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sábado, 9 de novembro de 2024

LIÇÃO 07 - A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II


                        TEXTO ÁUREO 

"E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne." (Ez 36.26)


                    VERDADE PRÁTICA 

O salvo em Cristo Jesus tem um coração novo, voltando para a Palavra de Deus e disposto a fazer a sua vontade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Romanos 2.25-29; Jeremias 31. 31-34




                        INTRODUÇÃO 

לב leb HEBRAICO
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência - parte interior, meio - meio (das coisas) - coração (do homem) - alma, coração (do homem) - mente, conhecimento, razão, reflexão, memória - inclinação, resolução, determinação (da vontade) - consciência - coração (referindo-se ao caráter moral) - como lugar dos desejos - como lugar das emoções e paixões- como lugar da coragem.

καρδια kardia - GREGO
forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”);  
denota o centro de toda a vida física e espiritual - o vigor e o sentido da vida física -  o centro e lugar da vida espiritual - a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços - do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência - da vontade e caráter - da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões - do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado.


A Bíblia, a palavra “coração” tem vários sentidos. Geralmente, não se refere ao músculo cardíaco que bombeia o sangue para todo o corpo em média com 70 a 80 batimentos por minuto, dependendo da idade da pessoa. De modo mais evidente, coração, na Bíblia refere-se ao “homem interior”: “Porventura, não conhecerá Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração” (Sl 44.21), ou os segredos da mente humana, na qual ninguém pode penetrar. Salomão escreveu: “Para a altura dos céus, e para a profundeza da terra, e para o coração dos reis, não há investigação alguma” (Pv 25.3). Jesus disse: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Existem dois tipos de coração em pessoas diferentes. O coração do salvo e o do perdido. Nessa conotação, há uma diferença enorme entre o coração de um salvo e o de um perdido sem Deus, sem Jesus. O coração do salvo é o coração “do homem bom”, diferente e oposto ao coração “do homem mau”. “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Quando a pessoa não está salva, é uma “velha criatura”, na condição de “homem natural”, que ainda não passou pelo processo do novo nascimento. A situação do “homem natural” é complicada, na sua percepção das coisas espirituais. Paulo diz: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.14-16). 

No Antigo Testamento, o profeta Ezequiel recebeu uma mensagem de Deus sobre a restauração de Israel depois de terem sofrido a ação destruidora dos seus inimigos, e o Senhor fez-lhe promessas maravilhosas para o seu futuro: “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36.24-27). 

Com base nesse texto bíblico, podemos dizer que, para receber “um coração novo”, é necessário a purificação espiritual de todas as imundícias, da idolatria e de tudo o que não agrada a Deus, de um coração “de pedra”, endurecido e insensível à voz do Senhor. Quando acontece o novo nascimento, passa-se a ter “um coração de carne”, que simboliza um coração quebrantado e inclinado a adorar e a servir ao Senhor Deus com alegria. Com um novo coração, agora inclinado para Ele, buscamos em todos os momentos da vida amá-lo e servi-lo, além de falar do seu amor para todas as pessoas que estão ao seu alcance. Para ter essa segurança, o salvo precisa buscar a Deus diariamente: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). 



                I.   O CORAÇÃO NA PERSPECTIVA BÍBLICA 

1.   O coração na Bíblia   -   O homem interior na tradução da versão KJV em inglês, de ko eso anthropos em Romanos 7.22Efésios 3.162 Coríntios 4.16 (na última referência apenas ko eso aparece, com anthropos devendo, claramente, ser entendido a partir do contexto imediato). É uma expressão paulina que se refere à natureza racional, moral e espiritual do homem, que é a esfera total na qual o ESPÍRITO SANTO efetua a sua obra convincente, renovadora e santificadora. Em resumo, é o sinônimo da alma do homem. Desse modo, não é o “novo homem”, isto é, a nova capacidade de servir a DEUS e à justiça, que DEUS misericordiosamente dá ao pecador na regeneração.

Em 2 Coríntios 4.16, Paulo está simplesmente expressando sua confiança de que, embora seu corpo físico se desgastasse por causa do estresse e do esforço de seu trabalho, seu "homem interior״, isto é, a sua alma e seu espírito seriam renovados diariamente pelo ESPÍRITO SANTO.

Em Efésios 3.16, Paulo orou para que os crentes efésios pudessem experimentar um novo avivamento do ESPÍRITO SANTO no “homem interior”. Aqui ele estava meramente expressando seu desejo e a sua súplica de que eles crescessem espiritualmente. 

 O apóstolo dirigia-se aos crentes em Jesus na famosa cidade de Corinto, numa exortação profunda sobre o seu ministério, centrado em Cristo; sobre a cegueira espiritual das pessoas incrédulas (v. 4); sobre o tesouro das revelações de Deus ante as fragilidades humanas em nosso corpo, que ele chama de “vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (v. 7). Ele conclui que, ainda que “o homem exterior’, ou seja, o corpo mortal venha passar pelo processo de envelhecimento, até à corrupção (decomposição) na morte física, o “homem interior” (espírito-alma), ou o coração, “se renova de dia em dia” (v. 16).


2.   A circuncisão do coração   -    A circuncisão ganhou importância durante o Exílio, como um sinal que distinguia os judeus do povo da Babilônia, mas o seu principal significado é ressaltado na repetida zombaria dirigida aos filisteus, como “incircuncisos” (Jz 14.3; 15.18; 1 Sm 14.6; 17.26,36; 18.25; 31,4; 2 Sm 1.20; 3.14 etc.), O Antigo Testamento também usa a palavra em um sentido aplicado ou simbólico. Em Deuteronômio 30,6, o Senhor promete que “circuncidará o... coração” (cf. também Dt 10,16; Lv 26,41; Jr 4.4; 6.10; Ez 44.7,9). A circuncisão do coração ou dos ouvidos deveria ser evidentemente entendida com o significado de vencer os obstáculos para a obediência. (Cf. referência a Moisés como sendo “incircunciso de lábios”, Êx 6.30).

 A circuncisão era uma parte do mandamento de DEUS que continha a promessa do Messias. A verdadeira circuncisão era um selo de fé (Rm 4.9-11). A fé era essencial. A verdadeira circuncisão “não feita por mão [humana]” consiste em deixar de lado o "corpo da carne” pela circuncisão em CRISTO, isto é, ser sepultado com Ele no batismo e ressuscitar com Ele (Cl 2.11,12). Quem quer que sirva a DEUS em espírito e glorifique somente a CRISTO estará verdadeiramente circuncidado (Rm 2.28,29; Fp 3.3). O Antigo Testamento enfatiza a circuncisão tanto no sentido espiritual quanto no sentido carnal. O Novo Testamento valoriza somente o sentido espiritual ao atribuir-lhe um significado mais profundo, relacionando־a com a crucificação e a ressurreição de CRISTO.


3.   Um coração novo   -   Jeremias 31:32 O antigo concerto exigia o cumprimento de suas diretrizes (Êx 19.123.33) que o povo era incapaz de realizar. Acima de todos os outros mandamentos, o povo foi instruído a amar e servir a Deus e abandonar todas as outras divindades (Ex 23.33; Dt 6.4, 5). E isso eles não cumpriram. Pais: a partir do período de peregrinação no deserto (Ex 32.1-10; Nm 25.1-9) até os dias de Manassés a história de Israel foi repleta de atividades idólatras, apenas ocasionalmente intercalada com períodos de fidelidade a Deus. O povo parecia incapaz de obedecer à aliança. Haver desposado. Como Oseias foi para Gômer, o Senhor havia sido um marido fiel e dedicado para Israel.

Jeremias 31:33 Farei. O novo concerto seria iniciado pelo próprio Deus, garantindo assim sua eficiência. Depois daqueles dias. Essa locução refere-se ao período do cumprimento da nova aliança, ou concerto, que encontrou plenitude na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Na mente, lhes imprimirei as minhas leis [...] no coração lhas inscreverei (ARA). Juntos, mente e coração representam a motivação completa das ideias, da vontade, das emoções e do espírito humano.

Jeremias 31:34 Não ensinará alguém mais. Nunca mais sacerdotes ou profetas teriam de mostrar ao povo como conhecer o Senhor. Desde o mais jovem até o mais velho, dos camponeses aos reis e príncipes, todos conheceriam o Senhor. O conhecimento de Deus é um tema fundamental em Jeremias (Jr 2.8; 4-22; 5.4; 8.7), bem como nos outros profetas (Os 5.4). Esse conhecimento é um relacionamento íntimo com Deus evidenciado pela fé, obediência e devoção. Deus irá perdoar e não mais se lembrar dos pecados e da maldade do povo que o busca em arrependimento e fé. Jesus, o Messias, cumpriu a promessa da nova aliança por meio de sua obra na cruz (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; 1 Co 11.25).

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                    II.    O CORAÇÃO DE QUEM ESTÁ EM DEUS 

1.   Um coração inclinado a Deus   -   Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”

Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.41Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).

A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.558.3Rm 8.7,85.121Co 2.14).

A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12).

A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17Ef 4.23,24Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo

, ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.95.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).

Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-1115-1724-293.6-244.7,8205.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).

Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).

Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).

O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.92Tm 2.12).


2.   Um coração consciente   -   O interior do homem tem capacidade de guardar os pensamentos, os sentimentos e o que se passa ao seu redor ou, então, desconsiderar o que Deus exige. O Senhor repreendeu Israel por não ter atentado para o juízo sobre a sua desobediência; por isso, Israel foi duramente castigado. Diz a Bíblia: “Pelo que derramou sobre eles a indignação da sua ira e a força da guerra e lhes pôs labaredas em redor, mas nisso não atentaram; e os queimou, mas não puseram nisso o coração” (Is 42.25). Quando Deus chamou Moisés para fazer com o povo de Israel um novo concerto, Ele relembrou tudo o que fizera, tirando aquele povo da escravidão do Egito, e, durante quarenta anos, fez Israel caminhar no deserto, e nada lhes faltou. O Senhor, no entanto, reclamou da falta de entendimento para com todas as maravilhas que Ele operara no meio deles. E disse a Moisés: “[...] porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje” (Dt 29.4).


3.   Deus vê o coração   -   Deus vê o coração. O coração nas Escrituras é a vida moral e espiritual no interior de uma pessoa. Provérbios 4:23 explica que tudo o que fazemos flui de nossos corações. O coração é o núcleo, a essência interior de quem somos: "A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração" (Lucas 6:45).


Para todos que o viram, Judas Iscariotes parecia um discípulo fiel, mas a sua aparência era enganadora. Os outros discípulos não tinham a menor ideia do que estava acontecendo dentro de Judas. Jesus era o único que conhecia o coração de Judas: "Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um diabo" (João 6:70). A perspectiva de Deus é mais alta, mais profunda e mais sábia que a nossa (Isaías 55:8–9).

Segunda Crônicas 16:9 diz que os olhos de Deus estão continuamente passando por toda a terra para dar força àqueles cujo coração é totalmente dele. Deus pode examinar os nossos corações, examinar as nossas motivações e saber tudo o que há para saber sobre nós (Salmo 139:1). Deus sabe se uma pessoa será fiel. Deus vê o que as pessoas não podem ver.

O Rei Davi estava longe de ser perfeito. Ele cometeu adultério e assassinato (2 Samuel 11). Mesmo assim, Deus viu em Davi um homem de profunda e permanente fé, totalmente comprometido com o Senhor. Deus viu um homem que dependeria do Senhor para obter força e orientação (1 Samuel 17:454723:2). Deus viu um homem que reconheceria o seu pecado e fracasso e que se arrependeria e pediria perdão ao Senhor (2 Samuel 12Salmo 51). Deus viu em Davi um homem que amava o seu Senhor; um homem que adorava o seu Senhor com todo o seu ser (2 Samuel 6:14); um homem que havia experimentado a limpeza e o perdão de Deus (Salmo 51) e passou a entender as profundezas do amor de Deus por ele (Salmo 13:5–6). Deus viu um homem com um relacionamento sincero e pessoal com o seu Criador. Quando Deus olhou para o coração de Davi, Ele viu um homem segundo o Seu próprio coração (Atos 13:22).

Como Samuel, não podemos ver o que o Senhor vê, e devemos confiar nEle para obter sabedoria. E podemos confiar que, quando Deus olha para os nossos corações, Ele vê a nossa fidelidade, o nosso verdadeiro caráter e o nosso valor como indivíduos.

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                III.    PROMESSAS PARA O CORAÇÃO  

1.   Um coração feliz   -  O coração alegre, ou seja, a alegria interior, produz reações químicas na mente e no corpo que contribuem para a saúde humana. É considerado um “bom remédio” para quem tem a felicidade de ter um coração assim. No mundo, o gasto com medicamentos para a mente e para o corpo alcança bilhões de dólares. A indústria farmacêutica lucra muito com a venda de milhares de medicamentos para doenças orgânicas ou emocionais. E, na maioria dos casos, tais medicamentos não resolvem a causa das enfermidades. Se, no entanto, a pessoa tem Deus na sua vida, procurando ter a presença dEle no seu dia a dia, tem a presença e a alegria do Espírito Santo, que produz alegria indizível: “Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10). O coração feliz tem a alegria do Senhor, que dá força à alma e produz saúde ao corpo. O salmista sentia-se tão feliz na presença de Deus que exclamou: “O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao rei; A minha língua é a pena de um destro escritor” (Sl 45.1). Ele quis dizer que o seu coração estava cheio de palavras boas, ou seja, palavras de ânimo, de alegria, palavras que dão satisfação ao seu possuidor e a quem ouve as suas palavras. Repreendendo os fariseus, Jesus disse: “Raça de víboras, como podeis vós dizer, boas coisas, sendo maus? Pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34, NVI). Quem tem um bom coração, na comunhão com Deus, só diz palavras boas, das quais o seu coração está cheio.


2.   Um coração cheio de amor   -    Uma vez, um doutor da Lei perguntou a Jesus qual era o maior mandamento: 

E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. (Mt 22.34-40)

O coração do crente fiel está cheio de amor. Dessa forma, podemos viver o que o apóstolo Paulo escreveu: “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5). Essa palavra quer dizer que, quando o crente confia no Senhor e nEle tem esperança, o seu coração está cheio do amor de Deus pela ação poderosa do Espírito Santo. O apóstolo Paulo fala: “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl 3.14,15). O apóstolo, pelo Espírito Santo, ensina que os servos de Deus devem ser revestidos tanto do poder de Deus (At 1.8), como também “de amor, que é o vínculo da perfeição”; seguindo essa exortação, ele assegura que “a paz de Deus, para a qual fomos chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos”. 


3.   O penhor do Espírito no coração   -   A salvação em Cristo Jesus não é, de forma alguma, apenas uma promessa religiosa; ela tem a garantia absoluta e divina de que somos salvos, transformados por Deus, e passamos a ser novas criaturas na comunhão com Ele.

 O penhor do Espírito Santo é a garantia, presenteada por Deus, de nossa salvação, desde que atendamos as condições que Deus requer para que, quem é salvo, permaneça em obediência à sua palavra, debaixo da sua santa vontade, numa vida de santificação. “Sem santificação, ninguém verá o Senhor” (Hb. 12.14). Mais do que uma garantia de salvação no sentido individual, o “penhor do Espírito Santo”, também chamado de “penhor da nossa herança”, é garantia de vitória para a Igreja do Senhor Jesus Cristo: “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória” (Ef 1.13,14). O Espírito Santo é, portanto, a maior garantia de que o Senhor Deus cumprirá integralmente todas as promessas feitas à sua Igreja.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio, As Promessas de Deus - Elinaldo Renovato, Ed. CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe

Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/09/significado-de-jeremias-31.html

https://www.gotquestions.org/Portugues/O-Senhor-ve-o-coracao.html


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