nas profundezas da terra. Seus olhos viram meu corpo informe; todos os dias ordenados para mim foram escritos em seu livro antes que um deles viesse a existir. A sociedade secular ensina que a vida não começa até que a criança nasça, e alguns chegam ao extremo de que a vida não começa até que a criança seja capaz de viver sem a ajuda de sua mãe.  Apesar dessas diferentes visões, a Bíblia nos diz que a vida começa na concepção. Assim que um bebê é concebido, o bebê é uma pessoa real e deve ter todos os mesmos direitos que uma pessoa.  Com tópicos como a derrubada de Roe v. Wade (EUA) nos últimos meses, muitos adeptos pró-escolha defendem que a vida não começa na concepção. Este tipo de ponto de vista não é bíblico ou correto. Argumentar que um bebê não nascido não está vivo é um argumento cheio de erros.  Assim que um bebê é concebido, sua vida começou e continuará até que ele morra. Infelizmente, muitos adeptos pró-escolha não têm nenhum problema em abortar um bebê indefeso porque estão convencidos de que não é uma pessoa real.  A Bíblia nos diz claramente que cada pessoa é feita à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Isso significa que desde o momento em que uma criança é concebida, a criança é feita à imagem de Deus. Portanto, abortar um bebê é o mesmo que matar uma pessoa feita à imagem de Deus.

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                    I.   A CONCEPÇÃO DE CRISTO

1.   O anúncio do nascimento   -  O anúncio faz referência à profecia messiânica de Isaías: “eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Explicita-se que o termo “virgem” usado pelo profeta, no vernáculo original, é almah. Acentua-se que os adversários da concepção virginal de Cristo alegam que essa palavra (almah) pode também ser indicativo de mulher casada. Eles ainda verberam que, se o profeta quisesse anunciar a figura de uma virgem, deveria ter usado o termo hebraico betulah em lugar de almah. No entanto, Campos (2014, p. 415-417) avaliza que o termo betulah também pode referir-se à mulher casada, viúva e outras classificações que identificam alguém com experiências sexuais. Por essa razão, o profeta Isaías, sob a orientação do Espírito Santo, fez uso do termo almah, que apropriadamente identifica uma moça jovem (donzela) ainda virgem. Nesse aspecto, é importante frisar que “a palavra almah é o termo mais restritivo que se refere a uma jovem mulher de virgindade biológica”. Destaca-se, ainda, que o detalhe geográfico registrado por Lucas, em que o anúncio fora dado em “uma cidade da Galileia, chamada Nazaré” (Lc 1.26), possui alto valor profético, pois o Cristo viveria em Nazaré e seria chamado “nazareno” (ver Mt 2.23). O texto lucano, de igual forma, é objetivo em ressaltar a virgindade da donzela ao repetir “uma virgem desposada” e “o nome da virgem era Maria” e, ainda, em enfatizar a descendência de José “da casa de Davi” (Lc 1.27). Essas informações integram as profecias messiânicas e tornam fidedigno o relato bíblico (Is 7.14; Sl 89.3,4).

2.   A miraculosa concepção   -   Sendo assim, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus (2017, p. 49) assim ratifica: Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas e anunciado de antemão pelo profeta Isaías, e que ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria. A doutrina do nascimento virginal de Cristo sustenta que seu nascimento foi  resultado de uma concepção miraculosa, por meio da qual a Virgem Maria concebeu um bebê em seu útero pelo poder do Espírito Santo, sem um pai humano. O nascimento miraculoso de Cristo nos diz muito sobre sua natureza. O fato de ter nascido de uma mulher demonstra que ele era realmente humano e que se tornou um de nós. A humanidade de Cristo, contudo, não era precisamente como a nossa. Nós nascemos com o pecado original – Cristo, não. 

3.   A bênção do nascimento   -   Nessa perspectiva, o nascimento de filhos é uma recompensa divina (Sl 127.3). F. F. Bruce (2008, p. 911) enfatiza que “a família é confirmada como unidade básica da sociedade, propositadamente planejada por Deus para ser fonte de conforto e energia e, por outro lado, esfera de responsabilidade”. Contudo, sem o dom da fertilidade, um ventre estéril torna-se obstáculo para a maternidade (Gn 30.1,2). Acerca disso, Elaine Neuenfeldt (2007, p. 3) descreve que, na cultura judaica: A infertilidade é extremamente negativa para as mulheres. As situações de infertilidade sempre estão rodeadas de conflitos entre as mulheres: Sara é infértil enquanto que Hagar engravida de Abraão (Gn 16); Raquel tem ciúme de Lia, pois esta engravida dando descendência a Jacó (Gn 30); Ana é infértil e por isso, tem conflitos com Penina, a outra mulher de Elcana (1 Sm 1). 

    1. Este foi o único nascimento em que o bebê já existia antes (Jo 8.58).
    2. Este foi o único nascimento em que nenhum pai terreno esteve envolvido (Lc 1.35).
    3. Este foi o único nascimento em que a mãe era uma virgem (Lc 1.34).
    4. Este foi o único nascimento em que Deus tomou para si mesmo um corpo humano (Jo 1.14).
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                        II.    A CULTURA DA MORTE

1.   O projeto ideológico   -  A eugenia é um movimento social que apoia o suposto aprimoramento da população humana por meio da reprodução seletiva e outros meios. Foi originalmente desenvolvida por Francis Galton, um primo de Charles Darwin, e baseia-se na teoria da evolução de Darwin. A palavra eugenia significa literalmente “bom nascimento” e vem de uma palavra grega que significa “bem nascido, de boa linhagem, de raça nobre”. O objetivo da eugenia é tornar o mundo (ou pelo menos um país) um lugar melhor, guiando o curso da reprodução humana e “purificando” o fundo genético. Os eugenistas defendem a triagem genética, o controle da natalidade, a segregação, o transumanismo, a eutanásia, a esterilização compulsória, a gravidez forçada e o aborto. A eugenia era praticada abertamente nas primeiras décadas do século 20 em muitos países, incluindo os Estados Unidos. Várias leis estaduais foram aprovadas permitindo a esterilização forçada de pessoas institucionalizadas. Tal lei na Virgínia sobreviveu a uma contestação do tribunal, com o juiz da Suprema Corte Oliver Wendell Holmes Jr. escrevendo na decisão: “É melhor para todo o mundo se, em vez de esperar que filhos degenerados sejam executados pelo crime, ou deixá-los morrendo de fome por causa de sua imbecilidade, a sociedade puder evitar que aqueles que são manifestamente inadequados perpetuem a sua espécie” (Buck v. Bell, Suprema Corte, 274 US 200, decidido em 2 de maio de 1927). Após a Segunda Guerra Mundial, a eugenia com esse nome caiu em desgraça quando a extensão das atrocidades nazistas se tornou conhecida. Biblicamente, existe apenas uma raça – a raça humana – com todos os descendentes de Adão e Eva. A discriminação racial e a superioridade étnica vão contra a própria natureza de Deus: “Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável” (Atos 10:34-35). 

A eugenia não é comumente chamada por esse nome hoje, mas a filosofia subjacente ainda é evidente na genética médica. O rastreamento genético e a manipulação de genes fetais de hoje são vestígios da eugenia. Quando um possível defeito genético é diagnosticado em um feto, alguns casais optam por abortar o bebê. Os nascituros com síndrome de Down são um exemplo: nos Estados Unidos, cerca de 67% dos nascituros com diagnóstico de síndrome de Down são abortados; na França, 77 por cento; na Dinamarca, 98%; e na Islândia quase 100 por cento (“’Em que tipo de sociedade você quer viver?’: Dentro do país onde a síndrome de Down está desaparecendo,” cbsnews.com/news/down-syndrome-iceland, acessado em 22/06/20). Tudo isso é eugenia por um nome diferente, pois as pessoas continuam a tentar identificar e eliminar o material genético que consideram “impróprio” ou indesejável. A eugenia é um experimento de engenharia social sem mérito e imoral. É uma ladeira escorregadia em que os cientistas loucos de Chesterton anulam a autoridade de Deus e procuram criar sua própria utopia na Terra. Séculos atrás, Jó lamentou o mal de seus dias: “De madrugada se levanta o homicida, mata ao pobre e ao necessitado, e de noite se torna ladrão” (Jó 24:14). Este é o papel do eugenista: matar os pobres e necessitados e aqueles que ele considera “indignos”, prevenir uma “má qualidade de vida” (em sua avaliação) ao escolher tirá-la, negando a liberdade dos homens e brincando de Deus.

Em contraste direto com a eugenia, a Bíblia nos diz para defendermos os fracos e desfavorecidos: “Socorrei o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios” (Salmo 82:4); “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal” (Salmo 41:1; veja também Mateus 25:35–36; Atos 20:35). Matar os desfavorecidos, abater aqueles que os mais afortunados determinam como “ineptos” para a vida ou eliminar os fracos é algo completamente ímpio.

2.   O direito sobre o corpo   -   A liberdade em Cristo é uma verdade enfatizada por Paulo (Gl 5.1-13; Rm 6.14). O apóstolo havia ensinado isso aos coríntios, mas eles tinham pervertido a verdade para justificar os atos imorais praticados.   Outro argumento que talvez usassem para fundamentar a atitude em relação ao sexo era o filosófico. Justificavam-se, dizendo que assim como comer era uma função biológica, praticar o sexo também o era. Tal argumento combina com a permissividade dos nossos dias?   Como muitos fazem hoje, os crentes de Corinto racionalizavam o pecado. Eram inteligentes e encontravam boas razões para praticar as coisas erradas. Além do mais, viviam numa sociedade imoral, onde a promiscuidade era tolerada.   Por essa razão, o apóstolo exprime-lhes o princípio da liberdade cristã, contido no versículo 12, e fala do que é permitido, conveniente, e da necessidade do autocontrole.  “Todas as coisas me são lícitas” pode ter sido uma máxima que os coríntios usavam para justificar a conduta promíscua. Entretanto, o padrão de conduta do cristão não é estabelecido pela lei. “Mas nem todas convêm” quer dizer que nem tudo é útil ou aconselhável. Se é verdade que o cristão não é privado de fazer certas coisas, também é verdade que não pode estar desatento às questões morais. “Mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”Essa frase enriquece o princípio e lhe dá o sentido prático. O crente é livre para fazer o que lhe agrada, porém, é necessário não se deixar dominar por nada que seja inconveniente. Noutra epístola, o apóstolo Paulo adverte: “O pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Rm 6.14).

3.   A prática do aborto   -   Meredith Kline observa: “O que há de mais importante a respeito da legislação do aborto na lei bíblica é que não há legislação nenhuma. Era tão inconcebível que uma mulher israelita pudesse desejar um aborto que não havia necessidade de mencionar esse crime no código penal”. Tudo o que se precisava para proibir o aborto era o mandamento “Não matarás” (Êxodo 20:13). Todo israelita sabia que o nascituro era uma criança. Assim como nós sabemos, se formos honestos. Nós todos sabemos que uma mulher grávida está “carregando uma criança”.   Toda criança no ventre é obra de Deus e faz parte do seu plano. Cristo ama essa criança e provou isso, tornando-se semelhante a ela – ele mesmo passou nove meses no ventre de sua mãe. Assim como os termos criança e adolescenteembrião e feto não se referem a seres não humanos, mas a seres humanos em diferentes estágios de desenvolvimento. É cientificamente incorreto dizer que um embrião humano ou um feto não é um ser simplesmente porque ele está em uma fase mais prematura do que uma criança.   O direito à vida não aumenta com a idade e o tamanho; caso contrário, as crianças e os adolescentes teriam menos direito de viver do que os adultos. Não obstante, a legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez resultante de estupro, o aborto terapêutico e nos casos de anencefalia do feto, estabelecido pela Suprema Corte. Além disso, tramita no STF uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para que o aborto seja permitido em qualquer caso até a 12ª semana de gestação. Nesse aspecto, ratifica-se que os movimentos pró-aborto, estrategicamente, a fim de sensibilizar a opinião pública, conduzem o debate como se a interrupção da gravidez fosse uma questão de saúde pública, de direitos reprodutivos da mulher. Aqui convém enfatizar que a posição cristã, que é contrária ao aborto, não significa insensibilidade às dificuldades e à complexidade de uma gravidez indesejada, e sim que, a despeito das decisões humanas, a verdade bíblica quanto à defesa da vida não pode ser relativizada.

Na Faculdade de Medicina, certo professor propôs a sua classe a seguinte situação: baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho dariam a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis, e ela de tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego; o segundo morreu; o terceiro nasceu surdo; o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a quinta gravidez. Que caminho aconselhariam a tomar? Com base nos fatos apresentados, a maioria dos alunos concordou que o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então, disse aos alunos: Se disseram sim à idéia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig van Beethoven. Seu pai, realmente, era sifilítico, sua mãe tuberculosa, seu primeiro irmão cego de nascença, o terceiro surdo e o quarto tuberculoso, sendo que o segundo morreu logo depois do nascimento.

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                    III.   A SACRALIDADE DA VIDA

 A vida humana é sagrada. Não pertence a nós, pertence ao Criador. Deus fez homem e mulher de modo singular, diferente do restante da criação. Primeiro, soprando em suas narinas o fôlego da vida (Gn 2.7). Nenhum animal teve este privilégio. Segundo, colocando toda a criação debaixo do domínio do homem: Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, etc (Gn 2.26). Terceiro, criando homem e mulher à sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26,27). Os animais foram criados “segundo a sua espécie”, todos de uma só vez. Já o ser humano foi uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da criação do homem a Trindade se reúne e delibera (no plural): Façamos o homem à nossa imagem. Veja os textos abaixo. Eu grifei as expressões que dignificam e sacralizam a vida humana.

 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1.26,27

 “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.” Gênesis 5.1,2

 “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” Gênesis 9.6

 “… que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.” Salmo 8.4,5

 “… o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus” 1 Coríntios 11.7

 “Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” Tiago 3.9

 Repare em Gênesis 9.6 o motivo pelo qual nós não podemos tirar a vida de alguém: “porque Deus fez o homem segundo a sua imagem”. Por isso, não podemos tirar a vida do próximo. Atentar contra a vida do meu semelhante é, em primeira instância, atentar contra Deus, pois o meu próximo carrega consigo a imagem e a semelhança do Criador.     Por consequência, quando um aborto é realizado, a vítima do assassinato é uma criança que traz em si a imagem e semelhança de Deus. Isso é sério.

2.    O começo da vida    Este assunto sempre suscita a pergunta: Quando começa a vida? A ciência não tem uma resposta consensual. Há aqueles que admitem começar na fecundação; há os que apontam para o período entre o 7º e o 10º dia, quando ocorre a fixação do óvulo fecundado no útero; há os que defendem começar na 3ª semana de gestação, quando o embrião pode se dividir dando origem a outros indivíduos e, por fim, há os que marcam o início da vida somente após a 8ª semana de gravidez, com o início da atividade cerebral.    O curioso é que quando a ciência encontra uma bactéria na lua a considera como vida, sem hesitar. Curioso também é que a ciência não tem valores absolutos. O que é verdade hoje pode não ser amanhã. Portanto, é necessário cautela.    Neste assunto, o referencial mais seguro é a Palavra de Deus. Nela nós temos evidências de que a vida começa na fecundação. Veja os textos abaixo que mostram vida já no ventre das mães:

Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao Senhor.” Gênesis 25.22

“Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão…” Gênesis 25.23

“… porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus” Juízes 13.5

“… porque o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte” Juízes 13.7

“Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe…” Juízes 16.17

“As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres, agora, reduzir-me a pó? Porventura, não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.” Jó 10.8-12

“Aquele que me formou no ventre materno não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?” Jó 31.15

“A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus” Salmo 22.10

“Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” Salmo 51.5

  “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão” Salmo 127.3.

 “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe” Salmo 139.13-16.

 “Assim diz o Senhor, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó Jacó, servo meu, ó amado, a quem escolhi.” Isaías 44.2

 “Assim diz o Senhor, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o Senhor, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra…” Isaías 44.24

 “Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno.” Isaías 46.3

 “… porque eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno.” Isaías 48.8

 “Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome.” Isaías 49.1

 “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo…” Isaías 49.5

 Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Jeremias 1.5

 “Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente?” Jeremias 20.17

 No ventre, pegou do calcanhar de seu irmão; no vigor da sua idade, lutou com Deus” Oséias 12.3

 “Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.” Lucas 1.15

 “Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro de mim.” Lucas 1.41-44

 Repare que os textos não deixam dúvida de que a vida começa no ventre materno. Portanto, pílulas do dia seguinte ou qualquer outro método abortivo atentam contra uma vida que já está presente, conhecida e criada por Deus.

 3.    A posição cristã   -    Segundo a tradição judaico-cristã, a vida é sagrada, não por motivos biológicos, mas por Deus ser o protagonista de sua origem e de sua existência. Somente Ele é senhor sobre vida e morte. Para o homem bíblico, Deus é o Deus da vida. Por isso, na ética judaico-cristã, a vida humana é inviolável em qualquer circunstância, valendo o mandamento: “Não matarás!” Quando se abrem exceções, abre-se um perigoso precedente, que poderá significar um caminho sem volta, no qual está ameaçada a sacralidade da vida humana em geral. Tudo indica que aquilo que é sabedoria nas grandes religiões orientais e que funda na revelação de Deus a tradição judaico-cristã tem base no bom senso e na sadia racionalidade humana, pelo menos tanto ou mais quanto posições divergentes. Por isso, a tecnociência é meio que deve estar a serviço do homem e não vice-versa.

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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

Comentário Aplicação Pessoal, Vol.2 - Editora CPAD

Comentário Bíblico N. T. Warren W. Wiersbe - Editora Hagnos. 

https://www.cacp.app.br/a-biblia-apoia-a-eugenia/

https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/etica/de-quem-e-o-meu-corpo/


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sexta-feira, 14 de julho de 2023

LIÇÃO 04 - QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR.

Pb. Junio -  Congregação Boa Vista II

 



                        TEXTO ÁUREO

"Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!" (Rm 1. 25)


                    VERDADE PRÁTICA

A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: RM 1. 18-25


V. 18  -   ... O que está implícito na ira de Deus? Veja Jo 3.36; Rm 9.22; Ef 5.6. A ira de Deus é sua indignação fixada. Difere de fúria, a qual geralmente aponta na direção de raiva, explosão súbita de cólera. O que está implícito é que essa ira se revela em ação, por exemplo, por meio do dilúvio (Gn 6 -8); na destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19); das pragas no Egito (Êx 6- 12). Em cada caso, a Escritura mostra que tais manifestações da ira têm sua origem no céu. 

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                                                    INTRODUÇÃO

A q u e d a NÃo t r o u x e apenas alguns arranhões à humanidade, mas ruína, destruição e morte espiritual. O homem não precisa apenas de cosméticos para melhorar sua aparência; precisa de ressurreição para levantá-la da morte. Francis Schaeffer destaca que o nosso problema não é metafísico, mas moral.157 O homem está sob a ira de Deus, por isso precisa de salvação. Não precisamos de nenhum guia espiritual ou do exemplo inspirador de algum mártir. Precisamos de um Salvador real, porque estamos sob a ira real de Deus.158 Depois que Paulo apresentou o tema da carta (Rm 1.16,17), falando do evangelho, ele passa a ressaltar a necessidade do evangelho (1.18-3.23). O apóstolo Paulo argumenta, de forma irrefutável, que tanto os gentios como os judeus sao absolutamente culpados diante de Deus.  Um raciocínio nulo gera um coração obscuro. Uma mente sem Deus produz uma vida de trevas. Banir Deus deliberadamente da vida desemboca no obscurantismo moral, na loucura mais consumada. Essa é a situação hedionda em que os homens se meteram. Eles achavam que deixar Deus de fora seria um ato de sabedoria, mas Paulo diz que essa é a mais consumada loucura. Para William Hendriksen, tal obscurantismo indica embotamento mental, desespero emocional e depravaçáo espiritual. Charles Erdman arrazoa: “Essa é a divina estimativa dos mais orgulhosos filósofos da Grécia e de Roma, e de toda a blasonada sabedoria do Eufrates e do Nilo. Ainda hoje a mais obtusa infidelidade pode coincidir com a mais deslavada presunção. O moderno sábio adora-se a si mesmo. 

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                    I.   O DESPREZO À VERDADE

1.  A impiedade e a injustiça  - A causa da ira é a impiedade e a perversão humana. Fritz Rienecker diz que a impiedade se refere ao relacionamento com Deus e a perversão, ao relacionamento com os homens. Impiedade é rebelião contra Deus; perversão é rebelião contra o próximo. Impiedade é a quebra da primeira tábua da lei; perversão é a quebra da segunda tábua da lei. A “impiedade” diz respeito àquela perversão de natureza religiosa, ao passo que a “perversão” se refere àquilo que tem caráter moral; a primeira pode ser ilustrada pela idolatria; a última, pela imoralidade. Geoffrey Wilson argumenta que a impiedade para com Deus resulta em injustiça para com os homens. Nas palavras de Cranfield, a impiedade se refere a violações dos quatro primeiros mandamentos, e a injustiça, à violação dos seis últimos; porém, mais verossímil é que as duas palavras sejam empregadas como duas expressões para a mesma coisa. d. O alvo da ira (1.18). A ira de Deus se revela contra toda impiedade e perversão dos homens que “detêm a verdade pela injustiça”. Por causa da impiedade e da perversão, os homens sufocam e abafam a verdade. William Greathouse tem razão quando diz que todo o pecado é uma resistência deliberada a Deus. A palavra “deter” significa matar por afogamento. Adolf Pohl ressalta que os homens, com inumeráveis maldades, martelam contra esse saber (1.20,21), prendendo-o no porão de sua consciência, não permitindo que se erga.178 E muito difícil, porém, excluir Deus do raciocínio, por mais fácil que seja excluí-lo do discurso.179

2.   A insensatez humana   -   Em segundo lugar, a ira de Deus é justa por causa da forma consciente que o homem rejeita a revelação divina (1.19,20). Chamamos a atenção para algumas verdades solenes: a. O homem só pode conhecer a Deus porque este se revelou (1.19). Calvino inicia as Institutas dizendo que só podemos conhecer a Deus porque ele se revelou. O conhecimento de Deus não é fruto da lucubração humana, mas da própria revelação que Deus faz de si mesmo. b. A revelação natural é suficiente para mostrar a majestade de Deus (1.20). O homem tem a verdade porque Deus se revelou na natureza. John Stott destaca que a criação é uma manifestação visível do Deus invisível. A criação ou revelação natural fala sobre os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua divindade. John Murray diz corretamente que as obras visíveis da criação de Deus manifestam suas perfeições invisíveis. Deus deixou sobre sua obra criada as “impressões digitais” de sua glória, que se torna manifesta a todos. Depreendemos desse fato que Deus é distinto da criação. Ele não se confunde com as coisas criadas. O panteísmo, portanto, é uma falácia. De igual forma, concluímos que Deus é soberano, uma vez que trouxe à existência as coisas que não existiam. O universo não é fruto de geração espontânea. O universo não pariu a si mesmo. Ele foi criado. O universo não é resultado de uma explosão cósmica, uma vez que a desordem não produz a ordem nem o caos produz o cosmo. O universo não é conseqüência de uma evolução de bilhões e bilhões de anos. Antes, é obra de Deus e arauto de Deus. O rei Davi escreve: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (SI 19.1). Todo o cosmo é um testemunho eloqüente da existência de Deus.

3.   O culto à criatura   -   Ao discorrer acerca dessa forma de idolatria, o Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2009, vol. 2, p. 22, 23) enfatiza:     Sem respostas baseadas na realidade de Deus, as pessoas procuram heróis entre aqueles que afirmam ser sábio e dizem de maneira destemida que não há respostas [...] O denominador comum é este: os idólatras adoram as coisas que Deus fez, em vez de adorarem o próprio Deus.   José Gonçalves (2016, p. 23) destaca: O apóstolo continua sua argumentação que justifica o julgamento de Deus. Em vez de glorificar a Deus, o homem se afastou ainda mais. Deus os entregou à idolatria (Rm 1.23); imoralidade (Rm 1. 26) e animosidade (Rm 1. 30). Um abismo chama outro abismo. C. Marvin observa que “entregar” (Rm 1. 24) aqui tem o sentido de “deixar as pessoas sofrerem as consequências de conseguirem o que desejam. Em outras palavras, nos tornamos semelhantes àquilo que adoramos”. Ao escolher adorar a criatura em lugar do Criador, ser o centro de si mesmo em vez de ter Deus com o centro de tudo, o homem mergulhou nas profundas trevas do pecado. 

Desse modo, a idolatria ao homem prolifera-se de todas as formas e em todas áreas da vida. Na religião, os seres criados são cultuados como se fossem Deus. Nas ciências, o sistema intelectual e a racionalidade são colocados acima de Deus. Na sociedade em geral, a ascensão e a fama de um artista, atleta, político ou líder eclesiástico torna-se em culto à pessoa em afronta ao Criador, que é bendito eternamente. Amém! (Rm 1.25b).

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                        II.   A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO

1.   Renascentismo   -  O nome Renascimento designa a redescoberta da cultura clássica greco-latina, que parecia ter adormecido na Idade Média e que nos séculos XIV/XV vieram de novo tona.  Houve na Idade Média mais de um Renascimento; assim o anglo-saxão, com S. Beda o Venerável (673-735); o carolíngio, sob Carlos Magno (século VII 1/1 X); o do Direito Romano, em fins do século XII. O Renascimento, porém, dos séculos XV/XVI diferia dos anteriores pelo fato de que os eruditos não somente descobriam e estudavam manuscritos e monumentos da cultura greco-latina pré-cristã, mas também queriam viver de acordo com a mentalidade que eles inspiravam, mentalidade pagã, naturalista e antropocêntrica. – A natureza humana, como tal, tornou-se o critério ou o Supremo Arbitro de todos os valores; era considerada com otimismo. Os estoicos, no fim da Idade pré-cristã, exclamavam: “Segui a natureza!”; tal era o seu ideal de vida. Ora os renascentistas do século XVI proclamavam: “Voltai a natureza!”. Isto significava um adeus em grau ora maior, ora menor, aos valores cristãos, que apregoam a salvação pela Cruz e pela renúncia aos apetites desregrados da natureza.  É esse culto a natureza humana que explica a designação “Humanismo” dada ao Renascimento; esse humanismo tinha por modelo, em grande parte, o homem antigo pré-cristão.

A Itália foi o principal berço e cenário do humanismo renascentista, pois já estavam guardados em bibliotecas empoeiradas os manuscritos e documentos dos homens greco-romanos. A navegação frequente da Itália para a Grécia e o Oriente facilitou, já na Idade Média, a entrada de homens e valores bizantinos em Veneza, Gênova, Florença. Alguns italianos foram, nos séculos XIV/XVI, estudar em Constantinopla a filosofia e a literatura gregas. Mais: o Concílio de Ferrara-Florença (1438-42) fez que muitos eruditos gregos e bizantinos fossem para a Itália; a queda de Constantinopla, sob os golpes dos turcos, em 1453, obrigou vários sábios bizantinos a emigrar para o Ocidente. A invenção da imprensa, no século XV, facilitou enormemente a difusão dos textos clássicos. Em consequência, foram-se formando Acadêmicos em Roma e em Florença, cujos membros continuavam a professar o Cristianismo, mas viviam, ora mais, ora menos, segundo os costumes do paganismo, especialmente no tocante à libertinagem sexual: em lugar da humildade cristã manifestava-se a consciência do próprio eu, árbitro de todas as coisas; em lugar do transcendente e do Reino dos céus, procurava-se o terrestre com sua beleza ou a eternidade realizada na fama de um nome célebre; em lugar da meditação e da oração, tomaram voga a ação e a violência.

2.   Humanismo   -   Humanismo não deve ser confundido com Humanitarismo. Começa logo aqui, na incompreensão do termo, o perigo de este perigoso erro poder enganar e passar incólume, como se algo de inócuo se tratasse.   (Humanitário + ismo = humanitarismo) quer dizer fazer bem ao ser humano, às pessoas. O amor à humanidade é correto, é bíblico, é divino, havendo para esta palavra a sua bem conhecida sinónima Filantropia (amor à humanidade). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira …” (João 3:16). Deus é o maior Filantropo, ou maior Humanitarista.   Porém, o Humanismo, é uma filosofia  que coloca, numa escala de importância, os humanos como o centro do mundo, os mais importantes que tudo, deuses, e isto nada tem a ver com Humanitarismo. O Humanismo destaca-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior.  Trata-se de uma doutrina antropocêntrica (o homem como centro de tudo) em que o homem é a medida de todas as coisas. Esta corrente opõe-se ao Teocentrismo, à doutrina bíblica que diz que Deus é  o centro da vida, de tudo.    O Humanismo define o Homem como valor supremo e central da existência, exaltando o género humano.  O humanismo, note-se bem, é o "culto" ao ser humano.    O Humanismo representa, pois, uma nova visão do homem em relação a Deus e a si mesmo.  Nesse sentido significa a valorização suprema do ser humano. Com o seu surgimento pretendeu-se fazer desmoronar o Teocentrismo (Deus como centro de tudo), dando lugar ao Antropocentrismo (o homem como centro do Universo).   O Humanismo nega e combate as doutrinas bíblicas, facultando uma interpretação racional e antropocêntrica do mundo. Foi assim que na sociedade moderna em geral o Teocentrismo (Deus como centro de tudo) cedeu o seu lugar ao Antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse e de tudo.   Num sentido amplo, o Humanismo significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo, incluindo Deus.    Em 1933, e uma vez mais em 1973, quarenta anos depois, os humanistas estabeleceram seu credo no Manifesto Humanista I e no Manifesto Humanista II, respetivamente. O humanismo não é um sistema de pensamento que enfatiza a importância da humanidade. É uma maneira subtil, atraente, sofisticada, diabólica de soletrar "ateísmo". O Manifesto Humanista II deixa bem claro:    "Como não-teístas, começamos com os humanos, não com Deus, com a natureza, não com a divindade ... [...] os humanos são responsáveis por quem somos ou pelo que seremos. Nenhuma divindade nos salvará; temos que nos salvar a nós mesmos" (1973, p.16).  Note-se nesta declaração a divinização não só do homem, mas da natureza, algo a que vamos assistindo cada vez mais no mundo em que vivemos atualmente.   Entre as principais características do Humanismo destaca-se, a valorização suprema do ser humano, a ênfase no Antropocentrismo, ou seja, o homem como centro do universo, ensinando que o ser humano possui no seu interior potencial de autorrealização.   É nossa responsabilidade combater o erro, não usando as armas do mundo, mas com estas armas que Deus nos dá, “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus …” (2 Coríntios 10:4, 5). O Humanismo é “altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus”.

3.    Iluminismo e Pós-modernismo   -   Immanuel Kant (1724-1804) entra em cena quando o século 18 estava chegando ao seu final e, juntamente com ele, a era do Iluminismo. Em 1784, Kant escreveu um artigo como resposta à pergunta: "O que é Iluminismo?". E ele mesmo forneceu a resposta: "O Iluminismo era a chegada do homem à maioridade. Isso se dava quando o homem saía da imaturidade que o levava a confiar nas autoridades externas tais como a Bíblia, a Igreja e o Estado para dizer-lhe o que devia pensar e fazer. Nenhuma geração deve estar presa aos credos e costumes de eras do passado. Estar preso assim é um ultraje contra a natureza humana, cujo destino se acha no progresso. Kant reconhecia que o século 18 ainda não podia ser considerado uma era iluminada, mas sim, a era do Iluminismo" (WALTER, 1993, p. 306).    Isto mostra que o Iluminismo se caracteriza por uma fé ingênua no homem e em suas potencialidades. Para Kant, o lema do Iluminismo era: "Tenha coragem de usar sua própria razão" (STANLEY, 2003, p.20). Não é sem razão que Grenz e Roger, ao tratarem sobre o Iluminismo, intitulam o primeiro capítulo de sua obra como "Iluminismo: a destruição do equilíbrio clássico" (STANLEY, 2003, p.13).    Kant reduziu a religião à ética, e a ética aos princípios humanistas e racionais. O Iluminismo, assim, "insiste em que toda doutrina cristã deve ser julgada pelo tribunal da razão e, assim, defendida. Só o que é racional deve ser aceito [...] As doutrinas da divindade de Cristo, do pecado original, do perdão mediante a cruz, dos sacramentos e dos milagres foram abandonadas, às vezes, com um tom depreciativo" (MACKINTOSH, 2004, p. 24). 

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                    III.   TIPOS DE AUTOIDOLATRIA

1.   Idolatria da autoimagem   -     O culto da autoimagem é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo refletia a imagem de Deus (Hb 1.2,3) o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). Uma pessoa narcisista nutre amor excessivo por si mesmo, é praticante da autoadoração. Em termos psicanalíticos, é o produto da fixação da libido no ego da pessoa. Caroline Barbosa (2021, vol. 32, p. 4) esclarece que: O mito de Narciso sempre é lembrado quando queremos nos referir ao amor que alguém sente por si mesmo. Nele, o apaixonamento pela própria imagem na água é tão intenso que o sujeito se torna incapaz de abandoná-la ou ver qualquer outra coisa ao seu redor. Preso à própria imagem, ao final, ele definha e morre sozinho. Nesse sentido, as Escrituras retratam que o homem é escravo daquilo que o domina (٢ Pe 2.19). Paulo apresenta uma lista de ações que arrastam o homem para o abismo. Entre elas, estão: o egoísmo — o ser amante de si mesmo (2 Tm 3.2a); a avareza — o ser amante do dinheiro (2 Tm 3.2b); a insensibilidade — não ter amor para com o próximo (2 Tm 3.3a); a rebeldia — não ter amor para com Deus; (2 Tm 3.4a); e o hedonismo — ser amante dos deleites (2 Tm 3.4b). Nesse processo de decadência moral, uma pessoa não regenerada sente necessidade de autopromoção, desenvolve opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11), anseia por reconhecimento e busca ilicitamente estar em evidência (Lc 22.24-26). Em oposição à prática da autoidolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, e não do homem (Jo 3.30).

2.    Idolatria no coração   -   Na linguagem bíblica, o coração não se refere meramente às emoções ou à vontade, mas também ao centro de toda a personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1 Co 4.5). Para os judeus, “o coração era o núcleo da personalidade, a pessoa interior completa, o centro do pensamento e do julgamento moral”. O coração humano, portanto, é descrito como enganoso e perverso (Jr ١٧.٩). É do interior do coração que saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3). O Comentário Bíblico Beacon (2014, vol. 7, p. 480) adverte: Somente uma salvação radical pode purificar o corrupto coração humano [...]. Se o coração de um homem tiver caráter degenerado, sua situação será desesperadora. Todos esses males procedem do coração humano e, na verdade, eles realmente contaminam o homem. O ser humano precisa da “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). A santidade do coração e da vida será o único e adequado remédio. Nesse contexto, algumas pessoas aparentam adorar a Deus, mas no coração servem a ídolos (Mt 15.8). Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu íntimo quando, por exemplo: prioriza a sua reputação pessoal; busca o prazer como o bem maior; nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa postura, somos advertidos a guardar no coração a Palavra de Deus para não pecarmos contra Ele (Sl 119.11).

3.    Idolatria sexual   -   A falha no controle dos impulsos sexuais está associada à sensualidade (Rm 1.27), à imoralidade (Rm 13.13, NVI) e à libertinagem (2 Co 12.21, NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas também da busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1 Co 6.15). Steve Gallagher (2003, p. 10) descreve a escravidão sexual nos seguintes termos: Quando os homens enfatizam demasiadamente a importância do sexo na vida deles, este começa a ditar-lhes um estilo de vida, e eles ficam obcecados por pensamentos sexuais. No fim, perdem o controle sobre com que frequência, com quem e sob quais circunstâncias terão relações sexuais. Eles tornam-se prisioneiros de um comportamento sexual compulsivo [...] Se continuarem sem se arrepender, Deus irá entregar-lhes a um sentimento perverso (Rm 1.28). Refere-se a um altar de idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21). A adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia, tais como: o adultério, a fornicação, a pornografia, a prostituição e a homossexualidade (1 Pe 4.3, NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16, NAA). Para libertar-se desse pecado, é necessário fazer uma avaliação sincera de nossos pensamentos e atitudes (1 Ts 4.3,4). Torna-se indispensável ser consciente de que o ídolo da idolatria sexual lutará com todas as forças para continuar sobre o trono de nosso coração. Por isso, não seja ingênuo; peça ajuda (Hb 13.7). A idolatria sexual é um ídolo poderoso a ser vencido, mas, caso lhe derrube, não recue diante da queda; levante-se e prossiga na batalha (Sl 37.24). Vigie para não cair; mas, se cair, não fique prostrado (Sl 14.1;1 Co 10.12). 72

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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de apoio, A igreja de Cristo e o império do mal, Pr. Douglas Baptista - Editora CPAD

Comentário Bíblico Romanos, William Hendriksen -  Editora Cultura Cristã.

Comentário Aplicação Pessoal, Vol.2 - Editora CPAD

Comentário Bíblico N. T. Warren W. Wiersbe - Editora Hagnos. 

https://iqc.pt/edificacao/literatura/artigos/15426-humanismo-armadilha-e-veneno

https://cleofas.com.br/historia-da-igreja-o-renascimento/




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