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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

LIÇÃO 06 - UMA IGREJA NÃO CONIVENTE COM A MENTIRA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                TEXTO ÁUREO

"Disse, então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? (At 5.3)


                VERDADE PRÁTICA

Como toda forma de engano, a mentira é pecado. Devemos, pois, andar sempre na luz da verdade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 5. 1-11



                        INTRODUÇÃO

Em um profundo contraste com a falta de egoísmo de outros membros da igreja, eles fingiram dar à igreja o valor total da venda de sua propriedade, mas na realidade estavam separando uma parte para si mesmos. Pedro repreendeu Ananias, que imediatamente caiu morto por um julgamento Divino. Algumas horas mais tarde, Safira foi igualmente julgada pelo mesmo esforço de enganar. É importante perceber que Pedro previa, mas não decretava esses julgamentos, que eram atos exclusivos de DEUS. A severidade do julgamento de DEUS é um aviso para todos, e se repetiu no caso de Paulo com Elimas, mas depois, não mais, por causa da sua tolerância e do desejo que tem de que nos arrependamos. Existe a possibilidade de estar sendo exercido, como avisado em 1 Co 11.30.

Parece-nos, às vezes, que existem “pecadinhos” e “pecadões”. Na verdade não existe! O que diferencia os erros são as consequências. Você já contou uma mentirinha? Quais foram as consequências? Na lição desse domingo veremos que uma mentira custou a vida de um casal. Isso pode parecer cruel, mas ao longo da lição veremos que a falta de temor a DEUS e a mentira podem trazer sérios danos e graves consequências para o crente. Que a lição de hoje possa conscientizar seus alunos de que o temor a DEUS evita que o crente peque. 

 Ananias é culpado de todas estas acusações com os agravantes supramencionados: Por que formaste este desígnio em teu coração? (v. 4). Veja que, embora Satanás lhe tivesse enchido o coração para mentir, o apóstolo declara que Ananias o designou no coração, o que mostra não podermos abrandar nossos pecados pondo a culpa no diabo. Ele tenta, mas não pode forçar. Cada um de nós é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1.14). É o pecador que concebe no próprio coração a coisa má que é dita ou feita. Portanto, se fores escarnecedor, tu só o suportarás (Pv 9.12). O encerramento da acusação é muito grave, mas igualmente justo: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). Veja como o profeta enfatiza a acusação feita contra Acaz: Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu DEUS? (Is 7.13). E Moisés na acusação feita contra Israel: As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o Senhor (Êx 16.8). O mesmo ocorre aqui: “Tu podias nos enganar, pois somos homens como tu, mas não erreis: DEUS não se deixa escarnecer (Gl 6.7)”. Se pensarmos que conseguimos trapacear DEUS, constataremos que no fim das contas teremos trapaceado fatalmente a nós mesmos. 


            I.    O DIABO, O PAI DA MENTIRA

1.   É da natureza satânica mentir    -    Antes, contudo, de entrarmos nessas questões e analisarmos a questão em foco aqui — a mentira de Ananias e Safira —, é preciso destacar que a mentira é condenada na Bíblia (Êx 20.16; Ef 4.25). Assim, mentir é um ato errado porque é contrário à natureza de Deus (Tt 1.2; Hb 6.18), revelando, dessa forma, que o mentiroso não tem comunhão com Deus.

 Nesse aspecto, 

 Todo falso testemunho e mentira são proibidos ao povo de Deus (Êx 20.16; Pv 12.22; Cl 3.9). A extrema seriedade do delito é indicada nas Escrituras pela morte de Ananias e Safira (At 5.1-11) e pelo lugar dos mentirosos impenitentes no juízo final (Ap 21.8; 22.15). A oposição bíblica a toda mentira tem sua origem no fato de que o povo de Deus deve sua vida e sua lealdade ao “único Deus verdadeiro” (Jo 17.3). Jesus Cristo é “a verdade” Jo 14.6). O Espírito Santo é “o Espírito da verdade” Jo 16.13). A Palavra é sempre “a verdade” Jo 17.17). Por outro lado, Satanás é “mentiroso e pai da mentira” Jo 8.44). Fundamental no pecado humano e na sua alienação de Deus é a escolha dos homens que “mudaram a verdade de Deus em mentira” (Rm 1.25). Não há meio-termo; o povo de Deus é exortado assim: “... deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo” (Ef 4.25). A escolha é entre o caminho de Deus e o caminho de Satanás.


2.    A mentira como um ardil maligno    -    Essa narrativa bíblica é bem concisa, porém dramática. Temos o caso de um crente mentindo deliberadamente para obter alguma vantagem. Duas coisas ficam claras aqui. A primeira é que Ananias, induzido pelo Diabo, escolheu mentir. Como um ato moral, mentir é sempre uma escolha humana. Quem mente, mente porque quer mentir. A outra coisa é que a mentira tem consequências — no caso de Ananias, custou-lhe a vida.

 Ele viu crentes doando tudo o que tinham: “Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.36,37). Ele, evidentemente, não queria ficar de fora da lista dos doadores da igreja, mas a sua avareza não permitia que a sua fé chegasse ao nível dos que se desfizeram de tudo. Ele, porém, queria parecer que sim. A forma encontrada foi concordar com a sua esposa que, ao vender uma propriedade, dariam como oferta apenas parte do preço, mas demonstrariam para a igreja que haviam doado o valor integral da venda. Esse era um segredo que só o casal sabia até aquele momento. 


3.    Não superestime o inimigo    -     O apóstolo Pedro, cheio do ESPÍRITO SANTO, logo o repreendeu dizendo que ele (Ananias) tinha dado lugar ao Diabo. A Bíblia diz: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pd 5.8). Temos de estar em constante vigilância para não darmos lugar ao Diabo em nossas intenções ou atitudes. Cuidar do coração, pois é enganoso (Jr 17.9) e fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22) são atitudes que todos devem praticar.

Ciladas são truques ou manipulações destinadas a enganar alguém. As ciladas do diabo são aqueles esquemas inteligentes usados por Satanás para nos enredar por meio de tentação, ameaça ou intimidação. Efésios 6:11 nos adverte: “Vistam-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo.” As Escrituras nos dão uma visão das táticas do nosso inimigo: “... pois não ignoramos quais são as intenções dele” (2 Coríntios 2:11), e somos sábios em prestar atenção às suas advertências.

  1. O diabo tem poder sobre a natureza e os elementos. Ele pode causar raios, furacões, etc. A Bíblia não ensina que todos os desastres naturais são do diabo, mas que ele tem o poder de causar alguns.
  2. O diabo ataca a mente do homem. Ele cega as pessoas para a verdade de Deus. Ele causa amargura, ódio e animosidade em relação a Deus e ao Evangelho.
  3. O diabo insinua dúvidas na mente das pessoas. Ele tem feito isso desde o início, tentando as pessoas a duvidar de Deus e de Sua Palavra.
  4. O diabo domina as pessoas com medo para levá-las à negação de Deus. Ele assusta as pessoas para que não sigam a vontade de Deus.
  5. O diabo promove falsos ensinamentos e doutrinas para desviar as pessoas. Ele tenta diminuir a glória de Cristo e confundir as pessoas sobre a verdade.
  6. O diabo lança maus pensamentos e imaginações nas pessoas para torná-las miseráveis e cativas. Esses pensamentos não são de nós, mas do diabo.
  7. O diabo mantém as pessoas cativas por meio de medos e fobias irracionais. Um mundo sem Cristo é um mundo cheio de medo.
  8. O diabo causa depressão, desânimo e uma sensação de desesperança. Ele nos faz focar em nós mesmos e em nossos fracassos para nos fazer sentir indignos e fracassados.
  9. O diabo incha as pessoas com orgulho, o que leva a muitos pecados como ciúme, inveja e hipersensibilidade. O orgulho tem causado muitos danos na igreja.
  10. O diabo joga com a natureza moral do homem, tentando-o com concupiscências, paixões e desejos malignos.
  11. O diabo tem o poder de infligir sofrimento físico, doença, enfermidade e danos corporais. Nem todo sofrimento é do diabo, mas alguns são.



                II.    O CRISTÃO E A MENTIRA

1.   Mentir é uma escolha    -    O objetivo do casal, no entanto, era obter lucro, fama e status com aquela aparente ação generosa. Há, sem dúvida, um ardil diabólico nisso tudo. Geralmente, a pessoa tentada só enxerga o que vai ganhar ou como vai ser recompensa da com o objeto da tentação. Nunca pensa nas consequências. O casal, evidentemente, mesmo participando de uma igreja pente- costal, onde os seus obreiros curavam até mesmo paralíticos, não pensou que seria descoberto — mas foi.

 Para nós fica o alerta e a lição: não podemos usar de engano na casa do Senhor, nem tampouco acreditar que nos beneficiaremos com a mentira. Falar a verdade é uma virtude que o cristão deve sempre exercitar. Por outro lado, reconhecer a mentira quando se valeu dela também o é. E uma demonstração de caráter. Muitos crentes evitariam o juízo divino se simplesmente reconhecessem e confessassem o seu erro. Quando isso não acontece, são julgados por Deus. Nunca vi um mentiroso terminar bem. Assim, falemos a verdade uns com os outros.


2.    Atraídos pela mentira    -    É bom vermos marido e mulher unidos no que é bom, mas juntos na prática do mal é ser como Adão e Eva, quando concordaram em comer o fruto proibido e foram um na desobediência. 1. O pecado de Ananias e Safira consistiu na ambição de serem considerados discípulos eminentes, do primeiro escalão, quando na verdade não eram verdadeiros discípulos. Queriam passar por uma das árvores mais frutíferas na videira de CRISTO, quando na realidade não tinham raiz. Eles venderam uma propriedade e depositaram o preço (como fez Barnabé) aos pés dos apóstolos (vv. 1,2) para que não ficassem para trás dos próprios dirigentes dos cristãos. Eles tinham em mira o aplauso e a aclamação para ficarem em posição mais digna possível de promoção na igreja, pois talvez pensassem que ela em breve se destacaria em pompa e grandeza secular. 

Veja que é possível os hipócritas negarem alguma coisa a eles mesmos para se servirem de outra. Eles se privam de vantagem secular em um caso, com vistas a obter crédito em outro. Ananias e Safira aceitariam a confissão do cristianismo para mostrar boa aparência na carne (Gl 6.12), e assim escarneceriam de DEUS e enganariam as pessoas, pois sabiam que não iriam até ao fim com a confissão cristã. É digno de nota e até determinado ponto correto que o jovem rico não fingiu seguir JESUS, mas retirou-se triste (Mt 19.22), pois sabia que, numa situação difícil, ele não se sustentaria até o fim. Ananias e Safira fingiram ir até o fim para receberem o crédito do discipulado, quando na verdade não iriam.


3.    Mentir tem consequências    -    Veja que a consequência é muitas vezes fatal quando a pessoa mantém a confissão cristã por um período maior do que admite o seu princípio interior. 2. O pecado de Ananias e Safira foi cobiçarem as riquezas do mundo e desconfiarem de DEUS e sua providência: Eles venderam uma propriedade (v. 1), e talvez, num repentino impulso de zelo, resolveram dedicar o valor total da venda para fins caridosos. Em seguida, fizeram um voto, ou pelo menos concordaram entre si em agir assim. Mas, quando receberam o dinheiro, o coração deles fraquejou e retiveram parte do preço (v. 2), porque amaram o dinheiro, pensaram que era muito para ser entregue de uma só vez às mãos dos apóstolos e o quiseram para si. Embora agora todas as coisas fossem comuns entre os membros da igreja, não o seriam por muito tempo, e o que fariam em tempos de necessidade se não deixassem nada reservado para si? Eles não podiam confiar na palavra de DEUS para que lhes provesse o sustento, mas julgaram que seriam mais espertos que os demais, guardando para tempos de privações. Pensaram que podiam servir a DEUS e a Mamom ao mesmo tempo (Mt 6.24): a DEUS, depositando parte do dinheiro aos pés dos apóstolos, e a Mamom, guardando a outra parte nos próprios bolsos. Agiram como se não houvesse plena suficiência em DEUS para lhes recompor a totalidade da fazenda, exceto se retivessem uma parte em suas próprias mãos mediante caução. O coração estava dividido, por isso foram culpados (Os 10.2). Eles coxearam entre dois pensamentos (1 Rs 18.21): se tivessem sido legítimas pessoas mundanas, não teriam vendido a propriedade; se tivessem sido legítimos cristãos, não teriam retido parte do preço. 3. O pecado de Ananias e Safira se caracterizou por acharem que enganariam os apóstolos, fazendo-os entender que entregaram o valor total da venda, quando na verdade era apenas uma parte. Eles chegaram com muita firmeza, grande demonstração de devoção e religiosidade, como os outros, e depositaram o dinheiro aos pés dos apóstolos (v. 2) como se fosse o total. Eles dissimularam com DEUS e seu ESPÍRITO, com CRISTO e sua igreja e ministros. Foi este o pecado deles. 

II
O indiciamento de Ananias que comprovou a sua condenação e execução por este pecado. Quando ele levou o dinheiro, esperava ser elogiado e aprovado, como os outros o foram, mas Pedro o censurou. Sem investigar ou interrogar testemunhas relacionadas ao caso, o apóstolo o acusou categoricamente do crime. A seguir, agravou o crime, aumentando-lhe a culpa e mostrando-lhe o delito em suas verdadeiras cores (vv. 3,4). O ESPÍRITO de DEUS em Pedro revelou o fato sem qualquer informação (quando talvez ninguém mais no mundo o soubesse, exceto Ananias e sua mulher) e discerniu o princípio de infidelidade predominante do coração de Ananias, instaurando imediatamente processo contra ele. Se tivesse sido um pecado de fraqueza, pela surpresa de uma tentação, Pedro teria levado Ananias para o lado, mandado que fosse para casa buscar o restante do dinheiro e recomendado que se arrependesse da tolice de tentar ludibriá-los. Mas ele sabia que o coração de Ananias estava inteiramente disposto para praticar o mal (Ec 8.11), por isso não lhe deu chance para se arrepender. Pedro aqui mostrou:
1. A origem do pecado de Ananias: Encheu Satanás o teu coração (v. 3). O diabo não só lhe sugeriu o pecado e o colocou na cabeça, mas também o instigou firmemente que o fizesse. Tudo que for contrário ao bom ESPÍRITO procede do mau espírito, e tais corações são cheios por Satanás nos quais a mundanalidade reina e tem ascendência. Certos estudiosos afirmam que Ananias era um dos que tinham recebido o ESPÍRITO SANTO e foi cheio dos seus dons. Contudo, tendo provocado o ESPÍRITO, este se retirou dele. Agora Satanás encheu o seu coração, semelhantemente quando o ESPÍRITO do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor (1 Sm 16.14). Satanás é um espírito de mentira, como o foi na boca dos profetas de Acabe (2 Cr 18.21), assim foi na boca de Ananias, com isso dando a entender que ele encheu o seu coração.
2. O pecado de Ananias: Ele mentiu ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). Era um pecado de natureza extremamente hedionda, do qual ele não poderia ter sido culpado caso Satanás não lhe tivesse enchido o coração.
(1) Certos eruditos traduzem a frase: para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, pseusasthai se to pneuma to hagion, por: “para que desmentisses o ESPÍRITO SANTO”. Essa tradução pode ser analisada de duas maneiras: [1] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que nele estava. Esta é a opinião do Dr. Lightfoot ao supor que Ananias não era um crente leigo, mas um ministro, um dos cento e vinte que receberam o dom do ESPÍRITO SANTO (pois ele é mencionado imediatamente depois de Barnabé). Todavia, ele ousa, por dissimulação, desmentir e envergonhar esse dom. Outra sugestão é que os que tinham vendido suas propriedades e depositado o dinheiro aos pés dos apóstolos, o fizeram por impulso especial do ESPÍRITO SANTO, o qual os capacitou a agir de modo tão grandioso e generoso. Ananias fingiu que foi movido pelo ESPÍRITO SANTO para fazer o que fez. Em seu ato vil, ele não estava sob a influência do bom ESPÍRITO, pois, caso estivesse, teria sido uma obra perfeita. [2] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que estava nos apóstolos, a quem ele levou o dinheiro. Ele deturpou o ESPÍRITO pelo qual eles eram movidos, quer por suspeita de que eles não seriam fiéis na distribuição das ofertas confiadas a eles (pensamento infame, como se eles fossem falsos à responsabilidade assumida), ou por certeza de que eles não descobririam a fraude. Ele desmentiu o ESPÍRITO SANTO quando, pelo que fez, teria pensado que os que são dotados com os dons do ESPÍRITO SANTO podem ser facilmente enganados como outros. Foi o que pensou Geazi, a quem seu senhor o convenceu do erro por esta palavra: Porventura, não foi contigo o meu coração? (2 Rs 5.26). Foi a acusação feita contra a casa de Israel e Judá, pois quando, como Ananias, agiram traiçoeiramente, desmentiram o Senhor, dizendo: Não é ele (Jr 5.11,12). Ananias pensou que os apóstolos eram exatamente como ele, desmentindo dessa forma o ESPÍRITO SANTO que neles estava. Não imaginou que o ESPÍRITO SANTO os orientava a discernir os espíritos uma vez que todos tinham os dons do ESPÍRITO, enquanto outros cristãos os receberam separadamente (veja 1 Co 12.8-11). Os que fingem ter a inspiração do ESPÍRITO, enganando a igreja com suas próprias fantasias, seja de opinião ou de prática, que afirmam que são movidos pelos céus quando na verdade agem por orgulho, cobiça ou simulação de poder, desmentem o ESPÍRITO SANTO.
(2) Mas lemos a frase grega assim: Para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), cuja leitura é apoiada pelo versículo seguinte: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). [1] Ananias contou uma mentira, uma mentira deliberada, com o propósito de enganar. Ele disse para Pedro que tinha vendido uma propriedade (v. 1; casa ou terras) e este era o valor da venda. Talvez tivesse se expressado em palavras que possibilitassem um significado duplo, usado equivocações a respeito, na intenção de disfarçar o assunto um pouco e isentá-lo da culpa de uma mentira franca. Ou quem sabe não disse nada. Seja como for, o resultado é o mesmo. Ele fez como os demais que levaram o valor total do que venderam para dar a impressão de estar fazendo o mesmo e receber os elogios que os outros receberam, além de receber o mesmo privilégio e acesso ao fundo público. A ação era uma declaração implícita de que ele levou o valor total. Mas isso era mentira, porque ele guardara uma parte do que arrecadara. Veja que muitos são levados a mentir grosseiramente por orgulho dominante e presunção do aplauso dos homens, em especial nas obras de caridade para os pobres. Que não haja em nós lugar para o orgulho de um falso dom dado a nós ou dado por nós (Pv 25.14), e que nem nos orgulhemos de um verdadeiro dom, que foi o que nosso Salvador quis dizer com esta advertência sobre obras de caridade: Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (Mt 6.4). Os que se orgulham das obras que nunca praticaram ou que não cumprem com a promessa de praticar boas obras ou ainda que pensam que suas obras são melhores do que, de fato, são, permanecem na mentira de Ananias. E como devemos temer as consequências dessa mentira! [2] Ananias contou esta mentira ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). 
O dinheiro não foi levado tanto aos apóstolos quanto foi ao ESPÍRITO SANTO que neles estava: Não mentiste aos homens (não somente aos homens, não principalmente aos homens, embora os apóstolos fossem meros homens), mas a DEUS (v. 4). 
Portanto, deduzimos que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, pois quem mente ao ESPÍRITO SANTO mente a DEUS. “Dos que mentiram aos apóstolos, movidos e agindo pelo ESPÍRITO de DEUS, é dito que mentem a DEUS, porque os apóstolos agiram pelo poder e autoridade de DEUS. Daí, concluímos (como o Dr. Whitby bem observa) que o poder e a autoridade do ESPÍRITO são o poder e a autoridade de DEUS.” E, como ele argumenta mais adiante: “Ananias mentiu a DEUS, porque ele mentiu ao ESPÍRITO que estava nos apóstolos que os capacitou a discernir os segredos do coração e ações dos homens. Como propriedade exclusiva de DEUS, aquele que mente para ele tem de mentir a DEUS, porque mente àquele que tem a propriedade incomunicável de DEUS, e, por conseguinte, a essência divina”.



                    III.     A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA

1.    Uma igreja temente    -    Ray Ortlund, no artigo O que é o temor do Senhor, escreve: “O temor do Senhor é uma outra maneira de descrever a confiança no Senhor. Mas a palavra ‘temor’ acrescenta conotações de reverência, respeito e admiração. O temor do Senhor é o oposto de uma superficialidade lisonjeira. Esta humildade não se importa de depender totalmente do Senhor. Na verdade, o temor do Senhor é psicologicamente compatível com ‘o conforto do Espírito Santo’ (Atos 9.31). É um novo senso de realidade com o Deus vivo (Atos 2.43; 5.11; 19.17), que nos resgata de uma fé meramente teórica. Este temor é doce, e nos mantém perto do Senhor.” (fonte: voltemosaoevangelho.com).

Temer ao Senhor significa*:

1) Que você irá respeitá-lo e reverenciá-lo como o Deus Santo (Isaías 8.15). Deus é Deus e nós não. Só isso já deveria ser o suficiente para um verdadeiro temor a Ele. Além disso, Ele se revelou tanto na criação como em sua Palavra como todo-poderoso, sábio, santo, justo e bom. Ele tem que ser altamente reverenciado por quem Ele é e por como ele se revelou.

2) Que iremos cultuá-lo como ele nos instruiu a fazê-lo (Salmo 5.7; 89.7; Hebreus. 12.28). Nós não devemos pretender que sabemos por nós mesmos como temer ao Senhor. Mas ele não nos deixou no escuro quanto a como fazer isso. A Bíblia nos ensina claramente e precisamente como devemos nos aproximar Dele.

3) Que você irá odiar e fugir do pecado. Provérbios 8.13 explica: “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.”

4) Que você viverá como quem obteve o perdão de pecados pelo Evangelho de Cristo. Salmo 130.4 diz “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.” Esta não é uma experiência única; como Paulo nos instrui, ela inclui a busca por se purificar mais e mais. “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (2 Coríntios 7.1)

5) Que você está morto e arruinado para esse mundo, assim como foi Noé. Nós lemos que Noé “sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.” (Hebreus 11.7)

6) Que você irá desejar ter comunhão com outros que também o temem (Malaquias 3.16). Além disso, você desejará ver o temor do Senhor espalhado para a próxima geração e pelo resto do mundo (Salmo 34.11; Isaías 4.24)

7) Que você sempre desejará conhecê-lo melhor. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1.7). Mas quando nós tememos ao Senhor corretamente nós nunca teremos o suficiente desse conhecimento (Provérbios 2.5)


2.    Uma igreja forte     -     Lucas relata sobre o ministério contínuo dos apóstolos. Eles operavam milagres entre o povo de Jerusalém, direcionando corações e mentes a Deus e à mensagem do Evangelho de arrependimento e fé em Jesus. Pedro e João haviam chamado a atenção da cidade ao curar um coxo no pórtico de Salomão (Atos 3:6-9Atos 3:6-9 commentary). O pórtico de Salomão era uma grande parte exterior no terreno do templo, embelezada com grandes colunas (na barra lateral você pode ver a ilustração do Templo na seção Mapas e Gráficos). Era um bom lugar para as pessoas se reunirem: Pelas mãos dos apóstolos, muitos sinais e maravilhas aconteciam entre o povo e todos eles estavam em comum acordo no pórtico de Salomão. As pessoas reunidas no Monte do Templo estavam em completa harmonia umas com as outras, como uma orquestra de alto desempenho.

A popularidade das curas e sermões no pórtico de Salomão crescia a tal ponto que as pessoas levavam os doentes para as ruas e os colocavam em macas e paletes, para que, quando Pedro chegasse, pelo menos sua sombra pudesse recair sobre eles. Parece que o consenso geral era o de que Pedro e os apóstolos eram instrumentos de Deus e as pessoas não queriam perder as bênçãos que fluíam deles. A notícia se espalhou e as pessoas da área circundante começaram a vir a Jerusalém também:

Também as pessoas das cidades nas proximidades de Jerusalém estavam se reunindo, trazendo pessoas que estavam doentes ou aflitas com espíritos imundos, e todos estavam sendo curados.

A notoriedade dessas curas se espalhou para além de Jerusalém às cidades da vizinhança, como Betânia, Belém e Emaús. Compreensivelmente, qualquer um que estivesse doente ou afligido com espíritos impuros (possuídos por demônios) era levado a ser curado por esses milagreiros. Pelo poder de Jesus Cristo, todos estavam sendo curados. É notável que este versículo diga que todos estavam sendo curados. Deus estava trabalhando em favor de todos os que vinham para serem curados.

Ironicamente, isso estava acontecendo em um dos pátios que levavam ao templo, que estava sob o controle dos saduceus, exatamente os que se sentiam ameaçados pelo ministério dos apóstolos. Os saduceus já haviam prendido Pedro e João por curar e pregar pouco tempo antes, deixando-os com o aviso de não trazerem mais nenhum ensinamento sobre Jesus. Agora, Pedro, João e os outros 10 apóstolos estão diariamente visitando o mesmo lugar, curando pessoas, trazendo multidões de toda a cidade, de fora da cidade e curando a todos eles, tudo à porta daqueles que os haviam ameaçado de castigo. Os apóstolos são ousados e este era o empoderamento dado a eles pelo Espírito Santo. Tal ousadia lhes é dada por Deus após sua oração pedindo coragem no capítulo anterior (Atos 4:29-31Atos 4:29-31 commentary)




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

https://www.mljtrust.org/sermons/book-of-ephesians/the-wiles-of-the-devil-2/

* Resumo extraído do artigo “Como Viver no Temor do Senhor” do Dr. Gerald Bilkes – fonte: mulherespiedosas.com.br



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