Seja um Patrocinador desta Obra.

SEJA UM ALUNO ASSÍDUO NA EBD. Irmãos e amigos leitores, vc pode nos ajudar, através do PIX CHAVE (11)980483304 ou com doações de Comentários Bíblicos. Deste já agradeço! Tenham uma boa leitura ___ Deus vos Abençoe!!!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

LIÇÃO 01 - O HOMEM - CORPO, ALMA E ESPÍRITO.

Pb. Junio - Congregação Boa Vista II
                            



                TEXTO ÁUREO

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (Ts 5.23)



                VERDADE PRÁTICA

Deus nos fez corpo, alma e espírito para glorificá-lo eternamente com todo o nosso ser.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 1. 26-28; 2. 7, 18, 21-31




                    INTRODUÇÃO

 A fonte de informação principal sobre a origem do homem é a Bíblia. Ela afirma isso logo no primeiro capítulo de sua história (Gn 1.26,27) e depois continua em seus elementos doutrinários (Jó 33.4; Mc 10.6; At 17.25,26, etc). Deus fê-lo do pó da terra usando o poder da palavra: “...façamos!” (Gn 1.26; Jó 33.4). A seguir, em harmonia com seu equivalente, deu forma determinada da tríplice preparação do homem para sua vida e trabalho sobre a Terra, usando três palavras hebraicas que descrevem cada significado do pensa mento: 

 a. “...e os criei (Bara) para minha glória (isto é, produzi-os do nada)”, usando seu equivalente no tem po e no espaço (Is 43.7a).

b. “...eu os formei” (Asah), sim, isto é, fi-los existir numa forma determinada (Is 43.7b). 

 c. “...eu os fiz (isto é, yatzar), preparei (disse Deus) as disposições e arranjos finais referentes a eles” (Is 43.7c). Assim as Escrituras mostram, clara e enfaticamente, que o homem é o resultado de atos imediatos, especiais e formativos de Deus.(5) O termo “criar” na presente seção, em hebraico, é Bara: Cabendo a noção da criação do nada. A palavra significa então: “Libertar”, “deixar aparecer”, “deixar tomar forma determinada”. O significado depreende-se do uso no tempo e no espaço (compare-se Números 16.30): "... criar alguma coisa nova do nada”.(6) Assim o homem aparece na ordem da criação como “uma coisa nova” em forma determinada de ser vivente, pois Deus o fez d& acordo com a sua imagem e semelhança.



                I.   A TRICOTOMIA HUMANA 

1.   Doutrina e teologia    -   As palavras acima foram pronunciadas pelo salmista Davi, extasiado com a grandeza da criação (SI 8.1,3-5). Da mesma forma, Jó, o patriarca, exclamou: “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17,18).

Ainda que, no seu tempo, não dispusesse de modernos meios tecnológicos para contemplar as estrelas e o Universo, Davi se sentia deslumbrado ante a glória de DEUS, revelada através da sua criação. Ao ver os astros, incluindo o Sol, a Lua e as estrelas, ele, reconhecendo a pequenez do ser humano ante a majestosa visão dos horizontes do espaço sideral, fez a pergunta que muitos ainda hoje fazem: “Que é o homem mortal?”
Que é o homem? Que ser é esse? De onde ele veio? Para onde vai? Essas são algumas perguntas que inquietam aqueles que se debruçam sobre a realidade à sua volta. A essas perguntas e, principalmente, à primeira, há muitas respostas.
Os filósofos, em sua maioria absoluta, formada por materialistas, ateístas ou pretensos agnósticos, respondem que o homem é apenas um “animal que pensa” — ou fruto da evolução aleatória das espécies. Eles atribuem a existência do ser humano ao acaso, como se fosse descendente de um animal irracional. Este teria evoluído de um microrganismo celular que povoava as águas dos mares.
Pascal, a exemplo de Davi, mas com outra visão, indagou: “Que é o homem diante do infinito”? 1 E ampliou a sua indagação:
Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao infinito; tudo; em relação ao nada; um ponto intermediário entre o tudo e o nada. Infinitamente incapaz de compreender os extremos, tanto o fim das coisas quanto o seu princípio permanecem ocultos num segredo impenetrável, e é igualmente impossível ver o nada de onde saiu e o infinito que o envolvera.
Platão (428 a.C.) afirmava que o homem é “um bípede sem penas”. Mas um outro filósofo, que gostava de criticá-lo, matou um galo, o depenou e saiu pelas ruas dizendo: “Eis o homem de Platão”. Francisco de Carvalho, em uma música, diz: “Que bicho é o homem, de onde ele veio para onde vai? De onde ele veio para onde vai? Onde é que entra, de onde é que sai?”
Muitos cientistas e filósofos têm a idéia de que o homem pertence ao reino animal, e isso tem levado inúmeras pessoas a se considerarem parte do mundo zoológico. Dizem os cientistas: “falando fisicamente, o homem é um animal especializado. Sua especialização se baseia em três direções principais: I. A postura ereta. 2. O polegar oposto. 3. O grande desenvolvimento da posição cerebral pré-frontal”.


2.   A tríplice natureza    -   No que diz respeito à sua constituição, o homem é tríplice (usamos aqui a expressão “tríplice” ao invés de “trindade”, pois o vocábulo “tria” - Trindade, usado por Teófilo de Antioquia -160 d.C), foi criado com exclusividade para descrever as três Pessoas em que subsiste a Divindade: O Pai, O Filho e O Espírito Santo - assim o homem é tríplice e Deus é trino, e passagens tais como 1 Tessalonicenses 5.23; Hebreus 4.12 estabelecem a força do argumento.

a. Unitarianismo: (uma só parte). Este ponto de vista defende que a pessoa humana é apenas “um todo”. Isto é, não existe uma outra parte no homem que, após sua morte, continuará vivendo. Este argumento é defendido da seguinte forma: 

 “Os cientistas e cirurgiões (quais?) têm chegado à conclusão de que o homem é simplesmente a ordem mais elevada da vida animal (vida sensitiva). As pesquisas científicas (quais pesquisas?) não têm podido encontrar no homem nenhuma prova definitiva da imortalidade. Não podem achar alguma evidência que indique que o homem tenha uma alma imortal... cada homem é uma alma”.(31) E conclui dizendo: “As Escrituras (quais?) dizem que as bestas são também alma como as pessoas”.(32) É certo que a palavra “alma” nas Escrituras não tem sentido uniforme, mas o sentido exato depreende-se do contexto. A palavra “alma vivente” em Gênesis 1.20 e 9.10 significa “ser vi vente”. E conhecemos que, de igual modo (sentido primário), em Gênesis 2.7, pode ou deve ter o mesmo sentido. Porém, tenhamos presente que há grande diferença entre a criação dos animais e a criação do homem. Enquanto na criação dos animais, disse o Criador: “...produza a terra alma vivente conforme a sua espécie...” (Gn 1.24a). E, por imperativo divino, a terra produziu toda espécie animal. Tenhamos presente que tudo que é animal procede da terra. Porém, quanto ao homem, disse Deus: “façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26a). As palavras “sopro de vida” constituem uma expressão metafórica que nos indica que a vida do homem - seu espírito e alma - procedem diretamente de Deus, como po der criador. Os animais são, de fato, “unitarianistas”, mas 0 homem não!

 b. Dicotomia: (duas partes). 

Este ponto de vista é, em suma, aceito mais no campo filosófico. Os advogados dele dizem que o homem, em seu todo, compõe-se apenas de duas partes, isto é, de corpo e alma. Esta dupla divisão da constituição humana que resulta logo à vista quando ele começa a pensar a respeito da sua própria natureza. E, ainda mais, é a que se observa mais facilmente nos outros. O homem compõe-se, então (segundo essa teoria), de corpo e alma. 

 Essa idéia “dualista” sobre “corpo e alma”, como descrição da personalidade humana, teve seu princípio em Platão. Não é de se surpreender, portanto, que a maioria dos teólogos cristãos primitivos se compunha dos que criam na teoria “dualista”, pois muitos deles eram filósofos neoplatônicos convertidos ao cristianismo ou estavam sob a influência dessas ideias (conforme foi o caso de Justino Mártir, de Clemente de Alexandria, de Orígenes, e de Agostinho). Platão, por exemplo, opinava que o homem se compunha de duas partes: corpo e alma. Sustentava, entretanto, que a personalidade humana se dividia em três: 

 A Vegetal (a matéria do corpo). O Animo (evidentemente um atributo da alma): a coragem para enfrentar os problemas éticos da vida, e vencer. O Raciocínio (o princípio espiritual, a alma em si mesma). Esta divisão sugere um homem tríplice, mas Platão ensinava que ele era “dicótomo”.(33)

 c. Tricotomia: (três partes). Filosoficamente falando, a tricotomia já era defendida por Aristóteles, que mesmo tendo sido discípulo de Platão, defendia, entretanto, a triplicidade na constituição humana. Orígenes aplicava também esse princípio quando se baseava nas Escrituras, en quanto que, do ponto de vista filosófico, aceitava a “dicotomia de Platão”. 

 A RAZÃO DO ARGUMENTO 

 Para a maioria dos teólogos cristãos o ponto de vista mais aceito sobre a pessoa humana se dividia em três:

 a. A natureza do “somma” (ou corpo físico) que era o sentido natural na primeira pessoa. 

 b. O sentido psíquico (ou seja, o sentido da alma): Psicologia Geral na segunda pessoa. 

 c. O seu “pneuma” (ou seja, o sentido do órgão de comunhão com Deus), isto é, aquilo que tange ao sentido místico de maior elevação espiritual: o espírito mesmo. 

 Vejamos, pois, o apoio das Escrituras sobre o significado do argumento: 

 “Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo” (Dn 7.15 e 1 Co 9.27). “...Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a sua alma nele está” (At 20.10). 

 “...Peso da palavra do Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1). O espírito, portanto, é o órgão de comunhão com Deus; a alma, a sede da personalidade; e o corpo, o tabernáculo da morada de ambos.

 O doutor C. I. Scofield descreve o que segue:

 “O homem é uma trindade. Que a alma e o espírito humanos não devem ser confundidos como apenas sinônimos é evidente, pois são divisíveis (Hb 4.12). Como também de igual modo o corpo (1 Ts 5.23). No dizer de Paulo, é sepultado ‘corpo natural’, e ressuscitado (no grego ‘somma pneumatkon’) ‘corpo espiritual’, conforme se lê em 1 Coríntios 15.44, e outras passagens que inserem o significado do argumento”/34


3.   Físico e espiritual    -    O homem é um ser espiritual em dimensões superiores a qualquer outro ser. Lendo-se Gênesis 1.26,27, vê-se que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Que significa esta expressão? Significa que em algum respeito ou vários respeitos o homem é como Deus. Para conformação desta resposta basta verificarmos o contexto de Gênesis 3.22: “...eis que o homem é como um de nós...” O registro da criação do homem indica que ele é composto de um elemento material e de um elemento imaterial. O homem é tão físico como espiritual em sua natureza. Ele compõe-se de corpo e de alma e de espírito como teremos ocasião de estudar nos capítulos seguintes. Isto surge no relato de sua origem quando se diz que Deus for mou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fô-lego de vida e o homem tornou-se alma vivente (Gn 2.7).

 Aqui, o escritor sagrado parece estar dando uma relação dos dois elementos do ser humano, o físico e o espiritual. O homem é composto, então, de dois elementos - um material e um imaterial. Ao material chamamos corpo. Nele são exercidos as relações do imaterial, tais como intelecto, consciência, alma - quando no sentido de ser vivente. Ao imaterial chamamos de alma e espírito. Esta parte imaterial do homem torna-o uma personalidade espiritual. Nesta condição a ele imposta pelo Criador, o homem difere bastante dos outros seres criados. 

 A primeira diferença que se deve mencionar é a inteligência ou o poder de pensar. Os animais inferiores possuem este poder num sentido muito cru e elementar. O homem tem o poder de saber. Amais elevada forma deste poder encontra-se em conhecer-se e conhecer a Deus. Consciência própria é geralmente apontada como um dos poderes essenciais da personalidade. Isto denota o poder de fazer próprio um objeto do pensamento. E o poder de conhecer-se em suas relações com outras coisas e seres. A segunda diferença é o poder de afeição racional. Os seres inferiores possuem sensibilidade e afeição instintivas. Mas o homem se ergue acima deles tanto em sua vida de sensibilidade como o faz em sua vida pensante.

 A alma racional é a mais elevada qualidade em Deus e no homem. Esta qualidade da vida do homem opera deliberada e sacrificialmente para o bem do seu objetivo. Não é sentimento cego ou instintivo e muito menos mera compaixão. A terceira diferença é a vontade livre. O homem é um ser livre. Ele tem o poder de determinação própria. Ele pode ser influenciado, porém não forçado. Neste respeito ele é como Deus. Deus é o único ser perfeitamente livre no universo. Ele se determina completamente a si mesmo. No homem, porém, essa determinação, em alguns casos, não é e não pode ser absoluta; assim, a sua liberdade é limitada, mas real. Ele tem o poder de formar ideais e então dirigir suas energias em direção à obtenção desses ideais. 

Ele olha adiante e deliberadamente se move na direção que escolhe tomar. Os animais inferiores não possuem este poder: seus movimentos e atividades são determinadas na maior parte pelo instinto. O homem tem instinto, mas seus instintos, como teremos ocasião de ver mais adiante, são racional mente controlados, e suas atividades são, em parte pelo menos, deliberadamente determinadas. A quarta diferença diz respeito ao senso moral. 

No uso geral do termo, é isto o que se entende por consciência que depois veremos à luz do contexto. O homem tem o senso inato do direito e do errado. Suas idéias sobre o que é direi to e o que é errado são em parte matéria de treinamento e educação, mas o sentimento de que existe uma coisa que é direita e uma que é errada e que cumpre ao homem fazer o que é direito e evitar o mal é praticamente universal. Uma vez que o homem é um ser provido de consciência própria e 50 possui este senso de obrigação de fazer o que é direito e evitar o mal, tem ele o poder de julgar-se a si mesmo em referência à qualidade moral de suas ações e aprová-las ou reprová-las. E isto que diz Paulo por amor de seu argumento sobre a Santa Ceia do Senhor: “...examine-se pois o homem a si mesmo...” (1 Co 11.28a).




                    II.    A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO 

1.    A alma     -    A definição da alma se resume da seguinte forma: A palavra alma vem de uma raiz hebraica “nêphesh” e vertida para o grego com a tradução de “psychê”. “Psychê” se vincula etimologicamente com a raiz indo-européia “bhs”, da qual se deriva o verbo alemão blasen: soprar. Originalmente significa: “hálito de vida”. Em alguns casos, o primeiro termo, refere-se à pessoa humana como um todo. Isto é, um ser que vive, enquanto que no grego, o segundo termo denota a parte interior do homem. As passagens depreendidas de Gênesis 11.20; Êx do 1.5; 12.4; Jeremias 52.29,30 mostram-nos a condição original de um ser vivente, pois nesta condição tanto o homem como os animais foram chamados de “alma vivente” (Gn 1.21). b. No Antigo Testamento, os vocábulos nêphesh (hebraico) e psychê (grego) aparecem 755 vezes: especial mente na Septuaginta (LXX) traduzidos 600 vezes por “psychê”. Os judeus denominavam esta substância (a alma) como sendo a sede da percepção, do desejo e do prazer, do desfrutamento, etc. Para Platão (filósofo grego: 427-347 a.C), a curnc' terística essencial da alma consiste no fato de estar em movimento, e pode colocar em movimentação. Seu conceito era: “Entre todos os seres animados, é no homem em quem a Divindade implantou a alma mais poderosa. Além disso, tem uma participação na Divindade, sendo que o poder divino rege no homem através da alma”.

. A alma, no conceito bíblico, segundo se depreende, é uma “substância espiritual” que interligada ao espírito forma o “homem interior” (Jó 12.10; 24.16; Hb 4.12). Está restritamente interligada com o espírito, e espírito e alma se combinam entre si em cada detalhe. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo que é instrumento da alma. Assim, o sentir, o pensar, o exercer vontade e ou tros atos são atribuídos tanto à alma como ao espírito. Não pode ser isso apenas uma força inanimada. Por exemplo, uma pedra não pode desejar pensar. Devemos, por isso, concluir que a alma, de que procede a vontade, é uma substância espiritual. Por meio dela temos consciência de nós mesmos. Com efeito, se eu penso, a cada instante, evocar meus atos de consciência passados e reconhecê- los como meus, é necessário que alguma coisa de permanente subsista em mim, se não, longe de me reconhecer nos estados passados, minha consciência de mim mesmo se desvaneceria à medida que esses estados desapareces sem... mas através dela (da alma), tudo isso é imediata mente presente. (49) Se portanto, não houvesse no homem tal substância, nada disso seria então percebido.


2.   O espírito    -     Definição geral do termo. A palavra “espírito” vem de uma raiz hebraica: “ruash”, da qual se deriva o vocábulo grego neotestamentário “pneuma”. Pneuma, que se traduz por espírito, denota o movimento dinâmico do ar. Seus derivados têm os seguintes significados: Pneõ, “assoprar” (do vento e do ar em geral, como também sobre instrumento musical) = “respirar” (também no sentido da vida) = “emitir fragrância”. ("). Pneõ, como cognato: “respiração” (início da vida em geral) = O significado depende do contexto: exemplificação = “...Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz...” (Is 2.22a) Ekpneõ, “expiração” (cessar de respirar, término da vida em geral): Ilustrando = “...Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou” (Lc 23.46b). No Novo Testamento, pneuma é uma palavra de grande significado e de infinito alcance; forma-se da raiz hebraica esboçada acima com o sufixo - ma e denota o resultado da ação, a saber, colocar o ar em movimento. No campo teológico, portanto, isso denota “a existência da vi da” = nos termos físicos e jurídicos.

 O espírito humano tem três modos de proceder, de pendendo dos três poderes que o caracterizam, que são: 

o intelecto, a feição e a vontade: O intelecto. Essa é a parte que lhe capacita a faculdade de julgar, recordar, imaginar e raciocinar. A feição. Essa parte lhe capacita a sensibilidade de: sentir dor, prazer, ódio, amor e outras formas de expressão. A vontade. Essa parte o capacita para o dever de escolher, de rejeitar isso e aceitar aquilo, e seguir o seu destino, pondo em prática as deliberações tomadas.(100) b. O alcance do argumento. Alguns textos da Bíblia mostram que nosso espírito possui a função da consciência (não dizemos que o espírito é a consciência), a função da intuição (ou sentido espiritual), e a função da comunhão (ou adoração). Observemos agora cada função: 

 A função da consciência no espírito:

 “...porquanto o Senhor teu Deus endurecerá o seu espírito” (Dt 2.30): lado negativo do argumento. “...perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (SI 34.18). 

 “...cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (SI 51.10). “Jesus, pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito” (Jo 11.33a).

 “...E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (At 17.16), etc.



                        III.    A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES 

1.    Corpo, afetos e somatização    -   O corpo do pecado (Rm 6.6). Esta frase não justifica a antiga filosofia que ensinava que o corpo é a sede do mal, que deveria, portanto, ser enfraquecido e desprezado. Tal idéia contradiz o testemunho bíblico relativamente ao corpo humano. O pecado não começou com o corpo, mas é, antes, uma vontade rebelde contra Deus e sempre continuará sendo o mesmo. O corpo do cristão, por exemplo, tem inconfundíveis marcas de honra e dignidade. É para o Senhor e o Senhor é para o corpo (1 Co 6.13); também se diz que é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.15,19); seus membros devem ser devidamente submissos a Deus como instrumentos de justiça (Rm 6.13); e deve ser apresentado a Deus como “um sacrifício vivo, santo, etc.” (Rm 12.1). 

 Se o corpo fosse a sede do pecado, seria abandonado e não remido: mas foi dito que o Espírito “vivifica” esse corpo mortal. Portanto, a frase, o corpo do pecado, foi usada em Romano 6.6 para descrever o “velho homem”, ou a natureza do pecado. Como o corpo humano expressa a vida do homem, assim o poder do pecado que se expressa pode ser anulado pelo poder do Espírito. O corpo do pecado é, portanto, nada mais que o poder do pecado a se expressar no corpo físico e moral. 

 b. O corpo desta morte (Rm 7.24). Novamente está em foco a natureza do pecado, ou aquilo na carne (oãpê) que se opõe a Deus. A luta de Paulo, que testemunhamos neste contexto (Rm 7.15-25), é entre o EGO salvo (hipoteticamente considerado) e a sua carne (eticamente considerada). Ele clama por libertação daquilo que ele compara “com um corpo morto” sempre presente com ele. Mais adiante Paulo diz que ele mesmo esmurrava o seu corpo, para poder colocá-lo em sujeição à vontade de Deus (1 Co 9.27).

 Portanto, o que acontece em uma destas partes afeta as outras. Observemos, então, como isso se processa: a. Os médicos cada vez mais reconhecem a importância da medicina “psicossomática” (alma-corpo). Alguns estudiosos médicos dizem que porcentagem bem alta dos males físicos são realmente causados por atitudes mentais (alma) erradas. E o efeito oposto é reconhecido também, que o estado pode causar problema da alma. Evidentemente, como já tivemos ocasião de expor em outras notas expositivas neste livro, evidencia-se cada vez mais, por exemplo, que o ingerir demais açúcar refinado pode causar males como depressão, insônia e perturbação psicológica em geral.


2.    Equilíbrio e saúde    -    Outro ponto a ser analisado deve ser alguns sinto mas psicológicos (da alma) que estão reagindo favoravel mente ao tratamento químico do corpo. Podemos tomar como exemplo o tratamento com o “lítio”, para certos problemas emocionais. O motivo disto é que o corpo e a alma têm um instrumento comum: o cérebro. O cérebro é tanto um bom computador para processamento de dados e tomada de decisões, como também um centro controlador elaborado do corpo, mantido em funcionamento por funções corporais. 

 O modo pelo qual você cuida de seu corpo exercitando-se e alimentando-se bem tem relação definida com o uso que o Espírito Santo (no caso de ser um cristão) pode fazer de você. Pelo menos uma grande Universidade Cristã nos Es tados Unidos da América (Universidade Oral Roberts) re quer que os alunos tenham um programa regular de exercí cios. Os dirigentes da Universidade acham que o propósito da escola é nutrir o espírito, a alma e o corpo. Isto parece- nos bastante sábio, pois um exercício adequado, não só favorece o corpo (homem exterior) mas também a alma e o espírito (homem interior). 

 c. Já para o ascetismo, essa maneira de proceder não é correta. Mas a Bíblia não aceita o ascetismo. Ascetismo é o ensino de que o corpo é mau e deve ser tratado com severidade - flagelamento, jejuns extremos, camisas de pelo, dormir sobre tábuas, falta de higiene, etc. A Bíblia não é um livro ascético. Há casos isolados que têm essa aparência. Elias, o Tisbita; João Batista, ou Ezequiel, e outros vultos do passado, talvez, mas o tom da Escritura é que Deus deseja que recebamos as bênçãos para o corpo como também para a alma e o espírito. O próprio Jesus estava tão longe de ser um “asceta” que foi acusado de glutonaria pelos rebeldes (Lc 7.34 e ss). E claro que foi uma acusação injusta, mas jamais poderia ter sido feita se Jesus tivesse sido “um asceta” e não tivesse prazer normal em comer e beber.

 O Espírito Santo nos exorta através de Paulo, quando diz: “...todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plena mente conservados...” (1 Ts 5.23). E na passagem de 1 Coríntios 3.16, ele acrescenta: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” E, noutras palavras, o mesmo apóstolo testifica: “Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne (corpo); antes a alimenta e sustenta... (Ef 5.29a)





Ajude esta obra...
Código do PIX
Banco Mercantil do Brasil
Pb. Junio | Prof° EBD - YouTube



AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2. 

Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.

Pr. Setorial – Pr. Saulo Marafon.

Pr. Local: Pr. Selmo Pedro.

INSTAGRAN: @PBJUNIOOFICIAL

FACEBOOK: JOSÉ EGBERTO S. JUNIO

 CANAL YOUTUBE.:    https://www.youtube.com/@pb.junioprofebd7178       Toda semana tem um vídeo da Lição. Deixem seu Like.

 Siga-nos nas redes sociais... Tenha um bom estudo bíblico.

 ** Seja um Patrocinador desta obra: chave do        PIX 11980483304        

Chave do PIX
Banco Mercantil 





               





         BIBLIOGRAFIA


Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias

Livro O Homem, a natureza humana explicada pela bíblia - Corpo, Alma e Espírito, Pr. Severino Pedro da Silva, Editora CPAD


Comentário - NVI (FFBruce)

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)

EBD NA TV - Pr. Henrique, 99-99152-0454 WhatsApp, Min.Belém, SP - Canal YouTube @PrHenrique: Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu feedback

Compartilhem!!!!