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sábado, 6 de setembro de 2025

LIÇÃO 11 - UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                        TEXTO ÁUREO  

"Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam como nós, o Espírito Santo? ( At 10.47)


                        VERDADE PRÁTICA   

O episódio da Igreja hebreia na casa do gentio Cornélio demonstra que Deus não faz acepção de pessoas.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 10. 1-8, 21-23, 44-48



                            INTRODUÇÃO   

Esta grande narrativa de Lucas mostrando em detalhes a conversão do gentio Cornélio demonstra a grande importância que esse fato tem para a fé cristã. Cornélio era um gentio e militar a serviço de Roma em Israel. Como centurião, ele comandava 100 homens (Mt 8.11; Lc 7.2-19). O texto diz que ele era da “coorte” italiana. Uma coorte era a décima parte de uma legião que era composta por 6 mil homens. Lucas destaca que Cornélio era um gentio temente a Deus. Convém destacar que, em relação à religião judaica dos dias do Novo Testamento, é possível identificar três classes de pessoas.

 Primeiramente, temos o judeu de nascença, considerado o povo da aliança. Foi aos judeus que Deus havia se revelado (Gn 12.1). Em segundo lugar, temos o “prosélito”, um gentio que se convertia ao judaísmo, submetia-se ao rito da circuncisão e guardava todas as leis cerimoniais. Por último, temos os “tementes a Deus”, um gentio monoteísta que aceitava a maioria das leis cerimonialistas do judaísmo, incluindo a observância do sábado e prescrições alimentares sem, contudo, submeter-se ao rito da circuncisão.



                I.    A REVELAÇÃO DE DEUS AOS GENTIOS 

1.    A visão de Cornélio    -   Cornélio era oficial do exército romano (v. 1). No momento, ele estava aquartelado em Cesaréia, cidade forte, recentemente reedificada e fortificada por Herodes, o Grande, e chamada Cesaréia em honra de César Augusto. Situada à beira-mar, servia muito convenientemente para a manutenção da correspondência entre Roma e seus territórios conquistados nestas regiões. Era a cidade onde o governador romano ou procônsul comumente residia (Atos 23.23,24; 25.6). Aqui havia uma coorte, ou tropa militar, ou regimento do exército romano que era provavelmente o salva-vidas do governador. Esta tropa se chamava coorte [...] italiana, porque, para se assegurarem da fidelidade dos soldados, todos eles eram romanos nativos ou italianos. Cornélio tinha o comando desta parte do exército romano. Seu nome, Cornélio, era muito usado entre os romanos, entre algumas das famílias mais antigas e nobres.

Era oficial de elevado cargo e importância: centurião. Sabemos de um desse mesmo cargo nos dias de nosso Salvador, a quem ele fez um grande elogio (Mt 8.10). Quando escolheram um pagão para ser o primeiro a receber o evangelho, não escolheram um filósofo, muito menos um sacerdote (os quais são intolerantes às suas noções e adoração e preconceituosos contra o evangelho de CRISTO), mas um soldado: um homem de pensamento mais livre. A pessoa que verdadeiramente é assim, quando a doutrina cristã lhe é apresentada, não pode senão recebê-la de bom grado. Pescadores, homens incultos e ignorantes, foram os primeiros judeus a se converterem a CRISTO, mas não quando se tratou dos gentios. O mundo tinha de saber que o evangelho possui características que o recomendam às pessoas de toda cultura refinada ou não e educação liberal ou não, como temos razão em supor que era este centurião em seu conhecimento superior.

Os soldados e oficiais militares não podem alegar que sua ocupação os isenta das restrições sob as quais outros estão, e, dando-lhes a oportunidade de viverem uma vida normal, isso não os desculpa se não forem religiosos. Cornélio era um oficial militar que aceitou o cristianismo, e nem por isso foi expulso do exército nem saiu de vontade própria. Por outro lado, era um tormento para os judeus não só o fato de os gentios serem aceitos na igreja, mas que o primeiro que foi aceito fosse oficial do exército romano, que para eles era a abominação da desolação (Mt 24.15). Embora muitos sacerdotes estivessem se convertendo (At 6.7).2. Cornélio era, de acordo com a medida de luz que possuía, um homem religioso. Foi-lhe apresentado um caráter muito bom (v. 2). 

Ele não era idólatra, nem adorador de falsos deuses ou de imagens, nem tolerava as imoralidades às quais a maior parte do mundo pagão se entregava para, por isso, puni-lo por sua idolatria. (1) Cornélio era dotado de um princípio de consideração ao DEUS vivo e verdadeiro. Ele era piedoso e temente a DEUS (v. 2). Ele cria no único DEUS, o Criador do céu e da terra, reverenciava sua glória e autoridade e temia ofendê-lo pecando. Embora fosse soldado, não lhe diminuía em nada o crédito do seu valor tremer diante de DEUS. (2) Cornélio tem uma família religiosa. Ele temia a DEUS, com toda a sua casa (v. 2).

Ele não admitia idólatras sob seu teto, mas tomava cuidado para que não só ele, mas todos os seus servissem ao Senhor. Todo homem bom fará o que puder para que todos que estão à sua volta também sejam bons. (3) Cornélio era homem muito caridoso: Ele fazia muitas esmolas ao povo (v. 2), o povo judeu, apesar das singularidades da religião judaica. Embora fosse gentio, ele tinha boa vontade em contribuir para ajudar alguém que estivesse verdadeiramente em necessidade, sem perguntar a que religião pertencia. (4) Cornélio dedicava-se muito à oração: Ele, de contínuo, orava a DEUS (v. 2). Ele separava períodos fixos para a oração e perseverava na sua comunhão com DEUS. Veja que sempre que o temor de DEUS estiver reinando no coração, será demonstrado em obras assistenciais e devocionais, e um jamais nos desculpará do outro.

(2) Cornélio é encarregado de receber mais revelações e instruções da graça divina a respeito da salvação em JESUS, que há pouco chegou ao mundo. Ele tem de enviar imediatamente homens a Jope e mandar chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro (v. 5). Este está com um certo Simão, curtidor, que tem a sua casa junto do mar (v. 6), pois se ele for chamado, ele virá. Chegando ele, ele te dirá o que deves fazer em resposta à tua pergunta: Que é, Senhor? (v. 4). Temos aqui duas coisas muito surpreendentes e merecedoras de nossa consideração: [1] Cornélio ora e dá esmolas no temor de DEUS, além de ser religioso e ter uma família religiosa. Tudo isso lhe tornava aceitável diante de DEUS. Mas ainda havia mais uma coisa que ele tinha de fazer: crer no evangelho, salvação só através de crer em JESUS CRISTO como único Salvador e Senhor, na pregação do evangelho, agora que DEUS a estabelecera entre os homens. Ele tem de fazê-lo, pois é indispensavelmente necessário para DEUS aceitá-lo futuramente. Ele já esteja aceito em seus serviços, mas não salvo. Quem crê na promessa do Messias tem de crer no cumprimento dessa promessa.

Agora que DEUS, concernente a seu Filho, revelou mais do que revelara nas profecias do Antigo Testamento, Ele exige que recebamos essa nova revelação quando nos for apresentada. Enquanto isso, nem nossas orações nem nossas esmolas sobem para memória diante de DEUS a menos que creiamos em JESUS CRISTO, pois é o que determina essa nova revelação. O seu mandamento é este: que creiamos (1 Jo 3.23). DEUS aceita orações e esmolas de quem crê que o Senhor é DEUS e não tem oportunidade de saber mais. Contudo, daqueles a quem é pregado que JESUS é o CRISTO exige-se que creiam nesta pregação e confiem somente nele para que suas pessoas, orações e esmolas sejam aceitos. [2] Um anjo do céu está diante de Cornélio falando-lhe, mesmo assim ele não receberá o evangelho de CRISTO por meio deste mensageiro celestial, nem será ele que lhe dirá o que deve fazer. Tudo o que o anjo tem a dizer é: “Chame Pedro, e ele te dirá”. Como a observação anterior dá grande honra ao evangelho, assim dá ao ministério do evangelho.


2.    A experiência espiritual de Pedro    -    A visão não foi tão clara quanto a de Cornélio, mas foi mais figurativa e enigmática a fim de causar maior impressão.1. Sobreveio-lhe a Pedro [...] um arrebatamento de sentidos (v. 10), arrebatamento não de terror, mas de contemplação, no qual foi tão completamente envolvido que deixou de perceber e de sentir as coisas exteriores. Ele se perdeu totalmente para este mundo, e assim ficou com a mente completamente livre para se relacionar com as coisas divinas, como Adão na inocência, quando lhe sobreveio um sono pesado. Quanto mais nos desembaraçamos do mundo, mais próximos ficamos do céu.


2. Pedro [...] viu o céu aberto (v. 11) para que tivesse certeza de que a autoridade para ele ir à casa de Cornélio era mesmo do céu, que foi uma luz divina que lhe mudou os sentimentos e um poder divino que o investiu desta missão. A abertura dos céus significava a abertura de um mistério que estivera escondido (Rm 16.25).


3. Pedro viu um grande lençol atado pelas quatro pontas (v. 11) e cheio de animais, que descia do céu e vinha para a terra, quer dizer, para o terraço da casa onde ele estava. O lençol continha todos os animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu (v. 12). As aves poderiam ter voado, mas ficaram aos pés do apóstolo. Eram animais domésticos e selvagens. Não havia peixes do mar, porque não havia nada neles que fosse particularmente impuro, mas se podia comer todos aqueles que possuíssem barbatanas e escamas. Certos estudiosos entendem que este grande lençol cheio representa a igreja de CRISTO. Ela desce do céu, o qual foi aberto não apenas para que ela descesse (Ap 21.2), mas para que recebesse as almas e as enviasse para cima. O grande lençol estava atado pelas quatro pontas (4 evangelhos?) para receber as pessoas de todas as partes do mundo que desejassem fazer parte dela, para reter e manter com segurança os que fossem recebidos e para que não se desviassem. Nela temos indivíduos de todos os países, nações e línguas, sem distinção de grego ou judeu, ou desvantagem para bárbaro ou cita (Cl 3.11). A rede do evangelho inclui todos, maus e bons, aqueles que anteriormente eram limpos e imundos.


4. Uma voz do céu ordenou Pedro servir-se desta abundância e variedade que DEUS lhe enviara: “Levanta-te, Pedro! Mata e come (v. 13) sem fazeres diferenciação entre animais limpos e animais imundos. A distinção entre alimentos que a lei determinava tinha o propósito de dar aos judeus alimentação saudável, diferente das que os gentios tinham como normal. Por exemplo: o peixe sem escamas e sem barbatanas se alimenta de coisas mortas que caem nas águas, por isso, proibido para os judeus. Porém aqui DEUS quer que Pedro considere todas iguais porque DEUS as santificou para ele comer (significando que DEUS quer que todos sejam salvos, tanto judeus quanto gentios).


5. Pedro se manteve firme aos seus princípios e de modo nenhum daria atenção ao impulso, embora estivesse com fome: De modo nenhum, Senhor (v. 14). A fome abre caminho por paredes de pedra, mas as leis de DEUS devem nos servir de cerca mais forte que paredes de pedra, não se podendo abri-las com facilidade. Ele permanecerá fiel às leis de DEUS, mesmo tendo uma contraordem dada por uma voz do céu que se restringiu a estas poucas palavras: Mata e come (v. 13). Para Pedro era um comando de prova para verificar se ele se manteria firme à palavra mais segura, ou seja, a lei escrita. Neste caso, sua resposta foi muito boa: De modo nenhum, Senhor. Não devemos argumentar com tentações para comer o fruto proibido, mas sim rejeitá-las peremptoriamente. Temos de espantar esse pensamento com: De modo nenhum, Senhor. A razão que Pedro dá é: “Porque nunca comi coisa alguma comum e imunda (v. 14). Até hoje, tenho mantido minha integridade nesta questão, e assim permanecerei”. Se até agora DEUS, por sua graça, nos tem guardado de pecados medonhos e repulsivos, devemos usar isto como argumento para nos abstermos de toda aparência do mal (1 Ts 5.22). Sua consciência lhe testificava que ele nunca satisfizera seu apetite com comida proibida.


6. DEUS, novamente pela voz do céu, proclamou a revogação da lei neste caso: Não faças tu comum ao que DEUS purificou (v. 15). Quem faz a lei pode alterá-la quando quiser e trazer de volta a questão ao seu estado primitivo, pois nesse caso era uma preparação para Pedro entrar na casa de Cornélio. Uma alegoria. DEUS diz para Pedro não fazer comum ou imundo ao que DEUS declarou purificado. Note que devemos receber como grande misericórdia que, pelo evangelho de CRISTO, estamos livres da distinção de pessoas. Agora toda criatura de DEUS é boa, e não há nada que rejeitar sendo recebido com ações de graças (1 Tm 4.4).


7. Aconteceu isto por três vezes (v. 16). O grande lençol foi içado e logo descido mais duas vezes, em cada vez ocorrendo a mesma ordem para Pedro: Mata e come (v. 13), e pela mesma razão: Não faças tu comum ao que DEUS purificou (v. 15). Mas não sabemos se a recusa de Pedro foi repetida na segunda e na terceira vez. A visão tripla de Pedro, como o sonho duplo de faraó, visava a mostrar que a coisa era certa (Gn 41.32) e lhe prender toda atenção. As instruções que recebemos nas coisas de DEUS, quer ouvindo a pregação da palavra, ou olhando os sacramentos, precisam de ser repetidas com frequência: Mandamento sobre mandamento, mandamento e mais mandamento, regra sobre regra, regra e mais regra (Is 28.10). Mas, por fim, o vaso tornou a recolher-se no céu (v. 16). Os estudiosos que entendem que este vaso representa a igreja, incluindo judeus e gentios, como o vaso incluía seres limpos e imundos, afirmam que significa muito habilmente a admissão dos gentios crentes na igreja e também no céu, na Jerusalém de cima. JESUS abriu o Reino dos Céus para todos os que crêem.

A providência que muito convenientemente explicou esta visão, e mostrou a Pedro sua intenção (vv. 17,18).  O que JESUS fazia, Pedro não sabia então (Jo 13.7). Pedro duvidou entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto (v. 17). Não havia razão para ele duvidar da verdade da visão, visto que era uma visão celestial. Sua dúvida girava em torno do significado da visão. Note que JESUS se revela ao seu povo por etapas, gradualmente, e não de uma vez. Ele deixa que os seus fiquem duvidando por algum tempo, meditando sobre isso ou aquilo e discutindo de um lado para outro em seus pensamentos, antes de Ele mesmo os esclarecer.  Pedro logo saberá de tudo, pois eis que os varões que foram enviados por Cornélio (v. 17) haviam acabado de chegar a casa e estavam parados à porta, perguntando [...] se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali (v. 18). A incumbência desses varões explicará o significado da visão de Pedro. Note que DEUS sabe os serviços que temos de fazer futuramente e nos prepara. Nós entenderemos bem o significado do que Ele nos ensinou quando tivermos a oportunidade de usar esses ensinamentos.


3.    A urgência da pregação do Evangelho    -   A Escritura salienta que DEUS não faz acepção de pessoas (Dt 10.17; 2 Cr 19.7; Jó 34.19; Rm 2.11; Cl 3.25; 1 Pe 1.17). Ele não julga a favor de alguém por causa de vantagem externa alheia aos méritos da causa. DEUS nunca perverte o julgamento por respeito ou considerações pessoais, nem favorece o homem mau em uma coisa má por causa da sua beleza, estatura, país, ascendência, parentela, riqueza ou honra no mundo. DEUS, como benfeitor, favorece arbitrariamente e por soberania (Dt 7.7,8; 9.5,6; Mt 20.10), mas, como juiz, Ele não dá a sentença, pois em qualquer nação e em qualquer denominação, aquele que [...] teme a DEUS e faz o que é justo, esse lhe é agradável (v. 35). 

Isso pode ser entendido assim: DEUS nunca justificou e salvou nem justificará e salvará um judeu ímpio que viveu e morreu impenitente, mesmo que fosse da descendência de Abraão (Rm 9.7) e hebreu de hebreus (Fp 3.5), e tivesse todas as honras e vantagens pertinentes à circuncisão. Ele retribuirá indignação e ira, [...] tribulação e angústia sobre toda alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu, cujos privilégios e religião em vez de protegê-lo do juízo de DEUS, agravam-lhe a culpa e a condenação (veja Rm 2.3,8,9,17). Embora DEUS tenha favorecido os judeus acima dos outros povos com a honra de pertencerem à igreja visível, Ele não aceitará ninguém que se entregue à imoralidade que contradiga o que tal indivíduo professe; e particularmente na perseguição, que agora era, mais que qualquer outro, o pecado nacional dos judeus.


 DEUS nunca rejeitou ou recusou nem nunca rejeitará ou recusará um gentio justo, que, mesmo não tendo os privilégios e vantagens de que os judeus dispõem, como Cornélio, teme a DEUS, adora-o e faz o que é justo (v. 35), a saber, é justo e caridoso para com todos os homens e vive segundo a luz que tem em suas práticas religiosas sinceras e em seu intercâmbio social regular. Seja qual for a nacionalidade do gentio, mesmo sendo de parentesco bem distante da descendência de Abraão, tendo caráter vil e até má reputação, isso não lhe estará em detrimento. DEUS julga os homens pelo coração, não por sua nacionalidade ou ascendência. Sempre que Ele encontrar um homem sincero, DEUS se mostrará um DEUS sincero (Sl 18.25). 

Veja que temer a DEUS e fazer o que é justo são duas coisas que têm de estar juntas (v. 35). Como a justiça para os homens é um ramo da verdadeira religião, assim a religião para DEUS é um ramo da justiça universal. A religiosidade e a justiça têm de estar juntas, e nem uma das duas desculpará a falta da outra. Mas não há dúvida de que o homem em quem predominam estas duas qualidades agrada a DEUS. Não é que todo homem, desde a queda, possa obter o favor de DEUS que não pela mediação de JESUS CRISTO e pela graça de DEUS nele. Mas os que não têm o conhecimento de JESUS, e, portanto, não podem lhe dar a devida consideração, ainda podem receber a graça de DEUS, temer a DEUS e fazer o que é justo. Sempre que DEUS dá graça para isso, como deu para Cornélio, Ele deseja, por meio de CRISTO, aceitar a obra de suas próprias mãos. 

(1) Esta sempre foi uma grande verdade antes de Pedro a reconhecer: DEUS não faz acepção de pessoas (v. 34). Desde o princípio, era uma lei fixa de julgamento: Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado e o seu castigo jazem à porta (Gn 4.7). No grande Dia, DEUS não perguntará de que país os homens são, mas o que eram, o que fizeram e como foram afetados com relação a Ele e ao próximo. Se as características dos homens não estabeleceram vantagem nem desvantagem concernente à grande diferença que existia entre os judeus e os gentios, muito menos o faria qualquer diferença menor de sentimentos e práticas que haja entre os cristãos, quanto a questões de alimentos e dias (Rm 14.1-23). É certo que o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO, e quem nisto serve a CRISTO agradável é a DEUS e aceito aos homens (Rm 14.17,18).



                II.    A SALVAÇÃO DOS GENTIOS 

1.     Pregação aos gentios    -    Temos aqui o sermão que Pedro pregou para Cornélio e seus familiares e amigos, quer dizer, um resumo do sermão, pois é lógico que ele lhes testemunhou e os exortou com muitas outras palavras. A frase: E, abrindo Pedro a boca (v. 34), deixa implícito que ele se expressou com muita reverência e profundidade, ao mesmo tempo com plena liberdade e grande fluência. Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, disse Paulo (2 Co 6.11). “Vós nos achareis comunicativos, se nós vos acharmos questionadores.” Até este ponto da história da Igreja, a boca dos apóstolos esteve fechada para os gentios incircuncisos, pois eles não tinham nada a lhes dizer. Mas agora, DEUS deu aos apóstolos, como deu a Ezequiel, autoridade para abrir a boca (Ez 29.21). 

O sermão de Pedro é admiravelmente adequado às circunstâncias daqueles a quem ele o pregava. Era um sermão novo. Pela razão de serem gentios aqueles a quem Pedro pregava, ele mostra que, a despeito disso, eles estavam interessados no evangelho de CRISTO (o qual ele era obrigado a pregar) e tinham direito aos seus benefícios em condições iguais aos judeus. Era necessário que este quesito ficasse claro, caso contrário com que bem-estar ele poderia pregar ou eles ouvirem? O apóstolo estabelece este ponto como princípio incontestável: DEUS não faz acepção de pessoas (v. 34), ou, como diz a frase em hebraico: “DEUS não conhece favor em julgamento”, algo que os magistrados são proibidos de fazer (Dt 1.17; 16.19; Pv 24.23) e culpados por fazer (Sl 82.2).


2.    A conversão dos gentios    -   Por que Cornélio e seus familiares e amigos têm de crer em JESUS. A fé tem referência a um testemunho, e a fé cristã é edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas (Ef 2.20), é edificada sobre o testemunho dado pelos apóstolos e pelos profetas. (1) Pelos apóstolos. Pedro, como primeiro entre os apóstolos, fala pelos demais dizendo que DEUS os mandou e os encarregou de pregar ao povo e testificar (v. 42) acerca de JESUS, para que o testemunho fosse crível e autêntico, e no qual pudéssemos aventurar-nos a aceitar. O testemunho dos apóstolos é o testemunho de DEUS. Eles são suas testemunhas para o mundo. Eles não somente transmitiram a mensagem como notícia, mas testemunharam como algo publicamente conhecido e pelo qual os homens serão julgados.

 (2) Pelos profetas do Antigo Testamento, cujo testemunho de antemão, não só concernente aos sofrimentos de JESUS, mas também relativos ao desígnio e intenção desses sofrimentos, confirma sem sombra de dúvida o testemunho que os apóstolos deram a respeito deles: A este dão testemunho todos os profetas (v. 43). Temos razão para supor que Cornélio e seus familiares e amigos não desconheciam os escritos dos profetas. Da boca destas duas nuvens de testemunhas, que com tanta exatidão concordam entre si, esta palavra é confirmada (Mt 18.16).2. O que Cornélio e seus familiares e amigos têm de crer concernente a JESUS. (1) Que todos nós prestemos contas a JESUS como nosso Juiz. Os apóstolos foram ordenados a testemunhar ao mundo que este JESUS foi constituído [...] por DEUS [...] juiz dos vivos e dos mortos (v. 42). 

Ele foi autorizado a prescrever as condições de salvação, por cujas normas devemos ser julgados, a dar leis para os vivos e os mortos, tanto aos judeus quanto aos gentios. Ele foi nomeado a determinar a situação eterna de todos os filhos dos homens no grande Dia, dos que então estiverem vivos e dos que então serão ressuscitados. Ele nos deu certeza dessa realidade, ressuscitando-o dos mortos (Atos 17.31), de forma que é de suma importância que cada um de nós, na certeza disso, busque o favor de JESUS e o faça seu amigo. (2) Que se nós crermos em JESUS seremos todos justificados por Ele como nossa justiça. Os profetas, quando falaram da morte de JESUS, estavam testemunhando que, pelo seu nome, por Ele e por conta do seu mérito, todos os que nele crêem, judeus ou gentios, receberão o perdão dos pecados (v. 43). 

Esta é a essência de que precisamos, sem a qual estamos perdidos, sobre a qual a consciência convencida tem curiosidade em saber, da qual os judeus segundo a carne se asseguram pelos seus sacrifícios e purificações cerimoniais e até os pagãos pelas suas expiações; mas é tudo vão! O cerne da questão é que o perdão dos pecados tem de ser somente pelo nome de JESUS CRISTO e somente por quem crê nesse nome. Os que crêem no nome de JESUS CRISTO têm a firme certeza de que os pecados são perdoados e que não há condenação para eles. O perdão dos pecados estabelece a fundação para todos os outros favores e bênçãos, removendo do caminho o que os impede. Se os pecados estão perdoados, então tudo está bem e terminará bem para sempre para os que se arrependem e se entregam a DEUS, crendo em JESUS coo único salvador e senhor.



                    III.     O ESPÍRITO DERRAMADO SOBRE OS GENTIOS 

1.    O Espírito prometido    -    O Espírito foi derramado sobre os gentios enquanto Pedro ainda pregava a Palavra. Um sinal notório serviu de evidência para os crentes judeus presentes que vieram com Pedro de que a salvação, de fato, fora dada aos gentios. Eles haviam recebido o Espírito Santo. Eles também os ouviram falar em outras línguas e magnificar a Deus. Fica evidente que esses crentes nessa época consideravam o fenômeno do falar em línguas como a evidência do batismo pentecostal.


2.    O Espírito recebido    -     Convém destacar que o falar em línguas em Atos (2.4; 10.46; 19.6) é o mesmo em natureza e essência daquelas faladas em 1 Coríntios (14.2,4,5,13,14), porém diferindo no seu propósito. Na ocorrência de Atos 2.4, foram reconhecidas pelos presentes, mas isso não aconteceu com as línguas de Atos 10.46 e em 1 Coríntios, que, neste último caso, precisavam de interpretação para serem entendidas. Assim, as línguas são sempre espirituais, uma vez que são inspiradas pelo Espírito Santo, podendo, dessa forma, ser conhecidas por quem ouve e desconhecidas para quem fala ou desconhecidas para quem ouve e para quem fala, a menos que haja interpretação. A razão de que essas línguas são sempre espirituais está no fato de que o falante de línguas deve orar para interpretá-las, e não estudar como se requer de um aprendiz de idiomas (1 Co 14.13). Assim, em Corinto, por haver indoutos e descrentes no culto, havia a necessidade de alguém, também movido pelo Espírito, interpretar as línguas que estavam sendo faladas. 

Todavia, em uma reunião de caráter privativo, como a que aconteceu na casa de Cornélio em Cesareia, isso não era necessário. Dizer que as línguas em Atos eram autênticas por tratar-se de idiomas reais e, em Corinto, um falar “extático” sem sentido algum porque não eram compreendidas não tem fundamentação. Quem pensa assim desconsidera, por exemplo, o alto conceito que Paulo tinha sobre o fenômeno glossolálico em 1 Coríntios 12—14. Paulo  afirmou que as línguas em Corinto permitiam a quem falava comunicar-se diretamente com Deus (1 Co 14.2), trazendo, dessa forma, edificação ao falante; edificava a quem ouvia quando interpretadas (1 Co 14.5); e engrandeciam a Deus como expressão de louvor (1 Co 14.14-17). O próprio Paulo era grato a Deus por falar línguas em abundância (1 Co 14.18).


3.    Um pentecostes "visto" e "ouvido"    -    Que o fato que encerrou o caso foi o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre os ouvintes gentios, o batismo com o ESPÍRITO SANTO, com a evidência do falar em línguas. Foi o que completou a evidência de que era a vontade de DEUS que Ele trouxesse os gentios em comunhão. [1] O fato era claro e inegável: “Quando comecei a falar” (v. 15) (talvez com certa relutância secreta no peito, duvidando se ele estava no direito de pregar para incircuncisos), “logo caiu sobre eles o ESPÍRITO SANTO em sinais tão visíveis como também sobre nós ao princípio, no que não poderia haver falácia”. Assim DEUS atestou o que foi feito e expressou sua aprovação. Essa pregação é correta, pois o ESPÍRITO SANTO foi derramado. 

O apóstolo supõe esta verdade, quando argumenta com os gálatas: Recebestes o ESPÍRITO pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (Gl 3.2). [2] Com esse fato, Pedro lembrou-se de uma declaração do Mestre (Atos 1.5), quando ele estava a ponto de ascender aos céus: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO (v. 16). Isto dá a entender, em primeiro lugar, que o batismo com o ESPÍRITO SANTO era o dom de CRISTO, e o produto e cumprimento da sua promessa, a grande promessa que Ele deixou com os discípulos quando Ele foi para o céu. Era-lhe indubitável que esse dom viesse; e que e enchimento deles com o ESPÍRITO SANTO era feito e obra de CRISTO. Como fora prometido por sua boca, assim foi executado por sua mão, sendo símbolo do seu favor.

 Em segundo lugar, que o dom do ESPÍRITO SANTO era o batismo com o ESPÍRITO SANTO que receberam de maneira mais excelente do que os que foram batizados nas águas. [3] Comparando esta promessa do Mestre (v. 16), assim redigida, com o dom que acabou de ser ofertado, quando foi levantada a questão se estas pessoas deveriam ou não ser batizadas, Pedro concluiu que a questão foi levantada pelo próprio CRISTO: “Portanto, se DEUS lhes deu o mesmo dom (batismo com o ESPÍRITO SANTO) que a nós (v. 17), judeus, e a nós nos dias de hoje, quando cremos no Senhor JESUS CRISTO, bem como a eles quando creram também nele, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a DEUS? Poderia eu recusar batizar com água aqueles a quem DEUS batizara com o ESPÍRITO SANTO? Poderia eu negar o sinal a quem o Senhor JESUS CRISTO dera a coisa significada? Mas quanto a mim, quem era [...] eu? Quê! Eu posso interditar a ação de DEUS? Cabe a mim controlar a vontade divina ou opor-me às deliberações celestiais?” Note que as pessoas que impedem a conversão das almas estão resistindo a DEUS. E as pessoas encarregam-se com muita responsabilidade tramando como excluir da comunhão as almas que DEUS aceitou em comunhão com Ele.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

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Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)



segunda-feira, 1 de setembro de 2025

LIÇÃO 10 - A EXPANSÃO DA IGREJA.

  

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II



                    TEXTO ÁUREO  

"Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo." (At 8. 4,5)


                    VERDADE PRÁTICA 

 A Igreja só crescerá quando ultrapassar seus próprios limites e levar a mensagem de Cristo para além de suas paredes.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 8. 1-8, 12-15



                    INTRODUÇÃO  


Já temos escrito bastante sobre a perseguição aos cristãos de Jerusalém. Desde o seu início, a Igreja enfrentou questiona mentos, oposição e perseguição. Quando a Igreja nasce no Pentecostes, os curiosos presentes já apresentavam os seus primeiros questionamentos: “Que quer isto dizer?” (At 2.12). A fé cristã nasce chamando a atenção e provocando interrogações. A medida que a Igreja crescia e aumentava a sua influência, passou a ser vista como uma nova concorrente da fé já estabelecida. Isso porque mais e mais pessoas agregavam-se à nova doutrina. Os cristãos passaram, então, a ser invejados pelo judaísmo. A fé que era admirada passa, agora, a ser contestada. A perseguição, portanto, sempre esteve presente na História da Igreja. A missão “Portas Abertas”, que se dedica a ajudar cristãos perseguidos em todo o mundo, destaca que:

 A perseguição, como temos visto, nunca se afastou da igreja. Certamente, para os que viveram durante as primeiras ondas de perseguição que varreram a história eclesiástica, ser perseguido parecia fazer parte normal da vida cristã. De fato, a perseguição tem acompanhado a história da igreja, mas ela vem e vai como o movimento das ondas do mar. Os períodos de “tolerância” foram conseguidos a duras penas, seguidos inevitavelmente por novos ataques, tanto por forças de fora da igreja ou, tragicamente, de dentro dela própria. Nós, no Ocidente, no início do terceiro milênio, temos desfrutado de um longo período de liberdade religiosa. A história, no entanto, nos ensina que não há garantia de que essa liberdade continue.

 No capítulo 8 de Atos, temos, na verdade, o que poderiamos chamar de as consequências ou efeitos da perseguição. Estêvão já havia sido martirizado por conta da sua fé, e os cristãos estavam sendo espalhados por toda parte. A igreja expande-se, mas não de forma voluntária e organizada. Até então, nenhum plano de evangelismo ou implantação de igreja havia sido discutido com vistas ao cumprimento da Grande Comissão. O projeto “confins da terra” (At 1.8) ainda não havia saído do papel.


                I.    A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO 

1.    Embora perseguida, não fragmentada    -    Tudo isso mudou com a morte de Estêvão e o consequente aumento e expansão da perseguição. Aqui, precisamos chamar a atenção para um fato: embora a incursão evangelística dos cristãos que saíram de Jerusalém não tenha sido organizada nem planejada, mas motivada pela perseguição, não há nenhuma dúvida de que Deus usou essa circunstância para a expansão do seu Reino. No contexto bíblico, esse fato é de fácil verificação. José do Egito, por exemplo, tinha consciência de que o Senhor havia usado circunstâncias adversas para a preservação do seu próprio povo: “Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 41.7). O Senhor agiu com Ester da mesma forma (Et 4.14). 

 Outro fato que nos chama a atenção é que, embora, os cren tes tenham se dispersado, não perderam a motivação por conta  disso. O alvo de uma perseguição religiosa é sempre intimidar, dispersar e acabar com a fé concorrente. Há uma pressão social e psicológica que é posta sobre os perseguidos. Geralmente, as perseguições, de alguma forma, acabam calando a voz ou arrefecendo a fé dos perseguidos. Muitos que são perseguidos perdem o ânimo e acabam silenciados. Isso, contudo, não acontece com a Igreja de Jerusalém. Expulsos dos seus habitats, aqueles cristãos difundiam a fé por onde iam. A igreja estava dispersada, mas não fragmentada. Cada cristão era um foco de avivamento. Continuavam enlutados, mas não desesperados! Estavam motivados e inspirados a pregar o poderoso nome de Jesus.


2.    A igreja em luto    -     Podemos encarar o martírio como uma tragédia absoluta, tanto para aqueles que sofrem nas mãos dos terroristas quanto para aqueles que são deixados para trás.

No entanto, a glória de Deus frequentemente resplandece através dos mártires de maneiras que não conseguimos explicar.

O pastor puritano Thomas Brooks escreveu que Deus muitas vezes se revela mais próximo do seu povo quando a perseguição é mais intensa.

Ele frequentemente abre as janelas do paraíso para dar-lhes um vislumbre do céu em seu sofrimento, assim como fez durante o apedrejamento de Estevão.

O martírio ainda ocorre hoje em muitas partes do mundo.

Em 2020, o Boko Haram, um grupo terrorista associado ao Estado Islâmico na Nigéria, decapitou Lawan Andimi, um pastor nigeriano cujo vídeo como refém encorajou e inspirou muitos.

No entanto, Deus permitiu que ele fosse martirizado. Podemos nos perguntar, por quê?

O grande pai da igreja, Tertuliano, escreveu que “o sangue dos mártires é de fato a semente da fé”.

O que ele quis dizer foi que através da morte dos mártires, muitos são chamados a uma fé maior.

Testemunhando o apedrejamento de Estevão, eu me pergunto se isso não desempenhou um papel na conversão de Saulo a Cristo?

Thomas Hawkes foi queimado na fogueira em 1555 por não renunciar à sua fé no evangelho de Cristo.

Ele havia dito firmemente a seus seguidores antes de sua morte que a graça de Deus seria suficiente.

Prometeu-lhes que, como sinal, se as chamas fossem suportáveis e se a fé valesse a pena, ele levantaria as mãos para o céu e aplaudiria 3 vezes.

Enquanto as chamas consumiam sua pele e ele sofria em total agonia, seus seguidores aguardavam por um sinal.

Finalmente, Thomas ergueu as mãos carbonizadas e aplaudiu três vezes. A graça de Deus foi realmente suficiente.

Ao lembrarmos daqueles que foram martirizados e ao lermos sobre aqueles que atualmente estão ameaçados de morte por causa de sua fé, é um bom lembrete para orarmos pela igreja perseguida.


3.     Mas não desesperada    -   O apedrejamento de Estevão é um lembrete poderoso para todos nós que professamos fé em Deus. Demonstra que Ele pode nos usar de maneiras extraordinárias quando estamos cheios do Espírito Santo.

Devemos constantemente buscar essa plenitude. Quando confrontados com a perspectiva de sofrimento, devemos nos lembrar de que a graça de Deus é suficiente para nos sustentar nesses momentos difíceis.

Embora o martírio seja uma tragédia humana, é uma vitória para Cristo. Como crentes, devemos apoiar aqueles que enfrentam perseguição, sustentando-os com nossas orações.



                II.     A IGREJA QUE EVANGELIZA 

1.    Evangelização centrada na Palavra     -    Filipe foi um dos dispersos que ia “por toda parte anunciando a palavra” (At 8.4). O seu ministério em Samaria teve por fundamento a Palavra de Deus: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João” (At 8.14). O seu ministério, portanto, era logocêntrico. Já pudemos observar que a ênfase na pregação da Palavra de Deus é um tema recorrente no livro de Atos dos Apóstolos. Pedro já havia dito que a pregação da Palavra era prioridade dos apóstolos (“Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra”, At 6.4) e orado pedindo que Deus concedesse a eles a ousadia necessária para pregar a Palavra (“[...] concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra”, At 4.29). 

Se firmarmos nossa pregação e ministério na Palavra de Deus, então não tem como as coisas não darem certo. Tudo que tem como base a Palavra do Senhor funciona. A Palavra de Deus não volta vazia: “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que rne apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11). Um fato a ser destacado na pregação de Filipe era o seu conteúdo. O texto afirma que Filipe “pregava acerca do Reino de Deus” (At 8.12). O Reino deve estar no centro da pregação. No livro de minha autoria, 0 Corpo de Cristo (CPAD, 2024), chamei a atenção para os aspectos presente e futuro do Reino de Deus. 

Sobre o aspecto presente, escrevi: O Reino de Deus no seu aspecto presente já pode ser sentido. Isso fica claramente demonstrado na resposta de Jesus aos fariseus que o acusaram de estar possuído por Belzebu quando Ele libertava um oprimido pelo Diabo. Naquela passagem bíblica, Jesus assegurou que a libertação do endemoninhado era uma prova cabal da presença do Reino entre eles (Mt 12.28). Assim também, inúmeras outras Escrituras destacam o Reino de Deus como uma realidade presente como, por exemplo, Colossenses 1.13.


2.    Evangelização centrada em Cristo    -     A centralização em Cristo do ministério de Filipe é claramente demonstrada no texto bíblico em Atos 8.5 (“E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo”) e em Atos 8.12 (“Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do [...] nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres”). Pregar a Cristo e o nome dEle é pregar tudo o que Cristo é e representa. 

A pregação no contexto da Igreja Primitiva era centrada na cruz de Cristo e tinha como tema central a sua morte, ressurreição e glorificação. Tanto os apóstolos como os demais crentes demonstravam nas suas vidas e testemunhos que Jesus Cristo continuava vivo! A cura dos doentes e a libertação dos oprimidos pelo Diabo em solo samaritano por meio da pregação de Filipe eram uma prova incontestável de que Jesus Cristo havia ressuscitado.



                III.    A IGREJA QUE DÁ SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO 

1.     O suporte da igreja    -    No relatado no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 8, versículos 14 a 17, os apóstolos em Jerusalém, ao saberem que os samaritanos tinham recebido a mensagem de DEUS, enviaram seus principais líderes, Pedro e João, para a região. A missão dos apóstolos era orar para que os samaritanos recebessem o batismo com o ESPÍRITO SANTO, um dom divino que ainda não havia sido concedido a nenhum deles, apesar de já terem sido batizados em nome de JESUS (nas águas). 

Contexto da História

·        A Evangelização de Samaria:

Filipe, o evangelista, estava pregando em Samaria, e muitos samaritanos aceitaram a palavra de DEUS, toda a cidade estava alegre porque ouviam e viam os sinais que Filipe fazia (At 8.6). 

·        A Chegada dos Apóstolos:

Os apóstolos em Jerusalém ouviram a notícia e enviaram Pedro e João para confirmar a fé dos novos convertidos e ministra-lhes o batismo com o ESPÍRITO SANTO pela imposição de suas mãos. 


Pedro e João foram a Samaria e oraram para que os samaritanos recebessem o batismo com o ESPÍRITO SANTO, o que aconteceu quando eles lhes impuseram as mãos. 


Este evento foi crucial para a evangelização do mundo, marcando a entrada dos samaritanos na igreja e confirmando a universalidade da mensagem do Evangelho. 

·        

A passagem demonstra que o ESPÍRITO SANTO era concedido pela imposição das mãos dos apóstolos, enfatizando a importância da comunidade e da unidade na fé, batismo esse que pode acontecer antes do batismo nas águas (At 10.44) ou depois (At 19.5-7) e até mesmo no mesmo instante coo temos visto acontecer várias vezes atualmente. 

·        

A história também mostra a tentativa de Simão, o Mago, de comprar o poder de conceder o ESPÍRITO SANTO com dinheiro, sendo firmemente repreendido por Pedro, que o alertou que o dom de DEUS não pode ser comprado. Este, arrependido pediu a oração dos apóstolos por ele.


2.    A igreja que discipula   -   No livro de Atos dos Apóstolos, a igreja tinha como um de seus focos principais o discipulado, onde os líderes ensinavam os outros discípulos a seguir JESUS, levando-os a crescer na fé, no conhecimento da Palavra de DEUS e no poder de DEUS. Isso era evidenciado pela formação de discípulos que, por sua vez, formavam e ensinavam outros, culminando no crescimento da igreja. 

Evidências do discipulado em Atos:

·        Ensino e formação de líderes:

Os apóstolos e presbíteros ensinavam a Palavra de DEUS para que todos os membros pudessem crescer na fé. Além disso, havia uma preocupação em formar novos líderes para garantir a continuidade da expansão da igreja (exemplos: Estevão, Filipe e Barnabé). 

·        Crescimento através da oração e evangelização:

A oração era um princípio fundamental que mantinha a igreja ativa, e a evangelização era feita de forma discipuladora, ou seja, relacionamentos intencionais com o objetivo de transformar pessoas em discípulos de JESUS. 

·        Compromisso com a comunidade:

Os primeiros cristãos se viam como uma família, compartilhando seus bens e ajudando uns aos outros, o que demonstra um ambiente propício para o crescimento e o cuidado mútuo, que são elementos essenciais do discipulado. 

·        Ação do ESPÍRITO SANTO:

O livro de Atos enfatiza como o ESPÍRITO SANTO agia nas pessoas e congregações, capacitando-os para o ministério e o crescimento da igreja através da pregação do evangelho. 

Em resumo, o livro de Atos descreve um modelo de igreja que praticava o discipulado de forma intencional, buscando o crescimento de cada membro e a expansão do Reino de DEUS através de um processo contínuo de ensino, relacionamento e formação de novos líderes. 

 

3.    Sem o recebimento do Espírito, o discipulado está incompleto    -     A Bíblia em Atos mostra diferentes cenários, e prova que o batismo com o ESPÍRITO SANTO era indispensável para um discipulado completo, além de ser um elemento fundamental para a vida cristã. Em Atos 10 Cornélio e os seus foram batizados batismo com o ESPÍRITO SANTO antes do batismo nas águas e depois foram batizados nas águas indicando que o batismo com o ESPÍRITO SANTO é mais importante e necessário que o batismo nas águas como dito por Pedro que justificou o batismo nas águas desses por causa do batismo com o ESPÍRITO SANTO que haviam já recebido.

 Em Atos 19, os discípulos de João foram batizados em nome de JESUS e receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO, indicando que o batismo de João não era suficiente para a transformação completa. Em Atos 10, Cornélio e sua família receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO antes do batismo nas águas, demonstrando que a experiência com o batismo com o ESPÍRITO SANTO pode preceder o batismo nas águas. O que a experiência dos discípulos de Atos evidencia é a necessidade da transformação e do poder do ESPÍRITO SANTO para a plenitude do discipulado. 

Exemplos em Atos:

·        

Paulo encontra 12 discípulos que haviam recebido apenas o batismo de João através de Apolo que os convenceu deque JESUS era o Messias. Ao serem batizados em nome do Senhor JESUS e receberem a imposição das mãos, receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO, falando em línguas e profetizando. Isso mostra que apenas o batismo de João não era o correto nem suficiente, pois os batizou de novo, agora em nome de JESUS (como deve ser feito) e lhes impôs as mãos e receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO, agora sim, a experiência cristã completa, que envolve o batismo com o ESPÍRITO SANTO. 

·       Os gentios, liderados por Cornélio, receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO antes de serem batizados nas águas. Eles demonstraram evidências de terem recebido o batismo com o ESPÍRITO SANTO, pois falaram em línguas, e foi por essa razão que Pedro permitiu que fossem batizados nas águas. Este caso ilustra que o recebimento do batismo com o ESPÍRITO SANTO não é exclusivo aos batizados nas águas, mas pode ocorrer antes, como parte da obra transformadora do ESPÍRITO na vida do crente. 




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

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Livro Estêvão, O Primeiro Apologista do Evangelho - Ciro Sanches Zibordi, Editora: CPAD

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