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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

LIÇÃO 10 - A PROMESSA DA PROTEÇÃO DIVINA.

 

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                        TEXTO ÁUREO 

"Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos." (Sl 91.11)


                        VERDADE PRÁTICA  

Deus promete sua divina proteção a todos os que são fiéis à sua Palavra.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EF 6. 10-17; SL 91. 1-8



                            INTRODUÇÃO  

Antes da Queda, no princípio da criação, havia a mais perfeita harmonia entre o homem e a natureza. Entretanto, depois que o pecado entrou no mundo, todas as coisas mudaram de forma marcante. Um dos resultados mais terríveis que atingiu o ser humano foi o problema da insegurança. No Gênesis, vemos a história de Caim e Abel, os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Nascidos depois da Queda, eles devem ter vivido um bom tempo em paz um com o outro, mas, depois de muitos anos, quando ofereciam sacrifícios a Deus, ocorreu um grave problema. Caim, era agricultor, e o seu irmão, Abel, era pastor de ovelhas (Gn 4.2). Caim ofereceu a Deus “do fruto da terra uma oferta ao Sen “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas Caim e para sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu o seu semblante. E o Senhor disse a Caim: Por que te ir E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.3-7).

 

A frustração de Caim deveria ser com Deus, e não com o seu irmão, mas o primogênito de Adão já tinha dado lugar à maldade no coração, fazendo nascer a inveja e o ódio. Em seguida, ele protagonizou o mais terrível crime, até então desconhecido, quando matou o seu próprio irmão: “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou” (Gn 4.8). A Bíblia mostra a razão pela qual Caim matou o seu irmão: “Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas” (1 Jo 3.11,12). 

Porém, quando Deus chamou a Abrão para ser pai de uma grande nação, o povo de Israel teve de Deus a promessa de proteção divina para eles. Em vários trechos do Antigo Testamento, constatamos essa verdade. Vamos meditar neste capítulo sobre a proteção de Deus ao povo de Israel, no Antigo Testamento, e à Igreja, no Novo Testamento.



                    I.    PROTEÇÃO ESPIRITUAL CONTRA O INIMIGO

1.   Proteção contra o maior Inimigo   -    11 - Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;

Assim como a ordem é "enchei-vos do ESPÍRITO" (Efésios 5:18), "Fortalecei-vos", agora é "Revesti-vos". Estamos vestidos, pois, ao recebermos o ESPÌRITO SANTO quando cremos, fomos assim vestidos de vestes de salvação ("porque me vestiu de vestes de salvação" Isaías 61.10); "os teus sacerdotes, ó Senhor DEUS, sejam vestidos de salvação" 2 Crônicas 6:41; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. 2 Coríntios 5:3 .
Agora temos que nos revestirmos - Mas revesti-vos do Senhor JESUS CRISTO e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências. Romanos 13:14. Nossa legítima conversão, acompanhada pelo batismo nas águas e no ESPÍRITO SANTO nos traz esse revestimento. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49.
Nosso desejo de sermos revestidos nos proporcionará esse revestimento para lutarmos a batalhas do Senhor. Existem vários exemplos de revestimento na Bíblia (Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, Colossenses 3:12), porém, este revestimento aqui é para a guerra, é revestimento de poder. O batismo no ESPÍRITO SANTO é o mais apropriado para esta ocasião.

para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo
Por que devemos nos revestir? Só poderemos ficar firmes, ou seja, sermos vencedores (ficarmos de pé), caso nos revistamos. Aqui vemos que a luta é contra as astutas ciladas (Strong Português - μεθοδεια methodeia - artifícios, truque, arte, malandragem) do Diabo (διαβολος diabolos - dado à calúnia, difamador, que acusa com falsidade; que faz comentários maliciosos; opõe-se à causa de DEUS, agindo com demônios, é o partido Satanás, o príncipe dos demônios, o autor de toda a maldade, que persegue pessoas de bem, criando inimizade entre a humanidade e DEUS, instigando ao pecado, afligindo os seres humanos com enfermidades por meio de demônios que tomam possessão dos seus corpos, obedecendo às suas ordens).


2.    Os inimigos espirituais em Efésios   -   12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais

Nossa luta não é contra pessoas (carne e sangue).
Nossa luta é contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
 
contra principados,  αρχη arche - o líder; a causa ativa; o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado; de anjos e demônios.
 
contra as potestades, εξουσια exousia - que tem poder de escolher, liberdade de fazer como se quer, tem licença ou permissão, poder físico e mental, habilidade ou força, possui poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio), poder de reger ou governar, Universalmente, autoridade sobre a humanidade, poder de decisões judiciais, principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais, sinal de autoridade real, coroa contra os príncipes das trevas deste século,
 
contra as hostes espirituais da maldade, κοσμοκρατωρ kosmokrator, senhor do mundo, príncipe desta era, diabo e seus demônios em uma organização celestial.
 
 Onde moram essas forças malignas? "nos lugares celestiais", επουρανιος epouranios, que existe no céu, regiões celestiais, os céus inferiores (referência às estrelas), os céus, (referência às nuvens). Segundo Céu..


3.   As armas espirituais do crente   -   A primeira peça com que devemos nos equipar, que Paulo menciona, é o cinto da verdade:

cingindo-vos com a verdade (v. 14). Usualmente feito de couro, o cinto do soldado pertencia mais à sua roupa de baixo do que à armadura. Mesmo assim, era essencial. Prendia a túnica, e também segurava a espada. Garantia que não sofreria impedimento algum ao marchar.
Ao afivelar o cinto, o soldado recebia uma sensação de força e de confiança escondidas. Isso ainda hoje é verdade. “Apertar o cinto” pode significar não somente um tempo de austeridade durante uma carestia de alimentos, como também preparar-se para a ação, o que os antigos teriam chamado de “cingir os lombos”.
Ora, o cinto do soldado cristão é a “verdade”. Somente a verdade pode dissipar as mentiras do diabo e nos libertar, e Paulo já se referiu várias vezes nesta carta à importância e ao poder da verdade.
Também Paulo está se referindo à verdade no sentido de sinceridade ou integridade. Certamente DEUS requer “a verdade no íntimo”, e o cristão deve ser honesto e verdadeiro a todo custo. Ser enganador, cair na hipocrisia, apelar para intrigas e complôs, seria fazer o jogo do diabo, e não poderemos vencê-lo seguindo suas próprias regras. O que o diabo abomina é a verdade transparente. Ele ama as trevas. A luz o põe em fuga. Tanto para a saúde espiritual como mental, a honestidade sobre si mesmo é indispensável. Talvez não precisemos ficar com uma só dessas duas alternativas.
O segundo item do equipamento do cristão é a couraça da justiça (v. 14).
A couraça do soldado frequentemente cobria as costas bem como a frente, e era sua peça principal de armadura, protegendo quase todas as suas partes vitais.

Numa carta anterior, Paulo escreveu “revestindo-nos da couraça da fé e amor”, mas aqui, como em Isaías 59:17, a couraça consiste na justiça. Ora, “justiça (dikaiosynè) nas cartas de Paulo significa, frequentemente, justificação, ou seja, a iniciativa graciosa de DEUS em fazer com que os pecadores fiquem de bem consigo através de CRISTO. É esta, então, a couraça do cristão? Certamente nenhuma proteção espiritual é maior do que um relacionamento justo com DEUS. Ter sido justificado pela sua graça mediante a simples fé em CRISTO crucificado, ser vestido numa justiça que não é sua própria, mas a de CRISTO, ficar em pé diante de DEUS, não condenado, mas sim aceito, esta é uma defesa essencial' contra uma consciência acusadora e contra os ataques caluniadores do maligno, cujo nome hebraico (“Satanás”) significa adversário e cujo título em Grego (diabolos, “diabo”) significa caluniador. Desta forma, a couraça do cristão pode ser a justiça de caráter e de conduta, a retidão. Pois assim como cultivar a verdade é a maneira de derrubar os enganos do diabo, assim também cultivar a justiça, neste sentido, é a maneira de resistir às suas tentações. Alternativamente, tal como acontece com os dois possíveis significados de verdade, assim também ocorre com os dois possíveis significados de justiça. Bem pode ser correto combiná-los, visto que, conforme o evangelho de Paulo, um deles invariavelmente leva ao outro.

 
As botas do evangelho vêm em seguida na lista.
Provavelmente Paulo tem em mente a caliga (a “meia-bota”) do legionário romano, que era feita de couro, deixava os dedos do pé livres, tinha solas pesadamente cravejadas, e era fixa nos calcanhares e nas canelas com tiras de couro mais ou menos ornamentais (para nós, uma sandália). Estas “equipavam-no para marchas longas e para tomar posição firmemente... Embora não impedissem a sua mobilidade, evitavam que o pé deslizasse.”

Ora, as botas do soldado cristão são a preparação do evangelho da paz (v. 15). “Preparação” é a tradução de hetoimasia, que significa “prontidão”, “preparo ou “firmeza”. Não sabemos, porém, se o genitivo que se segue é subjetivo ou objetivo. No primeiro caso, a referência diz respeito a uma certa firmeza ou qualidade inabalável que o evangelho dá àqueles que nele crêem, como a firmeza que as botas fortes dão para aqueles que as usam. A BV entende assim e parafraseia: “Calcem sapatos que possam fazê-los andar depressa ao pregarem a Boa Nova da paz com DEUS!’ E, certamente, se recebemos as boas novas, e estamos desfrutando da paz com DEUS e de uns com os outros, paz que as boas novas nos trazem, temos o apoio mais firme possível para nossos pés, com o qual podemos lutar contra o mal. 

Nossa quarta peça da armadura é o escudo da fé (v. 16),
que devemos embraçar não tanto “sobretudo” (ERC) como se fosse a mais importante dentre todas as armas mas, sim, sempre, (ERAB) como algo indispensável. A palavra que Paulo emprega denota, não o pequeno escudo redondo que deixava a maior parte do corpo desprotegida mas, sim, o longo escudo retangular, medindo 1,2 metros por 0,75, que cobria a pessoa inteira. Seu nome em Latim era scutum. “Consistia em... duas camadas de madeira coladas juntas, e cobertas primeiramente com linho e depois com couro: era fixado com ferro em cima e em baixo!’ Era especialmente projetado para apagar as perigosas flechas incendiários que eram empregadas, especialmente as flechas mergulhadas em betume, que eram acesas e atiradas.

Quais, pois, são todos os dardos inflamados do maligno, e com que escudo os cristãos podem proteger-se? Os dardos do diabo sem dúvida incluem suas acusações maliciosas que inflamam a nossa consciência com aquilo que (se estamos abrigados em CRISTO) somente pode ser chamada de falsa culpa. Outros dardos são indesejados pensamentos de dúvida e de desobediência, de rebeldia, de concupiscência, de malícia ou de medo. Há, porém, um escudo com o qual podemos apagar ou extinguir todos estes dardos com pontas de fogo. É o escudo da fé. 


O capacete do soldado romano, que é a peça da armadura que aparece em quinto lugar, a seguir na lista,
usualmente era feito de um metal resistente, tal como o bronze ou o ferro. “Um forro interno de feltro ou de esponja tornava  o peso tolerável. Nada, senão um machado ou um martelo, poderia furar um capacete pesado, e em alguns casos um visor móvel dava uma melhor proteção frontal.” Os capacetes eram decorativos e protetores, e alguns tinham plumas ou cristas magníficas. Segundo uma declaração anterior de Paulo, o capacete do soldado cristão é “a esperança da salvação”, ou seja, a nossa certeza da salvação agora e futura e definitiva. Aqui, em Efésios, é simplesmente o capacete da salvação (v. 17) que devemos tomar e usar. Mas se a proteção para a nossa cabeça é a medida de salvação que já recebemos (o perdão, a libertação da escravidão a Satanás, e a adoção na família de DEUS) ou a expectativa confiante da plena salvação no último dia (inclusive a glória da ressurreição e a semelhança a CRISTO no céu), não há dúvida de que o poder salvífico de DEUS é a nossa única defesa contra o inimigo das nossas almas.

A sexta arma a ser especificada é a espada (v. 17).

De todas as seis peças da armadura ou arsenal alistadas, a espada é a única que pode claramente ser usada tanto para defesa quanto para o ataque. Além disso, o tipo de ataque em mira envolverá um encontro pessoal bem de perto, pois a palavra empregada é machaira, a espada curta. É a espada do ESPÍRITO que passa imediatamente a ser identificada como sendo a palavra de DEUS, embora no Apocalipse seja vista procedendo da boca de CRISTO. Pode muito bem incluir as palavras de defesa e de testemunho que, como JESUS prometeu, o ESPÍRITO SANTO colocará nos lábios dos seus seguidores quando forem arrastados diante dos magistrados. Mas a expressão “a palavra de DEUS” tem uma referência muito mais ampla do que aquela, a saber, às Escrituras, à palavra de DEUS escrita, cuja origem é repetida vezes atribuída à inspiração do ESPÍRITO SANTO. Ainda hoje é a espada divina porque o ESPÍRITO ainda a emprega para cortar as defesas das pessoas, ferir suas consciências e despertá-las espiritualmente com sua ação penetrante.  São a armadura de DEUS, pois é ele quem a fornece. Mesmo assim, é nossa a responsabilidade de tomá-la, vesti-la, e empregá-la com confiança contra os poderes do mal. Além disso, devemos ter a certeza de que faremos uso de todos os equipamentos da armadura, e que não deixaremos de lado nenhum deles. “Nossos inimigos estão de todos os lados, e assim deve ser a nossa armadura, à direita e à esquerda.”

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                      II.     A MARAVILHOSA PROTEÇÃO DE DEUS

1.   A proteção de quem se relaciona com Deus     -    O escritor bíblico fala do crente na terceira pessoa do singular. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, na sombra do Todo Poderoso descansará”.

Ele, o crente aqui, é qualquer um, independente de nacionalidade, posição econômica e social, servo ou livre, homem ou mulher, jovem ou velho.

O esconderijo do Altíssimo encontra-se revelado em Sua Palavra. Aquele que habita em Sua Palavra, não apenas a visita, mas busca viver nela, por ela, à sombra do Onipotente descansará. Esta Palavra um dia se fez carne. Esta Palavra é o próprio Cristo de Deus. É nele que precisamos viver, é nele que encontramos graça, paz e descanso.

Salmo 91:2 – O escritor bíblico fala do crente na primeira pessoa do singular. “Eu direi para o Senhor: Meu refúgio e minha fortaleza, meu Deus, eu confiarei nEle”

(Tradução do texto original hebraico -  אֹמַ֗ר לַֽ֭יהוָה מַחְסִ֣י וּמְצוּדָתִ֑י אֱ֝לֹהַ֗י אֶבְטַח־בֹּֽו׃ ). 

Salmo 91:3 - O escritor bíblico fala de Deus e do crente. O escritor bíblico fala de Deus na terceira pessoa do singular e do crente na segunda pessoa do singular. “Ele (Deus) te livrará (isto é, livrará o crente) da armadilha do caçador, da peste, dos desejos ávidos de cobiça”.

(Tradução do texto original hebraico -  כִּ֤י ה֣וּא יַ֭צִּֽילְךָ מִפַּ֥ח יָק֗וּשׁ מִדֶּ֥בֶר הַוֹּֽות׃ ).

A palavra hebraica que traduzimos aqui por desejos ávidos de cobiça é: הַוּֽוֹת  - ela é um substantivo feminino, plural, e vem de:   הַוָּה – que significa desejo, mas que tem sido traduzida por destruição, calamidade.

Este versículo três do Salmo 91, fala de três grandes desafios para o crente neste mundo: Primeiro desafio: pessoas maldosas que armam ciladas para destruir gente, o próximo.

Segundo desafio: as petes, as calamidades que vem da natureza, de vírus, da seca, das enchentes etc.

Terceiro desafio: os desejos insaciáveis de nosso coração, a avidez da cobiça.

O Salmista ensina que só Deus pode nos salvar, livrar, arrebatar dessas situações de enorme perigo. Porém, é um erro pensar que Deus faz sempre, com todas as pessoas, em todos os lugares isso. Tal interpretação não tem apoio na Bíblia. E precisamos tomar cuidado para não usarmos um texto isolado de todo o restante da Bíblia e com base apenas em um texto estabelecermos um padrão para tudo, todos e em todos os lugares e tempos. Isso seria um desastre e um erro absurdo. 

Salmo 91:14, 15 e 16 temos o próprio Deus falando na primeira pessoa do singular. É Deus falando para você e para mim, para o Filho dele, o Senhor Jesus Cristo.

Quem é ele? Quem é tu? Quem é o “eu” do texto? `Precisamos aprender a dialogar com texto, fazer perguntas, buscar respostas. Isso poderá nos ajudar na interpretação da Palavra de Deus.

4. Outro tema interessante neste Salmo é o que diz respeito as pragas, enfermidades, coisas más, várias vezes aparecem no Salmo 91 (91:3, 5, 6, 7, 8, 10, 12 , 13). E há muitas pessoas que interpretam todos esses textos e promessas aqui literalmente como se todo o crente em Deus nunca, em tempo algum ou em lugar algum, experimentasse, sofresse, morresse de praga alguma, enfermidade alguma, problema algum. Que interpretação terrível, que engano!

Veja que coisa impressionante: Este salmo foi citado pelo diabo para tentar Jesus (Mt. 4:5-7; Lc. 4:9-12). Mas Jesus respondeu, dizendo que não devemos tentar o Senhor nosso Deus. Jesus pode nos ensinar como interpretar e viver a Palavra de Deus.


2.   Deus, o  nosso refúgio e fortaleza   -   Sob as asas do Altíssimo (v.4). Aqui, temos uma interessante metáfora. DEUS é comparado a uma ave-mãe que tudo faz para proteger a seus filhos. Diante de um perigo, a galinha, por exemplo, chama os seus pintainhos, e abriga-os sob as suas asas: “...debaixo das suas asas estarás seguro, a sua verdade é escudo e broquel” Ou seja: dois escudos estão a proteger o crente: um grande e outro pequeno. Isto mostra que a proteção divina nos proporciona abrigo contra as ameaças e perigo desta existência. Quanto à verdade divina, serve-nos esta como poderosa arma de defesa.

Em meio às incertezas e adversidades da vida, Deus é refúgio e fortaleza para todos os que nEle confiam. O salmista, na inspiração divina, proclamou solenemente que é Deus quem nos livra “do laço do passarinheiro”, uma figura do Maligno que, a exemplo do “passarinheiro”, colocava arapucas para atrair os pássaros para que estes caíssem nas mãos daqueles caçadores; assim, o Diabo sempre está procurando colocar laços ou armadilhas para que o servo de Deus caia no pecado, no engano, nas falsas religiões, nos assaltos do Diabo. Deus também nos livra da “peste perniciosa”, que nos lembra as terríveis epidemias que já se abateram sobre o mundo, ceifando muitas vidas preciosas. Concluindo essa parte do precioso Salmo, que nos fala da proteção de Deus, o salmista declara: “Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro; a sua verdade é escudo e broquel” (Sl 91.4).

 

3.   A Onipotência de Deus   -   Com a mesma finalidade, Deus disse acerca do seu povo: “Então, temerão o nome do Senhor desde o poente e a sua glória, de nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira” (Is 59 Esse trecho mostra o quão é importante temer ao Senhor e ao seu santo nome. Temer a Deus não é ter medo de Deus, e sim ter profunda reverência e santo temor diante da sua presença e onipotência. Nessa condição, Deus promete que, ainda que “o inimigo” venha “como uma corrente de águas”, “o Espírito do S arvorará contra ele a sua bandeira”. Em tempos antigos, quando um exército vencia uma batalha, punha à frente das tropas cavalos ou carros, levando à frente a bandeira do seu país. Quando, sob a proteção de Deus, os seus servos vencem as batalhas da vida, não devem ficar orgulhosos, mas ser gratos a Deus pelo fato de o seu Espírito arvorar a bandeira do Senhor contra o inimigo.

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                        III.     PROMESSAS E PROTEÇÃO

1.    Os inimigos serão derrotados   -   A Igreja do Senhor Jesus Cristo sempre foi atacada pelos inimigos de Deus. Nos seus primórdios, foi atacada pelos judeus, que não entenderam que Jesus era o Messias prometido pelos profetas. A Igreja, todavia, não foi derrotada. Quanto mais perseguida, mais crescia e expandia-se na unção do Espírito Santo. Depois, ela foi atacada pelo Império Romano, que quis varrer o cristianismo da face da terra. Dez imperadores pensaram que eliminariam a Igreja, mas todos eles foram derrotados, alguns com morte terrível.

Ao longo dos séculos, os inimigos de Deus sempre se levantaram para tentar impedir os seus planos divinos para Israel, para a humanidade e para a Igreja de Jesus. Porém, já está tudo preparado para a vitória final de Deus, de Cristo e da sua Igreja sobre as “portas do inferno”, que jamais “prevalecerão contra ela”, como disse Jesus (Mt 16.18). Está escrito: “Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés” (1 Co 15.24-27).


2.   Segurança e vitória para os que temem o Senhor    -    Segurança durante todo o dia “Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia” (vv. 5,6).

 Vitória contra os ímpios “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido. Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios” (vv. 7,8). 

Refúgio contra os males e pragas “Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio! O Altíssimo é habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda” (vv. 9,10).

 Proteção dos anjos de Deus “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente” (vv. 11-13; Sl 34.7). Livramento divino “Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei” (vv. 14,15). 

Longevidade e salvação Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação” (v. 16). O homem foi criado por Deus para viver eternamente sem doenças, envelhecimento e morte física. Porém, por causa da Queda, os seus anos de vida foram reduzidos ao longo dos séculos, e a média de vida humana foi definida em torno de 70 anos (Sl 90.10). Deus, porém, promete longevidade aos que o amam e conhecem o seu nome (v. 14).


3.   A abrangência da proteção de Deus   -   Na sua mensagem aos discípulos, Jesus fez-lhes ciente de que “no mundo”, no meio dos homens, da humanidade, ou mesmo na terra, eles haveriam de passar por aflições. Se ele tivesse terminado a frase nesse ponto, certamente teria deixado uma mensagem de temor e perplexidade. Ele, porém, concluiu o seu discurso: “mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Glória a Deus por essa palavra. A Bíblia sempre tem mensagens, que alertam para a realidade da vida espiritual. Ela fala de lutas, tribulações, perseguições, tentações e até de morte, mas fala muito mais sobre bênçãos, êxitos e vitórias sobre todas as coisas.

 O Salmo 46, que foi escrito pelos coraítas, 25 é um capítulo dos mais conhecidos da Bíblia. Ele é citado e recitado por muitas pessoas em todo o mundo como um cântico de exaltação a Deus pelo que Ele representa para todos os que nEle creem e confiam nas suas gloriosas promessas. Desse belo Salmo, podemos extrair verdades e promessas maravilhosas.

Deus é refúgio e fortaleza (v. 1) Refúgio fala de abrigo, de lugar de proteção nos momentos de ameaças, de perigo ou de medo. Fortaleza é lugar de defesa na área de luta, de guerra, de conflito. O salmista quis dizer que, em momentos de perigos, podemos ter Deus como nosso refúgio; e, em meio às batalhas ante os ataques dos inimigos, temos em Deus a mais perfeita fortaleza para repelir as ações malignas. 

Não teremos temor (vv. 2,3) O medo ou o temor faz parte da realidade humana como um dos resultados da Queda. No mundo, há pessoas com medo do futuro, de guerras, crises econômicas e financeiras. O salmista, porém, expressa a sua elevada fé em Deus e diz que “não temeremos”, mesmo que aconteçam catástrofes ecológicas tremendas, como os montes transportarem-se “para o meio dos mares”; mesmo que haja maremotos ou tsunamis; “ainda que os montes se abalem pela sua braveza”, ainda assim, é a fé perfeita em Deus que nos dá força para não sermos dominados pelos temores. Em Isaías, Deus diz de modo eloquente e tranquilizador: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10).

O rio da cidade de Deus (v. 4) Esse rio é de caráter espiritual, pois alegra “a cidade de Deus, o Santuário das moradas do Altíssimo”. E o mais importante nessa mensagem: “Deus está no meio dela”. Por isso, a cidade “não será abalada”, e “Deus a ajudará ao romper da manhã”. . Esse é o rio da graça de Deus. Ele representa nosso relacionamento com o Senhor. Quando estamos com os pés na terra, não estamos em perfeita comunhão com Ele. Quando adentramos na presença de Deus, é esse rio que nos conduz a uma comunhão mais profunda com o Senhor.

As nações derrotadas por Deus (v. 6) Ao longo dos séculos, as nações sempre deram as costas para o Senhor; mais do que isso: têm-se revoltado contra Ele. No Salmo 2, Davi diz: “Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, diz Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas” (Sl 2.1-3). Em todo o mundo, a maioria das nações não crê no Deus da Bíblia, no criador dos céus e da terra. Enganadas pelo Diabo, a maioria das nações prefere acreditar nos falsos deuses. Mas, no seu tempo, Deus levantará a sua voz, e a terra será subjugada por Ele. 

O Senhor dos Exércitos está conosco (v. 7) Mais uma vez, o salmista muda a narrativa e diz que Deus está com o seu povo e que é o seu refúgio perfeito. Essa é uma palavra de grande significado espiritual. Deus não esteve somente com Israel; Ele está com todos os que o amam, que o servem e que o adoram “em espírito e em verdade” (Jo 4.23). Jesus disse ao despedir-se dos seus discípulos: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).

Deus faz cessar as guerras (v. 9) No mundo, sempre houve guerras entre as nações ao longo dos séculos. Houve duas guerras mundiais que mataram milhões de pessoas. Jesus alertou para os sinais que antecederão o tempo da sua volta para arrebatar a sua Igreja: “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores” (Mt 24.6-8). No seu tempo, Deus faz cessar as guerras quando Ele tem um propósito seu para agir contra os povos em conflito. Porém, na verdade, só haverá paz perfeita na terra quando Jesus vier reinar no Milênio (Ap 20.1-2).

Deus, exaltado entre as nações (v. 10) O salmista conclui o Salmo 46 com a promessa de Deus de que Ele é Senhor e será exaltado entre as nações e sobre a terra. Ele repete a promessa de que “O Senhor dos Exércitos está conosco; o De Jacó é o nosso refúgio”.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, As Promessas de Deus - Elinaldo Renovato, Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://www.igrejabatistasiaospa.com.br/sermoes-estudos/um-breve-estudo-no-salmo-91



Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube










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