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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

LIÇÃO 09 - BÊNÇÃO E MALDIÇÃO NA FAMÍLIA DE NOÉ

TEXTO ÁUREO
"Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé e habite nas tendas de Sem; seja-lhe Canaã por servo"(Gn 9.26,27)

VERDADE PRÁTICA
Por causa de sua ireverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.


LEITURA BÍBLICA: GÊNESIS 9.20-29

I - NO PRINCÍPIO, ERA A AGRICULTURA

Sem a agricultura, a civilização seria impossível. É o que nos ensina a história. Os povos que hoje nos encantam com seu progresso e desenvolvimento são os que mais se entregaram ao amanho da terra. Os Europeus, Norte-Americanos e Japoneses são exemplos clássicos, o cultivo do solo exigiu-lhes o domínio da meteorologia, da química, da metalurgia e de outras ciências fronteiriças. Quem lida com a plantação há de necessitar de enxadas, adubos e previsões do tempo.
1. Noé, o agricultor - Já fora da arca  nas mediações de Sinear, passou Noé a trabalhar a terra, pois não desconhecia os benefícios da agricultura. Assim o autor sagrado descreve a fadiga do Patriarca: "sendo Noé lavrador, plantou uma vinha". O verbo hebraico NATAH não significa apenas plantar; seu significado tem sérias implicações civilizatórias: estabelecer, edificar e construir.
Em sua essência, plantar é fazer cultura.Ciente da importância da agricultura, eis que Noé põe-se a trabalhar a terra, e dessa forma, semeia uma nova civilização que, dentro de pouco, não terá apenas recuperado o que se havia perdido, mas se haverá surpreendentemente. Haja vista o que dirá o próprio Senhor quando da soberba de Babel.
2. A vinha de Noé - Pelo que depreendo das palavras de Jesus, a uva já era bastante cultivada no período pré-diluviano, pois os discipulos de Lameque entregavam-se à comida e a bebida. Vinhas e adegas eram mui encontradas naquele tempo, ninguém desconhecia o poder inebriante do fruto da vide. 
3. Vinho - Na literatura rabínica nata-se que uma parte do vinho era diluída em duas partes de água. Na páscoa, o vinho era diluído na proporção de uma parte para três de água. Qualquer uma destas diluições se chama YAYIN. Se a mistura é feita em partes iguais,a mistura resultante é denominada " vinho forte". De acordo com documentos, beber vinho não diluído era costume "BÁRBARO".
O velho testamento reconhece algo que ra bastante comum em todo Oriente próximo: o vinho desempenhava papel importante em vários tipos de festividades, como casamentos, reuniões, banquete em vários tipos de cerimônias religiosas, contudo, o velho testamento sempre aponta os perigos da falta de moderação.

III - A EMBRIAGUEZ DE NOÉ
O último parágrafo deste capítulo apresenta-nos um espetáculo humilhante. O senhor da criação falhou em se governar a si próprio. E começou Noé ser lavrador da terra e plantou uma vinha. E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. Que estado para Noé,o único homem justo, o pregador da justiça! Ah! o que é o homem? Vejamos onde for e veremos só fracasso. no Éden, falhou; na terra restaurada, falhou; em Canaã, falhou; na igreja ele falha. O homem falha em toda a parte, e em todas as coisas, nada há de bom nele, quer as suas vantagens sejam grandes,os seus privilégios vastos, a sua posição agradável, ele só pode mostrar falha e pecado.
Devemos pensar em Noé sob dois aspectos, a saber, como uma figura,e um homem e enquanto o símbolo é cheio de beleza e significado, o homem é cheio de pecado e loucura. Todavia, a graça divina tinha coberto todos os seus pecados, e vestido a sua pessoa com um manto imaculado de justiça, apesar de Noé ter mostrado a sua nudez, Deus não a viu, porque não olhava para ele na fraqueza da sua própria condição, mas no pleno poder da justiça divina. Por isso podemos ver quão perdido se encontrava Totalmente alienado de Deus e dos seus pensamentos. CAM, na carreira que adotou, evidentemente não conheceu nada da bem-aventurança do homem cuja iniquidade é perdoada e cujos pecados são cobertos, pelo contrário, SEM e JAFÉ, nos mostram com o seu procedimento, um exemplo perfeito do método divino de tratar com a nudez humana; pelo que herdam uma bênção enquanto que CAM herda uma maldição.
1. A nudez de Noé - Dando-se ao vinho, Noé embriaga-se. Perde a noção do certo e do errado, ignora os limites da ética e do decoro mínimo,ali estava um dos três homens mais piedosos da história sagrada exposto diante da esposa, filhos, noras e netos.
Dos três varões mais piedosos da história sagrada, observamos três diferentes posturas: duas louváveis e uma condenável. Jó era abstêmio, e Daniel, moderado. Quanto a Noé, deixou-se dominar pela imoderação, trazendo escândalo ao lar.

IV - A IRREVERÊNCIA DE CAIM

Cam, o filho mais novo de Noé, representou à nova civilização o que Caim, o filho mais velho de Adão representara à antiga. De sua pouquíssima história, podemos extrair muita conclusão, embora salvo do Dilúvio, não conseguira livrar-se dos pecados que ocasionaram a grande inundação, na primeira oportunidade, sua loucura e irreverência vieram à tona, revelando, de fato quem ele era.
1. O desamor - Quem ama não é indecente. Mas discreto e gentil. Se assim devemos portar-se em relação aos estranhos, o que não faremos concernente aos nossos pais? O filho mais novo de Noé não se importava com tais questões. Este estava sempre disposto a caçoar e irreverenciar a todos, inclusive o próprio pai. Cam era desamoroso e insolente, ele caricaturava tudo o que via.
2. A irreverência - No meio pentecostal, a irreverência não é vista como pecado. Brincamos com dons espirituais, imitamos línguas estranhas. Ao que parece, o único pecado que leva para o inferno é o que diz respeito à castidade. Desde que não se adultere, nem se prostitua, que o deboche seja liberado. A palavra de Deus, porém coloca a irreverência no mesmo patamar dos pecados grandes e temíveis. Afirma o apóstolo paulo que a lei foi promulgada inclusive para castigar os irreverentes (ITM 1.9). Por conseguinte o pecado de Cam não era uma simples brincadeira. Levando-se conta que Noé representava a Deus naquele momento, a irreverência camita avultava-se como gravissima blasfêmia. Por muito menos, o profeta eiseu amaldiçoou uns garotos (2RS 2.23).
3. A sedição de Canaã - O que era irreverência em Cam, fez-se apostasia e sedição ( sedição: significa rebelião, indisciplina e insubordinação) em Canaã. Não faltou muito para que a segunda civilização, ainda no nascedouro, viesse a se corromper.

V - O DESTINO DOS CAMITAS

1. Os camitas da África - Segundo a genealogia de Gênesis 10, estes são os filhos de Cam: CUXE, MIZRAIM, PUTE E CANAÃ. Os três primeiros, já em solo africano, dão origem a poderosos reinos e impérios. De CUXE, veio a Etiópia, cujo poderio militar amedrontava povos e nações. Vamos ver no Novo testamento, na figura daquele oficial de Candace, raínha dos etíopes. MIZRAIM, foi o pai dos Egipcios, que na história sagrada,detinha a hegemonia ( significa domínio, supremacia e poder) na região do Oriente Médio. PUTE, é o patriarca que deu origem à líbia, que nos tempos bíblicos, era uma potência não desprezível. CANAÃ, o caçula seguiu o caminho do pai.e hoje já não há indicios de sua civilização, a não ser as informações da bíblia sagrada.
2. Os camitas da África e os Hebreus - Foi numa nação camita que os filhos de Israel abrigaram-se até que tivessem condições de assumir o controle das terras que o Senhor prometera a Abraão. No Egito, os hebreus peregrinaram por 430 anos. O interessante é que Israel abrigou-se entre um povo camita até que tivesse condições de apossar-se do território de outro camita que segundo a promessa divina, cabia-lhe com herança. MAS QUAL A DIFERENÇA ENTRE EGITO E CANAÃ? Os cananeus, devido à sua deplorável idolatria, jamais produziram moralistas ou reformadores sociais, aos passo que entre os Egípcios,os sábios eram comuns, conforme observamos em Reis que: a sabedoria de Salomão era maior do que a de todos do Oriente e do toda a sabedoria do Egito.

Autor: Diácono e Professor da Ebd, na igreja evangélica Assembléia de Deus, Min. Belém setor 13 em Suzano São Paulo, Pastor setorial é o Pr. Paulo Silva, e o Pastor na congregação do Boa Vista II é o PB Lucas Mello.
Endereço da igreja onde congrego é: Rua formosa, 534 Bairro Boa vista, Cidade Suzano, São Paulo.

BIBLIOGRAFIA
Bíblia de estudo Explicada, MCnair editora cpad
Dicionário on-line informal
Andrade, Claudionor de, O começo de todas as coisas, Estudos sobre o livro de Gênesis
C.H.Mackntosh, estudos sobre o livro de Gênesis
Michael A.Eaton; G.Lloyd Carr, Eclesistes e Cantares - Introdução e comentário



sábado, 21 de novembro de 2015

Lição 08 - O INICIO DO GOVERNO HUMANO

Lição 08 - O Início do Governo Humano

O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO

I- O governo Humano - É quase um consenso que o governo humano tenha sido estabelecido após o grande dilúvio de Gênesis 9. Entretanto, não há dúvidas de que alguma forma de lei ou ordem já existisse antes desse período. Isto é sugerido de modo claro tanto por Jesus quanto por Judas. Em lucas 17. 26,27, Jesus diz que antes do dilúvio as pessoas do tempo de Noé conduziam suas vidas de modo muito semelhante ao que fazemos hoje. judas nos revela uma mensagem de Enoque pregada aos pecadores antes do dilúvio (JD 14-15). Aprendemos que uma das causas principais do dilúvio foi a desobediência do homem à lei revelada de Deus.
Praticamente não há dúvidas com relação à fonte do Governo Humano. O próprio Deus é o seu autor. Duas pessoas dão testemunho deste fato. Daniel lembra ao Rei Nabucodonosor que o "Altíssimo tem o domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer" (DN 4.25). O apóstolo Paulo exorta os cristãos a se submeterem às leis do governo humano, porque todo poder terreno existe à permissão divina de nosso Deus (RM 13).
Ao se compreender plenamente a origem do governo a origem do governo humano, a conclusão a que se chega é que a anarquia sem lei não é apenas rebelião contra a autoridade divina mas, na verdade, é blasfêmia contra o próprio criador.


II- Função do governo humano - A função do governo humano, como foi instituída por Deus, é tripla: Proteger, Punir e Promover.
a) função da proteção: No momento em que Adão pecou, ficou óbvio que as civilizações precisariam de alguma forma de restrição ou regra para proteger os cidadãos de si próprios. Um exemplo dessa função é vista em Atos 21.27-37, ponde os soldados Romanos interferiram e salvaram Paulo de ser assassinado por seus próprios compatriotas irados em Jerusalém.
b) função de punição - Tanto Paulo quanto Pedro abordam isto. Paulo escreve que até mesmo magistrados humanos devem ser considerados como servos de Deus para "trazer a espada", isto é, impor a punição sobre os criminosos. Pedro diz que os governantes são enviados por ele para o castigo dos malfeitores (1Pe 2.13-14).
c) função da promoção - O governo humano deve promover o bem-estar geral da comunidade onde há uma lei em vigor. Paulo nos ordena a orar pelos líderes humanos "para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade" (1 Tm 2.1-2).

III- A INTERVENÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE DEUS

Embora Deus haja delegado o governo do mundo ao homem, continua Ele a comandar todas as coisas. A todo instante vem intervindo quer na história das nações, quer na biografia de cada pessoa. Quando necessário, intervém extraordinariamente. Interveio em Sodoma e Gomarra, destruindo ambas as cidades. Interveio no Egito, arrancando de lá Israel. Se lermos a história universal com as lentes da soberania divina, constataremos: Deus interveio em Roma, levando-a ao desaparecimento. Na Europa, criando nações e abatendo impérios. São intervenções divinas na comunidade humana. De fato, o governo é nosso, mas o controle é de Deus. Ainda que o ignoremos, continuará Ele a reinar absoluto sobre todas as coisas.

IV- NOSSA RESPONSABILIDADE PARA COM O GOVERNO HUMANO

É impossível a um crente ser um bom cristão e mau cidadão ao mesmo tempo. Como filhos de Deus, nossa responsabilidade para com o governo humano, é tripla.
a) devemos reconhecer e aceitar que os poderes que existem são instituídos por Deus- Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por deus, essa verdade se aplica até mesmo aos governantes ateus,a menos, é claro, que a lei seja antibíblica. Neste caso, o crente deve obedecer a Deus e não ao homem (AT 4.18-20). Na verdade, quando Paulo escreve essas palavras em Romanos 13.1, o terrível imperador Nero estava no trono.
b) devemos pagar nossos impostos ao governo humano ( MT 17.24-27; 22.21; Rm 13.7).
c) devemos orar pelas autoridades humanas-  Admoesto-te, pois antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Paulo nos exorta a orar por aqueles que estão em autoridade para que vivamos vidas tranquilas. Devemos orar para que dirijam seus cargos com santidade e honestidade.

Autor: Professor e Diácono da igreja Evangélica Assembléia de Deus, Ministério do Belém Setor 13. PR Setorial Paulo Silva. 

BIBLIOGRAFIA

 Andrade, Claudionor de - O começo de todas as coisas, estudo sobre o livro de Gênesis;
Bíblia de estudo das profecias, notas páginas: 16, 17, 1291, 1444, 1445.