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sexta-feira, 3 de março de 2023

LIÇÃO 11 - O AVIVAMENTO E A MISSÃO DA IGREJA.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA VISTA II

 



                        TEXTO ÁUREO

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." (MC 16. 15, 16)


                    VERDADE PRÁTICA

Neste tempo marcado pela falta de fé, a Igreja só pode cumprir a sua missão se estiver imersa no avivamento espiritual.


          LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MC. 16. 14-20



                            INTRODUÇÃO

Já vimos no capítulo 5 que a Igreja era conhecida nos seus primórdios pelo seu dinamismo, evangelização e discipulado no cuidado com os necessitados. Tudo isso foi resultado do grande avivamento produzido pelo movimento do Pentecostes a partir do cenáculo, quando aqueles 120 irmãos receberam o batismo no Espírito Santo. Depois que foram revestidos de poder, os discípulos nunca mais foram os mesmos em obediência a Cristo. Se antes já tinham o desejo de evangelizar, depois do Pentecostes foram cheios de um poder sobrenatural. Avivados espiritualmente, os apóstolos abalaram o Império Romano e perturbaram os judeus, que não perceberam que um novo tempo havia chegado para Israel e para o mundo.       O impacto do avivamento espiritual foi tão grande que causou inveja aos inimigos do evangelho. Depois da cura de um coxo de nascença na porta chamada Formosa (At 3), houve um tremendo alvoroço em Jerusalém. A multidão viu o homem, que era um pedinte conhecido, levantar-se e sair pulando no Templo, glorificando a Deus. A cidade ficou alvoroçada ao tomar conhecimento daquele grande milagre operado por Deus por intermédio de Pedro e João “em nome de Jesus Cristo, o Nazareno” (At 3.6).      Logo depois do Pentecostes, quando Pedro levantou-se cheio do Espírito Santo e explicou o significado daquele movimento espiritual, quase 3 mil almas aceitaram a Cristo como o seu Salvador (At 2.41).    Com sinais, prodígios e maravilhas, os apóstolos pregavam com grande poder, como prova da aprovação de Deus ao seu ministério.    A obra da evangelização da Igreja depois do Pentecostes começou de maneira dinâmica e eficaz: E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! (Mc 16.20). Foi a proclamação da mensagem de Cristo, com demonstrações de sinais e prodígios feitos por Deus.      Isso não pode ser diferente nos dias de hoje. A igreja precisa do mesmo poder do Espírito Santo para cumprir a sua missão tanto em termos locais quanto regionais e transculturais. A situação do mundo hoje está muito pior em termos de incredulidade do que no tempo dos apóstolos. A incredulidade aumentou assustadoramente.     Cumpre-se o que Jesus disse no seu sermão: […] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? (Lc 18.8b). Além da falta de fé por parte da maioria da humanidade, ainda existe a fé deturpada, cheia de enganos e mistificações, nas pregações de falsos apóstolos, falsos profetas e falsos pastores, que inventam diversas doutrinas para enganar as pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. Há uma confusão terrível causada pelas mensagens distorcidas de certas igrejas que, em lugar de pregarem o verdadeiro evangelho de Cristo, anunciam “outro evangelho” (2Co 11.4; Gl 1.6,8).      Diante dessa realidade espiritual confusa, de incredulidade e falsas doutrinas, a igreja precisa mais do que nunca ser cheia do Espírito Santo. Os crentes precisam buscar o batismo no Espírito Santo para que, individualmente e com as suas famílias, possam participar de igrejas cheias do poder de Deus. Sem esse poder, a missão da Igreja fica comprometida e fragilizada; mas com a unção do Espírito Santo, pode experimentar o que Jesus prometeu: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).      Por incrível que possa parecer, grande parte do mundo ainda não ouviu o evangelho de Cristo. Mesmo com a Internet, as redes sociais, além dos meios de comunicação de massa, há países em que o povo não ouve falar de Deus ou de Jesus. Nos países comunistas, como a China e a Coreia do Norte, os governantes são verdadeiros agentes a serviço do Diabo, pois proíbem até mesmo as pessoas de conectar à Internet, além de monitorarem os telefones para ver se há algum tipo de aplicativo que se refere a Deus, a Cristo ou à Bíblia. Eles ficam apavorados! Têm medo de que o cristianismo seja aceito e progrida nos seus países. A igreja na China, mesmo as igrejas nos lares, tiveram um crescimento extraordinário. O comunismo tremeu. O tirano ateu e comunista mandou passar o trator por cima de mais de 400 templos em poucos anos para eliminar qualquer vestígio da cruz de Cristo, mas os seus dias estão contados. O Juízo Final já está preparado.    Enquanto isso, o “Ide” de Jesus continua altissonante para os seus seguidores na sua Igreja: (Mc 16.14-16).   A ordem de Jesus para a evangelização dos povos “por todo o mundo” já sofreu revezes e retrocessos lamentáveis. Nações que nasceram sob a bênção de Deus, como os Estados Unidos, há anos assistem a decadência das igrejas evangélicas. Muitas fecharam os seus templos, outrora cheios de crentes, e foram vendidos para comércio, restaurantes, etc. Na Europa, a situação é pior. Grandes catedrais, que abrigaram milhares de cristãos, foram vendidas e tornaram-se bares, discotecas, restaurantes, casas de danças e até mesquitas muçulmanas!    Por isso, é indispensável, urgente e imperioso que os crentes em Jesus, que ainda amam a Deus, a Cristo e à sua Palavra, busquem o avivamento espiritual diuturnamente, como clamou Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Sem um poderoso avivamento, a missão da Igreja será frustrada. Não poderá fazer missões no âmbito local, regional e muito menos transcultural. Existe, contudo, uma solução: (2Cr 7.14)


                I.    O AVIVAMENTO APÓS A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1.   O desânimo dos discípulos   -   Nesse trecho, temos um breve relato de duas das aparições de Cristo, e da pouca credibilidade que a notícia delas obteve junto aos discípulos.     Ele apareceu a Maria Madalena, a ela, primeiro, no jardim, do que temos uma narrativa especial em João 20.14. Foi dela que o Senhor expulsou sete demônios; muito lhe foi perdoado, e muito lhe foi dado e feito por ela, e ela muito o amou. Jesus lhe concedeu esta grande honra: ela foi a primeira que o viu depois da sua ressurreição.    Quanto mais nos apegarmos a Cristo, e quanto mais próximos dele quisermos ser, mais cedo poderemos esperar vê-lo, inclusive aprendendo mais a seu respeito.   Ela traz aos discípulos a notícia do que tinha visto; não somente aos onze, mas aos demais que o seguiam, os quais estavam tristes e chorando (v. 10).      Esse era o momento do qual Jesus lhes tinha falado, em que eles chorariam e se lamentariam (Jo 16.20). Esta era, sem dúvida, uma evidência do grande amor que eles tinham por Jesus Cristo, e do profundo sentimento de tristeza que tomou conta deles devido à morte do Senhor.    Mas quando os seus lamentos tinham durado uma ou duas noites, o consolo retornou, como Jesus tinha prometido; outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará (Jo 16.22). Melhor notícia não poderia ser trazida aos discípulos que estavam em lágrimas, do que a da ressurreição de Jesus Cristo. E nós devemos nos empenhar em consolar os discípulos que se lamentam, transmitindo-lhes as nossas experiências, e aquilo que nós já vimos em Cristo.   Eles não conseguiram acreditar nas notícias que ela lhes trazia. Eles ouviram que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela. A história era suficientemente plausível, e ainda assim eles não acreditaram. Eles não diziam que ela tinha inventado essa história, ou planejado enganá-los; mas temiam que ela estivesse impressionada, e que o fato de ela ter visto o Senhor não passasse de uma fantasia, se eles tivessem acreditado nas frequentes predições da ressurreição do Senhor, que Ele mesmo lhes fez, não estariam então tão descrentes acerca dessa notícia.     Ele apareceu a dois dos discípulos, que iam para o X campo (w. 12). Isto se refere, sem dúvida, àquilo que está narrado com mais detalhes em Lucas 24.13ss., sobre o diálogo que houve entre Jesus e os dois discípulos que iam a Emaús. Aqui está escrito que Ele se manifestou a eles em outra forma, com roupas diferentes das que usava normalmente, vestido como um viajante.    Observe que no jardim, com outras roupas, Maria Madalena o confundiu com o jardineiro; mas o fato de que Ele tinha realmente a sua própria aparência, fica evidente pela informação de que os olhos deles estavam como que fechados, para que não o reconhecessem. E quando os seus olhos foram abertos, eles o reconheceram imediatamente (Lc 24.16-31). Então:      Essas duas testemunhas deram o seu testemunho como prova da ressurreição de Cristo: “indo estes, anunciaram-no aos outros” (v. 13). Estando satisfeitos, eles estavam desejosos de dar aos seus irmãos a mesma satisfação que tinham tido, para que pudessem ser consolados como eles tinham sido.        O testemunho deles não obteve a credibilidade de todos: “Nem ainda estes creram”. Eles suspeitaram que os olhos dos dois discípulos também os tinham enganado.      Havia uma sábia providência nisso. As provas da ressurreição de Jesus Cristo foram apresentadas gradualmente, e, desta forma, aceitas cuidadosamente, para que a certeza com a qual os apóstolos deviam pregar esta doutrina posteriormente, quando arriscassem tudo para fazer a obra do Senhor, pudesse ser plenamente satisfatória.    Nós temos mais razões para crer naqueles que vieram a crer tão lentamente: se eles tivessem aceitado o fato imediatamente, poderiam ser vistos como crédulos ou até mesmo precipitados, e o seu testemunho não poderia ser considerado de uma forma tão enfática.   Mas a sua descrença inicial mostra que eles só vieram a crer posteriormente, depois de terem mais provas, quando então passaram a ter uma forte convicção.

2.     A aparição de Jesus aos discípulos   - Enquanto os seguidores de Jesus comentavam as suas recentes manifestações, repentinamente o mesmo Jesus se apresentou no meio deles. Ele apareceu no meio dos discípulos estando eles atrás de portas cerradas (Jo 20.19). Jesus podia fazer isto porque a sua ressurreição e glorificação alteraram a sua forma corpórea. Neste novo corpo, Ele era capaz de transcender todas as barreiras físicas.      As primeiras palavras de Jesus ao grupo de seguidores e discípulos descrentes e confusos, que o tinham abandonado na sua hora de maior necessidade, foram: “Paz seja convosco”. Esta era uma saudação hebraica padrão, mas aqui estava cheia de um significado maior. Jesus trouxe uma saudação de paz, e a sua presença trouxe paz.      Estas pessoas, na sala cerrada, ainda estavam discutindo o feto de que o corpo de Jesus tinha desaparecido, e então ouviram surpreendentes histórias sobre as suas manifestações a diversas pessoas do seu grupo.         Jesus apareceu no meio deles de repente, e eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. Mas o corpo de Jesus não era uma invenção da imaginação; eles não estavam vendo nenhum fantasma. Jesus os incentivou a olhar e tocar. Ele tinha carne e ossos e até podia comer (24.43). Por outro lado, o seu corpo não era um corpo humano restaurado, como o de Lázaro (João 11) – Ele conseguia aparecer e desaparecer. O corpo ressuscitado de Jesus era glorificado e imortal.       Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés como que para revelar os ferimentos infligidos pelos pregos que o tinham mantido na cruz (veja João 20.25). O seu corpo ressuscitado ainda trazia estes ferimentos como um testemunho para os seus seguidores de que este era o mesmo homem que eles tinham amado, seguido e visto morrer.       Isto era bom demais para ser verdade – e eles sentiram as emoções conflitantes da descrença, da dúvida, da alegria e do espanto que qualquer pessoa sentiria quando um desejo muito intenso, mas aparentemente completamente impossível, se realiza. Jesus estava ali, no meio deles, vivo, até mesmo comendo parte de um peixe assado para mostrar que não era um fantasma. Ele era real; Ele voltou à vida exatamente como lhes tinha dito que faria.

3.    O avivamento após a ressurreição   -  Esta é a Grande Comissão. Os discípulos haviam sido bem treinados e tinham visto o Senhor ressuscitado. Deus havia dado a Jesus autoridade sobre o céu e a terra. Com base nessa autoridade.      Jesus disse a seus discípulos que formassem mais discípulos enquanto pregavam, batizavam e ensinavam. Com essa mesma autoridade Jesus ainda nos ordena que preguemos o Evangelho a todos, em todos os lugares.      Os discípulos receberam a ordem de batizar as pessoas, porque o batismo une cada crente a Jesus Cristo na morte dele ou dela para o pecado, e na ressurreição para uma nova vida. Não é a água do batismo que salva, mas a graça de Deus aceita através da fé em Cristo.    Por causa da resposta de Jesus ao criminoso que morreu ao seu lado na cruz, sabemos que é possível sermos salvos sem sermos batizados (Lc 23.43). Jesus não disse que aqueles que não fossem batizados seriam condenados, mas que quem não crer será condenado. O batismo simboliza a submissão a Cristo, uma disposição para seguir o caminho de Deus e a identificação com o povo que tem uma aliança com Deus.     Quando os discípulos realizavam sua missão e sem dúvida quando outros criam e continuavam a difundir o Evangelho, sinais miraculosos os acompanhavam. Como acontecia com os milagres de Jesus, esses sinais autenticavam a fonte do seu poder, e atraiam o povo à fé. Às vezes, Deus intervinha miraculosamente em favor de seus seguidores.     Enquanto algumas pessoas interpretaram erroneamente a noção de “pegar em serpentes” como a fé de alguém ser demonstrada pela manipulação de cascavéis, o autor parece ter em mente episódios como o que foi descrito em Atos 28.1-6, onde Paulo foi picado por uma serpente venenosa sem sofrer qualquer dano. O mesmo podia acontecer a alguém que acidentalmente bebesse veneno mortal. Isto não significa, entretanto, que devamos testar Deus nos colocando em situações perigosas.


                    II.      O AVIVAMENTO NA MISSÃO DA IGREJA LOCAL

1.   O avivamento nas missões locais    -    Como já visto, em capítulo anterior, o modelo cristão de evangelização e missões é centrífugo, partindo de um centro para a periferia. Jesus definiu que o ponto inicial, a partir do qual a evangelização deveria ser levada a efeito, era Jerusalém:   E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. (Lc 24.46-47).      O avivamento espiritual, resultante do Pentecostes, produziu uma chama no coração dos seguidores de Jesus. Mesmo com perseguições, os apóstolos pregaram com ousadia o evangelho de Jesus Cristo. Por inveja, lançaram os apóstolos na prisão para silenciar-lhes a voz, proibindo-os de cumprir a ordenança de Jesus de pregar por todo o mundo e a toda criatura, mas o Senhor Deus interveio e livrou-os milagrosamente da prisão. Foram chamados ante as autoridades judaicas e declararam-lhes a sua missão:    E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. (At 5.27-29 – grifo acrescido)       Os apóstolos, inflamados com o poder do Espírito Santo, passaram a pregar com tanto entusiasmo e intensidade que o sacerdote, na sua reprovação aos servos de Deus, disse: “E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina […]”.      Eles não descansavam, proclamando Jesus aos pecadores, mesmo num ambiente hostil e agressivo contra eles. No mesmo texto, a Bíblia diz como eles trabalhavam para cumprir a ordem do Senhor de evangelizar, começando por Jerusalém: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (5.42). Este é o modelo de evangelização dinâmica:    não só pregar dentro das quatro paredes dos templos, mas também realizar a evangelização pessoal nas casas e em todas as cidades. Hoje, em muitos lugares do Brasil, há igrejas que não evangelizam, não pregam fora dos templos. Isso é incrível! Temos plena liberdade de expressar nossa mensagem, que nos confiada por Cristo, e muitos não sabem aproveitar para levar o evangelho “a toda criatura”.

2.    O avivamento nas missões regionais  -   O martírio de Estêvão foi o ímpeto para um aumento imediato da perseguição contra aqueles que seguiam a Cristo. A perseguição forçou os cristãos a saírem de Jerusalém e se dirigirem para a Judéia e Samaria – cumprindo assim a segunda parte do mandamento de Jesus (veja 1.8).      Evidentemente, eles estiveram relativamente confortáveis nas proximidades de Jerusalém. Tudo isto foi instantaneamente transformado com a morte de Estêvão, e a perseguição resultante.       Nem todos os cristãos deixaram Jerusalém, pois uma igreja continuou ali para o equilíbrio da era do Novo Testamento. O motivo pelo qual os apóstolos permaneceram em Jerusalém, ao invés de se espalharem com os outros, é um tema de especulação. A liderança do movimento cristão continuou a partir da igreja de Jerusalém durante muito tempo (veja o capítulo 15). No final, o principal centro missionário transferiu-se para Antioquia (capítulo 13 e seguintes).      Paulo voltaria regularmente a Jerusalém para trazer notícias e apoio financeiro das igrejas da Ásia e Europa aos santos que ali sofriam (16.4; 21.15-20).    A perseguição fez com que aqueles que andavam dispersos fora de Jerusalém fossem por toda parte, espalhando-se em outras nações. No caminho, seguiam anunciando a palavra, as Boas Novas a respeito de Jesus. A mensagem do Evangelho estava se espalhando como fogo! Satanás tinha tentado derrotar a jovem igreja, mas tudo o que ele conseguiu foi incentivar a transmissão do Evangelho.      Pedro e João foram enviados a Samaria como representantes apostólicos para descobrir se os samaritanos estavam verdadeiramente se tornando crentes. Os cristãos judeus, até mesmo os apóstolos, ainda estavam incertos se os gentios (não judeus) e samaritanos (meio judeus) podiam receber o Espírito Santo.

3.    Missões regionais atualmente    MISSÕES DOMÉSTICAS

Essa expressão já serviu de virtual sinônimo de evangelismo rural ou nas edificações das igrejas. Atualmente, porém, grandes cidades, com muita criminalidade, são objetos do labor missionário, pelo que se têm tornado parte integrante dos programas de missões domésticas.  Em alguns países, como o Brasil, onde ainda existem tribos indígenas primitivas, as missões domésticas incluem todas as características do trabalho missionário no estrangeiro, incluindo a necessidade do aprendizado de alguma língua estrangeira. O trabalho das missões domésticas tem-se devotado tradicionalmente aos grupos minoritários, como as áreas rurais, que não têm acesso aos templos, ou grupos de imigrantes, trabalhadores imigrantes, ministérios a grupos subprivilegiados e qualquer outro grupo humano que não disponha dos benefícios de templos para frequentarem, nas cidades.      As missões domésticas trazem pessoas para trabalharem na Igreja em todos os aspectos de suas atividades, incluindo o evangelismo, o ensino e as instituições humanitárias. As missões domésticas são contrastadas com as missões no estrangeiro somente devido ao fato de que os missionários envolvidos naquelas primeiras não deixam seu país de origem para realizarem o seu papel. 

MISSÕES URBANAS        As cidades são campos missionários com grandes necessidades. Além da necessidade do evangelismo e da construção de templos, sempre haverá a carência dos pobres e de outros a ser atendida. Há a necessidade de educar as pessoas, o que inclui a instrução religiosa, a necessidade de ajudar as pessoas a adquirirem artes e ofícios, mediante os quais possam ganhar a sua vida, e há a necessidade de instalações recreativas, sobretudo no caso das crianças atendidas. De algumas décadas para cá, o problema dos tóxicos tem-se agravado muito, sobretudo nas grandes cidades, já havendo trabalho missionário especializado para atuar entre os viciados.


                    III.     O AVIVAMENTO E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS  

1.   Primeira igreja missionária    -    Chipre é uma ilha da costa mediterrânea de Antioquia, e Cirene era uma cidade no norte da África. Felizmente, estes varões tiveram a coragem de transmitir o Evangelho do Senhor Jesus fora dos limites do judaísmo. Quando estes crentes falavam, a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. Evidentemente, este início modesto transformou Antioquia em um lugar onde os crentes pregavam com entusiasmo aos gentios. Filipe tinha pregado em Samaria (8.5), mas os samaritanos eram parcialmente judeus. Pedro tinha pregado a Cornélio, mas ele já adorava a Deus (10.2). Os crentes que se dispersaram depois do início da perseguição em Jerusalém transmitiam o Evangelho a outros judeus nas terras para onde haviam fugido (11.19). Finalmente, os crentes começaram a transmitir ativamente as Boas Novas aos gentios, com grandes resultados.    A igreja em Antioquia da Síria tornou-se o centro de partida da missão de penetração no mundo (a última parte da comissão de Jesus em 1.8). O primeiro versículo nos dá uma ideia da sua constituição verdadeiramente internacional e do amplo espectro de pessoas que estavam sendo atingidas pelo Evangelho.   Até este ponto, parece que Barnabé e Paulo tinham sido os principais professores na igreja de Antioquia (11.26). Esta lista mostra pelo menos outros três, considerados como profetas e doutores. Barnabé aparece em primeiro lugar na lista por ser provavelmente o líder do grupo.  Simeáo (chamado Níger), devido à sua pele negra, provocou algumas especulações de que era o mesmo Simão de Cirene que carregou a cruz de Cristo (Mc 15.21), mas não se pode garantir esta informação. O próximo nome da lista é um homem cireneu (de Cirene) chamado Lúcio. Cirene ficava no norte da África. Lúcio provavelmente era um dos homens de Chipre e Cirene que pregaram pela primeira vez o Evangelho aos gentios de Antioquia (veja 11.20,21). O quarto indivíduo era Manaém, que fora criado com Herodes Antipas. Saulo era um rabino judeu, altamente instruído, e cidadão romano. O seu nome conclui a lista deste grupo tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais destes indivíduos mostram que o Espírito de Deus tinha estado trabalhando rapidamente e sobre uma ampla região geográfica. O Evangelho não tinha apenas chegado a estas regiões, mas também o Espírito de Deus usava a Antioquia cosmopolita para reunir uma equipe diversificada para a próxima “fase” da expansão do reino.      Estes crentes estavam servindo ao Senhor e jejuando quando Deus lhes enviou uma mensagem especial. Da mesma forma como Pedro e Cornélio tinham recebido mensagens enquanto oravam (capítulo 10), Deus também falou a estes crentes enquanto eles o procuravam.     “Jejuar” significa abster-se de alimentos durante um período específico, com a finalidade de se concentrar no Senhor. As pessoas que jejuam podem aproveitar o tempo de preparação da comida e o da refeição para adorar e orar. Além disto, a dor da fome os lembrará da sua completa dependência de Deus (veja também 2 Cr 20.3; Ed 8.23; Et 4.16; Mt 6.16-18). O Espírito falou – possivelmente por intermédio de algum dos membros deste grupo (havia profetas entre eles – 13.1). O Espírito lhes disse que apartassem Barnabé e Saulo para a obra especial que Deus tinha para eles. A imposição de mãos era um ato simbólico que indicava o reconhecimento público do chamado e da capacidade, além da associação de uma congregação particular com um ministério. As raízes deste costume estão no Antigo Testamento, onde isto era feito para designar alguém para um cargo (Nm 27.23), abençoar alguém (Gn 48.14) ou consagrar alguma coisa a Deus (Lv 1.4).  A igreja de Antioquia estava se identificando com estes dois homens e a sua missão. Feito isto, eles os despediram.

2.   Evangelização e decadência espiritual da Europa    O Propósito da História (78.1-8)

O salmo abre com uma seção mostrando seu propósito didático ou instrucional. A História é a “história dEle” (em inglês: “Hisstory”), a exposição das obras maravilhosas realizadas para imprimir nas mentes dos mais novos a convicção inescapável de que a desobediência sempre leva ao desastre. As pessoas são chamadas a inclinar os ouvidos (atenção obediente) […] a minha lei (1), literalmente “minha torá”, ensino, orientação, instrução. O salmista fala como representante de Deus. Parábola (2, mashal) é literalmente “uma comparação”, quer por semelhança, quer por contraste. Enigmas vêm de um termo que significa um dizer penetrante ou sagaz ou um mistério, cujo significado no primeiro momento não pode estar claro. Este versículo é citado em Mateus 13.34-35 referindo-se ao uso de parábolas por Cristo, em que enigmas da antiguidade (parábolas) são descritos como “coisas ocultas desde a criação do mundo”, seguindo a LXX. O salmista tem em mente a lição moral da história. O que deve ser recitado e ensinado para as gerações seguintes tem sido recebido dos nossos pais (3). A instrução a ser passada às gerações seguintes preocupasse com os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez (4).       Deus estabeleceu um testemunho […] e pôs uma lei (5) para o seu povo. As tábuas de pedra sobre as quais foram escritos os Dez Mandamentos são chamadas “o testemunho” (Ex 25.16,21). Essa lei devia ser fielmente transmitida aos filhos (6) — nossa “carta magna” para a educação cristã (cf. Dt 4.9-10; 6.6-7; 11.18-19 etc.). O propósito de tal instrução tinha um aspecto prático: para que pusessem em Deus a sua esperança e […] guardassem os seus mandamentos (7). Com esse tipo de obediência eles diferiam dos seus pais, que eram uma geração contumaz e rebelde […] que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus (8).

3.    Clamor pelo avivamento espiritual    -   A Oração de Habacuque

Depois que Deus revela a Habacuque os seus desígnios, ele orou ao Senhor. O capítulo 3 do livro de Habacuque e uma oração em forma de cântico. É um salmo profético!      Ao ouvir a palavra de Deus, Habacuque teme, ou seja, ele deposita confiança em Deus. O temor ao Senhor é proveniente dos seus ensinos.      Após ter ouvido, ele creu em Deus, ou seja, ele segue o que disse Miquéias “A voz do Senhor clama à cidade, temer-lhe o nome é sabedoria.      Escutai a vara, e quem a ordenou” (Mq 6:9).     Embora a obra do Senhor que Habacuque faz referência era o suscitar dos caldeus contra Israel e Judá (Hb 1:6), ele não teme e pede a Deus que implemente (avive) a sua obra. Deus haveria de levantar os caldeus contra o povo de Israel, porém, Habacuque confia na misericórdia do Senhor.    Habacuque sabia que os caldeus eram um povo feroz e impetuoso, e que, segundo o oráculo que viu, Judá e Israel seriam levados cativos, porém, à vista deste quadro de sofrimento e ignomínia, ele confia na misericórdia de Deus “Fez com que deles tivessem compaixão os que os levaram cativos” (Sl 106:46).       Em nossos dias este versículo tem um valor totalmente diverso da ideia que Habacuque procurou evidenciar. Perceba que Habacuque não pede um avivamento ‘espiritual’, o que é comum interpretarem em nossos dias. Ele ora a Deus que realize a sua obra, ou seja, a mesma obra anunciada na primeira visão “Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos, porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada. Suscito os caldeus…” (Hc 1:5 -6).        Perceba que a oração de Habacuque é segundo a vontade de Deus, ou seja, ele não pede que Deus livre a Israel do castigo, antes que os caldeus venham segundo a palavra anunciada. Mesmo sabendo que os caldeus viriam, a confiança de Habacuque não é abalada! Ele confia que o povo de Israel seria preservado “Nós não morreremos”, pois os caldeus somente foram estabelecidos para castigar o povo de Israel (Hb 1:12).    Habacuque pede a Deus que implemente (aviva) a sua obra. Ora, a obra maravilhosa e admirável é o suscitar dentre as nações os caldeus, e que, ao longo dos anos os homens haveriam de conhecê-la. Embora fosse anunciado pelos profetas que Deus haveria de levantar os caldeus para castigar, quando os profetas contavam maravilhosa obra, o povo de Israel não cria. Eles não se arrependeram e veio o cativeiro conforme a visão dos profetas “…vós não crereis, quando vos for contada” (Hc 1:5).





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Davi Fonseca

Pr. Local – Ev. Antônio Sousa

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Comentário bíblico Novo Testamento Interpretado versículo por versículo, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico Novo Testamento MATEUS A JOÃO, Matthew Henry - Editora CPAD. 

Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, Russell N. Champlin - Editora Hagnos.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.

T. Purkiser, M. A.. Comentário Bíblico Beacon Salmos - Editora CPAD. 

Comentário Bíblico de HABACUQUE, Crispim.

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sábado, 25 de fevereiro de 2023

LIÇÃO 10 - O AVIVAMENTO NA VIDA PESSOAL.

PROFº PB. JUNIO - CONGREGAÇÃO BOA  VISTA II.



                TEXTO ÁUREO

"Porque a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão. Assim, eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos." (SL 63. 3,4)


            VERDADE PRÁTICA

A presença do Espírito Santo é uma realidade em todos os dias da vida de um crente avivado.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Salmos 63. 1-8

 

                    INTRODUÇÃO

No Pentecostes em Atos 2, cada apóstolo experimentou o avivamento espiritual de forma impactante, com evidências inegáveis de que eles passaram por uma transformação nas suas vidas, no seu comportamento e no seu relacionamento com Deus. As línguas e outros sinais naquele momento evidenciaram que um fenômeno novo estava acontecendo. Depois, apenas as línguas estranhas para os que falavam continuaram como evidência externa do batismo no Espírito Santo, só que o mais importante como consequência do Pentecostes foram os dons espirituais, conforme registrado em 1 Coríntios 12. Numa igreja cristã, torna-se necessário que os crentes sejam avivados espiritualmente. Não pode haver igreja cheia da presença de Deus se os seus membros não tiverem o avivamento espiritual nas suas vidas. Esse avivamento manifesta-se não apenas no interior dos templos, mas também em todos os lugares, no testemunho de vida que cada um demonstra no seu dia a dia, principalmente fora dos templos: na família, no casamento, no trabalho, na rua, no comércio, nas escolas; enfim, em toda a parte, principalmente na proclamação do evangelho. Um crente avivado espiritualmente não se conforma em ficar parado, inerte, indiferente ou alheio diante da realidade espiritual e moral à sua volta e do mundo em que vivemos. O apóstolo João, por volta do ano 90 d.C., já tinha plena convicção de que “o mundo”, ou seja, a humanidade, está dominada pelo Maligno. Na sua primeira carta, ele escreveu: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). O cristão avivado espiritualmente não ignora essa realidade espiritual, na qual, pelo domínio do Maligno, a maioria das pessoas caminha para a perdição eterna. Tocado pelo Espírito Santo que está nele, procura proclamar o evangelho, que não é teoria ou filosofia humana. Ele entende, como Paulo, a natureza do evangelho: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). O crente avivado espiritualmente ante a necessidade espiritual do mundo sente-se como Eliú diante de Jó, o patriarca, e os seus três amigos importunos, quando disse: “Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange” (Jó 32.18). Eliú sentiu-se inquieto e constrangido diante da falta de amor e de compreensão dos amigos de Jó. Imaginem um crente fiel, cheio do Espírito Santo, como se sente constrangido a falar de Jesus para os que estão nas trevas espirituais, condenados pela incredulidade que os impede de ver Jesus como Salvador das suas almas. Meditemos nesse tema do avivamento na vida de alguns homens de Deus. 


            I.    O AVIVAMENTO NA VIDA DO SALMISTA

1.   Uma busca sincera  -    Ó Deus, tu és o meu Deus forte. Elohim (o Poder) era o Deus do poeta sagrado. A crença em Seu poder e em Sua graça levou o salmista a buscar desde cedo a Deus, provavelmente uma referência superficial às orações matinais e aos sacrifícios efetuados no templo a cada dia, mas dando a entender principalmente a ânsia do salmista por entrar em contato com o Senhor. Por isso mesmo, o poeta estava sempre preparado, cedo ou tarde, para buscar espiritualmente a Deus. Outrossim, ele tinha uma alma sedenta por Deus, que nunca lhe permitia fatigar-se.     Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. (Salmo 42.1).        A sede é um apetite insistente que continua a informar-nos sobre nossa necessidade de água, sem a qual não sobreviveríamos. Assim sendo, em um sentido real. Nenhum homem pode sobreviver sem Deus. Ver no Dicionário o artigo chamado Sede.      Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. (Mateus 5.6).    O homem que foi o autor deste salmo era, definitivamente, um místico ou quase místico. Ele não tinha uma atitude legalista, mas buscava a presença de Deus. Cf. o vs. 8, bem como um poeta de mente semelhante, no Salmo 42. A definição básica dessa palavra é o contato com um poder ou presença mais elevada que a pessoa que faz a busca.     “A essência residual da devoção religiosa é que o objeto da dedicação do indivíduo seja o Tudo… Nosso poeta concordou prontamente com o santificado Fenelon, o qual disse: ‘Devemos pertencer a Deus sem reservas. E depois de nos termos encontrado com Deus, nada mais haverá pelo que procurar” (J. R. P. Sclater, in loc.).     O poeta sacro acordou-se com a excelente expectação de chegar mais perto de Deus, naquele dia.

2.    Contemplando e bendizendo ao Senhor   -    Porque a tua graça é melhor do que a vida. O Poder, Elohim, é o Deus que nos dispensa todas as coisas boas, o Benfeitor Universal. Sua benignidade é a fonte de todos os bens dos homens. Assim sendo, o poeta sagrado continuou louvando com lábios jubilosos.”… o homem tinha um senso tão grande da bem- aventurança do favor divino, ou seja, do Seu favor vinculado ao pacto, que pensou que essa graça era superior à própria vida. Isso requer gratidão exibida durante a vida inteira. O amor é a fonte que mina sem parar, da qual procedem todas as coisas boas’’ (Ellicott, in loc.).    Os homens profanos louvam o poder, a glória, a honra, as riquezas e os prazeres. O homem espiritual louva a Deus, em quem ele encontra, em proporções infinitas, mais satisfação que os homens mundanos podem encontrar em seus deleites.     “A vida sem o amor de Deus nada é senão a morte. O homem que não participa do amor de Deus está morto, mesmo quando está vivo. Todos os aprazimentos da vida, da saúde, das riquezas, das honrarias, das amizades etc., nada são sem o amor de Deus” (John Gill, in loc.).     Assim cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver. Por causa do grande amor de Deus, o coração do poeta se abria em louvores e ações de graças a Deus, o que haveria de continuar enquanto ele estivesse vivo. Seu zelo jamais se esfriaria, seu bom propósito jamais hesitaria. Ele vivificaria suas mãos em orações de gratidão, tanto no templo de Jerusalém como em seu próprio lar. Essa era a maneira comum pela qual os hebreus oravam. Ele erguia suas mãos, oferecendo petições e entregando a própria vida ao Poder lá do alto. Suas orações e seu agradecimento seriam feitos em nome do Deus Todo-poderoso. Ver as notas expositivas sobre Nome, em Sal. 31.3, e sobre Seu Santo Nome, em Sal. 30.4 e 33.21. O nome de Deus representa tudo quanto Deus é e pode fazer, toda a Sua revelação (Sal. 20.1,5), e era considerado dotado de poder, somente por ser pronunciado. “Os judeus piedosos, em todos os lugares para onde tinham sido dispersos, em todas as orações e louvores, e quando faziam contratos ou entravam em acordos, estendiam as mãos na direção de Jerusalém, onde o verdadeiro Deus tinha o Seu templo, e onde manifestava a Sua presença” (Adam Clarke, in loc.).    O sumo sacerdote, como era natural, erguia as mãos ao abençoar o povo de Israel. Nosso Sumo Sacerdote ergue as mãos em nosso favor, e essa é uma aplicação cristã do salmo. O Targum fala da Palavra de Deus, que abre as mãos em súplica a Deus Pai, transformando este salmo em uma composição messiânica. Ver João 14.13,14 e 16.23,24,26, quanto às eficazes orações dos homens, oferecidas no nome do Senhor. Ver Sal. 28.2, quanto a um versículo similar, com um gesto típico de oração.

3.    Deus é o nosso auxílio   -    Com que prazer e deleite ele louvaria a Deus, v.5.    Com uma satisfação interior: A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura, não somente como a saciedade que vem com o pão, que é nutritivo, mas com a que vem do tutano, que é agradável e delicioso, Isaías 25.6. Davi espera retornar à alegre participação nas cerimônias de Deus, para poder alcançar esta satisfação, especialmente por ter ficado afastado delas durante tanto tempo. Ou, se assim não for, mesmo diante da bondade divina e na sua conversa com Deus em solitude, ele também encontrará satisfação para a sua alma.   Observe que existem coisas em um Deus gracioso e na comunhão com Ele que proporcionam uma plena satisfação a uma alma graciosa, Salmos 36.8; 65.4. E também existem coisas em uma alma graciosa que obtêm plena satisfação e comunhão em Deus. Os santos têm o seu contentamento em Deus; eles não desejam nada mais do que a sua bondade para que estejam felizes e têm uma satisfação transcendente em Deus, diante da qual todos os prazeres dos sentidos são inócuos e insípidos, são como a água parada de uma poça quando comparada ao vinho deste divino consolo.     Com expressões exteriores desta satisfação; ele louvará a Deus com alegres lábios. Ele o louvará: (1) Abertamente. A sua boca e os seus lábios louvarão a Deus. Quando o homem crê e é grato de coração, é preciso que ele faça uma confissão verbal acerca destas duas coisas, para a glória de Deus; não que as afirmações verbais sejam aceitas sem que sejam genuínas dentro do coração (Mt 15.8), mas que a boca deve falar daquilo que o coração está cheio (SI 45.1), tanto para o despertar do nosso próprio amor piedoso quanto para a edificação das demais pessoas. (2) Jubilosamente. Devemos louvar a Deus com alegres lábios; devemos nos entregar a este e a outros deveres religiosos com grande alegria e comunicar os louvores divinos a partir de um princípio de santa alegria. Lábios que louvam devem ser lábios alegres.


                II.    O AVIVAMENTO ESPIRITUAL DO CRENTE

1.   Reservando uma agenda de piedade   -   À tarde, pela manhã e ao meio-dia. O piedoso salmista persistiria em oração, empregando as tardes, as manhãs e a hora do meio-dia nesse exercício, ultrapassando qualquer requisito legal. Ele tinha necessidades urgentes e, por isso, oraria abundantemente.      Orai sem cessar. (I Tessalonicenses 5.17).      Yahweh ouviria suas constantes orações e lhe daria a resposta de que ele precisava com tanta urgência. Na oração, importunar rende dividendos. Quanto a uma excelente ilustração do Novo Testamento sobre esse princípio, ver Luc. 18.1-8.   A tarde é mencionada em primeiro lugar nesta lista: tarde, manhã e meio-dia. Os hebreus começavam a contar seus dias à tarde (às 18 horas), em contraste com o nosso costume (às 24 horas). Portanto, vemos o homem começando o dia em oração, o que é um bom costume em qualquer época. Talvez o triplo tempo de oração fosse um costume piedoso nos dias do poeta sagrado. Ver como Daniel costumava orar três vezes ao dia (Dan. 6.10).   Esse costume prosseguiu nos tempos cristãos. Os rabinos veem mudanças ou estágios principais do dia nos três tempos mencionados, e cada um desses estágios merece seu tempo de oração. Sacrifícios diários eram oferecidos à tarde e pela manhã, pelo que aqueles tempos já eram importantes para os fiéis. Os judeus exageravam quanto à questão, supondo que os três estágios tivessem sido historicamente estabelecidos por Abraão, Isaque e Jacó, respectivamente. Ver Gên. 22.3 (Abraão); 24.63 (Isaque) e 28.11 (Jacó).

2.    A prática da oração   -   Daniel era um homem profundamente dedicado à oração. Manteve-se resoluto em sua determinação de orar, mesmo quando isso implicou em ser o profeta lançado na cova dos leões. Também dependeu de Deus na obtenção de sabedoria a fim de interpretar o sonho de Nabucodonosor e a visão de Belsazar. Falar diante de chefes de Estado com tal autoridade e certeza só se torna possível depois de extensos períodos no lugar de oração.     […]“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer” (Dn 6.10). Nenhuma linha das Escrituras acerca de Daniel é maior do que esta que finaliza o versículo citado: “como também antes costumava fazer”. Grandes indivíduos têm grandes hábitos; grandes hábitos fazem grandes indivíduos. A comunhão com Deus deveria ser o hábito mais importante de todo filho de Deus. A devoção inabalável de Daniel, diante de perseguidores perigosos e sedentos de sangue, derivava-se de seus antigos hábitos de oração.    Esse hábito havia fortalecido sua alma, deixando-a como o aço, e, quando sua vida foi ameaçada pela prática do hábito, ele simplesmente manteve a sua prática sem qualquer apologia. A força da pessoa que ora torna-se mais evidente quando ela está cercada e sendo observada.

3.    A leitura devocional da bíblia  -   Guardo. Isto é, “escondo” (conforme diz a Revised Standard Version), aludindo à metáfora de um tesouro escondido. O homem que tem o tesouro escondido em seu coração tem menor inclinação a ceder à tentação. “A palavra de Cristo deve habitar nele ricamente. Caso contrário, em breve ele pode ser surpreendido por algum pecado teimoso” (Adam Clarke, in Ioc.).    Habite ricamente em vós a palavra de Cristo, instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações.

(Colossenses 3.16)     “Escondei… como os orientais escondem seus tesouros. Cf. Mat. 13.44” (Ellicott, in Ioc.). Ver II Cor. 7.1 e Tito 2.11,12, que contêm passagens neotestamentárias similares. Ver o vs. 14, quanto a ideias sobre riquezas.

 Salmos 119.5. Oxalá sejam firmes os meus passos. Os caminhos do homem espiritual precisam ser governados pelos preceitos. Ver a oitava das dez palavras usadas para indicar a lei, no vs. 1. Esses caminhos não deixam de ter sinais direcionais. Trata-se de um estrada regulamentada por muitas leis. Um homem não pode inventar o seu próprio caminho. O caminho é divino e somente os homens que conhecem o Ser divino são realmente direcionados ao longo desse caminho.    O judaísmo posterior produziu mais de 600 leis distintas sugeridas pelo caminho de Deus. O judaísmo bíblico não tinha um número menor de leis, sem dúvida alguma. As leis cerimoniais, rituais e morais eram muitas, realmente, e, para a mente dos hebreus, todos os mandamentos eram morais. O coração inconstante avança sem grande entusiasmo e facilmente é distraído do firme propósito que se faz mister para seguir o caminho de Deus. Visto que Yahweh já mostrou o Seu amor constante, pleno de benefícios, assim também o homem sério deve ser fiel e constante. Tendo recebido o amor de Deus, devemos demonstrar nosso amor ao próximo mediante boas obras.

Relembrando a fragilidade e a instabilidade humana, e sabendo que o homem não pode obedecer à lei de Deus contando apenas consigo mesmo, o salmista orou para que o poder de Deus regulasse corretamente e estabelecesse os seus caminhos” (Fausset, in loc). Cf. Jer. 10.23; Sal. 37.23; Pro. 3.6 e Eze. 36.27.

 Salmos 119.105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra. Seguindo o plano de compor uma poesia acróstica, o autor sagrado oferece-nos agora o décimo quarto conjunto de oito linhas louvando a lei, para o que ele continuou a usar diversos termos com vista a variar sua expressão.     Deus é Luz ou seja, sua lei fornece luz e torna-se uma lâmpada para os pés dos peregrinos (ver o vs. 54). O salmista tinha iniciado a vereda espiritual e possuía luz suficiente para que sua jornada fosse bem-sucedida.


                    III.    A VIDA PESSOAL E FAMILIAR DO CRENTE AVIVADO

1.   A vida pessoal   -      Um pastor ou outro líder cristão que represente mal a Cristo, é um desastre. Acima de todos os outros na igreja, deveriam ser modelados segundo a imagem de Cristo, na santidade e na vida cristã positiva e eficaz. (Ver I Cor. 11:1 quanto a notas expositivas sobre o «exemplo», que ilustram o presente versículo). Antes de tudo deveriam exortar a si mesmos, deveriam converter-se e santificar-se, antes de tentarem exortar a outros.       Como poderia alguém apresentar a vida cristã a outrem, como um caminho a ser seguido, e que santifica ao indivíduo, se ele mesmo não tenha dominado os próprios vícios e se tenha santificado? Como poderia alguém falar sobre o poder de Cristo, que salva do pecado, se esse alguém continua cativo ao pecado? E como poderia esse alguém confiar que Cristo é o Salvador e o Santificador, a menos que ele mesmo tenha sido «libertado» do pecado e tenha sido purificado? Se Jesus Cristo não tiver sido eficaz em seu próprio caso, como poderia ele proclamar, confiantemente, que assim Deus fará em favor de outrem? Todo o pastor deve ser um exemplo vivo e óbvio do que Cristo pode fazer na vida do crente, antes de poder mostrar-se eficaz como ministro de Deus.   «O quarto evangelho registra Jesus a dizer acerca de seus seguidores: ‘ …a favor deles eu me santifico a mim mesmo…’ (João 17:19). O escritor desta epístola apela para um senso similar de responsabilidade, na sentença final deste capítulo: ‘Toma cuidado de ti mesmo… porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como a teus ouvintes. Nenhum indivíduo, ministro ou leigo, pode confinar os resultados de sua vida e trabalhar para si mesmo. É preciso que sinta solenemente que um número muito maior de pessoas do que ele pensa é influenciado para o bem ou para a desgraça, por aquilo que ele é e faz». (Noyes, in loc.).   «…doutrina…» No grego é «didaskalia», que significa «ensinamento», «instrução». Neste caso, a doutrina é a revelação inteira da verdade cristã, todos aqueles ensinamentos que fazem parte da fé cristã. Esse apelo visa levar Timóteo a defender a ortodoxia, bem como a resistir à heresia gnóstica.

Essa é uma boa tradução, neste ponto, porquanto envolve o sentido de «ensinamento formal», que era justamente o que o autor sagrado procurava salientar, embora a tradução mais literal e comum seja «ensino», o que pode envolver vários conceitos e instruções, ainda que não o sistema inteiro de pensamento cristão, ou «fé religiosa», de acordo com o vocabulário moderno. Isso significa que a exortação envolve mais que o ensino eficaz e ativo. Envolve isso, mas mais do que isso. O mestre cristão deve preocupar-se com a manutenção da pureza doutrinária do que ensina, a fim de que exalte a pessoa de Cristo e negue a posição inferior a que os mestres hereges reduzem o Senhor.     « …continua…» No g rego é «epimeno», palavra que quer dizer «permanecer», «continuar», «perseverar», «persistir». Também devemos observar aqui o presente do indicativo, no original grego, Deve haver um cuidado contínuo, acompanhado de permanente perseverança na vida piedosa, na defesa da verdade e na execução de todos os deveres cristãos, por parte dos ministros do evangelho.    «…nestes deveres…», isto é, no ensinamento da doutrina cristã, com tudo quanto nisso está implícito, incluindo o dever da santidade e da correta realização dos trabalhos pastorais. Continuam em foco as palavras«…estas cousas…», que aparecem no décimo quinto versículo, a saber, os deveres atinentes a um «supervisor» cristão, embora haja aqui adição às ideias do presente versículo, que falam sobre a diligência e sobre as qualidades da vida pessoal, elementos esses que também não podem ser negligenciados.    «…salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes…» A salvação aqui focalizada só pode referir-se à «vida eterna». (Ver Heb. 2:3 quanto a notas expositivas completas sobre esse assunto). A vida cristã, em sua inteireza, tem um alvo evangelístico, porquanto apresenta aos homens o alvo do evangelho, isto é, a salvação, que consiste da transformação dos remidos segundo a imagem de Cristo e a vida eterna.  A salvação, pois, envolve mais do que a conversão. Também inclui a santificação (a transformação moral) e até mesmo a glorificação, quando então receberemos a própria natureza de Cristo, a sua essência, quando seremos glorificados com a própria glorificação de Jesus Cristo. (Ver Rom. 8:29,30 e as notas expositivas ali existentes). Ora, aquilo que somos e praticamos tem estreita ligação com a maneira como isso é realizado em nós; pois, se houver em nós qualquer atuação da graça de Deus, isso produzirá em nós a santidade, a imitação da vida de Cristo nas nossas vidas, bem como a transformação gradual de nosso ser segundo a imagem do Senhor. Isso equivale à declaração paulina: «…conforme sempre fostes obedientes, assim também agora, com reverência e respeito, continuai a esforçar-vos, até ao ponto final de vossa salvação» (Fil. 2:12, na tradução inglesa de Williams, aqui vertida para o português).

2.    A vida pessoal com o cônjuge    Falando sobre o papel da esposa, Paulo escreve:

Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao marido, assim como ao Senhor; pois o marido é o cabeça da mulher, assim como Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele mesmo o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres sejam em tudo submissas ao marido (5.22-24).      E relevante o fato de, nessa seção, os maridos e as esposas serem lembrados de seus deveres e não de seus direitos. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, ordena que as mulheres sejam submissas ao marido. Mas o que é submissão? Essa palavra está profundamente desgastada em nossos dias. John Mackay diz corretamente que uma das maiores artimanhas do diabo é esvaziar o sentido das grandes palavras cristãs. Antes de prosseguirmos, portanto, precisamos entender com clareza o que não é submissão.      Em primeiro lugar, submissão não é inferioridade. Devemos desinfetar a palavra “submissão” de seus sentidos adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela foi tão feita à imagem de Deus quanto o homem. Ela foi tirada da costela do homem e não dos pés. Ela é auxiliadora idônea (aquela que olha nos olhos) e não uma escrava.       Aos olhos de Deus, ela é coigual com o homem (G1 3.28; IPe 3.7). Concordo com John Stott quando diz que não devemos pensar que a submissão que Paulo recomenda às esposas, às crianças e aos servos seja outra palavra para inferioridade. De igual forma, não devemos aceitar a ideia de uma obediência cega e servil. Submissão é pôr-se debaixo da missão de outra pessoa. A missão do marido é glorificar a Deus, amando a esposa como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, e a missão da esposa é sustentar seu marido nessa missão. Russell Shedd entende que submissão traz a ideia de apoiar e encorajar.    Em segundo lugar, submissão não é obediência incondicional. A submissão da esposa a Jesus é uma submissão absolutamente exclusiva. Todos nós somos servos de Cristo. Nunca se afirma, porém, que a esposa deva ser escrava ou serva do marido. Nossa relação com Jesus é uma relação de submissão completa, inteira e absoluta. Não é essa a exortação dirigida às esposas. Se a submissão da esposa ao marido implicar sua insubmissão a Cristo, ela precisa desobedecer ao marido, para obedecer a Cristo. A autoridade do marido, dos pais e dos patrões não é ilimitada, nem a submissão das esposas, dos filhos e dos empregados é incondicional. O princípio é claro: devemos nos submeter até o ponto em que a obediência à autoridade do homem não envolva a desobediência a Deus; nesse ponto, a “desobediência civil” passa a ser nosso dever cristão.

Agora, vejamos o que representa submissão:

Em primeiro lugar, devemos entender que a mulher deve ser submissa ao marido por causa de Cristo (5.22). “Mulheres, cada um de vós seja submissa ao marido, assim como ao Senhor.” A submissão da esposa ao marido não é igual à submissão a Cristo, mas por causa de Cristo. A submissão da esposa ao marido é uma expressão da submissão da esposa a Cristo. A esposa submete-se ao marido por amor e obediência a Cristo. A esposa submete-se ao marido para a glória de Deus (ICo 10.31). A esposa submete-se ao marido para que a Palavra de Deus não seja blasfemada (Tt 2.3-5).         John Stott está certo ao dizer que as mulheres, por trás do marido, do pai e do Senhor devem discernir o próprio Senhor, que lhes deu a autoridade que têm. Assim, se elas quiserem submeter-se a Cristo, submeter-se-ão a eles, visto que é a autoridade de Cristo que exercem.    Concordo com Francis Foulkes quando diz que o casamento ilustra a relação da igreja com Cristo de modo mais adequado do que a ilustração da relação do templo com a pedra angular ou até mesmo que a relação do corpo com seu Cabeça. Saímos, aqui, de ilustrações inanimadas ou do campo biológico para uma ilustração tirada da área mais profundamente pessoal.         Em segundo lugar, devemos observar que a submissão da esposa ao marido ésua liberdade (5.23). “Pois o marido é o cabeça da mulher, assim como Cristo é o Cabeça da igreja, sendo ele mesmo o Salvador do corpo. A submissão não é escravidão, mas liberdade. A verdade liberta. Só sou livre quando obedeço às leis do meu país. Um trem só é livre quando corre em cima dos trilhos. John Stott está correto quando diz o ensino bíblico é que Deus deu ao homem uma certa liderança, e que sua esposa encontra a si mesma e seu verdadeiro papel dado por Deus não na rebelião contra o marido nem contra a liderança dele, mas, sim, na submissão voluntária e alegre.      Em terceiro lugar, à luz do ensino de Paulo, a submissão da esposa ao marido ésua glória (5.24). “Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres sejam em tudo submissas ao marido. Assim como a glória da igreja é ser submissa a Cristo, também a glória da esposa é ser submissa ao marido. A submissão da igreja a Cristo é voluntária, devotada, sincera e entusiástica. É uma submissão motivada pelo amor. A igreja só é bela quando se submete a Cristo. A submissão da igreja a Cristo não a desonra nem a desvaloriza. A igreja só é feliz quando se submete a Cristo. Quando a igreja deixa de se submeter a Cristo, ela perde sua identidade, seu nome, sua reputação e seu poder. A submissão não é a um senhor autoritário, autocrático, déspota e insensível, mas a alguém que a ama a ponto de dar sua vida por ela.       A submissão da esposa não é a um tirano, mas a um marido que a ama como Cristo ama a igreja. O cabeça do corpo é o salvador do corpo; a característica de sua condição de cabeça não é tanto a de Senhor, mas, sobretudo, a de Salvador.    Em quarto lugar, a submissão da esposa ao marido é a sua missão (5.22). A palavra “submissão” indica que a missão da esposa é sustentar a missão do marido, e a missão do marido é amar a esposa a ponto de morrer por ela. A mulher submissa faz bem ao marido todos os dias de sua vida e pavimenta o caminho do amor do marido por ela.

Como o marido deve cuidar da esposa?

Em primeiro lugar, o marido deve cuidar da vida espiritual da esposa (5.25-27). Maridos, cada um de vós ame a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, a fim de santificá-la, tendo-a purificado com o lavar da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. O marido é responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos. Ele é o sacerdote do lar. O marido precisa buscar a santificação da esposa. Deve ser a pessoa que mais exerça influência espiritual sobre ela.      Em segundo lugar, o marido deve cuidar da vida emocional da esposa (5.28,29). “Assim o marido deve amar sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Pois ninguém jamais odiou o próprio corpo; antes, alimenta-o e dele cuida; e assim também Cristo em relação à igreja. Os maridos devem amar sua mulher como ao próprio corpo. O marido fere a si mesmo ferindo a esposa. Crisóstomo disse: “O olho não trai o pé colocando-o na boca da cobra”. Paulo diz ainda que ninguém jamais odiou o próprio corpo; antes o alimenta e cuida dele. Mas como o marido cuida da esposa?        Ele não deve abusar dela. O homem pode abusar de seu corpo comendo e bebendo em excesso. O homem que faz isso é néscio, porque, ao maltratar seu corpo, ele mesmo sofre. O marido que maltrata a esposa é néscio.285 Ele machuca a si mesmo ao ferir a esposa. Um marido pode abusar da esposa: sendo rude, não dedicando tempo, atenção e carinho a ela, ou usando palavras e gestos grosseiros para feri-la, ou sendo infiel a ela.      Ele não deve descuidar dela. Um homem pode descuidar de seu corpo. E se o faz, ele é néscio e sofre por isso. Se você estiver com a garganta inflamada, não pode cantar nem pregar. Todo seu trabalho é prejudicado. Você tem ideias e mensagens, mas não pode transmiti-las. O marido descuida da esposa com reuniões intérminas, com televisão, com internet, com roda de amigos. Há viúvas de maridos vivos. Há maridos que querem viver a vida de solteiro. O lar é apenas um albergue.         O marido deve zelar pela esposa: alimentá-la e cuidar dela. Como o homem sustenta o corpo? Martyn Lloyd- Jones sugere as seguintes ações: 1) a dieta — o homem deve pensar em sua dieta, em sua comida. Deve ingerir alimento suficiente e fazer isso com regularidade. Também o marido deveria pensar no que ajuda sua esposa; 2) prazer e deleite — quando ingerimos nosso alimento, não pensamos só em termos de calorias ou proteínas. Não somos puramente científicos. Pensamos também naquilo que nos dá prazer. Dessa maneira, o marido deve tratar a esposa. Ele deve pensar no que a agrada. O marido deve ser criativo no sentido de sempre agradar a esposa; 3) exercício — a analogia do corpo exige mais esse ponto. O exercício é fundamental para o corpo. O exercício é igualmente essencial para o casamento. E o diálogo harmonioso, a quebra da rotina desgastante; 4) carícias — a palavra cuidar só aparece aqui e em I Tessalonicenses 2.7. A palavra cuidar quer dizer acariciar. O marido precisa ser sensível às necessidades emocionais e sexuais da esposa. O marido precisa aprender a ser romântico, cavalheiro, gentil e cheio de ternura.    Em terceiro lugar, o marido deve cuidar da vida física da esposa (5.30). “Porque somos membros do seu corpo. O marido deixa todos os outros relacionamentos para concentrar-se na esposa, ou seja, deve amar a esposa com um amor que transcende todas as outras relações humanas. Ele deixa pai e mãe. Sua atenção volta-se para sua mulher. Seu propósito é agradá-la. Sua união com ela é monogâmica, monossomática e indissolúvel. Assim, marido e mulher tornam-se uma só carne. O sexo é bom e uma bênção divina na vida do casal. Deve ser desfrutado plenamente, em santidade e pureza. Primeira Coríntios 7.3-5 e Provérbios 5.15-19 mostram como deve ser abundante essa relação sexual.  Numa época como a nossa de falência da virtude, enfraquecimento da família e explosão de divórcio, essa ideia cristã do casamento deve ser difundida com mais frequência entre o povo. Curtis Vaughan conclui dizendo que o dever da esposa é respeitar o marido, e o dever do marido é merecer o respeito dela (5.33).

3.     A vida com os filhos    -     Paulo destaca quatro coisas:

Em primeiro lugar, os pais devem, cuidar da vida física e emocional dos filhos. “Mas criai-os” (6.4b). A palavra grega ektrepho, “criar”, quer dizer nutrir, alimentar. E a mesma palavra que aparece em 5.29. Calvino traduziu essa expressão por “sejam acalentados com afeição”. Hendriksen traduziu por “tratai deles com brandura”. As crianças precisam de segurança, limites, amor e encorajamento. Os filhos não precisam só de roupas, remédios, teto e educação, mas também de afeto, amor e encorajamento.    Em segundo lugar, os pais precisam treinar os filhos por meio da disciplina. “[…] na disciplina” (6.4c). A palavra grega paideia, “disciplina”, tem o sentido de treinamento por meio da disciplina. A disciplina se dá por meio de regras e normas, de recompensas e, se necessário, de castigo (Pv 13.24; 22.15; 23.13,14; 19.15). Só pode disciplinar (fazer discípulo) quem tem domínio próprio. Que direito tem um pai de disciplinar o filho, se ele mesmo precisa ser disciplinado? Russell Shedd diz que a palavra paideia, em grego, representa o treinamento que produz uma reação automática no filho, de modo que, quando o pai chama, ele vem.   Em terceiro lugar, os pais precisam encorajar os filhos através da palavra. “[…] e instrução” (6.4d). A palavra grega nouthesia, “admoestação”, quer dizer educação verbal. É educar eficazmente por meio da palavra falada, seja de ensino, seja de advertência, seja de estímulo. Se houver apenas advertência, os filhos ficam desanimados; se houver apenas estímulo, eles ficam mimados. Esse equilíbrio entre advertência e estímulo é fundamental para a educação dos filhos. Russell Shedd diz que essa palavra nouthesia quer dizer que os filhos devem começar, desde pequeninos, a distinguir entre o que é certo e o que é errado. Devem ser instruídos acerca do que é certo e errado, segundo o que Deus fala em sua Palavra.     Em quarto lugar, os pais são responsáveis pela educação cristã dos filhos. “[…] do Senhor” (6.4e). A expressão “do Senhor” revela que os responsáveis pela educação crista dos filhos não são: o Estado, a escola nem mesmo a igreja, mas os próprios pais. Sob a economia divina, os filhos pertencem, antes e acima de tudo, aos pais. Por detrás dos pais, está o Senhor. Ele é o Mestre e o administrador da disciplina. A preocupação básica dos pais não é apenas que seus filhos se submetam a eles, mas que cheguem a conhecer o Senhor a fim de obedecê-lo de todo o coração (Dt 6.4-8).       Os pais devem se preocupar mais com a lealdade dos filhos a Cristo do que com qualquer outra coisa; mais até mesmo do que com a saúde, com o vigor e o brilho intelectual deles, com a prosperidade material, com a posição social ou com que não sofram grandes tristezas e infortúnios.

Concordo com Wiliam Hendriksen quando diz que toda a atmosfera em que a educação é transmitida deve ser tal que o Senhor possa pôr sobre ela seu selo de aprovação, uma vez que o próprio cerne da educação cristã é este: conduzir o coração dos filhos ao coração do seu Salvador.

4.    Os efeitos do avivamento na vida pessoal   -   O crente avivado é forte

Há pessoas nas igrejas que demonstram fraqueza espiritual.

Normalmente se sentem desanimadas, porque não conseguem alegrar-se na presença do Senhor. Porém, o crente avivado, além de alegre, é forte espiritualmente. Não apenas canta, louva e exalta ao Senhor, como também demonstra ter fortaleza espiritual. E um dos fatores que o fazem ser forte é exatamente a alegria do Espírito Santo no seu interior. No tempo de Neemias, o sacerdote Esdras reuniu o povo na praça e fez a leitura do livro da Lei perante todos, e houve grande alegria coletiva a partir da alegria individual: E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! —, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra. (Ne 8.5-6)

A Bíblia diz que, diante da leitura do livro da Lei, o povo chorava, sentindo a sua situação espiritual depois de tanto tempo sem ouvir os ensinamentos da Palavra de Deus. Eles lamentavam e choravam com muita comoção. Então, Neemias e Esdras levantaram-se e falaram ao povo, buscando animar e fortalecer a todos depois da leitura do livro da Lei:

E Neemias (que era o tirsata), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei. Disse lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força. E os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo:

Calai-vos, porque este dia é santo; por isso, não vos entristeçais. Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas, porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber.

(Ne 8.9-12 – grifo acrescido)

Esse episódio bíblico mostra-nos que, quando os crentes estão alegres, sentem fortaleza espiritual. Neemias e Esdras disseram: “portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força”. A alegria do Senhor produz fortalecimento espiritual no interior do crente fiel. Há casos em que o crente batizado no Espírito Santo passa por tribulações dolorosas na vida, como, por exemplo, a perda de alguém querido ou lutas e perseguições, mas quando ele transborda de alegria interior do Espírito Santo e fala línguas estranhas em adoração a Deus, toda tristeza e dor desaparecem, e ele é capaz de caminhar e continuar a sua jornada diante do Senhor com poder e coragem. Isso é avivamento individual, que é produzido pela alegria do Espírito Santo.      O Crente Avivado não Teme a Morte.     Hananias, Misael e Azarias enfrentam o decreto do rei.     O avivamento pessoal faz o crente rejeitar o que não agrada a Deus. Durante o cativeiro babilônico, quando Israel foi levado para longe da sua terra, o rei Nabucodonosor determinou que, dentre os cativos, fossem escolhidos jovens com qualidades especiais para servirem no palácio real. Eles eram da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus. (Dn 1.3-4)

A eles foram oferecidas benesses e gentilezas no palácio do rei.

No entanto, para não se contaminarem, certamente com alimentos oferecidos aos deuses da Babilônia, Daniel e os seus companheiros rejeitaram o “manjar do rei” (Dn 1.5-16). Demonstraram a sua fidelidade ao seu Deus, o Deus de Israel. Como resultado, foram grandemente abençoados e, ao serem submetidos ao teste real, foram muito bem avaliados:    E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. (Dn 1.19-20).     O avivamento espiritual dá condições de superar os requisitos humanos para ser bem-sucedido.        A prova de fogo dos três jovens hebreus.   Três jovens fiéis a Deus, ameaçados por causa da sua fé.     O avivamento espiritual dá força e coragem para o crente ser fiel mesmo diante da morte. A consagração da estátua do rei foi interrompida. Alguns homens perceberam que os três jovens hebreus permaneceram de pé e não se encurvaram perante a estátua. Correram ao rei, ainda ajoelhado, e disseram-lhe ofegantes e muito nervosos, lembrando ao rei o decreto e a punição para quem não o cumprisse:     Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; esses homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que levantaste, adoraram. (3.12)

O rei ficou furioso!    A resposta corajosa da fé em Deus.        Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se intimidaram ante a terrível ameaça do rei prepotente e deram uma resposta que provocou mais ainda o furor do rei:       Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.     Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. (3.16-18).       Nabucodonosor ficou transtornado diante dessa resposta. O seu furor subiu à cabeça, e ele chamou os seus assessores reais e mandou que o fogo da fornalha fosse aquecido sete vezes mais do que o normal. Depois ordenou que fortes homens do seu exército amarrassem os três jovens hebreus sem quaisquer chances de escapar da morte, e eles lançaram os jovens na fornalha ardente.       Era tão grande a temperatura da fornalha que os homens que os lançaram ali foram mortos pelo efeito da altíssima temperatura: “[…]      a chama do fogo matou aqueles homens, que levantaram a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego” (3.22).

O grande livramento de Deus aos jovens fiéis

Aqueles jovens hebreus foram lançados vivos dentro do forno. Se normalmente a temperatura já alcançava milhares de graus centígrados, imaginemos a força do fogo para destruir tudo o que ali caísse, aquecido sete vezes mais. Não haveria qualquer maneira de escapar da morte, decretada pelo rei idólatra. Contudo, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego eram servos do Deus Altíssimo, o El Elyon, que eles conheciam bem, visto que foram educados na Lei de Moisés e aprenderam a quem deveriam adorar dos seus pais.    Jamais eles negariam a sua fé em Deus. Assim, por causa da sua fidelidade em não negar o nome de Jeová e aceitarem a morte certa, o Deus de Israel livrou-os de maneira maravilhosa. Eles foram lançados no fogo, mas as chamas não lhes faziam nenhum dano.  Eles passeavam no fogo como se estivessem num ambiente climatizado. O fogo só queimou as cadeias que os prendiam, e eles ficaram livres para adorar a Deus dentro da fornalha.    O rei Nabucodonosor, olhando de longe, esperava ver o terror e ouvir os gritos lancinantes dos jovens condenados no fogo; mas, para a sua terrível surpresa, ocorreu o contrário. Ele viu que, na fornalha, os três fiéis servos de Deus andavam tranquilamente e sem qualquer impedimento; e mais, ele viu que, na companhia dos jovens hebreus, aparecera um quarto homem “semelhante ao filho dos deuses”. O rei, perplexo e sem entender nada, mandou que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíssem da fornalha. Para a glória de Deus, os sátrapas, os prefeitos, os presidentes e os capitães, a alta cúpula do reino, ao examinarem os três jovens, constataram que nem mesmo cheiro de fumaça havia neles!

Como resultado daquele grande livramento da parte de Deus, Nabucodonosor publicou um decreto, exaltando o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abdênego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro Deus que possa livrar como este. Então, o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abdênego, na província de Babilônia. (3.29,30).       Ser santo é condição indispensável para ser salvo. Sem santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Um crente avivado é uma pessoa cheia do Espírito Santo, como o foram os apóstolos no dia de Pentecostes, quando se achavam reunidos no cenáculo em Jerusalém. O avivamento espiritual faz com que ele seja santo em todas as situações e lugares: em casa, na escola, no comércio, no emprego, na rua, nas compras, no quartel, na igreja local, no templo, em todos os lugares. Pedro escreveu sobre esse crente avivado:

Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. (1Pe 1.13-16 – grifo acrescido).    O crente salvo, lavado e remido no sangue de Jesus tem o dever de ser santo “em toda a maneira de viver”, como resultado do avivamento espiritual, produzido na sua vida pelo Espírito Santo. É impossível agradar a Deus sem santidade. A vida cristã é uma vida de santidade e santificação. Escrevendo aos tessalonicenses, Paulo exortou-os a que fossem santificados por Deus “em tudo”: Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Ts 5.22-23).




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21

Bíblia de estudo Pentecostal

Livro de Apoio, Aviva a tua Obra, Elinaldo Renovato - Editora CPAD.

Livro Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento, Claudionor C. Andrade - Editora CPAD. 

Comentário bíblico Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão, Matthew Henry - Editora CPAD.

Livro Teologia Bíblica da Oração,Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket - Editora CPAD. 

Comentário bíblico Novo Testamento Interpretado versículo por versículo, Russell N. Champlin - Editora Hagnos. 

Comentário bíblico Efésios, Hernandes D. Lopes - Editora Hagnos. 

https://professordaebd.com.br/10-licao-1-tri-23-o-avivamento-na-vida-pessoal/