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Pb. Junio - Congregação Boa Vista II |
TEXTO ÁUREO
"Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio." (At 6.3)
VERDADE PRÁTICA
Uma igreja cheia da sabedoria do Espírito age sabiamente para resolver conflitos de relacionamentos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 6. 1-7
INTRODUÇÃO
Por que existe o ministério do diácono? Qual a sua função e importância na vida da igreja local? Estas perguntas podem e devem ser trabalhadas em sala de aula. Muitos alunos não têm a convivência da realidade e dos meandros da organização eclesiástica de suas igrejas locais. Por isso esta é uma excelente oportunidade para abordar um assunto que faz parte da vida cristã de todo membro em uma comunidade local.
Para responder as perguntas elaboradas acima, deve-se partir do sexto capítulo do livro dos Atos dos Apóstolos, pois ali, pela primeira vez, foi constituído um ministério específico de caráter social para resolver uma variante problemática de aspecto étnico: entre as viúvas de fala hebraica e as de fala grega. Tal problema poderia atravancar o avanço da igreja local que estava em Jerusalém. Os apóstolos sentiram-se cobrados em solucionar um problema não muito fácil, entretanto, os ministérios da Palavra e da Oração não poderiam ficar em segundo plano. Mas igualmente, a sobrevivência humana.
Orientados pelo ESPÍRITO SANTO, e também dotados por um profundo bom senso, juntamente com a igreja, os apóstolos não hesitaram em tomar a decisão de permitir aos novos crentes separarem sete homens judeus de fala grega 13 Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau - para resolverem uma questão de caráter social e urgente. Assim, a igreja de Jerusalém voltou a normalidade da sua atividade coadunando a prática proclamatória do Evangelho com o serviço de interferir socialmente na vida dos crentes, e não-crentes também, para suprir a necessidade de quem precisava de ajuda. Por isso, o caráter do ministério diaconal é profunda e biblicamente enraizado numa intensa preocupação social. O diácono de Atos não foi chamado para fazer trabalhos meramente litúrgicos, (como colher dízimos e ofertas e servir a Santa Ceia), mas principalmente o de cuidar dos mais necessitados, visitar as viúvas e os enfermos, amparando quem realmente precisa de cuidados na comunidade cristã local.
Por conseguinte, o serviço de diácono não é simplesmente uma função eclesiástica, mas um estilo de vida ensinado e promovido por JESUS de Nazaré. Quando um crente olha para o verdadeiro diácono ele deve sentir-se impulsionado para viver um estilo de vida diaconal, como o de CRISTO em seu ministério terreno. Pois o diaconato é um estilo de vida centralizado em JESUS de Nazaré, jamais em si mesmo.
A igreja não é uma organização militar onde haja "patentes" e, na igreja, a liderança deve ser exercida como serviço, não como demonstração de superioridade ou de domínio - Mc.10:42-45; I Pe.5:1-3. Sobretudo, devemos obedecer ao Senhor JESUS, que é a cabeça da Igreja e, deste modo, não podemos ser meio de escândalo - Mt.18:6,7; Rm.14 - ou de divisão - Jd.19, mas jamais nos fazermos servos dos homens por causa apenas de títulos. Mais importa obedecer a DEUS e aos homens - At.5:29. Em vez de o diácono obedecer ao presbítero, este ao pastor etc. devemos entender que o pastor deve servir ao presbítero, este, ao diácono e este ao membro. A obediência deve existir dentro do sentido do serviço, não do domínio ou do poder.
I. A IDENTIFICAÇÃO DOS CONFLITOS
1. Conflitos de natureza cultural - Lucas mostra que alguns daqueles crentes pertencentes à comunidade judaica de fala grega estavam sendo preteridos e negligenciados na questão da distribuição de donativos. Tratava-se de um problema de natureza social provocado por outro, de natureza cultural. Nesse momento, a igreja era formada pela comunidade judaica de Jerusalém, que se comunicava em hebraico, e pela comunidade de língua grega, judeus helenistas, que se comunicavam em grego. Estes últimos faziam parte da diáspora, judeus espalhados por diferentes partes do mundo greco-romano que, por conta da falta de contato com a sua terra de origem, não se comunicavam mais em hebraico, mas somente em grego.
2. Conflitos de natureza social - Em um primeiro momento, essa barreira cultural estava geran do problemas na esfera social. Alguns autores acreditam que, se o problema não tivesse sido tratado com a urgência e sabedoria que o caso requeria, havia a possibilidade de uma divisão na primeira Igreja. Isso fez com que os apóstolos agissem rapidamente e, com sabedoria, delegassem tarefas a outros irmãos da comunidade para auxiliá-los naquele momento.
3. Qual é a prioridade? - Os apóstolos estavam imbuídos na tarefa de pregar a Palavra de Deus e discipular os novos crentes e, por isso, precisavam de mais pessoas que os auxiliassem naquele serviço. E, então, que é instituída a diaconia, um serviço de caráter social cujo objetivo é atender os necessitados com equidade e justiça. Contudo, para essa nova missão, era exigido, além do pertencimento à comunidade, que fossem pessoas de caráter, isto é, de boa reputação e que fossem cheios do Espírito Santo. Não era, portanto, uma missão secular, mas um serviço cujo propósito era servir a comunidade cristã e glorificar a Deus.
II. A DELEGAÇÃO DE TAREFAS
1. O ministério da oração e da Palavra - Uma das características de muitas igrejas evangélicas hoje é a prática de espiritualizar problemas humanos, ou seja, tirá-los da esfera social para pô-los na dimensão sobrenatural. Assim, por exemplo, a fome e a pobreza não seriam consequências da falta de políticas públicas adequadas, mas a ação direta do Diabo sobre as vidas. Essas igrejas culpam o Diabo, e não os homens, por todos os atos de malda de cometidos. Isso vale desde problemas financeiros até problemas comportamentais. Não se quer, com isso, negar a existência dos demônios, muito menos do mal. Todavia, ao espiritualizar problemas de natureza social, atribuindo ao Diabo em vez de vê-los também como ações humanas, essas igrejas entram numa rota de fuga que as distanciam muito das ações dos profetas e apóstolos bíblicos. Não vemos, por exemplo, os apóstolos negando os problemas sociais, nem tampouco “espiritualizando-os”. Nesse sentido, eles atendiam as demandas da igreja, procurando a forma mais sábia e apropriada de resolvê-las.
O pastor de confissão batista Isaltino Gomes Coelho Filho, de saudosa memória, a meu ver, mostrou esse fato de forma magistral em uma das suas muitas obras, Ética dos Profetas.4 O que disse esse autor sobre o compromisso ético-social dos profetas merece nossa atenção. De acordo com Isaltino, a proposta de ética social feita pelos profetas mostrava alguns contornos que podemos observar e reclamar para os dias de hoje. São eles: Etica da solidariedade e moralidade administrativa; Ética de imparcialidade e igualdade perante a lei; e Ética de defesa do oprimido e condenação do opressor.
Assim pontua Isaltino Gomes:
Ética de solidariedade e moralidade administrativa. Assim, as pessoas não deviam viver apenas sua vidinha, cuidando de sua horta e seu jardinzinho, esquecidas dos outros. Viver a vida não era procurar levar vantagem em tudo, mas repartir com os outros. A queixa de Amós 6.6 foi que os líderes não se preocupavam com a ruína do povo. Em Isaías 58.6, o jejum que Deus pede é que se acabe com a injustiça e com a opressão. Em Isaías 58.7, o jejum que Deus escolheu não consistia na privação de alimentos, mas que se repartisse o alimento com o faminto. Os que jejuam hoje e fazem estardalhaço disso, mostrando o fato como evidência de sua espiritualidade, estão conscientes desta palavra? Solidariedade é a palavra-chave da vivência do povo. Dessa forma, os profetas se indignaram com o comércio desonesto. Amós condenou as balanças adulteradas, como se lê em 8.5, onde tais vendedores são declarados como “procedendo dolosamente” e o luxo da classe dirigente em detrimento da pobreza do povo, como se lê em 6.3-7. Miquéias 6.11 também condenou a desonestidade no comércio. E em 7.3 o mesmo profeta condena o governante corrupto e o juiz vendido. Moralidade na vida pública era uma exigência profética. O que temos, como povo de Deus, a dizer sobre a malversação de verbas públicas e da farra que se faz com o dinheiro público?
Isaltino destaca que a ética dos profetas tanto corrigia as injustiças quanto mostrava imparcialidade e tratamento igual de todos perante a lei:
Ética de imparcialidade e igualdade perante a lei. O rei e o juiz não podiam ser tendenciosos. “Parcialidade no julgar não é bom”, diz Provérbios 24.23, espelhando o conceito bíblico sobre a neutralidade do juiz. A ideia é repetida em 28.21, mostrando que era conceito corrente. O rei Josafá disse aos juizes que “não há no Senhor, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno” (2Cr 19.7). Atribui-se a diversos políticos brasileiros a expressão “aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”. E difícil saber-se, ao certo, quem seja seu autor. Mas o só existir esta frase é uma iniquidade terrível. Este é um desdobramento da ideia anterior. Ninguém estava acima da lei. O rei Davi, como já apontamos, foi duramente acusado por Natã e João Batista, último dos profetas na linhagem do Antigo Testamento, que disse aos soldados que o procuravam para não serem violentos, para não denunciarem falsamente, nem se deixarem subornar (Lc 3.14). Aos funcionários públicos, incumbidos de cobrar impostos, que fossem honestos (Lc 3.12-13). O rei Herodes foi acusado por ele (Mc 6.18).
2. Não há conflito entre tarefas - Por outro lado, Ailen entende que o conceito de “justiça social”, conforme é amplamente difundido pelo humanismo socialista7, está distorcido e desvirtuado.8 Aliem destaca que esse novo modelo de “justiça social” foi construído a partir de pressupostos de uma cosmovisão totalmente materialista, e não a partir do modelo judaico-cristão. Nessa nova cosmovisão, prega-se a supressão ou destruição dos valores vigentes. Assim, aquilo que era entendido como justiça e moralidade bíblicas são subvertidos. O humanismo social, portanto, não pode ser confundido com a justiça social nos profetas e apóstolos bíblicos.
Isso nos ajuda a evitar transportar para dentro da Bíblia um conceito que é estranho a ela. Assim, quando observamos os cristãos primitivos buscando corrigir injustiças na esfera social, não devemos enxergar e tentar compreender essa prática nobre com as lentes do socialismo contemporâneo. Nos contextos tanto do Antigo como do Novo Testamentos, havia uma prática de justiça social que em nada se assemelha à ideologia social atual. O serviço de diaconia instituído pelos apóstolos visava corrigir possíveis injustiças com os mais necessitados, deixando claro, contudo, que o evangelho de Jesus seria sempre o instrumento de transformação social. Assim, a poderosa mensagem da cruz não pode ser vista como um mero humanismo socialista. Não basta encher a barriga; é preciso alimentar também a alma: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4).
3. A Diaconia - Os apóstolos pediram aos irmãos que fossem escolhidos sete varões (v. 3), bem qualificados para o objetivo em vista, cujo negócio seria servir às mesas, diakonein trapezais - ser diáconos às mesas (v. 2). O negócio tinha de ser bem cuidado, mais bem administrado do que fora até o momento pelos apóstolos. Logo, pessoas apropriadas eram inseridas ocasionalmente no ministério da palavra e da oração, mas não tão dedicadas a essas funções como eram os apóstolos. Elas deviam cuidar das provisões da igreja, ou seja, inspecionar, pagar e manter as contas. Tinham de comprar o que fosse necessário para a festa ágape (Jo 13.29) e atender tudo que fosse necessário in ordine ad spiritualia - para os exercícios espirituais, a fim de que tudo fosse feito com decência e ordem, e ninguém fosse negligenciado.
[1] Os candidatos tinham de ser devidamente qualificados. Os irmãos da congregação de fala grega deviam escolher, e os apóstolos, ordenar. Mas os irmãos da congregação não tinham autoridade para escolher, nem os apóstolos para ordenar homens totalmente impróprios para o ofício. Eles deveriam ter qualificações: Escolhei [...] sete varões (v. 3), tantos quantos julgarem que bastariam por ora; mas depois o número poderia ser maior caso houvesse necessidade. Estes deviam ser, em primeiro lugar, homens de boa reputação (v. 3), livres de escândalo, considerados pelos vizinhos como homens íntegros e fiéis, de bom testemunho, em quem se pode confiar, sem a marca de vícios e maus hábitos, mas, ao contrário, reputados por tudo que seja virtuoso e louvável, martyroumenoics - homens que produzam bons testemunhos em seu convívio social.
Veja que os que são postos em qualquer ofício na igreja devem ser homens de boa reputação, irrepreensíveis. E não só isso, mas de caráter admirável, requisito indispensável ao ofício e sua execução. Em segundo lugar, eles deviam ser homens cheios do ESPÍRITO SANTO (v. 3), cheios dos dons e da graça do ESPÍRITO SANTO, que são necessários para a administração correta deste cargo. Tinham de ser honestos, hábeis e ousados: Homens capazes, tementes a DEUS, homens de verdade, que aborreçam a avareza (Ex 18.21). Deveriam estar cheios do ESPÍRITO SANTO. Em terceiro lugar, eles deviam ser homens cheios [...] de sabedoria (v. 3). Não bastava que fiassem homens honestos e bons, deviam também ser homens discretos e de bom siso, que não pudessem ser enganados e que organizassem as tarefas com disciplina. Deviam ser homens cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, quer dizer, do ESPÍRITO SANTO como ESPÍRITO de sabedoria.
III. SEGUNDO OS PRINCÍPIOS CRISTÃOS
1. Privilegiando o caráter - A Igreja precisa de obreiros! A diferença entre um membro da igreja e um obreiro está no grau de comprometimento com o Reino de Deus. Um membro pode estar envolvido, mas um obreiro deve estar comprometido com o crescimento do Reino. O membro contribui com a sua presença, mas o obreiro contribui com seu trabalho. Jesus disse: "Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação, levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão" (Lc 12.48 ARA).
Em primeiro lugar, os diáconos devem ser respeitáveis (1Tm 3.8a). “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…”. O diácono precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida irrepreensível, de conduta ilibada. A sua vida é a base de sua liderança. Seu testemunho é o alicerce de seu trabalho.
Em segundo lugar, os diáconos devem ser homens de uma só palavra (1Tm 3.8b). “… de uma só palavra…”. O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra. Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.
Em terceiro lugar, os diáconos não podem ser homens inclinados a muito vinho (1Tm 3.8c). “… não inclinados a muito vinho…”. O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3) e não cheio de vinho (Ef 5.18). Quem é governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A sobriedade deve ser o apanágio de um líder.
Em quarto lugar, os diáconos não devem ser homens cobiçosos de sórdida ganância (1Tm 3.8d). “… não cobiçosos de sórdida ganância”. O diácono lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da igreja na assistência aos necessitados. Não pode ser um Judas Iscariotes que rouba a bolsa. Não pode cobiçar o que deve repartir. Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.
Em quinto lugar, os diáconos devem ser homens
integros na teologia e na vida (1Tm 3.9). “Conservando o mistério da fé com consciência limpa”. O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”. O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela Palavra de Deus.
Em sexto lugar, os diáconos devem ser homens provados e experimentados (1Tm 3.10). “Também sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”. Os candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a prova, depois o exercício do ministério.
Em sétimo lugar, os diáconos devem demonstrar fidelidade conjugal e liderança paternal (1Tm 3.12). “O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa”. O diácono precisa ser fiel à esposa e ser o líder espiritual de sua casa. Precisa ensinar seus filhos e educá-los nos caminhos de Deus. Sua vida e sua família são a base do seu ministério diaconal.
Em oitavo lugar, os diáconos precisam demonstrar dedicação e zelo ao serviço de Deus (1Tm 3.13). “Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus”. O diaconato não é uma plataforma de privilégios, mas de serviço. Não é um cargo para se ocupar, mas um ministério para servir. Aqueles que se esmeram no ministério de servir aos homens em nome de Deus, recebem de Deus a recompensa.
2. Exercitando os dons - Uma das características do diácono Estevão foi a Fé, o livro de Atos dos apóstolos menciona: “[...] e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo [...]” (At 6.5). Não era uma fé desprovida de prática, era operante; necessária para exercer o diaconato e pregar o evangelho diante da grande oposição que se levantou nos dias da Igreja primitiva (At 5.9). A Bíblia diz que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a confiança que depositamos em todas as providências de Deus. É a crença de que Ele está no comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. Foi pela fé que homens como Enoque foi translado aos céus; pela fé outros “foram apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada. Andaram como peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras; passaram por necessidades, foram afligidos e maltratados (homens dois quais o mundo não era digno) [...]” (Hb 11.37). A fé demostrada na vida de Estevão é um exemplo de como devemos viver, servir e está disposto a morrer pela fé em Cristo Jesus (Mt 16.25).
Como o tempo sempre revela quem realmente somos, não foi diferente com Estevão. Este incrível homem de Deus nos ensina o que é ser cheio do Espirito Santo.
Seu ministério foi além de servir às mesas, ele se empenhou em proclamar o evangelho, e por meio de sua vida, Deus fez prodígios e grandes sinais entre o povo (Atos 6:8).
Sua vida se identificou com a dos apóstolos e com o próprio Jesus, a quem ele tanto mostrou obediência e amor.
- O que Estevão nos ensina com sua vida, é que um homem cheio do Espírito Santo fala com autoridade e sabedoria.
Na primeira vez que seu nome aparece na Bíblia, Estevão é mencionado como “homem cheio de fé e do Espírito Santo” Atos 6:5. Estevão também possuía boa reputação, era um homem cheio do Espírito e possuía sabedoria, pois estes eram os requisitos que deveriam ser encontrados nos homens que seriam escolhidos para exercer o diaconato naquele momento, de acordo com Atos 6:4.
Em Atos 6:8, lemos que: “Estevão, cheio de graça e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Por causa destes prodígios e sinais, os líderes judeus o acusaram diante do Sinédrio de pregar contra o templo e contra a Lei de Deus.
O sumo sacerdote indagou a Estevão se as acusações de seus oponentes eram verdadeiras. Estevão, então, em sua defesa, fez uma revisão da história dos judeus, desde Abraão, passando pelo cativeiro egípcio, a libertação e a idolatria do povo no deserto, até chegar a Davi, que desejou construir um templo para Deus.
Então, a partir de Atos 7: 51, Estevão direciona suas palavras aos líderes judeus, que, por serem duros de coração, resistiram ao Espírito Santo, e, por isso mesmo, se tornaram traidores e assassinos, uma clara alusão ao que fizeram com Jesus.
Diante da irritação dos líderes judeus por suas palavras, Estevão teve uma visão celestial relatada em Atos 7:55 e 56: “Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à Sua direita. E disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.”
Os líderes não suportaram estas palavras, e condenam Estevão à morte, levando-o para fora da cidade para que fosse apedrejado.
No momento de seu apedrejamento, Estevão ainda teve forças e serenidade para dizer duas frases marcantes: “Senhor, em Tuas mãos entrego o meu espírito” (Atos 7:59). E “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (Atos 7:60).
Estas foram as últimas palavras deste diácono escolhido por Deus para testemunhar do Seu amor e poder.
Sua coragem e determinação servem-nos de exemplo hoje, quando precisamos nos posicionar ao lado da verdade, a despeito das ameaças que sofremos e das circunstâncias desfavoráveis.
Acima de tudo, seu coração perdoador serve de exemplo para todos nós. Quantas pessoas nos ofenderam, durante nossa vida! Estevão nos ensina, através de suas últimas palavras, que podemos desfrutar a paz da presença de Deus, e perdoar aqueles que nos ofendem e nos fazem mal.
Você gostaria de imitar o exemplo de Estevão? Gostaria de ser uma pessoa cheia do Espírito Santo, de fé e de sabedoria? Quer pedir que Deus encha você do Seu Santo Espírito agora?
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AUTOR: PB. José Egberto S. Junio, formato em teologia pelo IBAD, Profº da EBD. Casado com a Mª Lauriane, onde temos um casal de filhos (Wesley e Rafaella). Membro da igreja Ass. De Deus, Min. Belém setor 13, congregação do Boa Vista 2.
Endereço da igreja Rua Formosa, 534 – Boa Vista - Suzano SP.
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BIBLIOGRAFIA
Bíblia Almeida Século 21
Bíblia de estudo das Profecias
Livro de apoio - A Igreja que Nasceu em Jerusalém, Pr. José Gonçalves - Ed. CPAD
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman
(Teologia sistemática – Stanley M.Horton – CPAD)
Revista Ensinador Cristão CPAD, n°58, p.42.
(>>http://www.portalebd.org.br/principal/sala-dos-professores/view-postlist/forum-126-2o-trim-2014-licao-12-o-diaconato/topic-398-hierarquia-x-submissao.html>>)
https://lpc.org.br/os-atributos-que-devem-ornar-a-vida-do-diacono/
https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/um-homem-cheio-de-graca-e-poder/
Que lição abençoada. Esposa M.Lauria
ResponderExcluirEssa lição está maravilhosa
ExcluirDeus te abençõe
ResponderExcluirAmém!!!!
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