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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

LIÇÃO 07 - UMA IGREJA QUE NÃO TEME A PERSEGUIÇÃO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                    TEXTO ÁUREO

"Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (At 5.29)


                VERDADE PRÁTICA

Em relação à verdadeira Igreja Cristã há duas verdades inegáveis: 1) a Igreja será perseguida; 2) Deus a protegerá.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 5. 25-32; 12. 1-5



                    INTRODUÇÃO

Por sua própria natureza, a fé cristã é includente e excludente ao mesmo tempo. Includente quando convida todos a participarem dela (Mt 11.28); e excludente à medida que só reconhece Jesus Cristo como o único caminho, a verdade e a vida (At 4.12; Jo 14.6). Dessa forma, portanto, o cristianismo exclui todas as outras crenças como válidas para a salvação. Isso não significa dizer que não há elementos de verdade nas outras religiões, nem tampouco que elas são desprovidas de valor ético-moral. Não; não se trata disso. Sem dúvidas, é possível valores que são benéficos para o bem-estar e convívio social tanto nas religiões mundiais que possuem uma natureza mais teológica quanto em outras de natureza mais filosófica. Contudo, à luz da fé cristã, elas são insuficientes para a salvação da humanidade.


                I.    A IGREJA PERSEGUIDA

1.    Os perseguidores    -   Pode-se dizer que o centro da doutrina dos saduceus era marcado por uma ênfase humanista. Isto obviamente afetava sua visão acerca do próprio Deus e suas obras. Eles negavam a providência divina, e rejeitavam qualquer ensino acerca dos decretos de Deus. Os saduceus acreditavam que Deus nunca interferia na história de modo a afetar a vida dos homens.

Então os saduceus acreditavam que o homem tinha total livre arbítrio, e que tudo o que acontecia, bem ou mal, era resultante do próprio curso da ação e autodeterminação humana. Ao contrário dos fariseus, os saduceus negavam a imortalidade da alma e consequentemente não acreditavam na ressurreição e no juízo final (Mateus 22:23-32). Além disso, eles não aceitavam a existência de anjos e espíritos (Atos 23:6-8).

 Garland destaca:

O conluio dos sumos sacerdotes saduceus forma o núcleo da oposição aos cristãos em Jerusalém. Uma vez que ninguém tem inveja de uma pessoa inferior, a inveja dos líderes, por ironia, reconhece a superioridade dos apóstolos. Manter Pedro e João presos de um dia para o outro é uma tentativa de desacreditá-los diante do povo. Se esses líderes não houvessem tentado enganar o povo, ainda mais gente teria atendido ao evangelho. São cegos que guiam cegos para um abismo sem fundo (Lc 6.39).

 Esse consórcio religioso para prender os apóstolos, evidentemente motivado por um zelo religioso cego, inveja e ciúmes, mostra o lado sombrio da perseguição a qual a primeira Igreja estava sujeita. 


2.    Esferas da perseguição    -    As primeiras perseguições aos cristãos ocorreram logo nos anos iniciais da Igreja Primitiva, na era apostólica. Naquele tempo, a perseguição aos cristãos era promovida pelos judeus. Os líderes judaicos faziam de tudo para barrar o crescimento do Cristianismo.

Após o acontecimento no dia de Pentecostes, tão logo os apóstolos Pedro e João foram levados ao Sinédrio (Atos 4:1-22). Também foi durante a perseguição empreendida pelos judeus contra os cristãos, que o diácono Estêvão e o apóstolo Tiago foram mortos.

Nesse período, Paulo de Tarso também serviu como um agente da perseguição contra os crentes. Fariseu fervoroso, Paulo perseguiu implacavelmente os cristãos até o dia que teve um encontro com Cristo que o transformou de perseguidor a perseguido (Atos 9).

As perseguições iniciais trouxeram dificuldades aos cristãos. Muitos crentes tiveram que ser espalhados, e prisões e interrogatórios eram comuns na vida dos líderes da Igreja naquele tempo.

Mas mesmo assim ainda havia uma relativa paz, no sentido de que não havia uma perseguição oficial contra os cristãos. Isso porque o Império Romano não considerava os cristãos uma ameaçava. Na verdade, os romanos enxergavam o Cristianismo apenas como uma seita do Judaísmo.

Então embora fossem difíceis e tenham produzido seus mártires, as perseguições durante os primeiros anos da Igreja Cristã eram mais pontuais, sendo geralmente arquitetadas por judeus ou por residentes de certas localidades que se sentiam perturbados com a chegada do Evangelho — como às vezes ocorria durante as viagens missionárias de Paulo.

“Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos” (At 12.1-3). David Garland observa que o Herodes citado nessa passagem era Herodes Agripa I, que era neto de Herodes, o Grande, e filho de Aristóbulo IV e Berenice. Possuía muita influência política, visto ter sido criado em Roma e ter feito amigos influentes que posteriormente se tornaram imperadores, como Gaio Calígula (37~47 d.C.) e Cláudio (41-53 d.C.). Ele era irmão de Herodias e ganhou do imperador Cláudio o título de “rei”. Ele mandou decapitar Tiago, filho de Zebedeu. 

As perseguições imperiais

O crescimento da Igreja não passou despercebido pelo Império Romano. Após algumas décadas, os romanos começaram a perseguir os cristãos. Nesse sentido, a primeira perseguição aos cristãos proveniente de Roma foi liderada pelo imperador Nero no final da década de 60 d.C.

Excêntrico e psicologicamente instável, Nero culpou os cristãos pelo incêndio que destruiu Roma em 64 d.C. Isso porque havia um boato de que ele próprio havia sido o responsável pelo incêndio. E como os bairros cuja população era de maioria cristã não foram atingidos, Nero acusou os crentes.

Então os cristãos passaram a ser perseguidos e mortos de várias formas. Alguns cristãos foram decapitados, outros crucificados, outros devorados por feras, e ainda outros foram usados como “luminárias humanas” ao serem incendiados nos postes que iluminavam os jardins e ruas da cidade. Foi durante a perseguição sob Nero que os apóstolos Paulo e Pedro foram mortos pela causa do Evangelho.

Quando Nero morreu, o seu decreto que autorizava a perseguição aos cristãos continuou válido, mas na prática a Igreja experimentou um tempo de tranquilidade. Essa tranquilidade foi interrompida no final do governo do imperador Tito Flávio Domiciano.

Principalmente na década de 90 d.C., os cristãos foram vistos como um problema pelo governo de Domiciano pelo fato de eles se recusarem a prestar culto ao imperador. Então em algumas cidades do Império Romano os crentes foram perseguidos. Alguns eram mortos, enquanto outros eram presos ou exilados. Foi durante a perseguição sob Domiciano que o apóstolo João foi exilado na Ilha de Patmos.

Com a morte de Domiciano, novamente a perseguição aos cristãos diminuiu. Durante os governos de Trajano e Adriano, o Cristianismo ainda continuava proibido, mas não havia uma perseguição intensamente ativa. Os cristãos eram perseguidos apenas quando alguém resolvia denunciá-los oficialmente. Mesmo assim alguns cristãos foram martirizados durante esse período, inclusive alguns Pais da Igreja, como Inácio de Antioquia, Policarpo, bispo de Esmirna e Justino Mártir.


3.     A igreja enfrentará oposição    -     Os cristãos não foram perseguidos apenas nos primeiros séculos. O tempo passou e os cristãos continuam sendo perseguidos até os dias de hoje. Em alguns lugares a perseguição aos cristãos é mais velada e de caráter moral. Já em outros lugares essa perseguição é física, direta e violenta.

Estima-se que atualmente mais de duzentos milhões de cristãos estejam sendo diretamente perseguidos, fazendo do Cristianismo a religião mais perseguida no mundo. Por tudo isso o Cristianismo é a religião que mais produziu mártires.

No entanto, os impérios e poderes perseguidores caíram, mas o povo de Deus continuou inabalável; e essa verdade permanece válida para o presente e para o futuro. Durante as perseguições na época da Igreja Primitiva, os cristãos não oraram a Deus pedindo por proteção, mas oraram pedindo por coragem (Atos 4:24-30). Essa ainda é a mesma oração dos crentes perseguidos ao redor do mundo.

Todo esse vigor e perseverança não vem de outro lugar se não do próprio Deus. Os crentes sabem que Deus é quem mantém o seu povo firme até o fim (1 Coríntios 1:8). Mesmo assim, isso não impede que os cristãos orem a Deus perguntando: Até quando?

A própria Bíblia, no entanto, responde a essa pergunta apontando para a providência de Deus que governa todas as coisas. Os santos devem repousar na soberania de Deus sabendo que a perseguição aos cristãos chegará ao fim quando se completar o número daqueles devem ser mortos pela causa do Evangelho (Apocalipse 6:9-11). Quando esse dia chegar, o povo de Deus será vindicado e o mundo conhecerá a ira do Cordeiro (Apocalipse 6:15-17).



                II.    A IGREJA PROTEGIDA

1.    Um anjo de Deus    -     Nas intervenções angélicas, é sempre um único anjo que aparece, que é denominado “um anjo do Senhor” (At 5.19; 8.26; 12.7,15) ou “um anjo de Deus” (10.3; 27.23). A expressão “anjo do Senhor” não tem em Atos a mesma conotação que no Antigo Testamento, onde às vezes esse anjo é identificado com o próprio Deus. Em Atos a expressão sempre designa um mensageiro angelical. Os anjos aparecem nesse livro com a mesma função principal que no Antigo Testamento e nos Evangelhos, ou seja, trazer uma mensagem oficial da parte de Deus (At 5.19; 10.10, 22; 27.23). A isto se acresce a função protetora, pois por duas vezes um anjo do Senhor libertou apóstolos da prisão (At 5.19; 12.7). 

Outra missão de um anjo foi punir o rei Herodes (At 12.23), missão esta já mencionada no Antigo Testamento (cf. Êx 12.13; 2 Sm 24.17) A atividade dos anjos em Atos, além de bastante discreta, é voltada quase que exclusivamente para o progresso do evangelho. Um ponto de grande relevância para nós hoje é que ela se concentra em torno dos apóstolos (At 5.19; 12.7; 27.23) ou dos seus auxiliares, como Filipe (8.26). A única exceção foi a aparição a Cornélio (At 10.3). Mesmo assim ocorreu num ponto crucial do nascimento da igreja cristã, que foi a inclusão dos gentios. À exceção desse caso, não há registro de aparições de anjos aos crentes em geral, nem para lhes trazer mensagens de Deus, nem para protegê-los, embora certamente estivessem ocupados em desempenhar esta última função, provavelmente de forma não perceptível aos crentes.


2.     A intercessão da igreja    -    Como podemos observar, Tiago foi executado, e Pedro estava preso aguardando a mesma sentença. Sabemos que Deus é soberano e, assim como libertou os apóstolos da prisão em Atos 4, também podería fazer novamente aqui com Tiago. Não há nada no texto bíblico que indique por que isso não aconteceu. O fato destacado na narrativa lucana é que a igreja, vendo um dos seus líderes ser executado, despertou para orar pelo outro que estava encarcerado esperando o mesmo fim. A expressão “a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” tem um peso enorme no enredo dessa história. De outra forma, não teria sentido Lucas destacar esse detalhe. Ele queria chamar a atenção para o poder da oração da Igreja ao interceder pelo apóstolo Pedro. “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5). Lendo essa narrativa, é possível destacarmos alguns princípios que governam a oração em Atos 12.1-19.


3.    O valor da oração    -     A oração impede que nos tornemos trunfos do inimigo. “E Pedro, tornando a si, disse: [...] o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At 12.11). Herodes e os judeus incrédulos esperavam que Pedro fosse executado. Havia uma grande expectativa para isso. Pedro era um dos apóstolos mais em evidência. Havia sido ele o primeiro pregador pentecostal a orar de uma só vez por quase três mil almas (At 2.41). Foi ele também quem orou pelo coxo de nascença, que foi curado (At 3.6-9). Até mesmo a sombra de Pedro curava (At 5.15). A morte de Pedro, sem dúvida, era um troféu para os seus inimigos e, com certeza, também para o Diabo. Deus, contudo, livrou-o poderosamente ao ouvir a oração da igreja.




                    III.     A IGREJA DESTEMIDA

1.    Testemunho com poder     -    Jesus implica aqui que a unidade leva à credibilidade. Talvez tenha sido essa mesma percepção que inspirou Paulo a exortar os efésios a ‘manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz’ (Ef 4:3).

Quando se trata de unidade, uma coisa é bastante clara: o Espírito Santo não tem interesse em dividir a igreja. Se nós, seguidores de Jesus, falharmos em trabalhar juntos, se permitirmos que as diferenças de costume ou tradição nos impeçam de fazer discípulos, a culpa será apenas de nós mesmos. A admoestação de Paulo aos coríntios mostra que os humanos desobedientes, e não o Espírito, causam divisão na igreja (1 Cor 3:1-7). Michael Oh, em seu discurso na cerimônia de abertura do Quarto Congresso de Lausanne, salientou que nós, o corpo de Cristo, por muito tempo temos dito uns aos outros “Eu não preciso de você”, paralisando assim o cumprimento da Grande Comissão. 

Líderes maduros continuam a depender da liderança do Espírito

‘Vemos situações instáveis, a necessidade de mudar constantemente os planos’, relata o diretor de uma organização que trabalha com refugiados do Oriente Médio. ‘É necessário um esforço constante para ser sensível ao Espírito’.

‘Devido à minha cultura e à minha personalidade, tenho a tendência de seguir meu próprio caminho’, continua ele. A questão da dependência e da sensibilidade, não seguindo a cultura ou o padrão, tem sido uma experiência de aprendizado muito especial para mim.

Fortalecidos pelo Espírito

Por fim, o Espírito Santo concede a força. Nós nunca fomos destinados a cumprir essa missão sozinhos. Tanto a missão local quanto a global são impossíveis sem a plena convicção e afirmação do papel do Espírito Santo 1.O Pai prometeu à igreja o dom do Espírito Santo para todo e qualquer um que se rendesse à sua capacitação para a missão da igreja.


2.    Convictos de sua fé    -    Estevão tinha convicção do que acreditava, e possuía uma incrível atitude de fé e debate, confrontando com pessoas e autoridades religiosas que faziam parte de uma cultura que sustentava uma conduta ética repleta de fraude, corrupção, subornos e falsos interesses de um sistema religioso e político totalmente corrompido.

As circunstâncias se tornam adversas, e nosso irmão vai ao extremo para ser testemunha de Jesus e do Seu amor!

Estevão compreende que a oportunidade é única, e no meio daquela armação, quando toma a palavra, testemunha acerca de tudo que acreditava, sobre tudo que conhecia, e também sobre tudo que era necessário para que aquelas pessoas passassem a crer no amor e na pessoa de Jesus Cristo.

O final dessa história, registra o momento que o diácono Estevão, cheio do Espírito Santo de Deus, de maneira única e singular, contempla a glória de Deus, e o filho do homem à sua destra.

Que visão…

Sempre penso nesta visão em duas perspectivas: na de Estevão, que fitou aquela imagem enquanto era apedrejado, mas também na visão de Deus e do filho Jesus, ao ver nosso irmão Estevão, transbordando de amor, transitando entre a convicção de sua fé, até o vislumbre da glória de Deus.

Penso que a contemplação da gloria de Deus, possibilita a perca dos sentidos de dor e de raiva.

Mas penso isso porque não quero crer que Estevão tenha sofrido…?

Que ingenuidade minha…

Ser testemunha é estar disposto a ser mártire, é estar disposto a morrer por Jesus Cristo.





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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)

https://estiloadoracao.com/perseguicao-aos-cristaos/

https://lausanne.org/pt-br/sobre-pt-br/blog-pt-br/a-promessa-do-pai-a-missao-de-deus-por-meio-do-seu-povo-empoderados-pelo-espirito-de-deus?gad_source=1&gad_campaignid=20537792550&gbraid=0AAAAADgrln00dj-dNm6vjICEl7PKZMCxX&gclid=CjwKCAjw-svEBhB6EiwAEzSdrmYsZXErP-qz1Vu4oAFgBtzVAs7_G29lk2MdECuMKGKGXGWjZbTA4hoCdagQAvD_BwE

https://palavravivaonline.wordpress.com/2016/10/03/reflexao-da-conviccao-de-fe-para-a-contemplacao-da-gloria-de-deus-por-leandrocassimiro/



sexta-feira, 1 de agosto de 2025

LIÇÃO 06 - UMA IGREJA NÃO CONIVENTE COM A MENTIRA.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II

 


                TEXTO ÁUREO

"Disse, então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? (At 5.3)


                VERDADE PRÁTICA

Como toda forma de engano, a mentira é pecado. Devemos, pois, andar sempre na luz da verdade.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 5. 1-11



                        INTRODUÇÃO

Em um profundo contraste com a falta de egoísmo de outros membros da igreja, eles fingiram dar à igreja o valor total da venda de sua propriedade, mas na realidade estavam separando uma parte para si mesmos. Pedro repreendeu Ananias, que imediatamente caiu morto por um julgamento Divino. Algumas horas mais tarde, Safira foi igualmente julgada pelo mesmo esforço de enganar. É importante perceber que Pedro previa, mas não decretava esses julgamentos, que eram atos exclusivos de DEUS. A severidade do julgamento de DEUS é um aviso para todos, e se repetiu no caso de Paulo com Elimas, mas depois, não mais, por causa da sua tolerância e do desejo que tem de que nos arrependamos. Existe a possibilidade de estar sendo exercido, como avisado em 1 Co 11.30.

Parece-nos, às vezes, que existem “pecadinhos” e “pecadões”. Na verdade não existe! O que diferencia os erros são as consequências. Você já contou uma mentirinha? Quais foram as consequências? Na lição desse domingo veremos que uma mentira custou a vida de um casal. Isso pode parecer cruel, mas ao longo da lição veremos que a falta de temor a DEUS e a mentira podem trazer sérios danos e graves consequências para o crente. Que a lição de hoje possa conscientizar seus alunos de que o temor a DEUS evita que o crente peque. 

 Ananias é culpado de todas estas acusações com os agravantes supramencionados: Por que formaste este desígnio em teu coração? (v. 4). Veja que, embora Satanás lhe tivesse enchido o coração para mentir, o apóstolo declara que Ananias o designou no coração, o que mostra não podermos abrandar nossos pecados pondo a culpa no diabo. Ele tenta, mas não pode forçar. Cada um de nós é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1.14). É o pecador que concebe no próprio coração a coisa má que é dita ou feita. Portanto, se fores escarnecedor, tu só o suportarás (Pv 9.12). O encerramento da acusação é muito grave, mas igualmente justo: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). Veja como o profeta enfatiza a acusação feita contra Acaz: Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu DEUS? (Is 7.13). E Moisés na acusação feita contra Israel: As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o Senhor (Êx 16.8). O mesmo ocorre aqui: “Tu podias nos enganar, pois somos homens como tu, mas não erreis: DEUS não se deixa escarnecer (Gl 6.7)”. Se pensarmos que conseguimos trapacear DEUS, constataremos que no fim das contas teremos trapaceado fatalmente a nós mesmos. 


            I.    O DIABO, O PAI DA MENTIRA

1.   É da natureza satânica mentir    -    Antes, contudo, de entrarmos nessas questões e analisarmos a questão em foco aqui — a mentira de Ananias e Safira —, é preciso destacar que a mentira é condenada na Bíblia (Êx 20.16; Ef 4.25). Assim, mentir é um ato errado porque é contrário à natureza de Deus (Tt 1.2; Hb 6.18), revelando, dessa forma, que o mentiroso não tem comunhão com Deus.

 Nesse aspecto, 

 Todo falso testemunho e mentira são proibidos ao povo de Deus (Êx 20.16; Pv 12.22; Cl 3.9). A extrema seriedade do delito é indicada nas Escrituras pela morte de Ananias e Safira (At 5.1-11) e pelo lugar dos mentirosos impenitentes no juízo final (Ap 21.8; 22.15). A oposição bíblica a toda mentira tem sua origem no fato de que o povo de Deus deve sua vida e sua lealdade ao “único Deus verdadeiro” (Jo 17.3). Jesus Cristo é “a verdade” Jo 14.6). O Espírito Santo é “o Espírito da verdade” Jo 16.13). A Palavra é sempre “a verdade” Jo 17.17). Por outro lado, Satanás é “mentiroso e pai da mentira” Jo 8.44). Fundamental no pecado humano e na sua alienação de Deus é a escolha dos homens que “mudaram a verdade de Deus em mentira” (Rm 1.25). Não há meio-termo; o povo de Deus é exortado assim: “... deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo” (Ef 4.25). A escolha é entre o caminho de Deus e o caminho de Satanás.


2.    A mentira como um ardil maligno    -    Essa narrativa bíblica é bem concisa, porém dramática. Temos o caso de um crente mentindo deliberadamente para obter alguma vantagem. Duas coisas ficam claras aqui. A primeira é que Ananias, induzido pelo Diabo, escolheu mentir. Como um ato moral, mentir é sempre uma escolha humana. Quem mente, mente porque quer mentir. A outra coisa é que a mentira tem consequências — no caso de Ananias, custou-lhe a vida.

 Ele viu crentes doando tudo o que tinham: “Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.36,37). Ele, evidentemente, não queria ficar de fora da lista dos doadores da igreja, mas a sua avareza não permitia que a sua fé chegasse ao nível dos que se desfizeram de tudo. Ele, porém, queria parecer que sim. A forma encontrada foi concordar com a sua esposa que, ao vender uma propriedade, dariam como oferta apenas parte do preço, mas demonstrariam para a igreja que haviam doado o valor integral da venda. Esse era um segredo que só o casal sabia até aquele momento. 


3.    Não superestime o inimigo    -     O apóstolo Pedro, cheio do ESPÍRITO SANTO, logo o repreendeu dizendo que ele (Ananias) tinha dado lugar ao Diabo. A Bíblia diz: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pd 5.8). Temos de estar em constante vigilância para não darmos lugar ao Diabo em nossas intenções ou atitudes. Cuidar do coração, pois é enganoso (Jr 17.9) e fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22) são atitudes que todos devem praticar.

Ciladas são truques ou manipulações destinadas a enganar alguém. As ciladas do diabo são aqueles esquemas inteligentes usados por Satanás para nos enredar por meio de tentação, ameaça ou intimidação. Efésios 6:11 nos adverte: “Vistam-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo.” As Escrituras nos dão uma visão das táticas do nosso inimigo: “... pois não ignoramos quais são as intenções dele” (2 Coríntios 2:11), e somos sábios em prestar atenção às suas advertências.

  1. O diabo tem poder sobre a natureza e os elementos. Ele pode causar raios, furacões, etc. A Bíblia não ensina que todos os desastres naturais são do diabo, mas que ele tem o poder de causar alguns.
  2. O diabo ataca a mente do homem. Ele cega as pessoas para a verdade de Deus. Ele causa amargura, ódio e animosidade em relação a Deus e ao Evangelho.
  3. O diabo insinua dúvidas na mente das pessoas. Ele tem feito isso desde o início, tentando as pessoas a duvidar de Deus e de Sua Palavra.
  4. O diabo domina as pessoas com medo para levá-las à negação de Deus. Ele assusta as pessoas para que não sigam a vontade de Deus.
  5. O diabo promove falsos ensinamentos e doutrinas para desviar as pessoas. Ele tenta diminuir a glória de Cristo e confundir as pessoas sobre a verdade.
  6. O diabo lança maus pensamentos e imaginações nas pessoas para torná-las miseráveis e cativas. Esses pensamentos não são de nós, mas do diabo.
  7. O diabo mantém as pessoas cativas por meio de medos e fobias irracionais. Um mundo sem Cristo é um mundo cheio de medo.
  8. O diabo causa depressão, desânimo e uma sensação de desesperança. Ele nos faz focar em nós mesmos e em nossos fracassos para nos fazer sentir indignos e fracassados.
  9. O diabo incha as pessoas com orgulho, o que leva a muitos pecados como ciúme, inveja e hipersensibilidade. O orgulho tem causado muitos danos na igreja.
  10. O diabo joga com a natureza moral do homem, tentando-o com concupiscências, paixões e desejos malignos.
  11. O diabo tem o poder de infligir sofrimento físico, doença, enfermidade e danos corporais. Nem todo sofrimento é do diabo, mas alguns são.



                II.    O CRISTÃO E A MENTIRA

1.   Mentir é uma escolha    -    O objetivo do casal, no entanto, era obter lucro, fama e status com aquela aparente ação generosa. Há, sem dúvida, um ardil diabólico nisso tudo. Geralmente, a pessoa tentada só enxerga o que vai ganhar ou como vai ser recompensa da com o objeto da tentação. Nunca pensa nas consequências. O casal, evidentemente, mesmo participando de uma igreja pente- costal, onde os seus obreiros curavam até mesmo paralíticos, não pensou que seria descoberto — mas foi.

 Para nós fica o alerta e a lição: não podemos usar de engano na casa do Senhor, nem tampouco acreditar que nos beneficiaremos com a mentira. Falar a verdade é uma virtude que o cristão deve sempre exercitar. Por outro lado, reconhecer a mentira quando se valeu dela também o é. E uma demonstração de caráter. Muitos crentes evitariam o juízo divino se simplesmente reconhecessem e confessassem o seu erro. Quando isso não acontece, são julgados por Deus. Nunca vi um mentiroso terminar bem. Assim, falemos a verdade uns com os outros.


2.    Atraídos pela mentira    -    É bom vermos marido e mulher unidos no que é bom, mas juntos na prática do mal é ser como Adão e Eva, quando concordaram em comer o fruto proibido e foram um na desobediência. 1. O pecado de Ananias e Safira consistiu na ambição de serem considerados discípulos eminentes, do primeiro escalão, quando na verdade não eram verdadeiros discípulos. Queriam passar por uma das árvores mais frutíferas na videira de CRISTO, quando na realidade não tinham raiz. Eles venderam uma propriedade e depositaram o preço (como fez Barnabé) aos pés dos apóstolos (vv. 1,2) para que não ficassem para trás dos próprios dirigentes dos cristãos. Eles tinham em mira o aplauso e a aclamação para ficarem em posição mais digna possível de promoção na igreja, pois talvez pensassem que ela em breve se destacaria em pompa e grandeza secular. 

Veja que é possível os hipócritas negarem alguma coisa a eles mesmos para se servirem de outra. Eles se privam de vantagem secular em um caso, com vistas a obter crédito em outro. Ananias e Safira aceitariam a confissão do cristianismo para mostrar boa aparência na carne (Gl 6.12), e assim escarneceriam de DEUS e enganariam as pessoas, pois sabiam que não iriam até ao fim com a confissão cristã. É digno de nota e até determinado ponto correto que o jovem rico não fingiu seguir JESUS, mas retirou-se triste (Mt 19.22), pois sabia que, numa situação difícil, ele não se sustentaria até o fim. Ananias e Safira fingiram ir até o fim para receberem o crédito do discipulado, quando na verdade não iriam.


3.    Mentir tem consequências    -    Veja que a consequência é muitas vezes fatal quando a pessoa mantém a confissão cristã por um período maior do que admite o seu princípio interior. 2. O pecado de Ananias e Safira foi cobiçarem as riquezas do mundo e desconfiarem de DEUS e sua providência: Eles venderam uma propriedade (v. 1), e talvez, num repentino impulso de zelo, resolveram dedicar o valor total da venda para fins caridosos. Em seguida, fizeram um voto, ou pelo menos concordaram entre si em agir assim. Mas, quando receberam o dinheiro, o coração deles fraquejou e retiveram parte do preço (v. 2), porque amaram o dinheiro, pensaram que era muito para ser entregue de uma só vez às mãos dos apóstolos e o quiseram para si. Embora agora todas as coisas fossem comuns entre os membros da igreja, não o seriam por muito tempo, e o que fariam em tempos de necessidade se não deixassem nada reservado para si? Eles não podiam confiar na palavra de DEUS para que lhes provesse o sustento, mas julgaram que seriam mais espertos que os demais, guardando para tempos de privações. Pensaram que podiam servir a DEUS e a Mamom ao mesmo tempo (Mt 6.24): a DEUS, depositando parte do dinheiro aos pés dos apóstolos, e a Mamom, guardando a outra parte nos próprios bolsos. Agiram como se não houvesse plena suficiência em DEUS para lhes recompor a totalidade da fazenda, exceto se retivessem uma parte em suas próprias mãos mediante caução. O coração estava dividido, por isso foram culpados (Os 10.2). Eles coxearam entre dois pensamentos (1 Rs 18.21): se tivessem sido legítimas pessoas mundanas, não teriam vendido a propriedade; se tivessem sido legítimos cristãos, não teriam retido parte do preço. 3. O pecado de Ananias e Safira se caracterizou por acharem que enganariam os apóstolos, fazendo-os entender que entregaram o valor total da venda, quando na verdade era apenas uma parte. Eles chegaram com muita firmeza, grande demonstração de devoção e religiosidade, como os outros, e depositaram o dinheiro aos pés dos apóstolos (v. 2) como se fosse o total. Eles dissimularam com DEUS e seu ESPÍRITO, com CRISTO e sua igreja e ministros. Foi este o pecado deles. 

II
O indiciamento de Ananias que comprovou a sua condenação e execução por este pecado. Quando ele levou o dinheiro, esperava ser elogiado e aprovado, como os outros o foram, mas Pedro o censurou. Sem investigar ou interrogar testemunhas relacionadas ao caso, o apóstolo o acusou categoricamente do crime. A seguir, agravou o crime, aumentando-lhe a culpa e mostrando-lhe o delito em suas verdadeiras cores (vv. 3,4). O ESPÍRITO de DEUS em Pedro revelou o fato sem qualquer informação (quando talvez ninguém mais no mundo o soubesse, exceto Ananias e sua mulher) e discerniu o princípio de infidelidade predominante do coração de Ananias, instaurando imediatamente processo contra ele. Se tivesse sido um pecado de fraqueza, pela surpresa de uma tentação, Pedro teria levado Ananias para o lado, mandado que fosse para casa buscar o restante do dinheiro e recomendado que se arrependesse da tolice de tentar ludibriá-los. Mas ele sabia que o coração de Ananias estava inteiramente disposto para praticar o mal (Ec 8.11), por isso não lhe deu chance para se arrepender. Pedro aqui mostrou:
1. A origem do pecado de Ananias: Encheu Satanás o teu coração (v. 3). O diabo não só lhe sugeriu o pecado e o colocou na cabeça, mas também o instigou firmemente que o fizesse. Tudo que for contrário ao bom ESPÍRITO procede do mau espírito, e tais corações são cheios por Satanás nos quais a mundanalidade reina e tem ascendência. Certos estudiosos afirmam que Ananias era um dos que tinham recebido o ESPÍRITO SANTO e foi cheio dos seus dons. Contudo, tendo provocado o ESPÍRITO, este se retirou dele. Agora Satanás encheu o seu coração, semelhantemente quando o ESPÍRITO do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor (1 Sm 16.14). Satanás é um espírito de mentira, como o foi na boca dos profetas de Acabe (2 Cr 18.21), assim foi na boca de Ananias, com isso dando a entender que ele encheu o seu coração.
2. O pecado de Ananias: Ele mentiu ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). Era um pecado de natureza extremamente hedionda, do qual ele não poderia ter sido culpado caso Satanás não lhe tivesse enchido o coração.
(1) Certos eruditos traduzem a frase: para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, pseusasthai se to pneuma to hagion, por: “para que desmentisses o ESPÍRITO SANTO”. Essa tradução pode ser analisada de duas maneiras: [1] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que nele estava. Esta é a opinião do Dr. Lightfoot ao supor que Ananias não era um crente leigo, mas um ministro, um dos cento e vinte que receberam o dom do ESPÍRITO SANTO (pois ele é mencionado imediatamente depois de Barnabé). Todavia, ele ousa, por dissimulação, desmentir e envergonhar esse dom. Outra sugestão é que os que tinham vendido suas propriedades e depositado o dinheiro aos pés dos apóstolos, o fizeram por impulso especial do ESPÍRITO SANTO, o qual os capacitou a agir de modo tão grandioso e generoso. Ananias fingiu que foi movido pelo ESPÍRITO SANTO para fazer o que fez. Em seu ato vil, ele não estava sob a influência do bom ESPÍRITO, pois, caso estivesse, teria sido uma obra perfeita. [2] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que estava nos apóstolos, a quem ele levou o dinheiro. Ele deturpou o ESPÍRITO pelo qual eles eram movidos, quer por suspeita de que eles não seriam fiéis na distribuição das ofertas confiadas a eles (pensamento infame, como se eles fossem falsos à responsabilidade assumida), ou por certeza de que eles não descobririam a fraude. Ele desmentiu o ESPÍRITO SANTO quando, pelo que fez, teria pensado que os que são dotados com os dons do ESPÍRITO SANTO podem ser facilmente enganados como outros. Foi o que pensou Geazi, a quem seu senhor o convenceu do erro por esta palavra: Porventura, não foi contigo o meu coração? (2 Rs 5.26). Foi a acusação feita contra a casa de Israel e Judá, pois quando, como Ananias, agiram traiçoeiramente, desmentiram o Senhor, dizendo: Não é ele (Jr 5.11,12). Ananias pensou que os apóstolos eram exatamente como ele, desmentindo dessa forma o ESPÍRITO SANTO que neles estava. Não imaginou que o ESPÍRITO SANTO os orientava a discernir os espíritos uma vez que todos tinham os dons do ESPÍRITO, enquanto outros cristãos os receberam separadamente (veja 1 Co 12.8-11). Os que fingem ter a inspiração do ESPÍRITO, enganando a igreja com suas próprias fantasias, seja de opinião ou de prática, que afirmam que são movidos pelos céus quando na verdade agem por orgulho, cobiça ou simulação de poder, desmentem o ESPÍRITO SANTO.
(2) Mas lemos a frase grega assim: Para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), cuja leitura é apoiada pelo versículo seguinte: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). [1] Ananias contou uma mentira, uma mentira deliberada, com o propósito de enganar. Ele disse para Pedro que tinha vendido uma propriedade (v. 1; casa ou terras) e este era o valor da venda. Talvez tivesse se expressado em palavras que possibilitassem um significado duplo, usado equivocações a respeito, na intenção de disfarçar o assunto um pouco e isentá-lo da culpa de uma mentira franca. Ou quem sabe não disse nada. Seja como for, o resultado é o mesmo. Ele fez como os demais que levaram o valor total do que venderam para dar a impressão de estar fazendo o mesmo e receber os elogios que os outros receberam, além de receber o mesmo privilégio e acesso ao fundo público. A ação era uma declaração implícita de que ele levou o valor total. Mas isso era mentira, porque ele guardara uma parte do que arrecadara. Veja que muitos são levados a mentir grosseiramente por orgulho dominante e presunção do aplauso dos homens, em especial nas obras de caridade para os pobres. Que não haja em nós lugar para o orgulho de um falso dom dado a nós ou dado por nós (Pv 25.14), e que nem nos orgulhemos de um verdadeiro dom, que foi o que nosso Salvador quis dizer com esta advertência sobre obras de caridade: Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (Mt 6.4). Os que se orgulham das obras que nunca praticaram ou que não cumprem com a promessa de praticar boas obras ou ainda que pensam que suas obras são melhores do que, de fato, são, permanecem na mentira de Ananias. E como devemos temer as consequências dessa mentira! [2] Ananias contou esta mentira ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). 
O dinheiro não foi levado tanto aos apóstolos quanto foi ao ESPÍRITO SANTO que neles estava: Não mentiste aos homens (não somente aos homens, não principalmente aos homens, embora os apóstolos fossem meros homens), mas a DEUS (v. 4). 
Portanto, deduzimos que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, pois quem mente ao ESPÍRITO SANTO mente a DEUS. “Dos que mentiram aos apóstolos, movidos e agindo pelo ESPÍRITO de DEUS, é dito que mentem a DEUS, porque os apóstolos agiram pelo poder e autoridade de DEUS. Daí, concluímos (como o Dr. Whitby bem observa) que o poder e a autoridade do ESPÍRITO são o poder e a autoridade de DEUS.” E, como ele argumenta mais adiante: “Ananias mentiu a DEUS, porque ele mentiu ao ESPÍRITO que estava nos apóstolos que os capacitou a discernir os segredos do coração e ações dos homens. Como propriedade exclusiva de DEUS, aquele que mente para ele tem de mentir a DEUS, porque mente àquele que tem a propriedade incomunicável de DEUS, e, por conseguinte, a essência divina”.



                    III.     A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA

1.    Uma igreja temente    -    Ray Ortlund, no artigo O que é o temor do Senhor, escreve: “O temor do Senhor é uma outra maneira de descrever a confiança no Senhor. Mas a palavra ‘temor’ acrescenta conotações de reverência, respeito e admiração. O temor do Senhor é o oposto de uma superficialidade lisonjeira. Esta humildade não se importa de depender totalmente do Senhor. Na verdade, o temor do Senhor é psicologicamente compatível com ‘o conforto do Espírito Santo’ (Atos 9.31). É um novo senso de realidade com o Deus vivo (Atos 2.43; 5.11; 19.17), que nos resgata de uma fé meramente teórica. Este temor é doce, e nos mantém perto do Senhor.” (fonte: voltemosaoevangelho.com).

Temer ao Senhor significa*:

1) Que você irá respeitá-lo e reverenciá-lo como o Deus Santo (Isaías 8.15). Deus é Deus e nós não. Só isso já deveria ser o suficiente para um verdadeiro temor a Ele. Além disso, Ele se revelou tanto na criação como em sua Palavra como todo-poderoso, sábio, santo, justo e bom. Ele tem que ser altamente reverenciado por quem Ele é e por como ele se revelou.

2) Que iremos cultuá-lo como ele nos instruiu a fazê-lo (Salmo 5.7; 89.7; Hebreus. 12.28). Nós não devemos pretender que sabemos por nós mesmos como temer ao Senhor. Mas ele não nos deixou no escuro quanto a como fazer isso. A Bíblia nos ensina claramente e precisamente como devemos nos aproximar Dele.

3) Que você irá odiar e fugir do pecado. Provérbios 8.13 explica: “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.”

4) Que você viverá como quem obteve o perdão de pecados pelo Evangelho de Cristo. Salmo 130.4 diz “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.” Esta não é uma experiência única; como Paulo nos instrui, ela inclui a busca por se purificar mais e mais. “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (2 Coríntios 7.1)

5) Que você está morto e arruinado para esse mundo, assim como foi Noé. Nós lemos que Noé “sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.” (Hebreus 11.7)

6) Que você irá desejar ter comunhão com outros que também o temem (Malaquias 3.16). Além disso, você desejará ver o temor do Senhor espalhado para a próxima geração e pelo resto do mundo (Salmo 34.11; Isaías 4.24)

7) Que você sempre desejará conhecê-lo melhor. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1.7). Mas quando nós tememos ao Senhor corretamente nós nunca teremos o suficiente desse conhecimento (Provérbios 2.5)


2.    Uma igreja forte     -     Lucas relata sobre o ministério contínuo dos apóstolos. Eles operavam milagres entre o povo de Jerusalém, direcionando corações e mentes a Deus e à mensagem do Evangelho de arrependimento e fé em Jesus. Pedro e João haviam chamado a atenção da cidade ao curar um coxo no pórtico de Salomão (Atos 3:6-9Atos 3:6-9 commentary). O pórtico de Salomão era uma grande parte exterior no terreno do templo, embelezada com grandes colunas (na barra lateral você pode ver a ilustração do Templo na seção Mapas e Gráficos). Era um bom lugar para as pessoas se reunirem: Pelas mãos dos apóstolos, muitos sinais e maravilhas aconteciam entre o povo e todos eles estavam em comum acordo no pórtico de Salomão. As pessoas reunidas no Monte do Templo estavam em completa harmonia umas com as outras, como uma orquestra de alto desempenho.

A popularidade das curas e sermões no pórtico de Salomão crescia a tal ponto que as pessoas levavam os doentes para as ruas e os colocavam em macas e paletes, para que, quando Pedro chegasse, pelo menos sua sombra pudesse recair sobre eles. Parece que o consenso geral era o de que Pedro e os apóstolos eram instrumentos de Deus e as pessoas não queriam perder as bênçãos que fluíam deles. A notícia se espalhou e as pessoas da área circundante começaram a vir a Jerusalém também:

Também as pessoas das cidades nas proximidades de Jerusalém estavam se reunindo, trazendo pessoas que estavam doentes ou aflitas com espíritos imundos, e todos estavam sendo curados.

A notoriedade dessas curas se espalhou para além de Jerusalém às cidades da vizinhança, como Betânia, Belém e Emaús. Compreensivelmente, qualquer um que estivesse doente ou afligido com espíritos impuros (possuídos por demônios) era levado a ser curado por esses milagreiros. Pelo poder de Jesus Cristo, todos estavam sendo curados. É notável que este versículo diga que todos estavam sendo curados. Deus estava trabalhando em favor de todos os que vinham para serem curados.

Ironicamente, isso estava acontecendo em um dos pátios que levavam ao templo, que estava sob o controle dos saduceus, exatamente os que se sentiam ameaçados pelo ministério dos apóstolos. Os saduceus já haviam prendido Pedro e João por curar e pregar pouco tempo antes, deixando-os com o aviso de não trazerem mais nenhum ensinamento sobre Jesus. Agora, Pedro, João e os outros 10 apóstolos estão diariamente visitando o mesmo lugar, curando pessoas, trazendo multidões de toda a cidade, de fora da cidade e curando a todos eles, tudo à porta daqueles que os haviam ameaçado de castigo. Os apóstolos são ousados e este era o empoderamento dado a eles pelo Espírito Santo. Tal ousadia lhes é dada por Deus após sua oração pedindo coragem no capítulo anterior (Atos 4:29-31Atos 4:29-31 commentary)




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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

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         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves -  Ed. CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

https://www.mljtrust.org/sermons/book-of-ephesians/the-wiles-of-the-devil-2/

* Resumo extraído do artigo “Como Viver no Temor do Senhor” do Dr. Gerald Bilkes – fonte: mulherespiedosas.com.br