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sábado, 2 de abril de 2016

LIÇÃO 02 - A NECESSIDADE UNIVERSAL DA SALVAÇÃO EM CRISTO.

TEXTO ÁUREO
"Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer" ( Rm 3.10).

VERDADE PRÁTICA
O pecado manchou toda a raça humana e somente o sangue de Cristo é suficiente para purificá-la.

Leitura Bíblica Rm 1.18-20, 25-27; 2.1, 17-21 ( Explicação)

V 18 - Que tipo de pessoas Paulo está dscrevendo em Rm 1.18? Há quem diga ou sustente que, uma vez que a palavra gentios nunca é mencionada nesta seção, e visto que, pelo menos alguns dos pecados aqui catalogados eram cometidos pelos judeus da mesma forma que pelos gentios, devemos concluir que o apóstolo aqui se refere aos homens não regenerados em geral, não apenas os gentios.
"... está sendo revelada..." - O que está implícito é que essa ira se revela em ação, por exemplo, por meio do Dilúvio (Gn 6-8); da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19); das pragas no Egito (Êx 6-12) e das taças da ira (Ap 16). Em cada caso, a escritura mostra que tais manifestações da ira têm sua origem no céu. É Deus, que habita o céu, quem dá vazão à sua ira sobre os que perpetram a "impiedade e injustiça". Estes dois conceitos - impiedade e injustiça - não devem ser considerados como entidades completamente separadas, como se a primeira pertencesse exclusivamente À esfera religiosa e a segunda, somente à esfera moral, ou como se a primeira pertencesse meramente à primeira tábua da lei e  a segunda ao restante da lei. Ambas representam o pecado, a rebelião contra Deus.
"... das pessoas que estão constantemente tentando suprimir a verdade por sua injustiça ..." - Em outra parte, também a escritura ensina que os maus fazem tentativa de suprimir a verdade. O insensato está constantemente tentando convencer-se de que "não há Deus". De fato, como foi no caso de Herodes Agripa, assim, geralmente quanto mais a consciência adverte, mais o pecador se endurece. Os gentios, porém realmente têm sufuciente conhecimento da verdade ao ponto de considerarem-se culpados de constantemente tentar suprimi-la? A resposta encontra-se no próximo versículo.

V 19 - Mesmo inteiramente à parte da revelação especial por meio do evangelho, o qual tantos gentios jamais ouviram, Deus fez-se conhecer e continua agindo assim por meio de sua revelação geral na natureza, na história e na consciência, aqui como a sequencia o indica, com ênfase na revelação de Deus na natureza, ou seja, na criação.

2.1 - A seguinte interpretação, contudo parece ser apoiada pelo contexto precedente: "Uma vez estabelecido (.18-32) que as práticas imorais dos gentios são uma abominação para Deus, portanto,você também, quem quer que seja, está destituído de justificativa quando pratica esses mesmos males, os mesmos vícios que você condena em outra pessoa. Pode-se fazer a seguinte pergunta: Mas a descrição das práticas nocivas dos gentios não prova que os judeus e gentios diferiam consideravelmente em sua maneira de viver? Já se admitiu que, no todo, isso procede. Por exemplo, os gentios eram idólatras. Boa parte dos judeus, por meio de sua autorretidão estava fazendo de si mesmos um ídolo. Boa parte dos gentios se recusava a se arrepender. Mas boa parte dos judeus, a seu próprio modo, fazia o mesmo. Além disso, como demonstra o apóstolo em 2.21-23, miitos pecados específicos eram cometidos tantopor judeus quanto por gentios, cada um a seu próprio modo.
Observe os quatros itens paralelos: 2.19-20 -
  1.   "... um guia para cego... " - Os cegos precisavam ser conduzidos por guias ( 2Rs 6.19; Mt 12.22). Os guias tinham que ser confiáveis. Veja Dt 27.18. É compreensível que, por uma fácil transição, provavelmente já evidente em Dt 27.18, a cegueira física tenha se tornado um símbolo de cegueira intelectual, moral e espiritual ( Is 42.19; 56.10; Rm 11.7-8; 2Co 4.4; 1Jo 2.11). Observe especialmente a impressionante transição de uma (física) para a outra (espiritual) em João 9.1, 7, 39-41. Aliás, era péssima a condição da pessoa espiritualmente cega que estivesse sendo guiada por guias semelhantemente cegos (Mt 15.14; 23.16-24; Lc 6.39). Quando pois Paulo  então escreve: "Se você está convencido de que é um guia para o cego", o que ele tem em mente é: "Você está certo de ser um guia confiável?" Podemos compreender que boa parte dos judeus, instruída no templo ou na sinagoga, tinha de considerar-se como sendo, de fato um guia capaz para os não eram igualmente privilegiados.
  2. "... uma luz para os que estão em trevas... " - A bíblia dos judeus era e é um livro missiológico, do início - "em sua semente todas as nações da terra serão abençoadas" - ao fim- desde o nascente até o poente meu nome será grande entre os gentios ( Ml 1.11). E entre o início e o fim lemos: "Eu o designei como luz para os gentios. Até certo ponto, os judeus entendiam isso. Vivendo no seio de um ambiente pagão | em especial durante o cativeiro, mas em certa medida ainda mais cedo e num sentido também durante os dias de peregrinação de Cristo na terra | não só defendiam contra os ataques pagãos ao seu monoteísmo, mas ainda faziam guerra no campo do inimigo, atacando o politeísmo e a persevesidade, em particular a perversão sexual dos gentios, Esse é um lado do quadro. O outro lado é descrito por Jesus, em Mt 23.15, nestes termos: " Aí de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Porque viajam por mar e terra para fazerem um só prosélito, e, quando ele se torna um de vocês, então o fazem duas vezes mais filho do inferno como vocês mesmos o são". O propósito dos escribas e fariseus não era tanto mudar um gentio em judeu; não, ele devia se tornar um fariseu emplumado, legalista, ritualista, minucioso, dominado pelo zelo fanático por sua nova religião de salvação pelas obras. Como Jesus implicita, logo este novo convertido, superaria os fariseus em seu fanatismo, pois é um fato que os novos convertidos com frequência se excedem. tornando-se fanaticamente dedicados à sua nova fé.
  3. "... um instrutor do néscio..." - O que Paulo provavelmente tinha em mente era: " Se você está convencido de ser dotado com tanta sabedoria e conhecimento que se sente plenamente qualificado para ensinar os que ( em sua estima) são néscios que nada sabem ..."
  4. "... um mestre do imaturo..." - Uma tradução que merece apreço e que possivelmente está correta é " um mestre de bebês", veja ( 1Co 3.1; Ef 4.14; Hb 5.13). É fácil entender que um judeu, havendo sido instruído no conhecimento da lei desde sua juventude, viesse a julgar-se plenamente qualificado para comunicar instrução aos gentios; ou caso, considerasse isso uma tarefa para seus professores, os escribas; e preferisse não se aproximar demais daqueles que, a seus olhos, eram impuros, pudesse pelo menos ensinar os recém-convertidos do paganismo. Se agora, por um momento, pensamos o que Paulo está dizendo - " Se você está convencido de que é um guia para o cego, uma luz para os que estão em trevas, um instrutor do néscio, um mestre do imaturo, visto que na lei você tem a incorporação do conhecimento da verdade... " - não parece que Calvino estava certo quando caracterizou essa parte da setença de Paulo como estando pintando de redículo? O apóstolo provavelmente estava dizendo: " Se você acredita ser sábio, tão instruído e capaz, não é exatamente o tempo de você começar a examinar-se a si mesmo?
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A LEI DA SEMEADURA E DA COLHEITA ( Rm 1.23-32)


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  • "E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, de quadrúpedes, e de repteis"O apóstolo contínua sua argumentação que justifica o julgamento de Deus. Em vez de glorificar a Deus, o homem se afastou ainda mais. Deus os entegou à idolatria ( v.23); imoralidade (v.26); animosidade (v.30). C. Marvin Pate observa que "entregar" (v.24) aqui tem o sentido de deixar as pessoas sofrerem as consequencias de conseguirem o que desejam. Em outras palavras, nos tornamos semelhantes aquilo que adoramos.
  • "Pelo que Deus os abandonou às paixões infames..." - Paulo passa então a falar de comportamentos sociais que, à luz das coisas criadas, eram considerados como antinaturais. A homossexualidade, tanto masculina como feminina, é citada como exemplo desse afastamento da ordem natural. Paulo seguindo a tradição bíblica, reprova a prática da homossexual. Por outro lado. a cultura grego-romana tinha como natural o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. A pederastia, relacionamento de um adulto com alguém mais jovem , era vista com normalidade tanto na Grécia antiga como em Roma. A maior parte dos Césares era homossexual. É conhecida a  frase do escritor romano Suetônio dizendo que o imperador Júlio César " era o homem de toda a mulher e a mulher de todo homem". Suetônio ainda fala sobre César como sendo amante de Nicomedes: " A reputação de sodomita veio-lhe unicamente de sua estada junto de Nicodemes, mas isso bastou para desonrá-lo para sempre e expô-lo aos ultrajes de todos. Essa prática, considerada normal para a cultura greco-romana, era vista pelos judeus como uma perversão da sexualidade.

A REVELAÇÃO ESPECIAL ( Rm 2.1-16)Resultado de imagem para portanto és inescusável quando julgas

  • " Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo " (2.1) - Há claramente uma mudança no pensamento do apóstolo a partir desse ponto. O alvo agora não é mais o mundo gentílico, mas o judaico. Nessa passagem, o apóstolo mostrará que os judeus não estão diante de Deus em melhores condições do que os gentios. Douglas Moo observa que os judeus poderiam pensar que poderiam pensar que podiam pecar sems erem punidos porque possuíam uma relação pactual com Deus. Mas de acordo com os VV. 6-11, Paulo parece ir um passo adiante. Os judeus não têm nenhum direito de pensar que intrinsecamente o pacto lhes concede uma situação melhor que os gentios diante de Deus. O apóstolo mostra então as razões porque os judeus não estavam em situação melhor do que os gentios.
  1. Eles praticavam aquilo que consideravam errado no comportamento gentílico. Ao agir assim, acabavam assumindo uma atitude de hipocrisia diante da lei (v.1).
  2. Achavam que por serem os guardiões da Torá estariam isentos de qualquer julgamento (v.3).
  3. Abusavam da bondade de Deus (v.4).
  4. Possuíam um coração impenitente (v.5).
  5. Ignoravam a lei da retribuição (vv.6-10).
  6. Eram exclusivistas (v.11).
  7. não conseguiam viver as exigências da lei ( vv. 12-14).
ESPIRITUALIDADE SEM VERNIZ

Veja a paráfrase de F.F. Bruce, erudito em Novo Testamento, fez dessa passagem. Ela atualiza o que o texto quer dizer.
Você tem o honroso nome de judeu. Sua posse da lei dá-lhe confiança, gloria-se de que é ao Deus verdadeiro que você cultua e deque conhece a vontade dEle. Você aprova o caminho mais excelente,pois o aprendeu da lei. Considera-se guia de cegos e instrutor de tolos. Mas por que não dar uma sincera olhada em você mesmo? Você não tem defeitos? Você conhece a lei, mas a guarda? 
Você diz: "Não roubarás", mas você não rouba nunca? Você diz: " Não adulterarás", mas será que sempre cumpre esse mandamento? Você destesta ídolos,mas nunca rouba templos?
Você se gloria da lei, mas, de fato, sua desobediência à lei dá má fama entre os pagãos, a você e ao Deus que cultua.
Ser judeu aproveitará ao homem diante de Deus somente se cumprir a lei. O judeu que quebra à lei não é melhor doq ue o gentio. E iversamente, o gentio que cumpre as exigências da lei é tão bom À vista de Deus como qualquer judeu que permanece na lei. Na verdade, o gentio que guarda a lei de Deus condenará o judeu que  quebra, não importa quão versado nas escrituras esse judeu seja, não importa quão canonicamente se tenha processado a sua circuncisão.
Você vê, nãoé questão de descendência natural e de sinal externo como a circuncisão. A palavra judeu significa louvor, e o verdadeiro judeu é o homem cuja a vida é digna de louvor pelos padrões de Deus, culo coração é puro à vista de Deus, cula circuncisão é a circincisão interna, do coração e seu louvor não é matéria de aplauso humano, mas de aprovação divina.


AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
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BIBLIOGRAFIA

Bíblia de estudo das profecias, Editora ATOS;
Isaias Rosa, Teologia Sistemática, IBAD;
José Gonçalves, Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos, CPAD;
William Hendriksen, Romanos 2ª Edição, Editora Cultura Cristã.




sexta-feira, 25 de março de 2016

LIÇÃO 01 - A EPÍSTOLA AOS ROMANOS

TEXTO ÁUREO
" Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para Salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego." Rm 1.16

VERDADE PRÁTICA
A epístola aos Romanos mostra que sem a graça divina todos os nossos esforços são inúteis para a nossa salvação e comunhão com Deus.

Leitura Bíblica Rm 1.1-17 ( explicação)

V 01 - Paulo apresenta-se como servo de Jesus Cristo. O nome pessoal "Jesus" significa "Ele certamente salvará" ou "Jeová é Salvação", que de forma estrita equivale a mesma coisa, é precedido pela designação oficial, Cristo (Ungido). Deste Cristo Jesus Paulo é servo, completamente entregue a seu Senhor. Este servo é, ao mesmo tempo, "Um chamado apóstolo".
Ora, no sentido amplo, um apóstolo é alguém enviado ou por meio de quem se envia uma mensagem; portanto, um embaixador, emissário, mensageiro. No grego clássico, o termo podia referir-se a uma expedição naval e "um barco apostólico" era um navio cargueiro. No Judaísmo posterior, "apóstolos" eram emissários enviados pelo patriarcado de Jerusalém a fim de coletar tributo dos judeus da dispersão. No Novo Testamento, o termo assume um sentido distintamente religioso. Em seu significado mais amplo, refere-se a qualquer mensageiro do evangelho, alguém que seja enviado numa missão espiritual, alguém que, nesta função representa aquele que o enviou e leva a mensagem da salvação.
O termo apóstolo ocorre dez vezes nos evangelhos; quase trinta vezes em Atos; mais de trinta vezes nas Espístolas Paulinas e oito vezes no restante do Novo Testamento.
No sentido mais pleno, um homem é apóstolo por toda a vida e onde quer que vá. ele é investido com a autoridade daquele que o enviou e essa autoridade diz respeito tanto à doutrina quanto à vida.
Paulo, pois era apóstolo no sentido mais rico do termo. Seu apostolado era o mesmo apostolado dos Doze.
Vejamos as características do apostolado pleno - o apostolado do Doze e Paulo - eram como se segue:
Primeiro Lugar - os apóstolos haviam sido escolhidos, chamados e enviados por Cristo pessoalmente, receberam sua comissão diretamente dEle (Jo 6.70; 13.18; 15.16).
Segundo Lugar - foram qualificados por Jesus para sua tarefas e passam a ser testemunhas oculares de suas palavras e seus feitos.
Terceiro Lugar - Foram dotados, numa medida especial, com o Espírito Santo, e é este Espírito Santo que os guia a toda verdade.
Quarto Lugar - Deus abençoa sua obra, confirmando seu valor por meio de sinais e milagres e fazendo-os produzir muitos frutos.
Quinto Lugar - Seu ofício não se restringe a uma igreja local nem se estende por breve período. ao contrário destiná-se a toda a igreja e por toda a vida.

V 08 - " Dou graças ao meu Deus." Para este autor, Deus não era uma abstração filosófica, mas um amigo real. Deus era o objeto da confiança e amor de Paulo, aquele a quem tudo devia. Não foi ele o Deus que transformara esse amargo perseguidor num entusiasta promotor do evangelho? Portanto parece apreciar o significado da designação "meu Deus" e as emoções que teriam brotado do coração do apóstolo quando escreveu isso.
"... por meio de Jesus Cristo." Foi por meio dele que as bênçãos foram recebidas. Por isso, também por meio dele devem ser dadas ações de graças

V 14,15 - Paulo está escrevendo aos crentes que vivem em Roma. É compreensível, pois que, quando usa o termo gregos, ele não se limita às pessoas nascidas na Grécia. O que ele tem em mente é: gentios que eram descendentes dos gregos ou formaram o hábito de falar grego e tinham, pelo menos em certa medida, assimilado a cultura grega. O próprio fato de ao apóstolo estar escrevendo em grego e pressupor que os destinatários podem entendê-los prova que. no sentido já indicado, as pessoas a quem ele escreve podiam ser chamadas de gregos.
Ora, sempre que uma pessoa de fala grega ouvia uma conversa feita por estrangeiros, o palavrório deste lhe soava como brrrbrrr. E assim ela denominava o estranho de bárbaro. Alguns destes bárbaros eram, indubitavelmente, pessoas de inteligência inferior, ou eram assim consideradas pelos gregos. Entretanto o evangelho alcança a todos: cultos e incultos, educados e deseducados. Portanto Paulo está dizendo é isto: a minha vocação é pregar o evangelho a gregos e a bárbaros, ou seja, a cultos e a incultos.


INTRODUÇÃO

Romanos a maior obra de Paulo, é a primeira das treze epístolas do Novo testamento. Enquanto os quatro Evangelhos apresentam as palavras e obras de Jesus , romanos explora a importância de sua morte sacrificial. Usando um for de pergunta e resposta, Paulo registra a apresentação doutrinária mais sistemática que há na bíblia. Romanos é mais do que um livro de teologia; é também um livro de exortação prática.
O poeta Samuel taylor Coleridge classificou Romanos como "o livro mais profundo que existe", e o comentarista Godet o chamou de " a catedral da fé". Por causa de sua declaração majestosa do plano da salvação, Martinho Lutero escreveu: " Esta epístola é a principal parte do novo testamento e o evangelho mais puro... Nunca pode ser lido ou ponderado o suficiente, porque quanto mais ele é manuseado, mais precioso ele se torna, ou fica cada vez melhor. A teologia de Romanos é equilibrada pela exortação prática, porque Paulo vê a posição dos crentes como base para sua prática.

I - AUTOR, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS
  1. O AUTOR - Todas as críticas concordam com a autoria Paulina, deste livro fundamental. O vocabulário, estilo, lógica e desenvolvimento teológico são consistentes com as outras epístolas de Paulo. Paulo ditou esta carta a um secretário chamado Tércio (16.22), e permitiu que ele escrevesse sua própria saudação. O problema que se levanta não é quanto à autoria, mas quanto à falta de unidade da epístola. Estas variações levaram alguns estudiosos a concluir que os dois últimos capítulos não eram originalmente parte da epístola, ou Paulo deve tê-la expedido em duas edições. Entretanto a maioria dos estudiosos acredita que o Cap. 15 se encaixa de forma lógica com o restante da epístola. É mais simples compreender a lista de saudações, como um esforço de Paulo, como um estranho à igreja romana, de fazer uma lista de seus amigos em comum. Paulo conheceu estas pessoas nas cidades das viagens missionárias. Significativamente, a outra única epístola Paulina que faz uma lista de saudações individuais tinha como destinatários os crentes de Colossos, uma outra igreja que Paulo nunca visitou.
  2. LOCAL E DATA - Paulo escreveu Romanos aproximadamente em 57 d.c, próximo ao final de sua terceira viagem missionária ( At 18.23-21.14; Rm 15.19). Foi evidentemente escrita durante sua estada de três meses na Grécia ( At 20.3-6), mais especificamente em Corinto. Paulo ficou com Gaio de Corinto ( 16.23 1Co 1.14), e também menciona " Erasto, o responsável por obras públicas, colocou este calçamento com seu próprio dinheiro". A coleta de Paulo nas igrejas da Macedônia e Acaia para os necessitados cristãos em Jerusalém foi feita e ele estava pronto para entregá-la. Aop invés de viajar diretamente para Jerusalém, Paulo evitou o complô dos judeus indo primeiro para o Norte, para Filipos. Ele evidentemente deu a carta a Febe, da igreja de Cencréia, próximo a Corinto, e ela levou para Roma ( Rm 16.1-2).
  3. DESTINATÁRIOS - A epístola é claramente endereçada " a todos os amados de Deus, que estais em Roma". Com uma população estimada ( à época em que a carta foi escrita) em um milhão e quinhentos mil habitantes, Roma ufanava-se de ser maior do Alexandria, Antioquia e Atenas, afinal de contas, de todas as cidades que compunham o vasto império romano, destacava-se por sua hegemonia, econômica e militar. As excelentes estradas ( algumas permanecem atpe hoje), o sistema de correios e a relativa paz que reinava nos termos mais longínquos do império ( África, Ásia e Europa), eram apenas algumas das contribuições dos romanos para a composição do ambiente onde o cristianismo florescia.
  4. PROPÓSITO - O propósito imediato da epístola era informar aos cristãos de Roma que Paulo muito em breve, e pela primeira vez, estaria com eles compartilhando das bênçãos do Evangelho.logrando frutos para o reino de Deus (Rm 1.13-15).  A igreja em Roma passava por vários problemas, tanto de natureza doutrinária quanto prática. Embora o apostolo não tivesse estado pessoalmente com aqueles irmãos, pois até aquele momento havia sido impedido, é possível que tenha obtido as informações acerca do estado espiritual daqueles cristãos por intermédio de seus cooperadores, entre eles Áquila e Priscila. A igreja precisava de ajuda e os problemas identificados necessitavam de uma resposta urgente, eis o propósito imediato da epístola, Vejamos alguns deles: A) estava a influência dos judaizantes, maléficos e inconsequentes defensores dos preceitos cerimoniais judaicos ( Rm 2.17; 3.1-31; 7.13); B) a participação de alguns crentes gentios à mesa dos alimentos sacrificados aos ídolos prática que entre outras, eram ofensivas aos costumes judaicos; C) duvidas em relação a posição de Israel diante de Deus, uma vez que os judeus haviam rejeitado o Messias. Deve também questões de ordem doutrinária, Paulo tratou de temas de ordem mais didática - didática porque esses temas não tinham como objetivo solucionar problemas. mas auxiliar na vivência cristã, exemplos: 1) A fé (1-4); 2) a justiça de Deus (5 e 8); 3) a graça de Deus em Cristo (6); 4) o matrimônio (7); 5) a moralidade e a ética cristã (12-16).
AS CHAVES PARA ROMANOS

Palavra - chave: A justiça de Deus.
O tema de Romanos pode ser encontrado em Rm 1.16,17; Deus oferece a dádiva de sua justiça a todos os que vierem a Cristo pela fé. Paulo escreve Romanos para revelar o plano soberano de Deus para a salvação (1-8), para mostrar como Judeus e Gentios se encaixam neste plano (9-11) e para os exortar a que vivam vidas harmoniosas e justas (12-16). De sua ampla apresentação do plano divino de salvação, Paulo vai desde a condenação até a glorificação, e da verdade exposta a uma verdade prática. Palavras -chaves como Justiça, Fé, Lei, Todos e pecado, aparecem pelo menos sessenta vezes nesta epístola.
Versos - chave - Romanos 1.16-17 e 3.21-25.
Capítulo -chave - 6-8 - A passagem central de Rm 6-8 é o fundamento de todo o ensino sobre a vida espiritual, as respostas para as perguntas de como ser liberto do pecado, como viver uma vida equilibrada sob a graça e como viver uma vida cristã vitoriosa através do poder do Espírito Santo estão contidas nesta passagem, muitos consideram esta passagem como a principal sobre nossa conformidade à imagem de Jesus Cristo.
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ANÁLISE DE ROMANOS

A análise vai ser dividida assim: A revelação da justiça de Deus (1-8); A reivindicação da justiça de Deus (9-11); A aplicação da justiça de Deus (12-16).
  • A REVELAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS ( 1-8) -  O tema do livro está em Rm 1.16,17, porque combina os três conceitos cruciais de salvação, justiça e fé.
         Em 1.18 - 3.20, Paulo contrói uma base sólida para a condenação de todas as pessoas sob um Deus santo. Os gentios são indesculpáveis porque ignoram o conhecimento de Deus que receberam da natureza e de suas consciências. Os judeus também estão sob a condenação de Deus e Paulo supera qualquer objeção que poderia levá-los uma outra conclusão ( 2.1- 3.8). Deus julga segundo a verdade ( 2.2-5), obras ( 2.6-10) e imparcialidade ( 2.11-16), e tanto judeus morais como os religiosos não conseguiram alcançar seu padrão.
Esta parte da justificação ( 3.21-5.21) enfatiza e desenvolve o tema da provisão de Deus para as necessidades do homem. Os primeiros sete versículos são o centro do livro (3.21-31), revelando que em Cristo, Deus é Tanto Juiz como Salvador. A justificação é pela graça ( fonte de salvação; 3.21-24), pelo sangue ( a base da salvação; 3.25,26), e pela fé ( a condição da salvação; 3.27-31).
O cap. 4 ilustra o princípio da Justificação pela fé independente de obras na vida de Abraão. A justificação resulta em reconciliação entre Deus e o homem (5.1-11). Ela é trazida pelo amor de Deus, mesmo que nada houvesse que suscitasse tal amor ( 5.6), um amor sem medida ( 5.7,8) e nunca cessa ( 5.9-11). Em 5.12-21, Paulo contrasta os dois Adãos e os resultados opostos destes dois atos. A justiça do swegundo Adão é imputada a todos que confiam nele, levando-os a reconciliação.
O cap. 6 descreve o relacionamento do crente com o pecado: em sua posição ele está morto para o princípio do pecado ( 6.1-14) e para a prática do pecado ( 6.15-23). A realidade da identificação com Cristo é a base para uma vida cristã santificada. Após descrever a emancipação dos cristãos em relação à lei, Paulo se volta para a obra do Espírito Santo que habita e capacita os crentes ( 8.1-17). O tópico seguinte mais importante depois da condenação, justificação e santificação é a glorificação ( 8.18-39). todos os cristãos podem saber como será a época quando eles serão perfeitamente confirmados a Jesus Cristo não somente na situação onde se encontram (presente) mas também na prática (ressurreição futura).
  • A REIVINDICAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS ( 9-11) - Temos a impressão de que Deus rejeitou seu povo, Israel, mas na verdade foi o povo quem rejeitou seu Messias. A rejeição de Deus em relação a Israel é somente parcial ( há um remanescente espiritual que confiou em Cristo) e temporária ( eles serão enxertados novamente). De modo muito apropriado, Paulo cita com frequência o Antigo Testamento nesta parte, e ele enfatiza que Deus será fiel às promessas da aliança e restaurará Israel.
  • A EXPLICAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS ( 12-16) - Paulo reconhece que o comportamento deve ser construído sobre a fé, e por isto é que as exortações práticas desta epístola aparecem depois do ensino sobre a situação do crente em Cristo. A salvação descrita nos primeiros onze capítulos devem transformar a vida do cristão em relação a Deus ( 12.1,2), À sociedade ( 12.3-21), às autoridades ( 13.1-7), e ao próximo ( 13.8-14). Nos caps. 14-15, o apóstolo discute o conceito total da liberdade cristã, notando seus pricípios (14) e sua práticas (15.1-13). Uma mudança de vida não é uma condição para a salvação, mas deve ser um resultado natural da fé salvadora. A epístola fecha com os planos de Paulo ( 15.14-33), uma longa série de saudações pessoais ( 16.1-16) e uma admoestação seguida de uma doxologia ( 16.17-27).
DOUTRINA DA ELEIÇÃO
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A doutrina da eleição é uma das doutrinas bíblicas mais discutidas pelos teólogos ao longo da história. Teólogos como Agostinho, Calvino e Jacó Armínio influenciaram profundamente a teologia com seus argumentos a respeito da eleição do homem para a salvação e atéhoje vêm dividindo opiniões sobre um tão importante presente nas Escrituras sagradas. A questão que se levanta em relação à escolha do homem para a salvação é para saber se Deus escolheu apenas algumas pessoas para serem salvas ou se todas as pessoas foram escolhidas para a salvação ou se Ele decidiu escolher os homens para a salvação antes ou depois da queda no jardim do Éden.

TIPOS DE ELEIÇÃO
  1. A ELEIÇÃO INCONDICIONAL - João Calvino, teólogo e reformador em Genebra, defendia a tese de que Deus, sendo soberano, resolveu escolher algumas pessoas para serem salvas com base em sua graça amorosa, visto que nenhum homem após a queda tinha direito a essa graça. Esse reformador defendia que aqueles a quem Deus escolheu para serem salvos serão salvos independentemente de sua vontade. Deus manifesta a sua graça aos eleitos, gerando fé e arrependimento e conduzindo-os irresistivelmente à salvação, dessa maneira, não é o pecador que escolhe Cristo, mas Cristo escolhe o pecador. Segundo Calvino depois da queda o homem perdeu a liberdade ou seja o livre-arbítrio em relação as questões espirituais, não tendo portanto condição de rsponder ao chamado da salvação.
  2. A ELEIÇÃO CONDICIONAL -  Jacó Armínio, teólogo Holandês, discordava da visão de Calvino em relação à eleição. Segundo ele, Deus nos elegeu na eternidade antes da fundação do mundo, baseado na sua presciência. Armínio entende que a salvação é uma iniciativa divina, mas uma escolhahumana. Ainda que o homem fosse objeto da graça de Deus, ela poderia ser aceita, mas também poderia ser rejeitada. Para ele, Deus respeita o livre-arbítrio do homem, oferenco-lhe a oportunidade de salvação graciosamente, pela fé o homem abraça a provisão da cruz e se arrepende dos seus pecados, tornando-se uma nova criatura.
  3. SUPRALAPSARISMO - A ELEIÇÃO OCORRIDA ANTES DA QUEDA - Supralapsaismo vem do Latim " supra", antes", e "lapsus" "queda". De acordo com essa posição, o decreto divino da eleição teria ocorrido antes da queda, independente da mesma. Acredita-se que o decreto elegedor precede até a própria criação. Essa corrente surgiu dentro do calvinismo, após a morte de João Calvino. Um discípulo chamado Teodoro Beza (1564) levou a teologia de calvino até o extremo de elaborar uma teoria chamada dupla predestinação. Ele ensinava que Deus antes da fundação do mundo, já havia escolhido e predestinado algumas pessoas para a salvação e outras para a perdição. Na visão Beza, não foi a queda do homem que levou Deus a escolher ou rejeitar o pecador, mais sim sua soberania, sua teoria esta baseiada em Rm 9.6-24.
  4. INFLAPSARISMO - A ELEIÇÃO OCORRIDA DEPOIS DA QUEDA - Inflapsarismo vem do Latim "infla" -depois e "lapsus" - queda. Seguno esta teoria surgida também dentro da corrente calvinista, o decreto divino da eleição teria ocorrido depois da queda do homem. A eleição e reprovação do homem foram provocados por sua queda no pecado. Segundo este ponto de vista, Deus passa a escolher quem seria salvo ou não após a queda do homem
A eleição do homem para a salvação é uma verdade bíblica inquestionável, e acreditamos que essa eleição ocorreu de maneira condicional. Deus, conhecendo o futuro, pode antever a decisão livre do homem em relação ao seu chamado para a salvação e, dessa maneira, o elegeu para a salvação.
Defendemos a posição arminianista, segundo a qual a escolha do homem para a salvação foi realizada antes da queda, mas com base na presciência de Deus. Deus previu a queda e planejou a salvação de todos os homens e condicionou no sacrifício de Cristo na cruz do calvário a salvação de todos eles. O homem ao receber o chamado para a salvação pode decidir livremente aceitar ou rejeitar, visto que não perdeu o livre-arbítrio após a queda. 

AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura, onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Paulo Silva
Pastor na Congregação - Ev. Moacir adilino
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
Contato (+5511) 98048-3304 (Oi Watsap).

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BIBLIOGRAFIA

Bíblia de estudo das profecias, Editora ATOS;
Isaias Rosa, Teologia Sistemática, IBAD;
Roberto dos Reis, Introdução Ao Novo Testamento, IBAD;
Quemuel Lima, Epístolas Paulinas, IBAD;
José Gonçalves, Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos, CPAD;
William Hendriksen, Romanos 2ª Edição, Editora Cultura Cristã.

sábado, 19 de março de 2016

LIÇÃO 13 - O DESTINO FINAL DOS MORTOS

TEXTO ÁUREO
" Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." 1Co 15.19

VERDADE PRÁTICA
Os salvos, que morreram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.

INTRODUÇÃO

A grande dúvida que permeia a mente e o imaginário do ser humano é para onde ele vai após a morte. Várias culturas antigas deixaram legados a respeito de suas crenças sobre a vida pós-túmulo, demonstrando que tinham grande interesse sobre o assunto.
Como foi dito nos capítulos anteriores, todos os homens passam pelo mesmo ritual de morte. Não há diferenciação quando ela chega. A bíblia também menciona exaustivamente sobre o que acontece após essa experiência de separação entre espírito e corpo. Ela é clara quando aponta o destino das pessoas que passam pela morte, porém faz distinção entre os salvos e os ímpios no que tange ao lugar onde passarão o resto da eternidade.

I - ESTADO INTERMEDIÁRIO

É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos como dos ímpios. Como não poderia ser diferente, os salvos terão um destino diverso dos ímpios, Jo 5.28,29; Dn 12.2.

O DESTINO DOS SALVOS E DOS ÍMPIOS

Como foi dito anteriormente, mesmo o salvo em Cristo jesus tem que morrer; ele não é diferente, nesse aspecto, do ímpio. Porém, embora ambos estejam sujeitos à morte, diferença se encontra justamente no momento em que ela os surpreende. Lc 16.19-31, neste ensino de Jesus, vemos que quando o justo morre é levado pelos anjos ao "Seio de Abraão", uma expressão terna para afirmar que vai para o paraíso. Era comum naquela época, durante as refeições, a pessoa mais chegada do dono da casa sentar-se perto dele e até reclinar a cabeça em seu peito, como foi o caso de João, o discípulo amado, na ceia com Jesus; portanto, era um momento de descanso e paz.
Mas, do rico, diz que foi sepultado e foi para o Hades, "inferno", lugar de tormento e dor. Aqui Jesus pode estar se referindo ao momento final da vida dos ímpios, quando estarão para sempre no Lago de fogo, pois o rico diz que já estava em chamas ( tormento). Jesus também pode estar se referindo ao estado intermediário dos justos e dos ímpios, em que estão aguardando, ou no Paraíso, lugar de descanso, ou no Hades, lugar de tormento. o desfecho final de seu destino eterno: céu ou Inferno.
Importante dizer que, no Paraíso ou no hades, os espíritos desencarnados não estão dormindo, mas sim conscientes. Os salvos desfrutando de um merecido descanso, aguardando a vinda de Jesus nos ares para arrebatar a igreja, momento em que eles sairão desse paraíso e ressuscitarão em seus corpos para estarem com o Senhor jesus para sempre; os ímpios em suplício e dor, porém ainda não será o fim, também ressuscitarão no final dos tempos, para vergonha eterna e estarão para sempre longe de Deus no lago de fogo.

A HABITAÇÃO DOS SALVOS E DOS ÍMPIOS

Logo após a morte, como vimos anteriormente, tanto o crente quando o ímpio vão para um determinado lugar; o primeiro goza de descanso e o segundo é atormentado. Falamos também do estado consciente de ambos, ou seja, não estão inativos ou dormindo. esse lugar intermediário, que a bíblia menciona em várias partes, recebe alguns nomes que designam o propósito deles.
Sendo assim, o lugar dos mortos é dividido em duas partes: uma dos justos e outra dos incrédulos. Para esses, dizem que ao morrerem vão para o inferno, palavra que vem do Latim "infernus", significa abaixo, inferior; no grego é Hades; no hebraico Sheol e no inglês Hell.
Vejamos agora as definições dadas ao local de habitação pós-morte:

  1. PARAÍSO - Geralmente é designado como habitação das almas dos justos, das pessoas que em vida foram fiéis a Deus. É um lugar de descanso, de leveza espiritual, paz constante e total ausência do mal. As escrituras sagradas dizem em Gênesis, primeiro livro da bíblia, que ao criar o homem Deus o colocou em um jardim, chamado Éden, o paraíso. Portanto, a crença é de que os salvos. ao morrerem, são levados ao paraíso, um lugar de descanso. CHAMPLIN diz o seguinte:                       " Essa palavra portuguesa vem do antigo termo iraniano " pairidaeza", " jardim", cercado por algum muro ou sebe. A transliteração dessa palavra para o grego tornou-se a base da palavra moderna. No grego temos " parádeios". Xenofonte usou o termo para indicar os jardins dos reis da pérsia. Com base nessa circunstância é que a palavra adquiriu as anotações de paz e esplendor, mesmo quando o paraíso celeste não está em vista".  Há outras designações como terceiro céu 2Co 12.4; diz se que a pessoa que morreu foi para o céu ( paraíso); "seio de Abraão" expressão judaica, porém, não é o estado final dos justos. Na vinda de Cristo para arrebatar a igreja, todos eles sairão desse lugar para ressuscitarem em seus corpos e se unirem com os salvos em vida para irem ao encontro do Senhor Jesus nos ares, enquanto aguardam esse momento, estão sendo confortados pelo Senhor, vivendo em plena felicidade. Quem está no paraíso? Todos os justos desde Adão até os nossos dias atuais.
  2.     SHEOL - Usada 65 vezes no Antigo Testamento e traduzida por "Inferno" 31 vezes ( Dt 32.22; Sl 9.17; Is 14.9), por " SEPULTURA" 31vezes ( 1Sm 2.6; Jó 7.9; 14.13) e "ABISMO" 3 VEZES ( Nm 16.30,33; Jó 17.16). Essa era a palavra do Antigo Testamento usada em referência à morada dos mortos. Era apresentada não só como um estado de existência, mas como um lugar de existência consciente ( Dt 18.11; 1Sm 28.11-15). Deus era soberano sobre esse lugar ( Dt 32.22; Jó 26.6). A escritura sagrada é plenamente suficiente para nos explicar a palavra Sheol. Se na lista de ocorrências, indagarmos quanto à palavra Sheol, ela ensinará que: A) Quanto à direção, é para baixo. B) Quanto ao lugar, é na terra. C) Quanto à natureza, descreve o estado da morte. D) Quanto à relação, ela contrasta com o estado dos vivos. E) Quanto à associação, é usada em vínculo com lamentação( Gn 37.34,35); angústia ( Gn 42.38); choro ( Is 38.3,10,15,20). F) E Finalmente quanto à duração, o reino Sheol ou a sepultura continuará até a ressurreição e terminará somente com ela, que é o seu único escape.
  3. HADES - No Novo Testamento essa palavra praticamente equivale a Sheol, traduzida por "INFERNO" em todos os casos, exceto um ( 1Co 15.55, em que é traduzida por morte). Geralmente essa palavra tem em vista os mortos incrédulos, que estão em agonia, esperando a ressurreição para o grande trono branco. Sobre HADES observa-se: A) Hades está permanentemente ligado à morte, mas nunca à vida; sempre com pessoas mortas, mas nunca com os vivos. B) A palavra do português "inferno" de maneira alguma representa o termo grego Hades, como vimos que também não dá uma idéia correta do seu equivalente Hebraico Sheol. C) Que Hades pode significar só e exatamente o que Sheol significa, isto é, o lugar em que se experimenta a corrupção.
  4. TARTAROS - É usada apenas em 2Pe 2.4 em relação ao julgamento dos anjos caídos. Ela parece referir-se especificamente à morada eterna dos anjos caídos. Tartaros ... não é Sheol nem Hades ... aonde todos os homens vão quando morrem. nem é onde os ímpios são consumidos e destruídos, que é Geena [...]. não é morada dos homens em nenhuma condição. É usada apenas aqui em relação aos anjos, os que não guardaram o seu estado original (Jd 6). Ela denota o limite ou a margem desse mundo material. A extremidade desse "AR" inferior - do qual Satanás é o "principe" e que a escrituras descrevem como o hábitat dos principados das trevas desse mundo e espíritos malignos nas regiões celestiais. Tartaros não é apenas o limite dessa criação material, mas é chamado assim por sua frieza.
  5. GEENA - Usada 12 vezes no Novo testamento ( Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; Mc 9.43,45,47; Tg 3.6). Em cada caso, ela é usada como termo geográfico e tem em vista o estado final dos incrédulos. O julgamento é sugerido e esse é o lugar e o estado resultante. Vos escreve: No Novo testamento ... ela designa o lugar de punição eterna dos incrédulos, geralmente ligada ao julgamento final. É associada ao fogo como fonte da tormenta. Corpo e alma são lançados ali. Isso não deve ser explicado com base no princípio de que o Novo testamento fala metaforicamente do estado após a morte em termos corporais, ela sugere a ressurreição. Em várias versões Geena é traduzida por Inferno. O fato de o "vale de Hirnom" ter-se tornado a designação técnica para o lugar, o vale foi o local da adoração idólatra a Moloque, a quem as crianças eram imoladas pelo fogo ( 2Cr 28.3; 33.6). Em segundo lugar, por causa dessas práticas, o local foi profanado pelo rei Josias ( 2Rs 23.10) e por isso ficou associado na profecia ao julgamento que viria sobre o povo, também o fato de que o lixo da cidade era colocado ali pode ter ajudado a criar o nome que era sinônimo da máxima impureza.
  6. Assim geena teria em vista a retribuição no lago de fogo como destino dos incrédulos. Em Mt 25.41 o Senhor disse aos incrédulos: "Apartai-vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos". A palavra "preparado" literalmente é " tendo sido preparado", sugerindo que o lago de fogo já existia e espera seus residentes.
    ... A bíblia, a palavra de Deus, é cientificamente precisa. Vemos, primeiro, um fogo eterno que não pode extinguir. Por ser de consistência líquida, ele é, em segundo lugar, um lago de fogo. Em terceiro lugar, ele não pode ser extinguido, pois qualquer material que se extinguisse, tal como a água, teria seus átomos imediatamente despidos de elétrons e seria compactado com o resto.
PENSAMENTOS EQUIVOCADOS SOBRE O DESTINO DOS HOMENS

Existem alguns pensamentos equivocados a respeito do destino eterno do homem, alguns na tentativa de minimizar o sofrimento humano, outros não querendo aceitar que um Deus de amor possa, segundo eles, cometer tamanha crueldade e outros querendo resolver as duas questões: nem sofrimento humano e nem cruieldade divina. Dentre eles destacamos:

  • UNIVERSALISMO -  Propulam que, no final, Deus não deixará ninguém no inferno, mas levará todos para o céu. A base para tal afirmação, segundo eles, é o amor de Deus; Ele é bondoso demais para excluir alguém do céu. Refutado pelos seguintes textos: Rm 6.23; Lc 16.19-31; Ap 20.15; 21.8.
  • RESTAURACIONISMO - Essa doutrina preconiza uma espécie de purgatório, ou seja, o inferno não é eterno, é apenas uma experiência temporária que serve para iluminar o pecador permitindo que em algum momento na eternidade possa entrar no céu. Nesse caso, os mais extremistas creem que até o Diabo terá essa oportunidade. Segundo alguns teólogos, um inferno eterno fere o propósito de Deus, denigre a sua imagem, demonstra fraqueza por não conseguir reverter a situação caótica do ser humano e por fim, é contrário à sua palavra que diz que todas as coisas devem convergir para Cristo, o autor e consumador de tudo em todos, sendo que por sua morte derrotou o pecado para que todos fossem reconciliados com Deus. Cremos na justa retribuição do Senhor, e além disso, a bíblia não ensina sobre essa restauração pelo contrário, é enfática ao afirmar o destino eterno dos ímpios e dos salvos Jo 5.28,29.
  • SEGUNDO PERÍODO PROBATÓRIO - Afirmam que todas as pessoas terão uma segunda chance de salvação depois da morte. porém, as escrituras dizem o contrário, depois da morte, segue-se o juízo Hb 9.27.
  • ANIQUILAMENTO - É uma doutrina que alivia os pecadores sem arrependimento e que amam o pecado. Ela afirma que Deus aniquilará, destruirá, tirará a existência deles; ou seja, não padecerão nenhum sofrimento, a não ser a expectativa de aniquilação.
  • ESPIRITISMO -  Creem na transmigração da alma, que ela vem mudando de corpo, podendo ser até de um animal, até atingir a perfeição na cadeia evolutiva do espírito se tornando como um deus. Enquanto o espírito não evoluir, continuará nessas sucessíveis reencarnações.
  • ROMANISMO - Fazem alusão a um lugar intermediário chamado purgatório, onde os espíritos daquelas pessoas que não foram tão boas para ir para o céu e nem tão más para ir para o inferno permanecem até purgar seus pecados e poder então entrar no céu. Seus adeptos creem que podem dar uma ajuda para os mortos que estão nesse lugar, através de missas, ascendendo velas, fazendo promessas, dando esmolas e fazendo boas obras por intenção daquela alma. Porém esse é um ensino não corroborado pelas escrituras; não há estado intermediário visando purgação para entrar no céu, o destino do homem é traçado enquanto em vida.
  • MATERIALISMO CIENTÍFICO - Para esses a vida se resume a questões biológicas. Assim sendo, quando vem a cessação da vida, tudo se acaba ali mesmo; não há céu ou inferno, reencarnação, aniquilamento, ou estado intermediário; simplesmente tudo cessa.




AUTOR: Diácono e Professor José Egberto S. Junio, casado com minha querida esposa Laura,onde temos um lindo casal de filhos ( Wesley e Rafaella), sou formado em Teologia pelo IBAD, congrego na Ass. de Deus. Min. Belém setor 13.
Pastor Setorial - Pr. Davi Fonseca 
Pastor na Congregação - Ev. Antônio 
End. Igreja - Rua formosa, 534 | Bairro Boa vista | Cidade Suzano SP.
Contato (11) 96202-2564 (Vivo e Watsap) e (11)98048-3304 (Oi).

Se vc quiser ser um patrocinador  do meu ministério, na compra de novos livros nos ajude no Banco Bradesco. Agência 0100-7

Conta Corrente  0120537-4, Deus te abençoe. 


BIBLIOGRAFIA

Bíblia de estudo das profecias, Editora ATOS.
Flávio dos Santos, Escatologia, IBAD.
J. Dwight Pentecost, Manual de Escatologia. VIDA.

Elinaldo Renovato, o final de todas as coisa, CPAD.