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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (At 5.29)
VERDADE PRÁTICA
Em relação à verdadeira Igreja Cristã há duas verdades inegáveis: 1) a Igreja será perseguida; 2) Deus a protegerá.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 5. 25-32; 12. 1-5
INTRODUÇÃO
Por sua própria natureza, a fé cristã é includente e excludente ao mesmo tempo. Includente quando convida todos a participarem dela (Mt 11.28); e excludente à medida que só reconhece Jesus Cristo como o único caminho, a verdade e a vida (At 4.12; Jo 14.6). Dessa forma, portanto, o cristianismo exclui todas as outras crenças como válidas para a salvação. Isso não significa dizer que não há elementos de verdade nas outras religiões, nem tampouco que elas são desprovidas de valor ético-moral. Não; não se trata disso. Sem dúvidas, é possível valores que são benéficos para o bem-estar e convívio social tanto nas religiões mundiais que possuem uma natureza mais teológica quanto em outras de natureza mais filosófica. Contudo, à luz da fé cristã, elas são insuficientes para a salvação da humanidade.
I. A IGREJA PERSEGUIDA
1. Os perseguidores - Pode-se dizer que o centro da doutrina dos saduceus era marcado por uma ênfase humanista. Isto obviamente afetava sua visão acerca do próprio Deus e suas obras. Eles negavam a providência divina, e rejeitavam qualquer ensino acerca dos decretos de Deus. Os saduceus acreditavam que Deus nunca interferia na história de modo a afetar a vida dos homens.
Então os saduceus acreditavam que o homem tinha total livre arbítrio, e que tudo o que acontecia, bem ou mal, era resultante do próprio curso da ação e autodeterminação humana. Ao contrário dos fariseus, os saduceus negavam a imortalidade da alma e consequentemente não acreditavam na ressurreição e no juízo final (Mateus 22:23-32). Além disso, eles não aceitavam a existência de anjos e espíritos (Atos 23:6-8).
Garland destaca:
O conluio dos sumos sacerdotes saduceus forma o núcleo da oposição aos cristãos em Jerusalém. Uma vez que ninguém tem inveja de uma pessoa inferior, a inveja dos líderes, por ironia, reconhece a superioridade dos apóstolos. Manter Pedro e João presos de um dia para o outro é uma tentativa de desacreditá-los diante do povo. Se esses líderes não houvessem tentado enganar o povo, ainda mais gente teria atendido ao evangelho. São cegos que guiam cegos para um abismo sem fundo (Lc 6.39).
Esse consórcio religioso para prender os apóstolos, evidentemente motivado por um zelo religioso cego, inveja e ciúmes, mostra o lado sombrio da perseguição a qual a primeira Igreja estava sujeita.
2. Esferas da perseguição - As primeiras perseguições aos cristãos ocorreram logo nos anos iniciais da Igreja Primitiva, na era apostólica. Naquele tempo, a perseguição aos cristãos era promovida pelos judeus. Os líderes judaicos faziam de tudo para barrar o crescimento do Cristianismo.
Após o acontecimento no dia de Pentecostes, tão logo os apóstolos Pedro e João foram levados ao Sinédrio (Atos 4:1-22). Também foi durante a perseguição empreendida pelos judeus contra os cristãos, que o diácono Estêvão e o apóstolo Tiago foram mortos.
Nesse período, Paulo de Tarso também serviu como um agente da perseguição contra os crentes. Fariseu fervoroso, Paulo perseguiu implacavelmente os cristãos até o dia que teve um encontro com Cristo que o transformou de perseguidor a perseguido (Atos 9).
As perseguições iniciais trouxeram dificuldades aos cristãos. Muitos crentes tiveram que ser espalhados, e prisões e interrogatórios eram comuns na vida dos líderes da Igreja naquele tempo.
Mas mesmo assim ainda havia uma relativa paz, no sentido de que não havia uma perseguição oficial contra os cristãos. Isso porque o Império Romano não considerava os cristãos uma ameaçava. Na verdade, os romanos enxergavam o Cristianismo apenas como uma seita do Judaísmo.
Então embora fossem difíceis e tenham produzido seus mártires, as perseguições durante os primeiros anos da Igreja Cristã eram mais pontuais, sendo geralmente arquitetadas por judeus ou por residentes de certas localidades que se sentiam perturbados com a chegada do Evangelho — como às vezes ocorria durante as viagens missionárias de Paulo.
“Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos” (At 12.1-3). David Garland observa que o Herodes citado nessa passagem era Herodes Agripa I, que era neto de Herodes, o Grande, e filho de Aristóbulo IV e Berenice. Possuía muita influência política, visto ter sido criado em Roma e ter feito amigos influentes que posteriormente se tornaram imperadores, como Gaio Calígula (37~47 d.C.) e Cláudio (41-53 d.C.). Ele era irmão de Herodias e ganhou do imperador Cláudio o título de “rei”. Ele mandou decapitar Tiago, filho de Zebedeu.
As perseguições imperiais
O crescimento da Igreja não passou despercebido pelo Império Romano. Após algumas décadas, os romanos começaram a perseguir os cristãos. Nesse sentido, a primeira perseguição aos cristãos proveniente de Roma foi liderada pelo imperador Nero no final da década de 60 d.C.
Excêntrico e psicologicamente instável, Nero culpou os cristãos pelo incêndio que destruiu Roma em 64 d.C. Isso porque havia um boato de que ele próprio havia sido o responsável pelo incêndio. E como os bairros cuja população era de maioria cristã não foram atingidos, Nero acusou os crentes.
Então os cristãos passaram a ser perseguidos e mortos de várias formas. Alguns cristãos foram decapitados, outros crucificados, outros devorados por feras, e ainda outros foram usados como “luminárias humanas” ao serem incendiados nos postes que iluminavam os jardins e ruas da cidade. Foi durante a perseguição sob Nero que os apóstolos Paulo e Pedro foram mortos pela causa do Evangelho.
Quando Nero morreu, o seu decreto que autorizava a perseguição aos cristãos continuou válido, mas na prática a Igreja experimentou um tempo de tranquilidade. Essa tranquilidade foi interrompida no final do governo do imperador Tito Flávio Domiciano.
Principalmente na década de 90 d.C., os cristãos foram vistos como um problema pelo governo de Domiciano pelo fato de eles se recusarem a prestar culto ao imperador. Então em algumas cidades do Império Romano os crentes foram perseguidos. Alguns eram mortos, enquanto outros eram presos ou exilados. Foi durante a perseguição sob Domiciano que o apóstolo João foi exilado na Ilha de Patmos.
Com a morte de Domiciano, novamente a perseguição aos cristãos diminuiu. Durante os governos de Trajano e Adriano, o Cristianismo ainda continuava proibido, mas não havia uma perseguição intensamente ativa. Os cristãos eram perseguidos apenas quando alguém resolvia denunciá-los oficialmente. Mesmo assim alguns cristãos foram martirizados durante esse período, inclusive alguns Pais da Igreja, como Inácio de Antioquia, Policarpo, bispo de Esmirna e Justino Mártir.
3. A igreja enfrentará oposição - Os cristãos não foram perseguidos apenas nos primeiros séculos. O tempo passou e os cristãos continuam sendo perseguidos até os dias de hoje. Em alguns lugares a perseguição aos cristãos é mais velada e de caráter moral. Já em outros lugares essa perseguição é física, direta e violenta.
Estima-se que atualmente mais de duzentos milhões de cristãos estejam sendo diretamente perseguidos, fazendo do Cristianismo a religião mais perseguida no mundo. Por tudo isso o Cristianismo é a religião que mais produziu mártires.
No entanto, os impérios e poderes perseguidores caíram, mas o povo de Deus continuou inabalável; e essa verdade permanece válida para o presente e para o futuro. Durante as perseguições na época da Igreja Primitiva, os cristãos não oraram a Deus pedindo por proteção, mas oraram pedindo por coragem (Atos 4:24-30). Essa ainda é a mesma oração dos crentes perseguidos ao redor do mundo.
Todo esse vigor e perseverança não vem de outro lugar se não do próprio Deus. Os crentes sabem que Deus é quem mantém o seu povo firme até o fim (1 Coríntios 1:8). Mesmo assim, isso não impede que os cristãos orem a Deus perguntando: Até quando?
A própria Bíblia, no entanto, responde a essa pergunta apontando para a providência de Deus que governa todas as coisas. Os santos devem repousar na soberania de Deus sabendo que a perseguição aos cristãos chegará ao fim quando se completar o número daqueles devem ser mortos pela causa do Evangelho (Apocalipse 6:9-11). Quando esse dia chegar, o povo de Deus será vindicado e o mundo conhecerá a ira do Cordeiro (Apocalipse 6:15-17).
II. A IGREJA PROTEGIDA
1. Um anjo de Deus - Nas intervenções angélicas, é sempre um único anjo que aparece, que é denominado “um anjo do Senhor” (At 5.19; 8.26; 12.7,15) ou “um anjo de Deus” (10.3; 27.23). A expressão “anjo do Senhor” não tem em Atos a mesma conotação que no Antigo Testamento, onde às vezes esse anjo é identificado com o próprio Deus. Em Atos a expressão sempre designa um mensageiro angelical. Os anjos aparecem nesse livro com a mesma função principal que no Antigo Testamento e nos Evangelhos, ou seja, trazer uma mensagem oficial da parte de Deus (At 5.19; 10.10, 22; 27.23). A isto se acresce a função protetora, pois por duas vezes um anjo do Senhor libertou apóstolos da prisão (At 5.19; 12.7).
Outra missão de um anjo foi punir o rei Herodes (At 12.23), missão esta já mencionada no Antigo Testamento (cf. Êx 12.13; 2 Sm 24.17) A atividade dos anjos em Atos, além de bastante discreta, é voltada quase que exclusivamente para o progresso do evangelho. Um ponto de grande relevância para nós hoje é que ela se concentra em torno dos apóstolos (At 5.19; 12.7; 27.23) ou dos seus auxiliares, como Filipe (8.26). A única exceção foi a aparição a Cornélio (At 10.3). Mesmo assim ocorreu num ponto crucial do nascimento da igreja cristã, que foi a inclusão dos gentios. À exceção desse caso, não há registro de aparições de anjos aos crentes em geral, nem para lhes trazer mensagens de Deus, nem para protegê-los, embora certamente estivessem ocupados em desempenhar esta última função, provavelmente de forma não perceptível aos crentes.
2. A intercessão da igreja - Como podemos observar, Tiago foi executado, e Pedro estava preso aguardando a mesma sentença. Sabemos que Deus é soberano e, assim como libertou os apóstolos da prisão em Atos 4, também podería fazer novamente aqui com Tiago. Não há nada no texto bíblico que indique por que isso não aconteceu. O fato destacado na narrativa lucana é que a igreja, vendo um dos seus líderes ser executado, despertou para orar pelo outro que estava encarcerado esperando o mesmo fim. A expressão “a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” tem um peso enorme no enredo dessa história. De outra forma, não teria sentido Lucas destacar esse detalhe. Ele queria chamar a atenção para o poder da oração da Igreja ao interceder pelo apóstolo Pedro. “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Lendo essa narrativa, é possível destacarmos alguns princípios que governam a oração em Atos 12.1-19.
3. O valor da oração - A oração impede que nos tornemos trunfos do inimigo. “E Pedro, tornando a si, disse: [...] o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At 12.11). Herodes e os judeus incrédulos esperavam que Pedro fosse executado. Havia uma grande expectativa para isso. Pedro era um dos apóstolos mais em evidência. Havia sido ele o primeiro pregador pentecostal a orar de uma só vez por quase três mil almas (At 2.41). Foi ele também quem orou pelo coxo de nascença, que foi curado (At 3.6-9). Até mesmo a sombra de Pedro curava (At 5.15). A morte de Pedro, sem dúvida, era um troféu para os seus inimigos e, com certeza, também para o Diabo. Deus, contudo, livrou-o poderosamente ao ouvir a oração da igreja.
III. A IGREJA DESTEMIDA
1. Testemunho com poder - Jesus implica aqui que a unidade leva à credibilidade. Talvez tenha sido essa mesma percepção que inspirou Paulo a exortar os efésios a ‘manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz’ (Ef 4:3).
Quando se trata de unidade, uma coisa é bastante clara: o Espírito Santo não tem interesse em dividir a igreja. Se nós, seguidores de Jesus, falharmos em trabalhar juntos, se permitirmos que as diferenças de costume ou tradição nos impeçam de fazer discípulos, a culpa será apenas de nós mesmos. A admoestação de Paulo aos coríntios mostra que os humanos desobedientes, e não o Espírito, causam divisão na igreja (1 Cor 3:1-7). Michael Oh, em seu discurso na cerimônia de abertura do Quarto Congresso de Lausanne, salientou que nós, o corpo de Cristo, por muito tempo temos dito uns aos outros “Eu não preciso de você”, paralisando assim o cumprimento da Grande Comissão.
Líderes maduros continuam a depender da liderança do Espírito
‘Vemos situações instáveis, a necessidade de mudar constantemente os planos’, relata o diretor de uma organização que trabalha com refugiados do Oriente Médio. ‘É necessário um esforço constante para ser sensível ao Espírito’.
‘Devido à minha cultura e à minha personalidade, tenho a tendência de seguir meu próprio caminho’, continua ele. A questão da dependência e da sensibilidade, não seguindo a cultura ou o padrão, tem sido uma experiência de aprendizado muito especial para mim.
Fortalecidos pelo Espírito
Por fim, o Espírito Santo concede a força. Nós nunca fomos destinados a cumprir essa missão sozinhos. Tanto a missão local quanto a global são impossíveis sem a plena convicção e afirmação do papel do Espírito Santo 1.O Pai prometeu à igreja o dom do Espírito Santo para todo e qualquer um que se rendesse à sua capacitação para a missão da igreja.
2. Convictos de sua fé - Estevão tinha convicção do que acreditava, e possuía uma incrível atitude de fé e debate, confrontando com pessoas e autoridades religiosas que faziam parte de uma cultura que sustentava uma conduta ética repleta de fraude, corrupção, subornos e falsos interesses de um sistema religioso e político totalmente corrompido.
As circunstâncias se tornam adversas, e nosso irmão vai ao extremo para ser testemunha de Jesus e do Seu amor!
Estevão compreende que a oportunidade é única, e no meio daquela armação, quando toma a palavra, testemunha acerca de tudo que acreditava, sobre tudo que conhecia, e também sobre tudo que era necessário para que aquelas pessoas passassem a crer no amor e na pessoa de Jesus Cristo.
O final dessa história, registra o momento que o diácono Estevão, cheio do Espírito Santo de Deus, de maneira única e singular, contempla a glória de Deus, e o filho do homem à sua destra.
Que visão…
Sempre penso nesta visão em duas perspectivas: na de Estevão, que fitou aquela imagem enquanto era apedrejado, mas também na visão de Deus e do filho Jesus, ao ver nosso irmão Estevão, transbordando de amor, transitando entre a convicção de sua fé, até o vislumbre da glória de Deus.
Penso que a contemplação da gloria de Deus, possibilita a perca dos sentidos de dor e de raiva.
Mas penso isso porque não quero crer que Estevão tenha sofrido…?
Que ingenuidade minha…
Ser testemunha é estar disposto a ser mártire, é estar disposto a morrer por Jesus Cristo.
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Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube |
AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves - Ed. CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)
https://estiloadoracao.com/perseguicao-aos-cristaos/
Meus parabéns
ResponderExcluirQue o Senhor continue te dando vitória. Esposa Lauriane