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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

LIÇÃO 12 - A PROMESSA DE VIDA ABUNDANTE.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO 

"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância." (Jo 10.9,10)


                    VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus tem uma promessa de vida abundante para quem se relaciona com Ele de maneira plena.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: JO 10. 7-18


                            INTRODUÇÃO 


De acordo com a Palavra de Deus, todas as pessoas do mundo, independentemente da sua situação espiritual — salvas ou perdidas, adoradoras do Deus único e verdadeiro ou dos falsos deuses, materialistas ou não —, todas elas pertencem a Deus. Alguém pode até achar estranha essa afirmação, mas ela tem fundamento bíblico. Está escrito: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mu aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios” (Sl 24.1). Está bem claro que o planeta Terra é do Senhor, bem como “o mundo”, ou seja, o meio-ambiente “e aqueles que nele habitam”.

No mesmo Salmo, porém, lemos: “Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senho justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó” (Sl 24.3- 6). Para entrar “no monte do Senhor” ou chegar ao “seu lugar santo", ou seja, aos céus, não podem chegar lá apenas como criatura de Deus. Tem que se estar entre os “que buscam” a face do Deus de Jacó. O apóstolo João teve a percepção mais profunda acerca de quem pode ser salvo. Ele escreveu: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1.11-13).  

Que Deus nos abençoe de tal forma que, a cada dia, valorizemos mais e mais a maior dádiva dos céus, que foi enviar Jesus Cristo ao mundo para salvar-nos. Que sejamos sempre fiéis, santos e agradecidos pela gloriosa salvação em Cristo. Ele proclamou no Evangelho de João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). 


                I.    JESUS, A FONTE DE VIDA ABUNDANTE

1.   A fonte de verdadeira vida    -    Antes de ter um encontro pessoal com Jesus, toda pessoa é considerada morta espiritualmente (Ef 2.1). Ao fariseu Nicodemos, que lhe procurou de noite e fez-lhe grande elogio, Jesus disse incisivamente: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.1-3). Tal resposta causou grande impacto na mente de Nicodemos; ele ficou perplexo e sem entender a palavra de Jesus, procurando saber o que o Mestre queria dizer, apelando para a lógica natural: “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?” (v. 4).

 Jesus tornou a respondê-lo de forma bastante elevada em termos espirituais para que o seu interlocutor alcançasse o sentido das suas palavras: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (vv. 5,6). Mas por que Jesus disse isso? O que, afinal de contas, significa “nascer da água”? Paulo, escrevendo a Tito, disse que Jesus “[...] nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tt 3.5b,6). Nascer da água é nascer espiritualmente pela fé na Palavra de Deus. Pela palavra, Cristo faz-nos nascer de novo e renova-nos pelo seu Espírito Santo. O Espírito Santo faz-nos entender que só em Jesus podemos ter a vida espiritual.


2.   A fonte de vida abundante    -   Uma vida plena de paz com Deus 

Não é apenas ter uma vida tranquila que nem muitas pessoas têm, mesmo sem terem sido salvas em Cristo; é ter uma vida de paz com Deus: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). A paz de Deus é tão grande, que a mente humana não pode entender. Está escrito: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

 Uma vida abençoada em todos os sentidos 

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1.3). É Cristo quem nos dá “todas as bênçãos espirituais” de que necessitamos para vivermos felizes na sua presença. São bênçãos de paz e de alegria no Espírito Santo (cf. Ne 8.10); são bênçãos de segurança e de proteção (cf. Sl 91-10); bênçãos de amor (cf. Jo 13.34,35); de união (cf. Sl 133); de esperança (cf. Rm 5.5); de paciência (cf. Lc 21.19), e muito mais bênçãos Deus tem para conceder-nos. 

Jesus dá uma vida de poder 

O homem natural vive em busca de poder e de luta para obter mais poder humano como capacidade para realizar o que deseja para a sua vida. Ele quer poder para ter posição econômica e financeira; poder político e tantos outros que lhe fazem sentir-se útil e bem-sucedido. Jesus, no entanto, dá poder espiritual que está acima de qualquer poder no sentido humano. Ao despedir-se dos discípulos, que estavam atemorizados com a perspectiva de Jesus ascender aos céus, Jesus disse: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Os apóstolos certamente estavam ansiosos para continuarem a missão que lhes fora dada por Jesus: evangelizar e ganhar almas para o Reino de Deus. Eles, no entanto, precisavam de poder espiritual para enfrentarem as lutas, os desafios e os ataques malignos que haviam de combater. Eles precisavam ser revestidos de poder. Minutos antes de elevar-se aos céus, Jesus prometeu a eles: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).


3.   A fonte de amor    -   O primeiro aspecto que o distingue como o verdadeiro pastor de almas é este, que ele dá sua vida, sua própria alma, como remissão, como aquele único sacrifício completo, pela culpa de todos os pecadores, que mereceram a eterna condenação. Ele se tornou o seu substituto; ele tomou sobre si as transgressões deles e morreu em lugar deles. Foi assim que os culpados, os pecadores, foram redimidos de pecado e destruição. JESUS, neste sentido, incidentalmente é um exemplo para todos quantos carregam o nome pastor como seus assistentes na grande obra. Ele também, tendo em vista este objetivo, se coloca em proposital contraste aos mercenários, os mestres falsos, os fariseus. Tais mercenários, cuja preocupação é o dinheiro e o desejo de gozar seu sossego em Sião, mas não têm interesse nas almas das pessoas confiadas ao seu cuidado. São tão só mercenários e só trabalham enquanto está assegurado seu viver e bem-estar. Ao primeiro sinal do lobo, diante da primeira indicação de real perigo, de provável perseguição, sofrimento, e, até, de martírio, fogem em precipitada corrida. O resultado é a dispersão e o assassinato das ovelhas pelos inimigos. Mas o mercenário não se preocupa; ele não tem qualquer preocupação, qualquer angústia, nenhum interesse, nas ovelhas.

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                        II.    A VIDA ABUNDANTE

1.   O conceito de vida abundante     -      A vida abundante abrange a vida espiritual e a vida humana debaixo da graça, da bondade, da proteção e do amor de Deus. É a vida do salvo, que crê em Jesus como o seu Salvador. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Esse é um dos textos da Bíblia de maior significado em relação à salvação. Jesus garante a salvação que abrange toda a existência do homem. Ele diz que o salvo “tem” a vida eterna no presente e que “não entrará em condenação”, isto é, salvação no futuro, e, para completar a amplitude da nova vida em Cristo, Ele diz que o salvo “passou da morte para a vida”, isto é, a salvação alcança até mesmo o seu passado! Paulo recebeu essa revelação quando disse: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Vida abundante é a nova vida com Cristo debaixo da sua graça e misericórdia.


2.    A vida abundante também influência a família    -    Muitas pessoas nas igrejas locais, inclusive pastores, são salvas, mas perderam as suas respectivas famílias. Isso não é vida abundante. Um velho pastor, cujo nome omito por questão de ética, procurou-me quando Deus deu a mim meu primeiro livro, A Família Cristã nos Dias Atuais, publicado pela CPAD em 1986, e disse-me:

 “Pastor Elinaldo, como eu gostaria de ter lido seu livro há 20 anos! Ganhei tantas almas para Cristo; construí quase cem templos, mas não dei prioridade à minha família. Para mim, a igreja estava em primeiro lugar. Resultado: quase todos os meus filhos se desviaram”. Fiquei admirado com aquilo. Um grande obreiro, servo de Deus, ganhador de almas, mas viu a sua família desviar-se dos caminhos do Senhor. Ele não soube desfrutar da “vida abundante” que Cristo promete a quem nEle crê e obedece à sua Palavra em santificação.

Há pastores e evangelistas de nível nacional e internacional que perderam a família porque deram mais prioridade ao ministério do que à esposa e os filhos; procuraram atender muitas “agendas” em troca de “cachês” do que cuidar da casa. Nunca fizeram o culto doméstico e não souberam administrar o tempo e as prioridades na vida do obreiro. O primeiro lugar é para o Senhor Deus, e Ele não cede esse lugar a ninguém. Mas, depois de Deus, a prioridade deve ser para a esposa e os filhos. Josué disse: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sir se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). Todos os qu observam essa ordem nas coisas colhem tristes resultados para si e para a família depois.


3.     Diversas bênçãos provenientes da vida abundante   -   Esta palavra "abundante" no grego é perisson, que significa "muito, muito bem, além da medida, mais, supérfluo, uma quantidade tão abundante que chega a ser mais do que era de se esperar ou antecipar." Em suma, Jesus nos promete uma vida muito melhor do que poderíamos imaginar, um conceito que lembra 1 Coríntios 2:9: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam." O apóstolo Paulo nos diz que Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós (Efésios 3:20).

Antes de começarmos a ter visões de casas luxuosas, carros caros, cruzeiros por todo o mundo e mais dinheiro do que poderíamos usar, precisamos parar e pensar sobre o que Jesus ensina a respeito desta vida abundante. A Bíblia nos diz que a riqueza, prestígio, posição e poder neste mundo não são as prioridades de Deus para nós (1 Coríntios 1:26-29). Em termos de status econômico, acadêmico e social, a maioria dos cristãos não vem das classes privilegiadas. Claramente, então, a vida abundante não consiste de uma abundância de coisas materiais. Se fosse esse o caso, Jesus teria sido o mais rico dos homens. Entretanto, o oposto é verdadeiro (Mateus 8:20).

Vida abundante é a vida eterna, uma vida que se inicia no momento em que vimos a Cristo e o recebemos como Salvador, e essa vida dura por toda a eternidade. A definição bíblica da vida - a vida eterna especificamente - é fornecida pelo próprio Jesus: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3). Esta definição não menciona quantidade de dias, saúde, prosperidade, família ou ocupação. Na verdade, a única coisa que menciona é o conhecimento de Deus, que é a chave para uma vida verdadeiramente abundante.
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                    III.    O QUE IDENTIFICA A VIDA ABUNDANTE

1.   A alegria do senhor    -    “Alegrai-vos…”

A alegria é um imperativo. Ser alegre é uma ordem, um mandamento. O Fruto do Espírito Santo é a alegria. O Reino de Deus que está dentro dele é alegria no Espírito Santo. Na presença de Deus há plenitude de alegria. Isso não significa dizer que o cristão não tem problemas. Ser cristão não é aguentar as tragédias da vida sem reação, sem emoção. O vale é lugar de choro. O cristão chora, sofre. Contudo, ele crê que mesmo no choro e na dor, há um propósito. Nessa caminhada, muitas vezes, sofremos e choramos, mas jamais arriamos a bandeira da alegria. Ela é um imperativo. Ela é o nosso estandarte. Ela é o nosso distintivo!

A alegria é ULTRACIRCUNSTANCIAL.

“Alegrai-vos sempre…”

A nossa alegria é ultra circunstancial. Ela não depende da situação, nem das pessoas, nem das coisas. Ela não perde a sua essência, mesmo debaixo de tempestades e ventos contrários.

 A alegria vem do SENHOR.

“Alegrai-vos sempre no Senhor;…”

Só conhece a verdadeira alegria quem tem Jesus. Essa alegria o mundo não pode dar e nem tirar. A alegria de Jesus é pura, é sincera, é verdadeira, é autêntica, é perene. É por isso que Paulo não afunda nas águas profundas da tristeza; antes, ele diz o seguinte: “para mim, o viver é Cristo”, “posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

O segundo aspecto do fruto do Espírito depois de amor é “gozo” ou alegria: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22). A alegria do Senhor é tão importante que produz efeitos maravilhosos na vida do crente, contribuindo, assim, para que ele tenha saúde. O sábio disse: “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv 17.22). Mais do que dar saúde, a alegria do coração dá uma nova aparência física aos servos de Deus:“O coração alegre aformoseia o rosto” (cf. Pv 15.13a). 


2.   Gratidão por tudo    -    “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (v. 18). Só pode haver vida abundante se o crente tiver uma vida de gratidão a Deus em tudo; e também devemos agradecer a Deus por tudo: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). Há crentes que não têm vida abundante porque pedem muitas coisas a Deus, mas, normalmente, não rendem ações de graça pelas bênçãos recebidas. Paulo diz: “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17). O apóstolo exorta que devemos dar graças a Deus Pai por tudo o que fizermos, seja por palavras, seja por obras. Esse é um dos requisitos para desfrutarmos da vida abundante que nos é concedida por Cristo.


3.    Vida no Espírito, vida de oração    -   “Orai sem cessar” (v. 17). Além de viver alegre com Cristo, o cristão verdadeiro precisa orar sempre e todos os dias para ter vida abundante. Alguém já perguntou: Como podemos orar sem cessar? Como viver orando em casa, na igreja, andando, como? Não é difícil entender. Não quer dizer que uma pessoa tem que estar orando, concentrado em todas as horas e minutos e em todos os lugares. Se um crente é, por exemplo, um funcionário de uma loja, ele não deve parar o serviço de atendimento ao cliente para orar; se ele vai andando a pé, não pode fechar os olhos e orar; se está dirigindo um carro, não pode deixar de ver o percurso para orar. Orar sem cessar quer dizer estar sempre “em espírito de oração”, na presença de Deus, em qualquer lugar ou ocasião. Sempre que puder, o servo de Deus deve fazer a sua oração a Ele nos horários normais: pela manhã, ao acordar; depois que ler a Bíblia, na leitura diária; antes de sair para o trabalho; nos intervalos do trabalho profissional; ao sair do trabalho; na volta para casa; ao chegar à sua casa; antes de cada refeição; na igreja local; antes de dormir. Em todos esses momentos, o fiel orará “sem cessar”. Diz Paulo: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças” (Cl 4.2).




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, As Promessas de Deus - Elinaldo Renovato, Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora Concordia Publishing House.

https://www.gotquestions.org/Portugues/vida-abundante.html

https://ibmjcatarina.com.br/esbocos/a-alegria-que-supera-as-circunstancias/


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sábado, 7 de dezembro de 2024

LIÇÃO 11 - A PROMESSA DE PROVISÃO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                    TEXTO ÁUREO  

"Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir." (Mt 6. 25a)


                VERDADE PRÁTICA  

O Senhor Jesus, o nosso amigo fiel, preenche todas as nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: MT 6. 25-31 



                    INTRODUÇÃO  

Quando Deus criou o ser humano, no seu plano original naturalmente existiam necessidades a serem satisfeitas no seu habitar edênico. No entanto, na condição de um ser, criado à imagem e conforme a semelhança de Deus, as suas necessidades eram quase em tudo diferentes das necessidades das pessoas, depois da Queda. Isso porque, antes de pecar, deixando de ouvir a voz de Deus, o homem foi programado por Deus para viver eternamente. Na sua vida eterna, o homem não envelheceria, não conheceria doenças e enfermidades e, muito menos, a morte. Ao criar o homem, Deus certamente o fez de modo especial (ver Gn 1.26-28). 

Antes da Queda, não se vê recomendação do Senhor para que animais fossem mortos para o ser humano obter os nutrientes de que ele necessitava para a sua alimentação (ver Gn 1.29,30). 

No Éden, todas as necessidades emocionais do ser humano eram plena e perfeitamente satisfeitas. Eles não conheciam a ansiedade, o estresse, a melancolia, as tristezas, a falta de reconhecimento, a baixa autoestima, dentre outros sentimentos negativos. A condição espiritual deles dava-lhes perfeita paz, tranquilidade e harmonia. As necessidades espirituais eram supridas de forma única e especial, com a presença diária de Deus, que os visitava “pela viração do dia” (Gn 3.8), ou seja, nos fins das tardes. 

As necessidades humanas foram catalogadas pelo psicólogo americano Abraham Maslow no seu livro A Teoria da Motivação Humana, publicado em 1943. Segundo ele, as necessidades humanas podem ser categorizadas em cinco níveis: 

1) Fisiológicas: ar, água, comida, exercício, repouso e saúde.

 2) Segurança: abrigo, estabilidade, segurança. 

3) Social: se sentir querido, pertencer a um grupo, ser incluso. 

4) Estima: poder, reconhecimento, prestígio e autoestima. 

5) Autorrealização: desenvolvimento, criatividade, autonomia, realização. 

 As estruturas sociais e econômicas dos povos nem sempre conseguem atender a todos esses tipos de necessidade. Maslow esqueceu-se de um tipo de necessidade, indispensável ao ser humano para que ele viva em paz e em segurança na sua jornada na terra, que são as necessidades espirituais. Contudo, na sua Palavra, Deus assegura bênçãos tais que suprem todas as nossas necessidades, espirituais, emocionais e físicas, como disse Davi: “O Senhor é o meu Pastor; nada me faltará” (Sl 23.1).



                I.    A PROVISÃO DAS NECESSIDADES BÁSICAS

1.   Não fiqueis ansiosos!    -    A psicologia define a ansiedade como um estado emocional doloroso, marcado por inquietude, medo e acompanhado por certo grau de perturbação do sistema nervoso. 

A ansiedade está no topo da lista dos grandes males que afligem a sociedade dos nossos dias. Acontecimentos veementes e pavorosos por toda parte, têm levado inúmeras pessoas a se preocuparem demasiadamente com a segurança e o futuro. Mesmo entre os crentes em Jesus, há os que se deixam dominar pela ânsia, agitação e medo, anulando a fé em suas vidas. O Senhor Jesus, em seus ensinos, revelou-nos o caminho para vencermos a ansiedade, demonstrando que o Deus que cuida das aves e dos lírios do campo, é o mesmo que cuida de nós com seu imenso amor. Para tanto, basta tão somente confiarmos nEle e buscarmos seu reino e justiça em primeiro lugar.


2.   Provisão do alimento diário    -    A constituição do corpo é tão extraordinária que o salmista declarou-se extasiado: “Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe [...]” (Sl 139.13-16). 

O sistema imunológico do homem é tão especial que um só linfócito produz 1 milhão de anticorpos por hora. O corpo é formado por 70٪ de água. Quando falta água suficiente, a pessoa tem sede; quando faltam os nutrientes, vem a fome. Alimentação e água são necessidades básicas fundamentais. Por isso, Jesus disse que os seus servos não devem andar ansiosos sobre o que comer ou beber.

Confie na provisão divina (Mt 6.30-34). 

Deus não apenas conhece nossas necessidades primárias (Mt 6.11,25), mas nos socorre nas angústias e tribulações (Sl 107.28-30; 2Co 1.3,4). Ele é poderoso “para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Ef 3.20 — ARA). Creia que o Senhor “é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6), e “não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb 6.10). O Senhor jamais se esquece dos seus filhos (Is 49.15; Hb 13.5). Seus olhos e ouvidos não estão cerrados à nossa oração (Is 59.1; 65.24).


3.   Provisão da vestimenta    -     “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?” Mateus 6:28-30

Pensamento: A cultura, o comércio e até os governos do mundo em que vivemos parecem estar dirigidos cada vez mais a provocarem um consumismo desmedido. Novos desejos são estimulados, e necessidades antes desconhecidas são despertadas. Para tudo isso insistem que precisamos de novos “produtos” e “serviços”.

É como José Comblin notou, “a civilização ocidental atual parece uma máquina de despertar e satisfazer desejos”. Sempre tem algo “novo”. Moda nova, aparelhos novos, soluções novas para nossas carências emocionais e até espirituais. E sentimos que temos que possuir ou experimentar essas novidades. Não percebemos que, como o autor de Eclesiastes declarou, estamos correndo atrás do vento (Ec 1:14).

Cada novidade ocupa mais da nossa visão e ficamos cada vez mais cegos para a verdadeira solução. Jesus nos promete alívio — e só Ele pode dar. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mt 11:28). Mas, há um fardo que Jesus não pode aliviar. É o peso que nós colocamos em nós mesmos.

Preocupação e ansiedade sobre coisas que Jesus nos promete, mas ainda não deu, ou já nos deu, mas ainda não aceitamos, cria um fardo que Jesus não pode levantar. O livramento desse fardo depende da nossa fé e só será levantado quando descobrimos quem Jesus é e o quanto Ele já fez e vai fazer por nós.

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                    II.    A PROVISÃO DAS NECESSIDADES EMOCIONAIS

1.   Somos seres integrais   -   “Há momentos que somos atingidos em algum ponto fraco por acidente, tragédia, enfermidade, ou uma situação indesejada. Há também os impulsos e desejos interiores que podem nos levar a momentos de angústia ou carência. Há momentos em que nós, de repente, nos encontramos em uma situação difícil que não tínhamos previsto. Há momentos em que ouvimos ou vemos notícias devastadoras que nos fazem, momentaneamente, sentir como se o tapete tivesse sido tirado de debaixo dos nossos pés. A ansiedade aparece. O pânico manifesta-se inesperadamente. O medo nos toma de surpresa.

Quando nos deparamos com tais momentos de crise, podemos adotar uma dentre duas opções: podemos abrir a porta e convidar que essas emoções negativas e improdutivas entrem em nossos corações, ou podemos tomar medidas imediatas para recuperar a nossa paz e segurança […] Toda pessoa passa por momentos de ansiedade, pânico ou medo na vida.

O erro surge quando aceitamos essas emoções, quer com os braços abertos quer com relutância, e permitimos que elas fiquem e, gradualmente, encontrem um lugar de descanso em nossos corações […] Em vez de permitirmos que ‘coisas’ negativas aprisionem o nosso coração, devemos fazer o que Jesus fez e ensinou”.


2.   A ansiedade no mundo    -    A ansiedade parece estar aumentando no mundo de hoje. De acordo com uma organização de saúde, as doenças mais comuns nos EUA são os transtornos mentais. Estudos mostram que a ansiedade tem aumentado, mesmo entre os adolescentes, nos últimos anos. Há apenas dois anos, a Barnes & Noble, uma das maiores varejistas de livros do mundo, anunciou que as vendas de obras que tratam sobre a ansiedade aumentaram em 25 %. Tudo isso pôde ser constatado antes da recente eclosão epidêmica. Sem dúvida, no último ano, a ansiedade aumentou ainda mais.

No Brasil, o transtorno afeta cerca de 18,6 milhões de indivíduos, conforme dados da OPAS, o que corresponde a 9,3% da população. Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%) surgem em seguida, completando o ranking dos cinco países com o maior percentual de registros”


3.   A solução para a ansiedade    -   Um dos nomes compostos de Deus na Bíblia é Jeová Rafá, que significa “O Senhor que cura”. “Eu sou o Senhor que te sara 15.26). Pelo seu poder e vontade, Deus cura o homem de qualquer doença, enfermidade, transtorno, síndrome, seja qual for a sua natureza.

 Na sua missão gloriosa, Jesus diz que foi ungido pelo Espírito do Senhor para evangelizar os pobres e “curar os quebrantados do coração”, isto é, para curar as pessoas com problemas mentais, emocionais ou psicológicos, que as abatem ou que quebrantam a mente, como também para “dar vista aos cegos”.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

LIÇÃO 10 - A PROMESSA DA PROTEÇÃO DIVINA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos." (Sl 91.11)


                        VERDADE PRÁTICA  

Deus promete sua divina proteção a todos os que são fiéis à sua Palavra.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EF 6. 10-17; SL 91. 1-8



                            INTRODUÇÃO  

Antes da Queda, no princípio da criação, havia a mais perfeita harmonia entre o homem e a natureza. Entretanto, depois que o pecado entrou no mundo, todas as coisas mudaram de forma marcante. Um dos resultados mais terríveis que atingiu o ser humano foi o problema da insegurança. No Gênesis, vemos a história de Caim e Abel, os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Nascidos depois da Queda, eles devem ter vivido um bom tempo em paz um com o outro, mas, depois de muitos anos, quando ofereciam sacrifícios a Deus, ocorreu um grave problema. Caim, era agricultor, e o seu irmão, Abel, era pastor de ovelhas (Gn 4.2). Caim ofereceu a Deus “do fruto da terra uma oferta ao Sen “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas Caim e para sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu o seu semblante. E o Senhor disse a Caim: Por que te ir E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.3-7).

 

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

LIÇÃO 09 - PROMESSAS PARA PAIS E FILHOS.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO 

"Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra." (Ef 6.2,3)


                    VERDADE PRÁTICA 

Entre desafios e responsabilidades, o relacionamento entre pais e filhos deve ser de bênçãos e proteção.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Salmos 127. 3-5; Efésios 6. 1-4 



                INTRODUÇÃO  

Muito se tem falado sobre a importância do relacionamento entre pais e filhos, para tê-los bem equilibrados e ajustados, úteis à sociedade e tementes a Deus. Refletiremos sobre alguns aspectos que contribuem para melhorar esse relacionamento. Em tempos passados, ter filhos era motivo de muita alegria para os pais, para as famílias. Com a modernidade, entretanto, a realidade das famílias foi mudando, os costumes foram transformados, e ter filhos tornou-se um problema para muitos. Antigamente, as mães dedicavam-se mais à criação dos filhos; normalmente, as mulheres tinham a honrosa incumbência de serem domésticas, boas esposas, mães de família, donas de casa, administradoras do lar, enquanto os maridos cumpriam o papel de líderes da família e provedores das necessidades do lar, trabalhando fora em diversas profissões. Há muito tempo, no entanto, tendo em vista a necessidade de melhor suprimento das despesas domésticas e, mais ainda, pela necessidade de afirmação social da mulher, as esposas precisam trabalhar mesmo em tempo parcial. Algumas trabalham em tempo integral, saem de casa pela manhã, juntamente com o esposo, indo cada um para o seu emprego ou trabalho. Podemos entender essa realidade, mas, para a criação dos filhos, houve, sem dúvida, grandes prejuízos. Os filhos são criados fora de casa, mesmo desde pequeninos, ainda bebês, em creches, centros infantis, aos cuidados de terceiras pessoas, que não têm muitas vezes nenhuma identificação com o estilo de vida, ou a visão de mundo dos pais. 



                I.   O RELACIONAMENTO BÍBLICO ENTRE PAIS E FILHOS

1.   Pais e filhos   -   “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, galardão. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta” (Sl 127.3-5). Muitas pessoas esperam ganhar herança dos pais em termos de bens materiais, terrenos, casas, dinheiro, etc. Mas, para Deus, “os filhos são herança do Senhor”. Infelizmente mesmo pais que são cristãos não dão valor aos filhos como “herança do Senhor”. É preciso ter os filhos em alta conta diante de De sua criação. O dono de tudo cobrará de nós o que fizemos ou fazemos com a herança dada por Ele para cuidarmos com amor e dedicação. 

 Os servos de Deus, muito ao contrário, ficam geralmente felizes quando têm filhos — uns mais e outros menos — na realidade em que vivemos; daí o porquê de os pais cristãos precisarem dar mais atenção aos filhos em termos espirituais, morais, educacionais e sociais. Não terceirizar a educação dos seus filhos para ninguém. As escolas, públicas ou privadas, em nosso país há muito tempo que não oferecem educação no sentido real da palavra, principalmente às crianças. O que elas fornecem nada mais é do que instrução formal, constante do currículo definido pelas autoridades do sistema educacional. 


2.     Um mandamento com promessa para os filhos    -    No quinto mandamento, Deus fez uma promessa gloriosa, prometendo bem-estar e vida longa na terra: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êx 20.12). O apóstolo Paulo, citando versículo bíblico, teve uma visão ampliada, e assim escreveu aos efésios: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Se porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef 6.1-3).

O ser humano, criado à “imagem”, conforme a “semelhança” de Deus, teve uma origem especial. Se analisarmos o primeiro capítulo do livro de Gênesis, podemos observar que o Criador, fazendo uso da sua divina inteligência e do seu poder absoluto e soberano, resolveu fazer surgir o Universo, “ex-nihilo”, ou seja, a partir do nada. Deus criou o homem para viver eternamente, sem doenças ou envelhecimento. Esse foi o plano original de Deus para o ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. No entanto, como o homem desobedeceu a Deus e comeu da árvore proibida e passou a ouvir a voz do Diabo, que já houvera sido expulso dos céus, tudo foi mudado. 

A Bíblia, a Palavra de Deus, que é a verdade (Jo 17.17), afirma-nos que a harmonia do Paraíso foi modificada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra Deus, foi lançado dos céus a terra e, por vingança, resolveu atacar a obra-prima feita pela mão de Deus: o homem. A causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu no meio do próprio casal. A mulher, Eva, ao invés de ter-se firmado de acordo com a voz de Deus, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando contra o Senhor. Após a Queda, no entanto, houve uma transformação total na vida do primeiro ser criado, como já visto no capítulo 8, tópico 1, subtópico 4. 


3.    Mandamentos e bênçãos para os pais    -  "O que um leitor da Bíblia poderia esperar é 'Obedece a teu pai e a tua mãe'. Obedecer, contudo, é mais fácil que honrar. Pode-se odiar e obedecer, mas é impossível odiar e honrar.

 A honra é o alto respeito ou estima mostrada a uma outra pessoa ou recebida dela, ou ainda uma demonstração de tal respeito. O conceito é expresso figurativamente no AT por palavras que também são traduzidas como beleza, majestade, talento, preciosidade, valor e glória. Os paralelos são significativos: glória e honra (1 Cr 16.27; SI 8.5); glória e majestade (SI 21.5; 96.6; 104.1); honra e distinção (Et 6.3); dádivas, prêmios e grandes honras (Dn 2.6); riquezas e glória (1 Rs 3.13). Dessa forma, o conceito insere-se na adoração (q.v.), que é o reconhecimento do valor.

  Todos os filhos cometem erros; e os pais, em determinadas ocasiões, precisam discipliná-los. Outro tanto ocorre na família celestial. Os filhos legítimos estão sempre sujeitos à disciplina do Senhor. Todavia, essa disciplina existe com a finalidade de beneficiar os filhos, e não meramente de castigá-los. Esse princípio é apresentado em Heb. 12:5 ss. Creio que esse princípio se aplica a qualquer juízo divino. Pois, apesar dos juízos de DEUS parecerem severos (serão tão severos quanto for necessário), seu propósito é beneficiar os julgados, mesmo no caso dos incrédulos. Certamente isso fica entendido em I Pedro 4:6, onde vemos que o juízo produzirá certa medida de vida espiritual; e o contexto (I Ped. 3:18 — 4:6, a descida de CRISTO ao hades) ensina-nos que estão em foco os desobedientes e não crentes. Ver o artigo separado sobre o julgamento. DEUS é o Pai de todos os seres vivos, e não apenas dos seus eleitos. Logo, é natural esperarmos que o seu amor, expresso por meio de julgamento, venha a aplicar-se a todos.

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                II.   O CUIDADO DOS PAIS COM OS FILHOS

1.  Cultivando o ensino da palavra de Deus    -     É um trabalho simples, mas de grande efeito sobre os filhos e sobre a família em geral. É como acender o altar da adoração no lar. É melhor do que deixar os filhos ficarem presos diante do altar da televisão. O culto doméstico fortalece os laços espirituais e afetivos entre pais e filhos crentes: Em 15 minutos apenas, temos: cânticos, leitura bíblica, pedidos de oração e oração final. No relacionamento entre pais e filhos, sejam crianças, adolescentes ou jovens, é muito importante cuidar da vida espiritual. Muitos pais são surpreendidos com comportamentos estranhos dos seus filhos, nascidos num lar cristão.

Os filhos precisam saber o valor da Palavra de Deus, compreendendo que a autoridade de Deus, a autoridade da Igreja, a autoridade dos pais e a autoridade humana provêm de Deus, desde que legitimamente executadas. Isso é importante para que não se revoltem contra a autoridade. O ensino da Palavra de Deus é a base para a formação espiritual, moral, emocional e social dos filhos. Diz a Palavra de Deus: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 11.18,19). 

O texto acima diz que, antes de tudo, os pais devem internalizar as palavras de Deus no coração e na alma, atando-as como sinal nas mãos, ou seja: a prática, as ações dos pais, geralmente realizadas com as mãos, devem ter o sinal de que são feitas em observância à vontade do Senhor. Lá diz também que devem estar “por frontais” entre os olhos. Isso quer dizer que a visão dos pais deve estar em conformidade com a Palavra de Deus. Depois, conscientes do valor das palavras de Deus, os pais devem ensiná-las aos filhos, mas não de qualquer maneira, com pressa, correndo para o trabalho ou para a igreja, mas, sim, cuidadosa e sistematicamente: “E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (v. 19). Esse ensino pode e deve ser passado para os filhos diariamente no culto doméstico.


2.   Prioridades na vida familiar    -     O saudoso pastor Paul (David) Yong Cho, da Igreja do Evangelho Pleno, em Seul, na Coreia do Sul, alertou para isso, mostrando a visão equivocada na vida de muitos obreiros (aplicável à vida dos crentes em geral).

domingo, 17 de novembro de 2024

LIÇÃO 08 - A PROMESSA DE PAZ.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 



                    TEXTO ÁUREO

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não v0-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize."(Jo 14.27)


                    VERDADE PRÁTICA 

A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: NM 6. 24-26; FP 4. 6, 7; 1PE 3. 10, 11



                    INTRODUÇÃO 


Pesquisando a Bíblia, vemos que há, na língua original do Antigo Testamento, a palavra “shalom”, ou no grego do Novo Testamento, a palavra “eirene”, que é a perfeita paz de Deus, que, no dizer do apóstolo Paulo, significa “excede todo o entendimento” (Fp 4.7). De fato, quando temos a “paz de Deus”, que é perfeita, podemos descansar nas suas promessas, mesmo quando as circunstâncias em nossa volta dizem o contrário; a paz de Deus é mais significativa do que a paz no entendimento dos judeus.

Qual é a perfeita paz? A resposta está na Bíblia. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus deixou-nos a paz perfeita, cujo significado não se encontra nos dicionários famosos, mas, sim, na linguagem de Deus, escrita na sua Palavra e transmitida pelo Espírito Santo aos homens. É a paz de Deus, que “excede todo o entendimento”, é a paz de Jesus. Alguém pode até não estar em guerra, mas pode estar inquieto e preocupado interiormente, sentindo falta de tranquilidade de espírito. Mas, quando se tem Cristo no coração, tem-se paz perfeita mesmo diante das lutas e aflições. 



                I.   A PAZ NO PLANO DE DEUS

1.   O significado de paz   -   PAZ - DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS

ειρηνη - eirene - Lê-se Írinin
provavelmente do verbo primário eiro (juntar);
1) estado de tranquilidade nacional
1a) ausência da devastação e destruição da guerra
2) paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
3) segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
4) da paz do Messias
4a) o caminho que leva à paz (salvação)
5) do cristianismo, o estado tranquilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de CRISTO, e por esta razão nada temendo de DEUS e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
6) o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

 

A paz aqui é espiritual, é um milagre de DEUS em nossa vida, pois só a temos devido ao sacrifício de JESUS por nós. A paz interior é resultado da paz com DEUS que temos a partir do momento que aceitamos a JESUS CRISTO como SALVADOR e SENHOR. O ESPÍRITO SANTO veio morar em nós e trouxe Consigo o fruto do ESPÍRITO, e neste a paz para vivermos em harmonia com DEUS e nossos irmãos e até com nossos inimigos, se for possível.

O mundo pode estar em guerra a nossa volta, mas nós estamos em paz com DEUS e procuramos estar em paz com todos.

 

Ultimamente, temos visto o aumento da chamada Síndrome do Pânico. O crente que vive em paz com DEUS não sentirá tais sintomas.

18 Sintomas da Síndrome do Pânico:

Sensação de perigo iminente

Medo de perder o controle

Medo da morte ou de uma tragédia iminente

Sensação de estar fora da realidade

Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto

Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia

Sudorese

Tremores

Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento 

Hiperventilação

Calafrios

Ondas de calor

Náusea

Dores abdominais

Dores no peito e desconforto

Dor de cabeça

Tontura

Sensação de estar com a garganta fechando

Tudo isso ocorre com quem não está em paz com DEUS.


2.    A Paz na bênção sacerdotal    -    O capítulo 6 de Números pertence a uma seção do livro onde mostra Deus preparando o povo de Israel para a conquista da Terra Prometida. O Tabernáculo havia sido concluído (Êx 35-40), e agora ocorreria o censo e a organização das tribos, bem como seria dadas as instruções referentes à exigência de santidade, mostrando a importância do próprio Tabernáculo e do sacerdócio para o povo de Israel.

A bênção sacerdotal foi especificada pelo próprio Deus que ordenou que Moisés instruísse Arão e seus filhos sobre o modo correto de como deveriam proceder ao abençoar o povo (Nm 6:22,23).

Alguns estudiosos entendem que talvez a bênção invocada por Simeão sobre José e Maria quando estes foram ao Templo apresentar Jesus, talvez tenha sido a própria bênção sacerdotal (Lc 2:34). Outros, como Lutero, sugerem que existe a possibilidade de Jesus ter utilizado a bênção sacerdotal quando abençoou seus discípulos (cf. Lc 24:50).


A bênção sacerdotal era pronunciada apenas pelo sacerdote. Depois dos sacrifícios da manhã e da tarde, o sacerdote levantada as mãos e abençoava o povo, que respondia a bênção dizendo “Amém”.

A bênção sacerdotal não era apenas um simples desejo ou uma oração que o sacerdote fazia sobre o povo. Na verdade o significado da bênção sacerdotal está relacionado à garantia real da bênção divina, ou seja, os sacerdotes abençoavam o povo no Nome do Senhor.

Esse princípio fica muito claro nas palavras que sucedem imediatamente a bênção sacerdotal: “Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei” (Nm 6:26). Isso significa que quando a bênção sacerdotal era impetrada, o Nome do Deus do concerto estava sendo “colocado” sobre o povo, e obviamente isso era um ato eficaz, que realmente resultava em bênção.

Também é possível dizer que a bênção sacerdotal basicamente transmitia a bênção pactual dos patriarcas sobre o povo. O patriarca Abraão passou a bênção a Isaque, Isaque abençoou Jacó, e Jacó abençoou sua descendência. Assim, os sacerdotes estavam impetrando a bênção pactual de geração em geração.

Para um melhor entendimento da fórmula da bênção sacerdotal, podemos fazer as seguintes considerações:

  • O Senhor de abençoe e te guarde: essa frase faz referência a proteção de Deus e o seu favor sobre seu povo, tanto nos aspectos físicos quanto espirituais da vida. Uma boa definição sobre a expressão “o Senhor te abençoe” pode ser entendida em uma frase de João Calvino, ao dizer que “a bênção de Deus é a bondade de Deus em ação”.
  • O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti: essa frase expressa o modo com que Deus olha favoravelmente para o seu povo, ou seja, o rosto de Deus voltado em direção a alguém significa sua presença no sentido de um relacionamento próximo e intimo. Isso só é possível por sua infinita misericórdia, que por sua graça derrama o perdão.
  • O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz: quando alguém desfruta da bênção, da proteção, da misericórdia e de um relacionamento especial com Deus, o resultado não pode ser outro se não a paz. Essa paz não é apenas a simples percepção humana de paz, como sendo meramente a ausência de problemas e discórdias, mas é um estado sublime de bem-estar que repousa apenas sobre aqueles a quem a bênção de Deus é derramada. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreveu em uma de suas cartas que essa paz, a paz de Deus, “excede todo o entendimento” (Fp 4:7). Para melhor entender esse conceito, leia sobre o que significa Shalom na Bíblia.


3.   A Paz do Senhor    -    Paulo diz que o antídoto para a ansiedade sufocante é oração e gratidão. Essa resposta não é natural. Na verdade, vai diretamente contra as tendências de nosso coração pecaminoso. A maioria de nós acha consideravelmente mais fácil recuar para um canto e reclamar, ou ruminar nas circunstâncias que nos preocupam, num esforço de controlá-las, em vez de levar as questões que nos induzem à ansiedade para Deus, em oração. Quão fácil — e quão infrutífero — é escolhermos sentar e ficar preocupados, permitindo que a ansiedade nos paralise, em vez de nos ajoelharmos e clamarmos a ele.

Quando entendermos que Deus está no controle de todas as coisas, levaremos todas as nossas lutas e desafios a ele. A paz que ele provê será uma fortaleza para o nosso coração.

Mesmo que os problemas nos assaltem e os perigos nos amedrontem,

Mesmo que amigos íntimos nos desapontem e todos os inimigos se unam,

Ainda assim, uma coisa nos assegura, qualquer que seja a ocasião,

A promessa nos assegura: “O Senhor proverá”.

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                    II.   A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

1.  Uma paz enganosa    -    “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos” (Colossenses 3:15).

Esse versículo contém uma ordem incrível: a igreja de Jesus Cristo foi chamada por Deus para permitir que Sua paz governe nossos corações, mentes e corpos! A paz do Senhor deve ser o juiz sobre todas as coisas. E, se existe um tempo que esta ordem precisa soar, esse tempo é hoje, nessa hora de tumulto e confusão!

O Senhor ordenou à igreja primitiva que permitissem que Sua paz governasse suas vidas, pois sabia o que estava por vir e queria prepará-los. Em questão de poucos anos, eles seriam perseguidos e, até mesmo, torturados. Iriam enfrentar a perda de suas casas, o confisco de todos os seus bens e ataques de homens perversos que pensavam fazer um favor a Deus ao matá-los. Deus previu todas essas coisas e estava preparando-os. “Vocês devem estar fundamentados na Minha paz, a fim de passar por todas as mudanças que vêm adiante”.

Uma falsa paz está varrendo muitas igrejas de hoje, uma paz que falhará nos dias que virão. Moisés chamou Israel de “auto-abençoada”, querendo dizer “auto-enganada”. Ele avisou Israel que uma maldição viria sobre os filhos perversos e desobedientes de Deus que andassem em idolatria. Eles maquiariam seus caminhos pecaminosos com um falso senso de paz: “Se alguém, cujo coração se afastou do Senhor para adorar outros deuses, ouvir as palavras deste juramento, invocar uma bênção sobre si mesmo e pensar: ‘Estarei em segurança, muito embora persista em seguir o meu próprio caminho’” (Deuteronômio 29:19).

Moisés está descrevendo o filho de Deus, que decide satisfazer seu desejo pelo mal ao encontrar uma doutrina acolhedora a qual diga que ainda está salvo, seguro, enquanto vive em pecado. Ele diz a si mesmo: “Viverei como eu quero e, ainda assim, não perderei a paz em meu coração”. Falsa paz!


2.    A "paz" das obras da carne    -    O pecado entra em nossas vidas não pela ação demoníaca, mas sim pela tendência pecaminosa de nossa carne, e pela ausência do fruto do Espírito em nós. O inimigo utiliza das obras da carne que praticamos, para obter legalidade em nossas vidas. O pecado é a desobediência à vontade de Deus:

“Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”. (1 João 3.4 NVI)

Separado de Deus, o homem se encontra morto espiritualmente e incapaz de entender as coisas de Deus (1 Co 2.14-16). Quando aceitamos o sacrifício de Jesus na cruz, o Espírito Santo nos convence do pecado (Jo 16.7-9), colocando em nós o desejo pela santificação. Santificar, significa separar para Deus (Jo 17.17). Minha vida passa a ser de Jesus, e não mais minha (Mt 16.25). Estamos no mundo, mas não pertencemos mais a este mundo (Jo 17.16), o qual está sob o poder do maligno (1 Jo 5.19). A palavra de Deus diz em 1 Tessalonicenses 4.1, que devemos buscar cada vez mais viver de modo a agradar a Deus. Sua vontade é que sejamos santificados, de modo a viver e andar no Espírito, para que seu fruto brote em nós. É pelo Espírito que conseguimos fazer morrer as obras da carne (Rm 8.13). Assim, o fruto do Espírito molda em nós o caráter de Jesus Cristo.

“Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Tessalonicenses 5.23 NVI)

“Acertar o alvo” significa viver em obediência à vontade de Deus, de acordo com a sua palavra. O primeiro passo para isso é aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas. Assim, nos tornamos templo do Espírito Santo, e através de sua ação, passamos a viver mais em concordância com o Espírito do que com a carne.

















3.   Uma falsa paz   -   Um antigo provérbio latino diz: “Si vis pacem, para bellum”. Esse provérbio pode ser traduzido como: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” (geralmente interpretado como querendo dizer paz mediante a força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por inimigos). 24 Essa paz enganosa, no fim dos tempos, levará a humanidade a guerras diversas. Jesus profetizou: “porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores” (Mt 24.5- 8). A paz que o mundo oferece não é verdadeira, porque está escrito na Bíblia que: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). Nessa condição, é impossível o homem desfrutar a verdadeira paz. Vivendo segundo a vontade do Maligno, em meio ao pecado, o que existe é uma falsa paz, uma paz aparente e sem fundamento — daí o porquê de o índice de pessoas com transtornos de ansiedade, com depressão e tentativa de suicídio tem aumentado a níveis preocupantes.

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            III.    A PAZ QUE JESUS PROMETEU

1.   O Príncipe da Paz    -    Imagine o país que você tanto amava agora dividido, destruído, invadido por lideranças corruptas, ameaçado por grandes potências internacionais e, aparentemente, à beira do colapso. Imagine os melhores líderes da nação paralisados por seu mau caráter, indecisão e alianças internacionais imprudentes. As condições políticas e culturais na Jerusalém do século VIII a.C. foram moldadas por essas preocupações sombrias e forneceram o pano de fundo imediato para a profecia de Isaías 9.6-7. O reino do Norte de Israel se voltou contra seu irmão do Sul, Judá, através de uma coalizão imprudente com a Síria e que levaria à destruição dos seus partidos pelas mãos do exército assírio. Judá ficou sozinho e suas perspectivas de sobrevivência diminuíam.

Nessa terrível situação, Isaías profetiza sobre a esperança a respeito de uma criança que nasceria no reino e que traria a restauração para a nação e para o mundo.

A passagem começa assegurando ao povo do Sul que o reino do Norte será incluído na restauração do exílio (9.1). A restauração vindoura incluirá todos os filhos de Israel, até mesmo as tribos do reino rebelde do Norte (ver Ez  37.16–17). Mesmo para o Norte e sua capital, Samaria, a escuridão do exílio um dia terminará e o nascer do sol da restauração e o novo rei aparecerão. O evangelho de Mateus mostra como a restauração do reino vem através do ministério de Jesus Cristo (Mt 4.12–16). Ele é a luz que brilha na escuridão.

Do ponto de vista de Isaías, é importante mencionar que esta restauração vindoura irá reunificar os dois reinos de Israel sob a liderança de um rei da linhagem de Davi (ver 2 Sm 7.14). O nascimento da criança marcará o fim do sofrimento no exílio. A criança em Isaías 9 é o novo rei que inaugurará o período de restauração para o povo de Deus após os longos anos de exílio.


2.    Uma promessa redentora   -    Além da grandiosa promessa da Salvação, Deus fez outras grandes promessas que encontramos na Bíblia, dentre elas a promessa de Cristo de dar-nos a verdadeira paz. Ele disse no seu evangelho: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). “E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco” (Lc 24.36). Ninguém no mundo poderia fazer tal promessa. A humanidade, por causa do pecado, não pôde usufruir do ambiente maravilhoso que era reservado para o homem antes da Queda.

No Novo Testamento, temos várias referências que nos mostram que a paz que nos é dada por Cristo é elevada, ampla, profunda e está ao alcance de todos os que nEle creem. 

a) Precisamos viver em paz. “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco” (2 Co 13.11). “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Fp 4.9). 

b) Os pacificadores são felizes. Aqueles que promovem a paz são muito felizes. Disse Jesus: “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9)

 c) A paz de Deus domina nosso coração. “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl 3.15). 

d) A paz e a santificação devem andar juntas. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A paz com todos é pré-requisito para quem quer ser salvo, e a santificação é o requisito fundamental e indispensável para chegarmos aos céus. 


3.    Uma promessa que excede todo o entendimento    -     A paz de Deus, que é a paz de Cristo, não é como a paz do mundo, enganosa, cheia de contradições e insegurança. Ela excede todo o entendimento e compreensão natural. Mas, para ser experimentada, existem condições previstas na Palavra de Deus: Está escrito: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7). Exemplo dessa paz vemos na vida do apóstolo Pedro. Ele estava preso numa cadeia de segurança máxima e entre dois soldados que o vigiavam em todo o tempo. Pedro estava com cadeias nas pernas e nas mãos e dormia profundamente, quando, de repente, foi despertado por um anjo que veio libertá-lo. A Bíblia diz: “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias” (At 12.5-7). Só quem tem a paz de Deus pode relaxar e dormir dessa maneira.




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, As Promessas de Deus - Elinaldo Renovato, Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://voltemosaoevangelho.com/blog/devocionais/antidoto-para-a-ansiedade-filipenses-4-6-7/

https://www.worldchallenge.org/pt/paz-verdadeira-paz-falsa

https://frutodoespiritoestudosbiblicos.wordpress.com/2018/05/28/primeiro-post-do-blog/

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2021/09/principe-da-paz/



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