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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

LIÇÃO 06 - O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


                        TEXTO ÁUREO

"Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto  notório, e escutai as minhas palavras." (AT 2.14)


                    VERDADE PRÁTICA

A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: AT 2. 14-24


                                INTRODUÇÃO


ários personagens destacaram-se naquele momento histórico do Dia de Pentecostes, na História da Igreja. Jesus dissera antes da sua morte que haveria de ressuscitar e que não deixaria os seus discípulos órfãos. Ele certamente percebeu e sabia que aqueles três anos de convivência com eles mudara todas as suas vidas. Eles deixaram tudo para seguir a Jesus (Mt 19.27), inclusive profissões rentáveis e de grande importância social, como foi o caso de Levi, que era funcionário público do governo romano (Mc 2.14). Jesus prometeu-lhes o Consolador, que ficaria com eles para sempre (Jo 14.16). O Consolador chegou naquele auspicioso dia de maneira visível, impactante, jamais imaginada, com os sinais evidentes de que não se tratava de um evento comum ou conhecido antes. Eles próprios sentiram o impacto poderoso do derramamento do Espírito Santo. Não por coincidência, mas por providência de Deus, Jerusalém estava repleta de “judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (At 2.5). Além dos residentes em Jerusalém, havia visitantes de diversos lugares, de peregrinos, de viajantes, “forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos)” (2.10), que para lá foram para comemorar a Festa do Pentecostes, que é a segunda mais importante dos judeus depois da Páscoa. Foi grande o espanto das pessoas que estavam próximas do cenáculo. Certamente, ao serem batizados no Espírito Santo, os cento e vinte elevaram as suas vozes em adoração a Deus com línguas estranhas, de tal modo que o barulho das suas vozes ultrapassou as paredes do edifício. Diz o texto: E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (2.6-8). [...] todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer”? E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. (2.11-13 – grifo acrescentado) Por um lado, houve uma admiração lógica daquelas pessoas quanto ao que significaria aquele estranho fenômeno nunca visto ou falado no Antigo Testamento. Nunca os rabinos disseram qualquer coisa no Templo ou nas sinagogas sobre alguém falar em línguas de diversos países sem jamais as ter aprendido. Não só isso, mas eles falavam “das grandezas de Deus” (2.11). Por outro lado, como sempre acontece, quando Deus opera coisas grandiosas no meio do seu povo, havia os críticos e zombadores carnais, usados pelo Diabo para depreciar o movimento pentecostal. Esse tipo de gente dizia: “Estão cheios de mosto”, ou seja, estão embriagados. Atualmente, há muitos com esse comportamento carnal, incluindo pastores, pregadores e teólogos da linha cessassionista, geralmente calvinistas, das igrejas históricas. Um deles, de certa igreja, disse que falar línguas “não é o grunhido dos pentecostais”. Ou seja: comparando os pentecostais a cachorros. Um reverendo muito conhecido disse num dos seus vídeos que os pentecostais são desequilibrados, pois dizem “siri canta lá na praia”, numa total falta de respeito aos que aceitam o batismo no Espírito Santo, com línguas estranhas, mas Deus, o supremo Juiz, sabe como julgar os que assim procedem. Não sabem eles que podem estar blasfemando contra o Espírito Santo (Mt 12.31). Diante da crítica ácida contra os que receberam o batismo no Espírito Santo no cenáculo, acusando os discípulos de estarem embriagados, entra em cena o apóstolo Pedro, que, ouvindo tamanha depreciação e ignorância sobre a realidade do que ocorrera ali, se levantou e deu uma palavra sábia, oportuna e incisiva sobre o significado daquele fenômeno de “glossaislalo”, ou falar em outras línguas (2.14-21). Neste estudo, veremos o protagonismo de Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus, em duas realidades na sua vida: antes de ser batizado no Espírito Santo e depois de ser revestido do poder do Alto. 




                    I.    PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

1.   As duas atitudes de Pedro  -    Vemos, portanto, dois momentos decisivos na vida de Pedro: seu chamado no mar da Galileia — também chamado de mar de Quinerete ou Kinnereth (Nm 34.11; Js 12.3; 13.27), lago de Genesaré (Lc 5.1; Mt 14.34) ou mar de Tiberíades (Jo 6.1; 21.1) — e sua confissão de fé em Cesareia de Filipe. Foi neste momento que o Senhor disse a ele: “[…] Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.17,18, ARA).

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A partir da pesca maravilhosa no mar da Galileia (Lc 5.1-11), Pedro vai-se tornando mais próximo do Mestre a cada dia. Ele é participativo, falante, sempre está por perto, faz perguntas, quer aprender, interage, vive experiências marcantes, mas também é repreendido por agir mais por impulso do que pela fé. No entanto, logo depois de sua importante declaração de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, seu ministério deveria ter adquirido outro status, já que o Mestre disse a ele: “eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).   Como vimos, Jesus não quis dizer que Pedro tornou-se o fundamento da Igreja ou o seu primeiro papa por causa de sua confissão de fé, e sim que, desde então, sua responsabilidade aumentou. Todavia, minutos depois, o mesmo apóstolo põe tudo a perder ao incentivar o Salvador a desistir da cruz.   Jesus era um tipo de Mestre que corrigia seus discípulos — especialmente os que estavam participando de um treinamento especial, como era o caso de Pedro — imediatamente. E, por isso, reagiu sem meias palavras: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Que ironia!   Talvez, em toda a Bíblia, esse apóstolo seja o único que entregou a mensagem de Deus e, em seguida, empolgado, passou a falar da parte do Diabo. Quando se quer elogiar a potência de um automóvel, diz-se que ele vai de zero a cem quilômetros em poucos segundos. No caso de Pedro, ele foi do “céu” ao “inferno” em poucos minutos, e essa experiência dupla parece ter afetado seu comportamento. A partir desse episódio até a última Páscoa de Jesus com seus discípulos, com exceção do ocorrido no monte da Transfiguração, vemos um Pedro mais comedido, cuidadoso com as palavras, menos afoito e disposto a seguir o Mestre mais de perto.

2.    Pedro nega Jesus três vezes  -  Primeiro Degrau: Negação

Quando estava assentado à beira da fogueira, uma serventuária aproximou-se e disse, olhando para ele: “Este também estava com ele” (Lc 22.56). E o “corajoso” Pedro “negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço” (v. 57). O homem que recebeu Jesus em sua casa e fazia parte de seu círculo de amigos mais chegados agora o nega. Pouco tempo depois, “vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou” (v. 58).  Passada “quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu” (Lc 22.59). Todos os apóstolos, exceto Judas Iscariotes, eram galileus.  Pedro, porém, respondeu-lhe com a maior desfaçatez: “Homem, não sei o que dizes” (v. 60).   Ele fez isso, enquanto “os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriram-no no rosto e perguntaram-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?” (vv. 63,64).  Ao negar a Jesus pela terceira vez, o galo começou a cantar, e Pedro percebeu o tamanho do seu pecado. Não bastasse o canto do galo, o próprio Jesus, em meio a escarnecedores e torturadores, virou-se e olhou para Pedro, que, imediatamente, “lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente” (Lc 22.61,62).

Segundo Degrau: Mentira

O quarto Evangelho menciona outros detalhes desse quádruplo pecado de Pedro. Ele estava com outro discípulo — possivelmente, o apóstolo João —, que entrou na sala do sumo sacerdote, enquanto aquele ficou do lado de fora (18.15,16). Quando tal discípulo, que conhecia o sumo sacerdote, pediu para a recepcionista chamar Pedro, ela perguntou-lhe: “Não és tu também dos discípulos deste homem?” E ele, friamente, respondeu: “Não sou” (v. 17). Havia servos e criados aquentando-se ao redor da fogueira; fazia muito frio. Logo que Pedro entrou ali, perguntaram a ele: “Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou e disse: Não Sou” (Jo 18.25). No entanto, para sua surpresa, “um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi no horto com ele?” (v. 26). Nova negação, “e logo o galo cantou” (v. 27). Pedro, portanto, mentiu descaradamente ao dizer que não conhecia Jesus.   Veja como é grande o amor de nosso Senhor Jesus, a ponto de perdoar, posteriormente, tamanha deslealdade e traição!

Terceiro e quarto Degraus: Juramento e Maledicência

Mateus informa que Pedro negou ao Senhor “diante de todos” (26.70) e, ao negá-lo pela segunda vez, fez isso “com juramento” (v. 72). Por fim, quando os serventuários perceberam que ele era galileu — sua própria fala denunciava-o (v. 73) —, começou “a praguejar e a jurar” (v. 74; cf. Mc 14.71), dizendo que não conhecia o Nazareno.   Pedro chegou, de fato, ao “fundo do poço”. Negou, mentiu, jurou e praguejou. E, se não fosse a graça de Deus, seu destino teria sido o mesmo de Judas.  Na hora mais decisiva da vida do Senhor, Pedro negou a Jesus, à sua fé, ao seu apostolado e ao seu próprio nome. Ele recusou-se a identificar-se com o Galileu e o Nazareno (Mt 26.69-72). Esses dois qualificativos lançavam sobre Jesus uma pecha negativa, com fortes laivos de preconceito.  Os galileus eram vistos em Jerusalém como gente de segunda classe, um povo atrasado, pobre, doente e possesso. “Nazareno” era […] uma palavra assaz pejorativa, pois o entendimento da época é que nada de bom poderia ter saído de Nazaré (LOPES, 2015, p. 57-58).  Ser galileu ou nazareno nos dias em que Jesus andou na terra equivalia, em certa medida, a ser um cristão na pós-modernidade. Nessa era pós-cristã, os seguidores de Jesus são tratados como gente de segunda classe, atrasada, fanática e fundamentalista. Entretanto, aprendamos com o Mestre, que, mesmo sendo visto com preconceito pela sociedade daquela época, ganhou muitas almas para o Reino de Deus (Jo 1.45-51; 4.1-30). Como o próprio Pedro — que ora nega a Jesus — ensinará, devemos estar sempre preparados para responder ao mundo apologeticamente (1 Pe 3.15).


                    II.   PEDRO APÓS O PENTECOSTES

1.   Pedro batizado no Espírito Santo  -   O Pentecostes foi um divisor de águas na vida de quem tantas vezes esteve dentro do mar da Galileia! “Antes de ser revestido com o poder do Espírito Santo, Pedro era um homem impetuoso, mas covarde; falante, mas precipitado; ousado em suas declarações, mas frágil em suas atitudes” (LOPES, 2015, p. 84).  Diante da zombaria de uma parte da multidão de judeus no dia de Pentecostes, ele colocou-se em pé, apresentando-se para falar. Num primeiro momento, ele apenas respondeu à pergunta: “Que quer isto dizer?”, seguida da acusação absurda de que os cristãos estavam “cheios de mosto”, citando a célebre profecia de Joel 2.28-21 (At 2.12-21). Foi somente depois dessa resposta pontual que ele, de fato, começou a pregar cheio do Espírito Santo.

2.   Pedro e a cura do coxo  -   Pregador Pentecostal… e Humilde!

Os milhares de judeus arrependidos após a pregação de Pedro converteram-se, de fato, haja vista as suas características. De acordo com Atos 2.42-47, eles perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão, ajudavam uns aos outros e eram tementes a Deus, louvando-o todos os dias.   No entanto, como os apóstolos foram treinados pelo Mestre para não dormir sobre seus louros, o terceiro capítulo de Atos dos Apóstolos inicia com Pedro e João subindo “juntos ao templo à hora da oração, a nona”. Esse lugar sagrado era, para eles, seu local preferido de oração, embora não tomassem parte dos sacrifícios — uma vez que o Cordeiro de Deus fora oferecido de uma vez por todas — (cf. Mt 21.13).   Pedro e João mantiveram a tradição dos judeus de orar em três turnos no Templo. Como o dia judaico começava às seis da manhã (primeira hora) e terminava às seis da tarde (hora duodécima), havia três momentos de oração por dia para os devotos do judaísmo. Eles oravam às nove da manhã (hora terceira), ao meio-dia (hora sexta) e às três da tarde (hora nona).   Os apóstolos oravam porque queriam cumprir o chamado que receberam do Senhor. E o Paráclito começou a realizar grandes milagres por meio deles (At 2.43), cumprindo a promessa de Jesus de que fariam obras maiores do que as suas por meio do Espírito Santo (Jo 14.12-17). E, ao dirigirem-se ao Templo, depararam com um homem coxo “desde o ventre de sua mãe” que era levado com frequência para junto da porta chamada Formosa para pedir esmola (At 3.2).   Não há consenso entre os eruditos sobre esse portão (ou porta). Para alguns, como não havia nenhuma porta com esse nome, trata-se de uma em honra de Nicanor (de Alexandria) chamada de “Formosa” por ser toda de bronze. Como se supõe, entre “o átrio dos gentios e o átrio das mulheres havia uma bela porta de bronze cinzelado, estilo corinto, com incrustações de ouro e prata. Era mais valiosa do que se tivesse sido feita de ouro maciço” (HORTON, 1983, p. 45). Quem olhava para esse portão, que dava acesso ao pátio do Templo, e para os mendigos à sua frente, podia refletir sobre a desigualdade em Jerusalém.   Sempre ignorado por sacerdotes, levitas e outros frequentadores do Templo, o mendigo aleijado teve uma surpresa quando abordou Pedro e João. Estes não apenas pararam para ouvir seu pedido, como também lhe disseram: “Olha para nós” (At 3.4).  Deus sempre começa o milagre por meio daquilo que podemos fazer. O mendigo de Jericó, que não podia ver, precisou colocar-se em pé (Mc 10.49). Já o de Jerusalém, que não podia levantar-se, teve de olhar para os apóstolos. E ele mirou-os, com a mão estendida, esperando receber uma moeda.  O primeiro pregador pentecostal tinha algo mais precioso para oferecer-lhe. Se fosse um pregador triunfalista, adepto do antropocentrismo, teria dito ao aleijado: “Determina a tua cura agora!”. E, se o homem não tivesse sido curado, dir-lhe-ia que não teve fé para fazê-lo. Pedro, porém, era verdadeiramente pentecostal e disse-lhe: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou.   Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6). Estamos diante de um novo Pedro — guiado pelo Parácleto —, o qual falou com autoridade e, pela fé, levantou pela mão um homem que jamais andara e sequer sabia caminhar (At 3.7). Para alguém andar, não basta apenas ter pernas saudáveis. É preciso saber usá-las. Uma criança, por exemplo, leva vários dias para aprender a dar os primeiros passos.  Portanto, o que houve ali foi mais que uma restauração de pernas e pés!  Não pensemos, porém, que esse milagre ocorreu por causa da fé de Pedro ou da do mendigo. Os mestres triunfalistas, que prezam o falso evangelho antropocêntrico, costumam supervalorizar a fé — a fé na fé —, que é apenas o meio usado por Deus para realizar grandes maravilhas.    Curado, o homem entrou no Templo e começou a saltar, louvando a Deus diante daqueles que o conheciam, mas jamais o ajudaram. A narrativa de Lucas sugere que ele puxou os apóstolos pela mão para alegrarem-se com ele (At 3.8-10). Além de andar, o mendigo estava realizando outro sonho, o de ingressar no Templo, visto que “aos aleijados não era permitida a entrada” (HORTON, 1983, p.46).   Pense num homem alegre, saltando e glorificando a Deus sem nenhum receio! Não se tratava, porém, de dança exibicionista, frenética ou performática dentro da Casa de Deus, como vemos nos dias de hoje, e sim do extravasamento de uma felicidade jamais sentida por aquele mendigo até então. Os dois apóstolos estavam preparados para não cair na tentação de receber o louvor do povo. E, diante da alegria do homem curado e do assédio da multidão, o pregador pentecostal sabia que precisava manter-se humilde e dar toda a glória a Jesus. Lucas diz que o povo estava maravilhado com o ocorrido e apegou-se a Pedro e João, junto ao chamado pórtico ou alpendre de Salomão, ignorando que fora o Senhor quem havia levantado o coxo de nascença (At 3.10,11).   Pedro era realmente um novo homem. Diferentemente de muitos pregadores da atualidade que se gabam de ser pentecostais, mas que, na verdade, são soberbos, ele disse ao povo: “Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Calcula-se que havia ali, nos arredores do Templo, cerca de dez mil pessoas (cf. HORTON, 1983, p. 47). Que oportunidade para anunciar a Cristo!

3.   Pedro avivado em outras ocasiões  -  O livro de Atos, embora seja conhecido como Atos dos Apóstolos, destaca especialmente o ministério de Pedro e Paulo. Esses dois apóstolos são destacados como pregadores e operadores de milagres. O livro de Atos registra vários milagres operados por Pedro e outros experimentados por ele.

O primeiro milagre operado por Pedro foi a cura do paralítico na Porta Formosa do templo (At 3.1-3). Esse milagre deu a Pedro a oportunidade de pregar seu segundo sermão em Jerusalém, elevando o número de crentes para cinco mil. O segundo milagre foi a morte instantânea de Ananias e Safira, num claro juízo de Deus à hipocrisia desse casal, que, para ganhar notoriedade na igreja, mentiu ao Espírito Santo (At 5.1-11). O terceiro milagre ocorreu em Jerusalém, quando os enfermos eram levados pelas ruas e colocados em leitos macas, para que, quando Pedro passasse, ao menos sua sombra se projetasse sobre alguns deles. Também das cidades ao redor ia muita gente para Jerusalém, levando doentes e atormentados por espíritos impuros, e todos eram curados (At 5.15,16). O quarto milagre acontece em Lida, quando Pedro cura o paralítico Eneias (At 9.32-35). Depois de Lucas nos relatar a conversão de Saulo, volta sua atenção para Pedro. No começo da perseguição da igreja, os apóstolos julgaram prudente permanecer em Jerusalém (At 8.1b), mas, agora que a igreja estava desfrutando um tempo de paz (At 9.31), sentiram-se livres para deixar a cidade. É dessa forma que Pedro inicia seu ministério itinerante (At 9.32a), pregando o evangelho e visitando os santos (At 9.32b). A cura de Eneias foi algo maravilhoso. Ele era paralítico, e havia oito anos jazia de cama. Pedro lhe disse: […] Eneias, Jesus Cristo te cura. Levanta-te e arruma a tua cama. Ele logo se levantou (At 9.34). De maneira ainda mais nítida do que na cura do mendigo aleijado em Atos 3, aqui Jesus é imediatamente destacado como o verdadeiro e único doador da cura. Pela autoridade do seu nome, o Cristo ressurreto restabeleceu Eneias completamente. A cura foi instantânea, e o homem conseguiu se levantar e arrumar sua cama (At 9.34). Tornou-se um milagre ambulante, pois todos aqueles que viram esse fato extraordinário em Lida e Sarona converteram-se ao Senhor (At 9.35). O quinto milagre aconteceu em Jope. Em Atos 9.36-43, há o registro da ressurreição de Dorcas (Tabita = gazela), uma mulher notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Ela vivia integralmente dedicada à beneficência e à ajuda ao próximo. Ela cuidava especialmente das viúvas. Essa notável serva do Senhor adoeceu e morreu, e os irmãos colocaram seu corpo no cenáculo. Não havia registro até então de que os apóstolos tivessem sido usados por Deus para a ressurreição de mortos. Isso mostra a fé e a confiança dos crentes de Jope em mandar buscar Pedro em Lida. Pedro chegou e ordenou que as pessoas que estavam chorando e lamentando saíssem do quarto, pois o milagre que estava para acontecer ali não era um espetáculo, e ele, colocando-se de joelhos, orou e, voltando-se para o corpo, disse: […] Tabita, levantaste. Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. Ele lhe deu a mão, levantou-a e, chamando os santos, e as viúvas, apresentou-a viva (At 9.40,41). Que diferença fundamental em relação a todas as práticas feiticeiras e milagreiras de cunho ocultista! Aqui não são sussurradas fórmulas mágicas, não se cita nenhum nome misterioso, nem se realizam estranhas benzeduras. Emite-se uma ordem cordial, e espera-se com fé que essa ordem, possível como tal, será cumprida pela ação de Deus.



                        III.   A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

1.   A Igreja atual e o Pentecostes  -  A ATUALIDADE DA EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL

Há um grupo de teólogos que, se não peca por comissão, está sempre a pecar pelas omissões incabíveis e até impiedosas que perpetram contra a doutrina pentecostal.  Alegam eles, entre outras coisas, que o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais já não têm qualquer serventia ou préstimo para estes últimos dias. E que só foram necessários àqueles dias primeiros da Igreja. As Escrituras Sagradas e a história do Cristianismo os desmentem; demostram que a experiência pentecostal jamais se ausentou dos arraiais cristãos. E tão atual hoje como o foi aos tempos antigos.  Em seu discurso, o apóstolo Pedro é mais do que conclusivo: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 3.39). Ao comentar essa passagem, o pastor Donald Stamps confirma: “A promessa do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecostes, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era. O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja”.  Não é somente a Bíblia que nos está a atestar essa verdade; a própria história comprova a realidade do Pentecostes em todas as eras.

2.   Tempos de multiplicação da iniquidade  -  Marcas de Degradação Moral Iminente, 3.1-5

Até este ponto da carta, Paulo lidou com as demandas impostas em Timóteo por sua tarefa como pastor. Mas agora, em espírito profético, ele se dirige à sociedade em que estava a igreja infante e descobre nela fatores que exerceriam influência trágica no povo de Deus: Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos (1). A expressão nos últimos dias refere-se ao período do fim da atual dispensação, imediatamente precedente à volta de Cristo; não há razão para crermos que o apóstolo tivesse algo diferente em mente. Paulo acreditava na proximidade da volta de Cristo, embora não vivesse para vê-la. O período que Paulo está descrevendo poderia estar logo à frente de Timóteo. E ele o chama tempos trabalhosos.  Servindo-se de uma lista, ele detalha as atitudes pecadoras dos homens as quais caracterizarão este período: Homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus (2-4). A lista inteira é somente uma frase. E descrição sórdida e deprimente dos pecados humanos. A literatura ética do século I continha semelhantes listas, e o próprio Paulo já havia recorrido a este dispositivo (Rm 1.30,31). Pecados de diversos graus de gravidade são reunidos mais ou menos indiscriminadamente, talvez com a ideia de mostrar que na ótica de Deus todos os pecados são do mesmo jeito sérios, quer pecados da carne ou do espírito, quer cometidos contra Deus ou contra nosso semelhante. Estes pecados, comuns no século I, também vicejam em medida alarmante hoje em dia. Esta é indicação clara de que estamos nos últimos dias.  No versículo 5 está o pensamento perturbador deste parágrafo: Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia (“o poder”, AEC, BAB, BJ, NTLH, NVI, RA) dela. Destes afasta-te. Kelly afirma que o versículo 5 é uma “frase lancinante”, a qual o apóstolo “força, por via do clímax, […] os praticantes dos erros efésios […] a fazer uma grande parada do cristianismo”.1 E deveras surpreendente que os culpados de tais pecados flagrantes ainda encontrem na religião formal um lenitivo para a consciência. Isto não quer dizer que na verdadeira religião não haja formalidade.  A formalidade e o poder não são inimigos naturais ou mutuamente exclusivos. Na verdade, tem de haver um casamento entre formalidade e poder para que o culto a Deus tenha a graça e beleza que ele deseja. Há muitos modos de negar a eficácia da religião. O modo mais sutil e mortal é a disposição de viver dia a dia sem a presença do poder de Deus em nossa vida religiosa. Este é o risco que afronta muitas pessoas que corariam de vergonha só com a leitura da lista sórdida de pecados que Paulo enumera.

3.   A Igreja será arrebatada -  A Igreja dos tempos que antecedem a vinda de Jesus para o arrebatamento será a formada pelos crentes salvos e lavados no sangue de Jesus e que estiveram avivados na unção do Espírito Santo em obediência e santificação (Hb 12.14; 1 Ts 5.23; 1 Pe 1.15). Será a Igreja dos crentes que são comparados às cinco virgens pudentes da parábola das dez virgens, proferida por Jesus. Cinco delas eram prudentes, e as outras cinco, insensatas. As prudentes, além de terem azeite nas suas lâmpadas para a espera pelo noivo, tinham reserva nas vasilhas, enquanto as insensatas, ou loucas, apenas possuíam azeite nas lâmpadas e não tiveram tempo de reabastecê-las quando se ouviu o grito da chegada do noivo (Mt 25.1-13). Além de ser constituída de crentes prudentes, a Igreja que vai subir é santa, consagrada a Deus, na unção do Espírito Santo, comparada a uma virgem preparada para o seu esposo no dia das núpcias. Paulo remete a esse fato quando fala dos deveres dos maridos para com as suas esposas, exortando-os a amá-las como Cristo ama a Igreja, a ponto de dar a vida por ela “[...] para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.26,27). Que Deus nos ajude para que nós, os salvos, estejamos preparados para ouvir o toque da trombeta do arcanjo no arrebatamento.


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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal, Ciro S. Zibordi - Editora CPAD.

Comentário Bíblico Pedro: Pescador de homens, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos.

Livro Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento, Claudionor C. de Andrade - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico Beacon. I e II Timóteo, Arnold E. Airhart - Editora CPAD.

https://professordaebd.com.br/6-licao-1-tri-23-o-avivamento-no-ministerio-de-pedro/

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

LIÇÃO 05 - O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II.

 

         


                TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (AT 2.4)


            VERDADE PRÁTICA

Ao longo dos anos, a Igreja experimenta avivamentos por meio do batismo no Espírito Santo e da atualidade dos dons espirituais.


LEITURA BÍBLICA: AT 2. 1-13



                        INTRODUÇÃO


A Igreja nos seus primórdios era grandemente avivada. Ao despedir-se dos discípulos antes da sua ascensão, Jesus determinou-lhes que não saíssem a pregar antes do recebimento de poder do alto: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At 1.4-5 – grifo acrescido) O judaísmo e as seitas que proliferaram no período interbíblico durante cerca de quatrocentos anos levaram o povo de Israel a um estado de letargia espiritual. Os fariseus, os saduceus, os zelotes, os essênios e outros grupos religiosos daquela época tinham uma mensagem vazia, às vezes radicalista, mas cheia de hipocrisia e desfaçatez. Além disso, grande parte dos líderes desses grupos, com apoio dos sacerdotes judeus, perseguiam a Igreja nascente. Se esta não tivesse poder e não experimentasse o avivamento do Espírito Santo, jamais teria sobrevivido. Jesus trouxe um novo tempo para o povo de Israel e para o mundo. Infelizmente, a maioria dos homens não compreendeu a mensagem dEle. Nesse contexto, Jesus determinou que os discípulos teriam que esperar “a promessa do Pai”, prevista por Joel (2.28,29), de um derramamento do seu Espírito “sobre toda carne”, ou seja, sobre toda a humanidade. Esse avivamento chegou no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os que se achavam no cenáculo orando a Deus, na expectativa do que aconteceria à Igreja após a volta de Jesus aos céus. Se com a presença de Jesus os discípulos experimentaram as evidências do poder de Deus nas suas vidas a ponto de verem curas, milagres e prodígios e os demônios expulsos no nome de Jesus depois do batismo no Espírito Santo, em Atos 2 houve uma verdadeira revolução espiritual no meio dos seguidores de Jesus. Na ocasião, houve sinais sobrenaturais de que o novo tempo havia chegado: Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (At 2.1-4) Dali em diante, aquele movimento espiritual de dimensão jamais vista deveria ser a marca impactante dos que faziam a Igreja de Jesus. No Novo Testamento, não existe a palavra “avivamento”, mas vemos que, em todos os dias da Igreja Primitiva, o que identificava os cristãos era um viver fiel, santo e dedicado a Deus, num clima de avivamento espiritual constante. Em Atos dos Apóstolos, o avivamento teve início, mas não parou nos primeiros dias — como entendem irmãos cessacionistas, de igrejas reformadas. Pelo contrário, prosseguiu na igreja neotestamentária e continua até os dias de hoje no meio dos crentes que aceitaram a Cristo como o seu Salvador e buscam uma vida de mais íntima comunhão com Ele. Meditemos nesse importante assunto do avivamento na vida da Igreja.

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                I.   O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O PÚBLCO-ALVO

1.  O chamado abrangente de Jesus  -   Ensinamentos Práticos

A essência do Evangelho. “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”.    A palavra “evangelho” significa literalmente “boas novas” . Sua essência pode ser assim sumariada: Deus, na pessoa de Cristo, veio ao mundo para libertar a humanidade do jugo do pecado. E a sua substância é composta pelos ensinos que Jesus ministrou acerca de nossa salvação, e pelo que Ele fez para no-la obter.    Terminada a guerra civil americana, achavam-se uns soldados escondidos num bosque, sobrevivendo com frutinhas silvestres e água. Não sabiam que a guerra chegara ao fim. Mas para sair daquela situação, era mister crer nas boas notícias: A guerra chegara ao fim.     Milhões de homens, mulheres e crianças estão a viver amedrontados, alimentando-se dos detritos do mundo; acham que não existe nada de melhor para eles. Ainda não sabem que a guerra contra o pecado já foi vencida por Cristo e, que agora, podemos usufruir de uma paz singular.    Eles têm de saber que Jesus morreu para libertá-los do pecado!    Certa menina pobre ficou doente, e foi levada ao hospital, onde ouviu falar de Jesus. Jamais ouvira história tão linda! Certo dia, perguntou enfermeira: “A senhora já ouviu a história do nascimento de Jesus?”. “Sim” respondeu a enfermeira. Então a menina replicou: “Pela sua aparência pensei que ainda não a tivesse ouvido.” “Qual é a minha aparência?” perguntou a enfermeira. Oh, como a da maioria das pessoas, meio tristonha. Pensava que ninguém ficaria triste se conhecesse a história de Cristo’.   Sinos de alegria repicam nos corações dos que realmente “creem no evangelho”.    O arrependimento, precursor da fé. “João pregava o batismo do arrependimento”. O Evangelho são as Boas Novas; leva-nos a ver nossos pecados à luz da santidade divina. Se o pecado fosse uma enfermidade que pudesse ser tratada pela medicina, não necessitaríamos recorrer ao Evangelho. Quando, porém, vemos quão terrível julgamento aguarda os que se entregam ao pecado, conscientizamo-nos de que não há outro remédio senão aceitar a Cristo como nosso único e suficiente Salvador.    Reduzida a termos mais simples, a receita do Evangelho é: “Arrepende-te e crê; vê o teu pecado; aproxima-te de Cristo, Redentor nosso”.

2.   A promessa é para todos os salvos  -   “Vós recebereis o dom do Espírito Santo como nós o recebemos, pois esta é uma bênção geral. Alguns de vós recebereis estes dons externos, mas cada um de vós, se fordes sinceros na fé e no arrependimento, recebereis a sua graça e consolo internos, e sereis selados com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13).” Note que todos os que recebem o perdão dos pecados recebem o dom. do Espírito Santo (v. 38). Todos os que são justificados são santificados.     “Os vossos filhos ainda terão, como sempre, uma parte no concerto e um direito de posse ao seu selo externo.         Vinde a Cristo para receberdes esses benefícios inestimáveis, pois a promessa do perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo são para vós e para vossos filhos” (v. 39). Estava muito explícito: Eu derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade (Is 44.3). E: O meu Espírito […] e as minhas palavras […] não se desviarão […] da tua posteridade, nem |…] da posteridade da tua posteridade (Is 59.21). Quando Deus fez o concerto com Abraão, Ele disse: Eu estabelecerei o meu concerto entre mim, e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, […] para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti (Gn 17.7). Por conseguinte, todo israelita circuncida seu filho de oito dias de idade. Então era oportuno que o israelita que, pelo batismo, estivesse prestes a entrar em uma nova dispensação deste concerto, perguntasse:     “O que será de meus filhos? Eles devem ser rejeitados ou aceitos junto comigo?” Pedro responde: “Aceitos, sem dúvida, pois a promessa, essa grande promessa de Deus ser Deus para vós, é tanto para vós quanto para vossos filhos agora como sempre o foi.” (4) “Ainda que a promessa seja oferecida a vossos filhos como sempre o foi, contudo não está mais, como estivera, restrita a vós e a vossos filhos, mas diz respeito […] a todos os que estão longe (v.39)” e, acrescentaríamos, aos filhos destes, pois a bênção de Abraão vem sobre os gentios por meio de Jesus Cristo (G13.14).          Por muito tempo, a promessa pertencera exclusivamente aos israelitas (Rm 9.4), mas agora é enviada aos que estão longe, às mais remotas nações gentias e a cada uma delas em particular, a todos os que estão longe. E a esta generalidade que a limitação a seguir: a tantos quantos, tem de se referir, a tantas quantas pessoas em particular de cada nação que Deus, nosso Senhor, chamar eficientemente à comunhão de Jesus Cristo. Perceba que Deus faz que seu chamado alcance aqueles que estão muito longe e que ninguém vem senão aqueles a quem Ele chama.

3.   O engano dos cessacionistas  -  Eles creem e afirmam que o batismo no Espírito Santo, com sinais evidentes de línguas estranhas, bem como os outros sinais no dia de Pentecostes, foi “apenas para aqueles dias”, ou seja, para os dias apostólicos; e há outros que seguem teólogos e intérpretes da Bíblia que dizem que o batismo no Espírito Santo é a própria conversão. Já vimos em capítulo anterior que tal afirmação não corresponde à realidade dos fatos narrados no Novo Testamento. Os que se encontravam no cenáculo todos os dias orando e esperando “a promessa do Pai” não eram descrentes; muito pelo contrário, eram salvos e fiéis seguidores de Jesus. Participaram do seu ministério, que durou cerca de três anos, e continuaram crendo, ensinando o seu evangelho, que eram “boas novas” de poder, de unção e evidências de que o fenômeno do batismo com línguas estranhas não era uma mensagem qualquer, de natureza religiosa, filosófica ou retórica e passageira. Era, na verdade, a mensagem de Deus para os judeus, para a Igreja e para o mundo. Assim, nós, pentecostais, somos continuístas. Aceitamos que o batismo no Espírito Santo, com evidência do falar em línguas estranhas, e os dons espirituais são para todos os tempos desde que a Igreja foi inaugurada no Pentecostes.


                II.   O DINAMISMO DA IGREJA APOSTÓLICA

1.   A Igreja nasce avivada  -   Jesus comissionou os discípulos e conferiu autoridade a eles. Assim, desde o dia da ressurreição, eles estavam num novo relacionamento com Ele: já eram a Igreja, a Eclésia. Jesus não instituiu uma organização, mas, sim, um organismo. Momentos antes da ascensão, Cristo exortou os discípulos a permanecer na cidade de Jerusalém até que fossem revestidos com poder do alto (Lc 24.49; 1.4,8). No Dia de Pentecostes, os cento e vinte crentes que louvavam e bendiziam ao Senhor reunidos (Lc 24.53) receberam individualmente a promessa do Pai: o batismo no Espírito Santo. Este desceu para “dar vigor espiritual” à comunidade dos crentes a fim de tornar o Cristo ressurreto disponível em toda parte por meio de servos de Deus cheios do Espírito Santo. Esses servos de Deus abrasaram o mundo, abalaram o Império Romano, foram perseguidos e espalharam-se por todos os cantos, mas foram vencedores. 1. A Igreja Historicamente   Podemos dizer que a Igreja foi construída por Jesus durante o seu ministério terreno ao lado dos seus discípulos. Alguns aspectos são importantes a considerar. A maioria dos estudiosos — quer sejam os seus antecedentes pentecostais, quer evangélicos ou, ainda, modernistas — acredita que as evidências bíblicas são favoráveis ao Dia de Pentecostes, registrado em Atos 2, para a inauguração da Igreja. Outros, no entanto, reconhecem que a morte de Cristo efetivou a nova aliança (Hb 9.15,16). Por isso, entendem ser João 20.21-23 a inauguração da Igreja, como incorporação à nova aliança (cf. Jo 20.29, que demonstra já serem crentes os discípulos — já estavam dentro da Igreja antes de serem revestidos de poder pelo batismo no Espírito Santo). 2. A Inauguração da Igreja  Aceitamos a ideia de que a Igreja de Cristo veio a existir como tal no Dia de Pentecostes, quando foi consagrada pela unção do Espírito Santo. Assim como o Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êx 40.34), de igual modo os primeiros membros foram congregados no cenáculo e consagrados como Igreja pela descida do Espírito Santo. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retorno da Shekinah (a glória manifesta no Tabernáculo e no Templo) que, havia muito, partira do Templo, cuja ausência era lamentada por alguns dos rabinos. E, naquele momento singular, Deus deu início ao maior avivamento da história de Israel e do mundo, ainda que grande parte dos homens não percebeu esse fato maravilhoso.

H. Turner assinalou que Atos se divide em seis seções e que cada uma delas termina com o que se poderia chamar um relatório dos progressos realizados.    As seis seções são as seguintes:    (a) 1:1—6:7: fala-nos da Igreja de Jerusalém e da pregação de Pedro; e finaliza com um resumo: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.”     (b) 6:8—9:31; descreve a divulgação do cristianismo através da Palestina e o martírio de Estêvão, que foi seguido pela pregação em Samaria. Finaliza com um resumo: “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.”    (c) 9:32—12:24; inclui a conversão de Paulo, a extensão da Igreja ao Antioquia, e a aceitação de Cornélio, o gentio, na Igreja por meio de Pedro. Seu resumo é: “E a palavra de Deus crescia e se multiplicava.”     (d) 12:25—16:5; fala da propagação da Igreja na Ásia Menor e da viagem de pregação por Galácia. Finaliza: “Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número.”     (e) 16:6—19:20; relata a expansão da Igreja na Europa e a tarefa de Paulo nas grandes cidades gentis como Corinto e Éfeso. Seu resumo é: “Assim crescia e prevalecia poderosamente a palavra do Senhor.”      (f) 19:21—28:31; fala-nos da chegada de Paulo a Roma e de sua prisão ali. Termina com uma descrição de Paulo “pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo”.

Este plano nos explica a circunstância que parece enigmática em Atos. Por que termina assim? Finaliza com Paulo na prisão esperando ser julgado. Gostaríamos muito de saber o que aconteceu a Paulo, mas o fim está envolto no mistério. Mas Lucas se deteve ali porque tinha obtido seu propósito. Tinha mostrado como o cristianismo começou em Jerusalém e se estendeu até Roma. Um grande erudito do Novo Testamento disse que o título de Atos poderia ser: “Como chegaram as Boas Novas de Jerusalém a Roma.” O propósito de Lucas era mostrar aos homens algo da milagrosa divulgação do evangelho, e deixou sua pena quando já tinha mostrado ao cristianismo estabelecido na capital do mundo.

2.   A Igreja depois do Pentecostes  -   AS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA

Atos 2:42-47

Nesta passagem temos uma espécie de brilhante resumo das características da Igreja primitiva.    (1) Era uma Igreja que aprendia. A palavra doutrina no verso 42 não é passiva; é ativa. A frase significa que persistiam em ouvir os apóstolos enquanto ensinavam. Um dos grandes perigos da Igreja é uma religião estática que olhe para trás em vez de para frente. Justamente devido a que as riquezas de Cristo são inescrutáveis e intermináveis deveríamos partir sempre para frente. O cristão deve caminhar, não rumo ao entardecer mas rumo ao amanhecer. Deveríamos considerar um dia perdido aquele em que não aprendemos nada novo e quando não penetramos mais profundamente na sabedoria e na graça de Deus.    (2) Era uma Igreja em comunhão. Tinha o que alguém chamou a grande qualidade de estar juntos. Nelson explicava uma de suas grandes vitórias dizendo: “Tive a alegria de comandar um grupo de irmãos”. A Igreja só é uma verdadeira Igreja quando é um grupo de irmãos.   (3) Era uma Igreja que orava. Aqueles primeiros cristãos sabiam que não podiam enfrentar a vida com suas próprias forças e que não tinham necessidade de fazê-lo. Sempre falavam com Deus antes de fazê-lo com os homens; sempre iam a Deus antes de sair ao mundo; podiam enfrentar os problemas da vida porque primeiro encontravam a Deus.    (4) Era uma Igreja reverente. No versículo 43 a palavra corretamente traduzida temor encerra a idéia de temor reverencial. Diz-se de um grande grego que se movia no mundo como se o fizesse em um templo. O cristão vive com reverência porque sabe que toda a Terra é o templo do Deus vivente.     (5) Era uma Igreja na qual aconteciam coisas. Ocorriam maravilhas e sinais (versículo 43). Se esperamos grandes coisas de Deus e busquemos fazer grandes coisas para Ele, algo acontecerá. Quando a fé morre, morre a capacidade de obter. Mais coisas aconteceriam se crêssemos que juntos – Deus e nós – podemos fazer acontecer.   (6) Era uma Igreja que compartilhava (versículos 44-45). Aqueles primeiros cristãos tinham um intenso sentimento de responsabilidade um pelo outro. Diz-se que William Morris nunca via um homem ébrio sem sentir uma responsabilidade pessoal por ele. Um verdadeiro cristão não deveria suportar o ter tanto quando outros têm tão pouco.   (7) Era uma Igreja que adorava (versículo 46). Nunca esqueciam de visitar a casa de Deus. Devemos lembrar que “Deus não conhece a religião solitária”. A metade da emoção de um concerto ou de uma grande competição de atletismo é o ser um entre um grande número de pessoas. Quando nos reunimos podem acontecer coisas. O Espírito de Deus se move sobre os que juntos O adoram.     (8) Era uma Igreja alegre (versículo 46). A felicidade estava ali. Um cristão melancólico é uma contradição. A alegria de um cristão não é necessariamente algo de que deva gabar-se; mas na profundidade de seu coração há uma alegria que ninguém pode tirar.    (9) Era uma Igreja de gente que não podia deixar de ser querida por outros. Há duas palavras gregas para bom. Uma é agathos que descreve simplesmente um objeto como bom. A outra é kalos que significa algo que não somente é bom, mas sim tem aspecto de bom; há um atrativo nisso. O verdadeiro cristianismo é algo bonito. Há muita gente boa, mas há neles um traço de dureza. Nunca poderíamos ir e chorar em seu regaço. São o que alguém denominou cristãos de gelo.


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                    III.    UM  MINISTÉRIO UNGIDO PARA OS DIAS ATUAIS

1.   Na unção do Espírito Santo  -   No mundo, nunca houve tantas igrejas e ministérios como hoje. Em termos gerais, há milhares de igrejas no mundo. Cada uma com as suas doutrinas, ensinos e liturgias. Em grande parte delas, contudo, falta a verdadeira unção do Espírito Santo. E a razão é bem evidente: a falta do poder do Espírito Santo mediante o batismo pentecostal, a sã doutrina e o temor do Senhor em muitos ministérios. Para um ministério ser ungido, não há fórmulas nem métodos técnicos ou científicos, mas há o exemplo da igreja nos seus primórdios, como vimos no item anterior. 1. O que É um Ministério Ungido   Significa um ministério que ensina sobre o poder sobrenatural de Deus sobre os crentes e que aceita o batismo no Espírito Santo como atual para os dias de hoje, procurando cultivar a busca do “dom do Espírito Santo” (At 2.38); que ensina sobre os dons espirituais e estimula a sua busca; que experimenta a ocorrência dos dons espirituais nos dias de hoje. Sem os dons espirituais, como dissemos, uma igreja não passa de uma “associação de direito privado, de caráter religioso, sem fins econômicos” ou lucrativos. O que é, então, um ministério ungido? Tem a unção do Espírito Santo   O obreiro que exerce um ministério na unção do Espírito Santo demonstra ter uma vida de dedicação e amor à obra do Senhor, tudo fazendo para a honra e glória de Deus, e não em busca de reconhecimento humano ou ministerial. Com a unção do Espírito Santo, a pregação tem poder e é acompanhada com sinais autenticadores da bênção de Deus. Esses sinais podem ser a salvação de almas para Cristo; podem ser realizados em nome do Senhor Jesus, incluindo o expulsar demônios, falar em línguas, pegar em serpentes se for necessário, beber coisas mortíferas e não sofrerem consequências e pôr as mãos sobre os enfermos e estes serem curados, conforme Ele declarou quando da sua despedida dos seus seguidores: “E estes sinais seguirão aos que crerem [...]” (Mc 16.17).

2.    Autenticado por Deus  -   O grande interesse desta passagem reside na descrição que nos dá do dever da Igreja. Evidentemente, o homem que escreveu esta seção final acreditava que a Igreja tinha certas tarefas que Jesus lhe tinha encarregado.   (1) A Igreja tem a tarefa de pregar. É dever da Igreja, e isto quer dizer de cada cristão, contar a história das boas novas de Jesus àqueles que nunca a ouviram. O dever do cristão é ser arauto de Jesus Cristo.   (2) A Igreja tem uma tarefa curadora. Vimos este fato uma e outra vez. O cristianismo tem que ver com o corpo dos homens tanto como com sua mente. Jesus quis trazer saúde ao corpo e à alma.   (3) A Igreja era uma Igreja de poder. Não precisamos tomar tudo literalmente. Não precisamos acreditar que o cristão tem que ter literalmente o poder de levantar víboras venenosas e beber líquidos venenosos sem correr perigo. Mas no fundo desta linguagem pitoresca está a convicção de que o cristão está imbuído de um poder para enfrentar a vida e lidar com ela que outros não têm nem podem ter.  (4) A Igreja nunca seria deixada sozinha para trabalhar na realização de sua obra. Cristo sempre opera com ela e nela e por meio dela. O Senhor da Igreja está ainda nela e é ainda o Senhor de poder.

3.   Glorifica a Cristo  O Espírito Santo exerce o ministério do holofote (16.14,15). Um holofote é uma luz cuja finalidade é iluminar não a si mesma, mas um alvo específico. O Espírito Santo não vem para glorificar a si mesmo, mas para glorificar Jesus.

Se quisermos saber se uma pessoa está cheia do Espírito Santo, basta examinar se ela está vivendo uma vida Cristocentrica. O propósito do ministério do Espírito Santo é exaltar Jesus, anunciá-lo e torná-lo conhecido. Werner de Boor diz que, através do Espírito Santo, desenvolve-se a iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo (2Co 4.6). O Filho não deseja ter outra glorificação além dessa. Quando a glória de Deus for vista em sua face, então o Filho estará maravilhosamente glorificado.





AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Livro de  Marcos, O Evangelho do Servo de Jeová, Myer Pearlman - Editora CPAD.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico Atos, William Barclay 

Comentário Bíblico Marcos, William Barclay

Comentário bíblico João, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos.

https://professordaebd.com.br/5-licao-1-tri-23-o-avivamento-na-vida-da-igreja/

sábado, 14 de janeiro de 2023

LIÇÃO 04 - O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS.

 

Profº PB. Junio - Congregação Boa Vista II.


Faço abertura de trimestre,
 como também o fechamento.
Fazemos Slides para fechamento
de Trimestre.


                    TEXTO ÁUREO

"Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor." (LC 4.14)


                VERDADE PRÁTICA

O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: LC 4. 14-22


                    INTRODUÇÃO

 1. De lá Ele veio pela virtude do Espírito. O mesmo Espírito que o qualificou para o exercício de seu ofício profético, o inclinou fortemente a ele. O Senhor Jesus não iria esperar por um chamado dos homens, porque Ele tinha a luz e a vida em si mesmo. 2. Ali Ele ensinou em suas sinagogas, em seus lugares de culto público, onde eles se reuniam, não, como no templo, para serviços cerimoniais, mas para os atos morais de devoção, para ler, expor e aplicar a Palavra, para orar e louvar, e para a disciplina da congregação; estas coisas passaram a ser mais frequentes desde o cativeiro, quando o culto cerimonial estava próximo de expirar. 3. Ao agir desta forma, o Senhor alcançou uma elevada reputação. E a sua fama correu por todas as terras em derredor (v. 14), e foi uma boa fama; porque (v. 15) Ele era louvado por todos. Todos o admiravam, e o exaltavam; eles nunca tinham ouvido uma pregação como está em toda a sua vida. Agora, a princípio, Ele não enfrentou desprezo ou contradição; todos o glorificavam, e não havia ninguém que o difamasse.


                I.   JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1.   O Espírito Santo na vida de Jesus  -  No nascimento de Jesus Quando Jesus nasceu, o anjo Gabriel foi dar o anúncio a Maria, o que causou grande espanto a ela, pois era virgem, fazendo-a indagar como poderia aquilo acontecer se ela não era casada: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Na sua encarnação, Jesus fez-se homem, mas não deixou de ser Deus. Todavia, para tornar-se o Emanuel, o Espírito Santo exerceu o seu papel de executor divino do mistério da encarnação. No batismo de Jesus Na sua infância, criado pela sua mãe e pelo pai adotivo, José, Jesus foi um menino educado segundo a Lei de Moisés. Ao oitavo dia de nascido, foi apresentado no Templo, onde foi circuncidado (Lc 2.21-24). Na sua adolescência, certamente auxiliou o seu pai na carpintaria, pois, ao iniciar o seu ministério, ainda jovem, era conhecido como “o carpinteiro, filho de Maria” (Mc 6.3). Antes de começar a proclamar o seu evangelho, Jesus submeteu-se ao batismo para arrependimento, realizado por João Batista, no rio Jordão. Ao sair da água, “[...] viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Ali, houve uma manifestação indubitável da Trindade. O Pai, declarando Jesus como o seu “Filho amado”; Jesus, o Filho, saindo da água; e o Espírito Santo, materializado “como pomba”, descendo sobre Ele. Na tentação de Jesus Após o batismo em águas, Jesus foi conduzido “pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1– grifo acrescido). Ali experimentou o jejum “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” (4.2). Ele suportou e venceu as três investidas do Diabo contra a sua pessoa, começando pela área do instinto mais forte do ser humano: o da fome; depois no questionamento sobre a sua identidade: Filho de Deus; e, em seguida, na área do poder humano: em busca de glória terrena. Jesus foi vencedor em todas essas investidas satânicas e, usando a poderosa arma da Palavra de Deus a cada ataque, respondeu, dizendo: “Está escrito”; “Então, o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram” (ver Mt 4.1-11). Se Ele não tivesse a presença do Espírito Santo na condição humana, jamais teria vencido a terrível opressão e tentação malignas

2.   O Espírito Santo no ministério de Jesus  A missão singular de Jesus (Lc 4.17-21) Jesus recebe o livro do profeta Isaías e ele mesmo abre o livro no exato lugar onde estava definida a sua missão. Mais uma vez, é ressaltado que o Espírito Santo está sobre ele e o ungiu para cumprir essa sublime missão. Ao terminar a leitura, Jesus afirmou categoricamente que essa profecia de Isaías estava se cumprindo nele (Lc 4.21). Aqui ele se autoproclama o Messias de Deus. A missão de Jesus abrange cinco áreas.   Em primeiro lugar, evangelizar os pobres (Lc 4.18). A evangelização é a proclamação das boas novas de salvação, e os pobres não são apenas os desprovidos de bens materiais, mas os pobres que, não importando sua condição social, reconhecem sua total falência espiritual e desesperadamente se apegam à rica graça de Deus, a fim de serem salvos.    Em segundo lugar, proclamar libertação aos cativos (Lc 4.18). O ser humano, não importa sua condição política, económica e social, é prisioneiro da carne, do mundo e do diabo. Ele não pode libertar a si mesmo; precisa ser liberto. Não pode desvencilhar-se de suas próprias amarras; precisa ser colocado em liberdade. Jesus é o libertador. Aqueles que o conhecem verdadeiramente são livres.   Em terceiro lugar, restaurar a vista aos cegos (Lc 4.18). Jesus não apenas curou cegos, dando-lhes visão para verem as maravilhas da criação, mas também abriu os olhos dos cegos espirituais, para verem as maravilhas da graça de Deus. Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). O diabo cegou o entendimento dos incrédulos (2Co 4.4), mas Jesus é a luz que ilumina a todo o homem (Jo 1.9). O homem natural não consegue ver as maravilhas da lei de Deus nem se deleitar em seus preceitos. Só Jesus pode tirar as vendas dos olhos e arrancar o homem do império das trevas.   Em quarto lugar, libertar os oprimidos (Lc 4.18). Os judeus eram súditos de Roma. Estavam oprimidos política e economicamente. Mas Jesus veio para libertar os oprimidos do diabo. Nenhuma religião pode arrancar do coração humano essa opressão. Nenhum rito sagrado pode aliviar o homem desse peso esmagador. Nenhum esforço humano pode atenuar essa situação.   Em quinto lugar, apregoar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.19). O ano do jubileu era o tempo oportuno, quando as dívidas eram canceladas e as terras eram devolvidas aos donos originais. Esse ano do jubileu era uma demonstração da graça de Deus que, por meio de Cristo, trouxe aos pecadores o perdão de seus pecados e a vida eterna.



                        II.   JESUS E A ORAÇÃO EM SEU MINISTÉRIO

1.   O valor da oração  -  Jesus disse: “Portanto, vós orareis assim”. Seu padrão era louvar a Deus (6.9), interceder pela Sua obra no mundo (6.10), pedir a provisão das necessidades pessoais e diárias (6.11), e pedir auxílio para as lutas cotidianas (6.12,13). Esse padrão ajuda os crentes a compreenderem a natureza e o propósito das orações pessoais no seu relacionamento com o Pai.

A frase, Pai nosso, que estás nos céus, indica que Deus é santo e majestoso; Ele transcende tudo o que está na terra. Mas Ele também é uma pessoa e é amável. A primeira linha desse modelo de oração representa uma afirmação de louvor e um compromisso de honrar o santo nome de Deus. Os cristãos, que trazem o santo nome de Cristo, devem ser responsáveis por honrá-lo em todos os aspectos das suas vidas. Quando oramos para que o nome de Deus seja santificado, estamos orando para que o mundo honre o Seu precioso Nome, e aguardamos a volta de Cristo – a ocasião em que isso se tornará realidade.       6.10 O desejo, Venha o teu Reino se refere ao reinado espiritual de Deus, e não à libertação de Israel do domínio de Roma.      Deus anunciou o seu Reino no pacto com Abraão (8.11; Lc 13.28) e os judeus religiosos ainda estavam esperando por ele.         Os seguidores de Jesus reconhecem que o Reino começou com sua chegada na terra.    Os leitores de Mateus entenderam que o Reino deve estar presente no coração dos crentes, porque é lá que Cristo reina (Lc 17.21). Aguardar a vinda do reino de Deus é orar para que mais e mais pessoas façam parte dele. Essa oração também reafirma a crença de que Deus irá estabelecer o novo céu e a nova terra, e que a sua glória será conhecida por todas as nações (SI 110.1)       Orar dizendo seja feita a sua vontade não implica resignação ao destino, mas esta é uma oração para que o perfeito propósito de Deus seja realizado no mundo (na terra) da mesma forma como é realizado no céu.      Os versículo 11 e 12 são pedidos a favor de necessidades pessoais. Devemos confiar que Deus proverá, diariamente, aquilo que Ele sabe que precisamos. A palavra hoje sugere que não devemos nos preocupar com aquilo que Deus já sabe que precisamos (6.8). Os crentes devem confiar em Deus, que Ele concederá a cada um à Sua provisão, e não devem se preocupar. O fato de Deus nos dar o alimento cotidiano, não nega a responsabilidade que as pessoas têm de trabalhar. Na verdade, a atitude de orarmos deste modo é o reconhecimento de que Deus é Sustentador e Provedor.

“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Um crente que compreende a grandeza do perdão que recebeu pode, sinceramente, estender esse perdão aos outros pelas ofensas que tenham feito. O outro aspecto desse versículo revela o egoísmo de uma pessoa que procura o perdão de Deus, mas que se recusa a perdoar os outros. Jesus explica isso melhor em 6.14,15.      A palavra grega traduzida como tentação não significa “atração para fazer o mal”, mas um “teste”. Às vezes, Deus permite que seu povo seja “testado” pela tentação. Mas esse teste sempre tem um propósito: Deus está sempre trabalhando para aperfeiçoar seu povo, ensiná-lo a depender dele, e fortalecer seu caráter para torná-lo mais parecido consigo. A maneira como o faz, é diferente na vida de cada pessoa. A oração, então, é para não cedermos à tentação.       Jesus queria que seus seguidores confiassem em Deus durante os momentos de provação, e que orassem para que Ele os livrasse do maligno e das suas artimanhas.     Todo cristão luta contra a tentação, e os crentes que oram utilizando estas palavras entendem sua natureza pecadora, e a sua necessidade de depender de Deus diante da tentação.

2.    Uma vida de oração  -   A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a Deus (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22). MOTIVOS PARA A ORAÇÃO. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.   (1) Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.   (2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4).   Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).    (3) Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ. Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

(1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).   (2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.   Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor.    (3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).     (4) Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça. O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista”. Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17 nota). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33 nota; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO).  (5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 nota). A instrução de Jesus: “Pedi… buscai… batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 nota). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17 nota). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11 nota).    Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17.17-23).PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

(1) Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11; ver o estudo O LOUVOR A DEUS. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9). (d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6). (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34; ver o estudo A INTERCESSÃO).  (2) Como devemos orar? Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 nota).  (3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).


                    III.   UMA VIDA NA UNÇÃO DO ESPÍRITO

1.   A unção do Espírito na vida do obreiro  -  Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecostes, Deus começou a chamar “pastores” para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.     Julgo que os pastores têm de ser pentecostais p a ra que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jama is viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. A medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar. A mensagem pentecostal, os dons do Espírito Santo e a pregação do Evangelho com sinais e maravilhas são absolutamente importantes para o século XXI.     Como pastores, precisamos tão-somente do poder do Espírito Santo para guiar-nos em qualquer esforço que vise libertar e dar direção às pessoas. Há duas razões para isso. A primeira é que, nesta altura da história, as pessoas enfrentam necessidades críticas. As vicissitudes nos lares e os males da sociedade são talvez maiores do que os de qualquer outra geração.     Paralelo a isso está a necessidade de a Igreja Pentecostal satisfazer as atuais demandas e exigências sem, todavia, comprometer a mensagem que lhe confiou o Senhor. Estamos envolvidos nas urgências sociais, mas nossa mensagem não deve tornar-se um evangelho social. Esta geração não pode diluir a mensagem que nos foi entregue. Se a igreja pôr em risco suas características pentecostais, frustrará o propósito pelo qual Deus a levantou.    Quando a Escritura diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9), Deus está falando com a igreja. Precisamos buscar a Deus para saber o que Ele tem reservado para nós e para os nossos ministérios. A credito que não temos começado sequer a arranhar a superfície desse desafio. Não devemos nos descuidar, pensando que só porque somos pentecostais já temos experimentado tudo o que Deus tem.    Muitas coisas tem Ele para nós, as quais iremos descobrindo à medida que porfiarmos por andar no Espírito. É minha oração que você se já continuamente cheio com o Espírito Santo, e experimente tudo o que Deus lhe tem reservado.

2.    A unção do Espírito na vida do crente  -  Que contraste (1 Pe 2.9) com os crentes! Mais uma vez Pedro enfatiza nossa posição privilegiada. Fazemos parte de uma geração escolhida, de um sacerdócio real (corpo de reis que exercem o ofício sacerdotal), de uma nação santa (incluindo judeus e gentios, Ef 2.12-20), e de um povo feito propriedade particular de Deus.  Tais expressões (1 Pe 2.9) faziam parte da promessa feita por Deus a Israel no Sinai. Se tivessem ouvido sua voz e guardado sua aliança, estas coisas seriam verdades para eles (Êx 19.5,6). Mas, devido a sua desobediência, estas relações e ministérios nunca chegaram a ser cumpridos na íntegra. Fez-se necessária a Nova Aliança para conduzir judeus e gentios a um novo corpo. Sob a Lei, somente algumas pessoas eram separadas como sacerdotes. A massa do povo, que não era descendente de Arão, não tomava parte no ministério do templo.  Mas sob a graça, todos os crentes fazem parte do sacerdócio.     O cristão não precisa de ninguém, somente de Jesus, para lhe dar acesso ao Santo dos santos, à presença de Deus (Hb 10.19,20).    Ao entrarmos de posse dos privilégios sacerdotais, proclamamos os louvores daquEle que nos tirou do reino das trevas à sua maravilhosa luz, revelada em Cristo e comunicada a nós, e através de nós por Ele (Is 9.2; 60.1; Jo 8.12; 9.5; 12.35,36).



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry  - Editora CPAD.

Comentário bíblico Lucas, Hernandes Dias Lopes - Editora Hagnos. 

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

Raymond Carlson -Thomas E .Trask – Loren Triplett – Dick Eastman -Tommy Barnett Charles T. Crabtree – John Bueno – Zenas J. Bicket – Nancie Carmichael. Manual Pastor Pentecostal Teologia e Práticas Pastorais.

Comentário Bíblico I e II Pedro, Stanley M. Horton - Editora CPAD.